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Glossário

3.2. As áreas urbanas: dinâmicas internas


3.2.1. A organização das áreas urbanas
a) As áreas terciárias
b) As áreas residenciais
c) A implantação da indústria

Acessibilidade: grau de facilidade com que se pode chegar a um lugar, considerando o tempo ou o custo
da deslocação.
Áreas funcionais: áreas relativamente homogéneas ao nível das funções e com características próprias.
CBD - Central Business District: centro de negócios que se caracteriza por ser central em termos de
acessibilidade, ter uma elevada concentração de edifícios, uma elevada intensidade de tráfego de
veículos e peões, valores elevados do solo e de impostos, concentração de negócios e mistura todos os
grupos étnicos. Resulta da transformação progressiva do downtown (baixa), donde foram excluídas, por
efeito da concentração e do elevado preço do solo, a função residencial, as atividades industriais e
algumas formas de comércio.
Centro urbano: engloba todas as sedes de distrito e os aglomerados populacionais com mais de 10 000
habitantes.
Espaço urbano: espaço onde a ocupação do solo é caracterizada pelo elevado número e concentração
de infraestruturas, estando destinado predominantemente à construção.
Especulação fundiária: quando há um desequilíbrio entre a oferta e a procura. Quando a procura à
bastante superior à oferta, os preços do solo atingem valores muito elevados e muito superiores ao seu
valor real.
Funções urbanas: atividades que se desenvolvem no interior das cidades com vista à satisfação das
necessidades da população.
Renda locativa: teoria económica, base de modelos geográficos. Determina que as rendas ou os valores
do solo diminuem com a distância ao centro, isto é, revelam uma diminuição com o aumento da
distância ao centro. O afastamento ao centro promove uma diminuição da procura dos terrenos, o que
leva a um aumento dos disponíveis e a uma consequente diminuição da renda locativa.
Segregação espacial: separação das diversas áreas de uma cidade em função do valor do solo.
Solo expectante: solo que aguarda ocupação.
Terciarização: aumento progressivo das áreas ocupadas pelas atividades do setor terciário, por
reconversão das áreas habitacionais mais antigas, geralmente situadas no centro das cidades.
Urbanização: transformação do solo para fins comerciais, industriais e de habitação, bem como para a
instalação de equipamentos de ensino, lazer, saúde, etc., tendo em vista a fixação da população.
Zonamento: é o processo de diferenciação de um território em zonas, atribuindo a cada uma delas uma
determinada função ou uso (industrial, habitacional, comercial, agrícola, etc.).

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3.2./3.3. As áreas urbanas
3.2.2. A expansão urbana
a) Os subúrbios e as áreas periurbanas
b) As áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto

Área periurbana: espaço urbanizado para lá da cintura urbana que resulta da expansão dos subúrbios.
Apresenta uma densidade de ocupação inferior à das áreas suburbanas e integra estruturas urbanas e
rurais.
Área suburbana: espaço da periferia das cidades que resulta da expansão dos aglomerados urbanos
para além dos seus limites administrativos. Caracteriza-se por uma densa ocupação do espaço, quer por
população quer por atividades económicas.
Áreas metropolitanas: extensa área urbanizada que resulta do crescimento e da coalescência de vários
aglomerados urbanos próximos, unidos entre si por um complexo sistema de inter-relações, e que se
caracteriza por uma elevada concentração de população e de atividades económicas.
Expansão ou aglutinação urbana/expansão tentacular: processo de alargamento gradual da periferia
de uma cidade, fazendo-se preferencialmente ao longo das vias de comunicação (crescimento/expansão
tentacular).
Periurbanização: expansão das cidades através da urbanização dos espaços limítrofes, como resultado
da deslocação de população e atividades económicas.
Rurbanização: formas de alojamento que tentam recriar o modelo rural tradicional (casa individual
isolada, vivenda ou moradia) e que se desenvolvem na periferia das cidades e de outros aglomerados
urbanos. Se, por um lado, tem a ver com o crescimento urbano, dependendo então da cidade mais
próxima, organiza-se, por outro lado, à volta dos nós de habitat rural, sem criar um novo tecido
contínuo. Ou seja, é um processo que resulta do crescimento urbano, onde coexistem de forma difusa
as atividades económicas urbanas e a atividade agrícola.
Suburbanização: processo de desenvolvimento do espaço à volta das cidades e que resulta da expansão
dos aglomerados urbanos.
Subúrbios: áreas periféricas, mais ou menos urbanizadas, das cidades e totalmente dependentes delas.

3.2.3. Problemas urbanos


a) Questões urbanísticas e ambientais
b) As condições de vida urbana

Ordenamento territorial: organização do espaço tendo em vista uma distribuição das atividades
económicas e de população equilibrada e harmoniosa, que conduza à utilização racional dos recursos, à
proteção do ambiente e à melhoria de qualidade de vida da população.
PER (Plano Especial de Realojamento): programa que se destina a munícipes residentes em barracas e
casas degradadas e tem em vista, por um lado, a erradicação destas construções e, por outro, realizar
com celeridade o realojamento em habitações condignas das famílias que vivem em barracas,
garantindo a sua inserção nos tecidos urbanos.
Planeamento territorial: processo que envolve um conjunto de estudos que têm em vista o
reconhecimento das necessidades e características da população e dos recursos disponíveis, com o fim
de intervir no espaço geográfico de forma a gerir de modo equilibrado o uso do solo.

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3.2./3.3. As áreas urbanas
Plano Diretor Municipal (PDM): abrange todo o território municipal e estabelece uma estrutura espacial
para o território do município, a classificação dos solos e os índices urbanísticos, tendo em conta os
objetivos de desenvolvimento, a distribuição racional das atividades económicas, as carências
habitacionais, os equipamentos, as redes de transportes e de comunicações e as infraestruturas.
POLIS (Programa de Requalificação Urbana e de Valorização Ambiental das Cidades): tem como
objetivo melhorar a qualidade de vida nas cidades, através de intervenções nas vertentes urbanística e
ambiental, com o fim de aumentar a atratividade e a competitividade de polos urbanos com papel
relevante no sistema urbano nacional.
PP (Plano de Pormenor): trata, com detalhe, áreas limitadas territorialmente, definindo, de forma muito
pormenorizada, modos de ocupação do espaço.
PRAUD (Programa de Áreas Urbanas Degradadas): tem como objetivo promover, em parcerias com as
autarquias locais, operações de reabilitação de áreas urbanas degradadas.
Reabilitação urbana: quando se pretende manter um bairro com todas as suas características
funcionais, pelo que, além da melhoria das condições físicas, internas ou externas, dos edifícios, há uma
dinamização das atividades, de forma a tornar uma área mais atrativa.
Renovação urbana: demolição dos edifícios e construção de novos imoveis, o que implica uma alteração
das estruturas existentes.
Requalificação urbana: adaptação, tendo em conta a necessidade do momento, da estrutura física dos
imóveis e/ou espaço urbano para um uso diferente daquele para que inicialmente fora concebido, sem
que sofra alterações significativas.

3.3. A rede urbana e as novas relações cidade-campo


3.3.1. As características da rede urbana
a) As aglomerações urbanas no território
b) A hierarquia dos lugares na rede
c) Vantagens e limitações da dispersão ou da concentração do povoamento

Aglomeração urbana: conjunto urbano constituído por uma cidade e pelos seus subúrbios.
Área de influência: domínio exercido por uma cidade sobre o espaço envolvente, em consequência da
sua oferta de bens e serviços, quantidade e variedade de equipamentos coletivos, etc., ou seja, é
definida pelo território que se encontra funcionalmente dependente de si, para um determinado
número de funções.
Bens centrais: todos os bens obtidos num lugar que ocupa uma posição central em relação ao mercado
que serve.
Bens/funções raros: bens/funções de utilização não frequente, pelo que normalmente só se encontram
nos centros urbanos e, alguns deles, nas grandes cidades, como por exemplo os instrumentos musicais,
os hospitais especializados, automóveis, bancos.
Bens/funções vulgares: bens/funções de utilização frequente, na maior parte dos casos diária, pelo que
se encontram com muita facilidade, como por exemplo eletricidade, água canalizada, sapateiro, pão,
leite, café.
Bimacrocefalia: rede urbana caracterizada pela existência de duas cidades que, pela sua dimensão
(demográfica e funcional) dominam um conjunto de outras cidades de dimensão muito menor.

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3.2./3.3. As áreas urbanas
Bipolarização: concentração da população e das atividades económicas em dois polos (no caso
português Lisboa e Porto).
Centralidade: razão entre a quantidade de bens que o lugar fornece e a quantidade de bens necessária
aos seus habitantes.
Deseconomias de aglomeração: situação que se traduz no aumento dos custos de produção para as
empresas e pela diminuição da qualidade de vida da população, devido à excessiva concentração
demográfica e de atividades económicas nos aglomerados.
Economias de aglomeração: vantagens que decorrem da localização das atividades e/ou da população
em aglomerações, ou seja, beneficiam das mesmas infraestruturas de transporte, comunicação,
distribuição de água, de energia e das relações de complementaridade que se estabelecem entre elas.
Função central: qualquer atividade económica e social que fornece bens centrais.
Hierarquia das funções centrais: classificação ordenada das funções desempenhadas pelos lugares
centrais.
Litoralização: concentração da população e das atividades económicas no litoral.
Lugar central: qualquer lugar que oferece bens à área envolvente.
Macrocefalia: rede urbana caracterizada pela existência de uma cidade que, pela sua dimensão
(demográfica ou funcional) domina um conjunto de outras cidades de dimensão muito menor.
Raio de eficiência: distância que o consumidor tem de percorrer até um lugar central para obter um
bem ou serviço. É também a distância até a qual se pode transacionar um bem ou serviço.
Rede urbana ou sistema urbano: sistema integrado de cidades, desde as mais pequenas às grandes
cidades, que estabelecem relações de complementaridade entre si.
Rede urbana monocêntrica: rede urbana em que existe uma aglomeração principal que se destaca das
demais, pela população e pelo leque diversificado e qualificado de atividades económicas, recursos e
funções que nela se concentram.
Rede urbana policêntrica: rede urbana em que as aglomerações principais mantêm um total de
população e um conjunto de atividades económicas, recursos e funções muito equilibradas.
Taxa de urbanização: relação entre a população urbana e a população rural. expressa em percentagem.

3.3.2. A reorganização da rede urbana


a) O papel das cidades médias
b) O atenuar do crescimento das grandes aglomerações
c) A inserção na rede urbana europeia

Cidade média: demonstra a mesma dificuldade de definição de cidade em geral. Segundo os parâmetros
da Comissão Europeia, é uma cidade que possui entre 100 000 e 250 000 habitantes. De acordo com
este critério, Portugal tem apenas 5 cidades médias: Braga, Coimbra, Vila Nova de Gaia, Amadora e
Funchal. Em Portugal, são as cidades que possuem entre 10 000 e 100 000 habitantes. Seguindo estes
parâmetros, existem 40 cidades médias em Portugal.
PROSIURB (Programa de Consolidação do Sistema Urbano Nacional e de Apoio à Execução dos Planos
Diretores Municipais): instrumento de intervenção nas cidades médias, permitindo melhorias na
qualificação ambiental e urbana, nomeadamente ao nível de equipamentos coletivos e infraestruturas
básicas e de reabilitação urbana, nas aglomerações urbanas não metropolitanas, e que desempenham
um papel estratégico na rede urbana portuguesa. Contribui para reequilibrar o sistema urbano nacional.

Glossário 4/5
3.2./3.3. As áreas urbanas
3.3.3. As parcerias entre cidades e mundo rural
a) As complementaridades funcionais
b) As estratégias de cooperação institucional

Coesão territorial: desenvolvimento harmonioso do território, contribuindo para o desenvolvimento


sustentável desse território.
Parceria urbano-rural: cooperação entre as áreas urbanas e as áreas rurais.

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3.2./3.3. As áreas urbanas

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