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Introdução ...............................................................................................................................1
Objectivos Específicos.............................................................................................................2
Metodologia ............................................................................................................................3
Neste sentido o Código de Ética do Contador foi criado para nortear os profissionais no que diz
respeito aos procedimentos corretos no exercício da profissão e contem os princípios éticos
aplicáveis a sua conduta. A observância do código de ética deve ser tida pelo profissional como
uma premissa, base de sua carreira. Para tanto faz-se importante observar como esse tema é
abordado durante a graduação deste profissional, a contribuição para sua formação e a percepção
dos alunos sobre sua importância.
A ética é muito mais que o mero cumprimento dos códigos específicos ou das normas de conduta.
Trata-se de uma questão de respeito e compromisso para com crescimento da sociedade em que
vive o contabilista, fazendo o correto sem se deixar levar. Com isso, o profissional tende a crescer
enquanto pessoa e a permanecer-se próximo dele os que têm essa conduta de respeito e
compromisso.
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Objectivo Geral
Compreender a Importância do Código de Conduta dos Contabilistas no Ensino de
Contabilidade
Objectivos Específicos
Estabelecer a Relação entre a Ética, A moral e a Prática Humana;
Descrever a Relevância da Educação Ética na Contabilidade;
Identificar os Princípios Fundamentais da Formação Profissional Contábil.
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Metodologia
Para o alcance dos objectivos do presente trabalho, foi usado o Método Histórico acompanhado da
Técnica Documental e Bibliográfica
O método Histórico tem como base a crença na História como uma ciência capaz de explicar
estruturas e acontecimentos, notadamente os de foro político-económico (Goldman 1994). Ferreira
(1998:109), afirma que o método consiste em investigar acontecimentos, processos e instituições do
passado para verificar a sua influência na sociedade contemporânea para melhor compreender o papel
que actualmente desempenham na sociedade.
A técnica documental constituiu uma técnica igualmente valiosa para abordagem de dados
qualitativos, seja complementando as informações obtidas por outras técnicas, seja revelando aspectos
novos do problema e temas em questão através de diverso material bibliográfico relacionado com a
matéria.
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1. Código de Conduta dos Contabilistas no Ensino da Contabilidade
De forma simples, a ética é definida como o ramo da filosofia que lida com o comportamento
humano expressado em ações, atos, valores, crenças e atitudes dos indivíduos vivendo em
sociedade.
A Ética em seu sentido de maior amplitude tem sido entendida como a ciência da conduta perante
os seres e seus semelhantes.
Sá (2005) afirma que antes de qualquer convivência em sociedade, o indivíduo cresce no seio de
sua família onde recebe as primeiras noções de comportamento ético. Este processo é importante
para que o indivíduo saiba identificar o certo e o errado, o justo e o injusto, e com isso consiga
exercer uma conduta de moral em sua vida.
Ainda segundo Sá (2005) é uma crença antiga e vencida no campo da ciência de que o ser já nasce
bom ou mau. Pode até ocorrer casos eventuais de seres resistentes à educação, por uma
determinação genética ou inexplicável, mas o que hoje aceitamos como correto é moldar a infância
e os iniciados em qualquer atividade, através de uma solida educação.
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1.2.A Moral e a Prática Humana
O indivíduo precisa ter consciência ética que dê importância aos princípios da moral e do bom
comportamento como pessoa e como profissional. A valorização do comportamento conscientiza
a pessoa. Desta forma, “o valor deve ser incentivado a partir do reconhecimento de que os
malefícios existem e que em razão de terceiros e muitos errarem não justifica que também se erre”.
(SÁ, 2005). Portanto, não é pelo fato de que todos à sua volta estão agindo com imoralidade que
o indivíduo irá agir da mesma forma. Embora exista esta responsabilidade intrínseca da família, as
personalidades são diferentes entre os indivíduos, podendo acontecer que aqueles que são criados
da mesma forma, tenham comportamentos diferentes, e para Sá (2008) estas diferenças são
denominadas como valor ético pessoal.
A Ética faz parte das fases da vida do ser humano, e por isso, depois da família, e da
educação escolar, o indivíduo se insere em uma nova fase, a profissional. Para que seja bem
sucedido em sua profissão, é necessário mais uma vez, que os princípios éticos sejam obedecidos.
Após relatar em breves palavras o conceito histórico da ética, no próximo tópico será desenvolvida
a questão da responsabilidade ética profissional.
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Segundo (VÁSQUEZ, 2002), a ética “é a ciência do comportamento moral dos homens em
sociedade”. Camargo (2001) a define como sendo a “ciência do que o homem deve ser em função
daquilo que ele é”.
A ética é uma disciplina normativa, não por criar normas, mas por descobrilas e elucidá-
las. Seu conteúdo mostra às pessoas os valores e princípios que devem nortear sua
existência. A Ética aprimora e desenvolve o sentido moral do comportamento e influencia
a conduta humana. Aliás, identificar as tarefas da Ética pode clarificar o seu conceito.
A ética, enquanto instrumento norteador das ações humanas nos negócios, proporciona a
excelência e qualidade dos serviços ofertados pelos profissionais que se pautam nesse instrumento.
Desta forma é importante trabalhar a valorização do Código de Ética Profissional, assunto que será
abordado nos próximos tópicos.
1.4.A Relevância da Ética no Exercício da Profissão Contábil no contexto Moçambicano
A Ética existe para harmonizar a convivência entre as sociedades, ou entre indivíduos que fazem
parte de um mesmo grupo social. Assim, o Código de Ética do Contabilista visa pautar as ações
destes profissionais, e viabilizar a convivência entre os contabilistas.
Tem-se que a Ética é extremamente importante para a vida social, de modo que acabou culminando
na criação de diversos códigos éticos, antes chamados de gerais, pois não se tratavam de códigos
específicos de cada profissão. O profissional contábil, à época, baseava-se nas normas éticas
vigentes naquela sociedade.
Com a evolução das relações sociais, surge a necessidade da criação de normas específicas e
capazes de nortear o profissional contábil no desempenho de suas atividades.
O cumprimento dos deveres estabelecidos no Código de Ética é essencial para que haja harmonia
na classe.
Reconhecendo a importância do código de conduta, através da resolução n.º 5/gb/2014
Moçambique criou o código de ética e deontologia profissional da OCAM (Ordem dos
Contabilistas e Auditores de Moçambique).
Um dos principais objectivos perseguidos pela OCAM é filiar-se ao um dos maiores – senão maior
– organismo que opera na área da contabilidade, a IFAC (International Federation of Accountant).
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Neste organismo, o seu código de ética, refere-se à princípios fundamentais aos quais se espera
que os profissionais de contabilidade cumpram, nomeadamente:
Integridade,
Objectividade,
Independência,
Competência profissional e devidos cuidados,
Confidencialidade,
Comportamento profissional,
Ameaça do próprio interesse,
Ameaça da auto-avaliação,
A ameaça de defesa do interesse da entidade,
Ameaça de familiaridade,
Ameaça de intimidação.
Assim, o artigo Artigo 3.° da Código De Ética e Deontologia Profissional da OCAM estabelece
que:
1. No exercício das funções, os contabilistas e os auditores
certificados devem orientar a sua actuação pelos princípios da
integridade, idoneidade, independência, responsabilidade,
competência, confidencialidade, equidade e lealdade
profissional.
Portanto, em função do exposto pelo artigo acima mencionado, nota – se claramente que a marca
distintiva do profissional de contabilidade é a sua aceitação de responsabilidade de agir no interesse
do público. Os mais elevados padrões de comportamento ético devem ser alcançados para garantir
que a confiança pública seja mantida no trabalho de contabilistas e auditores.
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Segundo Rao, Friedman e Cox (2009), apesar do aumento dos esforços apresentados na
literatura sobre a educação ética, sua implementação nas instituições de ensino não é vista por
esse ângulo. Já Anzeh e Abed (2015) destacam que os países desenvolvidos enfatizam a
inclusão de disciplinas de ética, em especial no curso de contabilidade.
O grande desafio das instituições de ensino, principalmente nos cursos voltados aos negócios, é
subsidiar os estudantes com valores morais, pois as competências técnicas já não são suficientes
(FUERMAN, 2004). O ensino da ética nos currículos universitários apresenta pelo menos duas
visões distintas entre pesquisadores, estudantes e profissionais:
b) Não influencia na conduta ética do futuro profissional. Nesse sentido, Bernardi e Bean (2006)
e Graham (2012) defendem a necessidade de uma educação ética mais profunda e ampla ao invés
de distinguir o certo e errado adquiridos na infância do indivíduo, pois, como os ambientes sofrem
alterações ao longo do tempo, os valores pessoais também podem ser alterados.
Os estudantes do curso de contabilidade, segundo Bean e Bernardi (2006), Rao, Friedman e Cox
(2009) e Melé (2005), devem ter compreensão e raciocínio ético. Além disso, Melé (2005) destaca
que a educação ética na contabilidade deve, simultaneamente, abranger o conhecimento sobre
normas e princípios, valores (bens morais) e virtudes. Portanto, essa educação, na contabilidade,
objetiva humanizar os estudantes e gerar um compromisso moral dos futuros contadores diante da
sociedade.
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d) Os estudantes de contabilidade que tiveram a educação ética indicaram uma aprendizagem
incremental quanto às atitudes éticas em relação aos demais estudantes;
Os estudos nacionais sobre a percepção ética dos estudantes de contabilidade diante dos fatores
individuais e da educação ética revelam que:
a) Os preceitos éticos devem envolver de forma exaustiva todo processo ensino-aprendizagem dos
estudantes;
b) O sexo feminino mostrou menor aceitação de determinados comportamentos, como aceitação
de presentes pelos gerentes de compras, relatórios financeiros mascarados, em comparação ao sexo
masculino;
c) O gênero não exerce influência na disposição de agir dos estudantes;
d) Quanto ao fator individual gênero (o sexo feminino apresentou inclinação mais ética); quanto à
idade os mais velhos foram os que escolheram as atitudes mais éticas e quanto ao fator tempo de
trabalho, os estudantes com mais experiência tendem a ser mais éticos;
e) A ética, apesar de ser considerada fator importante no ambiente profissional, é de difícil
aplicação; já a educação ética é considerada meio para alcançar maior percepção crítica dos
estudantes;
f) o julgamento moral é condizente com o perfil esperado pelo futuro contabilista e maior entre os
estudantes mais próximos da conclusão do curso;
g) O conhecimento sobre questões éticas é acentuado após cursar a disciplina de ética profissional
h) O fato do ensino da ética (normativa, relativa e questionada) ser influenciado pela cultura não
apresenta diferenças significativas na percepção dos alunos.
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1.6.Ética e a Harmonização na Convivência entre Contabilidade sociedades
Com a evolução económica do homem, bem como de suas relações comerciais, surgiu a incerteza
do quanto ganhava-se, ou perdia-se, sobre as negociações e com quem negociava-se. Portanto, a
necessidade e relevância de documentar-se o patrimônio se tornaram importantes, também ao reino
que precisava de alguém que fizesse tal serviço.
A contabilidade sofre modificações desde a sua criação até os dias actuais, razão que reforça a sua
noção de respeito. Cada vez mais os profissionais da área têm se dedicado ao compromisso ético
e ao aperfeiçoamento de suas técnicas, o que colaborou para a valorização da classe e na qualidade
da profissão.
A sociedade globalizada está exigindo cada vez mais qualidade, e o mercado de trabalho, à
procura de talentos com maior nível de excelência. É fundamental investir na qualidade
para não ficar em desvantagem. Portanto, só um curso superior de alto nível poderá formar
profissionais bem preparados para os desafios do mundo moderno.
Assim, cada vez mais serão exigidos desse profissional amplos conhecimentos de negócios,
competências pessoais e funcionais.
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Com relação à funcionalidade, é necessário o desenvolvimento de consultorias internas,
planeamentos estratégicos, análises da tomadas de decisões, a fim de reduzir os custos
desprendidos no desenvolvimento das atividades da empresa. Além disso, faz-se também
necessário analisar processos de ordem econômica financeira visando melhorias para o
desenvolvimento de um trabalho cada vez mais eficiente e eficaz.
Com este estudo, entende-se que uma conduta ética e moral é algo que todo o ser humano deve ter
como forma de vida. Ser ético é estar ligado diretamente aos princípios morais da sociedade e dos
indivíduos que crescem vivenciando e aprendendo esses princípios e com eles formam seu caráter
moral, social, religioso e profissional. Dessa forma, é fundamental para a sua vivência em
sociedade, a aplicação desses princípios e valores para que resulte no crescimento profissional
contábil no exercício de sua profissão com segurança e confiabilidade.
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2. Considerações Finais
Conclui-se que o presente trabalho buscou apresentar uma visão compreensiva no ambiente
profissional da ética no ensino de contabilidade e em como saber usufruir do valor que a mesma
proporciona ao desenvolvimento e crescimento humano e profissional.
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3. Referências Bibliográficas
ANZEH, B. A.; ABED, S. The extent of accounting ethics education for bachelor students in
Jordanian universities. Journal of Management Research, v. 7, n. 2, p. 121-143, 2015.
BERNARDI R. A.; BEAN, D. F. Ethics in accounting education: the forgotten stakeholders. The
CPA Journal, v. 76, n. 7, p. 1-5, 2006.
KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. Provão: o desafio na qualidade e avaliação dos cursos de
Ciências Contábeis. 2009. Disponível em:
<http://www.cfc.org.br/uparq/RBCResumo134.pdf>. Acesso em: 04 Abril. 2019.
RAO, H. V.; FRIEDMAN, B.; COX, P. L. The impact of ethics courses on accounting majors
attitudes towards business ethics. SBAJ, v. 9, n. 2, p. 70-88, 2009.
SÁ, Antônio Lopes de. Ética profissional. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
VÁSQUEZ, Adolfo Sanches. Ética. 22. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
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