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Projeto Educativo

2018/2020
PROJETO EDUCATIVO

ÍNDICE GERAL

1. Introdução ........................................................................................................................ 1
2. Caracterização do Meio ................................................................................................... 2
3. Identidade da Instituição................................................................................................... 4
3.1 População Escolar ............................................................................................... 4
4. Recursos .......................................................................................................................... 8
4.1 Pessoal Docente.................................................................................................. 8
4.2 Pessoal Não Docente .......................................................................................... 9
4.3 Associação de Pais e Encarregados de Educação ........................................... 10
4.4 Associação de Estudantes ................................................................................ 10
4.5 Protocolos e Parcerias ....................................................................................... 11
4.6 Recursos Materiais ............................................................................................ 12
5. Visão .............................................................................................................................. 14
6. Missão ............................................................................................................................ 15
7. Valores ........................................................................................................................... 16
8. Diagnóstico Estratégico .................................................................................................. 17
8.1 Pontos Fortes .................................................................................................... 17
8.2 Fragilidades ....................................................................................................... 18
9. Planeamento Estratégico ............................................................................................... 19
9.1 Objetivos Gerais ................................................................................................ 19
9.2 Metas ................................................................................................................. 20
10. Organização/Gestão Curricular ................................................................................. 22
Matriz Curricular do Curso Ciências e Tecnologias ................................................... 24
Matriz Curricular do Curso de Ciências Socioeconómicas ......................................... 25
Matriz Curricular do Curso de Línguas e Humanidades ............................................. 26
Matriz Curricular do Curso de Artes Visuais............................................................... 27
Matriz Curricular dos Cursos Profissionais................................................................. 28
11. Sucesso Educativo .................................................................................................... 29
12. Cultura Organizacional da Escola.............................................................................. 31
12.1 Formação de Turmas ........................................................................................ 31
12.2 Distribuição de Serviço ...................................................................................... 31
12.3 Horários ............................................................................................................. 32
12.4 Promoção do Sucesso Escolar .......................................................................... 33
12.5 Apoios Educativos e Necessidades Educativas Especiais ................................ 34
II
PROJETO EDUCATIVO

12.6 Perfil do Aluno ................................................................................................... 35


12.7 Perfil do Professor ............................................................................................. 35
12.8 Qualidade Pedagógica ...................................................................................... 36
12.9 Cursos Profissionais .......................................................................................... 38
12.10 Atividades ..................................................................................................... 39
12.11 Formação de Professores ............................................................................ 40
12.12 Avaliação ...................................................................................................... 41
12.13 Diretor de Turma .......................................................................................... 45
12.14 Educação para a Cidadania ......................................................................... 47
12.15 Projeto de Educação para a Saúde e Educação Sexual (PESES) ............... 47
12.16 Departamentos Curriculares ......................................................................... 50
12.17 Ocupação dos Tempos Escolares ................................................................ 53
12.18 Desporto Escolar .......................................................................................... 53
12.19 Tecnologias da Informação e Comunicação ................................................. 55
12.20 Orientação Escolar e Profissional ................................................................. 56
12.21 Perfil dos Assistentes Técnicos e Operacionais ........................................... 57
13. Segurança ................................................................................................................. 58
13.1 Proteção Civil..................................................................................................... 59
14. Biblioteca/Centro de Recursos .................................................................................. 61
15. Avaliação Interna /Autoavaliação da Escola .............................................................. 63
16. Avaliação do Projeto Educativo ................................................................................. 64
17. Órgãos e Estruturas Intermédias ............................................................................... 65
Anexos................................................................................................................................ 67

III
PROJETO EDUCATIVO

1. INTRODUÇÃO
A elaboração de um projeto educativo não representa um
problema ou uma solução técnica mas uma tentativa de
implicação de uma comunidade educativa: professores,
alunos, encarregados de educação... (Pacheco, 2001, p. 90)

A Escola é um organismo vivo, socialmente organizada e dinamizada por um projeto


próprio, uma entidade social complexa e de múltiplas relações interpessoais e
institucionais, cuja missão principal consiste no alcance do sucesso escolar e educativo dos
seus alunos, na formação integral do indivíduo nas suas componentes intelectual, social e
afetiva.
Na escola, a existência de um Projeto Educativo traduz-se num documento orientador
e impulsionador de toda a sua dinâmica, refletindo a sua autonomia e descentralização,
procurando transformá-la numa instituição aberta e democrática e que tem o poder de traçar
a sua identidade e o seu rumo, obedecendo apenas a diretrizes gerais do Ministério da
Educação.
O Projeto Educativo define as opções da escola quanto ao ideal da educação a
seguir, as metas, os objetivos e as finalidades a perseguir, as políticas a desenvolver. A
essência deste documento é caracterizada por um processo de desenvolvimento pessoal
dos intervenientes, sendo também um conjunto de opções pedagógicas que se traduzem em
prioridades e numa estratégia de atuação que valoriza os recursos existentes – materiais e
humanos.
O Projeto Educativo de Escola 2017-2020 atualiza o anterior Projeto Educativo,
reforçando o perfil da escola e o envolvimento e empenho da comunidade educativa num
projeto que se quer simultaneamente identitário, partilhado e plural.

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PROJETO EDUCATIVO

2. CARACTERIZAÇÃO DO MEIO
Penafiel, pertencendo ao distrito e diocese do Porto, constitui sede de Concelho e de
Comarca. A maioria das terras que a integram atualmente era pertença, no século X, da
família dos Sousões, da qual fazia parte Egas Moniz, aio de D. Afonso Henriques, cujos
restos mortais se encontram sepultados no Mosteiro de Paço de Sousa, situado no Douro
Litoral, a cerca de 32 km a Este do Porto. Antiga Vila, denominada Arrifana de Sousa, foi
elevada a cidade por D. José em 3 de março de l770, tendo-lhe sido atribuída o nome de
Penafiel.
Por todo o concelho encontramos testemunhos e marcas culturais que ligam esta
região a um passado longínquo, destacando-se os monumentos megalíticos (dólmen de
Santa Marta, menir de Luzim, etc.), o castro de Monte Mozinho, o balneário romano das
termas de São Vicente, mosteiros e casas senhoriais, a Igreja Matriz do séc. XVI, a Igreja da
Misericórdia do séc. XVIII e os Paços do Concelho.
Do património cultural do concelho fazem parte importantes festas, romarias e feiras,
o Corpo de Deus, o Carneirinho, a festa de São Bartolomeu, a Senhora da Saúde, a
romaria de São Simão, as Endoenças, as feiras de São Martinho e Agrival e, mais
recentemente, reforçando esse património, o Museu Municipal, vencedor do prémio “Melhor
Museu Português 2010” atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia.
O dinamismo cultural assume-se cada vez mais como parte integrante da cidade e do
concelho, tendo, por exemplo, a sua expressão máxima no evento “Escritaria”.
O concelho de Penafiel tem uma área de 213 km2, apresentando-se como das mais
elevadas do Vale de Sousa, formado por 38 freguesias com cerca de 72265 habitantes, de
acordo com os censos de 2011.
Este concelho estende-se entre o rio Sousa, Tâmega e Douro. Possui terrenos muito
produtivos, sendo um excelente produtor de vinhos verdes. Na parte sul, o milho e a videira
coexistem com a floresta de resinosas (e eucalipto), fonte de receita importante, hoje
bastante degradada devido a fogos que a têm destruído quase por completo. A pecuária
(carne e leite) constitui uma outra fonte de rendimento muito apreciável nas freguesias mais
rurais, onde o setor primário continua a ser predominante. É, contudo, um setor que está
em regressão, devido ao constante abandono das terras. No entanto, a pecuária continua

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PROJETO EDUCATIVO

a ter alguma importância, tendo sido por isso construído o matadouro regional do Vale de
Sousa e Baixo Tâmega com o apoio das Câmaras Municipais e da CONAGRI.
Relativamente à agricultura o mercado da fruta afirma-se como essencial para o
desenvolvimento de estruturas de comercialização de produtos hortícolas. Neste setor é de
salientar o papel da Cooperativa Agrícola de Penafiel e da Zona Agrária de Entre--Douro e
Minho que presta apoio aos agricultores. A Quinta da Aveleda é o local onde se produzem
as melhores aguardentes, queijos e vinhos verdes, conhecidos a nível nacional e
internacional.
Quanto ao setor secundário, podemos afirmar que o Vale de Sousa e Penafiel
viveram, nas últimas décadas, uma autêntica Revolução Industrial, merecendo especial
destaque a industria têxtil, com maior expressividade na freguesia de Guilhufe e na zona de
Santa Marta e a extração e transformação de granito, sobretudo nas freguesias de Rio de
Moinhos, Perozelo, Boelhe e Cabeça Santa, existindo inclusive na cidade duas zonas
industriais que permitem aumentar a sua dinâmica.
Relativamente ao setor terciário, cabe à cidade de Penafiel o papel de centro
polarizador de serviços (64,5%).
No que se refere à taxa de desemprego a Comunidade Intermunicipal Tâmega e
Sousa apresenta valores inferiores à taxa nacional (12%).

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PROJETO EDUCATIVO

3. IDENTIDADE DA INSTITUIÇÃO
A Escola Secundária de Penafiel, a primeira escola do concelho a ter uma oferta
educativa virada para o 3º ciclo do Ensino Básico e para o Ensino Secundário, nasceu de um
processo de fusão de outros contextos educativos.
Importa, pois, referir os alicerces históricos de uma escola com história e estórias de
sucesso.
Há mais de quarenta anos, começa a funcionar a escola sempre conhecida por
“Técnica”, aproximadamente no local onde hoje se encontra a Escola Secundária de
Penafiel. Devido à necessidade crescente de dotar o Concelho de Penafiel com um
estabelecimento de ensino que assegurasse a continuidade de estudos a todos os que não
pretendiam ingressar na Escola Industrial (a funcionar desde 1961 em Milhundos e que
possuía os cursos de eletricidade, mecânica, contabilidade, trabalhos manuais e formação
feminina), em 1963 essa escola passa a designar-se por Escola Comercial e Industrial de
Penafiel.
Em 1968/1969, no edifício do antigo Colégio de Nossa Senhora do Carmo, situado
no centro da cidade, na rua do Paço, entra em funcionamento a secção de Penafiel do
Liceu Alexandre Herculano do Porto. Em 1972, esta secção adquiriu o estatuto de Liceu
Nacional de Penafiel, passando a funcionar sob a direção de um Reitor, que se iria manter
em funções até 25 de abril de 1974. A coexistência das duas instituições mantém-se até 29
de setembro de 1978, anunciando-se a sua extinção na Portaria 599/78. Como refere o seu
número sete, “O antigo Liceu de Penafiel e a antiga Escola Técnica de Penafiel,
transformados em Escola Secundária por força do Decreto-lei nº80/78, de 27 de Abril, são
extintos com efeitos a partir de 1 de Outubro”. É, por força do número oito da mesma
Portaria, “criada, com efeitos a partir de 1 de Outubro de l978, a Escola Secundária de
Penafiel”.

3.1 POPULAÇÃO ESCOLAR

A Escola Secundária de Penafiel caracteriza-se pela componente humana que dela


faz parte, pela qualidade do seu desempenho e pela filosofia humanista que defende.

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Com efeito, apresentando uma oferta educativa alargada (garantia do funcionamento


de todos os cursos desde que o numero de alunos previsto por lei o permita), a sua
população escolar divide-se em dois níveis de ensino, com predominância no ensino
secundário, onde se destaca a área das Ciências e Tecnologias, distribuindo-se da seguinte
forma:

Anos Número de Alunos


7º ano 210
8º ano 207
9º ano 265
10º ano 579
11º ano 449
12º ano 465

Básico 682
Secundário 1493
Profissional 388

2017- Níveis de Ensino

15%
27%
Básico
Secundário
58% Profissional

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2017 - Ensino Básico

300 265
210 207
250

200

150 2017

100

50

0
7º ano 8º ano 9º ano

2017 - Ensino Secundário


579
600
449 465
500

400

300 2017

200

100

0
10º ano 11º ano 12º ano

A Escola proporciona aos alunos áreas de formação adequadas aos seus interesses
e motivações, objetivos e metas, sempre compatíveis com as necessidades de acesso ao
Ensino Superior ou com as saídas profissionais, promovendo uma abertura diversificada em

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cada ano escolar, considerando sempre as necessidades desta região, facilitando-lhes uma
maior acessibilidade ao mundo do trabalho.
Por outro lado, a preocupação com o crescimento individual do aluno, com a sua
formação enquanto indivíduo único e particular, é uma constante na sua política educativa.
Esta atenção, aliada à qualidade e profissionalismo dos intervenientes mais diretos da
comunidade educativa da Escola Secundária de Penafiel, permite que o aluno encare a
escola como um espaço seu, um espaço privilegiado na consolidação e/ou transmissão de
valores, atitudes e comportamentos. Um espaço onde o ambiente, o bem-estar, o equilíbrio
entre os seus direitos e deveres, enriquece o aluno enquanto pessoa, exigindo-lhe
responsabilidade, autonomia, civismo, contribuindo inequivocamente para o seu sucesso
escolar.
Finalmente, ao encarar a Associação de Pais e Encarregados de Educação, a
Associação de Estudantes, as diversas instituições sociais, recreativas, desportivas,
económicas e políticas, como parceiros de colaboração e entreajuda de inestimável valor em
todo este processo, esta instituição obtém dividendos em prol dos alunos, inatingíveis de
outra forma não fosse esta abertura a todos e para todos.

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4. RECURSOS

4.1 PESSOAL DOCENTE

O serviço docente é assegurado por 169 professores, sendo 115 do quadro de


nomeação definitiva, 16 do quadro de zona pedagógica e 38 contratados, existindo um
número significativo com mais de 30 anos de serviço. Neste âmbito, esta instituição
apresenta uma significativa estabilidade do pessoal docente (maioritariamente feminino),
com uma longa experiência profissional.

Pessoal Docente
120
100
80
60
40 Quadro ND
20 Quadro ZP
0
Com Funções Sem Funções Sem Funções Contratados
Letivas Letivas (Gestão) Letivas
Quadro ND 113 1 1
Quadro ZP 16
Contratados 38

Tempo de Serviço Docente

80
70
60
50
40
30
20
10
0
menos de 10 de 10 a 19 de 20 a 29 30 ou mais
anos anos anos anos
Tempo de Serviço 38 60 71

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Tempo de Serviço na ESP

80
60
40
20
0
menos de de 10 a 19 de 20 a 29 30 ou mais
10 anos anos anos anos
Tempo de Serviço 78 32 28 31

4.2 PESSOAL NÃO DOCENTE

O pessoal não docente subdivide-se em três categorias:

Pessoal não Docente


25
20
15
10 Quadro
5
0 Contratados
Técnico Assistente Assistente
Superior Técnico Operacional
Quadro 1 13 21
Contratados 9

Esta instituição dispõe de 30 Assistentes Operacionais, 21 do quadro e 9 contratados,


13 Assistentes Técnicos e 1 Técnico Superior. As suas habilitações literárias são bastante
diversificadas, indo desde o 1º ciclo até ao ensino superior.
A faixa etária do pessoal não docente situa-se entre os 30 e 60 anos, sendo
maioritariamente do sexo feminino e com mais de 10 anos de experiência profissional.

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4.3 ASSOCIAÇÃO DE PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

A Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola, em conjunto com


outras parcerias, contribui ativamente para uma dinâmica democrática e globalizante desta
Escola. Define-se como o órgão onde os Pais e Encarregados de Educação afirmam os
seus direitos e se informam sobre os seus deveres. Cabe-lhe ainda um papel de maior
importância como elo de ligação entre a Escola e várias organizações exteriores. É,
igualmente, o porta-voz junto dos órgãos competentes da Escola das propostas e questões
a resolver apresentadas por todos aqueles que representa.
Para que os pais e educadores venham à Escola com a frequência desejada, a
Associação tem trabalhado em colaboração com a Escola, promovendo eventos que
permitem em datas festivas e/ou atividades, possibilitando-se assim o diálogo entre
Educadores e Professores, o que permite um conhecimento mútuo com vista a um esbater
de barreiras que porventura ainda possam existir, no natural relacionamento entre pessoas
que têm objetivos comuns.
Deverá a Associação realizar reuniões, com vista a sensibilizar os Pais da importância
do acompanhamento do seu educando em toda a vida escolar, com relevância para a sua
participação na orientação vocacional.
Esta Associação deverá ainda promover os esclarecimentos e a formação necessária
ao seu desempenho, reforçando a sua capacidade reivindicativa, com o propósito de
fortalecer a sua qualidade de parceiros em todo o processo educativo.

4.4 ASSOCIAÇÃO DE ESTUDANTES

A Associação de Estudantes é um órgão que, com maior ou menor sucesso, tem


pretendido assumir um papel relevante na vida da Escola, fundamentalmente nos planos
lúdico, sociocultural e desportivo e deve desempenhar um papel fundamental no quotidiano
dos estudantes na defesa dos seus interesses.
A Associação de Estudantes desta escola tem como finalidade criar e melhorar as
condições de cada estudante em todos os aspetos, desenvolvendo a cooperação e
solidariedade entre os seus associados e promovendo iniciativas relativas à problemática da

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juventude, nomeadamente colaborando com a equipa de educação para a saúde e


educação sexual.
A Associação deve organizar atividades lúdico desportivas, em colaboração com a
direção da escola, que visem integrar os alunos no ambiente sócio escolar. Estas atividades
deverão fazer parte de um programa de atividades para o ano letivo, constante do Plano
Anual de Atividades.

4.5 PROTOCOLOS E PARCERIAS

A articulação entre a escola e as entidades externas é um importante fator para o


pleno sucesso educativo e formativo dos alunos.
Na sequência do que tem sido feito, a escola continuará empenhada em intensificar
as parcerias e celebrar protocolos com entidades como a autarquia, outras escolas de
vários níveis de ensino, associações empresariais, culturais e recreativas, desportivas,
Centro de Saúde local, Bombeiros, G.N.R., Universidades e Institutos Superiores, entre
outras.
Esta cooperação entre a escola e as várias entidades e instituições referidas, no
respeito pela autonomia de cada uma, contribui para um melhor aproveitamento das
potencialidades respetivas e traz vantagens a vários níveis:

- Pedagógica;
- Financiamento indireto, através por exemplo de equipamento;
- Melhor conhecimento das necessidades do mercado de trabalho;
- Alternativas saudáveis para a ocupação dos alunos;
- Maior visibilidade exterior na realização de atividades em espaços públicos
municipais;
- Promoção e educação para a saúde com técnicos especializados;
- Educação para a segurança e prevenção de riscos;
- Novos contextos experimentais ao nível do ensino universitário.

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Por outro lado, o trabalho de cooperação dos docentes diretores de curso do Ensino
Profissional, com o elevado número de empresas que acolhem os estagiários deste nível de
ensino, tem sido enriquecedor, tanto na partilha, como no complemento da formação dos
alunos e na expansão da qualidade da instituição.
Sempre que possível a escola também deve colocar-se ao serviço da comunidade,
nomeadamente, disponibilizando os seus meios f í s i c o s , humanos e técnicos para
prestação de serviços.
Esta abertura da escola ao exterior continuará a merecer, por parte de toda a
comunidade escolar, uma especial atenção, sendo o seu trabalho tanto mais completo,
quanto maior for o seu envolvimento com a comunidade.

4.6 RECURSOS MATERIAIS

As condições físicas de qualquer instituição podem contribuir para uma melhor ou pior
atmosfera de trabalho, de convívio e de proximidade.
Nenhuma escola funciona só com a boa vontade e dedicação de administradores,
professores, funcionários e alunos. Tanto a aprendizagem,
como o desenvolvimento integral dos alunos dependem
de uma série de recursos materiais.
Situada num dos pontos mais elevados e
carismáticos da cidade, a Escola Secundária de Penafiel
apresenta modernas instalações com um edifício de salas
de aula e laboratórios, gabinetes de trabalho docente, sala
de diretor de turma com gabinetes de atendimento aos
encarregados de educação, gabinete médico, gabinete de
atendimento ao aluno, biblioteca/mediateca, zonas de
convívio e lazer (polivalente, esplanada, espaço convívio),
zona de restauração e serviços (administrativos,
papelaria/reprografia, serviço de psicologia e orientação
educativa), ao qual estão anexadas uma área de componente técnica e outra de
componente desportiva.

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O edifício escolar
está rodeado por espaços
verdes, por dois campos de
ténis/voleibol e um de jogos
para a prática de Educação
Física e para a realização de
atividades desportivas,
nomeadamente, atletismo,
futebol, andebol e outras.
Não sendo o principal
vetor para o sucesso, as
instalações de alta qualidade da Escola Secundária de Penafiel coadjuvam no reforçar da
sua política educativa do presente e perspetivar a do futuro.

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5. VISÃO
A Escola Secundária de Penafiel pretende continuar a ser uma referência de
prestígio, com reconhecimento a nível nacional de excelência educativa no domínio dos
resultados académicos, dos valores, da qualidade do trabalho docente e não docente e da
dinâmica envolvida no processo de aprendizagem, do plano de atividades e do empenho de
todos os intervenientes.
A aposta neste percurso de atuação em todas as áreas, chave para o sucesso na
formação dos Alunos, assenta em três grandes linhas orientadoras:

Resultados – garantir não só bons resultados académicos, mas também emocionais,


intelectuais e éticos;

Serviço educativo – difundir e aprofundar práticas de avaliação, controlo e


monitorização, diagnosticando os seus pontos fracos e fortes, constrangimentos e
oportunidades de melhoria, numa perspetiva formativa com vista ao aperfeiçoamento do
serviço educativo.

Liderança e gestão - promover uma gestão proativa, responsável e rigorosa dos


recursos materiais e humanos, com base em critérios de eficácia, eficiência e economia,
incrementando o potencial de participação da comunidade escolar e da sociedade nos mais
diversos domínios.

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PROJETO EDUCATIVO

6. MISSÃO
Numa sociedade em constante e rápida mudança, a Escola continua a ter o desafio
permanente de responder em tempo oportuno às necessidades dos jovens.
A Missão da Escola Secundária de Penafiel é garantir aos jovens do concelho e da
região, uma sólida e eficaz formação de excelência, nos domínios do conhecimento, dos
valores humanos e sociais, que vá ao encontro das suas aspirações e necessidades.

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7. VALORES

A Escola Secundária de Penafiel privilegia a construção da autonomia e o


desenvolvimento pleno e harmonioso da personalidade singular de cada um, enriquecidos
na possibilidade de múltiplas expressões – artística, desportiva, científica e tecnológica.

Neste contexto distingue-se um conjunto de princípios e valores:

- Valorização do indivíduo;
- Valorização da instituição;
- Equidade educativa;
- Responsabilidade;
- Democraticidade.

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8. DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO
Os pontos fortes, as áreas de melhoria e os constrangimentos, identificados pela
avaliação interna da escola e pela avaliação externa, são valores indispensáveis para a
definição de um diagnóstico estratégico.

8.1 PONTOS FORTES

 Valorização do aluno;
 Resultados académicos;
 Resultados nos exames nacionais superiores à média nacional, em algumas
disciplinas;
 Monitorização e reflexão sistemática sobre os resultados escolares;
 Monitorização das medidas de apoio educativo;
 Dinâmica inclusiva, evidenciada nas respostas educativas ajustadas aos
alunos com necessidades educativas especiais;
 Ausência de abandono escolar;
 Sucesso dos alunos em atividades a nível regional, nacional e internacional;
 Segurança;
 Ambiente escolar;
 Diversificação da oferta formativa;
 Estabilidade do corpo docente;
 Qualidade profissional do corpo docente e não docente;
 Qualidade das instalações;
 Organização e qualidade dos serviços;
 Gestão dos recursos humanos e materiais;
 Elevadas expectativas, dos pais e dos alunos, relativamente ao percurso
escolar;
 Variedade de projetos, nomeadamente projetos internacionais;
 Dinâmica e diversidade das atividades;
 Envolvência e recetividade da Associação de Pais e Encarregados de
Educação;

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 Desenvolvimento de práticas de mobilização e abertura à comunidade, através


da celebração de parcerias, protocolos e da adesão a projetos.

8.2 FRAGILIDADES

 Número de atividades aquém do desejado em algumas turmas;


 Número reduzido de Intercâmbios;
 Número reduzido de alunos envolvidos em atividades físicas;
 Escassos comportamentos baseados nos princípios de uma alimentação
saudável;
 Processo de avaliação pouco associado a um método de aferição, ainda
bastante centrado no Professor de forma isolada;
 40% dos alunos têm dificuldades económicas, limitando a sua capacidade de
trabalho;
 Pouco envolvimento dos Pais no processo de aprendizagem, sendo solicitados
essencialmente para questões de conduta em sala de aula;
 Instalações insuficientes para o número de alunos que frequentam esta
instituição;
 Número reduzido de Assistentes Técnicos e Operacionais.

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9. PLANEAMENTO ESTRATÉGICO
Apresentada a nossa missão e os princípios e valores pelos quais esta comunidade
se rege, traçada a nossa visão, feito o diagnóstico, interessa estabelecer os objetivos gerais
pelos quais devem ser norteadas as práticas educativas e as metas a alcançar.

9.1 OBJETIVOS GERAIS

1. Continuar a desenvolver uma cultura e uma prática de excelência;


2. Garantir um ensino de qualidade;
3. Manter um bom clima de trabalho;
4. Proporcionar aos alunos e pessoal docente e não docente boas condições de
trabalho;
5. Introduzir fatores de motivação na comunidade escolar;
6. Criar novos projetos de aprendizagem;
7. Promover uma escola de referência desportiva através do desporto escolar;
8. Criar condições de aprendizagem, iniciativa e espírito crítico dos alunos e de
todos os elementos da comunidade educativa;
9. Estimular uma prática de avaliação pela positiva para uma melhoria contínua;
10. Educar para a cidadania, visando temáticas transversais;
11. Promover nos alunos valores de tolerância, responsabilidade, solidariedade,
respeito, ou seja, contribuir para uma formação integral equilibrada;
12. Desenvolver e aprofundar a função do Diretor de Turma;
13. Fomentar a participação e intervenção da comunidade educativa;
14. Promover uma maior participação e intervenção dos Pais e Encarregados de
Educação na escola;
15. Estar na vanguarda da utilização de tecnologias de informação, bem como a
constante modernização de todos os espaços físicos existentes;
16. Promover a formação adequada para o pessoal docente e não docente;
17. Estabelecer protocolos e parcerias com outras instituições.

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9.2 METAS

Considerando os objetivos prioritários e as linhas orientadoras subjacentes à cultura


de escola, constituem metas do projeto educativo:

 Estabelecer em 70% a percentagem de conclusão no ensino secundário;


 Estabelecer em 80% a percentagem de transição para o ensino básico, 70%
para o 10º ano e 80% para o 11º ano;
 Estabelecer em 80% a percentagem de conclusão no ensino profissional;
 Criar condições para assegurar uma empregabilidade de 60%, após a
conclusão no ensino profissional;
 Atingir nos exames nacionais do ensino secundário uma média superior à
média nacional, no mínimo de 2 décimas;
 Colocar no Ensino Superior mais de 70% dos alunos que apresentam
candidatura;
 Concretizar o Sucesso Pleno em mais de 50% nas classificações internas;
 Atingir um valor positivo no Valor Acrescentado;
 Assegurar o tempo útil de aula em 90%;
 Garantir apoio a todos os alunos sujeitos a exames nacionais;
 Assegurar 100% das substituições em caso de falta previsível de Professores;
 Envolver todos os alunos no Projeto Educação para a Saúde e Educação
Sexual;
 Implementar ações de formação para os alunos do 7º e 10º ano, no âmbito do
Projeto Proteção Civil;
 Envolver todas as turmas em pelo menos uma atividade;
 Realizar, por Departamento, pelo menos, três iniciativas de carácter
científico/pedagógico por ano letivo;
 Concretizar, por Departamento, pelo menos, uma atividade externa, por área
disciplinar (olimpíadas, intercâmbios, concursos…);
 Realizar uma atividade por turma, envolvendo pais e encarregados de
educação;

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 Estabelecer parcerias com 80% das forças vivas da região;


 Comprometer a escola anualmente num intercâmbio internacional.

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PROJETO EDUCATIVO

10. ORGANIZAÇÃO/GESTÃO CURRICULAR


A preocupação da Escola na oferta educativa e estrutura curricular, no que lhe
compete definir, tem como orientação o percurso que melhor serve o futuro dos alunos. A
oferta de cursos no ensino secundário abrange todos os cursos vocacionados para o
prosseguimento de estudos e diversos cursos profissionais. Estes serão sempre escolhidos
de acordo com a opção dos alunos, as indicações das estruturas locais, as necessidades
detetadas no contexto local do mercado de trabalho e a disponibilidade de recursos desta
instituição.
Dentro da estrutura curricular de cada curso de prosseguimento de estudos, é decisão
da Escola oferecer todas as disciplinas que fazem parte do currículo nacional, manifestando
desde logo um desejado equilíbrio nos saberes e conhecimento. Esta opção permite uma
maior e melhor formação estrutural na componente científica dos respetivos cursos, de
elevada importância nas competências que se esperam de um aluno à saída do ensino
secundário.

22
PROJETO EDUCATIVO

 Matriz Curricular do Ensino Básico

Carga Horária Semanal


Componentes do Currículo Total de
7ºAno 8ºAno 9ºAno Ciclo
(x90’)
Áreas Curriculares Disciplinares
- Português 90’+90’+45’ 90’+90’ 90’+90’+90´ 8
- Línguas Estrangeiras +45´
Inglês 90 ’+ 45’ 90’ 90’+45’ 4

LE 2 90´+ 45’ 90’+45’ 90’ 4


- Ciências Humanas e Sociais
História 90’ 90’+45’ 90’+45´ 4

Geografia 90’ + 45, 90’ 90’+45’ 4

- Matemática 90’+90´+45’ 90’+90’+ 90’+90’+90’ 8


- Ciências Físicas e naturais 45´
- Ciências Naturais
90’+45´ 90’+45’ 90’ +45´ 4,5

Física – Química 90’+45’ 90’+45’ 90’+45’ 4,5


- Expressões e tecnologias
Educação Visual
90’ 90´ 90´+45´ 3,5
Oficina de Artes 90´ 90´ 1
ou TIC 0,5
- Educação Física 90’ + 90´ 90´+45´ 90´ 4,5

Formação Cívica 45’ 0,5

Educação Moral e Religiosa 45’ 45’ 45’ 1,5

O trabalho a desenvolver pelos alunos integrará, obrigatoriamente, atividades


experimentais e atividades de pesquisa adequadas à natureza das diferentes áreas ou
disciplinas, nomeadamente no ensino de ciências.

23
PROJETO EDUCATIVO

 Ensino Secundário

Curso de Ciências e Tecnologias

Disciplinas 10º Ano 11º Ano 12º Ano


X 45´ X 45´ X 45´

Português (b) 4 4 5 + 1(b)


Formação Inglês 4 4
Geral Filosofia 4 4
Educação Física 4 4 4

Matemática (b) 6 6 6 + 2(b)


Física e Química 7 7 + 2(b)
(b)
Biologia e 7 7 + 2(b)
Geologia (b)
Formação
Específica
Física (a) 4
Química (a) 4
Biologia (a) 4
Geologia (a) 4
Inglês (a) 4

EMRC 2 2 2

Matriz Curricular do Curso Ciências e Tecnologias

a) O aluno escolhe duas disciplinas no 12º ano.


b) Disciplinas com possibilidade de reforço curricular no ano terminal para melhoria de resultados.

24
PROJETO EDUCATIVO

Curso de Ciências Socioeconómicas

Disciplinas 10º Ano 11º Ano 12º Ano


X 45´ X 45´ X 45´

Português (b) 4 4 5 + 1(b)


Formação Inglês 4 4
Geral Filosofia 4 4
Educação Física 4 4 4

Matemática (b) 6 6 6 + 2(b)


Economia A (b) 6 6 (b)
Geografia A (b) 6 6 (b)
Formação
Economia C (a) 4
Específica
Geografia C(a) 4
Sociologia (a) 4

EMRC 2 2 2

Matriz Curricular do Curso de Ciências Socioeconómicas

a) O aluno escolhe duas disciplinas no 12º ano.


b) Disciplinas com possibilidade de reforço curricular no ano terminal para melhoria de resultados.

25
PROJETO EDUCATIVO

Curso de Línguas e Humanidades

Disciplinas 10º Ano 11º Ano 12º Ano


X 45´ X 45´ X 45´

Português (b) 4 4 5 + 1(b)


Formação Inglês 4 4
Geral Filosofia 4 4
Educação Física 4 4 4

História (b) 6 6 6 + 2(b)


Geografia (b)(c) 6 6 + 2(b)
MACS (b)(c) 6 6 + 2(b)
Espanhol (b)(c) 6 6 + 2(b)
Formação
Geografia C (a) 4
Específica
Sociologia (a) 4
Filosofia(a) 4
Psicologia (a) 4
L. Língua 4
Portuguesa(a)

EMRC 2 2 2

Matriz Curricular do Curso de Línguas e Humanidades

a) O aluno escolhe duas disciplinas no 12º ano.


b) Disciplinas com possibilidade de reforço curricular no ano terminal para melhoria de resultados.
c) O Aluno escolhe duas disciplinas.

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PROJETO EDUCATIVO

Curso de Artes Visuais

Disciplinas 10º Ano 11º Ano 12º Ano


X 45´ X 45´ X 45´

Português (b) 4 4 5 + 1(b)


Formação Inglês 4 4
Geral Filosofia 4 4
Educação Física 4 4 4

Desenho (b) 6 6 6 + 2(b)


Geometria 6 6 + 1(b)
Descritiva A (b)
História C. Artes 6 6 + 2(b)
(b)

Formação Oficina de Artes 4


Específica (a)
O. Multimédia B 4
(a)
Materiais e Tecn. 4
(a)

Inglês (a)

EMRC 2 2 2

Matriz Curricular do Curso de Artes Visuais

a) O aluno escolhe duas disciplinas no 12º ano.


b) Disciplinas com possibilidade de reforço curricular no ano terminal para melhoria de resultados.

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PROJETO EDUCATIVO

Cursos Profissionais

Componentes Total de horas/ciclo de


Disciplinas
de Formação formação

Português 320h

Língua Estrangeira I, II 220h

Sociocultural Área de Integração 220h

Tecnologias da Informação e Comunicação 100h

Educação Física 140h

Específica 2 a 3 disciplinas (a) 500h

3 a 4 disciplinas (b) 1100h


Técnica
Formação em Contexto de Trabalho (e) 650h
Matriz Curricular dos Cursos Profissionais

a) Disciplinas científicas de base a fixar em regulamentação própria, em função das qualificações


profissionais a adquirir.
b) Disciplinas de natureza tecnológica, técnica e práticas estruturantes da qualificação
profissional visada.

28
PROJETO EDUCATIVO

11. SUCESSO EDUCATIVO


O acompanhamento do percurso académico dos alunos é uma prática regular,
traduzida no registo desses resultados.

 Ensino Básico

7º ano 8º ano 9º ano


Taxa de transição
98% 99% 98% 98% 98% 99% 98% 99%
95% 95% 96%
93% 95% 95%
93% 92%
90%
87% 88%
83%
80%

2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 2014/2015 2015/2016 2016/2017

 Ensino Secundário

10º ano 11º ano 12º ano


Taxa de transição
96% 97%
93% 93% 93% 92% 94% 93% 91%
89% 88% 87% 86%
80%
76%
72% 69% 71% 69% 72%
69%

2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 2014/2015 2015/2016 2016/2017

29
PROJETO EDUCATIVO

 Ensino Profissional

Alunos do 12º ano 2015/2016


Não Concluiram Desconhecido Desempregados

Trabalham fora da área do curso Trabalham na área do curso Prosseguem estudos

8 6

23
27

13

42

30
PROJETO EDUCATIVO

12. CULTURA ORGANIZACIONAL DA ESCOLA

12.1 FORMAÇÃO DE TURMAS

A elaboração de turmas não resulta de um modelo fechado, mas, pelo contrário, tem
em consideração a opção que mais se adequa ao grupo de alunos, capaz de produzir os
melhores resultados académicos e de socialização. Neste sentido, há um conjunto de
orientações que traduzem o projeto global da Escola neste domínio, estando presente, de
uma forma explícita, na formação da generalidade das turmas:

- aplicar o estabelecido na lei;


- seguir as opções curriculares dos alunos;
- dar continuidade à turma;
- considerar os alunos provenientes da mesma escola;
- considerar os alunos provenientes da mesma localidade;
- considerar a média dos alunos;
- atentar nas recomendações do Diretor de Turma, ouvido o Conselho de Turma;
- procurar um número equilibrado de alunos por turma;
- ponderar indicações do Encarregado de Educação.

12.2 DISTRIBUIÇÃO DE SERVIÇO

O Serviço Docente deve obedecer ao que se encontra determinado na lei e nas


recomendações do Ministério da Educação. Porém, a Escola tem autonomia para definir
linhas para uma distribuição que possa corresponder a um projeto próprio, com claras
vantagens para o seu desempenho e dos seus docentes. Os critérios a que deve obedecer
essa distribuição devem ser essencialmente de natureza pedagógica, com enfoque na
dicotomia turma – professor, a que corresponda um desenvolvimento do processo de
ensino-aprendizagem com o máximo de qualidade na formação científica e de cidadania dos
alunos. Para corresponder a esses princípios, a distribuição do serviço docente orienta-se de
acordo com os seguintes parâmetros:

31
PROJETO EDUCATIVO

- seguir as orientações da DGAE e previstas na lei;


- distribuir o serviço de forma homogénea;
- dar continuidade pedagógica;
- criar equipas pedagógicas, por turmas, anos e ciclos;
- considerar o perfil de formação do docente para a disciplina/ano;
- atender a recomendações do Departamento Curricular e do Diretor de Turma;
- considerar as preferências do docente.

12.3 HORÁRIOS

Os horários semanais das turmas devem ser equilibrados do ponto de vista


pedagógico, quer ao nível das disciplinas, quer ao nível da carga horária diária. Além da
interferência no biorritmo dos alunos, há uma necessidade constante de conjugar a
componente pedagógica com a componente administrativa da função docente, nos
diferentes papéis que o professor desempenha.
Por outro lado, os alunos têm outras atividades em muitos casos de difícil conciliação,
como os alunos atletas de alta competição, alunos do ensino articulado e os alunos com
estágio em empresas. Sempre com estes aspetos presentes, há, contudo, algumas
orientações a ter em conta na elaboração dos horários, podendo ser de aplicação geral:
- seguir as indicações previstas na lei;
- efetuar uma distribuição equilibrada das disciplinas;
- colocar as turmas com exame com predominância no período da manhã;
- contemplar o Desporto Escolar e outras atividades no período da tarde;
- libertar um dia da semana, ou parte, aos professores de disciplinas, cuja participação
em projetos assim o exija;
- libertar um dia da semana, ou parte, aos alunos 12º ano;
- libertar aos orientadores de estágio o dia indicado pelas Faculdades;
- contemplar, se possível, as indicações dos Departamentos Curriculares, Diretores de
Turma, Professores e Encarregados de Educação.

32
PROJETO EDUCATIVO

12.4 PROMOÇÃO DO SUCESSO ESCOLAR

A escola perfilha uma política de educação determinada em obter resultados, efetivos


e sustentados, na formação e qualificação dos jovens para os desafios da
contemporaneidade e para as exigências do desenvolvimento pessoal e social.
Devem ser consideradas prioritárias medidas que visem, de forma sistemática, a
promoção do sucesso escolar. Assim, a escola tem já definido e aprovado um Plano de
Ação Estratégico (anexo I) delineado para potenciar o sucesso educativo, sendo um
documento orientador da instituição nas definições da estratégia educativa.
A escola tem de ser uma comunidade reflexiva, no sentido de melhorar a resposta
em contexto de sala de aula perante as necessidades dos alunos com menor
desempenho. Apostando numa política de equidade, a escola deve dar prioridade aos
jovens que, motivados pelo quadro educativo e social onde estão inseridos, estejam em
clara desvantagem. Por outro lado, é também imperioso dar resposta às metas e objetivos
dos alunos que pretendam ingressar no Ensino Superior. Não só se pretende colmatar
lacunas no processo de ensino aprendizagem, como também assegurar que as suas
expectativas se concretizem.
A resposta mais frequente a necessidades de recuperação de aprendizagens e apoio
pedagógico são as aulas de acompanhamento ou de apoio. Por conseguinte, continuar-se-á
a apostar na criação de espaços de aprendizagem autónoma, com documentação relativa
às diversas disciplinas e a elaboração de planos de acompanhamento e de planos
individuais de trabalho para a reintegração de alunos com ausências prolongadas. Contudo,
o trabalho de sala de aula e a diversificação pedagógica e de estratégias de avaliação
deverão ser continuamente reforçadas.
Tendo especialmente em vista a promoção do sucesso escolar dos alunos,
continuar-se-ão a realizar em meio escolar:
a) ações de acompanhamento e complemento pedagógico, orientadas para a
satisfação de necessidades específicas, nomeadamente na preparação dos alunos para as
disciplinas com exame nacional;
b) ações de apoio ao crescimento e desenvolvimento pessoal e social dos alunos,
visando igualmente a promoção da saúde e a prevenção de comportamentos de risco;

33
PROJETO EDUCATIVO

c) ações de orientação escolar e profissional e de apoio ao desenvolvimento


psicológico individual dos alunos, pelos serviços de psicologia e orientação;
E ainda:
d) criar diversidade de oferta educativa para dar resposta às diferentes
potencialidades e objetivos dos alunos;
e) desenvolver a ação social escolar destinada a compensar os alunos
economicamente mais carenciados, mediante critérios objetivos e de discriminação positiva,
previstos na lei.

12.5 APOIOS EDUCATIVOS E NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS

O desenvolvimento de estratégias de apoio educativo assenta no pressuposto de que


o conhecimento das necessidades educativas de cada aluno potencia o sucesso das
medidas. O diagnóstico deve identificar lacunas, mas também o que o aluno consegue fazer,
os seus aspetos positivos, o que sabe fazer bem. As adequações são definidas após o
conhecer o aluno. Cada aluno é uma individualidade e a resposta deve ser única. O
conhecimento do passado escolar do aluno e a articulação com a instituição de ensino de
onde o aluno provém, constituem instrumentos de trabalho por parte da equipa que avalia o
aluno.
A existência de um Núcleo de Apoios Educativos na escola deve garantir o parecer
sobre os planos de apoio, planos de enriquecimento, planos de acompanhamento, planos
educativos individuais e currículos específicos individuais. Cabe a esta equipa, monitorizar
todo o processo de apoio educativo e definir diretivas para o seu desenvolvimento. Os
professores de educação especial devem acompanhar regularmente o percurso dos alunos
e apoiar os professores na concretização das medidas educativas definidas.
O plano de apoio, elaborado com base no perfil do aluno, deve dar resposta em
tempo útil às dificuldades detetadas, com a diferenciação adequada e o acompanhamento
regular do trabalho desenvolvido, garantido a redefinição de estratégias, sempre que
necessário.
A articulação do professor de educação especial, com a família e/ou encarregado de
educação e com o diretor de turma potencia o sucesso das medidas educativas.

34
PROJETO EDUCATIVO

A escola deve valorizar e promover a integração dos alunos com necessidades


educativas individuais no seu percurso pós-escolar, constituindo um impulso na integração
do aluno na sociedade.

12.6 PERFIL DO ALUNO

Falar da escola como local privilegiado para a formação integral do indivíduo, é vê-
la como palco de vivências possibilitadas pela existência de condições promotoras da
participação ativa, organizada e responsável de todos os intervenientes no processo
educativo, sendo fulcral, obviamente, o papel dos alunos.
Esta escola pretende um aluno capaz de:
- apresentar um espírito crítico e inovador perante diversas situações do quotidiano;
- ter iniciativa e ser criativo, procurando criar referenciais educativos;
- conhecer e respeitar os princípios fundamentais da sociedade democrática;
- contribuir para a harmonia da convivência escolar e para a plena integração na
escola de todos os alunos;
- ser um cidadão livre, autónomo e responsável;
- valorizar o rigor e a excelência;
- participar e cooperar nas atividades educativas ou formativas desenvolvidas na
escola e demais atividades organizativas que requeiram a sua participação;
- querer aprender mais;
- desenvolver o pensamento reflexivo e procurar novas soluções.

12.7 PERFIL DO PROFESSOR

A Escola Secundária de Penafiel tem uma cultura e valores institucionais próprios que
a caracterizam e a distinguem. Esta cultura de escola, forte e consolidada, resulta de um
trabalho e de uma prática de muitos anos, com uma orientação bem definida, construída por
todos os que nela têm trabalhado e estudado. Os Professores são uma parte fundamental
na construção e manutenção dessa cultura. Para tal, foi e é necessário uma aproximação do

35
PROJETO EDUCATIVO

perfil pessoal com o perfil esperado na instituição. Quanto menor for essa diferença, mais
fácil a integração e o desenvolvimento de uma atividade bem-sucedida.
Para além do perfil geral de qualquer professor, definido em diversa legislação, o
Professor desta instituição enquadra-se no seguinte perfil:
- envolve os alunos na aprendizagem;
- trabalha para que os alunos obtenham bons resultados;
- revela disponibilidade para os alunos;
- valoriza a pessoa que há em cada aluno;
- assume a responsabilidade em garantir o cumprimento da totalidade do serviço
distribuído;
- contribui com iniciativas para o plano de atividades;
- trabalha em equipa;
- trabalha para um clima de respeito e segurança na Escola;
- assume desafios;
- valoriza a Escola e dedica-se à vida escolar.

12.8 QUALIDADE PEDAGÓGICA

Perante as constantes exigências da Educação, compete à escola tomar as medidas


necessárias para ter um desempenho pedagógico de excelência. Tal objetivo obriga a um
trabalho aberto e participado, para que todos os intervenientes no processo de
ensino/aprendizagem encontrem o percurso correto que levem a esse propósito. O professor
desempenha o principal papel no processo de excelência pedagógica, necessitando de se
atualizar constantemente no domínio científico e pedagógico.
Torna-se necessário promover uma abordagem qualitativa das situações, centrada
no estudo de problemas, preferencialmente com relevância para os alunos. Esta abordagem
não pode limitar-se à construção de conceitos, mas tem que apostar na construção de
competências, atitudes e valores, conferindo uma dimensão sócio construtivista à vertente
da aprendizagem. Deve apelar à inter e transdisciplinaridade, como forma de reduzir as
distorções da realidade tão amplificadas quando é vista de um modo parcelar, como
acontece no caso em que é abordada numa perspetiva estritamente disciplinar.

36
PROJETO EDUCATIVO

O desenvolvimento de competências cognitivas é particularmente importante para a


adaptação e integração dos alunos em sociedades em permanente e acelerada mudança.
Nesse sentido, a atuação do professor deve estar direcionada para o tratamento de
problemáticas que, de preferência, sejam vivenciadas pelos alunos no seu quotidiano
escolar e tenham um sentido e significado próprios. Desse modo, dever-se-ão desenvolver
atividades suscetíveis de favorecer o seu envolvimento e implicação ativa nos processos de
construção de conceitos, competências, atitudes e valores. Atividades em que seja
promovido o reforço da:
- integração das dimensões teórica e prática dos saberes, através da valorização das
aprendizagens experimentais nas diferentes áreas e disciplinas e da criação de espaços
curriculares de confluência e integração de saberes e competências, adquiridos ao
longo de cada curso;
- motivação para a autonomia de pensamento e espirito crítico;
- consciencialização para a reflexão antes da ação.

Ao professor exige-se uma motivação intrínseca considerável, uma procura


incessante da resolução de conflitos internos e de problemas concretos decorrentes das
práticas de ensino, obrigando ao desenvolvimento de um trabalho de grupo onde a troca de
ideias se torna fundamental, abandonando-se ideias espontâneas, intuitivas e
temporalmente enraizadas.
Assim, é fundamental:
- encontrar respostas para problemas concretos e ligados às próprias práticas de
ensino;
- procurar soluções que tornem possível a resolução de problemas emergentes dessa
prática;
- monitorizar a qualidade pedagógica da escola e de cada um;
- criar mecanismos práticos e credíveis em departamento para assegurar elevados
padrões de qualidade.

37
PROJETO EDUCATIVO

12.9 CURSOS PROFISSIONAIS

Os Cursos Profissionais, sendo uma área de desenvolvimento estratégica da escola e


que assume cada vez maior importância, têm correspondido às expectativas de um elevado
números de alunos do concelho. É ambição da escola continuar a investir em equipamentos
e na equipa formativa para que a reputação da mesma nesta área se mantenha ou até
mesmo se incremente. Os alunos que optam por este percurso, não esperam menos do que
bons equipamentos e uma excelente equipa formativa que se propõe a valorizá-los na
vertente profissional, bem como em todas as outras comuns a qualquer outro percurso de
ensino.
A seleção dos Cursos Profissionais que funcionam na escola tem como génese a
auscultação dos vários intervenientes neste tipo de formação: as autarquias (há concertação
ao nível da Rede Social de Penafiel, articulada com o Pelouro da Educação e a Escola
Secundária de Penafiel); os potenciais interessados, alunos do ensino básico das várias
escolas do conselho; empresas... Pretende corresponder-se às expectativas de todos,
responder às necessidades e aspirações da região, apostando assim em áreas identificadas
como tendo défice de pessoal qualificado, mas com perspetivas de empregabilidade. A
escolha dos cursos tem como referências os estudos elaborados pela Agência Nacional de
Qualificação, acerca da empregabilidade e necessidades de qualificação. O número de
cursos a funcionar, bem como o número de turmas, são ajustados à capacidade da escola e
aos recursos existentes.
A aposta da escola assenta na qualidade da formação a ser ministrada, na qualidade
de equipamentos e espaços formativos, qualidade e competência da equipa formativa e
perspetivas muito ambiciosas de empregabilidade dos nossos formandos em empresas que
valorizem os alunos.
A escola, ao dispor de uma equipa de trabalho multidisciplinar, que para além do
corpo docente devidamente habilitado, integra a tempo inteiro outros técnicos,
designadamente de orientação escolar e/ou profissional, técnicos de apoio psicopedagógico
e apoio social, pretende desenvolver um ensino de excelência e garantir a qualidade da
formação ministrada.
Pretende dar-se continuidade ao estabelecimento de protocolos/parcerias,
envolvendo diversos atores educativos, com prioridade às empresas ou associações

38
PROJETO EDUCATIVO

empresariais e com Institutos Politécnicos, com incidência nos planos formativos e/ou em
ofertas formativas complementares na respetiva área de formação. O elevado número de
parcerias entre escolas, empresas, associações, municípios, entre outros, contribui para
otimizar o sucesso das partes envolvidas, potencia recursos e meios, para que, em
simbiose, saiam todas a ganhar. Os alunos são os beneficiários desta rede de cumplicidades
e interesses comuns. São exemplos de entidades o Centro Hospitalar do Vale do Sousa, os
Centros de Saúde da região, as Câmaras Municipais, Gabinetes de Contabilidade, Santa
Casa da Misericórdia, várias IPSS, Clínicas Médicas, Lares de Terceira Idade, Empresas de
Energias Renováveis e Manutenção Industrial.

12.10 ATIVIDADES

A dinâmica de uma escola assenta na concretização diversificada de atividades não


letivas, cujos objetivos passem inequivocamente por uma componente pedagógica e/ou
didática e pela formação integral do aluno enquanto elemento de uma comunidade, quer
educativa, quer social, dos seus interesses, a desenvolver dentro e/ou fora do espaço de
sala de aula.
Mais do que a quantidade de atividades a realizar, importa a sua qualidade e
diversidade, sempre que possível numa interdisciplinaridade enriquecedora e eficaz na
concretização dos objetivos delineados na sua planificação.
Faz parte dos deveres funcionais do professor planificar toda a atividade letiva e não
letiva, obedecendo aos mesmos critérios de exigência e rigor, cujo enriquecimento deve
passar por mecanismos eficientes de partilha e execução em conjunto, de tratamento e
análise, na perspetiva de uma melhoria contínua.
A planificação das atividades deve efetuar-se antes do início de cada ano letivo e
expressa no plano anual de atividades. Se existem atividades já enraizadas e com tradição
na escola, outras vão aparecendo de acordo com os objetivos e metas da comunidade
educativa.
Desta forma, as atividades com carácter tradicional devem ser sempre submetidas a
uma rigorosa análise, para que os seus pontos fortes apareçam cada vez mais fortes, e as
insuficiências sejam ultrapassadas, contribuindo-se para uma maior qualidade.

39
PROJETO EDUCATIVO

Qualquer atividade deve estar regulamentada, com um suporte de orientação claro,


para que seja uma mais valia em todas as suas vertentes e para que o seu sucesso e
cumprimento dos objetivos sejam inequívocos. É obrigação dos Coordenadores de
Departamento atentar na sua planificação, na sua abrangência e transversalidade.
De igual modo, a capacidade de organização, envolvimento e participação dos alunos
é fundamental, desenvolvendo ou aprofundando com qualidade outras aprendizagens,
contribuindo ainda para manter o bom clima instalado na comunidade educativa.
A divulgação das atividades continuará a ser operacionalizada através de:

- Plano Plurianual de Atividades;


- Plano Anual de Atividades;
- Site da Escola;
- Boletim informativo – “Logos’in”.

12.11 FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A formação contínua deve ser encarada como capaz de contribuir para a resolução
dos problemas que surgem no decurso da docência, orientada para o desenvolvimento de
projetos de investigação-ação.
A formação de professores deve, por conseguinte, ser menos prescritiva e mais
voltada para a reflexão e flexibilidade, permitindo o seu ajustamento aos contextos de
produção das práticas de ensino. Somente nestas circunstâncias poderá ser resolvida
satisfatoriamente a multiplicidade de problemas que em cada instante vão emergindo dos
contextos tão específicos de sala de aula.
A formação deve ser capaz de inculcar um sentido crítico na análise sistemática das
práticas de ensino que são desenvolvidas. Nesse sentido, deve privilegiar o incremento de
competências cognitivas em detrimento de competências técnicas, tornando o professor
mais capaz de tomar decisões adaptadas ao contexto mutável e complexo em que atua.
Em suma, o professor deve apostar numa formação mais coerente e consentânea
com as suas reais necessidades, numa formação que potencie as suas competências na
sua área disciplinar e numa formação cujas temáticas sejam uma mais-valia para a sua
prática pedagógica.

40
PROJETO EDUCATIVO

A escola em articulação com o centro de formação, instituições de ensino superior e


outras entidades, deve encontrar as soluções adequadas para o seu corpo docente.

12.12 AVALIAÇÃO

No currículo nacional estão definidas as metas curriculares, as áreas de


competências gerais e disciplinares, que cada aluno deve atingir no final de cada ciclo de
ensino. São essas competências que a Escola irá trabalhar em toda a dimensão. Para cada
turma deve ser decidido, no Plano de Turma, quais as áreas de competências que em
particular devem ter um maior envolvimento e atenção do conselho de turma.
A avaliação dos alunos é contínua e deve ter em consideração fases e instrumentos
diversificados, de modo a traduzir em qualquer momento o grau de consecução dos
objetivos fixados.
A avaliação das aprendizagens é um elemento fundamental no processo, pela
informação constante que fornece aos intervenientes, pelo impacto que tem na
determinação do sucesso, sendo fundamental a definição dos conceitos básicos em que
assenta, bem como a definição dos seus critérios gerais.
O processo de avaliação pressupõe:

Avaliação Diagnóstica
A avaliação diagnóstica, como medição do ponto de partida, é o elemento essencial
que conduz à adoção de estratégias de diferenciação pedagógica e contribui para elaborar,
adequar e reformular o Plano de Turma, facilitando a integração escolar do aluno, apoiando
a orientação escolar e vocacional, visando:
a) detetar eventuais dificuldades dos alunos;
b) orientar as planificações;
c) fundamentar medidas de recuperação consentâneas com os diagnósticos
realizados;
d) definir estratégias de diferenciação pedagógica.

41
PROJETO EDUCATIVO

Compete aos Departamentos Curriculares definir os termos da sua realização ou se


os dados obtidos em outras medições, exames nacionais, provas intermédias, são
considerados para o efeito.

Avaliação Formativa
A avaliação formativa é a principal modalidade de avaliação do ensino, assume
carácter contínuo e sistemático e visa a regulação do ensino e da aprendizagem, recorrendo
a uma variedade de instrumentos de recolha de informação, de acordo com a natureza das
aprendizagens e dos contextos em que ocorrem. A avaliação formativa fornece ao professor,
ao aluno, ao encarregado de educação e aos restantes intervenientes, informação sobre o
desenvolvimento das aprendizagens e competências, de modo a permitir rever e melhorar
os processos de trabalho.
A avaliação formativa é da responsabilidade de cada professor, em diálogo com os
alunos e em colaboração com os outros professores, designadamente no âmbito dos órgãos
coletivos que concebem e gerem o respetivo plano de turma e, ainda, sempre que
necessário, com os serviços especializados de apoio educativo e os encarregados de
educação, devendo recorrer, quando tal se justifique, a registos estruturados.

Avaliação Sumativa
A avaliação sumativa consiste na formulação de um juízo globalizante sobre o grau de
desenvolvimento das aprendizagens do aluno e das competências definidas para cada
disciplina ou área curricular, tendo como objetivos a classificação e/ou a certificação.
Para além das orientações gerais que estão estabelecidas na lei, é da competência
do Conselho Pedagógico a aprovação dos critérios gerais de avaliação da escola (anexo II),
a cumprir em todas as ofertas formativas existentes na instituição.
Os critérios de avaliação constituem, assim, referenciais comuns na Escola
Secundária de Penafiel, os quais contribuem para a exigência de um esforço conjunto de
todos os atores educativos, no sentido de promover/alcançar o sucesso educativo. A
Administração e Gestão da Escola deve garantir, por intermédio dos seus Departamentos

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PROJETO EDUCATIVO

Curriculares, a sua divulgação junto dos alunos, encarregados de educação e toda a


comunidade educativa.

Avaliação Aferida
A avaliação aferida visa o controlo da qualidade do sistema de ensino, a nível local,
regional e nacional, de modo a contribuir para a adequação das medidas de política
educativa a adotar e para a confiança social no sistema escolar. Esta avaliação consiste na
realização de provas destinadas a medir o grau de consecução dos objetivos curriculares
fixados, face aos resultados alcançados e procedimentos adotados, podendo incidir sobre
qualquer disciplina do plano de estudos. A nível de Escola, além de dar informações
importantes ao professor, esta avaliação assume particular importância também num esforço
de equidade.
Assim, e de acordo com as orientações do Conselho Pedagógico, será efetuada
sempre este tipo de avaliação a todas as disciplinas do currículo, uma vez que se pretende
medir as aprendizagens e consequentemente os procedimentos do processo de ensino,
tendo em conta os seguintes procedimentos:
 com logística de exame/prova final no 1º período, no ano que antecede a
realização do exame/prova final, no caso das disciplinas trienais;
 com logística de exame/prova final no 2º período, no ano de realização do
exame/prova final;
 com logística de exame/prova final no 3º período, no ano que antecede a
realização do exame/prova final, no caso das disciplinas bienais;
 em regime de prova comum às restantes disciplinas.

Condições Especiais de Avaliação


Sempre que alunos sejam enquadrados em necessidades educativas especiais,
podem ter condições especiais de avaliação, desde que o Projeto Educativo Individual (PEI)

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PROJETO EDUCATIVO

elaborado para esse aluno o contemple. O Conselho de Turma planifica a aplicação dessa
avaliação, e que consta do Plano de Turma.
Relativamente aos alunos impossibilitados da realização da componente prática da
disciplina de Educação Física, devidamente comprovado por Atestado Médico (Ofício-
circular DES/NES n.º 98/99 relativo a “Uniformização do tratamento a dar às situações de
incapacidade para a prática das aulas de Educação Física”; Decreto-Lei n.º 319/91),
encontram-se em vigor e aprovados em Conselho Pedagógico, os critérios de avaliação
alternativos que deverão seguir criteriosamente o seguinte protocolo:
- O aluno deve apresentar a sua situação ao docente da disciplina, que lhe entregará
um documento orientador para ser apresentado ao seu médico de família;
- A declaração médica deverá conter os parâmetros contemplados no respetivo
documento e será entregue pelo aluno ao órgão de Administração e Gestão da Escola que,
após análise da conformidade, fará chegar, caso o entenda, ao Diretor de Turma e ao
Professor da Disciplina que acionarão os procedimentos adequados a estas situações.

Exames de Equivalência à Frequência


Uma das possibilidades de concluir uma disciplina ou curso é através da realização
de exames de equivalência à frequência. Anualmente são definidas por Despacho do
Ministério da Educação as condições de elaboração desses exames. Para além das
orientações dadas, é da competência da Escola definir um conjunto de regras que
uniformizem a execução dessas provas. Essas orientações são aprovadas em Conselho
Pedagógico. Apesar de aprovados anualmente, têm-se mantido os seguintes critérios:
- elaborar as questões em torno de temas estruturantes;
- incidir nos conteúdos a que for dada importância nas aulas;
- usar terminologia adequada, linguagem clara, sem dupla interpretação;
- ajustar as questões a situações do quotidiano;
- usar sequencialidade nas questões e nos conteúdos;
- utilizar material diverso;
- colocar as questões com grau de dificuldade alternado, iniciando por questões
fáceis;
- elaborar critérios pormenorizados e precisos;

44
PROJETO EDUCATIVO

- sublinhar no texto as questões para as quais o aluno deve ter particular cuidado;
- colocar os dados necessários à resolução das questões, na questão respetiva;
- evitar dependência de resultados de questões anteriores;
- não ultrapassar os 20% da cotação nas questões de coeficiente de dificuldade
superior;
- valorizar mais o processo do que o resultado.

12.13 DIRETOR DE TURMA

A agilização das funções inerentes ao cargo de diretor de turma compreendem um


conjunto de atividades que mobilizam alunos, professores, encarregados de educação e a
escola como organização.
O diretor de turma deverá ser um professor cujo perfil se enquadre num ambiente
impulsionador de boas relações onde, de forma sustentável, os professores, os alunos e os
encarregados de educação encontrem alguém capaz de gerir interesses, amenizar conflitos,
criar empatias, lidar com emoções e resolver problemas.
Muito para além das tarefas organizativas/administrativas, o diretor de turma gere
afetos, tornando-se este aspeto a maior dificuldade do cargo, mas também o maior desafio.
E é o seu grau de entrega que irá conduzir o seu desempenho. Deverá ser atribuído o cargo
a professores que aliem o saber da experiência com a vontade de intervir de forma
responsável, caracterizando-se por um elemento organizador e impulsionador de um
conjunto de estratégias que contribuam para o trabalho em equipa, a cooperação e a
solidariedade.
O diretor de turma deve, junto dos professores do conselho de turma, disponibilizar
todas as informações relevantes sobre os alunos e o seu ambiente familiar. A partir da
caracterização de cada aluno e da turma, discutir e definir com os seus pares estratégias de
ensino-aprendizagem. No conselho de turma promover o trabalho em equipa, favorecendo a
coordenação interdisciplinar, levando-os a participar na elaboração de propostas de apoio,
estimulando e colaborando em atividades delineadas e dirigidas aos alunos da turma e
assumir o seu papel de coordenador e supervisor das ações dos professores e dos restantes
atores envolvidos no processo educativo: os alunos e os encarregados de educação.

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PROJETO EDUCATIVO

Cabe em exclusivo ao diretor de turma informar os encarregados e educação de tudo


o que diz respeito à vida na escola dos seus educandos, preservando a intimidade de cada
um e gerindo a informação de forma útil, orientando os pais no acompanhamento dos seus
filhos e planificando formas de atuação que permitam uma relação mais estreita entre a
família e a escola e um maior envolvimento no desenvolvimento das atividades educativas.
Em paralelo ao trabalho desenvolvido junto dos encarregados de educação,
encarando-os como parceiros na aprendizagem dos alunos, é fulcral a intervenção do diretor
de turma junto dos alunos: conhecer os alunos individualmente e a forma como se
organizam na turma, permitirá uma melhor compreensão e acompanhamento do
desenvolvimento intelectual e socio afetivo.
O diretor de turma tem como função:
 ser responsável pela turma;
 valorizar o Plano de Turma de forma a construir um instrumento de trabalho
viável, pertinente e eficaz com o objetivo de contribuir para o sucesso dos
alunos da turma (identificação dos alunos, caracterização, potencialidades,
necessidades, interesses e expetativas, pontos de partida);
 coordenar o processo de avaliação formativa e sumativa dos alunos,
garantindo o seu carácter globalizante e integrador, solicitando, se necessário,
a participação de outros intervenientes na avaliação, nomeadamente os
Serviços de Psicologia e Orientação e o Núcleo de Apoios Educativos da
escola;
 evitar e combater desajustamentos, inaptidões escolares e insucesso escolar;
 estimular e apoiar os alunos em atividades extracurriculares oferecidas pela
escola;
 trabalhar em parceria com os Encarregados de Educação.

Considerando um contacto temporal maior, considerando uma presença mais direta e


focalizada, é obrigação do diretor de turma assumir uma política de humanização no
cumprimento dos seus deveres profissionais.
O diretor de turma surge como um educador, mediador, conciliador e até confidente,
exigindo-se-lhe disponibilidade e tempo.

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PROJETO EDUCATIVO

12.14 EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA

Viver a cidadania implica que toda a comunidade educativa esteja consciente dos
seus direitos e deveres, assumindo e responsabilizando-se pelos seus atos. Cada
interveniente da escola tem funções diversas e diversificadas, todavia a sua
responsabilidade não se confina apenas a tarefas ou a setores específicos previamente
atribuídos. Por outro lado, um bom contexto de trabalho implica uma atmosfera de
tranquilidade e bem-estar, onde cada um tem a consciência clara do lugar que ocupa e do
seu desempenho.
A Educação para a Cidadania é também o reconhecimento de uma escola onde
existe o sim e o não, onde a prevenção se sobrepõe à retaliação, onde o espírito
colaborativo na relação com o outro é uma realidade, evitando-se desta forma equívocos de
comunicação e onde o sentido crítico de cidadania se desenvolve de maneira franca e
construtiva.
Neste âmbito, sendo o espaço ideal, a escola tem a responsabilidade de promover
temas transversais e de enorme pertinência social como a Educação para a Saúde.

Educação para a Saúde


Atualmente, um dos desafios da Escola é responder às necessidades de Educação
para a Saúde dos seus alunos. Assim, a Escola e o Ministério da Educação têm enfatizado o
papel do professor e de toda a Comunidade Escolar como promotores da saúde.
Neste contexto, educação e saúde articulam-se com objetivos convergentes com vista
à formação do cidadão, ou seja, a educação para a cidadania, na medida em que, ao
promover-se a saúde na escola, se promove a saúde na comunidade.
A Educação para a Saúde é uma componente da prática docente, sendo o seu
principal objetivo incutir nos alunos valores, comportamentos e hábitos que possibilitem um
crescimento saudável e colaborem na prevenção de doenças.

12.15 PROJETO DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE E EDUCAÇÃO SEXUAL (PESES)

A Escola Secundária de Penafiel elaborou o seu Projeto de Educação para a Saúde e


Educação Sexual, onde uma série de atividades envolve toda a Comunidade Escolar,

47
PROJETO EDUCATIVO

proporcionando aprendizagens significativas desenvolvidas também em parceria com


instituições locais, tais como o Centro de Saúde.
O projeto pretende estar intimamente relacionado com o quotidiano dos alunos,
possibilitando a sua participação na solução de problemas, de modo a que se desenvolvam
valores e competências relativas à prática de uma vida saudável. Sendo assim, a implicação
desta componente na comunidade escolar, poderá tornar possível a formação de cidadãos
conscientes e capazes de tomar decisões responsáveis e adequadas, avaliando as
consequências que daí possam advir.
O Projeto de Educação para a Saúde e Educação Sexual desta instituição abrange as
áreas tidas como prioritárias pelo Ministério da Educação, devendo ser articuladas com os
planos de turma, onde os contextos educativos e sociais são caraterizados e analisados:
 educação alimentar;
 educação sexual;
 prevenção do consumo de substâncias psicoativas;
 prevenção da violência escolar.

Desta forma, todos os projetos e atividades a desenvolver, devem constar e ser


consideradas:
 nos planos de turma do ensino básico e secundário;
 nas ações da equipa da educação para a saúde e educação sexual;
 na participação e colaboração da Associação de Estudantes e da Associação
de Pais e Encarregados de Educação, em cooperação com as restantes
estruturas da comunidade escolar;
 no funcionamento do gabinete de informação e apoio ao aluno.

No âmbito de um conceito abrangente de Sexualidade Humana e no da promoção de


alimentação saudável, a Escola aderiu ao Programa Regional de Educação Sexual em
Saúde Escolar e ao Programa de Alimentação Saudável em Saúde Escolar, respetivamente.
O primeiro promovido pela ARS Norte, I.P., inserido na área funcional de Promoção e
Proteção da Saúde do Departamento de Saúde Pública, o segundo também pela

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PROJETO EDUCATIVO

Administração Regional de Saúde, I.P., em parceria com a Direção Regional de Educação


do Norte.

PRESSE
O P ESSE apoia a implementação da educação sexual nas escolas de uma forma
estruturada e sustentada, envolvendo um trabalho con unto entre profissionais de sa de
escolar e professores. um programa implementado em escolas públicas e privadas da
região Norte, em parceria com a DGEstE Norte inserido nos projetos educativos dos
currículos das escolas. O PRESSE assenta na metodologia de projeto e na intervenção
interdisciplinar. um programa ímpar, com marca registada, cujas características de
diferenciação são a estrutura e a sustentabilidade bem como o apoio permanente aos
profissionais de saúde e educação que o aplicam.
Finalidades:
 contribuir para a diminuição de comportamentos de risco e para o aumento dos
fatores de proteção em relação sexualidade, dos alunos da Região Norte;
 contribuir para a inclusão nos projetos educativos e nos currículos das Escolas
da Região Norte, de um programa de educação sexual estruturado e
sustentado.
Este programa tem como população-alvo alunos e professores do 3º ciclo do ensino
básico e ensino secundário, envolvendo também pais, encarregados de educação, pessoal
não docente e restante comunidade.
A Educação Sexual integra as componentes prioritárias da Educação para a Saúde
em Saúde Escolar. O PRESSE preconiza um modelo abrangente para o desenvolvimento
curricular em Educação Sexual, envolvendo diversos conteúdos.
O PRESSE privilegia os professores enquanto dinamizadores das sessões com
alunos, com a sua participação, através de metodologias ativas e participativas em
educação sexual. As sessões PRESSE são estruturadas de acordo com objetivos e
conteúdos previstos para os diferentes níveis de ensino.

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PROJETO EDUCATIVO

PASSE
O PASSE perspetiva a promoção da alimentação saudável, promovendo a formação
adequada junto das equipas PASSE locais, que desenvolverão e implementarão o
programa.
Finalidades:
 promover comportamentos alimentares saudáveis e contribuir para que exista
um ambiente promotor da saúde, em especial no que se refere à alimentação;
 abranger outros determinantes da saúde, como a saúde mental, a atividade
física e a saúde oral;
 contribuir para que a oferta alimentar esteja de acordo com as recomendações
nutricionais.

O programa abrange toda a comunidade educativa de todos os níveis de ensino e


elementos-chave da comunidade extra-educativa. Os amigos, a família e as estruturas à
volta da escola ajudam, em conjunto, a criar ambientes promotores da saúde. Se, todos
juntos, quisermos passar a ideia de que comer bem dá prazer e saúde, todos os parceiros
são necessários, desde as autarquias ao comércio, empresas de transporte, clubes,
empresas na área da alimentação, entre muitos outros.

12.16 DEPARTAMENTOS CURRICULARES

Os Departamentos Curriculares, como estruturas de orientação educativa, deverão


ser os principais polos dinamizadores da concretização e inovação da articulação e
orientação educativas.
O Departamento não é um mero espaço aglomerador de docentes de diferentes áreas
disciplinares, pelo contrário, tem de ser o local privilegiado para a troca de ideias, de
objetivos, princípios e finalidades, e de discussão de eventuais propostas de qualquer teor,
tendo em vista o ponto nevrálgico para o qual todos trabalham: a escola e os alunos.
Compete aos Departamentos definir as metodologias que levem ao desenvolvimento
de um trabalho de qualidade. Nesta dinâmica o coordenador tem um papel fundamental na
agilização processual a todos os níveis e não se quedar apenas pela transmissão de
informações provenientes do Conselho Pedagógico e/ou de outros órgãos.

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PROJETO EDUCATIVO

Consequentemente cabe ao Coordenador dirigir a sua ação no sentido:


 da partilha de experiências, saberes e formas de estar entre os docentes;
 da análise dos resultados escolares e da implementação de estratégias na
resolução de eventuais insucessos e/ou problemas;
 da orientação/agilização na planificação de atividades que possam ser
transversais aos diferentes grupos disciplinares;
 da apresentação, em tempo útil, de relatórios intermédios e finais das
atividades realizadas pelo seu departamento;
 da verificação rigorosa e em tempo útil das planificações pedagógicas e dos
diversos planos de aula;
 do conhecimento absoluto de tudo o que o seu departamento pretende realizar;
 de superintender as sugestões de distribuição de serviço da componente letiva
e não letiva (anos de escolaridade a lecionar pelo docente, serviço de exames,
coadjuvâncias, assessorias…), considerando sempre o sentido de equidade e
competências;
 da exigência do cumprimento de prazos estabelecidos nas diversas tarefas
distribuídas;
 de supervisionar o trabalho dos professores, seja da componente letiva ou não
letiva, devendo verificar a adequação dos dispositivos pedagógicos utilizados
pelo professor, como se realizam as aprendizagens e proceder às regulações
convenientes, sugerindo eventuais alterações ou ajustamentos;
 de reunir com os seus pares coordenadores, garantindo, assim, um trabalho
globalizante subjacente a uma só escola em permanente comunicação;
 de expressar nos órgãos onde se faça representar e seja representante, das
decisões emanadas efetivamente do seu departamento;
 de se afirmar um moderador de conflitos, assertivo, mas nunca descurando a
sua responsabilidade no cargo que desempenha;
 de ser solícito.

Os Departamentos Curriculares deverão aumentar e aprofundar os debates internos


que preconizem um aprofundamento de questões didático-pedagógicas, defendendo-se a

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PROJETO EDUCATIVO

adoção de um formato de “equipa pedagógica” com o objetivo de afinar estratégias


pedagógicas, adaptar conteúdos e promover a interdisciplinaridade.
Nestes debates internos tem um papel preponderante uma reflexão cuidada sobre a
avaliação e definição dos critérios e se os há mais específicos de cada área disciplinar,
outros há de carácter mais abrangente, devendo ser analisados e ponderados.
A avaliação deve ser entendida como um instrumento de regulação contínua do
processo de ensino-aprendizagem, orientando a ação pedagógica do professor e a
aprendizagem do aluno.
Na avaliação os objetivos pedagógicos devem ser claros e os critérios de avaliação
conhecidos e assimilados pelos que estão mais diretamente envolvidos no processo de
ensino-aprendizagem. Só desta forma será possível identificar sucessos e insucessos e,
consequentemente, (re)orientar as práticas no sentido de reforçar os sucessos e tentar
colmatar os insucessos.
Consequentemente, os intervenientes nesse processo devem ter em consideração
alguns aspetos chave para atingir o sucesso:
 transmitir a informação necessária aos alunos sobre as aprendizagens a que
realizar, as metas a atingir, as tarefas a desenvolver, o caminho a percorrer;
 dar a conhecer aos alunos os critérios pelos quais são avaliados, assegurando
uma relação linear entre ensinar e aprender;
 ajustar as tarefas a desenvolver aos critérios estabelecidos, isto é, contextos
de aprendizagem planificados e estruturados devem ser apropriados ao
desenvolvimento dos objetivos definidos e à realização das aprendizagens
pretendidas;
 existir concordância entre os critérios explicitados e os utilizados, numa
uniformidade entre o que é ensinado e o que é avaliado.

Para os diferentes Departamentos, preconiza-se, ainda, a apresentação e


implementação de projetos e/ou clubes que sejam capazes de fornecer respostas para
problemas reais do quotidiano da comunidade educativa e ainda que sirvam os seus
interesses.

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PROJETO EDUCATIVO

12.17 OCUPAÇÃO DOS TEMPOS ESCOLARES

No âmbito da organização do ano escolar, a escola deve proceder à aprovação de


um plano de distribuição de serviço docente, identificando detalhadamente os recursos
envolvidos, que assegure a ocupação dos tempos escolares dos alunos do Ensino Básico
e Secundário em atividades educativas na situação de ausência imprevista do respetivo
docente a uma ou mais aulas, de modo a obter o pleno aproveitamento do seu horário
letivo.
Neste contexto, o recurso a aulas de substituição passa por serem asseguradas por
outro professor de acordo com a seguinte prioridade:
 permuta no conselho de turma;
 professor do grupo disciplinar para aplicar o plano de aula;
 professor de outra área que aplicará um trabalho previamente planificado.
Relativamente a esta última situação, os vários Departamentos/Grupos
Disciplinares deverão viabilizar propostas de atividades complementares de reforço no
âmbito da disciplina de Língua Portuguesa, ocupando efetivamente os alunos durantes
estas aulas.
Torna-se, pois, necessário estabelecer uma ação concertada entre todos, para que,
em conjunto, continue a c a m i n h a r - s e no sentido de uma escola de qualidade, o n d e
o rigor na realização das tarefas, a disciplina e cultura de trabalho escolar, bem como o
clima social das relações humanas concorrem significativamente para o crescimento do
aproveitamento escolar dos alunos.

12.18 DESPORTO ESCOLAR

O Desporto Escolar tem sido encarado como uma mais-valia em todo o processo
ensino aprendizagem, promovendo estilos/hábitos de vida saudável, valorizando a ética e o
espírito desportivo, a responsabilidade pessoal e coletiva, a cooperação e a solidariedade, a
consciência cívica e o gosto pela escola. Ou seja, com esta atividade contribui-se para a
formação equilibrada e harmoniosa do aluno e ainda dotá-lo de algum know-how que lhe
poderá servir de base para ingressar num futuro desportivo federado e contribuir para o
desenvolvimento da prática desportiva em Penafiel.

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PROJETO EDUCATIVO

O Desporto Escolar é de existência obrigatória, possui um programa plurianual de


aplicabilidade e encontra-se organizado em duas vertentes:
 Atividades de carácter interno – conjunto de atividades físico-desportivas
que deve reverter da dinâmica interna da disciplina de Educação Física,
enquadrado no Plano Anual de Atividades da Escola, desenvolvido pelo Grupo
de Educação Física, sob a responsabilidade do Coordenador do Desporto
Escolar. Pode concretizar-se através de atividades de carácter pontual, ou de
Grupos/Equipas com treinos regulares, nas modalidades desportivas que a
escola pode oferecer;
 Atividade de carácter externo – atividade externa desenvolvida no âmbito
dos Grupos/Equipa, centrada, prioritariamente, na participação em
Campeonatos Escolares organizados pelas Associações Desportivas de
Escolas, e, supletivamente, nos eventos competitivos de carácter seletivo,
estruturados por fases sequenciais de apuramento, organizados pelas
estruturas do Ministério da Educação.

As orientações determinadas pela Escola são as seguintes:


 modalidades que sejam do interesse dos alunos e estejam previstas no PAA da
escola;
 créditos horários marcados de forma a possibilitar a participação dos alunos e
que não exista prejuízo para a lecionação da disciplina de Educação Física
relativamente à ocupação dos espaços;
 realização de encontros pontuais com outras escolas de modo a aumentar o
gosto pela prática desportiva e proporcionar uma competição desportiva
saudável;
 funcionamento em cada ano escolar de, pelo menos, 10 Grupos/Equipa;
 entregas periódicas de informações (final de cada período letivo), aos Diretores
de Turma sobre a prestação dos alunos que se encontram a frequentarem o
DE;

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PROJETO EDUCATIVO

 acompanhamento dos Grupos/Equipas pelos seus responsáveis nas suas


deslocações/competições, ou, caso lhes seja impossível, permutar com um
professor de Educação Física;
 cada Grupo/Equipa deve ter para além do Professor responsável, um Professor
colaborador que apoia o grupo e substitui o responsável na sua ausência.

Cada docente terá um dos seus blocos de TE ocupado com um grupo-equipa da


modalidade, onde se sinta capacitado e motivado para orientar e formar desportivamente os
alunos (atividades de iniciação ou aperfeiçoamento) ou então, pela formação especializada
(atividades de excelência) nessa mesma área.
Assim sendo, o Desporto Escolar deverá ser integrado de forma articulada e
continuada no conjunto dos objetivos gerais do Projeto Educativo e no Plano Anual de
Atividades.

12.19 TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

A integração numa Sociedade da Informação e do Conhecimento continua a ser


assumida por esta escola, através da generalização do acesso dos alunos aos meios de
informação e de apropriação do conhecimento, bem como da melhoria das suas
competências nesta matéria. Assim, continuará a motivar a utilização dos recursos
informáticos existentes e a adquirir produtos educativos multimédia. Por outro lado, apoia as
formas de formação contínua de professores que valorizem o perfil do docente como
orientador das aprendizagens dos alunos com recurso às Tecnologias da Informação e
Comunicação (TIC).
É incontestável que a utilização das TIC na educação facilita a aprendizagem,
incentiva a criatividade, permite o acesso a grande quantidade de informação, estimula a
interação e partilha de opiniões e perspetiva alternativas, possibilitando a produção de
materiais didáticos de qualidade muito superior aos convencionais através da integração de
imagem, texto e som.
O uso deste tipo de recurso, onde a interatividade é abundante, permite combater a
eventual tendência do utilizador para a passividade e, assim, torná-lo protagonista do
próprio processo de ensino/aprendizagem.

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PROJETO EDUCATIVO

Contudo, não basta que os alunos sejam capazes de realizar alguns procedimentos
elementares no uso das TIC. O desempenho básico neste domínio pressupõe que
desenvolvam, de forma flexível e faseada, processos de aprendizagem transdisciplinar, com
um tempo significativo de prática que lhes garanta a transferibilidade das aprendizagens e a
autonomia no uso das TIC.
Isso pressupõe o inequívoco empenho da escola e dos professores e o estímulo
para aprendizagens autónomas e cooperativas dos alunos, assegurando o uso das TIC
em várias áreas curriculares através de um percurso coerente de formação e a aquisição de
um conjunto de competências claramente referenciado.
O desenvolvimento das TIC tem possibilitado uma acrescida dinâmica no
ensino/aprendizagem à distância, devendo a escola fomentar as experiências inovadoras
da tutoria e apoio à distância aos seus alunos.
Noutro domínio, a Escola deverá continuar a propiciar um serviço público de
qualidade na utilização destes recursos on-line - inscrições e matrículas, acesso a registos
académicos individuais, interação com alunos e Encarregados de Educação - continuando a
apostar na formação e inovação, dando resposta às enormes potencialidade e recursos de
que dispõe.

12.20 ORIENTAÇÃO ESCOLAR E PROFISSIONAL

Compete aos Serviços de Psicologia e Orientação planear e executar atividades de


orientação escolar e profissional, nomeadamente através de programas a desenvolver com
grupos de alunos ao longo do ano letivo e de apoio individual ao seu processo de escolha,
facilitando o desenvolvimento da sua identidade pessoal e a construção do seu próprio
projeto de vida.
A orientação escolar e profissional deve ter, como contexto temporal mais apropriado
dentro das possibilidades dos serviços, o 8º ano e o 9º ano de escolaridade, mas deve,
sempre que possível, ter continuidade até ao 12º ano.
A orientação escolar e profissional para além de dar formação para a decisão através
de atividades específicas, deverá implicar cada vez mais os pais/encarregados de educação
e os respetivos diretores de turma neste processo, intervenientes que constituem parceiros
importantes em todo o percurso de construção de projetos de carreira.

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PROJETO EDUCATIVO

A escola deve continuar a ter um papel ativo na divulgação dos seus cursos junto dos
alunos de outras escolas do concelho e futuros alunos desta escola, cuja divulgação deve
ser preferencialmente audiovisual. Deve procurar organizar visitas de estudo ou encontros a
instituições diferenciadas, para que as informações recolhidas possam melhor direcionar e
orientar os jovens.

12.21 PERFIL DOS ASSISTENTES TÉCNICOS E OPERACIONAIS

Na mudança intrínseca à sociedade é condição necessária que os Assistentes


Operacionais, bem como os Assistentes Técnicos, a acompanhem. Na realidade, nesta
instituição, há um conjunto de funcionários que se destaca por:
 eficácia competência no desempenho das suas funções;
 respeito e compreensão para com toda a comunidade educativa;
 utilização de estratégias positivas na resolução de conflitos com os alunos;
 contribuição para o desenvolvimento de manutenção de um bom ambiente de
trabalho;
 colaboração, sempre que se justifique, nas atividades desenvolvidas na escola;
 eficiência no apoio às atividades letivas;
 desempenho de qualquer tarefa extraordinária quando solicitados;
 prestação de auxílio e assistência a todos os membros da comunidade
educativa em caso de doença ou acidente, mantendo o controlo emocional e
discernimento profissional perante situações mais complexas e de tensão;
 garantia dos padrões de qualidade em cada local (atenção, simpatia,
disponibilidade e eficiência) e em todos os serviços (limpeza, organização e
atendimento);
 resposta com prontidão a propostas de novas tarefas, contribuindo para uma
escola melhor.

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PROJETO EDUCATIVO

13. SEGURANÇA
Na formação e na prática da atividade da Escola é desenvolvida uma cultura de
segurança. Essa cultura deve abranger toda a vivência dos intervenientes no processo,
nomeadamente:
 segurança das atividades letivas em sala de aula e instalações;
 prevenção na entrada de intrusos (entenda-se pessoas não inseridas na
comunidade escolar);
 prevenção de atuação em situações de catástrofe.

Sendo assim, nas atividades letivas, os alunos devem atuar de acordo com as
normas de higiene e segurança requeridas/exigidas num ambiente de sala de aula, com
especial atenção para os laboratórios e recintos desportivos, cuja especificidade obriga a
que seja regulada e orientada pelos professores das disciplinas envolventes, competindo-
lhes a leitura do regulamento específico da disciplina relativo à utilização de instalações,
bem como a formação/orientação e supervisão do cumprimento desses
requisitos/comportamentos.
A segurança das instalações deve ser coordenada de modo a que ocorram inspeções
regulares pelas pessoas ligadas ao setor, conferindo uma prevenção primária,
complementada com inspeções periódicas por entidades especializadas e a verificação
regular da segurança dos equipamentos e instalações para se reparar rapidamente
anomalias e danos de forma a prevenir eventuais acidentes.
A entrada e permanência de intrusos (pessoas não pertencentes à comunidade
educativa) na escola tem de ser evitada, quer pela vigilância do pessoal não docente, quer
pela colaboração ativa dos alunos denunciando tal situação.
A prevenção de atuação em situações de emergência e catástrofes tem que
estar devidamente planificada no plano de segurança da escola. As situações que
envolvam a participação ativa dos alunos, terão diferentes fases de formação,
nomeadamente através da intervenção do Diretor de Turma, a quem compete, por exemplo,
a prática da simulação de saída das salas de aula em situações de emergência em
coordenação com atividades promovidas pela equipa da Proteção Civil.

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PROJETO EDUCATIVO

A formação é fundamental para o sucesso das medidas adotadas. O plano


anual de atividades continuará a incluir temas na área da formação e na prevenção com o
intuito de se trabalhar uma postura ativa no domínio da segurança.

13.1 PROTEÇÃO CIVIL

As escolas para além de serem um espaço dinâmico de transmissão de saberes,


constituem fator de integração na sociedade e vetor de formação do aluno, pelo que é
essencial um trabalho persistente de desenvolvimento de uma cultura de segurança que se
quer presente no dia a dia.
Essa educação para a segurança e prevenção de riscos é um trabalho de
desenvolvimento de comportamentos que só ganha no funcionamento em rede e na
constituição de grupos multidisciplinares.
Assim, numa lógica de boas práticas no âmbito da segurança, a escola apresenta
uma equipa de Segurança/Proteção Civil delegada para planificar, dinamizar e implementar
atividades de encontro a este campo de ação. Sempre que possível deverá haver o
envolvimento de outras entidades tais como INEM, PSP, Centro de Saúde, Bombeiros,
Proteção Civil Municipal, GNR, entre outras.
As atividades a desenvolver devem versar prioritariamente a Educação Rodoviária,
Educação para as Tecnologias e Educação para comportamentos a adotar em situações de
risco, orientadas, essencialmente, a alunos do 7º ao 10º ano de escolaridade (entrada de
novos alunos), não deixando nenhum setor sem formação nestes domínios.
Pretende-se uma comunidade educativa que conheça:
 os riscos materiais e tecnológicos a que o cidadão está sujeito;
 as medidas de autoproteção a adotar;
 riscos e vulnerabilidades específicas da zona;
 comportamentos corretos face à ativação dos planos de emergência.

Para isso, a equipa de proteção civil continuará a promover um conjunto de atividades


perspetivadas para:
 divulgar regras básicas de segurança;

59
PROJETO EDUCATIVO

 realizar simulacros de evacuação do espaço escolar em situação de


emergência;
 proporcionar formação no âmbito da temática Suporte Básico de Vida;
 promover e exigir o cumprimento de normas e utilização dos espaços;
 sensibilizar para problemas concretos relativos aos espaços comuns do meio
escolar;
 proporcionar formação adequada aos profissionais da comunidade escolar
para responderem com eficácia nas diferentes situações de emergência.

60
PROJETO EDUCATIVO

14. BIBLIOTECA/CENTRO DE RECURSOS


A Biblioteca/Centro de Recursos, constituída por um conjunto de recursos físicos
(instalações, equipamento), humanos (professores e funcionários) e documentais (papel,
audiovisual e informático), organizados de forma a oferecer à comunidade escolar
elementos que contribuam para a sua formação e informação, deve encarar-se como um
núcleo da organização pedagógica da escola, vocacionada para as atividades culturais e
para a informação, tendo em vista atingir objetivos como:
 tornar possível a plena utilização dos recursos pedagógicos e dotar a escola de
um fundo documental adequado às necessidades das diferentes disciplinas e
projetos de trabalho;
 organizar atividades que favoreçam a consciência e a sensibilização para
questões de ordem cultural e social;
 desenvolver nos alunos competências e hábitos de trabalho baseados na
consulta, tratamento e produção de informação, tais como: selecionar, analisar,
criticar e utilizar documentos;
 desenvolver um trabalho de pesquisa ou estudo, individualmente ou em grupo,
por solicitação do professor ou por própria iniciativa;
 estimular nos alunos o prazer de ler e o interesse pela cultura regional,
nacional e universal;
 ajudar os professores a planificar as suas atividades de ensino e a diversificar
as situações de aprendizagem;
 incrementar um conjunto de processos inerentes ao circuito do documento,
nomeadamente o tratamento técnico da informação (catalogação, etiquetagem,
entre outras), no sentido de facilitar a recuperação da informação, o
atendimento aos utilizadores e promover o empréstimo domiciliário;
 associar a leitura, os livros e a frequência da BE/CRE à ocupação lúdica dos
tempos livres.

A Biblioteca/Centro de Recursos deve, pois, constituir um recurso básico do processo


educativo, através de uma prática que envolva toda a comunidade educativa no sentido de

61
PROJETO EDUCATIVO

fomentar o gosto pela leitura, as literacias da informação e da comunicação e o


aprofundamento da cultura cívica, científica, tecnológica e artística.
Relativamente às atividades a desenvolver, e tendo como ponto assente a
colaboração pedagógica, pretende-se que a Biblioteca Escolar/Centro de Recursos
contribua para o cumprimento de objetivos e atividades que englobem toda a escola,
implemente Clubes e outras atividades extracurriculares, trabalhe com os professores e os
alunos em projetos e atividades que, de forma integrada, os preparem para a utilização das
TIC, para o uso da Internet e para o uso da informação em diferentes suportes,
desenvolvendo desta forma um conjunto de literacias básicas e as chamadas literacias da
informação.

62
PROJETO EDUCATIVO

15. AVALIAÇÃO INTERNA /AUTOAVALIAÇÃO DA ESCOLA


A avaliação da escola constitui um importante instrumento para a melhoria da
qualidade do ensino e da aprendizagem, através da constatação/observação de pontos
positivos e pontos críticos.
Deve ser expressa num documento onde se observe um conjunto de dados e
perspetivas relevantes sobre determinadas vertentes do fazer educativo, a partir do qual seja
percetível a realidade da escola nas suas diferentes dimensões e, caso se justifique, sejam
definidas estratégias possíveis de estabelecer novas formas de agir e interagir, reforçando a
capacidade da escola para planificar e implementar o seu processo de melhoria, eficácia e
qualidade.
Assim, a Comissão de Avaliação Interna, através da recolha e análise de dados
oriundos das mais diversas fontes (resultados dos exames nacionais, testes aferidos, valor
acrescentado dos alunos, inquéritos, atas, relatórios, entrevistas, …), numa perspetiva
criativa, mas objetiva e isenta, deve incidir a sua observação nos seguintes parâmetros:
 processo de liderança;
 organização e gestão;
 desenvolvimento curricular;
 projeto educativo;
 ligação com o exterior;
 clima e ambiente educativos/cultura de escola;
 resultados académicos/sucesso escolar.

O relatório da avaliação interna/autoavaliação constitui “(…) o documento que


procede à identificação do grau de concretização dos objetivos fixados no projeto educativo,
à avaliação das atividades realizadas pelo agrupamento de escolas ou escola não agrupada
e da sua organização e gestão, designadamente no que diz respeito aos resultados
escolares e prestação do serviço educativo”. (decreto – lei nº 75/2008, 22 de abril, artigo
9º, 2, c)

63
PROJETO EDUCATIVO

16. AVALIAÇÃO DO PROJETO EDUCATIVO


A assunção do Projeto Educativo como instrumento orientador da política educativa
da escola, não dispensa um processo avaliativo que nos permita ajuizar da sua coerência
com os objetivos e as finalidades da educação, as metas da escola, a pertinência das
ações nele inscritas e da sua eficácia face aos efeitos desejados. Assim, a sua avaliação
deve contemplar duas grandes dimensões: o desenvolvimento do próprio projeto e os
resultados alcançados.
No final do ano letivo 2019/2020 proceder-se-á a uma avaliação global, tendo por
base os seguintes documentos:
 análise dos instrumentos recolhidos na avaliação anual do projeto;
 taxa de transição no 7º, 8º, 9º, 10º e 11º ano de escolaridade;
 taxa de conclusão no 12º ano de escolaridade;
 taxa de abandono nos ensinos básico e secundário;
 resultados dos testes aferidos;
 resultados dos exames nacionais;
 taxa de admissão ao ensino superior;
 análise do plano anual de atividades;
 sugestões recolhidas dos elementos da comunidade educativa.

A avaliação deverá identificar os pontos fortes e fracos, bem como sugerir a


implementação de ações e processos de melhoria da qualidade, do funcionamento e dos
resultados da escola, tendo em vista respostas adequadas e eficazes na formação dos
nossos alunos.

64
PROJETO EDUCATIVO

17. ÓRGÃOS E ESTRUTURAS INTERMÉDIAS


Administração e Gestão Escolar
Diretor

Conselho Geral
Pessoal Docente (8 elementos)
Pessoal Não Docente (2 elementos)
Alunos (2 elementos)
Pais e Encarregados de Educação (4 elementos)
Comunidade Local (2 elementos)
Município (3 elementos)

Conselho Pedagógico
Presidente
Coordenadores de Departamento
Coordenadores dos Diretores de Turma do 3º Ciclo e E. Secundário
Psicóloga
Coordenadora Pedagógica TIC
Representante da Biblioteca Escolar
Coordenadora da Educação Especial
Representante dos Diretores dos Cursos Profissionais
Representante dos Projetos de Desenvolvimento Educativo

65
PROJETO EDUCATIVO

Departamentos
Departamento de Línguas
Departamento de Matemática e Ciências Experimentais
Departamento de Ciências Sociais e Humanas
Departamento de Expressões

Direção de Turma
Coordenador do 3º Ciclo do Ensino Básico
Coordenador do Ensino Secundário

Serviços Administrativos
Chefe de Serviços de Administração Escolar
Assistentes Técnicos

Serviços de Psicologia e Orientação Educativa


Psicóloga

Associação de Pais e Encarregados de Educação

Assembleia Geral
Direção
Conselho Fiscal

Associação de Estudantes
Presidente
Vice-Presidente
Tesoureiro

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PROJETO EDUCATIVO

ANEXOS

67
ANEXO I

CURSO DE FORMAÇÃO EM PLANEAMENTO DE AÇÃO ESTRATÉGICA DE PROMOÇÃO DA QUALIDADE DAS


APRENDIZAGENS
Entidade Formadora – Registo de Acreditação Nº CCPFC/ENT - SC – 0028/15

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENAFIEL

Lacunas na aprendizagem, ao longo do percurso escolar, em disciplinas sujeitas a prova


1. final/exame nacional: Português, Matemática; Física e Química, Biologia e Geologia,
Fragilidade/problema Economia, Geografia, Geometria Descritiva e Matemática Aplicada às Ciências Sociais.
a resolver e Resultados dos exames nacionais;
respetiva(s) fonte(s) Projeto Educativo 2012-2015 (páginas 17 e 21);
de identificação Atas do Conselho Pedagógico e dos Conselhos de Turma;
Relatório de avaliação interna (página 9).

2.
Ano(s) de
9º, 11º e 12ºanos
escolaridade a
abranger

3.
Preparação para exame nacional
Designação da medida

4. Colmatar as lacunas na aprendizagem


Objetivos a atingir
Garantir a preparação adequada aos alunos que realizam exame
com a medida

Atingir nas provas finais/exames nacionais classificações acima da média nacional e do


valor esperado: Meta de 5% para 2016/2017 e de 10% para 2017/2018, acima dos valores
5. obtidos em 2015/2016.
Metas a alcançar com Conseguir, gradualmente, uma diminuição do desvio médio entre as classificações internas
a medida e a das provas finais/exames nacionais para um valor abaixo da média nacional: Meta de 8%
em 2016/2017 e 0% em 2017/2018.

6.
Atividade(s) a Atribuir 90 ou 45 minutos de reforço da componente letiva nos anos de escolaridade de
desenvolver no realização da prova final/exame nacional para aulas de preparação para exame
âmbito da medida

7.
Calendarização das Ao longo do ano letivo, uma vez por semana
atividades

8.
Responsáveis pela Professores das disciplinas sujeitas a prova final/exame nacional
execução da medida

9.
Recursos (crédito Cada turma terá nas disciplinas sujeitas a exame nacional, com resultados normalmente
horário utilizado ou
baixos, 45 ou 90 minutos de reforço da componente letiva. Total de aproximadamente 70
recursos necessários
à implementação da blocos de 90 minutos.
medida)

10. Análise dos valores obtidos nas tabelas estatísticas e de resultados previstos no final de
Indicadores de cada período. Análise dos resultados das provas de aferição interna.
monitorização e meios As planificações anuais e de aula identificam as lacunas a colmatar/trabalho de reforço a
de verificação da efetuar
execução e eficácia da Os sumários referentes a estas aulas registam a concretização das planificações
medida As atas das reuniões de coordenação de ano registam a definição de
estratégias/metodologias a aplicar
As atas das reuniões de coordenação de ano registam a aferição dos resultados
intermédios e finais obtidos

11.
Necessidades de Não há necessidade de formação
formação contínua (*)

1. Perda significativa de tempo útil de aula, nomeadamente: turma com grupos de trabalho
Fragilidade/problema assimétricos, falta de pontualidade, situações de indisciplina, incumprimento das tarefas
a resolver e propostas, má gestão do tempo de aula. Em qualquer ano ou turma que seja identificado o
respetiva(s) fonte(s) problema.
de identificação Atas dos conselhos de turma. Relatório de avaliação interna.

2.
Ano(s) de
Todos os anos, algumas turmas ou disciplinas
escolaridade a
abranger

3.
Coadjuvação/assessoria
Designação da medida

Aumentar o tempo útil de aula


4.
Objetivos a Diminuir as situações de indisciplina
atingir com a medida
Garantir o cumprimento, por parte dos alunos, das tarefas propostas em sala de aula

5. Cumprir o plano de aula


Metas a alcançar com
a medida Atingir 90% de tempo útil de aula

6. Atribuir 90 minutos, ou conforme a necessidade, de coadjuvação/assessoria em turmas


Atividade(s) a identificadas.
desenvolver no
âmbito da medida Planear em conjunto (professor e coadjuvante/assessor) a(s) aula(s)

7.
Calendarização das Ao longo do ano letivo, uma ou mais vezes por semana
atividades

8.
Responsáveis pela Professor, coadjuvante/assessor e respetivo grupo disciplinar
execução da medida

9.
Recursos (crédito
horário utilizado ou 40 horas, de modo a garantir a presença de um docente na sala de aula, para as situações
recursos necessários identificadas com dificuldade em cumprir as atividades.
à implementação da
medida)

10. A observação direta das aulas identificadas com o problema


Indicadores de As planificações anuais e de aula são claras quanto ao trabalho a desenvolver por cada um
monitorização e meios
de verificação da dos docentes em sala de aula
execução e eficácia da O conteúdo dos sumários é indicador do cumprimento do plano de aula
medida
Os registos de comportamento dos alunos evidenciam as melhorias registadas ao nível das
situações de indisciplina
Os registos dos alunos (caderno diário, manual material necessário, etc …) são evidências
de que o trabalho em aula aconteceu e que o plano de aula foi cumprido

11.
Necessidades de Não há necessidade de formação
formação contínua (*)

Incoerências e falhas no processo de avaliação, nas suas diferentes fases, com


1.
Fragilidade/problema implicações na aprendizagem. Falta de tratamento dos resultados da avaliação.
a resolver e
Relatórios estatísticos da avaliação. Grelhas de avaliação. Instrumentos de avaliação.
respetiva(s) fonte(s)
de identificação Relatório de avaliação interna.

2.
Ano(s) de
Todos os anos em todas as disciplinas.
escolaridade a
abranger

3.
Monitorização do processo de avaliação
Designação da medida

Garantir o cumprimento de todas as fases do processo de avaliação


4.
Construir instrumentos de avaliação adequados a cada situação
Objetivos a atingir
Assegurar o cumprimento das disposições legais em vigor e dos critérios definidos pelo
com a medida
Conselho Pedagógico

5.
Anular o desvio entre as classificações internas e o valor esperado.
Metas a alcançar com
Meta a alcançar em 2017/2018.
a medida

Constituição de uma equipa, por grupo disciplinar/ano de escolaridade, para revisão dos
instrumentos de avaliação a aplicar e restantes documentos inerentes ao processo
Aferição de propostas de nível/classificação em final de período e em coordenação de ano
Realização de uma prova de aferição por disciplina/ano de escolaridade
6.
Atividade(s) a Análise dos resultados intermédios e finais, com delineação de estratégia para melhoria do
desenvolver no processo
âmbito da medida
Definição de estratégias adequadas para a recuperação das aprendizagens/resultados em
instrumentos de avaliação dos alunos que estão a obter resultados abaixo do esperado em
uma ou mais disciplinas
Análise dos resultados por prova - IAVE

Calendarização das provas aferidas


Ano de realização de exame – 2º período
7.
Calendarização das Disciplinas bienais – 1º ano – 3º período
atividades Disciplinas trienais – 2º ano – 1º período
Aferição de propostas - No final de cada período
Análise dos resultados - No início dos três períodos letivos
Monitorização dos instrumentos de avaliação - Durante o ano letivo, de acordo com o
número de momentos de avaliação

Professores
Diretores de turma
8.
Responsáveis pela Coordenadores de departamento
execução da medida
Diretor
Conselho pedagógico
9.
Recursos (crédito
horário utilizado ou
Não há necessidade de recursos
recursos necessários
à implementação da
medida)

Nas grelhas de avaliação produzidas são dadas regularmente as diferenças entre os valores
obtidos e esperados. A monitorização será efetuada por Coordenadores de
10. Departamento e Coordenadores de Diretores de Turma.
Indicadores de
Das grelhas de classificações ponderação de níveis/classificações constam resultados
monitorização e meios
de verificação da fiáveis e válidos para avaliação
execução e eficácia da
As atas das reuniões de coordenação de ano, departamento e conselho pedagógico revelam
medida
o cumprimento das disposições legais em vigor e dos critérios definidos pelo Conselho
Pedagógico

11.
Formação efetuada pelos coordenadores de departamento e de diretores de turma, ao
Necessidades de
longo do processo.
formação contínua (*)

Dificuldades do professor, em alguns domínios, provocando fragilidades na execução da


1. sua atividade:
Fragilidade/problema  Exercícios de autoridade em sala de aula
a resolver e  Elaboração der planificações
respetiva(s) fonte(s)  Execução do plano de aula
de identificação Projeto educativo. Relatório de avaliação interna e externa. Plano de Melhoria. Relatório de
avaliação interna.

2.
Ano(s) de
Todos os anos de escolaridade: 7º, 8º, 9º, 10º, 11º e 12º
escolaridade a
abranger

3.
Formação em contexto
Designação da medida

4.
Reduzir a(s) fragilidade(s) do professor em alguns domínios, nomeadamente: científico,
Objetivos a atingir
pedagógico e de gestão da sala de aula.
com a medida
5.
Frequentar, no mínimo, uma formação em contexto por professor/ano letivo em contexto
Metas a alcançar com
num dos domínios em que o professor apresenta fragilidades.
a medida

6. Supervisão para diagnosticar fragilidades


Atividade(s) a
desenvolver no O Professor tem a ajuda do formador na sala de aula, ou atividade, no percurso a seguir
âmbito da medida de modo a atingir o resultado esperado.

7. Realizar a supervisão no início de cada período letivo


Calendarização das
atividades Realizar formação em contexto ao longo do ano letivo

8. Supervisores
Responsáveis pela
execução da medida Coordenadores de departamento; Diretores de turma; Diretores de curso; Diretor

9.
Recursos (crédito
horário utilizado ou 40 horas para os formadores acompanharem os docentes no processo de
recursos necessários formação/melhoria
à implementação da
medida)

O indicador será o número de fragilidades do Docente a melhorar ao longo do ano letivo.


10.
Indicadores de Indicação, em cada supervisão, para além das fragilidades diagnosticadas, os pontos fortes
monitorização e meios
e o plano de formação em contexto, que poderá ser um conjunto de sugestões de melhoria
de verificação da
execução e eficácia da Registo dos pontos fortes e pontos a melhorar
medida
Registo das mudanças introduzidas pela formação em contexto

11.
10 horas de formação para definir os procedimentos a adotar pelos supervisores, de modo
Necessidades de
a garantirem o resultado esperado
formação contínua (*)
Anexo II

Critérios Gerais de Avaliação da Escola

1. A avaliação deve ser desenvolvida em várias componentes e modalidades, adequada a cada


disciplina, envolvendo conhecimentos, competências, capacidades e atitudes.
2. A classificação atribuída no final de cada período deve ser o resultado de uma ponderação
sobre cada uma das componentes da avaliação.
3. A avaliação deve ter um carácter essencialmente formativo.
4. Os alunos devem ser avaliados tendo em consideração:
- Instrumentos de avaliação;
- Trabalhos práticos;
- Trabalhos efetuados em casa, em grupo, de investigação, entre outros;
- Participação na aula;
- Oralidade;
- Empenho nas atividades;
- Atitudes e valores;
- Assiduidade e pontualidade.
5. Em reunião de Departamento devem ser definidos os critérios específicos de cada disciplina,
assim como o fator de ponderação a atribuir a cada um dos componentes da avaliação.
6. Devem ser integrados no processo de ensino-aprendizagem, no mínimo, cinco momentos
para a avaliação sumativa.
7. Os instrumentos de avaliação devem ter uma matriz com explicitação dos conteúdos a ser
avaliados.
8. Os instrumentos de avaliação devem ser sempre corrigidos e entregues aos alunos no prazo
máximo de 10 dias.
9. Toda a avaliação do aluno deve valorizar a progressão.
10. Para os diferentes tipos de avaliação deve existir uma ficha de registo por disciplina, da qual
deve ser dado conhecimento aos alunos e encarregados de educação.
11. No final de cada período, em reunião de Conselho de Turma, o aluno deve ser avaliado tendo
em consideração todas as disciplinas e não apenas o registo de cada disciplina isoladamente.
12. A avaliação no final de cada período traduz sempre todo o processo de aprendizagem do
aluno até essa data.
13. Em reunião de grupo devem ser aferidos os critérios de modo a evitar discrepâncias entre
professores do mesmo grupo.
14. No grupo devem ser aplicados instrumentos/processos de avaliação semelhantes.
15. Nas áreas curriculares não disciplinares, a avaliação utiliza elementos provenientes das
diversas disciplinas e áreas curriculares.

Para além destes critérios, cada Departamento Curricular estabelece critérios por disciplina,
sempre de acordo com os critérios gerais.

Projeto Educativo aprovado a 1 de fevereiro de 2018

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