Você está na página 1de 29

Pr

of
.D
r.
C
ha
rli
e
An
to
Princípios Físicos de
Tomografiani
M
iq
Computadorizada
ue
lin
Limitações da Radiografia
Pr
of
e Tomografia Geométrica
.D
r.
C
A base da técnica que utiliza os raios X
no diagnóstico por imagem é a mesma.

ha
rli
Os raios X passam através do corpo do
paciente, sendo absorvidos pelos

e
diferentes tipos de tecidos.

An
Essa absorção diferenciada dos tecidos

to
do paciente pode ser gravada em um

ni
filme ou em um sistema de detetores.

M
Vejamos as limitações tanto para o

iq
método radiográfico convencional,
quanto para a tomografia.

ue
lin
Limitações da Radiografia
Pr
of
.D
r.
O maior problema da radiografia tubo de raios X
consiste na superposição de estruturas

C
no filme ou sensor, o que dificulta ou as

ha
vezes torna impossível o diagnóstico
através destas imagens, principalmente

rli
de detalhes.

e
Isto é especialmente notável quando

An
estruturas diferem muito pouco entre si
em termos de densidade, como no caso

to
de alguns tumores e seus tecidos tumor

ni
adjacentes. objeto

M
Embora radiografias laterais ou obliquas radiografia

iq
ajudem na visualização o problema da

ue
superposição persiste.

lin
Limitações da Radiografia
Pr
of
.D
r.
tubo de raios X

C
Uma segunda limitação é que a
radiografia é um procedimento mais

ha
qualitativo do que quantitativo.

rli
Isto dificulta a distinção entre

e
objetos homogêneos de espessuras Tecido

An
Osso Ar
não uniformes e objetos Mole

heterogêneos de espessuras objeto com mesma espessura objeto com espessuras diferentes

to
uniformes. composto de diferentes materiais composto do mesmo material

ni
A questão da superposição das

M
Radiografias
estruturas começou a ser melhorada
com a tomografia geométrica.

iq
Branco Tons de Preto Branco Tons de Preto
Cinza Cinza

ue
lin
Limitações da Tomografia

Pr
Geométrica

of
.D
Mesmo com a tomografia geométrica as
imagens ainda possuíam problemas de

r.
borramento e degradação do contraste
devido a radiação espalhada e a outros tubo de raios X

C
problemas do uso do sistema tela-filme.

ha
Tanto a tomografia geométrica quanto a

rli
radiografia falham em mostrar

e
adequadamente as sutis diferenças em
contrastes características dos tecidos

An
tumor
moles. objeto

to
O sistema tela filme tem a capacidade de

ni
distinguir diferenças de densidade entre
5 e 10% apenas.

M
radiografia

iq
A radiografia e tomografia geométrica

ue
não tinham a capacidade de produzir
imagens que evidenciassem pequenas

lin
variações de densidade dos tecidos.
Entrando na Tomografia

Pr
Computadorizada (TC)

of
.D
Uma grande diferença entre os métodos anteriores e
a TC é justamente superar as dificuldades existentes

r.
por estes métodos.

C
Mínima superposição de estruturas, excelente

ha
contraste das imagens e capacidade de distinguir
estruturas de densidades muito próximas.

rli
A metodologia básica para a obtenção das melhorias

e
descritas acima pode ser visto na figura ao lado.

An
Um feixe de raios X é transmitido através de uma
Detetor
seção transversal do paciente, o que diminui o
tubo de raios X

to
problema da superposição de estruturas acima e
abaixo da irradiada.

ni
O feixe é altamente colimado de forma que apenas

M
uma pequena espessura de seção transversal seja
irradiada, o que minimiza a radiação espalhada.

iq
Quando o raios X atravessar o paciente será coletado

ue
por um detetor na posição oposta ao tubo de raios
X. O detetor é sensível o suficiente para detectar

lin
pequenas variações de sinal.
Pr
Princípios Físicos de TC
of
.D
r.
C
A TC pode ser compreendida em termos dos princípios físicos e tecnológicos que a

ha
constituem.

rli
Os princípios físicos envolvem os fenômenos físicos e a matemática atrás deles para

e
o entendimento de como a imagem é formada.

An
A parte tecnológica diz respeito a implementação dos conceitos científicos e

to
princípios de engenharia, tais como a construção do equipamento e a parte de
ciência da computação utilizada.

ni
M
Os princípios físicos podem ser divididos em três processos: Aquisição de Dados,
Processamento dos Dados e Visualização, Armazenamento e Documentação das

iq
Imagens. Passaremos a descrever estes processos.

ue
lin
1 - Aquisição de Dados em TC
Pr
of
.D
A aquisição de dados se refere ao tipo de sistema de coleta das
informações provenientes do paciente.

r.
Existem dois métodos de aquisição: aquisição de dados corte

C
a corte (slice-by-slice) e a aquisição de dados por volume.

ha
No sistema corte a corte os dados são coletados pelo
movimento acoplado do tubo de raios X e dos detetores em

rli
uma única rotação (coincidente com corte anatômico) em

e
torno do paciente. O sistema então pára, e a mesa move o
paciente para a nova região a ser irradiada (corte).

An
Este processo continua até que todos os cortes

to
correspondentes a região anatômica a ser examinada tenha
seus dados adquiridos.

ni
Na aquisição de dados por volume o movimento acoplado do

M
tubo e dos detetores é contínuo enquanto a mesa move o

iq
paciente até que todo um volume a ser examinado tenha seus
dados coletados.

ue
lin
Aquisição de Dados em TC
Pr
of
O primeiro passo na aquisição de dados é a chamado

.D
varredura, quando são coletados pelos detectores as medidas
da radiação transmitida em torno do paciente. São as

r.
chamadas “views” (perfil de atenuação em determinado
ângulo).

C
ha
Como resultado desta coleta valores chamados de transmissão
relativa (TR) ou medidas de atenuação podem ser calculados:

rli
intensidade dos raios X na fonte (Io )
TR =

e
intensidade dos raios X nos detetores (I)

An
Os valores da transmissão relativa são então enviados para o detetores

computador e armazenados como dados brutos.

to
Leituras de atenuação

ni
Um número muito grande de medidas de transmissão são
necessários para a construção da imagem de transmissão, em para o computador

M
geral são coletadas muitas centenas de views.

iq
Cada view é composta por uma quantidade de raios coletados e
a transmissão total para cada varredura é dada pela equação:

ue
Número total de medidas

lin
= Número de views × número de raios X em cada view
de Transmissão
Aquisição de Dados em TC
Pr
of
.D
O problema a ser resolvido em TC é determinar a atenuação dos tecidos em cada

r.
milímetro do corpo do paciente. Estes valores é que serão usados na construção da

C
imagem de uma seção deste paciente.

ha
A solução deste problema envolve física, matemática e computação em níveis bem
mais avançados do que abordaremos. A abordagem de nosso estudo será a

rli
suficiente para domínio da tecnologia da TC que permita interferir nos processos

e
de aquisição de dados e processamento das imagens de modo a garantir exames

An
diagnósticos de qualidade e baixas doses.
O entendimento do processo de atenuação da radiação é importante na construção

to
da imagens em TC.

ni
A atenuação é a redução da intensidade de um feixe de radiação que atravesse
alguma estrutura. Neste fenômeno, parte dos fótons são absorvidos, parte dos

M
fótons são espalhados e ainda outra parte é transmitida através da estrutura, sem

iq
nenhum tipo de interação.

ue
A atenuação em geral depende do número de elétrons por grama, número atômico,
densidade do tecido e da energia utilizada no processo.

lin
Aquisição de Dados em TC
Pr
of
.D
Adicionalmente existem dois tipos de feixes de radiação (homogêneno e

r.
heterogêneo) e entender sua diferença colaborará para melhor compreensão da

C
construção da imagem em TC.

ha
Na TC a atenuação depende da densidade atômica efetiva (no atomos/volume), o
número atômico (Z) do material absorvedor e da energia do fóton.

rli
Em um feixe homogêneo (monoenergético), todos os fótons possuem a mesma

e
energia, diferente do heterogêneo (polienergético) onde os fótons possuem

An
diferentes energias.
Na sua primeira tentativa Hounsfield usou um feixe homogêneo (Amérício-241),

to
por que este tipo de feixe satisfaz de maneira simples a Lei de Beer-Lambert, onde I

ni
e a intensidade transmitida, Io é a intensidade original, x é a espessura do objeto, e é
a constante de Euler e µ é o coeficiente de atenuação linear em cm-1:

M
iq
− µ⋅x
I = I0 ⋅ e
ue
lin
Aquisição de Dados em TC
Pr
of
Neste caso para encontrar o valor de µ e resolver o

.D
problema em TC, basta resolver a equação anterior.
I = I 0 ⋅ e− µ⋅x

r.
Em TC os valores de I e Io são conhecidos e a espessura de
x pode ser estimada de modo que é possível calcular o I
= e− µ⋅x

C
valor de µ. I0

ha
- 20% - 20% - 20% - 20%
⎛ I⎞

rli
1 cm z z z ln ⎜ ⎟ = − µ ⋅ x
⎝ I0 ⎠

e
An
⎛I ⎞
ln ⎜ 0 ⎟ = µ ⋅ x
µ µ µ µ
410
⎝ I⎠

to
800
1000 640 512
L
fótons
fótons L
fótons L
fótons L
fótons

ni
1 ⎛ I0 ⎞
µ = ⋅ ln ⎜ ⎟

M
88 keV 88 keV 88 keV 88 keV
x ⎝ I⎠

iq
k k k

ue
lin
Feixe Homogêneo ou Monoenergético
Aquisição de Dados em TC
Pr
of
Quando Hounsfield começou seus experimentos ele utilizou uma fonte de radiação gama

.D
por ter um feixe homogêneo, mas devido a baixa intensidade de fótons ele a substituiu
por um tubo de raios X.

r.
Entretanto o feixe gerado por um tubo de raios X é polienergético, isto é, constituído

C
pode fótons de várias diferentes energias e sua atenuação é diferente do feixe
homogêneo, o que levou Hounsfield a fazer várias modificações e ajustes para o cálculo

ha
de µ. - 35% - 27% - 23% - 21%

rli
1 cm z
Endurecimento doz Feixe z

e
An
µ µ µ µ
288

to
650
1000 474 365
L
fótons
fótons L
fótons L
fótons L
fótons

ni
M
40 keV 47 keV 52 keV 55 keV 57 keV

iq
k k k

ue
Feixe Heterogêneo ou Polienergético

lin
Aquisição de Dados em TC
Pr
of
.D
A equação de Beer-Lambert só pode ser aplicada diretamente para feixes
homogêneos.

r.
Para feixes heterogêneos como na TC é necessário fazer algumas aproximações

C
para satisfazer a equação de Beer-Lambert.

ha
A primeira aproximação é relativa ao espalhamento e absorção da radiação. Os
raios X podem ser atenuados pelo efeito fotoelétrico ou atenuados e espalhados

rli
pelo efeito Compton, de modo que a atenuação total passará a ser:

e
−( µ p + µc )⋅x
I = I0 ⋅ e
An
to
O efeito fotoelétrico ocorre principalmente em tecidos com alto número

ni
atômico (osso, meio de contraste) e pouco em tecidos de baixo Z. Já o efeito
Compton ocorre nos tecidos moles e diferenças de densidade resultam em

M
diferentes interações Compton.

iq
Adicionalmente, o efeito fotoelétrico depende da energia do feixe, mas para o

ue
efeito Compton esta dependência é menos predominante.

lin
Mesmo a equação acima só pode ser aplicada para feixes homogêneos.
Aquisição de Dados em TC
Pr
of
.D
Já que em feixes heterogêneos há uma variação do número de fótons ao longo do
endurecimento do feixe, é melhor trabalhar com esta quantidade do que a
intensidade.

r.
Passamos a chamar de N o número de fótons que atravessam um tecido durante

C
uma aquisição de dados (varredura):

ha
−( µ p + µc )⋅x
N = N0 ⋅ e
rli
e
An
E fazendo a consideração de que em um corte de tecido do paciente por onde
passa a radiação não é composta por uma única substância, o corte pode ser
considerado como composto por vários blocos de diferentes coeficientes de

to
atenuação.

ni
No µ1 µ2 µ3 µ4 µ5 µ6 ... µn N

M
iq
−( µ1 + µ2 + µ3 + µ4 + µ5 + ... + µ2 ) ⋅ x

ue
N = N0 ⋅ e

lin
2 - Processamento dos Dados em TC

Pr
of
O processamento dos dados é constituído essencialmente de princípios

.D
matemáticos realizados por sistemas computacionais e pode ser dividido em três
etapas.

r.
C
Pré-Processamento Construção da Armazenamento da
dos Dados Brutos Imagem Imagem

ha
Primeiro os dados brutos enviados pelo sistema de detecção são submetidos a um

rli
pré-processamento, no qual são feitas correções e reformatação nos dados

e
recebidos. Este pré-processamento é necessário para facilitar e dar velocidade ao

An
próximo passo.
Na etapa de construção da imagem os dados das atenuações passam pelo

to
algoritmo que irá construir a imagem digital que será caracterizada pelos

ni
chamados números TC ou números Hounsfield.
A conversão das leituras de atenuação em uma imagem de TC é um processo

M
obtido através de procedimentos matemáticos chamados de técnicas de

iq
reconstrução ou algoritmos de reconstrução. As mais comuns são a retroprojeção

ue
simples, método iterativo e método analítico.
O passo final é o armazenamento da imagem digital construída na memória ou

lin
em disco.
Processamento dos Dados em TC

Pr
Números TC

of
Na imagem digital construída, cada pixel terá um valor chamado número TC. Ele

.D
está relacionado ao coeficiente de atenuação linear dos tecidos que compõe um
corte.

r.
Leitura de Coeficientes de Atenuação Linear de
Número TC
atenuação várias partes do corpo*

C
Tecidos µ (cm-1)

ha
Ossos 0,528
Sangue 0,208

rli
Matéria Cinzenta 0,212
Resultado Construção Imagem

e
Matéria Branca 0,213
da varredura da imagem Digital Fluido Cérebro
0,207
Espinhal

An
⎛ µtecido − µágua ⎞
Água 0,206

TC = ⎜ ⋅K
Gordura 0,185

to
⎝ µágua ⎠
Ar 0,0004

ni
* para 60 keV

K é o fator de contraste ou de escala. No primeiro equipamento da EMI seu valor

M
era 500 o que significava que cada número CT correspondia a 0,2% do total da
escala. Neste caso a escala era conhecida como escala EMI.

iq
ue
Mais tarde a constante foi dobrada e com o valor de K sendo 1000 a escala ficou
conhecida como escala Hounsfield (Hu). Com esta escala cada número TC passa a

lin
corresponder a 0,1% da escala, o que significa ficar mais próximo das variações
dos valores de µ.
Processamento dos Dados em TC

Pr
Números TC

of
Já que foi estabelecido com base na atenuação da água, o número TC da água será sempre zero, não

.D
importando a escala. Atualmente a escala varia de de -1000 até 3095.

O computador calcula os números TC, que podem ser mostrados como números, mas só fazem sentido

r.
quando forem convertidos para uma escala de cores.

C
ha
rli
ossos/calcificação

e
An
sangue congelado

to
ni
matéria cinzenta

M
matéria branca

iq
sangue

ue
água

lin
gordura

ar
Processamento dos Dados em TC

Pr
TC e Dependência da Energia

of
.D
O coeficiente de atenuação linear é afetado por vários fatores incluindo a energia da
radiação incidente.

r.
Por exemplo o µ da água em 60, 84 e 122 keV são 0.286, 0.180 e 0.166
respectivamente. Isto mostra claramente que o µ é afetado pela variação da energia

C
do feixe, o que por sua vez também afeta os valores dos números TC por que são

ha( )
calculados com base na já vista equação de Beer-Lambert.

rli
I0
ln I = ∫ µ (E, x) ⋅ dx

e
An
No equipamento TC original, os números TC eram calculados com base em 73 keV,

to
que é a energia efetiva de um feixe de 230 kVp após atravessar 27 cm de água.

ni
Em TC alta energia é utilizada (em torno de 120 keV) para reduzir a dependência
do µ com a energia dos fótons, para reduzir o contraste entre osso e tecidos moles e

M
para se obter um alto fluxo de radiação nos detetores.

iq
Estes fatores são importantes para garantir uma excelente resposta nos detetores,

ue
reduzindo artefatos causados pelas mudanças de espessura no crânio que podem
esconder pequenas mudanças nos µ dos tecidos moles e minimizar artefatos

lin
resultantes do endurecimento do feixe.
Visualização da Imagem em TC

Pr
of
.D
A terceira e final etapa da TC envolve a visualização, armazenamento e
documentação.

r.
Depois de construída a imagem digital na sua representação numérica precisa de
uma conversão para um mapa de cores para que possa ser visualizada e ter

C
significado para o observador.

ha
O mais comum em imagens médicas é a utilização de um mapa de cores em tons de

rli
cinza. Em termos de visualização da imagem digital e manipulação de sua escala
de cores o mais comum é a utilização de monitores especiais (que possam ter sua

e
qualidade controlada) para garantir a qualidade do diagnóstico.

An
A resolução é um importante parâmetro no monitor e esta relacionado ao tamanho
da matriz de pixels ou tamanho máximo da matriz que pode ser visualizada neste

to
monitor. Hoje os monitores tem capacidades de mostrar matrizes de até 4096 x

ni
4096.

M
A faixa de números TC utilizada para mostrar uma imagem em TC é chamado de
largura da janela ou WW (ex: -1000 a 1000 total de 2000 números) e o centro desta

iq
janela é chamado de nível da janela ou WL. Estes parâmetros de visualização

ue
podem ser modificados no console de processamento das imagens do
equipamento.

lin
Visualização da Imagem em TC

Pr
of
.D
Com uma WW de 2000 e um WL em 0, toda a escala de tons de cinza é mostrada no
monitor e a capacidade de perceber pequenas diferenças de atenuação no tecido
mole não será possível, já que os olhos humanos podem perceber até cerca de 40

r.
diferentes tons de cinza.

C
O processo de modificação da relação entre os números TC e escala de tons de cinza

ha
é chamada janelamento.

rli
e
An
to
ni
M
iq
ue
lin
Visualização da Imagem em TC

Pr
of
.D
O formato da imagem em TC é escolhido pelo operador antes do exame e depende da
anatomia do estudo a ser realizado. O operador seleciona o campo de visão (FOV) ou

r.
circulo de reconstrução, que é a região circular na qual o as medidas de transmissão
serão gravadas durante a varredura. Esta região é conhecida como scan FOV, FOV de

C
varredura, SFOV ou simplesmente FOV.

ha
Durante a coleta de dados e construção da imagem, a matriz é colocada sobre o FOV

rli
para cobrir o corte a ser feita a imagem.

e
Como o corte a ser coletado os dados possui uma dimensão de profundidade , os

An
pixels passam a ser um voxel ou elemento de volume. A radiação passa então por cada
voxel e o numero TC é então gerado para cada pixel mostrado na imagem.

to
O display FOV, DFOV ou FOV de visualização pode ser igual ou menor do que o scan

ni
FOV. O DFOV corresponde a região do SFOV que será utilizada na construção da
imagem, relacionada com o tamanho do pixel e da matriz escolhidas.

M
O tamanho do pixel pode ser calculado a partir do SFOV:

iq
Tamanho do pixel (d) = SFOV/tamanho da matriz

ue
Para um SFOV de 25 cm e uma matriz de 512 x 512, d = 0,5 mm.

lin
Visualização da Imagem em TC

Pr
of
Os tamanhos de pixel podem variar entre 0,1 e 10 mm e a espessura do voxel entre 1 e

.D
10 mm, relacionada também a espessura do corte.

r.
Cada pixel em TC pode ser visualizado com qualquer um dos valores da escala de
tons de cinza escolhidas. As imagens podem possuir desde 256 (28), 512 (29), 1024 (210),

C
2048 (211) ou até 4096 (212) tons de cinza.

ha
Por estes números serem representados como bits, a imagem em TC pode ser

rli
caracterizada pelo número de bits por pixel, então a imagem em TC pode ter 8, 9, 10,
11 ou até 12 bits por pixel. Este parâmetro é muitas vezes chamado de profundidade

e
de bits.

An
Os monitores para visualização desta imagens devem possui esta mesma capacidade
de reprodução dos tons de cinza por pixel.

to
1 bit (21) 2 bits (22) 3 bits (23) 4 bits (24)

ni
M
iq
ue
lin
Considerações Tecnológicas

Pr
of
.D
Produzir imagens de alta
qualidade, com a menor
quantidade de dose de radiação

r.
possível e o mínimo de desconforto

C
para o paciente.

ha
Estas condições somente serão
atingidas dependendo das

rli
tecnologias utilizadas no sistema

e
de TC, o que influenciará na

An
performance deste equipamento.
Ao conjunto destas tecnologias
alguns autores dão o nome de

to
design.

ni
A tecnologia por trás do

M
equipamento de TC envolve um
grande número de subsistemas. O

iq
entendimento de seus principais

ue
subsistemas é necessário para se
extrair o melhor da máquina.

lin
Fluxo de dados no equipamento

Pr
of
Os subsistemas mencionados incluem o tubo de raios X, a fonte de energia, o sistema
de refrigeração, a geometria do feixe, os detetores, a eletrônica dos detetores, pré-

.D
processadores, computador principal com acesso rápido de memória, processadores
matriciais de alta velocidade, processadores de imagens, armazenamento, monitor e

r.
sistemas de controle.

C
O fluxo de dados pode ser sintetizado abaixo.

ha
O tubo de raios

rli
Os feixes transmitidos e
Ajuste dos X gira em torno de referência são Amplificação

e
parâmetros de do paciente para convertidos em sinais de logarítmica
varredura a coleta dos corrente elétrica

An
dados brutos

to
Os dados brutos Pré-processamento dos

ni
A convolução é reformatados são dados, incluindo
realizada nos dados corrigidos por subtração dos valores

M
softwares no de referencia dos
computador detetores

iq
ue
O algoritmo de reconstrução de
A imagem é visualizada e
retro-projeção constrói a imagem

lin
armazenada
das estruturas internas
Sequência de Eventos

Pr
of
.D
1. O tubo de raios X (e os detetores no caso do sistema ser acoplado) gira em
torno do paciente que foi posicionado na abertura do gantry para a

r.
realização do exame. Esta etapa é caracterizada pela geometria do feixe e o

C
método de varredura e envolve a passagem de raios X através do paciente.

ha
Os raios X são extremamente colimados por colimadores pré-pacientes.

rli
2. Parte da radiação é atenuada e parte passa através do paciente. Os fótons
(feixe de referência) na saída do tubo dão medidos pelo detetor de referência

e
e os fótons transmitidos (feixe transmitido) através do paciente são medidos

An
pelos detetores acoplados ao movimento do tubo de raios X.

to
3. O feixe transmitido e o feixe de referência são convertidos em sinais elétricos

ni
e amplificados por circuitos especiais. Após isto a amplificação logarítmica é
feita, na qual as leituras de transmissões relativas são calculadas.

M
iq
4. Antes de ser enviados ao computador os dados até então analógico são
convertidos para a forma digital pelo CAD.

ue
lin
Sequência de Eventos

Pr
of
.D
5. O processamento dos dados é iniciado, os dados passam por um pré-

r.
processamento que inclui correções e reformatações. Algumas destas

C
correções incluem a subtração do sinal de atenuação do ar (gantry vazio)

ha
para normalizar os dados de atenuação (controle de qualidade dos
detetores). Após isto os dados são considerados dados brutos reformatados.

rli
e
6. A convolução é realizada nos dados por processadores matriciais.

An
7. O algoritmo de reconstrução de retro-projeção utiliza os dados convoluídos
para a construção da imagem das estruturas internas que foram examinadas.

to
ni
8. A imagem construída pode ser visualizada, gravada ou impressa.
9. Os processadores dedicados para as imagens já construídas permitem que o

M
operador execute várias modificações nestas imagens, como o janelamento.

iq
ue
lin
Vantagens da TC

Pr
of
A principal vantagem da TC reside no fato de ter superado as limitações da radiologia

.D
convencional e da tomografia geométrica. Quando comparadas com estes métodos a
TC oferece as seguintes vantagens:

r.
1. Excelente resolução de baixo contraste devido ao feixe altamente colimado ser

C
utilizado para fazer a imagem de uma seção do paciente e pelo fato de detetores

ha
especiais serem utilizados na medida da radiação transmitida.
2. Pela alteração dos valores de WW e WL no janelamento a escala de contraste da

rli
imagem pode ser modificada para satisfazer as necessidades do radiologista.

e
3. Com a aquisição helicoidal é possível adquirir os dados necessários em uma

An
única respiração, melhorando a qualidade das imagens 3D, reformatações
multiplanares (MIP) e outras aplicações como a produção de imagens

to
contínuas, Angio TC e Endoscopia com TC.

ni
4. Novas tecnologias em TC melhoram a modalidade como TC quantitativa
(densitometria óssea), TC dinâmico (estudos fisiológicos), TC de perfusão e TC

M
de alta resolução. A TC pode ser utilizada para colaborar no planejamento

iq
radioterápico.

ue
5. Devido a natureza digital da TC, todos os processamentos digitais podem ser
utilizados, pré, durante e pós construção da imagem.

lin
Desvantagens da TC

Pr
of
.D
A tomografia também possui desvantagens, quando comparada a radiologia

r.
convencional e a tomografia geométrica:

C
1. A resolução espacial é menor que em outros métodos.

ha
2. A dose é em geral muitas vezes superior para mesmas regiões

rli
anatômicas.

e
3. Dificuldade de produzir imagens de qualidade me certas regiões

An
anatômicas rodeadas por grandes quantidades de ossos, tais como a
fossa posterior, coluna, pituitária e espaço intrapetroso.

to
ni
4. A presença de objetos metálicos no paciente produz artefatos do tipo
estrela nas imagens.

M
Todos estas limitações tem estudos em curso a fim de diminuir ou retirá-las

iq
por completo do método.

ue
lin

Você também pode gostar