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Banca examinadora
Flavio Farah
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SÃO PAULO
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Apresentação vii
1. INTRODUÇÃO 01
2. REFERENCIAL TEÓRICO 05
3. OBJETO DE ESTUDO 17
4. OBJETIVOS 25
/
/
7. ANÁLISE ÉTICA 116
8. A PESQUISA 154
9. CONCLUSÕES 194
Bibliografia
v
Agradecime11tos
trato com seu orientando, que soube sobretudo estimular-me com palavras
na parte estatística.
pesquisa bibliográfica.
APRESENTAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
seus empregados, que parece merecer bem menos atenção por parte dos
interno da organização, porque se pense que esse tema não afeta a sociedade
como tal, ou porque se acredite que a empresa tudo pode em razão do poder
para fins pessoais, não ter interesses pessoais que conflitem com os da
lançar luz sobre as ações da organização que afetam seus funcionários. Mas
trabalho acadêmico.
4
NOTAS AO CAPÍTULO 1
2. REFERENCIAL TEÓRICO
desempenho. A razão para isso é que, como será visto no capítulo seguinte, a
se que não será ética a avaliação de desempenho que não for justa,
entendendo-se que uma avaliação será tanto mais justa quanto mais próximo
falar em valores morais. Indaga-se se estes não seriam estranhos aos entes
empresariais, uma vez que, para muitos, ética e negócios não se misturam.
que lhe cabe; b) que, após cada um ter recebido sua parte, o equilíbrio
6
da justiça distributiva. Esta, por sua vez, possui estreito vínculo com a
segundo sua necessidade, a cada qual segundo sua posição, a cada qual segundo sua
capacidade, a cada qual segundo seu traballw, a cada qual segundo sua produção, a
de 50, o processo avaliativo, nos Estados Unidos, era intitulado merit rating2.
para deflagrar uma investigação científica, pois ainda resta uma indagação:
percebida.
definido de características. O efeito halo faz com que a avaliação das diversas
avaliando.
pois, antiética.
brasileira, sabe-se que muitas empresas ainda usam o mais antigo método de
direitos.
fato de os seus dirigentes serem eleitos pela Assembléia Geral. Mas isso não é
pirâmide de poder.
14
lealdade pessoal, reforçada pela hierarquia; os conflitos são vistos como algo
quem tem autoridade sobre quem; a estrutura é definida a partir das pessoas
e identifica que tem poder; revela-se nítida preferência pela estrutura linear,
avaliativo, há motivos para supor que, em muitos casos, esse valor não está
sendo realizado.
16
NOTAS AO CAPÍTULO 2
SERSON, José. Curso Básico de Administração do Pessoal. São Paulo: LTr, 1971. p. 347;
RIBEIRO, Augusta Barbosa de Carvalho. Relações Industriais e Administração de Pessoal. São
Paulo: LTr, 1971. p. 222.
4 RESENDE, Ênio. Cargos, Salários e Carreira. São Paulo: Summus, 1991. p. 43.
5 MINER, John B., e CRANE, Donald P. Human Resource Management. New York: Harper
Collins, 1995. p. 244; CARRELL, Michael R., KUZMITS, Frank E., e ELBERT, Norbert F.
Personnel. Columbus: Merrill Publishing, 1989. p. 221.
6 FRENCH, Wendell L. The Personnel Management Process. Boston: Houghton Mifflin, 1982.
p.128.
7 V. p. ex. DE VITA, Álvaro. Sociologia da Sociedade Brasileira. São Paulo: Ática, 1994.
8 CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1994. p. 435-436.
9 CHAUÍ, Marilena. Conformismo e Resistência. São Paulo: Brasiliense, 1993. p. 47-48.
1o BARROS, Betânia Tanure de, e PRATES, Marco Aurélio Spyer. O estilo brasileiro de
administrar. São Paulo: Atlas, 1996.
17
3. OBJETO DE ESTUDO
do desempenho ... "; uma definição como essa nada explica, pois apreciação é
qualitativos.
seguinte conceito:
referência;
resultados.
3.2 Ética
moral é o estudo da atividade humana com relação a seu fim último, que é a
realização plena do ser humano. Esse estudo pode ser realizado segundo três
e ao valor dos códigos, dos princípios, das normas, das convicções morais
estudo da ética como uma ciência normativa, e mais do que isso, como uma
avaliação de desempenho.
deste trabalho, que deseja tomar esta investigação como de partida para
trabalho, o autor não tem nenhum motivo para suspeitar que haja
como:
NOTAS AO CAPÍTULO 3
1 CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos na Empresa. São Paulo: Atlas, 19%. v.3. p. 95.
2 CARRELL, Michael R., KUZMITS, Frank E., e ELBERT, Norbert F. Personnel. Columbus:
Merrill Publishing, 1989. p. 219.
3 MÜLLER, Neusa Maria, e FERLE, Arnold Hermann. Avaliação de Desempenho. in BOOG,
4. OBJETIVOS
conteúdo ético;
empresarial.
26
Introdução
Segundo Scottl:
28
fadiga do operário. Por outro lado, para Taylor, o obreiro é alguém motivado
outros benefícios.
A partir da criação da AFL, a luta incessante dos trabalhadores fêz com que
urna atitude reativa por parte dos patrões e permanecido por muito tempo
administração de pessoal).
Primórdios
surgidas por volta da última década do século passado. Esses órgãos foram
Mundial
caráter permanente.
especialmente convocados para esse fim. Eles criaram dois testes simples, o
teste Alfa (para alfabetizados) e o teste Beta (para analfabetos), que foram os
semelhantes às de hoje, por ter sido criada nessa data, em Boston, a primeira
situação natural:
sentimento de que isso nenhum benefício traria, mas, pelo contrário, causaria
que, tentando justificar esse primeiro modo de enfocar a avaliação, acaba por
lacuna, esses psicólogos, entre os quais W alter Dill Scott e seus colegas,
cada qualidade eram atribuídos cinco graus: o mais alto; alto; médio; baixo; o
major devesse avaliar os capitães sob seu comando, na primeira etapa ele
eliminada; o avaliando passou a ser comparado não com cinco pessoas, mas
foram colocadas sob uma linha horizontal cujos extremos esquerdo e direito
que podiam ser enquadrados nas categorias superiores, atendeu ainda a uma
previstos em orçamento. Esse objetivo também foi atingido por outro método
o mais fraco.
A década de 20 e o patenzalismo
conflito:
44
se justificavam não só por serem vistos como defesa eficaz contra a ameaça
recebeu grande impulso nos anos 20. Taylor já havia chamado a atenção para
sua importância, pois descobriu, em suas pesquisas, que níveis mais altos de
ensinados a executá-los.
cargos por pontos, sendo que, por volta de 1926, quatro métodos de
comparação de fatores.
Os anos 30 e a Depressão
sobreviverem.
do sindicalismo.
Wagner (National Labor Relations Act) foi bem mais longe e garantiu o direito
estas noções tinham que ser revistas. Todavia, os estudos de Hawthorne não
foram divulgadas senão ao final dos anos 30. Segundo, porque nesse
avaliando.
a Training Within Industry Division (TWD criou o JIT - Job Instruction Training
de avaliação de desempenho.
menos se aplica a ele. Somente uma das frases favoráveis e apenas uma das
das frases positivas como a que mais se aplica ao empregado e uma das
forma inversa. Para evitar esse inconveniente, foi desenvolvida urna segunda
de personalidade.
das causas de seu enorme impacto no mundo empresarial. Por outro lado, as
deram origem a outros tantos estudos e pesquisas. Esses fatores fizeram com
de 1945 que, na década seguinte, ele se tornou quase uma febre. A linguagem
nova abordagem proposta por ele para o processo avaliativo previa que o
(\
de desenvolvimento gerencial.
organização e empregado.
59
vistos como fonte de incômodos. Adota-se uma atitude proativa, que justifica
avaliação de desempenho:
desenvolvido originalmente em 1963 por Smith e Kendall 29, foi uma tentativa
I
I
i
ser avaliada, cada uma delas descreve um certo número de incidentes críticos
da função;
i '
dos valores que lhe foram atribuídos pelos diversos membros do gtupo. Se
que o desempenho não foi afetado por fatores fora do controle do eritpregado
I
da organização.
65
contrastes.
66
escravo. Assim, antes de 1888 é difícil falar tanto sobre indústria quanto
I
I
colonato.
abundante, gerada por maciça imigração, que permitiu atender, com folga, as
I
I
I
liberalismo econômico.
de trabalho.
americanos. 35
I
No que tange ao sindicato, possuíam a mesma visão:. Como o
'
pensamento da época privilegiava o individualismo e afirmava: a auto-
I
trabalhistas. Atribuíam ao sindicato propósitos subversivos, encaravam-no
i
como ente estranho ao processo produtivo~ perturbador deste. A lei editada
seu artigo 72, parágrafo 8°. Notável ainda, tanto pelo pioneirismq quanto
I
pela ineficácia, é a primeira lei sindical brasileira, de n° 979, de 6 d~ janeiro
i
de 1903, que faculta "aos profissionais da agricultura e industriais :rurais a
70
I
dispositivos praticamente não são obedecidos.
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tranqüilidade pública."
'
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da cidade, num total de 50 mil pessoas. Durante alguns dia~, bairros
Comitê de Jornalistas.37
I •
!
Congresso Nacional a competência para legislar sobre o trabalho.
grande parte, de reduzido nível educacional, fazem com que, em nosso País,
I
brasileiro nunca mais seria o mesmo, oficializado que foi pelo Estado;"
I
I
I
configuração para o aparelho do Estado, isto é, para a administraçã~ pública.
sem aplicação, por falta de um órgão que as implementasse, situação!, que não
I
76
'
Lei n" 284, adotou-se pela primeira vez o princípio geral de estru~ação de
carreiras no serviço público, a partir dos cargos divididos em classes, e
I .
de salário por merecimento, razão pela qual passou a existir um único meio
I •
Em 28 de janeiro de 1938, foi expedido, por rew do
I
pontos negativos estava a cargo dos serviços de pessoal. Vale notar que, se
I
Coube também às Comissões de Eficiência organ~zar, para
representado pela média aritmética dos totais de pontos obtidos nos quadri-
seria dado pela soma algébrica dos pontos positivos e negativos obtidos pelo
I
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funcionário.
I
outubro de 1939, manteve os critérios de promoção inicialmentej estabele-
I
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Voltemos agora à evolução da estrutura organiz~cional da
fiscalização orçamentárias.
DASP foi muito atuante, e que suas principais atividades n~ssa área
I
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podiam lidar com as questões de pessoal de forma improvisada ie com a
82
I
I
criado por iniciativa dos industriais. Criaram-no porque assim lhes foi
'
Segundo Rodrigues46, a emergência e ampliação da participação política do
I
isto é, orientada não por ideologias negadoras do sistema social :mas por
I
84
Estados Unidos.
I
I
operária. 48
I
I
'I
86
responder às novas demandas, além do que treinamento era algo que nunca
de antigüidade e merecimento.
conseqüência do empreguismo.
i
I
não se deveria elaborar uma lei de estrutura, mas uma lei de diretrizes para
uma reforma a ser realizada por etapas, por governos sucessivos. Uma lei
Decreto-Lei no 200/67.
i
aspectos:
'
jurídica própria;
I
I
I
i
• Descentralização de execução de atividapes, da
i
I
administração federal para as entidades privadas, mediante contratos ou
concessões;
I
I
I
I
91
11
A sua prevalência implica numerosos fatores de irracionalidade
da ação econômica. A resistência à delegação de autoridade
impede a diferenciação burocrática da administração e dificulta o
aproveitamento de técnicos; para manter-se tudo SOb o olhar do
11
"avaliação em grupo".
irrecorrível.
funcionário, mas passou a determinar somente após qual prazo esse :aumento
merecimento.
relapsos ou excedentes, ignorando que este instituto foi criado para defender
públicos ainda mais rígido, inviabihzaram que uma parte das novas vagas
administração;
NOTAS AO CAPÍTULO 5
1 SCOTT, Walter Dill, CLOTHIER, Robert C., MATHEWSON, Stanley B., e SPRIEGEL,
William R. Personnel Management. New York: McGraw-Hill, 1941. 3a ed. p. 213.
2 KNOWLES, William H. Personnel Management. New York American Book, 1955. p. 44.
3 JUCIUS, Michael J. Personnel Management. Chicago: lrwin, 1947. p. 5.
32 CARDOSO DE MELLO, João Manuel. O Capitalismo Tardio. São Paulo: Brasiliense, 1994.
p.58.
33 CARDOSO DE MELLO, João Manuel. op. dt. p. 109.
34 FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1995. p. 261.
35 SIMÃO, Aziz. Sindicato e Estado. São Paulo: Dominus, 1%6. p. 223.
36 SIMÃO, Aziz. op. cit. p. 226.
37 FAUSTO, Boris. op. cit. p. 300.
44 AQUINO, Cleber Pinheiro de. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 1980.
p.66.
45 DEAN, Warren. A Industrialização de São Paulo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1991.
p. 189-190.
46 RODRIGUES, Leôncio Martins. Conflito Industrial e Sindicalismo no Brasil. São Paulo:
DIFEL, 1966. p. 181-182.
47 TA V ARES, Maria da Conceição. Da Substituição de Importações ao Capitalismo
Financeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1983. p. 59.
48 ALMEIDA, Maria Hermínia Tavares de. op. cit. p. 50.
49 LOPES, Juarez Rubens Brandão. Desenvolvimento e Mudança Social. São Paulo: Cia. Ed.
Nacional e USP, 1968. p. 148-149. ,
so Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado. Brasília: Presidência da República,
Câmara da Reforma do Estado, Ministério da Administração Federal e Reforma do
Estado, 1995. p. 27-28.
st PEREIRA, Luiz Carlos Bresser. "Uma Reforma Gerencial da Administração Pública no
Brasil". Mimeo. Trabalho apresentado ao Congresso da Associação Internacional de
Ciência Política- IPSA, Seul, agosto 1997. p. 10.
101
6. FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS
universais e permanentes.
6.1 Humanismo
estrito, o autor define que "o humanismo filosófico é qualquer doutrina que
expressão, admitem que o homem possui uma "essência", isto é, algo que o
diferencia dos outros seres. Assim, a questão que se põe é como o homem
mas difere dos outros mamíferos, entre outros fatores, pelo cérebro mais
desenvolvido e pela postura ereta, que lhe faculta o uso das mãos para o
trabalho;
'
b) O homem tem consciência- o homem é capaz de se distanciar
do mundo e perceber seu próprio "eu", distinto dos "eus" dos outros
repetem dia após dia, sem inovação, sem possibilidade de escolha. São atos
alcance;
sagrado;
. '
Ainda de acordo com Nogare2, "Toda teoria que não se torne praxe e vida,
isto é, que não seja acompanhada por uma ação correspondente, é estéril".
mesmo", devendo o homem, pois, ser considerado sempre como fim e nunca
afirma que "certo" é aquilo que faz bem ao homem, e que "errado" é tudo
aquilo que lhe faz mal. Assim, para se identificar os imperativos morais, é
aquilo que se possui como potencial. Quer dizer tornarmo-nos tudo aquilo
desumanizá-lo.
determinações de terceiros.
serviços.
diversas, entre classes sociais diferentes, ou de urna época para outra, não
significa que tais sistemas tenham igual validade e, portanto, não· confirma
6.4 Valores
VALORES
Genéricos Aplicados ao mundo do trabalho
Liberdade Liberdade de trabalho
Todos os homens nascem livres. O trabalho é livre. Nenhum homem
(Declaração Universal dos Direitos do será mantido em escravidão ou ser-
Homem) vidão.
(Declaração Universal dos Direitos do
Todo homem tem direito à vida, à Homem)
liberdade e à segurança pessoal.
(Declaração Universal dos Direitos do Nenhum trabalho ou serviço, para o
Homem) qual um homem não se tenha
oferecido de espontânea vontade, ser-
lhe-á exigido sob ameaça de pena-
lidade. (Convenção no 29, de, 1930, da
OIT)
sofram discriminação.
112
indispensável:
avaliação;
avaliar a avaliação;
que a avaliação de desempenho seja regida por regras claras, mas também
fatos. Mas isto não é suficiente. Os fatos devem ser interpretados, para que
discrionária, ela não é livre de restrições, mas tem de ser feita sempre em
desempenho.
115_
NOTAS AO CAPÍTULO 6
1
Nogare, Pedro Dalle. Humanismos e Anti-humanismos. Petrópolis, Vozes, 1978. p. 13.
2
Nogare, Pedro Dalle. op. cit. p. 14.
3
Nogare, Pedro Dalle. op. cit. p. 15. '
4
Vázquez, Adolfo Sánchez. Ética. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1996. p. 40-47. :
5
Fromm, Erich. Análise do Homem. São Paulo, Círculo do Livro, s/d. p. 18.
116
7. ANÁLISE ÉTICA
acha que estou fazendo uin bom trabalho porque ele fala muito
pouco sobre meu desempenho, no dia-a-dia. Acho que estou indo
bem, e certamente gostaria de saber se ele também pensa do
mesmo modo". Isto não é necessariamente o desejo de uma
avaliação objetiva, a sangue-frio. Pode ser uma expressão de
ansiedade e de necessidade de tranqüilização. Se, de fato, o
indivíduo está indo bem, e a avaliação envolve somente críticas de
pequena monta, a entrevista de avaliação pode satisfazer sua
necessidade. Se o indivíduo não está indo bem, a entrevista
intensificará sua ansiedade e tomará extremamente difícil para ele
reagir realisticamente.
natural das pessoas. Se assim é, resta analisar uma outra questão. Aquilatar a
das organizações?
outros métodos de avaliação que levem em conta o fato de, segundo ele,
que as pessoas trabalham e não delas próprias. Assim, Deming def~nde que,
E mais adiante:
contundentes por parte de inúmeros autores, mas parece que nenhum deles
se atreve a defender sua extinção pura e simples. Qual seria a razão? Seria
Embora, como visto acima, não se possa afirmar que as pessoas possuem um
organização;
empregados;
lógico que todas elas verifiquem se seus empregados estão satisfazendo tais
Isto não implica que seja natural e ético qualquer método concreto de se
esperado.
sequer seja expressa. Nessas organizações, o elogio pode não ser comum, e o
emprego.
anterior, daqui por diante deixa-se de lado o ato avaliativo enquanto idéia e
sistemática.
esse tipo de avaliação é não-natural significa dizer que ele não nasce com a
empregados.
avaliação deva ser feita segundo um único critério, pois, variando as funções
considerações éticas.
seguintes fases:
melhorar.
contempla:
3. Treinar os supervisores.
3. Implantação;
4. Manutenção e controle.
avaliativo:
3. Acompanhamento do desempenho.
4. Avaliação do desempenho.
5. Comprometimento.
nas etapas propostas pelos diversos autores, de tal forma que se chegue a
maneira:
132
avaliação adequados.
ações a serem tomadas pelo avaliando, pelo avaliador ou por ambos, face ao
promoções, etc.
para aperfeiçoá-lo.
avaliativo.
133
Projeto.
de avaliação tem que ser consentâneo com aquilo que se deseja medir; e, por
sua vez, o que se deseja medir há de ser coerente com aquilo que é esperado
deste autor, violação das condições de trabalho pela organização. Por falta
134
Implantação.
Operação.
avaliando por parte de seu superior; ele não pode, tampouco, obrigar o
Manutenção.
desempenho
diz respeito às técnicas avaliativas. Este item se inicia por uma descrição
1 2 3 4 5
001 Possui os conhecimentos necessários __Qara o trabalho
002 Está informado sobre o seu trabalho
003 Conhece suas obrigações
004 Seu serviço atende aos padrões estabelecidos
005 É honesto
006 ·········
139
final. 18
Exemplo: 19
trabalho superior.
A B C D E
A A A A A
B C D E
c C E
D E
e, ao final deste, avaliar o empregado com base nos resultados por ele
excelente. Uma vez que a lista de incidentes críticos tenha sido finalizada,
que os fatos coletados pelo avaliador como base da avaliação constem como
objetivos, para ser ética, requer que a consecução das metas seja
que devem é não saberem exatamente o que deles se espera. Com demasiada
desempenhos esperados pela empresa, mas dos quais o indivíduo não tem
organização não poderá esperar que mude. Sem feedback não pode. haver
percebe-se que isto está longe de ser verdade. Assim, se o empregado não
souber fazer algo, mesmo tendo sido "treinado", isso não lhe deverá ser
qualidade do treinamento.
acabados, para serem por ele transformados; informações, para que ele as
dizer que seu desempenho é limitado pela qualidade do sistema. Por sistema
desse sistema será afetado. Sobre esse problema, Starcher27 nos traz um bom
exemplo:
7.7 Resumo
avaliativo ético.
avaliação de desempenho é uma idéia ética, por fazer parte da idéia mais
empregado.
150
estabelecidas;
esperado do empregado;
se auto-avaliar;
151
última avaliação;
obrigações do empregado;
percentuais pré-determinados;
do avaliando;
• sistemas deficientes;
NOTAS AO CAPÍTULO 7
1 BERGAMINI, Cecilia Whitaker. Avaliação de Desempenho Humano na Empresa. São Paulo,
Atlas, 1977, 3a. ed. p. 26.
2 BERGAMINI, Cecilia Whitaker, e BERALDO, Deobel Garcia Ramos. Avaliação de
Desempenho Humano na Empresa. São Paulo, Atlas, 1988, 4a. ed. p. 14.
3 McGREGOR, Douglas. The Human Side ofEnterprise. New York, McGraw-Hill, 1960. p. 85.
4 FLIPPO, Edwin B. Princípios de Administração de Pessoal. São Paulo: Atlas, 1970. p. 286.
5 MINER, John B., e MINER, Mary Green. Personnel and Industrial Relations. New York:
Macmillan, 1977. p. 180-181.
6 DEMING, W. Edwards. Qualidade: A revolução da Administração. Rio de Janeiro: Marques-
Saraiva, 1990.p. 76. ·
7 DEMING, W. Edwards. op. cit. p. 87-88.
8 KOHN, Alfie. Punished by Rewards. Boston: Houghton Mifflin, 1993. p. 183-184.
8. A PESQUISA
8.1 Metodologia
entrevistados tenham a dizer. Assim, por maior que seja o número de casos
deixem de lado questões que apresentam uma face ética mas passam
julgar corretos sistemas de avaliação que talvez não recebessem esse veredito
..
tre empresas que possuíssem sistemas formais de avaliação de desempenho .
".
estrutura de DP, enquanto que nas 30 restantes, que possuem mais de 500
porte. Por tais razões, a pesquisa foi conduzida por meio de questionário
8.2 Hipóteses
éticas.
158
todas as normas de conduta aqui estabelecidas, pelo fato de parte destas não
desempenho em geral; que também não tinha por objetivo saber como era a
era registrar tão somente o que diziam as normas escritas da empresa sobre
perguntas, e cujo significado era: "As normas da empresa não abordam esse
ponto".
Exame.
universo amostrado.
resultados da pesquisa.
desempenho situar-se-ia entre 43% e 61%, ou seja, entre 112 e 159 empresas.
1
TOTAIS 260 100 11, 88 100% 46 100% 42 100%
-- ---- -- -··- --- I
Legenda: PN- prjvada nacional; PE- privada estrangeira; EST- estatal; PN/PE- controle conjunto; IND- industrial; COM- comercial; SERV- serviços.
.......
0'.
(JJ
164
globalmente as respostas.
privadas nacionais.
Resposta N %
Não 10 22
Sim (sem apresentar a definição) 10 22
Sim (apresentando uma definição) 15 33
Sim (exibindo um texto não conceitual) 11 23
TOTAIS 46 100
conceitual, o que contrasta com outros 23% que ofereceram um texto que não
seja, a maioria das normas escritas de AD das empresas não conteria essa
periodicidade da AD?
Resposta N o/o
Não 1 2
Sim, anual 34 74
Sim, semestral 4 9
Sim, outra 7 15
TOTAIS 46 100
Resposta N %
Não 23 50
Pelas normas, os avaliadores devem receber treinamento 22 48
Pelas normas, os avaliandos devem receber treinamento 13 28
quem vai ser avaliado; mas esse treinamento é indispensável para que o
Resposta N %
Não o o
Embasar decisões sobre aumentos salariais 21 46
Embasar decisões sobre promoções 24 52
Embasar decisões sobre transferências e desligamentos 19 41
Identificar necessidades de treinamento I Orientar I 37 80
Aconselhar o funcionário
Permitir que o funcionário conheça seus pontos fortes e 39 85
fracos
Validar métodos e técnicas de seleção 11 24
Avaliar o potencial do funcionário 26 57
Outro 12 26
169
que pesem os livros e artigos publicados nos últimos tempos dando conta do
finalidade que obteve menos da metade das indicações (4.6% ). Isto levanta a
salariais e, em caso afirmativo, qual será o seu substituto. Este, por si só, é
Resposta N %
As normas não mencionam nenhum método específico 6 13
Escalas gráficas 3 7
Escolha forçada 2 4
Incidentes críticos o o
Ordenamento o o
Distribuição forçada o o
'
Relatório escrito o o
Comparação aos pares 2 4
Avaliação por objetivos 20 44
Método próprio 13 28
Outro 9 20
Resposta N %
Não 9 20
As normas proíbem a entrevista de AD o o
Pelas normas, a entrevista de AD é opcional 5 11
Segundo as normas, a entrevista de AD é obrigatória 32 69
TOTAIS 46 100
avaliador. Temos, pois, que em quase um terço das empresas (31%) não se
Resposta N %
Não 23 50
As normas proíbem que a avaliação seja revisada o o
Pelas normas, a avaliação deve ser revisada pelo I 18 39
superior do avaliador
Segundo as normas, as avaliações devem ser revisadas 4 9
por um grupo/ comissão da empresa
As normas fixam que as avaliações devem ser revisadas 2 4
por consultores externos à empresa
Outro 2 4
174
seu julgamento, sempre poderá argumentar junto a seu dirigente que é ele,
sentido.
175
Resposta N %
Não 15 33
O funcionário deve colocar seu "Ciente" na avaliação, 19 41
assinando-a
Fica a critério do avaliador decidir o que fazer 2 4
o funcionário deve registrar sua discordância no 18 39
formulário de avaliação
A avaliação deve ser revisada pelo próprio avaliador 5 11
A avaliação deve ser revisada pelo superior do avaliador 8 17
A avaliação deve ser revisada por outra pessoa, diferente 1 2
do avaliador e de seu superior
A avaliação deve ser revisada por uma comissão 1 2
Outro 4 9
recursais, nem mesmo a que prevê revisão pelo superior do avaliador, pois,
Resposta N %
Não o o
Sim 46 100
TOTAIS 46 100
profissionais que devem ser avaliadas, com algumas categorias sendo mais
poupadas que outras, o que também pode ser visto como uma exclusão de
dos gerentes e a das chefias de nível médio, nessa ordem; que existe um
múltipla)
Resposta N %
Não 7 15
Sim 39 85
TOTAIS 46 100
O QUE DEVE SER AVALIADO CATEGORIA PROFISSIONAL
Diretores Gerentes SuJlerv. e Prof. de Prof. de Func. Func.
Chefes nível sup. nível téc. administ. operac.
N % N % N % N % N % N 0
/o N %
Características: iniciativa. comprometimento. entusiasmo, etc. 20 44 29 63 29 63 24 52 25 54 25 54 20 44
Cumprimento dos de,·eres (assiduidade. pontualidade. etc.) 3 7 4 9 5 11 6 13 8 17 lO 22 16 35
Cumprimento das tarefas constantes da descrição do cargo 4 9 4 9 6 13 7 15 9 20 12 26 13 28
Cumprimento dos padrões de desempenho do cargo 9 20 12 26 12 26 11 24 13 28 14 30 13 28
Desempenho qualitativo (qualidade do trabalho apresentado) 12 26 19 41 20 44 20 44 21 46 23 50 21 46
Cumprimento de metas ou OQjctivos quantitativos 19 41 27 59 28 61 20 44 20 44 20 44 17 37
Comportamento (ações I atitudes) em situações relevantes 13 28 25 54 25 54 20 44 19 41 18 39 14 30
Pontos fortes c fracos do funcionário 13 28 19 41 19 41 12 26 13 28 13 28 11 24
Outro 2 4 4 9 4 9 5 11 3 7 3 7
L _ _ _ __ -
4
L.___ ___ - -
9
~--
1---l
OcJ
179
respectivamente.
180
pontos fortes e fracos desce ainda mais, para o 6° lugar, enquanto que, dentre
avaliação.
própria pessoa, e foi visto que, para a ética humanista, o ser humano é um
valor absoluto, não sujeito a julgamento, sendo inaceitável, pois, avaliar sua
presente questão, somente duas não incluem esses fatores em seus padrões
de avaliação.
Resposta N %
Não 17 37
Sim 29 63
TOTAIS 46 100
TIPO DE INFORMAÇÃO A SER FORNECIDA CATEGORIA PROFISSIONAL QUE DEVE RECEBER A INFORMAÇÃO
Diretores Gerentes Superv. e Prof. de Prof. de Func. Func.
Chefes nível sup. nível téc. administ. operac.
N 'Yo N o;o N o;o N % N o;., N o;o N %
Informações sobre as atividades relativas ao cargo 14 30 18 39 18 39 18 39 18 39 21 46 20 44
Informações sobre o padrão de desempenho do cargo 11 24 15 33 15 33 13 28 12 26 15 33 14 30
Informações sobre o comportamento (ações, atitudes) esperado em situações 14 30 19 41 18 39 14 30 14 30 16 35 15 33
:
relevantes
Informações sobre o desempenho qualitativo (qualidade do trabalho) 11 24 17 37 17 37 13 28 12 26 15 33 14 30 i
esperado
------------~-------
Outro
--------------- - -- ------ ---· - -
1 2 2 4 4 9 3 7 3 7 4 9 4 9 I
1--1
00
N
183
3.8.10 verifica-se que, com relação aos três critérios de desempenho que se
Resposta N %
Não 39 85
Pelas normas, o número de avaliações boas I médias I 5 11
ruins deve obedecer aos percentuais fixados
As normas proíbem que haja qualquer tipo de 2 4
distribuição forçada das avaliações
TOTAIS 46 100
184
elevado índice de omissão das normas das empresas (85% ). De outro lado,
nas avaliações.
Resposta N %
Não 11 24
RH 29 63
Os superiores do funcionário 33 72
Os subordinados do funcionário o o
Os pares do funcionário o o
Os auditores 2 4
Outras áreas da empresa 1 2
Terceiros externos à empresa 2 4
Outro 5 11
Resposta N %
Não 16 35
Pelas normas, o funcionário não deve receber cópia de 1 2
suaAD
Segundo as normas, o funcionário deve receber cópia de 15 33
sua AD automaticamente
Segundo as normas, ele pode pedirI tirar cópia de sua 8 F
AD
Segundo as normas, ele pode consultar sua AD 6 13
enquanto estiver disponível
Outro 3 .7
este tema é de pouco mais de um terço. É alentador constatar que outro terço
Resposta N /o
0
Não 30 65
Segundo as normas, não devem ser distribuídas cópias 2 4
das normas de AD
Pelas normas, o funcionário pode pedir cópia das 3 7
normas de AD
Pelas normas, todos devem receber cópia 7 15
Segundo as normas, certas categorias de funcionários 4 9
devem receber cópia
Resposta N %
Não 21 46
As normas determinam a verificação dos métodos de 16 35
avaliação, formulários, etc.
Pelas normas, deve-se verificar se as normas de AD 14 ~o
estão sendo seguidas
Pelas normas, deve-se examinar as queixas dos 6 i3
funcionários sobre o sistema de AD
Outro 3 7
a seguinte:
ponto-de-vista ético, não devendo, por esse motivo, ser levada em conta.
pois, ser considerada antiética. Essa é a razão pela qual, quando uma
pergunta foi respondida com a alternativa que indicava omissão das normas
não julgar o método por seu nome, sempre enganoso, mas pelo conteúdo da
fator 0,833 = 10: 12. Assim, a escala passou a ter variação de O a 10. Um ICE
significado oposto.
ICE Número de
empresas
0,0 2
De 0,1 a 0,9 3
De 1,0 a 1,9 11
De 2,0 a 2,9 4
De 3,0 a 3,9 10
De4,0 a 4,9 9
De 5,0 a 5,9 I
4
De 6,0 a 6,9 2
De 7,0 a 7,9 I 1
I
De 8,0 a 8,9 I
I
I
o
De 9,0 a 10,0 o
TOTAL 46
proporção.
~l:po)-)
n
IC (P: 95%) =: p o ± 1,96
( 1- -----
N )(
IC (P : 95%) =: 0,85 ±1,96
antiéticos estaria situada entre 77% e 93%, ou seja, a grande maioria. Este é
outro indicador, desta feita calculando a média dos ICE das empresas
média.
192
desses dados, o intervalo de confiança para a média é obtido por meio de:
IC (P : 95%) := X ± 1,96
)( ---;--)
intervalo que vai de 2,82 a 3,44. Como este intervalo situa-se abaixo da
NOTAS AO CAPÍTULO 8
,I TOFFLER, Barbara Ley. Tough choices: managers talk ethics. New York: John Wiley & Sons,
1986.
2 KELLOGG, Marion S. What to do about Performance Appraisal. New York: American
Management Association, 1965. p. 22-29.
3 KELLOGG, Marion S. op. cit. p. 21-22.
4 CURADO, Isabela Baleeiro, PEREIRA Filho, João Lins, e WOOD Jr., Thomaz. A Gestão de
Recursos Humanos na Grande São Paulo. São Paulo: Editora SENAC, 1995. p. 19.
194
9. CONCLUSÕES
desempenho que não fosse justa, entendendo-se por avaliação justa aquela
cada empregado, aferido pelo processo avaliativo, e que essa busca evidencia
autoritarismo organizacional.
195
percepção social que distorcem a imagem que este faz do avaliando. Isto
antiética.
estabelecidas.
valor absoluto, devendo o homem, pois, ser considerado sempre como fim e
de desempenho.
do processo.
ética, por fazer parte de outro conceito ético, o de "organização"; que, não
eticamente promissoras.
empresas brasileiras.
de fato injustos.
deste decidir o que fazer; que as avaliações devem ser submetidas a uma
foi visto que, para a ética humanista, isto é inaceitável. Todavia, dentre as
claro também que se confere maior importância aos deveres dos ~mpregados
das empresas, ao manterem a realização das avaliações uma vez por ano,
remuneração variável.
Índice de Conteúdo Ético foi igual a zero. Isto significa que suas normas de
aperceba.
de AD. Ao ver do autor do presente estudo, isto significa que existe pouca
às que se chegou nos itens 3.1 e 7.6 deste trabalho: que a avaliação de
empregado.
204
conteúdo ético;
88 empresas que atenderam ao chamamento que lhes foi feito, uma carta de
BIBLIOGRAFIA
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A Gestão de Recursos Humanos na Grande São Paulo. São Paulo: Editora
SENAC, 1995.
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213
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