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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

Pós-graduação em Direito ... (inserir o curso)

Resenha do Caso Mac Donald’s

Aluno (a):
Trabalho da disciplina Contrato de
Trabalho
Tutor: Prof. (aquele que respondeu o
fórum)

Rio de Janeiro
2018
Artigo ou Caso: McDonald’s firma acordo de R$ 7,5 milhões para
reparar danos trabalhistas Exemplo: Caso de Harvard sobre o Stare
Decisis
TÍTULO
(Exemplo: A Doutrina de Stare Decisis e Lawrence v. Texas)

REFERÊNCIA:
Biblioteca da disciplina
https://veja.abril.com.br/economia/mcdonalds-firma-acordo-de-r-75-milhoes-para-
reparar-danos-trabalhistas/

O artigo publicado na revista Veja trata do acordo em que a Arcos dourados, empresa que
administra a marca Mac Donald’s no Brasil, firmou com a justiça do trabalho pelo qual
se compromete a “gastar” 7,5 milhões de reais a título de “danos morais coletivos” por
prática de fraude a legislação trabalhista brasileira.
A ação civil pública denunciava práticas abusivas como a aplicação da jornada de
trabalho móvel e variável, na obrigatoriedade de alimentação através dos lanches
vendidos pela empresa para desfazer a necessidade de pagamento de alimentação, na
supressão do pagamento das horas extras. Os empregados não possuíam jornada fixa,
sendo chamados quando a empresa achava necessário, o que gerava a incerteza sobre os
valores das remunerações mensais.
A empresa se comprometeu em modificar o contrato trabalhista de todos os
funcionários no país, pagar horas extras e alterar o sistema de registro de ponto. A decisão
também obriga que os funcionários tenham a liberdade de levar a própria alimentação e
não ter que consumir apenas lanches da empresa.
Muito embora existisse o sindicato da classe, foi necessário a denúncia do
Ministério Público do Trabalho para acabar com os abusos cometidos pela empresa. A
jornada móvel variável, praticada em todos os contratos da empresa no Brasil, impunha
uma jornada onde o trabalhador era dispensado nos períodos de menor movimento e
solicitado nos de maior movimento com o pagamento apenas das horas efetivamente
trabalhadas, prejudica substancialmente o trabalhador de modo que reduz e muito o seu
salário, além de prejudicar a sua vida familiar e social, impedindo-o até mesmo de estudar.
Os intervalos previstos em lei, bem como os períodos de descanso são normas de
medicina e segurança de trabalho que visam a diminuir os impactos na saúde do
trabalhador. Logo, essas regras só podem ser modificadas se o legislador expressamente
autorizar. Não se deve confundir, entretanto, alteração de horário de trabalho com
alteração de jornada. A modificação do horário de entrada e saída de trabalho, respeitando
o intervalo de jornada, é possível. As exceções ocorrem quando há mudança de turno
diurno para noturno ou misto ou quando expressamente vedado no contrato. As mudanças
de jornada são aceitas quando favorável ao trabalhador e, se isto ocorrer, a diminuição
das horas trabalhadas não acarretar diminuição do salário.
Pertinente a intervenção do MPT, por meio da Ação Civil Pública, visto que a
redução salarial imposta ao trabalhador transfere ao empregado os riscos da empresa. O
legislador trabalhista considerou o tempo em que o trabalhador fica à disposição do
empregador aguardando ordens como tempo de serviço prestado. O tempo a disposição
independe se as funções estão sendo ou não exercidas e até do local onde se encontre o
empregado, se dentro ou fora da empresa. Logo, a Ação visa garantir ao menos o
pagamento do salário mínimo ao trabalhador, conforme a previsão legal.
A imposição aos trabalhadores em consumirem os lanches fornecidos pela
empresa como refeição, não pode ser confundida com a obrigatoriedade do fornecimento
de refeição diária ou substituição por ticket expressamente estipulada em acordo coletivo.
Além prática antissindical em descumprir norma coletiva, o fornecimento dos lanches
fastfoods que a empresa vende como refeição para os funcionários, prejudica a saúde do
trabalhador por seu elevado valor calórico e pouquíssimos nutrientes, sendo inapropriado
o seu consumo diário.

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