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Recursos eletrotermoterapêuticos utilizados na limpeza de pele


facial
Itamê Fernandes Barros¹
itamebarros@hotmail.com
Dayana Priscila Maia Meija²
Pós-graduação em Fisioterapia Dermato-Funcional – Faculdade Cambury.

Resumo

Atualmente homens e mulheres desejam está com a pele do rosto com aspecto cutâneo
saudável, limpo e uniforme. Diariamente o rosto está mais exposto que outras partes do
corpo à fumaça, poeira, vento e sujeira do ar. A limpeza de pele facial (LPF) é uma
técnica com a finalidade de afinar a camada superficial da pele, remover as células
mortas, remover os cravos abertos ou fechados e uniformizar o aspecto da pele. Este
trabalho está baseado nos livros, nas publicações e produções científicas em bancos de
dados oficiais, como Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), MEDLINE, SciELO, onde se
propôs verificar por meio de uma revisão bibliográfica quais os recursos
eletrotermoterapêuticos utilizados na LFP. Percebemos que a limpeza de pele facial
tem vários recursos e benéficios com evidência científica e eficácia clínica comprovada
nos diversos tratamentos estéticos, onde o rosto requer de cuidados cotidianos, uso
diário de protetor solar e pós porcedimentos para um resultado prolongado. No
entanto, devem-se atentar para a sua aplicabilidade e para a escolha do profissional
especializado em Fisioterapia Dermato Funcional que irá realizar o procedimento ,
uma vez que, se não aplicado de maneira correta para cada tipo cutâneo, os efeito pode
ser reverso, trazendo assim, maiores transtornos para a pele.

Palavra-chave: Limpeza de pele; Renovação celular; Recursos eletrotermoterapêuticos.

1. Introdução

Atualmente homens e mulheres desejem está com a pele do rosto com aspecto cutâneo
saudável, limpo e uniforme. Diariamente o rosto está mais exposto que outras partes do
corpo à fumaça, poeira, vento, sujeira do ar. A limpeza de pele facial (LPF) é uma
técnica com a finalidade de afinar a camada superficial da pele, remover as células
mortas, remover os cravos abertos ou fechados e uniformizar o aspecto da pele.
O sistema tegumentar é formado pela pele e tela subcutânea e os anexos da pele. O
tegumento cobre todo o corpo e é contituído por uma porção epitelial, a epideme, tela
subcutânea, e uma porção conjuntiva, a derme. Logo abaixo e em continuação com a
derme está disposta a hipoderme ou tela subcutâena, embora tenha a mesma orgem
morfologica da derme não faz parte da pele, a qual é formada apenas por duas camadas.
A hipoderme serve de suporte e união da derme com os órgãos subjacentes, além de
permitir à pele uma amplitude de movimento.
A pele ou membrana cutânea cobre a superficie do corpo e constitui 15% do peso
corporal de um pessoa, é o órgão que reveste os músculos, onde tem por finalidade de
1-
Pós-graduanda em Fisioterapia Dermato-Funcional.
2-
Professora-orientadora, Especialista em Metodologia do Ensino Superior e Mestre em bioética e direito
em saúde.
2

proteção da perda execessiva de água, do atrito e dos raios ultravioletas do sol, ou seja
ela está exposta ao meio ambiente, apresentando alterações onde tem a capacidade de
renovação e de reparação. Um pedaço de pele com aproxiadamente 3 cm de diamentro
contém mais 3 milhões de células, entre 100 e 340 gândulas sudoríparas, 50 terminações
nervosas e 90 cm de vasos sanguíneos. Acredita-se que existam em torno de 50
receptores por 100 milímetros quadrados, num total de 640.000 receptores sensoriais.
Esse número de fibras sensoriais que tem origem na pele que entram na médula espinhal
por via postriores é superir a meio milhão, onde com essas estruturas diminuiem ao
longo da vida (AZULAY E AZULAY, 2006; GUIRRO e GUIRRO, 2006).
Pereira et al (2008), relata que a pele possuir uma cobertura impermeável resistente e
flexivél do corpo que são fixa as membranas de revestimentos, constitui o mais extenso
órgão sensorial do corpo, possuindo uma infinidades de terminações nervosas que
proporcinam sensibilidade ao tato, alterações da temperatura e estímulo dolorosos. O
seu teor de água é de 70% do peso da pele livre do tecido adiposo, contendo 20% total
de água do organismo.
Portanto, a pele tem um sistema mas sensivél, o primeiro meio de comunicação e
sistema eficiente de proteção, tão eficaz entre outras funções como: bases dos receptores
sensoriais, localização do sentido do alto, fonte organizadora de sensações, barreira
entre o meio ambiente, fonte imunológica de hormônios para diferenciação de células
protetoras, proteção contra os efeitos da radiação, traumas mecânicos e elétricos,
regulação de pressão e do fluxo sanguíneo e linfáticos, regulação de temperatura,
metabolismo e armazenamento de gorduras, reservatório de alimento e água, importante
na respiração, sintetiza compostos importantes como vitamina D, barreira contra
microorganismo. A cor da pele é constituida pela presença de pigmentos chamanda
melenina, é a mais importantes dos pigmento, onde tem caracterítica escura produzidos
pelos melanócitos, que migram para epiderme e transferem o pigmento às células da
camada germinativa (GUIRRO e GUIRRO, 2006).
De acordo com Rodrigo Jahara Apud Borges (2010), a pele é um sistema de órgãos do
corpo que possue 3,5 kg de seu peso e mede cerca de 1,5 a 2 m² em um adulto jovem,
sua formação possui três camadas distintas: epiderme (mais surpefial), derme
(intermediária), hipoderme ou tela subcutânea (mais profunda).

Fonte: Borges, 2010


Figura 1: divisão da camada da pele.
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2. Estrutura da pele: Epiderme

É a camada mais externa da pele, aquela que você pode ver a olho nu. A principal
função da epiderme é formar uma barreira protetora do corpo, protegendo contra danos
externos e dificultando a saída de água do organismo e a entrada de substâncias e de
micróbios no organismo. Na epiderme estão os melanócitos, as células que produzem
melanina, o pigmento que dá cor à pele. É formada por um epitélio estratificado
queratinizado. A camada mais profunda da epiderme é constituída de células epiteliais
que se proliferam continuamente para que seja mantido o número de células, onde não
há vasos sanguíneos. Para que seja nutrida e tenha um aporte sanguíneo os capilares da
derme dão esse suporte para epiderme atráves de difusão dos leitos capilares, esse
método é suficiente para as células mais próximas da derme, mas à medida que as
células vão se dividindo, são empurradas para superfície e ficam longe de fonte de
alimento onde morrem, consequentemente são substituidas por queratina, formando
assim uma camada típica e mais externa da epiderme. A expessura da epiderme é muito
delgada, diferenciando em algumas partes do corpo como nas palmas das mãos e plantas
dos pés, aréas sujeitas a constante pressão e fricção (GUIRRO e GUIRRO, 2006).
Nessa camada epidérmica também origina os anexos da pele: unhas, pelos, glândulas
sudoríparas e glândulas sebáceas .
A pele é composta de três grandes camadas de tecidos, subdivididas em camada
superior (epiderme), intermediária (derme ou cório) e camada profunda (hipoderme ou
tecido celular subcutâneo, sendo a epiderme subdividida em cinco camadas: Estrato
córneo, Estrato lúcido, Estrato granuloso, Estrato espinhoso ou malpighiano, e o Estrato
germinativo ou basal. A epiderme é uma camada avascular da pele e mais externa do
corpo, está separada da derme por sua última camada, a membrana basal ou
germinativa, apoiada sobre as papilas dérmicas, é composta por um epitélio escamoso
estratificado queratinizado. Contém quatro tipos principais de células: queratinócitos,
melanócitos, células de Langerhans e células de Merkel. Cerca de 90% das células
epidérmicas são queratinócitos (keratino = córneo +kytas = células), que são
organizadas em 4 ou 5 estratos e produzem queratina, onde é uma proteína forte e
fibrosa que ajuda a proteger a pele e os tecido adjacentes do abrasão, do calor, de
micróbios e substâncias químicas. Os queratinócitos também produzem grânulos
lamelares, os quais liberam um selante à prova d’agua. Os melanócitos produzem
melanina, suas projeções são alongadas e finas estendendo-se no trajeto do
queratinócitos e transferem grânulos vermelhos ou amorrons, que contribui para a cor
da pele com a função de absorver o raio ultravioleta (UV) ( SILVA , 2009 in Tortora,
2006). As células de langerhans participam das respostas imunes preparadas contra
micróbios que invadem a pele. As células de merkel está em contato com a base chata
de um neurônio sensorial, chamando de disco tátil de merkel onde detectam as
sensações do tato. A epiderme contém quatro estratos: estrato basal é o estrato mais
profundo, composto por uma camada de queratinócitos cuboides ou colunares. Acima
do estrato basal encontra-se o estrato espinhoso, onde 8 a 10 estratos de queratinócitos
se encaixam paralelamente, fornecendo força e flexibilidade para pele. As células que se
projetam as superfícies torna-se mais achatados. Na parte média a epiderme localiza-se
o estrato granuloso que formam 3 a 5 estratos de queratinócitos achatados que são
programados a fazer apoptose, ou seja, morte celular geneticamente programada, os
núcleos se fragmentam antes que as células morram. Uma característica desse estrato é a
presença de queratina, que por sua vez também estão presente nos grânulos lamelares,
os quais liberam secreção lipídica atuando como selante a prova de d’água. O estrato
lúcido está presente em três partes: nas pontas dos dedos, palmas das mãos e dos pés,
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com característica grosseira nessas áreas. O estrato córneo é o superficial, suas camadas
múltiplas de células mortas são formadas por 25 a 30 estratos de queratinócitos
achatados. Tem função de proteger os estratos mais profundos contra lesões e micro-
organismos invasores (TORTORA, 2006).

Fonte: Junqueira e Caneiro, 2008


Figura 2: Mostra o corte da pele espessa, (B) estrato basal, espinhoso (E), granuloso (G) e córneo (C)

2.1 Derme

É a camada intermediária da pele, formada por fibras de colágeno, elastina e gel


coloidal, que (conferem) dão tonicidade, elasticidade e equilíbrio à pele, e por grande
quantidade de vasos sanguíneos e terminações nervosas. Essas terminações nervosas
recebem os estímulos do meio ambiente e os transmitem ao cérebro, através dos nervos.
Estes estímulos são traduzidos em sensações, como dor, frio, calor, pressão, vibração,
cócegas e prazer. É na derme que estão localizados os folículos pilosos, os nervos
sensitivos, as glândulas sebáceas, responsáveis pela produção de sebo, e as glândulas
sudoríparas, responsáveis pelo suor.
A derme apresenta uma variação considerável de espessura medindo no máximo 3 cm
nas plantas dos pés. É formada por uma camada espessa de tecido conjuntivo frouxo
sobre o qual esta conectada a epiderme, prendendo uma camada à outra. Situam-se
fibras elásticas, reticulares, bem como muitas fibras colágenas, ela é suprida por vasos
sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. Também contém glândulas especializadas e
órgãos do sentindo (GUIRRO e GUIRRO, 2006).
Pelos, glândulas sebáceas ou sudoríparas e unhas são as estruturas anexas a pele. São
derivadas da epiderme, mas acham-se imersas na derme. Além disso, há diversos tipos
de receptores nervosos, que fazem da pele um órgão sensorial. Os pelos são estruturas
delgadas, feitos de ceratina que se desenvolvem a partir de uma invaginação da
epiderme. As glândulas sebáceas são encontradas praticamente no corpo todo,
desembocam na porção terminal dos folículos piloso, exceto em lábios e genitais, onde
se abrem diretamente na superfície. Sua secreção é uma mistura complexa de lipídeos
que deixam a pele oleosa. As glândulas sudoríparas são encontradas em todo o corpo,
com exceção da glande e lábios, são estruturas tubulares simples, formando um
enovelado com 0,4 mm imerso na derme. Sua secreção é o suor, fluido que contém
água, sódio, potássio, cloretos, ureia e ácido, possuir um a solução aquosa, hipotônica,
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com pH neutro ou ácido. Além da função excretora, as glândulas sudoríparas regulam a


temperatura pelo resfriamento resultante da evaporação do suor úrico (RODRIGO
JAHARA Apoud BORGES, 2010, JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2008).
Para Guirro e Guirro, (2006), constitui-se da camada papilar, a mais superficial, e a
camada reticular, a mais profunda. Onde a camada papilar é formada de tecido
conjuntivo frouxo, possuindo uma saliência que acompanham as reentrâncias
correspondentes da epiderme. A função das papilas é aumentar a zona de contato entre a
derme-epiderme, trazendo maior resistência à pele. Nas alas capilares contém receptores
sensoriais responsáveis por sensação como pressão e mudanças de temperatura. A
camada reticular é mais espessa, onde apresenta tecido conjuntivo denso, o arranjo de
rede é formada por feixes de fibras colágenas, seus feixes compõem fibras elásticas,
responsáveis pelas características elásticas de pele. Apresenta grupos capilares que se
estende em alças para dentro do tecido conjuntivo, que se projeta para dentro da
epiderme, fornecendo sua nutrição e atuando na regulação térmica.

Fonte: Borges, 2010


Figura 3: divisões da derme.

2.2 Hipoderme ou tela subcutânea

É a terceira e última camada da pele, formada basicamente por células de gordura.


Sendo assim, sua espessura é bastante variável, conforme a constituição física de cada
pessoa. Ela apóia e une a epiderme e a derme ao resto do seu corpo. Além disso, a
hipoderme mantém a temperatura do seu corpo e acumula energia para o desempenho
das funções biológicas.
È a camada mais profunda, porém não faz parte das camadas da pele, todavia é
importante, pois fixa a pele às estruturas subjacentes, sendo conhecida como tela
subcutânea ou fáscia superficial. É formada por tecido conjuntivo frouxo ou adiposo ao
denso nas várias localizações e nos diferentes indivíduos. A hipoderme conecta
frouxamente a pele e as fáscia dos músculos subjacentes, constitui-se de células
adiposas e põem-se de isolante térmico, cuja atividade é basicamente amortizar traumas
físicos ou mecânicos e atuar como reservatório de gordura (função energética)
(GUIRRO; GUIRRO, 2006; SAMPAIO; RIVIT, 2000).

2.3 Função da pele

A pele tem como principal função a proteção, que é exercida das mais diversas maneiras
contra as agressões do meio exterior. Tem uma resistência relativa aos agentes
mecânicos, por sua capacidade moldável e elástica (fibras colágenas, elásticas e
hipoderme). No sentido físico, essa proteção se faz pela capacidade de, através de seu
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sistema melânico, impedir e absorver as radiações ultravioletas e, até mesmo, ionizantes


(parcialmente) (AZULAY; AZULAY; 2006).
Silva (2009), relata que pele também possui função de regulação da temperatura
corporal, onde contribui para a regulação homeostática da temperatura corporal,
liberando o suor em sua superfície e ajustando o fluxo sanguíneo da derme. Os lipídios
liberados pelos grânulos lamelares retardam a evaporação da água da superfície da pele,
protegendo assim, o corpo da desidratação. O sebo impede os pêlos de ressecarem e
contém substâncias bactericidas que eliminam as bactérias das superfícies.

3. Classificação dos fototipos de pele de acordo com Fitzpatrick.

Mota, 2006 in Fitzpatrick e Mosher (1983) classificam a cor natural da pele como: I)
constitutiva, isto é, controlada por fatores genéticos que atuam em todas as etapas da
melanogênese e fornecem características específicas aos melanossomas através dos
genes de pigmentação, ou então II) facultativa, dependendo da exposição ao sol,
processo de envelhecimento e influências hormonais. Assim, dois componentes de
pigmentação constituem a cor da pele. A cor constitutiva da pele é a melanina básica
herdada geneticamente e sem interferência da radiação solar e, portanto, constante. A
síntese deste tipo de pigmentação é controlada pela tirosinase. A cor facultativa da pele
é reversível e pode ser induzida. Resulta da exposição solar, pode ser por bronzeamento
imediato ou tardio e inclusive pode alterar a cor constitutiva da pele. A mais famosa
classificação dos fototipos cutâneos é a escala Fitzpatrick, criada em 1976 pelo
dermatologista e diretor do departamento de Dermatologia da Escola de Medicina de
Harvard, Thomas B. Fitzpatrick. Fitzpatrick classificou a pele em fototipos a partir da
capacidade de cada pessoa em se bronzear sob exposição solar e sua sensibilidade e
tendência a ficar vermelhas sob os raios solares. Fitzpatrick elaborou sua escala a partir
de visualizações empíricas. Ele classificou a pele de cada um como sendo
potencialmente de uma das seis classificações listadas a seguir (grupo, eritema,
pigmentação e sensibilidade ao Sol). A esse respeito, autores explicam que fatores
internos e externos ao corpo controlam a produção de melanina, sendo que as forças de
inibição e de estimulação atuam constantemente. Dois componentes de pigmentação da
pele contribuem com a coloração que a pele irá adquirir. Inicialmente, a cor constitutiva
da pele é a melanina básica herdada geneticamente, sem nenhum efeito de radiação
solar. A síntese desse tipo de pigmentação é controlada pelas proteínas gene tirosinase,
que regulam o tipo de melanina sintetizada. Em segundo lugar, a cor facultativa da pele
é aquela que sepode induzir, resulta da exposição solar e inclui o bronzeamento
imediato e o bronzeamento tardio. Essa cor facultativa é reversível e diminui até o nível
da cor constitutiva da pele (MOTA, 2006 in BOISSY , 2003).

Grupo Eritema Pigmentação Sensibilidade

I Branca Sempre Nunca Muito sensivel


II Branca Sempre Às vezes Sensivel
III Morena clara Moderado Moderado Normal
IV Morena moderada Pouco Sempre Normal
V Morena escura Raro Sempre Pouco sensivel
VI Negra Nunca Pele muito piguimentada Insensivel
Tabela 1:Classificação dos tipos de pele, baseada na exposição solar entre 45 à 60 min.
Fonte: Jordão, 2012.
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Fonte: Revista Cosmetics & Toiletries, Fotoproteção, Nov./dez. 2002.


Figura 4: Fototipos de pele de acordo com Fitzpatrick

3.1 Tipos de pele

A pele varia de pessoa para pessoa, assim convencionou-se dividi-las em: Normal ou
eudérmica: pele ideal, secreções equilibradas. Pele lipídica ou oleosa: espessura
aumentada, pH ácido, aspecto oleoso e com brilho intenso. Pele seca ou alípica:
secreção sebácea insuficiente, pessoas de pele muito clara, fina e sensível, frágil e
facilmente irritável. Pele mista: pele oleosa na zona T, restante aspecto ressecado.
(RIBEIRO; 2006).
Para Steiner (2012), pele normal é considerada pele ideal, apresenta espessura mediana,
secreção sebácea equilibrada, cor tendendo para o róseo, tônus e elasticidade uniformes,
superfície lisa e aveludada, brilho normal e poros não perceptíveis. Pele oleosa possuem
espessura aumentada, engrossada e com acentuação dos sulcos de expressão, a pele
oleosa se caracteriza pela produção excessiva de óleo, que lhe confere maior brilho e a
provoca abertura dos poros, principalmente na zona T ou central (testa, nariz e queijo).
Em geral, ela é bem resistente, tolerando melhor as agressões e envelhecendo
lentamente, em alguns casos, é desidratada (pouca água), são mais suscetíveis à
seborreia. Pele seca apresenta pouca produção sebácea, é opaca, sem brilho e
desidratada. A falta água da pele seca se intensifica pela falta de óleo, que tem a
propriedade de evitar a sua evaporação. Sua espessura é bem fina, os poros diminuídos,
o aspecto descamativo. Sendo pouco elástica, mostram-se finas rugas e com tendência
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ao envelhecimento precoce. Pele mista é um tipo de pele muito comum, sua zona T ou
central tem características de pele oleosa e as partes laterais, de pele seca. Pele sensível
constituem-se de pele fina, seca, avermelhada e sensível, reagindo mais rápidos aos
cosmecêuticos, apresenta vasos dilatados em geral na superfície, chamados de
telangectasia.

4. Metodologia

Este estudo é uma revisão bibliográfica que buscou nas publicações e produções
científicas em bancos de dados oficiais, como Biblioteca Virtual em Saúde (BVS),
MEDLINE, SciELO entre os anos de 2000 a 2014, temas que abordassem sobre a
anátomo-fisiologia da pele, produtos disponíveis no mercado e principalmente, os
recursos eletrotermoterapêuticos utilizados no procedimento de limpeza facial profunda
(LFP). Após o levantamento destes artigos, foi realizada nos meses de janeiro e
fevereiro, a análise de títulos e resumos para obtenção de informações potencialmente
relevantes para esta revisão, usando como descritores: limpeza de pele, renovação
celular, recursos eletrotermoterapêuticos.

5. Resultados e Discussão

A limpeza de pele facial é um procedimento no qual necessita de amplos conhecimentos


específicos como anatómo-fisiologia da pele, funções dos cosmecêuticos e seus
principios ativos, para realizar tal técnica, é importante realizar uma anamnse detalhada
para estabelecer os tipos cutâneos e sua adequação os dermocosméticos. É de extrema
importância dominar a técnica de extração das lesões (comedões, pústulas e milius).
Estabelecida essas condições, pode trabalhar a pele do paciente com segurança e perícia
necessárias, acabando com o mito de que limpeza estraga a pele e provoca cicatrizes.
Contudo, o profissional está apto proceder o passo à passo e dar sequência ao
tratamento procedendo com a: 1- assepsia ou higienização com um sabonete glico-ativo
para processo de remoção da oleosidade excessiva e impurezas, 2- esfoliaçãocom um
esfoliante físico para processo de retirada de células mortas com intuito de afinar o
estrato córneo aumentando e o poder de permeação dos ativos, 3--emoliência com a
aplicação de produtos com a base de trietalonolina embecidos em algoodão e
vaporização de máscaras térmicas ou aparelho com vapor deixando agir por 5 mim para
dilatação dos óstios, onde tem por finalidade de facilitar a extração do comedões, 4-
extração: a extração pode ser feita manual com um estrator de cravos ou por aparelho de
sucssão, 5- tonificação: processo de remoção de resto de impurezas que não foram
totalmente removidos na higienização além de restaura o ph da pele, utiliza-se uma
água termal ou um tônico adstrigente dependendo do tipo cutâneo, 6- hidratação: em
cabine usa-se máscaras com finalidades de nutrição, hidratação e calmantes. 7-
cauterização passando por 5 mim o alta frequência ou led azul. 8- dermoproteção:
protetor solar em gel, loção ou creme, entende-se por filtros solares substâncias
químicas com propriedades de absorver, refletir e dispersar a radiação que incide sobre
a pele.
Atualmente existe uma grande preocupação dos dermatologistas e dos meios de
comunicação, principalmente na estação mais quente, que é o verão, com a fotoproteção
como prevenção do câncer de pele. Há uma importância do uso de protetores solar,
devido os riscos que os raios UVA e UVB causam à pele, principalmente para as
pessoas de pele mais clara. Ao contrário das pessoas com hiperpigmentação que não são
mencionadas para este tipo de cuidados. Protetor solar ou filtro solar tem como objetivo
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proteger a pele da radiação UV, diminuindo as chances de câncer de pele. Existem dois
tipos de protetor solar: químicos e físicos. Do ponto de vista fisiológico, os filtros
químicos agem como amelanina, absorvendo a UV. Além disso, este tipo de proteção
não interfere na produção de vitamina D e, geralmente, são resistentes à água
(STEINER, 2012, SILVA, 2009).
No Brasil, a análise de dados das campanhas de prevenção de câncer de pele,
promovidas pela Sociedade Brasileira de Dermatologia de 1999 a 2005, evidenciou
17.980 casos (8,7%) de diferentes tipos câncer de pele em meio aos 205, 869 indivíduos
examinados. A proporção de câncer nos indivíduos negros foi de 5% (1,6% nos com
pele mais escura e 3,4% nos com a pele um pouco mais clara) contra 3,2% nos amarelos
e 12,7% nos brancos. Com relação ao melanoma, a heterogeneidade dos tipos de pele da
população brasileira torna sua epidemiologia variável, de acordo com a região estudada.
Além disso, levando-se em conta grupos sociais diferentes, um estudo verificou que a
frequência de melanoma na casuística assistencial (maioria da população Brasileira é
significativamente maior em pacientes não brancos, em faixa etária mais elevada, com
percentagem alta de melanoma acrolentiginoso, enquanto na casuística da clínica
privada a doença predomina em indivíduos brancos, em faixa etária não elevada, com
pequena percentagem de melanoma acrolentiginoso. Isso sugere que a epidemiologia do
melanoma cutâneo no Brasil, em população acima de 50 anos, pode ser decorrente
da diferença racial e étnica em relação aos países de população predominante branca
(ALCHORNE; ABREU, 2008).
Dentre os equipamentos eletrotermoterapêutico está o uso do aparelho de alta
frequência que consiste em um emissor de “faíscas” eletromagnéticas, por meio
eletrodos monopolares, que são geralmente tubos ocos de vidro numa base metálica,
com ar rarefeito ou gás como neonn o seu interior. A passagem da corrente provoca uma
ionização das moléculas de gás que, sob forte impacto energético, se tornam
fluorescentes. Sua utilização tem sido realizada há anos pelos profissionais que
trabalham com tratamentos faciais e/ou tratamento de pele com fins terapêuticos como:
antisséptica, anti-inflamatório, bactericida, fungicida e germicida. Seus efeitos
fisiológicos consistem em feitos térmicos que em razão do calor gerado, consegue-se
um aumento do fluxo sanguíneo, ou seja, uma vasodilatação provocando a hiperemia e
um aumento na circulação, consequentemente a elevação do aporte de oxigênio, produz
uma melhora no trofismo. Nas afecções de pele, é utilizado como tratamento para
acelerar o processo de cicatrização de feridas cutâneas. A ozônioterapia é a técnica que
emprega ozônio como um agente terapêutico, sendo um potente oxidante, quando em
contato com fluidos orgânicos, promove a formação de moléculas reativas de oxigênio,
as quais influenciam eventos bioquímicos do metabolismo celular, o que pode
proporcionar benefícios como reparação tecidual. Alta frequência apresenta diversos
efeitos fisiológicos sobre o organismo humano e daí a sua importância como recurso
auxiliar em diversos tratamentos na estética. A atuação do alta-frequência é feita por
cinco a oito minutos, sendo que a forma de aplicação e o tipo de eletrodo a ser utilizado
variam de acordo com o tratamento a ser realizado.Os efeitos bactericida e antisséptico
do alta frequência são aproveitados durante a limpeza de pele para complementar o
quadro de descontaminação, onde são utilizados eletrodos específicos, como o standart,
que atuará nas diversas regiões da face. A sua função como vaso dilatador e
hiperemiante é aproveitada para melhorar a absorção de produtos que são aplicados
sobre a pele como nutritivos e revitalizantes. Pode ser utilizado como ionizador indireto,
onde utilizamos eletrodo "saturador" para aumentar a penetração de ampolas aquosas
inonizáveis à base de elastina, colágeno, uréia e extratos placentários através da pele. O
eletrodo "cauterizador" é um recurso que auxilia o profissional na limpeza de pele por
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atuar cauterizando as pústolas, que são removidas durante o processo das extrações. Por
ser um elemento ativador do metabolismo dos tecidos, o alta frequência é também
utilizado nos tratamentos de revitalização cutânea e na prevenção da queda dos cabelos,
onde se emprega o eletrodo em forma de "pente". Há ainda o eletrodo "saturador", que
auxilia na penetração de substâncias nutritivas. Existem, portanto, diversas indicações
terapêuticas para o uso do alta frequência: tratamento da pele acnéica; revitalização
cutânea; estimulação facial e capilar; cauterização de pústolas; bactericida e fungicida;
estimulador dos processos de circulação sanguínea (OLIVEIRA, 2011; BORGES
Apoud Borges, 2010).
Autores corroboram que a microcorrente é uma corrente de baixa intesidade com forma
de tratamento de diversas situações clinicas.É uma modalidade de terapia não invasiva
que usa corrente de baixa amperagem, em microampéres (μA) com alternância de
polaridade positiva e negativa a cada 3 segundos. Seus efeitos terapêuticos relacionam
se ao aumento do metabolismo celular, estímulo do processo de reparo e regen eração
tecidual, normalização do pH local, aumento da síntese de proteínas (colágeno e
elastina). Promove a revitalização e o rejuvenescimento da pele.
Seus efeitos terapêuticos são analgesia, aceleração do reparação tecidual, anti-
inflamatório, bactericida, edema e relaxamento muscular. Sua indicação na Fisioterapia
Dermato-Funcional, possuem papel predominante na resolução de diversas afecções da
pele. Entre elas, o pós peeling (quimicos e mecânicos), na busca uma normalização da
camada da pele que foi desbastada pela técnica abrasiva do peeling, estimulando sua
regeneração, no pós-operatório imediato de cirurgias plásticas visando à rápida
resolução do edema, do hematoma, da dor, da inflamação, e acelerar a cicatrização ,
acne, com ação inte inflamatória, bactericida e cicatrizante, na prevenção do
envelheciemento cutâneo e etc ( BORGES Apoud SANTOS 2010; OLIVEIRA, 2011 in
ROBISON; MACKLER, 2011)
E acordo com Borges (2010), a microcorrente tem por objetivo especificamente emitir
os sinais bioelétricos do corpo humano, gerando uma corrente elétrica para compensar a
bioeletricidade que está diminuída nas células lesionadas (envelhecida). Isto aumentará
a capacidade do corpo em transportar nutrientes para as células da área afetada.
Esta, então, diferencia-se das demais correntes elétricas, por ser subsensorial ou
sensorial muito baixa, com uma estimulação que não consegue atingir as fibras nervosas
sensoriais subcutâneas, proporcionando ao receptor da corrente maior conforto durante
a sua aplicação (ROBINSON e SNYDER-MACKLER, 2002). Atualmente no mercado
podemos encontrar alguns tipos de microcorrente que podem ter formas de ondas
diferentes, tais como: ondas individuais com características de pulso monofásicos
retangulares, que revertem periodicamente à polaridade. Algumas formas de
microcorrente trazem um formato de pulso com uma rampa de amplitude automática
para a série de pulsos distribuídos. Outras trazem um formato de pulso retangular
distribuído de forma monofásica (BORGES, 2010). Essa técnica produz sinais elétricos
similares ao do corpo humano. Com esta característica além de objetivar promover a
revitalização cutânea, produz um aumento da síntese de proteínas, pois favorece o
aumento da produção de ATP (Adenosina Trifosfato) em até 500%, melhorando a
elasticidade e viscosidade da pele que ocorre devido à formação de um campo
bioelétrico do corpo humano (BRAGA, 2002).
Para realização da técnica é necessário que a pele seja anteriormente higienizada e,
nos casos de peles grossas, desvitalizadas e desidratadas, é aconselhável realização de
um tratamento prévio de hidratação, a fim de melhorar a condutibilidade da corrente.
O vapor de ozônio é um equipamento de vapor de ozônio destinado à nutrição,
hidratação, emoliência e limpeza da pele. Segundo Soriano et al 2002, este aparelho
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constam basicamente de um depósito destinado a realizar a evaporação da água através


de uma resistência calefatora responsável pela ebulição. O ozônio é liberado por uma
“faísca elétrica” de baixa corrente que é disparada no vapor gerado pela ebulição da
água dentro do tanque. Sendo assim o permite ao usuário escolher vapor com ozônio ou
somente vapor. O vapor se obtém quando a água contida no depósito (tanque) alcança o
ponto de ebulição (100 C). Esse vapor em contato com a pele provoca uma sudorese que
facilita a eliminação de toxinas e a hidratação e emoliência da capa córnea, facilitando
desta maneira a extração de comedões e a penetração de produtos. O vapor também é
utilizado em procedimentos de hidratação e nutrição, e até mesmo antes da esfoliação,
pois a vasodilatação por ele provocada melhora a permeação dos ativos posteriormente
aplicados na região. Com todas essas vantagens atua também como bactericida e
fungicida, prevenindo a pele de contaminação e posterior inflamação, principalmente no
quadro acneico, em que o índice de microorganismos é mais alto. O Ozônio é gerado
através da combinação dos átomos de Oxigênio (O) extraídos das moléculas do vapor
de água (H2O) por intermédio de um centelhamento elétrico. Estes átomos são então
recombinados em moléculas de Ozônio (O3). Pode ser utilizado em todos os diferentes
tipos de pele, mas recomenda-se deixar o vapor por menos tempo em peles sensíveis. É
importante salienar algumas preocações como: observar se a pele apresenta poros
dilatados, problemas circulatórios ou se é muito sensível, casos em que deve haver
cautela na utilização do vapor. Utilizar sempre água filtrada e de qualidade. Se possível,
ferver a água anteriormente para eliminar o excesso de cloro que costuma sedimentar-se
nas paredes internas da caldeira do vapor sob a forma de pequenos cristais, pois esses
pequenos cristais podem vir a se desprender e entupir a saída do vapor. Observar, antes
de iniciar o atendimento, se o volume de água é adequado e suficiente, já que depois não
será possível adicionar mais água fria, pois a caldeira estará fervendo. Deixar uma
distância de saída do vapor até a região a ser tratada de aproximadamente 40 cm e, de
preferência em um ângulo que não incomode ou atrapalhe a respiração do cliente. Ligar
e testar o aparelho antes de direcioná-lo diretamente ao cliente. Os olhos do cliente
devem estar protegidos com algodão úmido. Não exceder o tempo de aplicação do
vapor com ozônio além de 5’, pois, apesar de o ozônio ser um gás de excelente efeito
bactericida e fungicida, seu excesso pode provocar efeitos tóxicos quando inalado por
um tempo prolongado, principalmente em gestantes. Não utilizar aparelhos de ondas-
curtas e microondas próximos ao aparelho de vapor, evitando a instabilidade que pode
haver em seu funcionamento. Os óleos essenciais para aromaterapia jamais devem ser
adicionados à água, os fabricantes oferecem diversos recursos apropriados sem
comprometer a segurança do sistema de vaporização do equipamento. E o mais
importante, optar sempre por equipamentos de fabricantes idôneos, que tenham Registro
no Ministério da Saúde.
Para Borges (2010), o desiscruste é um procedimento de ação eletroquímica que tem
como objetivo retirar o execssso de sebo das peles exageradamente seborréica e
forncecer o equilíbrio do ph da pele, onde utiliza-se os efeitos polares da corrente
galvânica. É importante salientar que a desincrustação tem efeito estético com a função
de retirar de forma suave os incrustados na superficie epidérmica, No entanto, esse
procedimento é inadequado para o tratamento de peles alípicas, pois esse tipo cutâneo
têm pouca oleosidade, embora que Borges, 2010 Apoud Silva (1998) relatam que é
extremamente necessário tal procedimento como forma de eliminação de dentritos
orgânicos e inorgânicos assimilados no nível epidérmico (vestigios de maquiagem,
sujeira atmosférica e etc) que podem impedir a penetração de ativos. Essa técnica
proporciona uma limpeza na epiderme onde facitar a permeabilização dos ativos por
iontoforese,a desincrustação pode ser caracterizada por uma assepsia efetuada atráves
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da corrente galvânica com elétrodo em forma de gancho e algoodão embecido com


substância a base de sódio como: cloreto de sódio, carbonato de sódio, salicilato de
sódio, sulfato de sódio e etc. O aparelho utilizado pode ser qualquer um que emita uma
corrente contínua direta (corrente galvânica). Utiliza-se um eletrodo em forma de
gancho ou jacaré como eletrodo ativo. O eletrodo passivo, em forma de placa de
silicones pode ser colocado sob a região escapular ou fixado no braço. De acordo com
Borges (2010), existe um conflito literário muito grande acerca da dosimetria, indica-se
o uso da intensidade compatível ao limiar de sensibilidade confortável e segura para o
paciente, pois existem diferenças tecnológicas na fabricação dos aparelhos de corrente
contínua. Quanto ao tempo de aplicação, a prática clinica mostrou que 4 a 5 minutos são
suficientes para esquadrinhar toda a face durante a realização do desincruste. O eletrodo
ativo dever ser envolvido com algodão embebido em alguma substância desincrustante,
sem que as partes metálicas entrem em contato com a pele, para que não haja
queimaduras. Deve-se movimentar o eletrodo ativo lentamente sobre a região da pele a
ser tratada, exercendo uma pressão uniforme e firme. Os movimentos devem ser
retilíneos e ordenados de maneira a esquadrinhar toda a superfície a ser tratada. A
substância desincrustante, frequentemente, apresenta sódio em sua composição (ex:
sulfato de sódio, salicilato de sódio, cloreto de sódio, carbonato de sódio, etc.). Quando
o eletrodo ativo, com o algodão embebido na substância desincrustante, toca a pele da
paciente e a corrente começa a fluir, dá-se inicio à eletrólise da substância
desincrustante, precipitando assim o sódio. Tomando-se por base esse efeito, o
desincruste pode ser realizado de duas formas. Primeiramente utilizando-se como
eletrodo positivo o polo negativo; neste caso, o sódio eletrolisado no algodão do
eletrodo ativo entra em contato com o sebo da pele e a partir do momento que o algodão
é deslizado sobre a pele seborreica, pelo fato dos íons de sódio terem polaridade
positiva, são atraídos para o pólo negativo no eletrodo ativo, fixando-se ao algodão que
envolve este eletrodo.
O peeling Ultrassônico é um procedimento de limpeza da pele, remoção de impurezas e
células mortas através do peeling ultrassônico. Possibilita aplicação de um sistema de
vibração e simultânea de terapia combinada, ou seja, a emissão do ultrassom juntamente
com a estimulação elétrica que pode ser microcorrente ou microgalvânica para
favorecer a renovação e o reequilíbrio da pele ou permear ativos ionizavéis. Ao eliminar
as capas superficiais da epidérme, estimula a remoção do tecido cutâneo, mediante a
eliminação das células mortas da pele, conseguem efeitos revitalizantes e a
micropercussão pode elevar a temperatura e melhorando a circulação sanguínea e
consequentemente a melhora da oxigenação A aplicação do peeling se dá por meio de
uma corrente ultrassônica, que ao entrar em contato com a pele promove uma limpeza
profunda e elimina as células mortas, o que promove a renovação celular e também a
produção de elastina e colágeno. A técnica é indolor e não agride tanto a pele tanto
quanto outras técnicas. Devido a isto a pele reage melhor ao tratamento, e potencializa a
ação de produtos nutritivos e hidratantes. O peeling ultrassônico age em etapas:
primeiro realiza uma higienização profunda, e depois hidrata a pele. Em seguida vem a
tonificação e a finalização do procedimento, em que o profissional aplica uma máscara
para promover o relaxamento muscular. O resultado é uma pele revitalizada e renovada,
com aparência uniforme e com menos manchas e cicatrizes de acne. Modo peeling por
ultrassom com emissão contínuo ou pulsado 50% com a ponta da espátula. Modo
ultrassom com emissão contínuo ou pulsado 50%. Sonoforese com o dorso da espátula.
Terapia combinada ultrassom de baixa frequência + eletroestimulação, com o dorso da
espátula: ultrassom + microcorrente (MENS) e Ultrassom + microgalvânica (GMES –
polaridade positiva ou negativa). A parte metálica da espátula ultrassônica atua também
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como um eletrodo, isso é permite a passagem de correntes produzidas pelo gerador do


equipamento (microcorrente MENS e mi-crogalvânica GMES) e pode atuar como
terapiacombinada com emissão simultânea de ultrassom de baixa frequência + MENS
ou emissão simultânea de ultrassom de baixa frequência + GMES (polaridade negativa
ou polaridade positiva) ou ainda pode atuar como terapia isolada emitindo somente
MENS ou somente GMES, e neste caso, basta não aumentar a intensidade do ultrassom
( BORGES, 2010).

6. Conclusão.

Sabemos que a limpeza de pele é importante para ter um aspecto saudável e jovem. Por
meio deste artigo percebemos que está sendo cada vez mais procurada por mulheres e
homens que almejam uma pele limpa, nutrida e revitalizada.
Desta forma indivíduos procuram clínicas especializadas em tratamento de pele, como
formas de cuidados pessoais, melhor aparência, tratamento de acne e elevação do alto
estima.
Todavia, é imprescindível o nível de competência do profissional teórico-prático que irá
aplicar tais procedimentos, conhecimentos esses que priorizam a anamnese dos tipos
cutâneos, dermocosméticos à serem aplicados e os principios ativos contidos nos
mesmos.
Estabelecidos todos os itens acima, podemos iniciar a limpeza de pele facial, não
esquecendo dos EPI’s (equipamento de segurança indivídual), como luvas de
procedimentos, estratores de gravos esterelizados, toucas e máscaras descatáveis e ect,
utilizar os recursos eletrotermoterapêuticos intercalados entre a higiênização, assepsia
emoliêcia, extração, tonificação, esfoliação e dermoprotreção. A dermoproteção é
conhecida por protetores solares onde fornece aos indivíduos uma proteção diária contra
as raios UVA/ UVB e ajuda a previnir queimadura, envelhecimento precose e manchas
causadas pelo sol.
Portanto, percebe-se a importância do conhecimento especifíco e a aplicabilidade de
todos os recursos utilizados na cabine do profissional Dermato Funcional na limpeza de
pele facial, onde o comprometimento com a estética e imagem pessoal de cada cliente
seja levada a sério.

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