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Determinismo e Liberdade Na Ação Humana - Odt
Determinismo e Liberdade Na Ação Humana - Odt
Problema:
A)Respostas Incompatíveis:
1. Determinismo Radical.
Tese
Argumentos
Críticas
Objeção da responsabilidade moral.
2. Libertismo
Tese
Argumentos
Críticas
A)Resposta compatível
1. Determinismo moderado
Tese
Argumento
Criticas
Problema em aberto
Determinismo e Liberdade na ação humana.
O livre-arbítrio é a capacidade para decidir (arbitrar) em liberdade.
O Determinismo é a tese de que todos os acontecimentos estão causalmente determinados
pelos acontecimentos anteriores e pelas leis da Natureza.
Problema do Livre-Arbítrio
Defesa da premissas:
Defesa da premissa 1: O determinista argumenta que ter livre arbítrio implica poder agir de
maneira diferente, partindo exatamente da mesma situação.(Exemplo: A Ana decidiu dar um chuto
numa bola.) Há um conjunto de cadeias causais que conduzem a essa decisão. O determinista
argumenta que o livre-arbítrio implica a possibilidade de a Ana decidir ou não dar um chuto na
bola, apesar de o conjunto de cadeias causais ser exatamente o mesmo. Mas isso é precisamente a
negação do determinismo; o determinismo é a ideia que, dada uma certa cadeia causal, o seu
efeito não pode ser diferente do que é. Logo, se o determinismo é verdadeiro, não há livre-arbítrio.
Assim, o determinista está obrigado a defender que o livre-arbítrio é uma ilusão. Mas por que razão
temos essa ilusão?
Estar causalmente determinado não é como ser obrigado a fazer uma coisa que não se quer nem se
decidiu. Estar causalmente determinado é não poder decidir nem poder querer outra coisa além do
que efetivamente decidimos e queremos. Por isso, parece-nos que somos livres, desde que
ninguém nos impeça de fazer o que decidimos e queremos. (A água poderia dizer a si mesma que
tem a liberdade de “fazer” várias coisas – e pode, desde que estejam reunidas as causas
apropriadas). O mesmo acontece com os seres humanos: temos a falsa sensação de que somos
livres, porque escolhemos fazer uma coisa em vez de outra, desconhecendo as causas que
determinam as nossas ações. Mas escolhemos o que escolhemos em função das cadeias causais
que antecedem o momento da decisão. Sentimos que agimos livremente quando agimos em
função do que escolhemos. Mas o que escolhemos resulta de cadeias causais que não podemos
controlar. Logo, o livre arbítrio é apenas uma ilusão.
As críticas defendem que o determinismo e falso porque a responsabilidade moral não pode
existir sem a liberdade e, por isso, não podemos ser castigados, o que é absurdo.
1. Libertismo
Temos livre-arbítrio e nem todos os acontecimentos estão determinados. As nossas ações não
são causalmente determinadas, resultam das nossas deliberações.
O Libertismo é a teoria segundo a qual temos livre-arbítrio e nem todos os acontecimentos
estão determinados.
Argumentos dos libertistas:
Premissa 1: Se temos livre-arbítrio, o determinismo é falso.
Premissa 2: Temos livre-arbítrio.
Conclusão: Logo, o determinismo é falso.
O argumento é válido, mas será sólido?
Defesa da premissas
Defesa da premissa 1: O libertista defende que ter livre-arbítrio é não estar determinado a
escolher de uma certa maneira. Por exemplo, ter livre-arbítrio é estar perante uma
encruzilhada e poder escolher ir por um caminho ou por outro, sendo as causas anteriores
exatamente iguais. Mas o determinismo é a ideia de que, dada uma certa cadeia causal até ao
momento presente, a minha decisão está determinada. Posso ter uma sensação de que estou a
escolher, mas não é realmente uma escolha. Logo, o livre-arbítrio implica a falsidade do
determinismo. (Não estamos determinados a escolher de uma certa maneira. Escolhemos
praticar uma ação mas podíamos ter escolhido e agido de forma diferente, por isso o
determinismo é falso.)
Defesa da premissa 2: O libertista argumenta que não podemos evitar vermo-nos como seres
dotados de livre-arbítrio. No próprio ato de tomar uma decisão, exercemos o livre-arbítrio.
Não é possível aceitar realmente que as nossas decisões estão todas determinadas por
acontecimentos anteriores. (Não e possível aceitar que as nossas decisões estão todass
determinadas por acontecimentos anteriores. Se decidimos é porque temos livre-arbítrio. O
determinismo radical diz o contrário, logo é falso.)
Críticas ao Libertismo:
O determinismo diz que as deliberações do agente, tal como as suas crenças e desejos
são determinadas por acontecimentos anteriores. Mas o libertista não pode aceitar
isso, pois defende que o livre-arbítrio é incompatível com o determinismo.
O problema dos libertistas é, então, explicar como é que um ato é realmente livre sem
ser determinado por acontecimentos anteriores mas que também não é “aleatório”,
quer dizer, ao acaso.
As nossas ações livres são causadas pela nossa personalidade, inclinações e desejos
ainda que estes estejam determinados por acontecimentos anteriores. Se as ações não
fossem causadas pelo nosso caráter e pelos nossos motivos, não poderíamos ser
responsabilizados pelas nossas ações. Não seriam as “nossas” ações.
Críticas ao compatibilismo:
Os compatibilistas argumentam que somos livres se agirmos sem constrangimentos ou
obstáculos, internos ou externos, que nos impeçam de fazer o que desejamos. Mas, se
aquilo que desejamos fazer se encontra determinado por acontecimentos anteriores
(determinismo) então as nossas ações estão constrangidas por acontecimentos
anteriores.
O compatibilismo não explica porque é que ser constrangido por acontecimentos anteriores é
um ato livre e ser constrangido por alguém já não é um ato livre.
Conceitos:
Determinismo: Tese de que todos os acontecimentos estão causalmente determinados
pelos acontecimentos anteriores e pelas leis da natureza.
Livre-arbítrio: Capacidade para decidir (arbitrar) em liberdade.
Fatalismo: Tese de que alguns acontecimentos são inevitáveis, independentemente do
que possamos decidir ou fazer.
Compatibilismo: No debate sobre o livre-arbítrio, as teorias que defendem que o
determinismo e o livre-arbítrio podem coexistir.
Incompatibilismo: No debate sobre o livre-arbítrio, as teorias que defendem que o
determinismo e o livre-arbítrio não podem coexistir. O libertismo e o determinismo
radical são duas dessas teorias.
Libertismo: No debate sobre o livre-arbítrio, as teorias que defendem que não há
determinismo porque temos livre-arbítrio.
Determinismo Radical: No debate sobre o livre-arbítrio, as teorias que defendem que
não temos livre-arbítrio, porque tudo está determinado.
Contradição performativa: Quando se afirma algo que é negado pelo ato de afirmar.
Por exemplo, alguém que diga “Não estou a falar”.