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APONTAMENTOS DE DIREITO

COMERCIAL
Código comercial Angolano

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Definições de Direito Comercial
• O direito comercial (ou mercantil) é um ramo do direito que se encarrega
da regulamentação das relações vinculadas às pessoas, aos actos, aos
locais e aos contratos do comércio.

• O direito comercial é um ramo do direito privado e abarca o conjunto de


normas relativas aos comerciantes no exercício da sua profissão. A nível
geral, pode-se dizer que é o ramo do direito que regula o exercício da
actividade comercial.

• Características do Direito Comercial: Liberdade de iniciativa; Liberdade de


Concorrência; Mobilidade de pessoas e Mercadoria; Objectivo legitimo de
Lucro; Internacionalismo das relações Económicas.

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Artigos estudados
• 1º - Objecto da Lei comercial
• 2º - Noção de actos de comercio;
• 7º - capacidade para a pratica de actos de comercio;
• 8º - capacidade do menor emancipado;
• 13º - quem é comerciante;
• 14º - Proibição da profissão do comercio;
• 18º - Obrigaçoes especiais dos comerciantes;
• 19º - Função da Firma
• 20º - Firma do comerciante individual;
• 24º - Firma para o caso de aquisição de estabelecimento ;
• 25º - Uso da firma quando haja modificação da sociedade;
• 44º - Força probatória dos livros de escritura desta.

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1º Objecto da Lei comercial

• A lei comercial rege os actos de comercio, sejam ou não comerciantes


as pessoas que neles intervém.

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2ºNoção de actos de comercio;

• São considerados actos de comercio todos aqueles que se achem


especialmente regulados na presente lei e demais legislação complementar
e, alem deles todos os contratos e obrigações dos comerciantes que não
forem de natureza exclusiva civil, se o contrario do próprio acto não
resultar.

• Actos de comercio autónomos e actos de comercio acessórios

• comercio autónomos: são os qualificados de mercantis por si mesmo,


independente da sua ligação a actos ou actividades mercantis,
• Comercio acessórios: são considerados comerciais quando conectados com
um acto de comercio ou actividade comercial.

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Caracterização do Direito Comercial

• Pode-se fazer a distinção entre dois critérios dentro do direito comercial.


• Código Comercial engloba tanto os actos objectivos como os actos
subjectivos de comércio. São assim considerados
1. actos de comércio objectivos todas as transacções comerciais,
independentemente de serem praticadas por comerciantes ou por
não comerciantes.
2. Os actos subjectivos de comércio são aqueles que adquirem a sua
comercialidade em virtude de serem praticados por um comerciante

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7º - capacidade para a pratica de actos de comercio;

Toda a pessoa, nacional ou estrageira que for civilmente capaz de


obrigar poderá praticar actos de comercio em qualquer parte do
território Angolano, nos termos e salva as excepçoes da presente lei e
demais legislação complementar.

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8º - capacidade do menor emancipado;

• O Menor que, pela emancipação, ficar habilitado a administrar os


seus bens poderá praticar actos de comercio.

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13º - quem é comerciante;
• São comerciantes
1. As pessoas que, tendo capacidade actos de comercio, fazem destes
profissão.
2. As Sociedades comercias
3. Ou sujeitos dotados de personalidade jurídica quando exercerem
uma actividade mercantil.

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14º - Proibição da profissão do comercio

• É proibida a profissão do comercio


1. As associações ou corporações que não tenham por objecto
interesses materiais
2. Aos que por lei ou disposições não possam comercializar

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18º - Obrigações especiais dos comerciantes;

• Os comerciantes são especialmente obrigados


1) Adoptar uma firma
2) A ter escritura mercantil
3) A fazer inscrever no registo comercial os actos a ele sujeitos
4) A dar balanço e a prestar contas

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19º Função da Firma

• Todo o comerciante, nos termos do art 13º deste código, será


designado, no exercício do seu comercio, sob um nome comercial,
que constituirá a sua firma, e com ele assinará todos os documentos
aquele respectivo.

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20º - Firma do comerciante individual

• O Comerciante que não tiver com outrem sociedade não poderá


tomar para firma senão o seu nome, completo ou abreviado.

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24º - Firma para o caso de aquisição de
estabelecimento
• O novo adquirente de um estabelecimento comercial pode continuar
a geri – lo sob a mesma firma, se os interessados nisso concordarem,
aditando –lhe a declaração de haver nele sucedido.

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25º - Uso da firma quando haja modificação
da sociedade
• Quando em uma sociedade houver modificação pela entrada, saída,
ou morte de socio, pode continuar sem alteração a firma social,
precedendo, porem, no caso de nela figurar o nome do socio que se
retira ou falecer, assentimento dele ou herdeiros, devendo reduzir –
se a escrito e publicar –se o respectivo acordo.

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44º - Força probatória dos livros de escritura desta
• Os livros de escrituração comercial podem ser admitidos em juízo a fazer prova entre
comerciantes, em factos do seu comércio, nos termos seguintes:
1.° Os assentos lançados nos livros de comércio, ainda quando não regularmente
arrumados, provam contra os comerciantes, cujos são; mas os litigantes, que de tais assentos
quiserem ajudar-se, devem aceitar igualmente os que lhes forem prejudiciais;
2.° Os assentos lançados em livros de comércio, regularmente arrumados, fazem prova
em favor dos seus respectivos proprietários, não apresentando o outro ligitante assentos opostos
em livros arrumados nos mesmos termos ou prova em contrário:
3.° Quando da combinação dos livros mercantis de um e de outro ligitante, regularmente
arrumados, resultar prova contraditória, o tribunal decidirá a questão pelo merecimento de
quaisquer provas do processo;
4.º Se entre os assentos dos livros de um e de outro comerciante houver discrepância,
achando-se os de um regularmente arrumados e os do outro não, aqueles farão fé contra estes,
salva a demonstração do contrário por meio de outras provas em direito admissíveis.
§. único. Se um comerciante não tiver livros de escrituração, ou recusar apresentá-los, farão
fé contra ele os do outro litigante, devidamente arrumados, excepto sendo a falta dos livros
devida a caso de força maior, e ficando sempre salva a prova contra os assentos exibidos pelos
meios admissíveis em juízo.
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