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9 - E Surgiu - Entao - A Linguistica PDF
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Abstract
We can state that, for the bless of Saussure, Bloomfield and a Chomsky, the study
about the language development has become, from the end of 19th century and
beginning of the twentieth’s, more and more independent; and, even though it
makes straitght relationship with many other sciences, the wide specter of
fenomena that are in the undergrounds of the articulated languages makes the
Linguistics a carachteristc science, not being misunderstood with no other subject.
Resumo
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CIÊNCIA E CONHECIMENTO – REVISTA ELETRÔNICA DA ULBRA SÃO JERÔNIMO – VOL. 01, 2007, LETRAS, A.1 2
Introdução
O interesse pela linguagem é muito antigo. E foi assim expresso por lendas, mitos,
cantos, rituais, ou ainda por trabalhos eruditos que buscavam conhecer essa capacidade
inata e exclusivamente humana de interação lingüística com o meio.
Costumamos dividir a ciência que hoje chamamos lingüística em duas grandes
fases ou períodos: a lingüística até o século XIX – a pré-saussuriana – e a lingüística a
partir do século XIX – a saussuriana. Na verdade, é bom que se saliente que só no
século XIX a lingüística começou a adquirir status de ciência.
Embora antes dessa época já se encontrasse nos teóricos indícios de preocupação
com a origem e a estruturação da língua, tal interesse não se concretizava além de
especulações, muitas vezes imprecisas, acabando por se centrar no caráter puramente
prescritivo da língua.
Desse primeiro período dos estudos lingüísticos, a que se convencionou chamar,
conforme já dito, pré-saussuriano, podemos destacar três fases marcantes: a filosófica, a
filológica e a histórico-comparativista.
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A fase filosófica dos estudos lingüísticos pertenceu, sem sombra de dúvida, aos
gregos. Foram eles os precursores dos estudos em torno da origem da linguagem.
Através de suas reflexões filosóficas a respeito da língua, adentraram a área da
Etimologia, da Semântica, da Retórica, da Morfologia, da Fonologia, da Filologia e da
Sintaxe.
A idéia grega sobre a linguagem foi, de início, eminentemente prática. Para os
gregos, o importante na análise da língua era observar de plano a práxis, a ação, o
“fazer”.
Sendo assim, os estudos da linguagem começaram como uma espécie de descrição
da língua, porém limitada à compilação de regras (gramática), às quais “ensinavam” a
arte de ler e de escrever. Entretanto, pelos comprometimentos filosóficos da época,
esses estudos estavam desprovidos de uma visão científica e objetiva da língua em si
mesma, embora buscassem descrevê-la através de uma normatização.
A influência grega nos estudos acerca da língua perdurou por vários séculos e a
chamada fase filosófica dos estudos da linguagem humana se estendeu até a Idade
Média.
A segunda fase dos estudos pré-saussurianos – a Filológica – surgiu na
Alexandria, em torno do século II a.C., levantando a bandeira da autonomia. Os estudos
alexandrinos defendiam uma descrição mais filológica e menos filosófica da língua.
Em última análise, a Filologia buscou centrar seus estudos na morfologia, na
sintaxe, na fonética e, por conseqüência, na elucidação dos textos em geral.
Influenciando toda a Idade Média, a fase filológica da descrição da língua teve em
FRIEDRICH AUGUST WOLF seu principal divulgador.
A partir de meados do século XVIII, a escola alemã de WOLF alargou
consideravelmente o campo e a abrangência da Filologia, defendendo a importância do
conhecimento dos costumes, das instituições e da história literária dos povos. Essas
pesquisas acabaram servindo de base para o surgimento e a consolidação da lingüística
histórico-comparativista.
Os estudos histórico-comparativistas têm início, então, por volta do final do
século XVIII/início do século XIX, procurando identificar as relações entre o latim, o
grego e as línguas germânicas, entre outras, a partir da descoberta do sânscrito.
Assim, a lingüística entra para a terceira fase histórica, o chamado período
histórico-comparativista, predominantemente marcado pela preocupação dos teóricos
em saberem como as línguas evoluem, e não tão somente como funcionam, conforme
tinha sido o enfoque até então.
A descoberta dessa nova língua – o sânscrito (antiga língua da Índia) –
impulsionou a lingüística-comparativista, cujo fundador, FRANZ BOPP (1791-1867),
procurou descrever a fonte comum das flexões verbais de várias línguas, através da
análise dos textos em sânscrito, comparando-os com outros idiomas. BOPP teve o
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cuidado de sistematizar sua análise comparativista dos idiomas, lançando o livro “Sobre
o sistema de conjugação do sânscrito”.
A fase histórico-comparativista teve o mérito de lançar as bases científicas para a
lingüística do século XX, inclusive para os ensinamentos de SAUSSURE e de
BLOOMFIELD.
SAUSSURE e BLOOMFIELD são os papas da ciência lingüística. Foi a partir dos seus
ensinamentos que a lingüística pôde, finalmente, adquirir independência, passando a
constituir um campo específico dos estudos científicos.
Como se viu anteriormente, a Lingüística do passado não era autônoma, pois
submetia-se às exigências de outros estudos, como a lógica, a filosofia, a retórica, a
história ou a crítica literária.
O início do século XX, entretanto, proporcionou uma mudança central e total
dessa atitude, que se expressou no novo caráter dos estudos lingüísticos, qual seja o da
cientificidade da observação dos fatos da linguagem.
FERDINAND DE SAUSSURE (1857/1913) recebeu inegável influência do
comparativismo indo-europeu dominante na época em que realizava seus estudos
acadêmicos.
Para SAUSSURE, a lingüística deveria limitar-se ao estudo da língua, uma vez que
essa deveria ser definida como um sistema de signos e de regras. Nesta perspectiva, a
tarefa da lingüística consistiria em reunir um conjunto de mensagens o mais rico
possível produzido pelos usuários da língua. Uma vez constituído esse corpus,
procuraria-se precisar, sem idéia preconcebida, de que unidades ele se compõe,
classificaria-se essas unidades, buscando extrair-se as leis de sua combinação.
Foi então que SAUSSURE, considerando a linguagem um fenômeno, dividiu-a em
dois aspectos – a língua (langue) e o discurso (parole). A partir daí, e apesar de
reconhecer a interdependência entre o discurso e a língua, privilegiou o estudo da
língua, definindo-a, pela primeira vez, como o objeto específico da lingüística.
Durante uma década, SAUSSURE foi diretor da Ècole Pratique dês Hautes Ètudes,
em Paris, cuja atuação também como professor propiciou a inovação dos estudos
lingüísticos, propondo a reconstituição fonética do indo-europeu, sob uma perspectiva
sistemática, estudo esse que vinha se dedicando desde 1879, com a publicação de
“Mémoire sue le Primitif Système dês Voyelles das lês Langues Indo-Europèenes”.
SAUSSURE ministrou três cursos de Lingüística Geral na Universidade de Genebra
(1906/1907, 1908/1909 e 1910/1911). Após sua morte, seus alunos, acreditando que o
mestre teria compilado as teorias apresentadas nos cursos ministrados, buscaram nos
arquivos do ilustre professor apontamentos que pudessem ser organizados em um livro.
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Considerações finais
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Referências bibliográficas
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