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INTRODUÇÃO
Tendo em vista que uma das etapas para que, a Organização tenha sucesso é contratar bons
profissionais, utilizando as melhores técnicas de recrutamento e selecção, e desenvolver
práticas de Recursos Humanos para retenção dos seus talentos. Nessa perspectiva foi
elaborado este trabalho com o tema: A importância do Subsistema de Provisão de
Recursos Humanos nas Organizações, com estudo de caso Banco de Desenvolvimento de
Angola (BDA).
Com isto, este tema buscará elaborar uma proposta com soluções para resolver problemas na
área de recrutamento e selecção de pessoal.
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Problemática: No mundo complexo e competitivo de hoje a escolha das pessoas certas torna-
se vital para adequado funcionamento da empresa.
Surge a seguinte pergunta de partida: Qual é o tipo de Recrutamento utilizado pelo Banco de
Desenvolvimento de Angola (BDA) de modo a seleccionar Mão – de - Obra qualificada e
assim aumentar a eficácia no processo de Provisão de Recursos Humanos?
Objectivo geral
Objectivos Específicos
Técnicas e Instrumentos
3
As técnicas utilizadas para a realização deste trabalho são:
Modelo de pesquisa
Estrutura do trabalho
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1.1 - Evolução da Administração de Recursos Humanos
Abordagem
Clássica
Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Administração de recursos humanos. São Paulo: Atlas, 2004.
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fantasma do desperdício e das perdas sofridas pelas Indústrias e elevar o nível de
produtividade através da aplicação de métodos e técnicas da Engenharia industrial.
Enquanto Fayol desenvolveu a teoria clássica que na época estava preocupado em aumentar a
eficiência da empresa por meio de sua Organização e da aplicação de princípios gerais da
Administração em bases científicas.
A Administração é uma ciência social, que agrupa teorias e técnicas para a Gestão de
Recursos Humanos (GRH), financeiras e informacionais, tendo como principal objectivo
gerar riquezas e promover o desenvolvimento económico para o bem-estar da sociedade.
Montana (2011, p.35) define que,” a Administração é o acto de trabalhar com pessoas por
meio de pessoas para alcançar os objectivos propostos pela organização”.
Na década de 1970 após o forte impacto da Revolução Industrial e devido ao crescimento das
Organizações e da complexidade das tarefas organizacionais, surgiu a ARH como uma
actividade mediadora entre as pessoas e Organizações. Este conceito apareceu com a
expectativa de encontrar formas de administrar o capital humano nas Empresas, visando a
maximização dos benefícios económicos ligados entre o potencial dos empregados e os
objectivos empresarial, tem como objectivo a interação do pessoal no contexto da
Organização e o aumento da sua produtividade. A partir deste momento as Organizações
passaram a ver as pessoas como um investimento e não como um custo.
ARH esta passado por grandes mudanças e inovações, nessa nova visão as pessoas deixam de
ser o problema das Organizações para ser a solução de seus problemas, as pessoas deixam de
ser o desafio tradicional para tornar-se a vantagem competitiva das Organizações que sabem
como relacionar-se com elas, as pessoas deixam de ser o recurso organizacional mais
importante para tornar-se o parceiro principal do negócio da Organização.
Com afirmação acima citada, segundo Gil (1994, p.13) define que “A ARH é o ramo
especializado da ciência da administração que envolve todas as acções que têm como
objectivo a integração do trabalhador no contexto da Organização e o aumento de sua
produtividade. É pois a área que trata do Recrutamento, Selecção, Treinamento,
Desenvolvimento, Manutenção, Controle e Avaliação de pessoas “.
Para Toledo (1982, P.8) ” A ARH é um conjunto de princípios, estratégias e técnicas que visa
contribuir para atracção, manutenção, motivação, treinamento e desenvolvimento do
património Humano de qualquer grupo organizado “.
Dessler (2003, P.2) define que “ ARH refere-se as práticas necessárias para conduzir os
aspectos relacionado as pessoas no trabalho de gerenciamento, especificamente á contratação,
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ao treinamento, á avaliação, á remuneração e ao oferecimento de um ambiente bom e seguro
aos funcionários da empresa “.
Administração de
Recursos Humanos
Planeamento de RH
Recrutamento de RH
Selecção do pessoal
Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Planeamento, recrutamento e selecção de pessoal: Como agregar talentos á
empresa. 7ª Edição, São Paulo: Manole, 2009.
Todos os subsistemas estão intimamente relacionados e fazem parte de um sistema maior que
é chamado de ARH, estes subsistemas precisam estar integrados e relacionados para que o
resultado total aumenta. Eles formam um processo total e dinâmico na qual as pessoas são
captadas e atraídas, aplicadas em suas tarefas e monitorizadas pela Organização, estes
subsistemas são contingentes e variam conforme a Organização, na qual dependem de
factores ambientais, organizacionais, humanos, tecnológicos etc.
Os Subsistemas em referência são extremamente variáveis muito embora que eles sejam
interdependentes, o facto de um deles mudar ou desenvolver-se em certa direcção não
significa que os outros mudem ou se desenvolvam também exactamente na mesma direcção e
9
na mesma medida, como as mesmas são interdependentes, cada qual se ocupa de actividades
específicas como sintetizadas na pág. nª 75, Tabela 1.2.1 em anexo 1.
A vida das pessoas constituí uma infinidade de interacções com outras pessoas e com as
Organizações, porque o ser humano é altamente social e interactivo, visto que ele não vive
isoladamente, mas sim em constante convívio e relacionamento com seus semelhantes.
Devido a suas limitações individuais, as pessoas são obrigadas a cooperarem uns com os
outros, formando Organizações para alcançar certos objectivos, que a acção individual isolada
não conseguiria alcançar, porque uma Organização somente existe quando há pessoas capazes
de se comunicarem e que estejam dispostas a contribuir com acção conjunta, a fim de atingir
um objectivo comum.
A Organização é uma unidade social coordenada, composta por duas ou mais pessoas que
trabalha com relativa permanência com propósito de alcançar uma meta ou um conjunto de
objectivos comuns, em outras palavras a Organização é o conjunto de recursos e indivíduos
em relação interactiva, prosseguindo objectivos comuns cujos objectivos podem ser comercias
ou não comercias. Assim sem as Organizações e sem as pessoas que nelas actuam não haveria
ARH.
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O processo de provisão de RH é o primeiro dos subsistemas de ARH, tem a função de
abastecer a Organização dos talentos humanos necessários para o seu funcionamento, e
possibilita compreender como opera o ambiente de trabalho e que tipo de pessoas a
Organização busca para preencher a vaga disponível (MARRAS, 2000)1.
Por tratar-se de um subsistema com ampla interação com o ambiente externo, torna-se
necessário começar a falar do ambiente organizacional para conhecer suas oportunidades e
restrições.
As Organizações não existem no vazio e nem estão sozinhas ou isoladas no mundo, mas sim
elas vivem e operam em ambiente que as envolvem e rodeia.
1
A provisão está relacionada ao suprimento de pessoas para a organização. Este subsistema refere-se á captação
e triagem de profissionais no mercado e, em seguida, a selecção e encaminhamento dos mesmos para a empresa.
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Neste ambiente, a Organização coloca os resultados vindos de suas operações como os Pts ou
serviços e informação, que são as saídas do sistema organizacional, que constitui o cenário de
todas as operações de uma Organização, Conforme esta ilustrada na fig. 2.1.
Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Administração de recursos humanos. São Paulo: Atlas, 2004.
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O ambiente geral ou macro ambiente é o lugar onde encontra-se todos os factores sobre os
quais a Organização tem pouca ou até mesmo nenhuma influência direita, tais como:
ambiente político, económico, jurídico, cultural, tecnológico climático etc. Este ambiente
apresenta várias acções e reacções trazendo muita instabilidade e mudança, deste modo ela
influencia poderosamente todas as Organizações criando condições mais ou menos
favoráveis.
Fornecedores
Clientes
Concorrentes
Instituições governamentais
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O termo Mercado representa, um grupo de compradores e vendedores que estão em contacto
suficientemente próximo para que as trocas entre eles, afectem as condições de compra e
venda dos demais, um mercado existe quando há compradores que pretendem trocar dinheiro
por bens e serviço.2
Em uma definição mais ampla o mercado pode ser entendido como uma construção social, ou
como um espaço de interacção e troca, dirigido por normas e regras, onde são emitidas sinais
(ex: os preços) que influenciam as decisões dos agentes envolvidos.
A palavra mercado segundo Chiavenato (2009, p. 17) envolve vários significados, a saber:
Uma dimensão de espaço: porque ela envolve uma área física, geográfica ou territorial. O
mercado de trabalho de uma região é diferente de outras regiões, porque consoante as zonas
assim se comportam os diversos tipos de mercado. Ex: o mercado do são Paulo é diferente do
mercado da estalagem.
2
SANDRONI. Dicionário de economia do século XXI. 2006, p.528.
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Uma dimensão de tempo e de época: em épocas diferentes um mesmo mercado pode mostrar
características diferentes. Ex: o mercado de trabalho do cacimbo é diferente do mercado do
verão.
Uma dimensão de oferta e de procura: cada mercado exprime se pela oferta e disponibilidade
de algo e simultaneamente, pela procura e demanda de algo.
Nesta dimensão de oferta e de procura pode ocorrer duas (2) situações como:
Se a oferta for maior que a procura, trata-se de algo fácil de ser obtido e passa haver
concorrência entre os vendedores ou entre aqueles que oferecem algo.
Se a procura for maior do que a oferta, neste caso a situação se inverte e trata-se de
algo difícil de ser obtido e passa houver concorrência entre os compradores ou entre
aqueles que precisam de algo.
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MT ou mercado de emprego é composto pelas ofertas de oportunidades de trabalho ou de
emprego oferecidas pelas diversas Organizações. Toda Organização na medida em que
oferece oportunidade de trabalho constitui parte integrante de um MT, o mesmo depende das
Organizações, através das suas ofertas de emprego em determinadas épocas e locais e quanto
3
Emprego significa a utilização de trabalho humano. É a situação da pessoa que trabalha para uma organização
ou para outra pessoa em troca de remuneração. O conjunto de emprego representa o mercado de trabalho.
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maior for, o número (nª) de Organizações numa região, maior é o MT e a oportunidade de
emprego.
Quando a O > P esta numa situação chamada de oferta de emprego, há excesso de ofertas de
emprego por parte das Organizações e carência de candidatos para preenchê-las.
4
A situação de oferta de emprego causa as seguintes consequências para as organizações:
4
CHIAVENATO, Idalberto. Planeamento, recrutamento e selecção de pessoal: Como agregar talentos á empresa.
7ª Edição. Revisada e actualizada. São Paulo: Manole, 2009, p.20.
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b) Os candidatos escolhem e seleccionam as Organizações que lhes ofereçam melhores
oportunidades, cargos, salários e benefícios sociais;
c) As pessoas se predispõem a sair das suas Organizações para tentar oportunidades
melhores no MT, aumentando a rotação do pessoal;
d) Simultaneamente, as pessoas sentem-se donas da situação e passam a fazer
reivindicações de aumentos salariais e melhores benefícios sociais, tornam-se mais
indisciplinadas, faltam e se atrasam mais, aumentando o absenteísmo.
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f) Ênfase no recrutamento externo, como meio de melhorar o potencial humano,
substituindo empregados por candidatos de melhor qualificação;
g) Não há competição entre as organizações quanto ao MRH;
h) Os RH tornam-se um recurso fácil e abundante, não merecendo cuidados especiais.
O MRH refere-se ao contingente de pessoas que estão dispostas a trabalhar ou que estão
trabalhado mais dispostas a buscar um outro emprego. Este mercado é constituído de pessoas
que oferecem habilidades, conhecimentos e agilidades, assim o MRH é constituído de
candidatos reais e potenciais em relação a determinadas oportunidades de emprego.
Candidatos reais: São aqueles candidatos que estão procurando alguma oportunidade de
emprego, independentemente de estarem ou não empregados.
Candidatos potenciais: São aqueles candidatos que embora não estejam procurando
oportunidades de emprego têm condições de preencher a vaga satisfatoriamente.
Este mercado apresenta o comportamento das pessoas tanto na situação de oferta como na
situação de procura conforme apresenta a, pág. nª 76, tabela 2.2, em anexo 2.
O PRH tem de ser elaborado como parte do planeamento estratégico da empresa, do contrário
muitos recursos serão desperdiçados e serão contratadas pessoas que não se encaixam nos
programas previstos e serão efectuados treinamentos inúteis, nessa linha de pensamento o
plano estratégico irá indicar quais as pessoas necessárias, suas qualificações e o que elas
precisam fazer para atingir os objectivos previstos no plano.
Com a indicação do plano estratégico pode-se formar a equipe adequada, conduzi-la de forma
correcta e aperfeiçoá-la de acordo com o que se deseja alcançar, sem haver planeamento, as
decisões seriam tomadas sem orientação pré estabelecida, trazendo grande risco de erro ao
administrador.
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O PRH se baseia em dois tipos de análise que são:
a) Análise ambiental;
b) Análise organizacional.
A análise ambiental permite verificar e analisar as oportunidades que devem ser aproveitadas
e as ameaças que devem ser neutralizadas ou evitadas em relação ao RH, ela envolve o
contexto económico, tendências competitivas (inovações e concorrência), mudanças
tecnológicas, legislação e política, tendências demográficas da mão-de-obra e etc.
O PRH devido o seu papel central na determinação das estratégias de RH, o mesmo é
considerado como um modelo a tempo inteiro na ARH.
Chiavenato (2009, P.30-35) apresenta cinco (5) modelos de PRH mais frequentemente
utilizado com objectivo de dimensionar os RH:
Este modelo diz respeito as necessidades de RH para as actividades de P n que são dependentes
da procura estimada do produto. A relação entre o nª de funcionários necessários e a procura
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pelo Pt ou serviço é influenciada por variações na produtividade, tecnologia, disponibilidade
de pessoas na Organização. Se houver um acréscimo de produtividade decorrente da expansão
e /ou de mudança tecnológica, haverá uma redução das necessidades de RH por unidade
adicional de Pt, e esse acréscimo de produtividade pode também provocar uma redução no
preço.
Este modelo utiliza previsões ou extrapolações de dados históricos e está inclinada para o
nível operacional da Organização e não considera possíveis factos imprevistos, como
estratégias dos concorrentes, situação do mercado de clientes, greves, falta de matéria –
prima, etc.
Ele é extremamente limitado porque se reduz a aspectos quantitativos, como por exemplo:
quantas pessoas serão necessárias nos vários postos de trabalho para produzir determinada
quantidade de Pt ou serviço oferecido pela Organização.
5
A denominação mão de obra é típica do passado, da Era Industrial, quando as pessoas eram apenas
fornecedoras de trabalho braçal ou muscular em operações simples e repetitivas nas linhas de montagem das
fábricas.
21
d) Projectar os níveis futuros de pessoal para cada área funcional,
correlacionando-os com a projecção dos níveis (históricos e futuros) do factor
estratégico correspondente.
Muitas Organizações utilizam este modelo denominado de mapas de substituição com ênfase
nas pessoas que podem ser candidatas a futuras sucessões na Organização. O mesmo consiste
em uma representação visual de quem substitui quem, na eventualidade de surgir alguma vaga
dentro da Organização, a montagem do modelo requer um organograma com informações
sobre os funcionários da Empresa.
1- Desempenho excepcional;
2- Desempenho satisfatório;
3- Desempenho regular;
4- Desempenho fraco.
É um modelo de PRH que procura caracterizar o fluxo das pessoas para dentro, e para fora da
Organização. A verificação histórica desse movimento de entradas, saídas, promoções e
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transferências internas e o acompanhamento desse fluxo constante permitem uma previsão no
curto prazo das necessidades futuras de RH da Organização.
Segundo Chiavenato (2009, p.40), o planeamento de pessoal ainda pode ser afectada por duas
(2) variáveis que devem ser consideradas durante o processo do planeamento que são:
Rotatividade do pessoal e o Absenteísmo.
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O termo de rotatividade ou turnover6 assume grande importância na dinâmica das
Organizações, devido ao facto de ser um índice que mensura a relação entre as admissões e
demissões de uma empresa.
Chiavenato (2009, p.42) define rotatividade como sendo “ o fluxo de entradas e saídas de
pessoas em uma Organização, ou seja as entradas para compensar as saídas das pessoas nas
organizações “.
Sendo que a rotatividade de RH é usado para definir a transacção de pessoal entre uma
Empresa e o seu ambiente, normalmente ela é representada por meio de uma relação
percentual entre as admissões e os desligamentos com relação ao nª médio de participantes da
Empresa, no decorrer de certo período de tempo. Quase sempre, a rotatividade é expressa em
índices mensais ou anuais para permitir comparações, para desenvolver diagnóstico e
providencias.
Para Chiavenato (2009, p.46-47), afirma que a rotatividade “não é uma causa, mas o efeito de
algumas variáveis externas e internas”.
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O Turnover termo inglês utilizado para caracterizar o movimento de entrada e saídas de pessoas nas empresas.
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Variáveis externas: considera-se a situação de oferta e procura de recursos humanos no
mercado, conjuntura económica, oportunidades de empregos no mercado de trabalho etc.
Variáveis internas: considera-se o que ocorrem na Organização, tais como:
As informações a respeito desses fenómenos internos e externos são obtidas por meio das
entrevistas de desligamentos feitas com as pessoas que se retiram, para diagnosticar as falhas
e corrigir as causas que estão provocando a saída do pessoal.
A Rotatividade tenta captar a flutuação (entrada e saída) no quadro de pessoal, tendo em vista
o impacto potencialmente negativo de uma rotatividade não desejada ou planeada pela
Organização.
Para Chiavenato (2009, p.43) o cálculo do “índice de Rotatividade (IR) é baseado no volume
de entradas e saídas de pessoal em relação aos RH disponíveis na Organização, dentro de um
certo período de tempo e em termos percentuais”.
Onde:
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D = desligamento de pessoal dentro do período considerado (saídas)
EM= efectivo médio dentro do período considerado. Pode ser obtido pela soma dos efectivos
existentes no início e no final do período, dividido por dois.
Como exemplo para o cálculo do IR mensal, demonstrou-se em apêndice 2, na pág. 73, o caso
de uma empresa hipotética.
A Rotatividade pode trazer benefícios assim como prejuízos á Organização, a mesma pode ser
provocada pela Organização para fazer substituições com o objectivo de mudar profissionais
por outro, com melhor qualificação e nesse caso a rotatividade estará sob controlo, porque
quando as perdas de recursos não são provocadas pela Organização torna-se um problema.
Quando IR for equivalente a zero, este resultado não ocorre na prática, porque indica um
estado de total rigor da Organização.
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Chiavenato (2009, p.54) explica que a Rotatividade do pessoal implica em vários custos para
a empresa, como:
a) Custos primários
b) Custos secundários
c) Custos terciários
Custos Primários
3- Custo de integração;
4- Custo de desligamento.
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Considerado como:
C= custo de integração
D= custo de desligamento
CP = custo primário
Concluindo os custos primários será igual a soma do custo de admissão com custo de
desligamento conforme se verifica-se a fórmula a abaixo:
Custos Secundários
1- Reflexo na Pn ;
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2- Reflexos na atitude do pessoal;
Reflexo na Pn : envolve perda de Pn causada pela vaga deixada pelo funcionário desligado
enquanto este não for substituído e a insegurança inicial do novo funcionário e sua
interferência negativa no trabalho dos colegas.
Reflexos na atitude do pessoal: envolve imagem, altitudes que o funcionário que esta se
desligando transmite aos colegas e influência de ambos os aspectos sobre a moral e a altitude
dos clientes e fornecedores.
Custo extra laboral: envolve as despesas de pessoal extra ou horas extras necessárias para
cobrir a vaga existente ou para cobrir a deficiência inicial do novo funcionário.
Custos Terciário
Perdas nos negócios: envolve o reflexo na imagem e nos negócios da empresa, provocados
pela qualidade dos Pt ou serviços executados por empregados inexperiente em fase de
ambientação.
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2.4.3 - Absenteísmo e suas causas
São várias as causas que provocam absenteísmo, para tal necessitam de estudos acerca da
análise das mesmas, que nem sempre as causas estão no funcionário, mas sim na organização,
na supervisão deficiente, no empobrecimento das tarefas, na falta de motivação e estímulo,
nas condições desagradáveis de trabalho.
7) Problemas de transportes;
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Segundo o autor mencionado acima exprime que o IA pode ser calculado usando a seguinte
formula:
Porém, a equação acima somente leva em consideração os homens por dias de ausência aos
homens por dias de trabalho.
Para o cálculo do IA, incluindo atrasos e meias – faltas utiliza-se a seguinte formula:
Índice de absenteísmo com afastados é um índice puro relativo ao pessoal afastado por um
período de tempo prolongado, e refere-se ao:
Férias;
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2.5 - Recrutamento
As Organizações não são compostas apenas com máquinas e equipamentos, mas também por
pessoas e é por esta razão que as Organizações estão cada vez mais investindo em pessoas e
elas melhoram cada vez mais para satisfazer as exigências do mercado.
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1 2
Pesquisa interna Pesquisa Externa
Do que a organização precisa.
O que o mercado de RH pode
Pessoas necessárias para a oferecer:
tarefa organizacional
3 Fontes de recrutamento a
localizar e alvejar
Técnicas de
recrutamento a
aplicar
Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Administração de recursos humanos.9ª Edição, São Paulo: Atlas, 2009.
Uma vez identificadas as fontes de recursos humanos pode-se proceder ao seu recrutamento
através de três (3) meios de fundamentais a saber:
1- Recrutamento Interno
2- Recrutamento Externo
3- Recrutamento Misto
Transferência com
Promoção promoção 33
Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Administração de recursos humanos. 9ª Edição, São Paulo: Atlas, 2009.
a) Resultados obtidos pelo candidato interno nos testes de selecção a que se submeteu
quando de seu ingresso na Organização;
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f) Condições de promoção do candidato interno (está apto a ser promovido) e de
substituição (se o candidato interno já tem substituto preparado para o seu lugar).
Vantagens
Desvantagens
7
CHIAVENATO, Idalberto. Op.Cit., P. 81-83.
35
2) Pode levar ao aparecimento de conflitos, naqueles funcionários que não apresentam
condições para ocupar determinados cargos e oportunidades. Isto leva a atitudes
negativas e ao aparecimento de conflitos de interesses;
Concluído o RI só deve ser realizado se o candidato interno tiver condições para se igualar ao
anterior ocupante do cargo, a curto prazo.
36
De acordo com Chiavenato (2009, p.85) “ as técnicas de recrutamento são métodos ou formas
através do qual a Organização aborda e divulga a existência de uma oportunidade de trabalho
junto às fontes RH mais adequadas”.
g) Anúncios em jornais;
h) Agências de recrutamento;
A outra possibilidade deste recrutamento que tem se tornado bastante utilizado por média e
grandes empresas é fazer o recrutamento on-line, (ALMEIDA 2004,p.38).8
8
A chegada da informatização na área de captação e selecção tem levado empresas e candidatos a mudanças na
forma de fazer suas ofertas no mercado de trabalho e de recursos humanos.
9
CHIAVENATO, Idalberto. Op.Cit., p.92-94.
37
Vantagens
Desvantagens
1) Mais demorado que o RI, o tempo gasto com a fase de escolha das técnicas mais
adequadas para influenciar as fontes de recrutamento, a atracção e apresentação dos
candidatos, os exames médicos, a documentação, a libertação do candidato do outro
emprego etc;
3) É menos seguro que o RI: os candidatos externos são desconhecidos, têm origens e
trajectos que a organização não conhece com exactidão. Por isso, muitas organizações
admitem pessoal por um período experimental, para evitar alguma insegurança do
processo de recrutamento e selecção;
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2.5.3 – Recrutamento Misto
Quando se faz o RI, em algum ponto da organização surge sempre uma posição a ser
preenchida através do RE, algum desafio, alguma oportunidade ou algum horizonte deve ser
oferecido ao novo empregado, sob pena de procurar desafios e oportunidades em outra
organização que pareça melhor.
Como o recrutamento misto utiliza tanto as fontes internas quanto externas e de acordo com
Chiavenato (2009, p.99-100), pode ser realizado em três sequências:
a) Inicialmente RI seguido do RE
Esta situação ocorre, sempre que a organização dá prioridade aos seus funcionários, mas não
havendo candidatos com nível desejado recorre-se ao recrutamento externo.
Esta situação ocorre pelo facto de que a empresa deseja a entrada de novas pessoas,
consequentemente novas ideias na organização. Caso não encontre os recursos de que
necessita no MRH, dá início ao processo de RI ou utiliza o pessoal da organização.
c) Simultaneamente RI e RE
Este processo é utilizado quando a empresa tem urgência no preenchimento das vagas
existentes. Cria uma competição profissional pois incita os funcionários a disputarem uma
vaga dentro da sua organização actual.
As empresas estão preferindo a forma de recrutamento misto devido a mesma utilizar tanto o
RI como RE.
2.6 - Selecção
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A selecção de pessoal funciona como uma espécie de filtro, na qual permite que apenas
algumas pessoas possam ingressar na organização. Ela constitui a escolha exacta da pessoa
certa para o lugar certo, em termos mais amplos, a selecção busca dentre os vários candidatos
recrutados, aqueles que são mais adequados aos cargos existentes na organização, visando
manter ou aumentar eficiência e o desempenho do pessoal, bem como a eficácia da
organização.
Para Santos (1973, apud França, 2010, p.34) define que a “selecção é um processo pelo qual
são escolhidas pessoas adaptadas a determinada ocupação ou esquema operacional. Nem
sempre significa escolher os candidatos que revelam aptidões ou capacidades nos seus índices
mais elevados. É em princípio, a escolha dos candidatos com maior afinidade das suas
expectativas e potencialidade com as expectativas necessidades previstas para o cargo ou
posição em processo de preenchimento, para os quais mais convém determinado plano de
acção”.
De acordo Bohlander; Snell; Sherman (2005, p. 102) “em conjunto com o processo de
recrutamento, que se destina a aumentar o nª de candidatos cujas qualificações atendam os
requisitos de cargos e as necessidades da Organização, a selecção é o processo de redução
desse nª e a escolha entre indivíduos com qualificações relevantes”.
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do cargo a disposição da empresa. O mesmo assegura que ingressem na Organização somente
aqueles que apresentarem características desejadas pela Organização
Fontes de informação
sobre o candidato
Comparação para verificar
a adequação - Formulário preenchido
- Testes de Selecção
- Referências
Decisão
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Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Planeamento, recrutamento e selecção de pessoal. 7ª Edição, são Paulo: Atlas,
2009.
A melhor maneira de conceituar a Selecção é representá-la como uma comparação entre duas
(2) variáveis, que de um lado os requisitos a serem preenchidos (requisitos que o cargo exige
de seu ocupante) e de outro lado, o perfil das características dos candidatos que se apresentam
para disputá-lo.
Se X > Y o candidato não atinge as condições ideais para ocupar o cargo e neste caso o
candidato é rejeitado;
Se X < Y o candidato reúne mais do que as condições exigidas pelo cargo e , portanto
torna-se super dotado para aquele cargo.
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a) Modelo de colocação
b) Modelo de selecção
c) Modelo de classificação
O modelo de colocação ocorre quando não envolve a categoria de rejeição. Neste modelo há
um só candidato e também uma só vaga, que deve ser preenchida por aquele candidato
escolhido. Em outras palavras pode-se dizer que o candidato apresentado deve ser admitido
sem sofrer nenhuma reprovação.
O modelo de selecção ocorre quando existem vários candidatos e apenas uma vaga a
preencher. Cada candidato é comparado com os requisitos exigidos pelo cargo que se pretenda
preencher, na qual ocorre duas alternativas a saber: aprovação ou rejeição.
No caso do candidato for rejeitado, logo ele é dispensado do processo, porque para o cargo
vago há vários candidatos, e apenas um poderá ocupá-lo.
No caso do candidato for rejeitado, passa a ser comparado com os requisitos exigidos por
outras posições que se pretende preencher, até se acabarem todas as posições livres, e deste
modo surgiu a denominação de classificação. Neste modelo conclui-se que para cada posição
a ser preenchida ocorrem vários candidatos que a disputam, sendo que apenas um deles
poderá ocupá-la, no caso de vier a ser aprovado.
1) Técnicas de selecção
2) Modelos de selecção
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Técnicas de selecção: são meios capazes de proporcionar informações relacionadas com os
vários tratamentos e permitir comparações dos vários candidatos em relação aos vários
cargos.
Modelos de selecção: é o modelo que permite o ganho máximo nas decisões sobre os
candidatos.
Ao realizar o processo de selecção do pessoal são utilizadas várias técnicas devido a mesma
ter que analisar, não apenas a experiência ou seja o conhecimento do candidato com o
trabalho a ser realizado, mas também com algumas atitudes relacionadas ao seu carácter
pessoal. As técnicas de selecção podem ser classificadas em cinco grupos, conforme
Chiavenato (2009, p.126) a saber:
1) Entrevistas;
3) Testes de psicológicos;
4) Testes de personalidade;
5) Técnicas de simulação.
Entrevista de selecção
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Entrevista de selecção é a técnica de selecção mais utilizada nas grandes, médias e pequenas
Empresas, ela é a que mais influencia a decisão final a respeito dos candidatos. Contudo pode
dizer-se que a entrevista é o método mais amplamente usado em selecção do pessoal.
Assim os candidatos recrutados passam geralmente por uma entrevista de triagem para que se
verifique se eles dispõem dos requisitos e das qualificações anunciadas pelas técnicas de
recrutamento. A entrevista de triagem é uma entrevista rápida e superficial que serve apenas
para separar os candidatos que deverão passar pelo processo selectivo dos candidatos que não
apresentam as condições desejadas.
a) Orais: são provas aplicadas verbalmente por meio de perguntas e respostas orais,
funcionam quase como se fosse uma entrevista, mais apenas com perguntas verbais
especifica.
b) Escritas: são as provas aplicadas por escrito por meio de pergunta e respostas escritas.
45
c) De realização: são as provas aplicadas por meio de da execução de um trabalho ou de
tarefa, de maneira uniforme e com tempo determinado, como prova de digitação, de
desenho e de manobra de um veículo.
a) Provas tradicionais: são as provas do tipo dissertativo e explicativo, elas podem ser
inventadas porque não exigem planeamento, ocupam um nª menor de questões pelo
facto de exigirem respostas longas e explicativas, são muito utilizadas nas escolas na
altura das avaliações trimestrais ou semestrais;
Testes psicológicos
Define-se como teste psicológicos ao conjunto de provas que se aplica as pessoas para
apreciar seu desenvolvimento mental, suas aptidões, habilidades, conhecimentos etc.
Técnicas de Simulação
Análises de casos;
Apresentações orais.
Missão
Visão
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Diário da República nº 69, I Série, de 07 de Junho de 2006.
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Ser um Banco distinto no mercado, voltado para o financiamento do desenvolvimento de
Angola.
Objectivos
O BDA está orientado para o aumento da riqueza nacional, a melhoria contínua do bem-estar
das populações, a construção e consolidação da economia do país. Nesta perspectiva, ele
constitui-se num instrumento privilegiado para o financiamento do desenvolvimento da
economia nacional à luz do Programa de Desenvolvimento Económico e Social do Governo e
da Estratégia Nacional de Desenvolvimento de Longo Prazo e alavancar o sector não mineral
da economia Angolana, deixado assim de depender somente de receitas provenientes de
recursos não renováveis como o petróleo e os diamantes.
Actuação do BDA
Entende-se por cadeia produtiva o conjunto de todos os vínculos que integram o complexo
produtivo de um determinado bem ou serviço, desde as actividades de pesquisa até ao
consumo final, passando pela capacitação e assistência técnica, o fornecimento de insumos e
equipamentos, a transformação, o escoamento e a comercialização.
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O BDA é responsável pela gestão do Fundo Nacional de Desenvolvimento (FND), que é
alimentado por receitas provenientes do Orçamento Geral do Estado nas seguintes
proporções:
Que se destina a financiar projectos de Empresas que são detidas maioritariamente por
cidadãos angolanos que teve como primeira meta a assistência técnica e financeira para
desenvolver a Pn de Milho, Algodão e Materiais de Construção, em algumas províncias do
País tais como: Luanda, Bié, Benguela, Huambo, Malanje e Bengo e nos anos seguintes
ampliou as linhas de actuação para beneficiar os sectores de Pecuária, Avicultura, Hotelaria,
Pn de Cereais, Exploração Madeireira e de Mel.
O BDA é tutelado pelo Ministério das Finanças, cuja actividade está sujeita a supervisão do
Banco Nacional de Angola (BNA), mas devido á natureza de suas actividades, o BDA presta
contas trimestralmente Ministério das Finanças, evidenciado a boa correcta aplicação dos
recursos públicos, em conformidade com as normas as quais está submetido e o desempenho
de sua gestão.
Embora seja um Banco de âmbito nacional, o BDA não dispõe de uma rede de balcões
espalhados pelo país, daí a razão de fazer recurso às agências dos Bancos comerciais que
operam no mercado, para conseguir trabalhar com os produtores em todo o território nacional.
Os Bancos credenciados fazem recursos a fundos do BDA para financiar projectos inseridos
nas cadeias produtivas aprovados pelo BDA num montante de até USD 5000000 (cinco
milhões de dólares).
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4) Banco de Fomento Angola (BFA)
O BDA é uma Média Empresa do sector terciário, actualmente conta com 106 funcionários,
dos quais 69 masculino e 37 feminino, sendo que a maioria da sua força laboral esta
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constituída por licenciados, que corresponde a 65,09%, enquanto 11,32% têm o grau de
Mestrado, conforme ilustra a tabela 3.1 e o gráfico 3.1.1, assim como a tabela 3.2 e o gráfico
3.2.1.
Ano de 2013
Sexo Nª de Funcionários
Masculino 69
Feminino 37
Total 106
Básico 4 3,77
Médio 5 4,72
Bacharel 8 7,55
Licenciado 69 65,09
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Pós-graduação 5 4,72
Mestrado 12 11,32
Doutorado 3 2,83
Total 106 100
Conforme demonstra a tabela 3.2, verifica-se que 3,77% têm o nível académico de básicos,
que corresponde a quatro (4) funcionários, 4,72% são Técnicos médios que corresponde a
cinco (5) funcionários, enquanto 4,72% têm o grau de Pós – graduação e apenas 2,83% com
grau de Doutoramento que corresponde a três (3) funcionários.
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O BDA tem como os principais vínculos encontrados neste ambiente:
Clientes
Concorrentes
Uma vez que o BDA é responsável pela gestão do FND, o mesmo é alimentado por receitas
provenientes do orçamento Geral do Estado (OGE) em apenas algumas proporções, conforme
a referência acima citada.
Clientes: tem como clientes todos cidadãos Angolanos (Pessoas individuas, pessoas
colectivas, Bancos comercias etc.) que queiram investir em Angola.
Os clientes podem apresentar as suas propostas ao BDA ou aos Bancos operadores, que são os
Bancos credenciados para actuar nos programas de financiamento nas mesmas bases e
condições do BDA.
Os clientes para o pedido de financiamento superior a USD 5000000 poderão dar entrada
directamente na agência central do BDA e os pedidos de financiamento até USD 5000000
poderão dar entrada junto dos Bancos comercias credenciados.
Concorrente: Devido a natureza da sua actividade tem como concorrente o Banco Kwanza.
Ser Empresa / Produtor nacional com capital maioritariamente detido por cidadão
Angolanos;
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Exercer uma actividade rentável e possuir domínio do processo produtivo.
As principais etapas que o cliente deverá cumprir para ter acesso ao crédito são:
1-Entrevista;
No BDA em termo da análise do MT, esta a viver a situação da oferta ser menor que a
procura, logo há poucas disponibilidades de oferta de empregos e um excesso de candidatos
para preenchê-las, neste caso o Banco elabora o processo de selecção com maior rigor para
escolher o homem certo para o cargo certo.
O PRH é de grande importância para o BDA, pois é através dele que a Instituição consegue
avaliar os actuais RH, prever as necessidades futuras de modo a evitar a falta de pessoal e
consequentemente a realização do programa de Recrutamento e Selecção dos candidatos.
De uma forma mais específica o DRH, tendo em conta aquilo que foi planeado faz a seguinte
elaboração do cronograma das suas actividades, conforme a tabela 3.1.2.
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Fonte: Departamento de Recursos Humanos do BDA.
DRH faz uma avaliação do potencial interno existente, de modo a verificar a necessidade e o
motivo de requisição de pessoal, uma vez que o DRH aceita a proposta vindo das Direcções,
por sua vez elabora-se um intervalo do salário a ser pago ao futuro funcionário, isto de acordo
com Orçamento da Instituição, para que na fase da negociação que ocorre entre o DRH e o
candidato, tenha já um valor estabelecido, logo intervém também o Departamento de
Logística que vai tratar dos recursos matérias (computador, secretaria etc.), para que os
mesmos possam desempenhar suas tarefas. Finalmente o DRH (secção do recrutamento)
estabelece o período, local, tipo de recrutamento, tipo de teste psicotécnico e assim como as
técnicas de Selecção.
Acertado todo o processo junto com as Direcções, o DRH encaminha o assunto ou a proposta
ao Conselho de Administração (CA), para que o mesmo possa dar o seu parecer, uma vez
aceite a proposta, o Presidente do Conselho de Administração faz a aprovação ao início do
processo de recrutamento, deste modo o DRH junto com a Direcção de Sistema de Tecnologia
(DST) divulgam o anúncio do processo de Recrutamento.
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Segundo o cronograma da actividade do Banco, bem como a necessidade de prestar melhor
serviço aos clientes, o modelo frequentemente utilizado para planear RH assemelha-se ao
método de Planeamento Integrado.
Oportunidades
Salário equiparado ou superior relativamente aos Bancos comerciais;
Aumentar cada vez mais as cadeias produtivas;
Taxa de juros relativamente inferior em relação ao mercado;
Prazo de financiamento de Médio e Longo prazo.
Ameaças
A concorrência, com o Banco Kwanza devido a natureza do serviço prestado;
Se houver queda no preço de petróleo, afectará o BDA.
Forças
Pacote de remuneração atractivo;
Formação do pessoal;
Progressão na carreira.
Fraquezas
Política de retenção de Quadros.
3.3.2- Rotatividade
Para evitar as demissões por iniciativa do pessoal o Banco estabelece algumas medidas
internas como: evitando horas extras, cria programas de benefícios e o reconhecimento para
os funcionários, que deste modo aumenta a satisfação na realização laboral,
Após feita admissão dos candidatos internos, a vaga deixada por estes funcionários, será
necessário compensa-las por meio de novas admissões (através do RE) para manter o nível de
RH em proporções adequadas para as operações do Banco e assim ampliar os resultados.
2009 5 3 8
2010 4 4 8
2011 5 7 12
2012 6 4 10
Total 20 18 38
Sendo que em 2011 foi o ano que teve maior nª de admissão do pessoal conforme ilustra a
Tabela 3.3, com 12 funcionários, sendo sete (7) femininos e cinco (5) masculino, e em 2009 e
2010 com apenas oito (8) admissões.
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Gráfico 3.3.1 – Nª de funcionários admitidos por sexo.
2009 8 1
2010 8 3
2011 12 0
2012 10 0
2013
Total 38 4
Fonte: Dados fornecidos pelo Departamento de RH do BDA.
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Neste período em análise apenas registou-se quatro (4) demissões do pessoal, a mesma
ocorreram por iniciativa dos próprios funcionários uns por vários motivos pessoais e outros
por alternativas atractivas oferecidas pelo MT, conforme apresenta a tabela 3.3.2.
Conforme observa-se o gráfico 3.3.3 o ano com maior nª de demissões de pessoal foi em 2010
que resultou em três (3) demissões e em 2009 apenas uma (1) demissão.
Com estes dados de admissões e demissões do pessoal no referido período foi possível
calcular IR anual, conforme a tabela 3.4 que demonstra o IR do BDA no período de 2009 á
2012.
2009 72 8 1 6,3
2010 79 8 3 6,9
2011 84 12 0 7,1
2012 96 10 0 5,2
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Total 38 4 25,5
Ao verificar o quadro 3.4 e gráfico 3.4.1, percebe-se que a rotatividade é considerável, visto
que uns dos factores que contribui muito para esta rotatividade são o registo de poucos casos
de demissão e até mesmo nenhum caso em certos anos.
Em relação a estes quatros (4) anos verifica-se que o maior índice de rotatividade foi no ano
de 2011, na qual registou um índice de 7,1 %, quer dizer que em 2011 o BDA apenas contou
com 92,9 % da sua força de trabalho que para tal necessitava de um excedente de 7,1% para
contar com 100% da sua força de trabalho.
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E menor índice verificou-se no ano de 2012 com 5,2%, que significa que em 2012 o BDA
contou apenas com 94,8 % da sua força de trabalho e para contar com 100% da sua força de
trabalho necessitava de um excedente de 5,2%.
3.3.3 – Absenteísmo
Regista-se raramente casos de absenteísmo, devido a motivação criada pelo Banco e também
o rigor existente, e quando acontece as principais causas para este absenteísmo é por motivo
de doença efectivamente comprovada.
3.4 - Recrutamento
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Os requisitos dos candidatos a recrutar variam de acordo com o perfil da vaga, mas de um
modo geral a DRH do BDA exige que o candidato recrutado deve ter obrigatoriamente:
Tipo de Recrutamento
O Banco utiliza o tipo de recrutamento misto, onde inicialmente faz um RI seguido de RE.
Sempre que há oportunidade de preenchimento de vaga, o BDA faz primeiramente um RI, ou
seja dá prioridade aos seus funcionários de concorrerem a vaga disponível, caso não conseguir
o perfil desejado é que realiza um RE.
Recrutamento interno
A intranet é uma ferramenta muito vantajosa e de menor custo para o BDA, uma vez que
permite que cada Departamento quando possuem alguma informação compartilha com os
demais Departamentos e ao mesmo tempo possibilita ter uma comunicação direita com todos
os funcionários.
Para realizar o RI, o DRH utiliza comunicação interna por meio da intranet, que é uma rede
interna fechada e exclusiva com acesso somente para os funcionários, é através dela que o
DRH anuncia as vagas internas disponíveis, com a data da abertura do concurso público
interno e especifica as exigências do concurso na qual é enviada em anexo uma ficha de
inscrição para o candidato fazer a sua candidatura.
Para que o candidato interno concorrer a vaga disponível deve cumprir alguns requisitos tais
como:
Ter o perfil desejado exigida pela vaga;
Possuir a avaliação de desempenho de bom;
Ter pelos menos de 3 anos de serviço.
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Quando o candidato possui os requisitos acima citados, logo é chamado para uma entrevista
de selecção e tendo sido apto a entrevista, esta em condições de ocupar a vaga, mas caso o
candidato não passar na fase da entrevista, logo a vaga passa a ser preenchida através do RE.
Vantagens
a) Método mais económico: Para o Banco é mais económico recrutar alguém que já está
familiarizado com a "Instituição", do que anunciar a oportunidade para o exterior, pois
evita o gasto de dinheiro em anúncios de jornais ou em empresas de recrutamento.
b) O tempo de integração do colaborador é mais curto: Uma vez que se processa tudo
internamente, o tempo de integração e aprendizagem é mais curto. Afinal, o
colaborador já está familiarizado com o sistema e com os colegas.
Desvantagem
Recrutamento Externo
Uma vez que através do RI não se obteve o candidato desejado para desempenhar a nova
função, ou para o preencher a vaga deixada pelo RI, logo em seguida é realizado o RE. O
mesmo possibilita a realização da conquista de candidatos e que obtenha pessoas habilitadas e
capazes de executarem tarefas no Banco, com isto para a captação de candidatos é utilizado as
técnicas de recrutamento.
1- Candidatura Espontânea
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Na candidatura espontânea, os candidatos apresentam-se espontaneamente, entregando
curriculum, acompanhado de uma proposta de emprego que vai ser devidamente arquivado na
base de dados do órgão de recrutamento do DRH do Banco.
Vantagem do RE
Desvantagens
a) Mais demorado que o RI: O tempo gasto com a fase de escolha das técnicas mais
adequadas para influenciar as fontes de recrutamento e a atracão.
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b) É mais caro: Necessita de despesas com anúncios no jornal de Angola, gastos com a
formação do novo colaborador, visto que a formação é a área em a instituição tem
maior gasto.
A entrevista de triagem é uma entrevista rápida e superficial que serve apenas para separar os
candidatos que deverão passar pelo processo selectivo, dos candidatos que não apresentam as
condições desejadas para este processo e posteriormente aplica-se as técnicas de Selecção aos
candidatos seleccionados.
Técnicas de Selecção
No sentido de assegurar uma rigorosa e criteriosa selecção dos candidatos para integrarem no
quadro do pessoal o Banco utiliza as seguintes técnicas de selecção:
1 - Provas de conhecimento;
2- Testes psicológicos;
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3 – Entrevista.
Provas de conhecimento
Aplica-se aos candidatos uma prova de conhecimento, para medir o grau de experiência
profissional, exigido pelo cargo e geralmente usam provas orais e escritas.
Na prova Orais são aplicadas verbalmente por meio de perguntas e respostas orais, e funciona
quase como se fosse uma entrevista, mais apenas com perguntas verbais especifica.
Na prova Escritas são aplicadas por escrito por meio de perguntas e respostas escritas e
exigem que o candidato tenha uma área de conhecimento de noções de cultura geral, Língua
Portuguesa e Matemática, assim como conhecimentos técnicos e específicos directamente
relacionados ao cargo em referência.
Testes Psicotécnico
Entrevista e Selecção
Na fase da entrevista de selecção a DRH cria um corpo de júri constituído por três pessoas
que é o ideal para equilibrar as decisões, nomeadamente um chefe da área que necessita o
pessoal, um chefe da área de RH e uma terceira pessoa que entenda o funcionamento geral da
instituição.
Após realizada a entrevista de selecção caso o candidato seja aprovado, passa para a fase de
negociação em que o responsável da área de recrutamento oferece ao futuro funcionário uma
carta de oferta de emprego (inclui negociação da oferta salarial). Caso as ambas partes se
entendam, o candidato passa a fazer parte do processo de Integração dos novos funcionários
que é chamado como o primeiro dia de trabalho ou seja a fase da Indução.
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Conclusões
O referido Banco embora sendo uma média empresa do sector terciário, observou-se que a
mesma utiliza o recrutamento misto, que é uma excelente oportunidade para estimular seus
colaboradores para o crescimento dentro da mesma, geralmente o Banco contrata pessoal em
função do aumento de fluxo de trabalho, bem como a necessidade de prestar melhor serviço
aos seus clientes.
Durante o período de 2009 á 2012, o Banco registou 38 admissões, sendo em 2011, o ano com
maior nª de admissões na qual resultou em 12 novos colaboradores, e o menor ano foi em
2009 e 2010, que houve apenas 8 admissões. O maior IR registou-se 2011 com 7,1 %, que
significa que o BDA neste ano apenas contou com 91,45% da sua força de trabalho e o menor
IR registou-se em 2012 com 5,2 %.
Por fim em relação a demissão assim como ausentismo do pessoal no BDA quase não se
regista, pelo facto do Banco ter uma dinâmica em termo de subsídios aos funcionários e
também por ter um Pacote de Remuneração atractivo, Política de retenção de Quadros e ao
horário de trabalho que dispõe aos funcionários, neste mesmo período em análise apenas
registou-se 4 casos de demissão por vários motivos pessoais.
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Recomendações
A utilização de outros meios para a divulgação das vagas tal como: contacto com
Universidade;
Realização do recrutamento On-line, que deste modo facilita a vida dos candidatos;
Melhorar cada vez mais os benefícios no Banco de modo que o funcionário se sinta
cada vez mais seguro e motivado;
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
9. CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 5ª Edição. São
Paulo: Prentice Hall, 2002.
12. GIL, António Carlos. Administração de recursos humanos. São Paulo: Atlas, 1994.
19. TOLEDO, Flávio De. O que são recursos humanos. 5ª Edição, São Paulo: Brasiliense,
1982.
www.ebah.com/br
www.google.com.br
www.bda.com.ao
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APÊNDICE 1- QUESTIONÁRIO
Recolha de dados
Sim Não
Interno
Externo
Misto
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a) Quais os requisitos devem possuir os candidatos recrutados?
Entrevistas
Provas de conhecimento
Testes psicológicos
Técnicas de simulação
Sim Não
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APÊNDICE 2 – ÍNDICE DE ROTATIVIDADE
Conforme o tema em referência sobre o cálculo IR foi criando exemplo de caso hipotético
para fazer a demonstração de como são calculado e analisado o mesmo índice.
Ex1: No armazém Torres e Filhos, Lda. existe 430 funcionários com efectividade tendo, 15
admissões e 12 demissões no mês de Dezembro de 2011.
IR = (15+12 )/2×100)/430
IR =3 %
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Conforme a pág. nª 60 que apresenta a tabela e o gráfico do índice de rotatividade anual, aqui
estão demonstrados os cálculos dos mesmos.
Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Administração de recursos humanos. 9ª Edição, São Paulo: Atlas, 2009.
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Tabela 2.2 – O comportamento das pessoas nas duas situações extremas do MRH
Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Administração de recursos humanos. 9ª Edição, São Paulo: Atlas, 2009.
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Figura 2.3 – Modelo de Planeamento de pessoal Integrado
Entradas Saídas
Desligamentos
Admissões Demissões
p/empresa empresa
Força de
Transferências de Trabalho de
uma Aposentadorias
subunidade
da
organização
Promoções de Transferências para
Retornos de
afastamentos Promoções para
Afastamentos
Afasta-
mentos
Fonte : CHIAVENATO, Idalberto. Planeamento, recrutamento e selecção de pessoal. 7ª Edição, são Paulo:
Atlas, 2009.
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Figura 2.5.1- Selecção de pessoal como uma comparação.
X Y
Especificações Características
do candidato
do cargo
O que o Candidato
O que cargo
Versus oferece
Requer
Técnicas de selecção
Análise e descrição do
para saber quais as
cargo para saber quais os
condições pessoais para
requisitos que o cargo
ocupar o cargo
exige de seu ocupante
Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Planeamento, recrutamento e selecção de pessoal. 7ª Edição, são Paulo: Atlas,
2009.
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