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Associação POMBA DA PAZ – I.P.S.S.

NIPC: 501.626.026
I.P.S.S. – Registo Nº73/87 da Direcção Geral da Segurança Social
Estabelecimento de Ensino – Nº1107667 do Ministério da Educação

Associação Pomba da Paz


I.P.S.S.
Projecto Curricular Sala Vermelha
Resposta Social de Educação Pré Escolar

Ano Lectivo 2013/2014

Resposta Social de Educação Pré Escolar


Sala Vermelha – 4 anos

Equipa Pedagógica
Educadora: Miriam Ventura
Ajudantes Ação Educativa: Ana Cristina Cordeiro
Cristiana Cecília

Período de Vigência
Este projeto irá estar em vigor no ano letivo 2013/2014
Índice

Introdução …………………………………………………………………………………………………………………………………………Pág. 2

1 – Diagnóstico

1.1 – Caracterização do grupo ………………………………………………………………………………..…………….Pág. 2

1.2 – Identificação de interesses e necessidades …………………………..…………………………………..…Pág. 4

1.3 – Levantamento de recursos ……………………….……………………………………………………………………Pág. 5

2 – Fundamentação das opções educativas …………………………..….………………………………………………………..Pág. 6

3 – Definição de estratégia- Modelos Pedagógicos ……………………………………………………………………………..Pág. 8

4 – Organização do ambiente educativo

4.1. – Grupo ………………………………………………………………………………………………………………….………Pág. 11

4.2. – Espaço ………………………………………………………………………………………………………….……………..Pág. 11

4.3. – Tempo …………………………………………………….………………………………………………………...….…….Pág. 12

4.4. – Equipa …………………………………………………………………………………………………………….……..……Pág. 13

4.5 – Estabelecimento Educativo…………………………………………………………………………….……..………Pág. 14

5 – Intenções de trabalho para o ano lectivo

5.1. – Opções e prioridades curriculares ………………………………………………………………………….…..Pág. 14

5.2. – Objetivos/Efeitos esperados ……………………………………………………………………………………...Pág. 15

5.3. – Estratégias pedagógicas e organizativas das componentes educativas

e de apoio à família …………………………………………………………………………….…….………………..Pág. 17

5.4. – Previsão dos intervenientes e definição dos papéis ………………………………………….…….……Pág. 17

6 – Previsão de procedimentos de avaliação

6.1 – Dos processos e dos efeitos …………………………………………………………………………….…………….Pág. 19

6.2. – Com as crianças …………………………………………………………………………………………………….……..Pág. 20

6.3. – Com a equipa ……………………………………………………………………………………………………….………Pág. 20

6.4. – Com a Família …………………………………………………………………………………………………….….……..Pág. 21

6.5. – Com a Comunidade educativa ………………………………………………………………….……….………….Pág. 21

7 – Relação com a família e outros parceiros Educativos ….………………………………………………….……….……..Pág. 21

8 – Comunicação dos resultados e divulgação da informação produzida …………………………………..…………Pág. 21

9 – Planificação das atividades ……………………………………………………………………………………………….…………..Pág. 22

Bibliografia

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Introdução
O Projecto Curricular de Turma é um dispositivo de gestão curricular que se assume de extrema importância
para a concretização de uma educação pré-escolar de qualidade e por isso mesmo significativa para as
crianças.
Deve ter por bases as especificidades do grupo de crianças, as características do contexto onde se insere e
deve também ir ao encontro do Projecto Educativo da Instituição que tem como tema: “Caminhando com a
Arte”. Este por sua vez, terá a duração de 3/4 anos lectivos.
O Projecto deverá organizar-se e construir-se de acordo com as orientações curriculares de forma a adaptá-
las à realidade educativa.
Este projecto pretende ser um guia orientador da acção educativa, a desenvolver ao longo deste ano lectivo
2013/2014.
Ele nasce da observação de cada criança e do grupo, no sentido de permitir uma diferenciação pedagógica, e
de garantir a adequação do trabalho a realizar.
Desta forma e tendo como referência as “Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar” e o tema do
projecto educativo (enquanto está em construção), procuramos delinear objectivos e actividades/estratégias
que proporcionem às crianças deste grupo a descoberta de si, do mundo que as rodeia e o respeito mútuo
(criança-criança, criança-adulto, adulto-criança). Desta forma haverá um maior contributo para o
desenvolvimento das suas capacidades nas diferentes áreas de desenvolvimento.

1 – Diagnóstico
1.1. Caracterização do Grupo de Crianças
A sala Vermelha tem um grupo heterogéneo, composto por 23 crianças na faixa etária dos 2/3, 3/4, e 4/5
anos.
Número de crianças que nasceram nestes meses entre 2009 e 2010:
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
1 2 1 2 1 3 1 2 6 4

Correspondência de Género (masculino/feminino) à idade até Dezembro de 2013

3 Anos 4 Anos
Rapazes 5 10
Raparigas 2 6

Em análise a esta tabela pode-se concluir que o grupo tem 7 crianças com 3 anos e 16 crianças com 4
anos. Sendo que 13 crianças passam dos 2/3, 3/4 entre Setembro e Dezembro de 2013. Pode-se concluir

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que o grupo é composto na sua maioria por crianças mais novas e nota-se pelos seus comportamentos
que são muito imaturos para a idade. Em qualquer altura do ano poderá haver alterações na entrada e
saída do número de crianças. Em Setembro de 2013 deram entrada na instituição estas crianças.

Rapazes Raparigas
15 8

Existem, portanto mais rapazes do que raparigas na Sala Vermelha.

No domínio económico, o grupo é constituído na sua maioria por crianças oriundas de famílias de classe
Baixa. Como se pode verificar na tabela.

Aux. Armador de Assis.


Doméstica Enfermeira Pedreiro Cabeleireira
Sanitária Ferro Operacional
PROF. MÃE 1 1 1 2
PROF. PAI 1 1 2

Aux.
Desempregado(a) Esteticista Mecânico Pintor Motorista Gestor Carpinteiro
Idosos
PROF. MÃE 5 1 1
PROF. PAI 6 1 1 1 1 1

Lav. Automóveis Emp. Loja Emp. Limpeza Administrativa Gráfica

PROF. MÃE 2 5 2
PROF. PAI 1 1 1
(Nem todos os pais estão contabilizados por falta de dados)

As profissões dos pais são variadas. Pelas profissões destes pais posso concluir que existem muitos pais
desempregados e outros que trabalham muitas horas fora de casa em trabalhos forçados. No entanto,
nota-se que todas estas famílias lutam contra certas dificuldades, mas se esforçam para que os seus filhos
tenham preenchidas todas as suas necessidades básicas.
Em termos do domínio cultural, todas as crianças nasceram em Portugal. Contudo, os pais são
maioritariamente de origem africana, também existem duas crianças descendente de pais brasileiros e o
restante é de origem portuguesa. Metade do grupo não tem irmãos e a outra metade (11) têm irmãos, 5
crianças tem um irmão, 5 criança tem dois irmãos e 1 criança tem três irmãos.
Relativamente ao domínio económico, o grupo em geral tem uma família numerosa e existem algumas
famílias carenciadas vivendo em simultâneo com vários membros na mesma casa. Existem outros, porém,
que têm apenas a família singular, ou seja três pessoas e ainda outra situação é ao nível de famílias
monoparentais. Portanto, há uma diversidade grande de situações que influenciam o comportamento

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destas crianças. Quanto ao domínio sócio-afectivo pode-se verificar que são pais preocupados com o

bem-estar dos seus filhos e interessados em que adquiram conhecimentos.

1.2. Identificação de Problemas/Interesses/Necessidades do Grupo


É no jardim-de-infância que a criança vai construir o seu conhecimento do mundo e da vida. É através do
jogo simbólico, da interacção com diferentes materiais e diferentes parceiros sociais que se dá todo o
processo evolutivo da criança. Cabe à educadora facilitar todas estas experiências que conduzem a
criança ao mundo das descobertas.
Assim, tendo em conta a observação do grupo, tive a oportunidade de conhecer as necessidades e os
interesses do grupo. Deste modo, estamos a ir de encontro aos interesses das crianças e estamos a
planificar em conjunto (criança-educadora).

Falando sobre os interesses conclui-se que:


 As crianças mostram muito interesse por todas as áreas da sala: Expressão plástica, Casinha (faz
de conta), Modelagem, Garagem, Jogos, Biblioteca.
 O grupo manifesta muito gosto pela leitura e audição de histórias com/sem livro e com fantoches.
 Alguns membros gostam de livros de cultura geral.
 A audição de canções e músicas é muito apreciado com/sem gestos.
 Nas brincadeiras de exterior, as crianças gostam muito de correr e de brincar com os brinquedos
da rua e os que trazem de casa.
 O grupo aprecia muito jogos coletivos.
 As crianças são receptivas a novidades.

Necessidades que o grupo tem de trabalhar:


 A desobediência é muito frequente. Portanto, há necessidade de trabalhar os valores com o
grupo.
 Incluir no grupo crianças com N.E.E.
 Retirar as fraldas às crianças que usam para dormir (2 crianças) e as que usam o dia todo reduzir
apenas para a sesta (3 crianças).
 Reduzir e por fim deixar o uso de chucha de 3 crianças.
 O grupo necessita de desenvolver a lateralidade, noções topológicas e outros conceitos básicos
matemáticos.
 Desenvolver a motricidade global e fina.
 Uma vez que é um grupo heterogéneo alguns (mais pequenos) estão a aprender a falar, por isso
há necessidade de ter algum cuidado com o tipo de vocabulário que se usa, sendo o mais rico

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possível em adjectivos, diferenciar a frase afirmativa da interrogativa pela entoação, etc.
Respeitar o tempo de comunicação de cada um (emissor/receptor), ou seja, aprender a escutar
e consequentemente esperar pela sua vez de falar inserido em todas as idades. Algumas
crianças tem tendência de falar de forma abebézada há necessidade de melhorar.
 As regras (ex.: respeitar as regras criadas pelas crianças/adultos).
 Desenvolver a sensibilidade estética e criativa (ex.: em qualquer actividade de expressão
plástica ter em consideração estes dois aspectos)
 É necessário desenvolver a criatividade (ex.: realizar actividades com diferentes materiais
estimulando a imaginação), assim como, o raciocínio lógico-matemático.

1.3. Levantamento de Recursos


Recursos Físicos
Área da Biblioteca Livros de Histórias
Livros de Histórias com puzzles
Livros para pintar
Livros de imagens com palavras
Caixa com fantoches
Área dos Jogos Puzzles de madeira e cartão
Jogos de Encaixe de madeira e de pvc
Legos
Jogos de construção de madeira e de pvc
Cartas
Pratos grandes e pequenos
Copos e chávenas grandes e pequenos
Área da Casinha Talheres de plástico
Tachos e panelas
Bonecas grandes e pequenas
Cama
Móveis
Mesa e cadeiras
Prateleiras
Fogão
Cesto para guardar brinquedos soltos
Malas
Máquinas registadoras
Cesto com legumes e fruta
Ferro

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Telefone

Área da Expressão Cavalete


Plástica Tintas e copos para tintas com pincéis
Tesouras, colas, afias, borrachas
Canetas grossas/finas
Lápis de cor grossos/finos
Lápis de cera
Plasticina e moldes
Aventais
Folhas A4, A3
Cestos para guardar desenhos
Caixas com materiais de desperdício
Armário com carros, motas, camiões, barcos
Área da Garagem
Tapete com desenho de estradas
Parque de estacionamento
Material da sala de desperdício Vários tipos de papel: celofan, crepe, cartolinas, A4, etc.
Canetas de feltro, Lápis de cor, Lápis de carvão. Lápis de cera,
Borrachas, afias, réguas
Revistas, jornais, listas telefónicas

Recursos Humanos Horários


1 Educadora Miriam Ventura 9:00H – 17:00H
1 Auxiliar Acção Educativa Cristina Cordeiro 8:00H – 16:00H
1 Auxiliar Acção Educativa Cristiana Nóbrega 10:00H – 18:00H

Levantamento de outros recursos possíveis de mobilizar:


Materiais Humanos
Retroprojector Eugénia Prazeres
Datashow
Máquina Fotográfica

2 – Fundamentação das opções educativas


Na educação pré-escolar não existe um programa restrito vindo do Ministério da Educação pela qual a
educadora deva seguir-se. Contudo, existem as Orientações Curriculares que são conforme o nome indica
orientações. Portanto, para que haja um “fio condutor” entre os assuntos que se desenvolvem na sala de
aula a educadora orienta-se pelas áreas de conteúdo estudadas, analisadas e revistas pelo Ministério da
Educação.

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Assim sendo, passo a explicar em que consistem estas áreas de conteúdo. Área é o termo utilizado na
educação pré-escolar para definir a organização e a intervenção da Educadora nas experiências
proporcionadas às crianças. Segundo as orientações curriculares, há três grandes áreas de conhecimento, são
elas: 1- Formação Pessoal e Social, 2- Expressão e Comunicação, 3- Conhecimento do Mundo.
Podemos definir áreas de conteúdo como sendo âmbitos do saber, conhecimento, que possuem uma
estrutura adequada e oportuna e com uma vertente sócio-cultural, que abrange diversos tipos de
aprendizagens, assim como atitudes e saber-fazer.
As áreas de conteúdo, possibilitam à criança que ela desenvolva o desejo de criar, explorar, e transformar. A
criança é encarada como sujeito da aprendizagem, dado que esta já trás consigo conhecimentos; uma cultura
própria. Portanto, tendo em consideração o diagnóstico inicial e o projecto educativo estabeleci alguns
objectivos, bem como, a correspondente actividade/estratégia.

Área de Formação Pessoal e Social


Esta área tem como principal objectivo favorecer a formação da criança, tendo em vista a sua inserção na
sociedade como ser autónomo livre, responsável e solidário. Visa também que a criança tome consciência,
através do meio que a rodeia, de quais são os seus direitos, deveres, do certo e do errado. Deve favorecer a
aquisição do espírito crítico e a interiorização de valores espirituais, estéticos, morais e cívicos, capacitando
as crianças para a resolução de problemas da vida.

Área de Expressão e Comunicação


Esta área engloba as aprendizagens que estão directamente envolvidas com o desenvolvimento psicomotor e
simbólico da criança e determinam a compreensão e o progressivo domínio de diferentes formas de
linguagem.

Dominio da Expressão Motora:


A educação pré-escolar deve proporcionar nesta domínio ocasiões que possibilitem à criança explorar a
motricidade global, bem como a motricidade fina.
A motricidade global abrange formas de movimento tais como: saltar, trepar, correr, deslizar. A motricidade
fina envolve o uso de membros como as mãos, os dedos, os pés.
Em exercícios de motricidade fina espera-se que a criança adquira uma destreza e coordenação de
movimentos. Através destas técnicas a criança irá aperfeiçoar as suas capacidades manuais e obter uma
maior destreza e aperfeiçoamento das suas capacidades.

Domínio da Expressão Dramática:


Esta irá possibilitar a descoberta de si própria, bem como do outro. Através de diversos factores como o jogo
simbólico, jogo dramático, fantoches, sombras chinesas, a criança irá ter oportunidade de se conhecer

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melhor, de realizar experiências de vida quotidiana, e situações imaginárias, estimula o seu processo criativo,
resolvendo muitas vezes os seus conflitos familiares.

Domínio da Expressão Plástica:


A expressão plástica implica que a criança tenha um controlo da motricidade fina que a relaciona com a
expressão motora mas, que neste caso, também se recorre ao uso de diversos materiais e instrumentos
como é o caso de tintas, colas, lápis, canetas, tesouras, etc.
Esta área irá possibilitar à criança a experimentação de diferentes materiais e diferentes instrumentos com a
consequente manipulação destes. Através das técnicas propostas e dos materiais colocados à disposição da
criança, esta irá aperfeiçoar as suas capacidades motoras, bem como a sua destreza no uso e manipulação
dos materiais.

Domínio da Expressão Musical:


Esta área irá permitir à criança a exploração de sons e de ritmos, que podem ser produzidos pela criança, ou
não. A criança, através da música, vai aprender a escutar, a cantar, dançar, tocar.

Domínio da Linguagem Oral e abordagem à Escrita:


Este domínio vai facilitar a emergência da linguagem escrita. A criança desde cedo, que é confrontada com
palavras, frases, que de certo modo irão contribuir para que esta se sinta familiarizada com estas. Também é
importante para a criança que se crie um clima de comunicação, em que se constitua um modelo para a
interacção e a aprendizagem das crianças. Cabe à educadora aumentar os níveis de atenção, memória e
concentração.

Domínio da Matemática:
É importante para a criança que o educador proporcione experiências diversificadas, e que este coloque
questões que permitam às crianças irem construindo noções matemáticas.

Área do Conhecimento do Mundo:


Esta área irá permitir aprender mais sobre diversos assuntos que estão envolvidos na sua vida. A criança irá
ter a possibilidade de alargar os seus conhecimentos e de enriquecer e aumentar as suas potencialidades. A
curiosidade deve ser fundamentada e alargada na educação através de novas situações e vivenciar ocasiões
de descoberta. Diversos temas podem ser tratados como por exemplo: biologia, meteorologia,
física/química, etc.

3 – Definição de Estratégia
Modelo(s) Pedagógico(s)

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Tendo como base o tema do projecto educativo: “Caminhando com a Arte”, o projecto curricular de turma
tem como tema aglutinador: “Educar para os valores” que se vai desenvolvendo, conforme a necessidade
das crianças. A planificação dos conteúdos é elaborada pela educadora e tem sugestões por parte das
colegas auxiliares, no entanto, quando é preciso haver mudança de planos há flexibilidade para haver
mudanças. Para que isso aconteça o modelo pedagógico é variado.
A Metodologia de Trabalho de Projecto privilegia uma aprendizagem por descoberta pessoal em detrimento
de um saber adquirido apenas por informação vinda da educadora.
Aprender é “aprender a aprender” como se diz desde Dewey. Isto é, aprender é um acto que para além dos
conteúdos obtidos, desenvolve o aluno enquanto aprendente. Esta metodologia inscreve-se numa
concepção construtivista da aprendizagem que perspectivará a construção da aprendizagem nas interacções
sociais relevando o papel da linguagem neste processo.
O Trabalho de Projecto desenvolve-se em grupo, logo em confrontos, com conflitos cognitivos, com
questionamentos, conversas e debates de ideias e pontos de vista diferentes. Cada um constrói o
conhecimento mas esta construção faz-se num processo de interacção com os colegas (nos pequenos grupos
formados ou no grupo turma), com a educadora, com a instituição escola, com a comunidade.
"O processo do trabalho de projecto leva a uma redefinição das relações sociais no espaço das práticas
pedagógicas" Castro e Ricardo (1993, p. 15)
As condições de aprendizagem passam por um ambiente de optimismo pedagógico, autoconfiança,
autonomia, discurso positivo, estimulador, calmo, respeitador, participativo, traduzidas em narrativas
consentâneas. Mas, na escola o que se verifica é que, às vezes, há medos paralizantes de arriscar, de
fracassar, que amarram alguns alunos, há resignações sofridas, alunos aborrecidos, insatisfeitos, inseguros,
desmobilizados, "mal comportados" …
Aprende-se quando os conteúdos, o processo, as actividades, e os objectivos de aprender têm significado,
têm sentido para o indivíduo ao nível cognitivo, emocional-afectivo e social.
Recorrendo à teoria da inteligência emocional de Goleman (1997) pretende-se entrosar a inteligência com as
percepções, emoções e sentimentos vivenciados pelos sujeitos.
Segundo o Movimento de Escola Moderna o planeamento dos projectos ou o “antever” daquilo que se
pretende realizar, é feito sempre em grupo. Os planos surgem naturalmente dos momentos em Conselho, na
conversa da manhã, ou tarde, nas comunicações.
Através do diálogo, trocando ideias sobre o que pretendem fazer, formulando questões, levantando
hipóteses, as crianças definem as etapas que julgam necessárias para realizar o trabalho. Há uma
metodologia de organização da pesquisa sobre o problema, utilizada pelos educadores através de um
processo de “questionamento”. Este processo consiste numa série de questões colocadas pelo adulto que
ajuda o grupo a estruturar os seus conhecimentos e a antecipar os planos que pretende realizar, tendo em
conta o que já sabem ou o que já têm.

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É nos momentos de planeamento com as crianças todas reunidas que os projectos se vão alargando ao grupo
todo. Mesmo quando partem do interesse de uma criança, as outras estão presentes e participam trocando
opiniões e dando sugestões. Acabam assim por ficar envolvidas nos projectos.
Ao considerar a família e a comunidade como fontes e recursos do desenvolvimento dos projectos,
reforçam-se os vínculos e a troca de saberes estimulando a permuta constante entre a escola e o mundo
exterior. Valorizam-se também os contextos sociais e culturais da vida do aluno estruturando as novas
experiências a partir das anteriores.
A metodologia do modelo High-Scope também está inserida na implementação deste projecto. O Currículo
High-Scope é construtivista-interaccionista, porque considera que o desenvolvimento e o conhecimento vão
sendo construídos pelo sujeito a partir das interacções entre ele próprio e o mundo que o rodeia (objectos e
pessoas).
“O conhecimento não emerge dos objectos ou da criança, mas das interacções que se estabelecem entre a
criança e esses objectos” (PIAGET, 1969).
Preparar o espaço e os materiais, criar um ambiente de aprendizagem interactiva para cada criança e,
portanto, para todas as crianças, garantir igualdade de oportunidades, responder aos interesses e
necessidades educacionais da criança, criar situações de socialização, proporcionar oportunidades de escolha
de liderança e de expressão individual constitui o essencial do núcleo central do modelo High-Scope – “As
crianças activas precisam de espaços organizados e equipados com materiais que promovam a aprendizagem
activa” (HOHMAN, 1995).
A aprendizagem activa é tanto mais decisiva e duradoura quanto mais activa e directa. Tal aprendizagem,
embora tenha o apoio do adulto, é da iniciativa da criança. É ela que descobre, actua, manipula e
experimenta. Mas, exactamente por tudo o que foi exposto e para que tal aprendizagem seja possível,
exigem-se espaços e materiais variados para que variadas possam ser, também, as experiências das crianças.
O educador terá de estruturar um espaço sala com áreas definidas, geradoras de oportunidades de
aprendizagem natural, com uma organização do espaço e variedade de materiais que favoreçam, também, o
relacionamento com as crianças, auxiliares e pais. Terá que ser um educador observador, atento e criativo,
propondo e lançando desafios, de forma a rentabilizar ao máximo toda a organização da sua sala de
actividades. O programa High-Scope, nas suas linhas orientadoras, apoia o educador, na sua primeira forma
de fazer currículo, criando o espaço de aprendizagem – um espaço convidativo e dividido em áreas de
interesse, áreas com visibilidade e de fácil movimentação entre elas; áreas com variedade de materiais e que
apoiam a variedade de jogos; materiais que reflictam o nível de desenvolvimento, interesse e cultura das
crianças; materiais que permitam à criança manipular, explorar, descobrir, classificar e usar. Concluindo, a
organização do espaço-sala recheado de materiais adequados ao desenvolvimento e à cultura da criança,
valoriza a experimentação, a reflexão, a autonomia e a cooperação, promovendo, assim, o desenvolvimento
sócio-moral, a partir da base experimental da criança, onde as interacções sociais se desenrolam no mundo
físico dos objectos. Termino com o desejo formulado por João dos Santos “Que os pais e educadores

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profissionais percebam que, o saber observar, falar e actuar pelo jogo e pelo trabalho precede e é portanto
mais importante que o ler e escrever. Sem saber ver e descrever, não se pode aprender a ler”.
As competências gerais a privilegiar com base no tema do Projecto Curricular de Turma são: Identificar
emoções, Resolver conflitos, Desenvolver sentimentos positivos, Desenvolver relacionamentos saudáveis,
Solucionar problemas independente do adulto, Aumentar a auto-estima, Privilegiar valores como amizade,
cooperação, etc.

4. Organização do Ambiente Educativo


4.1. Organização do Grupo de Crianças
Este grupo tem várias crianças que transitaram de ano na mesma sala, portanto já conheciam o espaço e os
adultos que estão a acompanhá-las este ano, ainda que estivessem noutras salas. A entrada de novos
elementos foi bem aceite e qualquer criança nova é muito bem integrada e acarinhada por todos. É um
grupo com interesses variados, participativo, dinâmico e diversificado. A maior parte das crianças entra
depois das 9h e vai embora antes das 17h. Esta situação acontece porque existem várias famílias com
membros desempregados, ou que saem dos empregos antes das 17h, aqueles que entram antes das 9h.

4.2. Organização do Espaço


O espaço físico fala às pessoas. Quando as crianças entram na sala que criamos elas podem dizer se se trata
de um local organizado para elas e como pode ser melhor usado. Uma área aconchegada com um tapete,
puffs e livros, diz: “Senta-te aqui e olha para os livros”. Um fogão, loiças em miniatura, mesa e cadeiras,
sugerem que a criança brinque ao “faz-de-conta” e interprete diferentes papeis, muitas vezes imitando o que
vê em casa e também dá asas à imaginação. Uma área com um tapete com estradas e muitos carros nas
prateleiras sugerem: “Vamos conduzir o carro”. Um espaço exterior com ar e luz proporciona à criança
momentos de recreação saudável.
Os espaços de aprendizagem podem ir ao encontro das necessidades das crianças e apoiar os valores e
objectivos de desenvolvimento dos educadores. Fazemos escolhas à medida que delineamos o espaço que
vai influenciar directamente a qualidade da relação da criança com outras pessoas e com materiais de
aprendizagem. Ao fazer estas escolhas, precisamos de considerar três questões básicas:
 O espaço é seguro, saudável e adequado ao estádio de desenvolvimento das crianças?
 Como é que o espaço afecta as relações humanas entre as crianças, entre os adultos e
entre as crianças e adultos?
 Como é que o espaço facilita a aprendizagem e desenvolvimento das crianças?
O espaço está dividido por sete áreas de trabalho: Área da Casinha, Área das Biblioteca, Área dos Jogos de
Mesa/Jogos de Tapete, Área da Escrita, Área da Matemática, Área da Plástica. Durante o ano lectivo poderá
haver necessidade de formar novos espaços e abrir áreas diferentes.

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A sala amarela tem uma pequena divisão reservada apenas para a área da casinha, podendo brincar à
vontade e o resto da sala é ampla. Está dividida pelas diferentes áreas (mencionadas acima) e tem um espaço
para as mesas que serve para as refeições e/ou brincar/trabalhar. Existe um espaço específico para o
dormitório. Portanto, as camas são feitas à segunda-feira e os lençóis retiram-se para lavar à sexta-feira. Este
espaço (dormitório) é ainda utilizado para a aula de movimento (ginástica). A sala também é bem iluminada
sendo que uma das paredes é ocupada com janelas para o exterior. No entanto, ainda há várias paredes para
colocar trabalhos, mapas, etc.

4.3. Organização do Tempo


Os diferentes momentos da sequência diária têm de ser planeados de acordo com os interesses e ritmos das
crianças, alternando as actividades de movimento com as actividades mais calmas, os momentos de trabalho
em grande grupo com os momentos de trabalho individual ou em pequenos grupos.
As actividades livres são aquelas que se realizam informalmente a partir da organização do espaço-materiais
e que não são directamente dirigidas pelo educador, podendo ser quotidianamente escolhidas pelas
crianças.
As actividades dirigidas são as actividades de grupo, orientadas pelo educador/ou por uma das crianças e que
não estão directamente dependentes da organização do espaço-materiais.
O existir de uma rotina definida não é forçosamente sinónimo de “rigidez”. Ao longo do ano, consoante os
projectos que vão sendo desenvolvidos pelo grupo, esta vai sendo modificada.
Quanto mais definida e explicitada for a organização espaço-temporal da sala, maiores são as possibilidades
de desenvolver um tipo de trabalho verdadeiramente centrado nas iniciativas e nos interesses das crianças.
O educador deve estabelecer uma rotina diária de modo a que a criança possa prever a sua sucessão.
Podemos destacar quatro tempos distintos na nossa rotina diária:
 Tempo de planeamento e registo – em que planeamos de manhã e/ou à tarde o que vamos
fazer;
 Tempo de actividades: individualmente, pares, em pequenos grupos e em grande grupo. Em que
as crianças realizam os seus projectos e actividades;
 Tempo de arrumar – depois das actividades as crianças arrumam os materiais utilizados
(aquisição de regras);
 Tempo de reflexão – em que as crianças mostram ao grupo o que fizeram e como fizeram.

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Dia – Tipo

Horas Designação de Actividade/ Tarefa


07h00 – 008h00  Abertura da Instituição
 Acolhimento no hall de entrada, pela auxiliar da sala amarela
08h00 – 09h00  Acolhimento na Sala Amarela com a auxiliar da sala
 Actividades Lúdico-Pedagógicas desenvolvida pela auxiliar
09h00 – 09:30h  Entrada da Educadora da Sala Amarela
 Suplemento alimentar/águas
 Entrada limite das crianças
09:30h - 10h00 2 Preenchimento dos instrumentos de trabalho (mapas)
3 Leitura de uma história escolhida pela criança
4 Preparação de materiais para a actividade
10h00 – 11h00  Actividade planificada pela educadora / pela criança
 Actividades livres nas áreas de trabalho
11h00 - 11:15h  Recreio exterior
11:15h – 11:45h  Higiene
 Espera da refeição
11:45h – 12:30h  Almoço
12:30h – 13h00  Higiene
 Dormitório
13h00 – 15:15h  Descanso/Sesta
15:15h – 16h00  Higiene
 Lanche
16h00 – 17h00  Reflexão/Planificação das actividades entre criança-educadora
 Recreio exterior
17h00 – 17:30h  Recreio exterior
17:30h – 18h00  Higiene
 Actividades Lúdico-Pedagógicas desenvolvidas pela auxiliar
18:30h – 19h00  Todas as crianças irão para o hall de entrada e entregues aos pais
pela auxiliar da sala
 Saída

4.4. Equipa Educativa: Educadora e Auxiliares


A equipa desta sala é composta por duas auxiliares e uma educadora. Sendo que a auxiliar Graça Neves faz o
primeiro turno (8h às 16h) e a auxiliar Olinda Monteiro faz o segundo turno (11h às 19h). A educadora Miriam
Ventura tem o seguinte horário de trabalho, das 9:00h às 17:00h.

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Cada trabalhadora tem as suas responsabilidades e tarefas, sendo que é imprescindível a cooperação de todas
para o bem-estar do grupo de crianças que se nos apresenta ao longo do ano lectivo.
Existe um esforço significativo por parte da educadora para que seja realizado um trabalho em equipa e sem
qualquer rivalidade ou competição entre colegas de trabalho. Transmitindo, assim, um ambiente tranquilo e
alegre às crianças.

4.5. Estabelecimento Educativo


O estabelecimento encontra-se situado no Bairro das Coroas, Parcela 6. Designado como Associação Pomba da
Paz – Extensão Norte. É uma cave dos prédios com zona de estacionamento e recreio conjunto. No interior,
está dividida por um hall de entrada, pequena sala de telefone com despensa, duas casas de banho separadas.
Uma, com 2 sanitas e 3 lavatórios e outra com 1 sanita, 2 urinóis e 2 lavatórios. Existem 2 salas, cada uma com
o respectivo dormitório e uma cozinha com despensa.

5 – Intenções de trabalho para o ano lectivo

5.1. Opções e prioridades curriculares


A temática do Projecto Educativo é: “Caminhando com a Arte” e terá a duração de três a quatro anos lectivos
(2011/2015). Todas as opções de trabalho são intencionais segundo os interesses e necessidades das crianças.
Contudo, existem algumas prioridades curriculares estabelecidas nas “Orientações Curriculares” à qual
devemos ter em consideração, são elas:
 Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança com base em experiências de via
democrática numa perspectiva de educação para a cidadania;
 Fomentar a inserção da criança em grupos sociais diversos, no respeito pela pluralidade das culturas,
favorecendo uma progressiva consciência como membro da sociedade;
 Contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o sucesso da aprendizagem;
 Estimular o desenvolvimento global da criança no respeito pelas suas características individuais,
incutindo comportamentos que favoreçam aprendizagens significativas e diferenciadas;
 Desenvolver a expressão e a comunicação através de linguagens múltiplas como meio de relação, de
informação, de sensibilização estética e de compreensão do mundo;
 Despertar a curiosidade e o pensamento crítico;
 Proporcionar à criança ocasiões de bem-estar e de segurança, nomeadamente no âmbito da saúde
individual e colectiva;
 Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências ou precocidades e promover a melhor
orientação e encaminhamento da criança;
 Incentivar a participação das famílias no processo educativo e estabelecer relações de efectiva
colaboração com a comunidade.

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5.2. Objectivos/efeitos esperados
Para todas as áreas de conteúdo existem objectivos que são alcançados com as diversas
actividades/estratégias que vão sendo planificadas ao longo do ano lectivo. A par destas planificações vão
existindo também alguns projectos que complementam os objectivos pré-definidos.

Área de Formação Pessoal e Social


Objectivos Actividades/Estratégias
1. Tomar consciência de si e dos outros; - Actividades nas diferentes áreas.
2. Aprender a respeitar o outro: - Relação criança/criança.
- Noção de grupo - Relação criança/adulto.
3. Integrar-se no meio onde vive - Discussão/negociação em grupo.
4. Estimular hábitos de autonomia e independência; - Desenvolver projectos individuais e de grupo.
5. Desenvolver sentido crítico; - Possibilitar à criança ter autonomia e respeitar as regras
6. Tomar decisões; da sala.
7. Envolvimento com a família nas actividades a - Jogos.
desenvolver. - Mapa de Tarefas.
- Mapa das Áreas.

Área de Expressão e Comunicação


Objectivos Actividades/Estratégias
1. Desenvolver a motricidade; - Actividades no exterior (recreio).
2. Interiorizar o esquema corporal; - Brincar nas diferentes áreas da sala.
3. Exteriorizar emoções; - Expressão plástica.
4. Explorar diferentes técnicas e materiais; - Expressão musical.
5. Desenvolver a criatividade e a imaginação. - Expressão dramática.
- Expressão corporal.
- Psicomotricidade.
- Jogos.
- Leitura de histórias.

Domínio da Expressão Motora:


Objectivos Actividades/Estratégias
1. Movimentar-se e orientar-se no espaço; - Jogos colectivos / pares no interior e exterior.
2. Tomar consciência dos diferentes segmentos do corpo; - Actividades planificadas de movimento e expressão
3. Controlar voluntariamente os movimentos; corporal.
4. Estar quieto; - Actividades de expressão plástica.
5. Relacionar-se com o espaço;
6. Controlar a motricidade fina.

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Domínio da Expressão Dramática:
Objectivos Actividades/Estratégias
1. Expressar-se com o próprio corpo; - Linguagem verbal e não-verbal;
2. Exprimir/explorar sentimentos e emoções; - Jogo simbólico;
3. Desenvolver a imaginação e criatividade. - Jogo dramático;

Domínio da Expressão Plástica:


Objectivos Actividades/Estratégias
1. Ter sensibilidade estética; - Colagem
2. Reconhecer: cores, sensações e sentimentos; - Recorte
3. Cumprir regras de utilização de materiais; - Pintura
4. Modelar de diversas formas; - Digitinta
5. Utilizar materiais tridimensionais; - Massa de Cores
- Plasticina
- Desenhos livres com lápis de cor grossos/finos, lápis
de cera, canetas de feltro grossas/finas, etc.

Domínio da Expressão Musical:


Objectivos Actividades/Estratégias
1. Identificar e produzir sons e ritmos; - Jogos de reconhecimentos de sons.
2. Fazer silêncio para escutar; - Cantar com/sem rádio.
3. Movimentar-se ao som da música; - Dançar individualmente / a pares/ em grupo.
4. Ter sensibilidade estética no domínio musical;

Domínio da Linguagem Oral e abordagem à Escrita:


Objectivos Actividades/Estratégias
1. Desenvolver a capacidade de usar a linguagem como - Diálogo criança/criança e criança/adulto.
método de participação na vida; - Histórias, poesia, lengalengas, destrava línguas,
2. Estimular a comunicação; adivinhas.
3. Aperfeiçoar a linguagem: - Envolver os pais no trabalho da sala.
- Dicção - Actividades de culinária.
- Vocabulário
4. Sensibilizar a criança para a escrita e leitura;

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Domínio da Matemática:
Objectivos Actividades/Estratégias
1. Estimular o raciocínio lógico-matemático: - Mapa de presenças.
- Noções espácio-temporais; - Mapa do tempo.
-Noção de conjunto, seriação, classificação, - Calendário.
comparação e de sequência. - Contagem das próprias crianças e de objectos com
- Noção de correspondência. significado para a criança.
2. Descobrir o sentido do vocabulário relativamente a: - Comparar, ordenar e classificar objectos e colocar por
- Tamanho ordem de sequência.
- Forma - Arrumar os materiais da sala, segundo conjuntos.
- Cor - Actividades de culinária.
- Localização
- Tempo

Área do Conhecimento do Mundo:


Objectivos Actividades/Estratégias
- Desenvolver experiências e analisá-las. - Troca de experiências e vivências entre as crianças.
- Levantar questões. - Actividades nas diferentes áreas.
- Criar hipóteses, pesquisar, analisar e tirar conclusões - Festas.
sobre determinado assunto. - Passeios.
- Convívios.

5.3. Estratégias pedagógicas e organizativas previstas das componentes educativa e de apoio à família
De acordo com o regulamento interno no Artigo 27º, a componente social/familiar corresponde ao serviço de
refeições e às actividades desenvolvidas para além das 5 horas diárias da componente lectiva/educativa,
competindo à direcção pedagógica a coordenação e a orientação de actividades de animação sócio-educativa,
salvaguardando a qualidade do atendimento prestado às crianças. O horário desta componente de apoio à
família será o restante entre o horário de abertura e o da componente lectiva.

5.4. Previsão dos intervenientes e definição de papéis


Como em qualquer empresa existem funções de trabalhadores previamente estabelecidas para um bom
funcionamento diário. Sendo assim, segundo o regulamento interno (Art. 20º e Art. 22º), constitui atribuição
da Educadora organizar e aplicar os meios educativos, no âmbito dos quais lhe cabem as seguintes
competências:
a) Realização de actividades com as crianças, promovendo o acompanhamento e desenvolvimento
integral da criança, nomeadamente psicomotor, afectivo, intelectual, social e moral;

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b) Acompanhar a evolução da criança;
c) Estabelecer os contactos com os pais no sentido de se obter uma acção educativa integrada;
d) Elaborar em Setembro (início do ano lectivo), o Projecto Curricular de sala;
e) Participar activamente na elaboração do Projecto Educativo da Instituição realizado de três em
três anos, com a participação de outros técnicos;
f) Manter actualizado o dossier de sala com o registo da planificação das actividades, mapa de
presenças das crianças, reflexão e avaliação do projecto e de desenvolvimento das crianças;
g) Participar activamente nas diferentes reuniões solicitadas quer pela Directora Pedagógica, quer
pela instituição;
h) Participação na organização e possível realização de acções de (in) formação (seminários,
conferências, entre outras);
i) Manter informadas as ajudantes de acção educativa directa, sobre o desenrolar do projecto para
um melhor acompanhamento destas actividades;
j) Comunicar à Directora Pedagógica as suas iniciativas relacionadas com a sua actividade na
Instituição;
k) Colaborar com conhecimento do Encarregado de Educação da criança, no despiste de situações
que o Educador(a) considere de algum modo problemáticas.

Constitui atribuição das Ajudantes de Acção Educativa:


a) Proceder ao acompanhamento da criança na Instituição;
b) Promover o bem-estar físico da criança nomeadamente a sua higiene e conforto;
c) Na ausência do(a) Educador(a) ministrar às crianças a medicação prescrita;
d) Acompanhar as crianças, sempre que necessário, nas suas deslocações ao S.A.P., em situações
de urgência;
e) Informar a Educadora e a Directora Pedagógica de eventuais acontecimentos que possam
influenciar o normal funcionamento desta valência ou ponha em causa o bem-estar das
crianças;
f) Proporcionar um ambiente adequado e actividades de carácter educativo e recreativo, junto das
crianças;
g) Colaborar nas actividades desenvolvidas pelo(a) Educador(a);
h) Colaborar no atendimento dos pais das crianças à entrada e saída na Instituição;
i) Proceder diariamente à limpeza, arrumo e manutenção das salas e equipamento,
nomeadamente mobiliário, material pedagógico e brinquedos.

Concluindo, toda a equipa pedagógica tem a responsabilidade de:


 Estabelecer contactos harmoniosos com as famílias beneficiárias.

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 Acolher e cuidar da permanência da criança no seio do Jardim-de-Infância.
 Assegurar e promover boas relações no seio da equipa.
 Favorecer um ambiente agradável e estimulante para a criança e a equipa.
 Assegurar a boa gestão dos recursos humanos e materiais;
 Cuidar da elaboração do regulamento interno e a sua divulgação.
 Realizar contactos exteriores, conseguir recursos financeiros.
 Manter boas relações entre o Jardim-de-infância e a Comunidade em geral.

6. Previsão de procedimentos de avaliação


6.1. Dos processos e dos efeitos
A instituição está a implementar um Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com o Modelo de Avaliação da
Qualidade.Sendo que será necessário que os prestadores de cuidados responsáveis pela criança pautem a sua
intervenção por critérios de qualidade:
 Ter em consideração o superior interesse da criança, especialmente quando se encontra a
planificar o trabalho, aspecto que implica um trabalho de grande proximidade com a família
desta. Há que estabelecer uma parceria forte com a família das crianças que estão ao seu
cuidado, de forma a obter informação acerca das capacidades e competências das crianças.
 Nos cuidados tidos ao nível da qualidade das relações que a criança vai estabelecer quer com
outras crianças quer com os adultos. É num contexto relacional que as aprendizagens da criança
ocorrem pelo que quando se está a planificar um trabalho com estas crianças, este é um aspecto
central a ter em consideração.
 Todas as crianças necessitam de se sentir incluídas, de ter um sentimento de pertença, de se
sentirem valorizadas e importantes para algo. Este sentimento é possível de ser construído
através do respeito mútuo e através de relações afectivas calorosas e recíprocas entre a criança e
o adulto responsável por ela.
 Compreender as formas como estas crianças aprendem. Este é um processo complexo, em que se
tem que promover um ambiente que facilite a brincadeira, a interacção, a exploração, a
criatividade e a resolução de problemas por parte das crianças. Só desta forma é que elas
poderão desenvolver o máximo das suas competências e capacidades.

Isto implica:
 Pensar a criança como um aprendiz efectivo e activo, que gosta de aprender;
 Criar um ambiente flexível e que dê resposta a fim de que possa ser adaptado imediatamente aos
interesses e necessidades de cada criança, promovendo o acesso a um leque de oportunidades de
escolhas e que lhe permita crescer confiante e com iniciativa;

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 Estabelecer relações que encorajem a criança a participar de forma activa. Crianças muito novas
aprendem melhor através de aprendizagens activas em que se encontrem envolvidas e que
possuam significado para elas, pelo que a brincar será o melhor contexto em que estas crianças
aprenderão;
 Procurar conhecer o grupo de crianças pelo qual se encontra responsável, aprendendo a observar
o seu comportamento e interacções;
 Estabelecer uma rotina diária consistente que reforce e valorize a continuidades. Desta forma, as
crianças desenvolverão um sentimento de pertença a um ambiente que podem prever no seu
quotidiano;
 Dinamizar oportunidades para que a criança possa comunicar os seus sentimentos e
pensamentos (p.e. através da possibilidade de estar sozinha com o adulto de referência);
 Dispor de adultos que estão interessados e envolvidos na prestação dos cuidados à criança.

Levantamento das necessidades de formação das educadoras:


 Formação contínua do Movimento da Escola Moderna
 Formação contínua do Trabalho de Projecto
 Workshops de artes decorativas com crianças

6. 2. Com as crianças
A avaliação das crianças deverá ser realizada de diversas formas:
a) Depois das planificações, ou seja, no final de cada mês é feita a avaliação descritiva
relativamente ao que foi planificado e ao que foi feito.
b) O instrumento de avaliação precioso: A grelha de avaliação comportamental para a idade, onde
consiste todas as áreas de desenvolvimento da criança. É um registo de observação periódica
dividida por três períodos.
c) Comunicação das crianças ao grupo do que conseguiram realizar, como fizeram e o que falhou
(se houver falhas).

6. 3. Com a equipa
Realmente, para haver um acompanhamento personalizado e individual é imprescindível um trabalho conjunto
dentro da sala. Para se tornar realidade, tem de haver boa comunicação e colaboração entre as trabalhadoras.
Sempre que seja necessário a educadora reúne-se com as auxiliares da sala, num horário conveniente sem
perturbar o bom funcionamento da sala, de forma a divulgar o que está planificado e assim colocar em prática.
Uma vez que o trabalho é de equipa, se houver sugestões ou outras ideias (tendo em consideração o projecto
educativo) por parte das auxiliares, a educadora não terá nenhum problema em experimentar as sugestões.

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Várias pessoas a pensar em prol do desenvolvimento das crianças será com certeza mais enriquecedor para as
crianças. No final de cada período será dado às auxiliares um questionário de avaliação subjugado a vários
critérios.

6. 4. Com a família
A família pode utilizar a caderneta, sempre que ache conveniente, como meio de comunicação entre os
encarregados de educação e a instituição e vice-versa. Desta forma poderemos em conjunto reflectir e ajudar
no que for necessário.
As reuniões de pais são um meio pelo qual a educadora pode avaliar com a família. Em algumas reuniões serão
entregues questionários de satisfação sobre algumas questões pertinentes. Sempre que houver dúvidas mais
específicas a educadora estará disponível (como está no regulamento interno) todos os dias (de segunda a sexta
feira) entre as 14:00H e as 15:00H para atendimento.

6.5. Com a comunidade educativa


Entende-se por comunidade educativa todas as visitas que a instituição consegue facultar e pessoas/instituições
contratadas em algumas épocas do ano, tais como: Natal, Dia da Criança, etc. Depois das actuações é feita uma
avaliação conjunta por todas as educadoras envolvidas nas reuniões das mesmas e de seguida é comunicado o
resultado pela coordenadora da direcção pedagógica.

7. Relação com a família e outros parceiros educativos


Cada criança tem uma família com uma composição diferente, características sócio-económicas e culturais
diferentes. Contudo, na escola está inserida num grupo que tem características próprias, partilhando um espaço
e um tempo comuns. As relações que se estabelecem entre os vários contextos de vida da criança têm
influência na educação da criança, nomeadamente as relações entre a família e o estabelecimento de educação
pré-escolar. Portanto, é de suma importância que haja uma boa relação instituição/família.
A instituição está apta para prestar uma boa qualidade no serviço prestado. Contudo, com o apoio das famílias
envolventes, com o seu contributo, haverá com certeza um maior progresso de cada criança. Através da
assistência às reuniões de pais, da comunicação com a educadora e do seu envolvimento quando requisitada, a
família será um reforço positivo para o desenvolvimento pré-escolar.

8. Comunicação dos resultados e divulgação da informação produzida


Durante este Projecto Pedagógico continuaremos a editar o Jornal da Associação “O Estarola”
- Website www.pombadapaz.org;
- Envio de e-mails com o resumo do projecto;
- Visitar várias entidades e apresentar o projecto (escolas, associações, …);
- Exposições abertas à comunidade realizadas na Instituição e noutros espaços culturais …;

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- Reuniões de Pais.
- Panfletos informativos

9. Planificação das Actividades (Temas)

1º Período 2º Período 3º Período


Início do Ano Lectivo Comunicação Valores
(Acolhimento e recepção das crianças) Habitação Dia da Mãe
O Outono Corpo Humano Dia Internacional dos Museus
As Cores Dia dos Namorados Dia da Criança
Magusto Carnaval Dia Mundial do Ambiente
Alimentação Dia do Pai O Verão
A Higiene Dia Mundial da Água Colónias Internas / Externas
O Inverno A Primavera
Festa de Final de Ano
Lanche de Natal Os Animais
Festa de Natal Páscoa
Dia Mundial da Dança

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Bibliografia
• Associação Pomba da Paz – IPSS: Projecto Educativo “Caminhando com a Arte” 2011-2015;

• Ministério da Educação. Núcleo de Educação Pré-Escolar. “Orientações Curriculares para a Educação Pré-
Escolar”. 1997. Lisboa;

• Instituto de Segurança Social,IP. “Manual de Processos-Chave, Creche” . Lisboa;

. http://www.cf-francisco-holanda.rcts.pt/public/elo9/elo9_29.htm

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