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Avaliação 2 – 1º Trimestre

Valor: 10,5 Média: 7,35 Nota:

Aluno: Turma: 1ª SÉRIE Nº:

Disciplina: LITERATURA Professor(a): Betina Baptista Data: 04/2019

Assinatura do responsável:

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interpretação faz parte da questão e, portanto, do processo de avaliação.
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reclamações posteriores.
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utilize de canetas que apagam.
 Revise toda a prova antes de entregá-la.
 O estudante que estiver colando terá sua prova recolhida e ficará com ZERO.
 É PERMITIDA A CONSULTA NO CADERNO.
 Cada questão OBJETIVA valerá 0,5 ponto.
QUESTÃO 1

História em Quadrões - As Pinturas de Maurício de


Sousa

Após uma visita ao MASP, Maurício de Sousa ficou


inspirado e passou a pesquisar pinturas de artistas famosos
criando paródias de obras conhecidas, como a Mona Lisa, O
Quarto de Van Gogh, A Criação de Adão, Rosa e Azul e
muitos outros. Ele passou catorze anos pesquisando e o
trabalho foi iniciado em 2002 com a publicação do livro
"História em Quadrões". Os quadros foram expostos em
vários lugares.

“Procurei verificar detalhes das pinturas, como a utilização


das tintas, o jeito das pinceladas, a iluminação, tudo com
muito cuidado”, diz Maurício de Sousa, lembrando que a
brincadeira foi levada a sério, e, hoje, todos os quadros,
inspirados nos originais, são pintados em acrílica. “Espero, com esse trabalho, que o nosso público,
principalmente as crianças, aproximem-se da história dos grandes mestres da pintura, conhecendo suas
vidas, suas obras e tendo o seu momento lúdico com as nossas releituras”, concluiu o criador da Turma da
Mônica.
Disponível em: <arteimitaavida.blogspot.com/2009/.../histria-em-quadres-as-pinturas-de.h>. Acesso em: 25 out. 2015.
De acordo com o texto, Maurício de Sousa iniciou o trabalho de parodiar quadros famosos a partir de uma
visita ao MASP (Museu de Arte de São Paulo). A principal intenção dessas releituras do autor é

A) fazer com que o público leitor de histórias em quadrinhos tome contato com um tipo de arte mais
popular.
B) Ievar as crianças aos espaços que disponibilizam o acesso à cultura, tais como os museus.
C) não deixar que uma pesquisa de quatorze anos fosse perdida, fazendo com que o público conheça seu
trabalho de pintor.
D) oportunizar que as releituras não caiam no esquecimento e possam proporcionar momentos divertidos
ao público.
E) possibilitar que o público tome contato com os grandes mestres da pintura mundial de maneira lúdica.

QUESTÃO 2

Leia o texto a seguir.

Meu bem querer


Djavan
Meu bem querer
É segredo, é sagrado
Está sacramentado
Em meu coração

Meu bem querer


Tem um quê de pecado
Acariciado pela emoção

Meu bem querer, meu encanto


Tô sofrendo tanto
Amor, e o que é o sofrer
Para mim que estou
Jurado pra morrer de amor

Disponível em: <http://letras.mus.br/djavan/45536/>. Acesso em: 28 dez. 2014.

Embora contemporânea, a música de Djavan apresenta traços da cantiga de amor trovadoresca, tais como
a coita de amor, que significa

A) apreço pelo rito matrimonial.


B) ato amoroso concretizado.
C) insubmissão ao cristianismo.
D) sofrimento de amor idealizado.
E) valorização real da mulher.

QUESTÃO 3

Leia os excertos das letras das canções Garota de Ipanema e Deusa da minha rua, a seguir.

Garota de Ipanema – 1962


Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem e que passa
Seu doce balanço, a caminho do mar

Moça do corpo dourado


Do sol de Ipanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar [...]
MORAES, Vinícius de; JOBIM, Antônio Carlos. Garota de Ipanema. In: Tom Canta Vinícius. Rio de Janeiro: Universal Music, 1990. (Fragmento)
A deusa da minha rua – 1939

A deusa da minha rua


Tem os olhos onde a lua
Costuma se embriagar
Nos seus olhos eu suponho
Que o sol, num dourado sonho
Vai claridade buscar

Minha rua é sem graça


Mas quando por ela passa
Seu vulto que me seduz
A ruazinha modesta
É uma paisagem de festa
É uma cascata de luz [...]

FARAJ, Jorge; TEIXEIRA, Newton. A deusa da minha rua. São Paulo: Columbia, 1955. (Fragmento)

Pela leitura dos excertos e das informações contextuais, a semelhança entre eles está no fato de

A) a moça que se destaca perante o olhar dos eus poéticos ser a mesma.
B) o ambiente onde estão os eus líricos alterar-se ante a passagem da moça.
C) o estado das vozes poéticas se transformarem diante do encontro registrado.
D) os eus líricos dos poemas serem, provavelmente, do gênero feminino.
E) os títulos das letras apontarem grau semelhante de idealização da mulher.

QUESTÃO 4

Leia os textos a seguir.

I) Canção do exílio (Portugal, 1843)


Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,


Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
DIAS, Gonçalves. Poesia. São Paulo: Agir, 1983. p.11. (Fragmento)

II) Uma canção (1962)


Minha terra não tem palmeiras...
E em vez de um mero sabiá,
Cantam aves invisíveis
Nas palmeiras que não há...

QUINTANA, Mário. Uma canção. In: Apontamentos de História Sobrenatural. Porto Alegre: Globo, 1984. p. 123. (Fragmento)

III) Jogos florais I (1985)


Minha terra tem palmeiras
onde canta o tico-tico
Enquanto isso o sabiá
vive comendo o meu fubá

Ficou moderno o Brasil


ficou moderno o milagre
a água já não vira vinha
vira direto vinagre.

BRITO, Antônio Carlos de (CACASO). 26 poetas hoje. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2001. p. 41.

Os textos II e III apresentam uma clara intertextualidade com o texto I, Canção do exílio, conhecida como

A)alusão.
B)citação.
C)epígrafe.
D)paráfrase.
E)paródia.

QUESTÃO 5

O lirismo trovadoresco das cantigas de amor e amigo, característica da Idade Média, sofreu algumas
modificações ao longo do tempo, mas se faz presente ainda hoje em composições de vários autores da
Música Popular Brasileira.

Ela e Sua janela

(Chico Buarque)

Ela e sua menina


Ela e seu tricô
Ela e sua janela, espiando
Com tanta moça aí
Na rua o seu amor
Só pode estar dançando
Da sua janela
Imagina ela
Por onde ele anda
E ela vai talvez
Sair uma vez
Na varanda

Ela e um fogareiro
Ela e seu calor
Ela e sua janela, esperando
Com tão pouco dinheiro
Será que o seu amor
Ainda está jogando
Da sua janela
Uma vaga estrela
E um pedaço de lua
E ela vai talvez
Sair outra vez
Na rua

Ela e seu castigo

Ela e seu penar


Ela e sua janela, querendo
Com tanto velho amigo
O seu amor num bar
Só pode estar bebendo
Mas outro moreno
Jogo um novo aceno
E uma jura fingida
E ela vai talvez
Viver duma vez
A vida

Cantiga( D. Sancho I )

Ai eu coitada
Como vivo em gran cuidado
Por meu amigo
Que ei alongado!1(que se encontra longe de mim)
Muito me tarda
O meu amigo na Guardã!2( Cidade de Portugal)

Ai eu coitada
Como vivo em gran desejo
Por meu amigo
Que tarda e não vejo!
Muito me tarda
O meu amigo na Guarda!

1-(que se encontra longe de mim)

2( Cidade de Portugal)

A partir do paralelo da música entre a Música Ela e sua janela, de Chico Buarque, e a cantiga de D.Sancho, é
possível afirmar que os dois textos:

a)diferenciam – se por apresentarem estruturas diferentes do paralelismo característico do Trovadorismo.

b) são cantigas de amor por apresentarem a voz masculina predominante, declarando seu amor não correspondido.

c) distanciam-se por apresentarem eu lírico diferente, feminino em um delas e masculino em outra.

d- assemelham- se por serem ambos cantigas de amigo, em que uma voz feminina lamenta a ausência

do seu amado.
e- assemelham – se pela presença da figura de um confidente que dialoga com o eu lírico.

Questão 06

TEXTO:

Auto da Barca do Inferno

(Aproxima-se um corregedor com uma vara na mão e diz chegando à Barca do Inferno:)

Corregedor – Hou da barca?

Diabo – Que quereis?

Corregedor – Está aqui o senhor juiz.

Diabo – Oh amador de perdiz* / quantos processos trazeis?

Corregedor – Por trazê-los, bem vereis, / venho muito contrafeito.

Diabo – Como anda lá o Direito?

Corregedor – Nos autos constatareis.

Diabo – Ora, pois, entrai, vejamos / o que dizem tais papéis.

Corregedor – Para onde vai o batel?


Diabo – No inferno nós ancoramos.

Corregedor – Como? À terra dos demônios / há de ir um corregedor? [...]

Diabo – Ora, entrai nos negros fados. / Ireis ao lago dos cães / e vereis os escrivães / como estão bem
prosperados.

Corregedor – Vão à terra dos danados / os novos evangelistas?

Diabo – Os mestres das fraudes vistas / lá estão bem atormentados [...]

*“amador de perdiz” – referência ao fato de os juízes aceitarem, como agrado, a doação de coelhos e perdizes.

VICENTE, GIL. Três autos: da alma; da barca do inferno; de Mofina Mendes. Livre adaptação de Walmir Ayala.
Rio de Janeiro: Ediouro; São Paulo: Publifolha, 1997. p. 145 -153.

Sobre o trecho da cena transcrito e a obra de onde foi extraído, é correto afirmar:

I. A cena se inicia com a chegada do corregedor, que é representante do judiciário, à Barca do Inferno, quando
o Diabo lhe dirige a primeira acusação: a de corrupção, por manipular a justiça em benefício próprio, com a
aceitação de suborno sob a forma de presentes ou doações.

II. Na obra, através de farta argumentação e de provas forjadas, o corregedor consegue convencer o Diabo e o
Anjo de sua inocência. Por isso, após ser perdoado, aceita o pedido de desculpas de ambos e se encaminha
para a Barca do Paraíso, onde é recebido com muitos festejos e intensa louvação.

III. Na obra, o autor, para relativizar os conceitos de bem e mal, de certo e errado, evitando uma perspectiva
maniqueísta, coloca circunstâncias em que o Anjo e o Diabo trocam de papéis e passam a dirigir,
respectivamente, a Barca do Inferno e a Barca da Glória. Com isso, o julgamento se torna mais preciso e a
punição mais justa.
IV. O cenário da obra é um porto onde se encontram ancoradas duas barcas: uma, guiada pelo Diabo, tem
como destino o inferno; outra, guiada por um Anjo, leva ao paraíso. Nelas são acomodadas as pessoas que se
aproximam e que já morreram, selecionadas pelo Diabo ou pelo Anjo, segundo sua conduta quando estavam
vivas.

V. A obra é uma sátira social e moral, pois veicula criticas aos costumes impróprios ou pecados de figuras
poderosas da época, que são julgadas e punidas com a condenação ao inferno. Trata-se de uma temática que,
embora contextualizada no século XVI, em Portugal, guarda certa atualidade e pertinência com questões
contemporâneas.

A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a

a) I e III.

b) II e IV.

c) II e V.

d) I, IV e V.

e) II, III, e V.

QUESTÃO 07

Leia o texto:

Senhor feudal

Se Pedro Segundo

Vier aqui

Com história

Eu boto ele na cadeia.

Oswald de Andrade
O título do poema de Oswald remete o leitor à Idade Média. Nele, assim como nas cantigas de amor, a idéia de poder retoma o
conceito de

a) fé religiosa.

b) relação de vassalagem.

c) idealização do amor.

d) saudade de um ente distante.

e) igualdade entre as pessoas.

QUESTÃO 08

Marque V para verdadeiro e F para falso sobre a produção literária no Trovadorismo e indique a
sequência correta:

( ) As cantigas de maldizer e de escárnio pertencem a lírica trovadoresca.


( ) As cantigas de amigo possuem um ambiente palaciano e o eu-liríco é feminino, apesar de serem
escritas por homem.
( ) As cantigas de amor possuem um ambiente palaciano e suas características principais são a
vassalagem amorosa e a coita de amor.
( ) A canção da Ribeirinha iniciou o trovadorismo português.
( ) As cantigas de amigo, em geral, possuem um eu-lírico feminino, apesar de serem escritas por homens.
A temática principal, quase sempre, é o sofrimento da mulher pelo amado que partiu.

(A)V – V – V – F- F

(B)V – V – F- F - V

(C)V – F – V- V - V

(D) V - F – F - V- F

( E) F - F- V - V- V

QUESTÃO 9

Leia a história em quadrinhos publicada pelo desenhista Caulos (1943 - ), no Jornal do Brasil.
Crédito: http://profhelena4e5ano.blogspot.com/2010/11/mais-textos.html (Acesso em mar 2015)

Percebe-se nela uma relação intertextual com a “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias. Porém, há vários tipos de
intertextualidade.

O tipo de intertextualidade que se estabelece entre os dois textos em questão é conhecido como

(A) alusão.

(B) epígrafe.

(C) paráfrase.

(D) paródia.

(E) referência

QUESTÃO 10

Assinale a afirmativa correta com relação ao Trovadorismo.

Texto I
Ondas do mar de Vigo,
se vistes meu amigo!
E ai Deus, se verrá cedo!
Ondas do mar levado,
se vistes meu amado!
E ai Deus, se verrá cedo!
Martim Codax

Obs.: verrá = virá


levado = agitado

Texto II
1. Me sinto com a cara no chão, mas a verdade precisa ser dita ao
2. menos uma vez: aos 52 anos eu ignorava a admirável forma lírica da
3. canção paralelística (...).
4. O “Cantar de amor” foi fruto de meses de leitura dos cancioneiros.
5. Li tanto e tão seguidamente aquelas deliciosas cantigas, que fiquei
6. com a cabeça cheia de “velidas” e “mha senhor” e “nula ren”;
7. sonhava com as ondas do mar de Vigo e com romarias a San Servando.
8. O único jeito de me livrar da obsessão era fazer uma cantiga.
Manuel Bandeira

a) Um dos temas mais explorados por esse estilo de época é a exaltação do amor sensual entre nobres e
mulheres camponesas.
b) Desenvolveu-se especialmente no século XV e refletiu a transição da cultura teocêntrica para a cultura
antropocêntrica.
c) Devido ao grande prestígio que teve durante toda a Idade Média, foi recuperado pelos poetas da
Renascença, época em que alcançou níveis estéticos insuperáveis.
d) Valorizou recursos formais que tiveram não apenas a função de produzir efeito musical, como também a
função de facilitar a memorização, já que as composições eram transmitidas oralmente.
e) Tanto no plano temático como no plano expressivo, esse estilo de época absorveu a influência dos padrões
estéticos greco-romanos.

QUESTÃO 11

Assinale a afirmativa correta sobre o texto I.

Texto I
Ondas do mar de Vigo,
se vistes meu amigo!
E ai Deus, se verrá cedo!
Ondas do mar levado,
se vistes meu amado!
E ai Deus, se verrá cedo!
Martim Codax

Obs.: verrá = virá


levado = agitado

a) Nessa cantiga de amigo, o eu lírico masculino manifesta a Deus seu sofrimento amoroso.
b) Nessa cantiga de amor, o eu lírico feminino dirige-se a Deus para lamentar a morte do ser amado.
c) Nessa cantiga de amigo, o eu lírico masculino manifesta às ondas do mar sua angústia pela perda do amigo
em trágico naufrágio.
d) Nessa cantiga de amor, o eu lírico masculino dirige-se às ondas do mar para expressar sua solidão.
e) Nessa cantiga de amigo, o eu lírico feminino dirige-se às ondas do mar para expressar sua ansiedade com
relação à volta do amado.

QUESTÕES DISCURSIVA
QUESTÃO 1(1,0)

Analise a imagem a seguir.

Disponível em: <http://www.integralweb.com.br/blog-intercultural/wp-content/uploads/sites/3/2013/08/trovadorismo.jpg>. Acesso em: 21


ABR. 2017

Levando-se em consideração todos os elementos mostrados na imagem, instrumentos musicais,


vestimentas, pessoas, ambiente, e seus conhecimentos, explique como era a literatura da época do
Trovadorismo.

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QUESTÃO 02 ( 1,5)

Atrás da porta

(Chico Buarque)

Quando olhaste bem nos olhos meus


E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei
Eu te estranhei
Me debrucei
Sobre teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
No teu peito (Nos teus pelos)*
Teu pijama
Nos teus pés
Ao pé da cama
Sem carinho, sem coberta
No tapete atrás da porta
Reclamei baixinho

Dei pra maldizer o nosso lar


Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que inda sou tua
Só pra provar que inda sou tua...

Disponível em: <https://letras.mus.br/chico-buarque/45113/>. Acesso em: 21. 2017. (Adaptado)

A) Muitas características trovadorescas resistiram ao tempo e chegaram à contemporaneidade


através das canções. Na música “Atrás da porta”, de Chico Buarque, destaque características das
cantigas de amigo do período trovadoresco.
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B) Argumente de que maneira Chico Buarque pode ser considerado um trovador.


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QUESTÃO 3 (1,5)

Distribuição dos conteúdos do

Texto 1

Uma dona, não vou dizer qual,

teve um forte agouro,

pelas oitavas de Natal:

saía de casa para ir à missa,

mas ouviu um corvo carniceiro

e não quis mais sair de casa.


A dona, de um coração muito bom,

ia à missa

para ouvir seu sermão,

mas veja o que a impediu:

ouviu um corvo sobre si

e não quis mais sair de casa.

A dona disse: - E agora?

O padre já está pronto

e irá maldizer-me

se não me vir na igreja.

E disse o corvo: - Quá a cá

e ela não quis mais sair de casa.

Nunca vi tais agouros,

desde o dia em que nasci,

como o que ocorreu neste ano por aqui:

ela quis tentar partir,

mas ouviu um corvo sobre si

e não quis mais sair de casa.

(Martim Soares - século XIII).

Texto 2

Foi um dia Lopo jogral

Cantar na casa de um fidalgo

E deu-lhe este em pagamento

Três coices na garganta,

E até foi moderado, a meu ver,


Pelo jeito como ele canta.

E tratou-o com moderação

Ao dar-lhe tão poucos coices,

Pois não deu a Lopo então

Mais de três em sua garganta

E mais merecia o jogralão,

Pelo jeito como ele canta.

(Joan Airas de Santiago - Século XIII).

Disponível em: <pherrocha.blogspot.com/2011_08_01_archive.html>. Acesso em: nov. 2015.

A) Diferencie as duas cantigas satíricas, destacando as características peculiares que aparecem em


cada uma delas.

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B) Explicite de que maneira o trovador joga com a ambiguidade da palavra “corvo” no texto 1.
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QUESTÃO 4 (1,5)

Leia os dois excertos a seguir, antes de responder a questão.

Texto 1

300 picaretas
Paralamas do Sucesso

Parabéns, coronéis, vocês venceram outra vez


O congresso continua a serviço de vocês
Papai, quando eu crescer, eu quero ser anão
Pra roubar, renunciar, voltar na próxima eleição
Se eu fosse dizer nomes, a canção era pequena
João Alves, Genebaldo, Humberto Lucena
[...]
Disponível em: <http://letras.terra.com.br/os-paralamas-do-sucesso/439836/>. Acesso em: 26 dez. 2014. (Fragmento)
Texto 2

Que país é esse?


Capital Inicial

Nas favelas, no senado


Sujeira prá todo lado
Ninguém respeita a Constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
[...]
Disponível em: <http://www.vagalume.com.br/capital-inicial/que-pais-e-este.html#ixzz1HlGf2OyL>. Acesso em: 26 dez. 2014. (Fragmento)

Os dois excertos poderiam ser associados a dois tipos específicos de cantigas medievais. Relacione-os a
essas cantigas e justifique seu posicionamento. Exemplifique sua argumentação.
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