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A CONCEPÇÃO CORRETA DA BÍBLIA, O OBJETO DA HERMENÊUTICA

SAGRADA

Louis Berckhof

Resumo

Nesse epítome, explicita-se a concepção correta da bíblia a partir de Louis Berkhof. Para ele a
Bíblia é o objeto da hermenêutica sagrada; o interprete parte do princípio dominante em que a
bíblia é divinamente inspirada, nesse sentido, entende-se por inspiração a influência
sobrenatural do Espírito Santo sobre os escritores. A proposição é fundamentada a partir da
premissa que a própria escritura prova a inspiração divina. As provas bíblicas mais importantes
para a inspiração divina são: Primeiro, a inspiração dos órgãos dos profetas e discípulo; depois,
a inspiração da palavra escrita – escrituras usadas por Jesus e seus discípulos, bem como a
inspiração às palavras que foram usadas pelos escritores. Nesse sentido, a bíblia tem um fator
duplo, o divino e o humano, isto é, um livro que vem de Deus, mas instrumentalizado pelo
homem. Sobretudo, o processo de inspiração é incompreensível na sua totalidade, considerado
um mistério que desafia a explicação e deve ser aceito pela fé. Não obstante a plausibilidade da
inspiração, há objeções à doutrina da inspiração verbal que são: a inspiração dos autógrafos e o
problema do “pressuposto” do hermeneuta. Ainda sobre a concepção correta da Bíblia,
Berckhof acredita que os vários livros da Bíblia constituem uma unidade orgânica e uma grande
diversidade no que se refere ao conteúdo, forma e linguagem; uma outra unidade também
reconhecida por ele é a do Sentido, ou seja, a escritura tem um único sentido, daí a necessidade
de se guardar contra equívocos. Para a interpretação correta da bíblia, Berckhof prefere o estilo
das escrituras visto a partir de uma visão geral-exegética e não literária, em que, observa-se a
simplicidade, a vivacidade do estilo, o uso extensivo da linguagem figurada, o paralelismo
peculiar de sentenças e os aspectos característicos da linguagem. Portanto, para Berckhof
considerar a inspiração da escritura é primordial para a perfeita interpretação, não somente isto,
mas o ponto de vista exegético do interprete também é relevante, contudo o hermeneuta não
deve confundir liberdade com licenciosidade, porquanto em todas as suas exposições, deve se
prender ao que estar escrito, e não tem o direito de atribuir seus pensamentos aos autores.

Palavras-Chave: Inspiração, escrituras, bíblia, interprete.

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