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Filosofia

Retratos de um
Percurso Histórico

Prof. Jefferson Baptista Macedo


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O Nascimento da Filosofia
Os Períodos da Filosofia Ocidental
7 a.C. Período Pré-Socrático
Séculos 7 a.C. a 5 a.C.

Período Socrático
Filosofia Antiga Período Clássico
Séculos 5 a.C. a 4 a.C.

Séculos 7 a.C. a 6 d.C. Séculos 5 a.C. a 3 a.C.


Período Sistemático
Séculos 4 a.C. a 3 a.C.

Período Pós-Socrático (Helenístico)


Filosofia Patrística Séculos 3 a.C. a 6 d.C.
Séculos 1 a 7
Filosofia Medieval
Séculos 6 a 14

Filosofia Renascentista
Séculos 14 a 16

Filosofia Moderna
Séculos 16 a 18

Filosofia Iluminista
Séculos 18 a 19

Filosofia Contemporânea
Séculos 19 aos dias atuais
Hoje

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O Nascimento da Filosofia

O nascimento da Filosofia
Os historiadores da Filosofia
Ocidental dizem que ela possui data
e local de nascimento:

Final do século 7 e início do século


6 antes de Cristo, nas colônias
gregas da Ásia Menor
(particularmente as que formavam
uma região denominada Jônia), na
cidade de Mileto...

Tales de Mileto é considerado o


primeiro filósofo.

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O Nascimento da Filosofia

O nascimento da Filosofia
A Filosofia possui um conteúdo
preciso ao nascer: é uma
cosmologia...

A palavra cosmologia é composta de


duas outras: cosmos, que significa
mundo ordenado e organizado, e
logia, que vem da palavra logos, que
significa pensamento racional,
discurso racional, conhecimento...

Assim, a Filosofia nasce como


conhecimento racional da ordem do
mundo ou da natureza que tem por
objetivo superar os mitos.

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O Nascimento da Filosofia
A Filosofia Pré-Socrática
Cosmologia Anaximandro Anaxímenes Pitágoras

Preocupados com a origem do mundo


e as causas das transformações na
natureza. Negam a criação do mundo.
Physis
A matéria é o fundamento de todas as Heráclito Parmênides Zenão de Elea

coisas e confere unidade e


permanência ao Universo, que é
múltiplo, mutável e transitório.
Arché
Princípio pelo qual tudo vem a ser. Anaxágoras Leucipo Demócrito

Está presente em todos os momentos


da existência de todas as coisas; no
início, no desenvolvimento e no fim de
tudo.
Empêdocles Tales de Mileto Xenófanes

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O Nascimento da Filosofia

ESCOLA JÔNICA ESCOLA PITAGÓRICA


Os filósofos buscavam o elemento Ênfase na metafísica, na filosofia
primeiro, causa da existência de dos números e da música como
todas as coisas, chegando a essência de tudo que existe. O
conclusões diferentes: o ar, o ponto central é a crença na
apeíron, a água ou o fogo. transmigração das almas humanas.

ESCOLA ELEATA ESCOLA PLURALISTA


Tudo que existe, sempre existiu. O Defendiam a ideia de que são
fogo e a terra são os dois elementos vários os elementos que formam as
base. O mundo é formado por um coisas. O mundo é formado a partir
Ser-Absoluto, que não foi feito, é do choque aleatório e imprevisível
eterno, perfeito e não se modifica. de infinitos átomos.

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O Nascimento da Filosofia

Parmênides, de Eléia Heráclito, de Éfeso


530-460 a.C. 540-470 a.C.

Questão
Ontológica

Princípio da imobilidade do ser Princípio do movimento


O Ser é o que é. Parte do Ser-absoluto. Panta rei os potamós = tudo flui como um rio.
O vir-a-ser é a relação do Ser e do Não-Ser. O devir = ocorre na mudança dos contrários
O Ser é pleno, contínuo, uno, imóvel, (frio/quente; noite/dia; claro; escuro)
imutável, indivisível, atemporal. A identidade das coisas iguais a si mesmas é
Toda mutação é ilusória. O mundo sensível é ilusória. Só o movimento é real.
uma ilusão. Não se confia no que se vê. O panta rei é uma consequência do polemos
É necessário vislumbrar aquilo que está por (guerra, conflito), que reina sobre tudo.
detrás das aparências e das transformações. O fogo é o elemento do qual tudo deriva.
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O Nascimento da Filosofia

Parmênides, de Eléia (530-460 a.C.)


Para Parmênides o ser é único,
imutável, infinito e imóvel. O ser é
sempre idêntico a si mesmo...
Defende a ideia de que, a aparência
sensível do mundo não existe...
Ele quer dizer que o conhecimento
perceptivo, ou sensitivo das coisas,
só fornece uma aparência, uma
ilusão do movimento, uma ilusão do
devir...
Postulou o Princípio da Identidade
- "o que é, é", ou seja, "n" é igual a
"n", e somente igual a "n“.
Parmênides, de Eléia

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O Nascimento da Filosofia

Parmênides, de Eléia (530-460 a.C.)


Ordenou a realidade em duas classes:
aquelas que são, e aquelas que não
são, exemplo: luz e escuridão...
A partir daí partiu para outros pares de
opostos, leve e pesado, sutil e denso,
passivo e ativo, terra e fogo, frio e
quente...
O Ser é Uno, um único grande Ser
eterno que jamais se altera e a qual
tudo, Seres e Não-Seres, são apenas
ilusões de si mesmo...
A mudança é apenas uma ilusão das
sensações, da aparência do que é.
Parmênides, de Eléia

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O Nascimento da Filosofia

Heráclito, de Éfeso (540-470 a.C.)


Heráclito acreditava em um mundo
contínuo, em constante movimento,
em permanente transformação...
Nada permanece idêntico a si mesmo,
mas transforma-se no seu oposto
(negação, contradição), o devir.
O devir ocorre na mudança dos
contrários (frio/quente; noite/dia)...
Postulou o Princípio da Contradição,
que dá origem ao pensamento
dialético.

Heráclito, de Éfeso

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O Nascimento da Filosofia

Heráclito, de Éfeso (540-470 a.C.)


Tudo flui, tudo passa. A identidade das
coisas iguais a si mesmas é ilusória.
Só o movimento é real.
Quando se vê uma chama acesa de
uma vela, tem-se a impressão de que
ela é sempre a mesma...
No entanto, há um processo de
transformação que se opera naquele
instante, que é o seguinte...
A cera da vela é transformada em fogo,
o fogo em fumaça e a fumaça em ar...
Este é o processo contínuo de
transformação que opera no mundo.
Heráclito, de Éfeso

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O Nascimento da Filosofia
Categoria Heráclito Parmênides

O mundo está em constante Não existe o devir.


Visão de Mundo movimento. Existe um devir A mudança é apenas uma
contínuo. sensação aparente.

Existem vários caminhos que


Há apenas um caminho que leva à
A verdade levam à verdade, pois o
verdade.
movimento é constante.

O Ser tanto pode ser como não O ser é o que é. As mudanças não
O Ser ser, pois está em constante ocorrem na essência, apenas na
transformação. aparência do que se pensa ser.

A atitude racional pode captar a


Não é possível se captar, mesmo
Essência essência do mundo como tal e,
por uma atitude racional.
com isso, entende-la.

Produz inquietação, confronto Não há confrontação, o ser é único


Os contrários
e transformação. e verdadeiro, só é, não muda.

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O Nascimento da Filosofia

A Dialética
A palavra dialética vem do grego. O
prefixo dia dá ideia de reciprocidade ou
de troca: dialegein é conversar ou
discutir, daí o substantivo dialectike, a
arte da discussão...
Heráclito ensinou que tudo está em
transformação, num total processo de
mudança constante. Temos, pois, os
traços fundamentais da Dialética: dois
pólos que se excluem: tese e antítese...
O terceiro elemento – a síntese – só
será explicitado, mais tarde, por Hegel,
pois para Platão, a síntese aparece
com consequência do processo.

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O Nascimento da Filosofia

A Dialética
A dialética tem 5 características
fundamentais:
1 - A contradição é a própria
substância da dialética.
A contradição se resolve em termos
contraditórios. Este linguajar é
impróprio, visto que termo
contraditório nega inteiramente a
realidade, o que não é o caso.
Próprio é usar o termo “contrário”,
pois este não nega inteiramente a
realidade, dando possibilidade ao
diálogo.

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O Nascimento da Filosofia

A Dialética
A dialética tem 5 características
fundamentais:
2 - Totalidade
Sem esta característica, a dialética
não tem sentido.
Mais do que outras filosofias, a
dialética é, maximamente, visão de
conjunto.
Nela, se concretiza o velho princípio:
sem a visão do todo, não se
compreendem as partes

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O Nascimento da Filosofia

A Dialética
A dialética tem 5 características
fundamentais:
3 - Simultaneidade
Na dialética, tudo acontece ao
mesmo tempo. Não há um antes e
um depois.
A confrontação deve ser em
igualdade de condições.

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O Nascimento da Filosofia

A Dialética
A dialética tem 5 características
fundamentais:
4 - Criticidade
Por sua estrutura de afirmação,
negação da afirmação e negação da
negação, a dialética se credencia
como a filosofia mais crítica que
possa existir.

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O Nascimento da Filosofia

A Dialética
A dialética tem 5 características
fundamentais:
5 - Ausência de hierarquia
Na dialética, uma coisa não é
mais importante do que outra.
Tudo é importante, por isto é a
filosofia que melhor se presta
para fomentar a igualdade entre
os homens e a conservar os
ecossistemas.

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O Nascimento da Filosofia

A Dialética
A Dialética pode ser entendida
como a teoria das leis gerais do
movimento, do desenvolvimento
do mundo e do conhecimento
humano.
A filosofia dialética pode ser
definida como modelo mental dos
processos de modificação e
desenvolvimento do mundo.

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O Auge da Filosofia Ocidental


Período Clássico (V a.C. - III a.C.)
• Elevada produção mercantil...
• Modo de Produção Escravista...
• A razão como meio para produção de
conhecimento...
• Busca da objetividade e racionalidade...
• Primeira tentativa de explicar
racionalmente a realidade...
• Diferenciação de conhecimento e crença...
• Busca da explicação da realidade...
• Considera-se o conhecimento inacabado,
falível, aberto e incompleto.

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O Auge da Filosofia Ocidental


Período Clássico (V a.C. - III a.C.)
Período Antropológico Período Sistemático
V a.C. - IV a.C. IV a.C. - III a.C.

Auge da Filosofia Grega. Reuniu e sistematizou o conhe-


Caracteriza-se pela investigação cimento produzido em: Ciências
das questões humanas (ética, produtivas: arquitetura,
política, técnicas; busca da economia, medicina, arte.
essência dessas virtudes, valores Ciências práticas: práticas
como justiça, coragem, amor, humanas como ética e política.
beleza, etc.; definição das virtudes Ciências teóricas: estudam
morais e das virtudes políticas. coisas que existem independen-
Destacam-se nesse período os temente dos homens (theoria).
filósofos Sócrates e Platão. Destaca-se Aristóteles.

Sócrates Platão Aristóteles

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O Auge da Filosofia Ocidental


Os Sofistas
• Mais uma classe profissional do que
uma escola filosófica...
• Andavam pela Grécia, de cidade em
cidade, fazendo discursos, formando
discípulos e participando de debates...
Protágoras Hípias

• Foram os primeiros gregos a


cobrarem dinheiro para transmitir
seus saberes e cultura...
• Ensinavam tudo aquilo que fosse
necessário, como política, gramática,
história, física e matemática...
• Os sofistas não são considerados
filósofos.
Pródico Górgias

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O Auge da Filosofia Ocidental


Sócrates (470-399 a.C.)
• Filósofo Ateniense, professa a
espiritualidade e imortalidade da
alma...
• Distingue as duas ordens de
conhecimento, sensitivo e intelectual
(ligada coma vontade)...
• A moral é o ápice humano...
• O meio único de alcançar a felicidade é
a prática da virtude...
• Existem verdades universais imutáveis,
acima de qualquer coisa...
• Todos têm dentro de si a verdade, que
é a bondade e a sabedoria...
• O Método de Sócrates é chamado de
Ironia e possui dois movimentos: a
Refutação e a Maiêutica.

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O Auge da Filosofia Ocidental


Platão (427-347 a.C.)
• Filósofo e matemático, discípulo de
Sócrates e mestre de Aristóteles...
• Fundou a Academia de Platão, em
Atenas, primeira instituição de
Ensino Superior no ocidente...
• Concebia a existência de dois
mundos:
- o mundo sensível, que é
apreendido pelos sentidos e em
constante mutação (doxa); e
- o mundo das ideias, abstrato,
acessível somente pelo intelecto,
imutável e independente do tempo
e do espaço material.

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O Auge da Filosofia Ocidental


Platão (427-347 a.C.)
• O homem é dualista (corpo e
alma)...
• O homem tem o conhecimento
dentro de si, conhecer é lembrar, é
reminiscência...
• O espírito humano se encontra
temporariamente aprisionado no
corpo e isola da verdadeira
realidade...
• O Demiurgo (artesão divino) é a
causa primeira da “alma do mundo”,
essência de tudo que existe...
• O Método de Platão é a Dialética
que consiste da Tese, Antítese e
Síntese.
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O Auge da Filosofia Ocidental


Aristóteles (384-322 a.C.)
• Foi discípulo de Platão e professor de
Alexandre, o Grande. Fundou o Liceu,
em Atenas...
• Negava a existência das partículas e
considerava que o espaço estava
cheio de continuum, um material
divisível ao infinito...
• A matéria é formada por 4 elementos:
terra, água, ar e fogo, com 4 quali-
dades : quente, frio, seco e úmido...
• Denominava a metafísica de filosofia
primeira, sendo por isso identificada
com a teologia...
• Formulou teorias sobre desejos, dor e
prazer, reações e sentimentos.

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O Auge da Filosofia Ocidental


Aristóteles (384-322 a.C.)
• Fundador da Ética como disciplina,
estuda a essência do bem-estar
humano, a felicidade...
• Para ele a política é unida à moral,
tendo por fim último a formação
moral do homem, a virtude...
• Sua obra De Anima (Sobre a Alma)
trata-se da primeira iniciativa em
para estudar a psicologia.
• Sistematizou a lógica, definindo as
formas de interferência que eram
válidas e as que não eram.
• O Método de Aristóteles foi chamado
de Silogismo e consiste de:
Premissa Maior, Premissa Menor
e Conclusão.
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O Auge da Filosofia Ocidental


Falsos silogismos
Deus ajuda quem cedo madruga
Quem cedo madruga, dorme à tarde.
Quem dorme à tarde, não dorme à noite.
Quem não dorme à noite, sai na balada!
Conclusão: Deus ajuda quem sai na
balada!

Deus é amor.
O amor é cego.
Steve Wonder é cego.
Logo, Steve Wonder é Deus.

Toda regra tem exceção.


Isto é uma regra.
Logo, deveria ter exceção.
Portanto, nem toda regra tem exceção.

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O Auge da Filosofia Ocidental


Falsos silogismos
Quando bebemos, ficamos bêbados.
Quando estamos bêbados, dormimos.
Quando dormimos, não cometemos
pecados.
Quando não cometemos pecados,
vamos para o Céu. Então, vamos beber
para ir pro Céu!

Disseram-me que eu sou ninguém.


Ninguém é perfeito.
Logo, eu sou perfeito.
Mas só Deus é perfeito.
Portanto, eu sou Deus.
Se Steve Wonder é Deus, eu sou Steve
Wonder!!!! Meu Deus, eu sou cego!!!

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Dos Gregos à Modernidade


Laocoonte

Período Helenístico Escultura em mármore,


Arte Helenística

III a.C. – VI d.C.

• Também é denominado como


Período Pós-Socrático.
• Enfoque nas questões da ética,
do conhecimento humano e das
relações entre o homem e a
Natureza, e, de ambos com Deus.
• Datam desse período três
grandes sistemas cuja influência
será percebida no pensamento
cristão:
- Estoicismo
- Epicurismo
- Ceticismo
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Dos Gregos à Modernidade


ESTOICISMO EPICURISMO CETICISMO
• Todo o universo é • Prega os prazeres • Requer todas as
corpóreo e governado moderados para um informações
por um Logos Divino estado de tranquilidade suportadas pela
(retomam de e de libertação do evidência para se
Heráclito)... medo... aceitar algo como
• Tudo surge a partir do • Busca encontrar o verdade....
Logos e por ele o sossego para uma vida • A dúvida é um dos
mundo é um kosmos feliz e aprazível, na principais preceitos do
(harmonia).... qual os temores ceticismo...
• A alma está ligada a perante o destino...
• A dúvida existe até
este Logos como parte • Os deuses ou a morte mesmo sobre os
de um todo ao qual estavam totalmente próprios sentidos e a
pertence.... eliminados... própria existência...
• Destacam-se: Zenão • Destaca-se como • Destacam-se como
de Cítio, Cleanto, principal filósofo principais filósofos:
Panécio de Rodes, Epicuro de Samos, Pirro de Élis, Arcesilau
Sêneca e Epicteto. filósofo ateniense. e Carnéades.
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Dos Gregos à Modernidade


Período Patrístico
I a.C. – VII d.C.

• Esforço feito pelos apóstolos cristãos


Paulo e João e os primeiros Pais da
Igreja em conciliar a fé cristã com o
razão filosófica dos gregos e
romanos....
• Foram introduzidas ideias como de
criação do mundo, pecado original,
trindade divina, juízo final, livre-
arbítrio...
• Divide-se em:
- Patrística Grega (Igreja de Bizâncio),
- Patrística Latina (Igreja de Roma).

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Dos Gregos à Modernidade


Período Patrístico
I a.C. – VII d.C.

Agostinho (354 d.C. a 430 d.C.)


• Bispo, escritor, teólogo, filósofo,
padre e doutor da Igreja Católica...
• Contribui e viveu a transição para a
Filosofia Medieval...
• Influenciado pelo maniqueísmo e
reconhecido como neoplatonista...
• As verdades estão no interior do
homem. Há verdades inalteráveis e
eternas, quem tem por autor Deus...
• Como em Platão, conhecer
verdadeiramente é estar em contato
com o mundo inteligível.
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Dos Gregos à Modernidade


Período Medieval
Sec. VII – Sec. VIX

• Período em que a Igreja Romana


dominava a Europa, coroava reis,
organizava Cruzadas à Terra Santa...
• Criava, à volta das catedrais, as
primeiras universidades ou escolas...
• A partir do séc. XII, por ter sido
ensinada nas escolas, a Filosofia é
conhecida como Escolástica. O
Teocentrismo era a base do
conhecimento.
• No movimento da Escolástica
destaca-se o nome de
Tomás de Aquino.

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Dos Gregos à Modernidade


Período Medieval
Sec. VII – Sec. VIX

Tomás de Aquino (1225-1274)


• Padre dominicano, teólogo,
proclamado santo, foi chamado o
mais sábio dos santos e o mais
santo dos sábios...
• Viveu os conflitos intelectuais que
opunham o conhecimento pela razão
à crença na revelação bíblica...
• Propôs:
- a dicotomia entre Deus e o homem;
- a subordinação da razão à fé;
- a separação entre corpo e alma.

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Dos Gregos à Modernidade


Período Renascentista
Sec. XIV – Sec. XVI

• Marcada pela descoberta de obras


de Platão, Aristóteles e de outros
grandes autores e artistas
desconhecidas na Idade Média...
• Daí decorre o nome Renascença...
• As grandes descobertas marítimas
garantiam ao homem novos
conhecimentos, permitindo-lhe ter
uma visão crítica de sua própria
sociedade...
• Essa efervescência cultural e
política levou a críticas profundas à
Igreja Romana.

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Dos Gregos à Modernidade


Período Renascentista
Sec. XIV – Sec. XVI

• Culminou na Reforma Protestante,


baseada na ideia de liberdade de
crença e de pensamento...
• Em oposição, a Igreja Católica
respondeu com a Contra Reforma e
com o aumento do poder da
Inquisição, Tribunal do Santo Ofício...
• Os nomes mais importantes desse
período são: Dante, Marcílio Ficino,
Giordano Bruno, Campannella,
Maquiavel, Montaigne, Erasmo,
Tomas Morus, Jean Bodin, Kepler e
Nicolau de Cusa.

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Dos Gregos à Modernidade


Período Renascentista
Sec. XIV – Sec. XVI

São três as linhas de pensamento


dessa época:
• do Neoplatonismo - a ideia da
Natureza como um grande ser vivo;
o homem como um microcosmo
dela.
• dos Florentinos - resgataram
autores da Antiguidade, propondo
a “imitação dos antigos” ou o
renascimento da liberdade política.

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Dos Gregos à Modernidade


Giordano Bruno
Estátua nem Campo dei
Fiori, distrito de Roma.
Local em que foi

Período Renascentista queimado vivo.

Sec. XIV – Sec. XVI

São três as linhas de pensamento


dessa época:
• do Antropocentrismo - o homem
como artífice de seu próprio destino,
por meio:
• dos conhecimentos
(astrologia, magia, alquimia),
• da política
(o ideal republicano),
• das técnicas
(medicina, arquitetura, etc.).

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A Filosofia Moderna

Principais Características
Descartes Locke Kant
Kant
1. A definição de conhecimento deixa
de ser religiosa e passa a ter perfil
racional e científico.
2. A Renascença foi o período de
transição da Lógica Vetus da Espinoza Hobbes Bacon

Idade Média para uma nova lógica


que será estabelecida na Idade
Moderna, a Lógica Modernorum.
3. O Teocentrismo é deixado de lado
Diderot Comte Marx
e o Antropocentrismo entra em
cena (homem como centro do
Universo).

Hegel Nietzche Rousseau

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A Filosofia Moderna

Transição

Século XVI Crise Século XVII


Século XVII Século XVIII

Lógica Rompimento
Vetus com a Lógica
Modernorum
tradição

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A Filosofia Moderna

O Racionalismo
Esse período é marcado por três
grandes mudanças intelectuais:
1. A Filosofia começa indagando qual
é a capacidade do intelecto
humano para conhecer a
verdade.
2. A realidade é concebida como um
sistema racional de mecanismos
físicos, cuja estrutura profunda e
invisível é a matemática.
3. As coisas podem ser conhecidas
desde que sejam consideradas
representações da realidade e
não ela própria.
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A Filosofia Moderna

O Racionalismo
Tudo o que pode ser conhecido
deve poder ser transformado em
uma ideia clara e distinta,
demonstrável e necessária,
formulada pelo intelecto.
Essa é a característica principal
do Racionalismo Filosófico,
representada por
Rene Descartes.

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A Filosofia Moderna

Rene Descartes
Descartes nasceu em 1596 em La
Haye, um povoado da província de
Touraine, a 300 quilômetros de
Paris, França.
Estudou gramática, poética, retórica
(Humanidades), Filosofia e
Matemática (Escolástica) e se
formou em Direito.
Foi filósofo, físico e matemático e
fundador da filosofia moderna,
sendo reconhecido como pai da
matemática moderna.

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A Filosofia Moderna

Rene Descartes
Em 1667, depois de sua morte, a
Igreja Católica Romana colocou
suas obras no Index Librorum
Prohibitorum (Índice dos Livros
Proibidos)
Atualmente o crânio de Descartes
está exposto no Museu de História
Natural de Paris.

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A Filosofia Moderna

O Ceticismo
Descartes foi um dos precursores
do ceticismo na Idade Moderna e
pai do racionalismo.
Defendeu a tese de que a dúvida
era o primeiro passo para se
chegar ao conhecimento, e tinha
como base:
a) A dúvida como princípio
b) Crítica à falta de critérios
c) A valorização da racionalidade
d) Ênfase na interioridade do
indivíduo

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A Filosofia Moderna

O Método Cartesiano
1. Nunca aceitar algo como
verdadeiro que não se conheça
claramente como tal.
2. Repartir cada uma das
dificuldades a fim de analisar em
tantas parcelas quanto possível.
3. Conduzir o pensamento iniciando
pelos objetos mais simples e
mais fáceis de conhecer.
4. Efetuar em toda parte relações
metódicas e revisões completas
a fim de se nada omitir.

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A Filosofia Moderna
Três perguntas delinearam o
raciocínio de Descartes...
Posso confiar nos meus sentidos?
Argumento: não posso confiar nos
sentidos quando investigo coisas que
estão longe de mim.
Posso saber se estou acordado ou
sonhando?
Argumento: todo conhecimento que
vem dos sentidos pode ser apenas o
conteúdo de um sonho.
Posso confiar nas verdades
matemáticas?
Argumento: Alguém poderoso pode
ter me enganado colocando em mim
falsas noções matemáticas.
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A Filosofia Moderna

Assim, Descartes conclui...


...porém, logo em seguida, percebi
que, ao mesmo tempo que eu
queria pensar que tudo era falso,
fazia-se necessário que eu, que
pensava, fosse alguma coisa...
...ao notar que esta verdade: eu
penso, logo existo, era tão sólida e
tão correta que as mais
extravagantes suposições dos
céticos não seriam capazes
de lhe causar abalo...
(Discurso do Método, p.19)

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Moderna

Cogito,
ergo sum

...julguei que poderia considera-la,


sem escrúpulo algum, o
primeiro princípio da filosofia.

Ceticismo

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição
®

A Filosofia Moderna
Cogito,

3
Substâncias
ergo sum

Deus Alma/Mente Dualismo


Corpo
Res Infinitas Res Cogitans Res Extensa

Argumento Gnoseológico (da perfeição) Leis mecânicas: Princípio da Inércia


Argumento Ontológico (da própria ideia) Figura, tamanho, posição
Argumento Cosmológico (da causalidade) Ideias e Movimento Retilíneo

Inatas Adventícias

Fazem parte da Factícias Têm origem na


natureza do experiência
indivíduo sensível.
(ex.: infinito e Têm origem na É empírica.
perfeição) imaginação
(ex.: objetos,
(ex.: unicórnio) animais)
© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição
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A Filosofia Moderna

...suplico a todos
aqueles que tiverem
quaisquer objeções a
fazer-lhes que se deem
ao trabalho de enviá-las
ao meu editor...
(Discurso do Método, p.41)

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Moderna

“...nos devem ser


suspeitos os juízos
de nossos amigos,
quando são a nosso
favor.”
(Discurso do Método, p.2)

Busto em Versailles,
França

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


®

A Filosofia Moderna

“As maiores almas


são capazes dos
maiores vícios, como
também das maiores
virtudes.”
(Discurso do Método, p.1)

Monumento em frente ao
Museu do Louvre, Paris

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


®

A Filosofia Moderna

“...realmente, quero
que saiba que o
pouco que aprendi
até agora não é
quase nada em
comparação com
o que ignoro.”
(Discurso do Método, p.37)

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


®

A Filosofia Moderna

“...certos espíritos
imaginam aprender
em um dia tudo o
que um outro
pensou durante
vinte anos.”
(Discurso do Método, p.42)

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


®

A Filosofia Moderna

“...não se pode
compreender tão
bem uma coisa, e
torná-la nossa,
quando a
aprendemos de
outrem, como
quando nós
mesmos a
criamos.”
(Discurso do Método, p.38)

Universidade René Descartes


de Paris, Distrito 5.

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


®

A Filosofia Moderna

“...os que só andam


muito devagar podem
avançar bem mais, se
continuarem sempre
pelo caminho reto,
do que aqueles que
correm e dele se
afastam.”
(Discurso do Método, p.1)

Monumento na Cidade
de Tours, França

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


A Filosofia Filosofia
Moderna Moderna
®

Século XVII ao Século XVIII

“...a respeito da
filosofia...
nela ainda não
se encontra uma
única coisa a
respeito da qual
não haja
discussão.”
(Discurso do Método, p.4)

René Descartes
(1596-1650)

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Iluminista

Revolução Industrial Revolução Francesa Revolução Alemã


Se desenvolveu pelo É o conjunto de Foi desenvolvida a partir
conjunto de mudanças acontecimentos que ocorreu de três tradições
tecnológicas com profundo entre 5 de Maio de 1789 intelectuais já bem
impacto no processo e 9 de Novembro de 1799. desenvolvidas na Europa
produtivo nas áreas Aboliu a servidão e os do séc. 18 e 19: a filosofia
econômica e social. Teve direitos feudais e proclamou idealista alemã de Hegel e
origem na Inglaterra em os princípios de "Liberdade, dos seus sucessores, o
meados do séc.18 e Igualdade e Fraternidade", pensamento da economia-
expandiu-se por todo o frase de autoria do filósofo política britânica e a teoria
mundo no séc.19 até os francês Jean-Jacques política socialista utópica,
dias atuais. Rousseau. dos franceses.

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Iluminista
Esse período tem a razão como centro
do pensamento filosófico, as chamadas
“Luzes”, por isso o nome Iluminismo.
O Iluminismo afirma que:
• a razão é capaz de evolução e
progresso e com por ela o homem
pode conquistar a liberdade e a
felicidade social e política...
• o aperfeiçoamento da razão se
realiza pelo progresso da civilização...
• a natureza é o reino das leis naturais
universais e imutáveis...
• a civilização é o reino da liberdade e
da vontade livre dos próprios homens.

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Iluminista
Há grande interesse:
• pelas ciências que se relacionam
com a ideia de evolução e, por isso,
a biologia terá um lugar central...
• pela compreensão das
bases econômicas da vida social
e política; e...
• pela preocupação com as artes, por
ser entendida como expressão do
progresso humano...
A vida urbana e o trabalho industrializa-
do deste período se diferencia clara-
mente do sistema anterior de trabalho
artesanal e da vida rural doméstica.

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Iluminista
John Locke
(1632-1704)

Filósofo inglês e ideólogo do


liberalismo, foi considerado o principal
representante do empirismo britânico
e um dos principais teóricos do
contrato social...
Postulou que a mente era uma lousa
em branco (tábula rasa)...
Sustentou que o ser humano nasce
sem ideias inatas, e que o
conhecimento é determinado apenas
pela experiência derivada da
percepção sensorial.

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Iluminista
Voltaire
(1694-1778)

Seu nome verdadeiro era François


Marie Arouet...
Defendia a liberdade de pensamento
e não poupava crítica à intolerância
religiosa...
O conjunto de ideias de Voltaire
constitui uma tendência de
pensamento conhecida como
Liberalismo...
Foi influenciado, pelo cientista Isaac
Newton e pelo filósofo John Locke.

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Iluminista
Jean-Jacques Rousseau
(1712-1778)

Defendia a ideia de que o ser


humano nasce bom, porém a
sociedade o conduz à degeneração...
Afirma também que a sociedade
funciona como um pacto social, no
qual os indivíduos, organizados em
sociedade, concedem alguns direitos
ao Estado em troca de proteção e
organização...
Defendia a ideia de um Estado
Democrático que garanta igualdade
para todos.

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Iluminista
Montesquieu
(1689-1755)

Charles-Louis de Secondat, barão de


Montesquieu...

Defendeu a divisão do poder político


em Legislativo, Executivo e
Judiciário...

Propôs a formulação de um conjunto


de Leis para governar uma nação
(Constituição).

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Iluminista
Jean Le Rond d´Alembert
(1717-1783)

Seu trabalho principal puramente


matemático, foi sobre equações
parcialmente diferenciais...

Denis Diderot
(1713-1784)

Foi considerado, por muitos,


precursor da filosofia anarquista...

Juntos, d’Alembert e Diderot


organizaram uma enciclopédia que
reunia conhecimentos e
pensamentos filosóficos da época.

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Iluminista
Baruch de Espinoza
(1632–1672)

Spinoza defendeu que Deus e


Natureza eram dois nomes para a
mesma realidade...
A única substância em que consiste o
universo e do qual todas as entidades
menores constituem modalidades ou
modificações...
Afirmou que Deus era um ser de
infinitos atributos, entre os quais, a
extensão (sob o conceito atual de
matéria) e o pensamento eram
apenas 2 conhecidos pelo homem...
Base panteísta e monista.
© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição
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A Filosofia Iluminista
David Hume
(1711-1776)

Foi um importante historiador e


filósofo iluminista escocês...
Refutou o princípio da causalidade e
defendeu o livre-arbítrio e o ceticismo
radical. Discutiu o papel da razão
para as ações que realizamos...
No Tratado da Natureza Humana
(1738), afirma que a razão é e deve
ser escrava das paixões...
O ponto mais importante da ideia de
Hume é que as ações nunca derivam
apenas da razão; têm de ter sempre
uma origem não-racional.
© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição
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A Filosofia Iluminista
Adam Smith
(1723-1790)

Economista e filósofo inglês...

Considerado o pai da economia


moderna e o mais importante teórico
do liberalismo econômico...

Smith propõe uma teoria da simpatia,


em que o ato de observar os outros
torna as pessoas conscientes de si e
da moralidade de seu
comportamento.

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Iluminista
Immanuel Kant
(1724-1804)

Importante filósofo alemão,


desenvolveu seus pensamentos nas
áreas da epistemologia, ética
e metafísica....
• Nasceu no dia 22 de abril de
1724, na Prússia...
• Em 1770 tornou-se professor
efetivo com a dissertação “Sobre
as formas e os princípios do
mundo sensível e do mundo
inteligível”.

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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Idealismo e Materialismo

O Idealismo
Idealismo é a representação das
coisas sob a forma ideal.
É a propensão ou inclinação do
espírito para o devaneio, para o ideal.
O ideal é o que existe somente na
ideia, no imaginário, é o fantástico, o
modelo sonhado.
Reduz toda a existência a ideias ou
considera que toda a existência se
determina pela consciência, opondo-
se e ao empirismo e ao materialismo.

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 3ª edição


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Idealismo e Materialismo

O Idealismo
O Idealismo emergiu com o advento
da modernidade, uma vez que a
posição central da subjetividade é
fundamental. Seu oposto é o
materialismo.
O Idealismo Filosófico afirma que a
realidade, a qual se encontra fora da
própria mente, não é possível de ser
conhecida por si só, já que o objeto
do conhecimento humano é sempre
construído pela atividade do
pensamento.

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 3ª edição


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Idealismo e Materialismo

O Idealismo
Existem 5 correntes idealistas
principais:
Idealismo Metódico
O Idealismo Metódico de Descartes
(1596-1650) é uma doutrina
racionalista que, colocando em
dúvida todo o conhecimento
estabelecido, parte da certeza do
pensar para deduzir, por meio da
ideia da existência de Deus, a
existência do mundo material.

Rene Descartes

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 3ª edição


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Idealismo e Materialismo

O Idealismo
Existem 5 correntes idealistas
principais:
Idealismo Dogmático
O Idealismo Dogmático surge com
George Berkeley (1685-1753), que
considera a realidade do mundo
exterior justificada somente pela sua
existência anterior na mente divina ou
na mente humana. Para ele, "ser é
ser percebido".

George Berkeley

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 3ª edição


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Idealismo e Materialismo

O Idealismo
Existem 5 correntes idealistas
principais:
Idealismo Transcendental
Immanuel Kant (1724-1804) formula
o Idealismo Transcendental, no qual
o objeto é algo que só existe na
relação sujeito-objeto...
Ele distingue o conhecimento que
temos dos objetos, sempre
submetidos a modos especificamente
humanos de conhecer (como as
ideias de espaço e tempo) das
coisas-em-si, que jamais serão
conhecidas. Immanuel Kant

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 3ª edição


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Idealismo e Materialismo

O Idealismo
Existem 5 correntes idealistas
principais:
Idealismo Transcendental
Kant mostrou que apesar do
conhecimento se fundamentar na
experiência, esta nunca se dá de
maneira neutra...
Sobre as experiências são impostas
as formas a priori da sensibilidade e
do entendimento, características da
cognição humana.

Immanuel Kant

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 3ª edição


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Idealismo e Materialismo

O Idealismo
Existem 5 correntes idealistas
principais:
Idealismo Transcendental
A sensibilidade é o modo pelo qual
os objetos afetam o homem. O
entendimento (razão) é o meio pelo
qual os objetos são pensados
como conceitos (categorias).

Immanuel Kant

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 3ª edição


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Idealismo e Materialismo

O Idealismo
Existem 5 correntes idealistas
principais:
Idealismo Transcendental
A existência de uma realidade
externa e independente do sujeito é
designada por coisas em si ou
noumena...
Kant nega a possibilidade de
conhecer as coisas em si...
A possibilidade do conhecimento é
dos fenômenos, ou seja, como as
coisas em si se apresentam.

Immanuel Kant

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 3ª edição


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Idealismo e Materialismo

O Idealismo
Existem 5 correntes idealistas
principais:
Idealismo Transcendental
Os fenômenos são denominados
coisas para nós, não as coisas em
si mesmas.
As coisas em si permaneceriam
para sempre em uma zona de
sombra cognitiva (KANT, 1987).

Immanuel Kant

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 3ª edição


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Idealismo e Materialismo

O Idealismo
Existem 5 correntes idealistas
principais:
Idealismo Transcendental
A realidade, portanto, não está nas
coisas (já que, em última análise,
não se pode conhece-las), mas em
cada ser humano...
Assim, o ser humano recebe as
informações do mundo de forma
filtrada e organizada pela razão, por
meio de categorias aprendidas
(tempo, cor, forma).

Immanuel Kant

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 3ª edição


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Idealismo e Materialismo

O Idealismo
Existem 5 correntes idealistas
principais:
Idealismo Transcendental
Assim Kant define...
“Denomino transcendental todo o
conhecimento que se ocupe não
tanto com os objetos, mas com
nosso modo de conhecer os
objetos, na medida em que estes
devem ser possíveis a priori. Um
sistema de tais conceitos se
denominaria filosofia
transcendental” (KANT, 1987).
Immanuel Kant

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 3ª edição


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Idealismo e Materialismo

O Idealismo
Existem 5 correntes idealistas
principais:
Idealismo Pós-kantiano
Surgiu entre 1780 e 1850, e situado
principalmente nas universidades de
Iena e Berlim (Alemanha), ficou
conhecido como idealismo alemão.
Em comum, além do fato de
trabalharem sobre a obra de Kant, os
filósofos dessa corrente tentaram
construir um sistema ideal de
pensamento que explicasse todas as
coisas do mundo.

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 3ª edição


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Idealismo e Materialismo

O Idealismo
Existem 5 correntes idealistas
principais:
Idealismo Pós-kantiano
Os primeiros idealistas alemães
eram, em sua essência, kantianos, e
buscavam resolver impasses na
filosofia kantiana.
Johann Gottlieb Fichte (1762-1814),
Friedrich von Schelling (1775-1854) e
Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-
1831) foram os principais filósofos
desse movimento.

Johann Gottlieb Fichte

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 3ª edição


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Idealismo e Materialismo

O Idealismo
Existem 5 correntes idealistas
principais:
Idealismo Pós-kantiano
Eles conferem às ideias de Kant
um sentido mais subjetivo e menos
crítico: desconsideram a noção da
coisa-em-si e tomam o real como
produto da consciência humana.

Friedrich von Schelling

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 3ª edição


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Idealismo e Materialismo

O Idealismo
Existem 5 correntes idealistas
principais:
Idealismo Absoluto
Friedrich Hegel (1770-1831) emprega
o termo para caracterizar a realidade
como um processo de superação da
ideia pura (tese), que cria um objeto
oposto a si, a natureza (antítese) e a
contradição no espírito (síntese).
Esse movimento se dá até que o
espírito supere todas as
contradições, por meio da dialética, e
veja o mundo como uma criação sua.
Georg Wilhelm Friedrich Hegel

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 3ª edição


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Idealismo e Materialismo

O Idealismo
Existem 5 correntes idealistas
principais:
Idealismo Absoluto
Hegel desenvolveu o conceito de que
a mente (ou espírito), denominado
Geist, manifesta-se em um conjunto
de contradições e oposições que, no
final, integram-se e se unem, sem
eliminar qualquer dos polos ou
reduzir um ao outro.

O Zeitgeist é o conjunto do clima intelectual e


cultural do mundo, em uma certa época, em
um determinado período de tempo.
Georg Wilhelm Friedrich Hegel

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 3ª edição


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Idealismo e Materialismo

O Materialismo
O Materialismo se opõe ao
Idealismo.
É uma concepção filosófica que
defende a ideia de que o ambiente,
o organismo e os fenômenos físicos
modelam os seres vivos, a cultura e
a sociedade, assim como são
modelados por eles.
A matéria está em uma relação
dialética com o psicológico e o
social.

Friedrich Engels

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 3ª edição


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Idealismo e Materialismo

O Materialismo
No século XIX, houve a efetivação
da sociedade burguesa e a
implantação do capitalismo
industrial.
Nesse contexto, destacam-se dois
pensadores que foram críticos
veementes à essa nova forma de
organização social que surgia: Karl
Marx (1818-1883) e Friedrich Engels
(1820-1895).

Friedrich Engels

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 3ª edição


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Idealismo e Materialismo

O Materialismo
Ambos elaboram uma nova
concepção filosófica do mundo
aplicado ao processo histórico, que
ficou conhecido como materialismo
histórico e dialético.
Ao fazerem a crítica da sociedade
em que viviam, apresentaram
propostas para sua transformação:
o socialismo científico.

Friedrich Engels

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 3ª edição


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Idealismo e Materialismo

O Materialismo
A Dialética Marxista postula que as
leis do pensamento correspondem às
leis da realidade.
Para Marx, a dialética não é só
pensamento: é pensamento e
realidade a um só tempo, que faz
emergir as contradições.

Karl Marx

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 3ª edição


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Idealismo e Materialismo

O Materialismo
A dialética é ciência que mostra como
as contradições podem ser
concretamente idênticas, como
transpassam uma à outra.
Mostra também porque a razão não
deve tomar essas contradições como
coisas mortas, petrificadas, mas
como coisas vivas, móveis, lutando
uma contra a outra.

Karl Marx

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 3ª edição


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Idealismo e Materialismo

O Materialismo
Os momentos contraditórios são
situados na história com sua
parcela de verdade, mas também
de erro; progresso, mas também
estagnação, em um movimento
contínuo e dinâmico ao longo do
tempo.

Karl Marx

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 3ª edição


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A Filosofia Contemporânea

Abrange o pensamento filosófico que


vai de meados do século XIX e chega
aos dias atuais... Russell Strauss Husserl

Esse período parece ser o mais


complexo e o mais difícil de definir,
pois as diferenças entre as várias
posições filosóficas parecem muito Adorno Horkheimer Sartre

grandes porque ainda estão surgindo e


se solidificando...

Várias correntes de pensamentos


agiram ao mesmo tempo... Heidegger Wittgenstein Merleau Ponty

As releituras do marxismo e novas


propostas surgem com Gramsci e
Foucault.

Gramsci Foucault Arendt

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Contemporânea
Bertrand Russell
(1872-1970)

• Um dos mais influentes


matemáticos, filósofos e lógicos que
viveram no século XX. Recebeu o
Nobel de Literatura de 1950...
• Passou os anos 1950 e 1960
envolvido em várias causas
políticas, principalmente em relação
com o desarmamento nuclear e a
oposição à Guerra do Vietnã...
• A visão sobre a sociedade tratou de
diversos aspectos ligados à política,
economia, direitos humanos, ética,
pacifismo e moral.
Russell

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Contemporânea
Claude Lévi-Strauss
(1908-2009)

• Foi um antropólogo, professor e


filósofo francês...
• É considerado fundador da
antropologia estruturalista, na
década de 1950. Um dos grandes
intelectuais do século XX...
• Reconhecido internacionalmente
pelos estudos antropológicos,
inclusive sobre tribos indígenas
brasileiras...
• Consagrou-se com um dos
principais estudiosos sobre a família.
Strauss

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Contemporânea
Jean-Paul Sartre
(1905-1980)

• Foi um filósofo, escritor e crítico


francês, conhecido como
representante do existencialismo...
• Acreditava que os intelectuais têm
de desempenhar um papel ativo na
sociedade...
• Recusou a receber o Nobel de
Literatura de 1964...
• Sua filosofia dizia que no caso
humano a existência precede a
essência, pois o homem primeiro
existe, depois se define.
Sartre

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Contemporânea
Theodor Adorno
(1903-1969)

• Foi um filósofo, sociólogo, musicó-


logo e compositor alemão. É um
dos expoentes da Escola de
Frankfurt...
• Seu pensamento fundamenta-se na
dialética...
• Uma crítica da razão instrumental,
fundada em uma interpretação
negativa do Iluminismo, de uma
civilização técnica e da lógica
cultural do sistema capitalista, que
chama de "indústria cultural”.

Adorno

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Contemporânea
Max Horkheimer
(1908-2009)

• Foi um filósofo e sociólogo alemão,


também da Escola de Frankfurt...
• A teoria crítica de Horkheimer
pretende que os homens protestem
contra a aceitação resignada da
ordem geral totalitária...
• Horkheimer delineia seus traços
principais tomando como ponto de
partida o marxismo e opondo-se
àquilo que ele designa pela
expressão "teoria tradicional".

Horkheimer

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Contemporânea
Edmund Husserl
(1859-1938)

• Foi um matemático e filósofo


alemão, conhecido como o fundador
da fenomenologia...
• O que importava, para ele, era o que
se passava na experiência da
consciência, por meio de uma
descrição precisa do fenômeno...
• Por isso deu o nome de
"fenomenologia" à sua teoria que
deveria ser uma ciência puramente
descritiva, para somente depois
passar a uma teoria transcendental
à experiência, ou seja, para além do
método cientifico. Husserl

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Contemporânea
Kierkegaard (1813-1855)
• Søren Aabye Kierkegaard foi um
filósofo e teólogo dinamarquês.
• Criticava fortemente o hegelianismo
e as formalidades da Igreja.
• Considerado por muitos como o
precursor do existencialismo, ao
refletir sobre a existência humana
acabou concluindo que a verdade
é a subjetividade.
• Cada ser humano durante seu estar-
no-mundo passa por três estágios ou
três possibilidades diferentes de
existência: o estágio estético, o ético
e o religioso.
Husserl

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Contemporânea
Martin Heidegger
(1908-2009)

• Filósofo alemão que escreveu sua


filosofia em linguagem altamente
cifrada sobre o seu pensamento
sobre o Ser...
• Fervoroso adepto do nazismo antes
da derrota da Alemanha na segunda
guerra mundial. Para muitos foi um
pensador original, um crítico da
sociedade tecnológica do séc.XX...
• De sua obra ficou a designação de
"Existencialismo" para a corrente de
pensamento anti-determinista
fundada por Kierkegaard.
Heidegger

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Contemporânea
Ludwing Wittgenstein
(1889-1951)

• Foi um filósofo austríaco, naturali-


zado britânico...
• Suas principais contribuições foram
feitas nos campos da lógica, filosofia
da linguagem, da matemática e da
mente...
• O único livro de filosofia que publicou
em vida, o Tractatus Logico-Philoso-
phicus, de 1922, exerceu profunda
influência no desenvolvimento do po-
sitivismo lógico, impulsionando ainda
outro movimento filosófico, a chama-
da "filosofia da linguagem comum“.
Wittgenstein

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Contemporânea
Maurice Merleau-Ponty
(1908-1961)

• Foi um filósofo francês...


• Para Ponty, o ser humano é o centro
da discussão sobre o conhecimento.
O conhecimento nasce e faz-se
sensível em sua corporeidade...
• Quando o ser humano se depara com
algo diante de sua consciência,
primeiro nota e percebe esse objeto
em total harmonia com a sua forma, a
partir de sua consciência perceptiva...
• Após perceber o objeto, este entra em
sua consciência e passa a ser um
fenômeno.
Merleau Ponty

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Contemporânea
Antonio Gramsci
(1891-1937)

• Foi um filósofo, político, cientista


político e comunista italiano...
• Gramsci é famoso principalmente
pela elaboração do conceito de
hegemonia e bloco hegemônico, e
também por focar o estudo dos
aspectos culturais da sociedade...
• Todo homem é um intelectual, já que
todos têm faculdades intelectuais e
racionais, mas nem todos têm a fun-
ção social de intelectuais, por isso
criou a distinção entre os
intelectuais tradicionais e os
intelectuais orgânicos. Gramsci

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Contemporânea
Michel Foucault
(1926-1984)

• Foi um importante filósofo e professor


da cátedra de História dos Sistemas
de Pensamento...
• Desenvolveu seu trabalho em torno
da arqueologia do saber filosófico, da
experiência literária e da análise do
discurso...
• Também se concentrou na relação
entre poder e governo, e nas práticas
de subjetivação...
• Foucault é conhecido pelas suas
críticas às instituições sociais,
especialmente à psiquiatria, à
medicina, às prisões etc. Foucault

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


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A Filosofia Contemporânea
A antropologia ganha influência
graças a Claude Lévi-Strauss...
A fenomenologia, tem seu maior
representante em Edmund Husserl e
Martin Heidegger...
A existência humana ganha
importância com de Jean-Paul Sartre, Edgar Morin

o criador do existencialismo...
As duas mais recentes abordagens
filosóficas contemporâneas são..
Teoria da Complexidade, de Edgar
Morin, e...
Modernidade Líquida, de Zigmunt
Bauman.
Zigmunt Bauman

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição


Edgar Morin
®

A Filosofia Contemporânea
Edgar Morin
(1921-)

• É um antropólogo, sociólogo e filósofo


francês judeu...
• Formado em Direito, História e
Geografia, realizou estudos em
Filosofia, Sociologia e Epistemologia...
• Autor de mais de 30 livros, entre eles:
O método (6 volumes), Introdução ao
pensamento complexo e Os sete saberes
necessários para a educação do futuro...
• É considerado um dos principais
pensadores contemporâneos e um
dos principais teóricos da
complexidade.

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Reorganizações genéticas
®

A Filosofia Contemporânea
O Pensamento de Morin
A reorganização do estilo do
pensamento de Morin e a construção
do Pensamento Complexo tem como
base...

1) As ideias avançam nas


contradições (Homem Genérico,
de Marx)...

2) Dúvidas sobre o credo marxista


(substituição da dialética pela
dialógica)...

3) Teoria da Informação, Teoria dos


Sistemas e Cibernética

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O Filosofia
Pensamento Complexo
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A Contemporânea
O Pensamento de Morin
Complexo, do latim complexus,
aquilo que é tecido em conjunto.

Para Morin, o homem é...

Homo sapiens sapiens demens

• Homo – gênero, hominídeos


• sapiens – primata, bípede
• sapiens – fala, se comunica, cria
representações
• demens = descomedição, loucura.

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O Filosofia
Pensamento Complexo
®

A Contemporânea
O Pensamento de Morin
O ser humano cria, com base
em 3 operadores a noção de
totalidade, mas ao mesmo
tempo, criará uma concepção de
que a simples soma das partes
não leva a esse total.

A totalidade (no pensamento


complexo), é mais do que a
soma das partes e
simultaneamente menos que a
soma das partes.

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O Filosofia
Pensamento Complexo
®

A Contemporânea
O Pensamento de Morin
Operador Dialógico
O operador dialógico envolve o
entrelaçar coisas que
aparentemente estão separadas,
por exemplo...

Razão e emoção
Sensível e inteligível
O real e o imaginário
A razão e os mitos
A ciência e a arte...

Trata-se da não existência de uma


síntese. Tudo isto consiste o que se
denomina como dialógica.
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O Filosofia
Pensamento Complexo
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A Contemporânea
O Pensamento de Morin
Operador Recursivo
O operador recursivo, trata
principalmente do fato de que sempre
se aprende que uma causa A produz
um efeito B.

Na recursividade a causa produz um


efeito, que por sua vez produz uma
causa.

Exemplo: O homem é a produção de


uma união biológica, entre um
homem e uma mulher, e essa
produção será, por sua vez, geradora
de outras novas produções.
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O Filosofia
Pensamento Complexo
®

A Contemporânea
O Pensamento de Morin
Operador Hologramático
O operador hologramático, trata de
situações em que você não consiga
separar a parte do todo.
A parte está no todo, assim como o
todo está na parte.
Exemplo: As decisões políticas afetam
o dia-a-dia do indivíduo e este, por
sua vez, é participante da escolhas
dos personagens que tomam as
decisões políticas.
Esses três operadores são as bases
do Pensamento Complexo.

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O Filosofia
Pensamento Complexo
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A Contemporânea
O Pensamento de Morin
Em síntese...
• Operador dialógico – Junta-se
aquilo que a modernidade
separou, classificou.
• Operador recursivo – A causa-
efeito e o efeito-nova circula-se
em um movimento continuo e
incessante.
• Operador hologramático - Não
se dissocia-se a parte do todo. O
todo está na parte, assim como a
parte está no todo.

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O Filosofia
Pensamento Complexo
®

A Contemporânea
O Pensamento de Morin
Os humanos são seres que:
• falam;
• fabricam seus próprios
instrumentos;
• seres simbólicos - criam símbolos,
mitos, mentiras.
Isto porque se constitui em uma longa
ordem biológica e por ser produtor de
cultura. Logo, os seres humanos são:
• 100% natureza e
• 100% cultura.

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O Filosofia
Pensamento Complexo
®

A Contemporânea
O Pensamento de Morin
O conhecimento complexo não está
limitado à ciência, pois há na
literatura, na poesia, nas artes, um
profundo conhecimento tão
necessário quanto o científico.

Todas as grandes obras de arte


possuem um profundo pensamento
sobre a vida.
Segundo Morin (2000), é necessário
romper com a noção de que se deve
ter as artes de um lado e o
pensamento científico do outro.

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O Filosofia
Tetragrama Organizacional
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A Contemporânea
O Pensamento de Morin
Qualquer atividade de seres
vivos é guiada por uma
tetralogia. Envolve relações de:

1. Ordem
2. Desordem
3. Interação
4. (re)Organização

Unindo este tetragrama aos


operadores de complexidade,
temos as bases do pensamento
complexo.

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A Filosofia
Reforma Contemporânea
da Educação
®

A
O Pensamento de Morin
Para Morin (2000) a razão cartesiana
impôs um paradigma que ensinou a
separar a razão da des-razão, com
isso, torna-se vital religar tudo o que a
ciência cartesiana separou.

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Referências
ARANHA, M. L. A. Temas de filosofia. 1.ed. São Paulo: Moderna, 2005.
______. Filosofia da Educação. 3.ed. São Paulo: Moderna, 2006.
______. Filosofando. 1.ed. São Paulo: Moderna, 2008.
BONJOUR, Laurence; BAKER, Ann. Filosofia: textos fundamentais comentados. Porto Alegre, RS.: Artmed,
2009.
CABALLERO, Alexandre. A filosofia através dos textos. 1.ed. São Paulo: Cultrix, 2006.
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. 1.ed. São Paulo: Ática, 2005.
GHIRALDELLI JR. P. Introdução à Filosofia. 1.ed. Barueri-SP: Manole, 2003.
MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia – Dos Pré-socráticos a Wittgenstein. 2.ed. Rio de
Janeiro: Zahar, 2007.
MATTAR, João. Introdução à Filosofia. 1.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez; Brasília:
UNESCO, 2000.
POLITO, André Guilherme. Michaelis Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo:
Melhoramentos, 2012. ISBN 978-85-06-06953-0 (digital).
PRADO JUNIOR, Caio. O que é filosofia. 1.ed. São Paulo: Brasiliense, 2008.
REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia. 1.ed. São Paulo: Paulus, 2004.
SAUNDERS, Clare (org.). Como estudar filosofia: guia prática para estudantes. Porto Alegre, RS.: Artmed,
2009.

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Fundamentos de

Filosofia
Doutorando em Psicologia da Educação-PUCSP. Mestre em Semiótica, Tecnologias de Informação e
Educação. Graduado em Pedagogia e Pós-graduado em Psicopedagogia pela Universidade Braz
Cubas e Pós-graduado em Liderança e Gestão de Pessoas pelo Leadership Training Ministry-LTM
(CAN). Coordenador Acadêmico dos Cursos de Pedagogia, Letras e História e Coordenador do Apoio
Psicopedagógico da Universidade de Mogi das Cruzes/Campus Villa-Lobos até 2013. Coordenador
Pedagógico do Programa Alfabetização Solidária na Universidade Braz Cubas até 2009. Coordenador
do Projeto África/Moçambique pelo Instituto Shaddai desde 2001. Professor convidado do LTM -
Leadership Training Ministry - Alberta/Canadá desde 2001. Professor dos cursos de Psicologia,
Pedagogia e Pós-graduação em Psicopedagogia da Universidade Braz Cubas/SP até 2009. Professor
de Pós-graduação em Metodologias de Trabalho com Famílias e Direito Educacional da Faculdade
Bagozzi – Curitiba/PR. Professor dos cursos de Pedagogia, Psicologia, Direito e Pós-graduação em
Psicopedagogia e Direito Processual na Universidade de Mogi das Cruzes/SP. Delegado
representante de Mogi das Cruzes na CONAE 2010/Brasília. Pesquisador na área de Políticas
Educacionais e Práticas Educativas do Núcleo de Ciências Sociais Aplicadas da UMC e PUCSP.

Prof. Jefferson Baptista Macedo

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