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Teste Intermédio de Filosofia, 2012. Prova (Versão 2)
Teste Intermédio de Filosofia, 2012. Prova (Versão 2)
Versão 2
Teste Intermédio
Filosofia
Versão 2
Na folha de respostas, indique de forma legível a versão do teste (Versão 1 ou Versão 2).
A ausência dessa indicação implica a classificação com zero pontos das respostas aos itens de
escolha múltipla.
Não é permitido o uso de corretor. Em caso de engano, deve riscar de forma inequívoca aquilo
que pretende que não seja classificado.
Escreva de forma legível a numeração dos grupos e dos itens, bem como as respetivas respostas.
As respostas ilegíveis ou que não possam ser claramente identificadas são classificadas com
zero pontos.
Para cada item, apresente apenas uma resposta. Se escrever mais do que uma resposta a um
mesmo item, apenas é classificada a resposta apresentada em primeiro lugar.
TEXTO A
As provas de persuasão fornecidas pelo discurso são de três espécies: umas residem no carácter
moral do orador; outras, no modo como se dispõe o ouvinte; e outras, no próprio discurso […].
Persuade-se pelo carácter quando o discurso é proferido de tal maneira que deixa a impressão
de o orador ser digno de fé. Pois acreditamos mais e bem mais depressa em pessoas honestas,
em todas as coisas em geral, mas sobretudo nas de que não há conhecimento exato e que deixam
margem para dúvida. […]
Persuade-se pela disposição dos ouvintes, quando estes são levados a sentir emoção por meio
do discurso […].
Persuadimos, enfim, pelo discurso, quando mostramos a verdade ou o que parece verdade, a
partir do que é persuasivo em cada caso particular.
Aristóteles, Retórica, 1356a (trad. de Manuel Alexandre Júnior, Paulo Farmhouse Alberto,
Abel do Nascimento Pena), Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda,1998
1.1. Indique as três «provas de persuasão fornecidas pelo discurso» a que o texto se refere.
2. Leia o seguinte excerto do Diálogo dos Grandes Sistemas, escrito por Galileu Galilei no século XVII, em
que as personagens Salviati e Simplício discutem a teoria aristotélica acerca do movimento.
TEXTO B
SALVIATI – […] Espanta-me […] que não vos apercebais que Aristóteles supõe o que precisamente
está em questão. Ora notai…
SIMPLÍCIO – Suplico-vos, Senhor Salviati, falai com mais respeito de Aristóteles. A quem
convenceríeis, aliás, de que aquele que foi o primeiro, o único, o admirável explicador da forma
silogística, da demonstração, das refutações, […] de toda a lógica, em suma, tenha podido cair num
erro tão grave como o de supor conhecido o que está em questão?
Galileu Galilei, Diálogo dos Grandes Sistemas (Primeira Jornada), Lisboa, Publicações Gradiva, 1979
TEXTO C
Não há nenhuma prova indiscutível de não haver OVNI a visitar a Terra; por conseguinte, os
OVNI existem – e há vida inteligente algures no universo.
Carl Sagan, Um Mundo Infestado de Demónios, Lisboa, Publicações Gradiva, 1997
Justifique a resposta.
GRUPO II
1. Na resposta a cada um dos itens de 1.1. a 1.6., selecione a única opção que permite obter uma afirmação
correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
(A) da conclusão.
(B) do termo.
(C) da inferência.
(D) da proposição.
No item seguinte, indique claramente o percurso selecionado (2.A. ou 2.B.). A ausência de indicação do
percurso selecionado (2.A. ou 2.B.) implica a classificação da resposta com zero pontos.
2.A. PERCURSO A
2.B. PERCURSO B
TEXTO D
Ser objeto do conhecimento não significa que algo pertence ao mundo exterior, como erroneamente
se supõe na linguagem vulgar, quando se opõe «mundo objetivo» a «mundo subjetivo». Uma ideia
pode ser objeto de conhecimento, como esta mesa; uma dor e um sonho podem ser, por exemplo,
objetos de conhecimento, sem, com isso, necessitarem de pertencer ao mundo exterior. «Objetivo»
diz respeito ao objeto e não implica existência no mundo exterior.
Delfim Santos, «Da Filosofia», in Obras Completas I, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1982
Esclareça o sentido da frase «Ser objeto do conhecimento não significa que algo pertence ao mundo
exterior».
TEXTO E
Quando lanço um pedaço de madeira seca numa lareira, o meu espírito é imediatamente levado
a conceber que ele vai aumentar as chamas, não que as vai extinguir. Esta transição de pensamento
da causa para o efeito não procede da razão […]. E como parte inicialmente de um objeto presente
aos sentidos, ela torna a ideia ou conceção da chama mais forte e viva do que o faria qualquer
devaneio solto e flutuante da imaginação.
David Hume, «Investigação sobre o Entendimento Humano», in Tratados Filosóficos I,
Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2002
2.1. Explicite, a partir do exemplo do texto, em que se baseia a ideia da relação de causa e efeito, segundo
Hume.
Na sua resposta deve integrar, pela ordem que entender, os seguintes conceitos:
−− razão;
−− sentidos;
−− ideias.
FIM
GRUPO I
1.
1.1. ................................................................................................... 10 pontos
1.2. ................................................................................................... 25 pontos
2.
2.1. ................................................................................................... 10 pontos
2.2. ................................................................................................... 10 pontos
3. ............................................................................................................ 15 pontos
70 pontos
GRUPO II
1.
1.1. ................................................................................................... 5 pontos
1.2. ................................................................................................... 5 pontos
1.3. ................................................................................................... 5 pontos
1.4. ................................................................................................... 5 pontos
1.5. ................................................................................................... 5 pontos
1.6. ................................................................................................... 5 pontos
2. (A ou B) .............................................................................................. 20 pontos
50 pontos
GRUPO III
1. ............................................................................................................ 20 pontos
2.
2.1. ................................................................................................... 20 pontos
2.2. ................................................................................................... 40 pontos
80 pontos
Letras proposicionais P, Q, R, . . . P p, q, r, . . . A, B, C, . . .
-
Negação ¬ ¬P ͠ P - P P
Disjunção V PVQ PQ
. PɅQ PɅQ
Sinal de conclusão . . . ––––––
. .P P
Parênteses ( ) P Ʌ (Q V R) [ ] { }