Filosofia

Nate B.

Introdução à Filosofia
& Período Pré-Socrático

Filosofia Antiga e Medieval

Prof. Nate Henrique Taveira Baptista  natan@gamaensino.com
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Principais Períodos: História da Filosofia

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III a.C. – VII

VII – V V – IVIV – III XVI - XIX
VII – XIV XIV – XVI
PERÍODO HELENÍSTICO ou
GRECO-ROMANO
FILOSOFIA
PERÍODO COSMOLÓGICO
PERÍODO ANTROPOLÓGICO
I – VII MODERNA
PERÍODO SISTEMÁTICO
ou ou RENASCIMENTO
PRÉ-SOCRÁTICO
SOCRÁTICO PATRÍSTICA FILOSOFIA MEDIEVAL
Sistematização sobre
XVIII – XIX
cosmologia eÉtica,
antropologia.
conhecimento, Política,
Origem Mostrando
do mundo
Investiga querelação
e as causas
as questões tudo pode
humanas: ser –
homem
objeto Teologia conhecimento
das transformações daedo
ética política asconhecimento
natureza
técinicas.
natureza – deus. técnicas
ILUMINISMO
filosófico

FILOSOFIA ANTIGA FILOSOFIA MEDIEVAL FILOSOFIA MODERNA

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA: meados do século XIX até hoje
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Períodos da Filosofia Antiga

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1. Pré-socrático (séc. VII a V a.C.): De Tales de Mileto a Sócrates. A filosofia se ocupa da

natureza e da origem das coisas.
2. Socrático ou clássico (séc. V a IV a.C.): A Filosofia reflete sobre as questões humanas,
sobretudo a ética e a política.
3. Período sistemático ou aristotélico: A filosofia busca sistematizar o conhecimento alcançado.
4. Alexandrino ou helenístico (fim do séc. IV a III a.C.): A filosofia busca sistematizar o
conhecimento alcançado. Disseminação da cultura clássica no mundo mediterrâneo. Surgem
novas escolas como a dos estoicos, dos epicuristas e dos céticos.
5. Greco-romano (séc. III a.C. a VI d.C.): Marcado pela assimilação da cultura grega pela cultua
romana e a dissolução do pensamento grego diante do cristianismo.
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No éculo VI a.C., a atual Grécia estava constituída por diferentes poléis Nate
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Mileto, Esparta, Atenas

A ORIGEM DA FILOSOFIA
deve-se a
diversos fatores

Comércio Liberdade religiosa

O contato com Por não haver monopólio

outras culturas permitiu religioso, existia “tolerância”
o intercâmbio de ideias. e respeito a opiniões
e questionamentos.
A divisão da sociedade
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Críticas aos mitos

• Alguns pensadores da Grécia antiga criticaram a

visão mitológica sobre os deuses.
• Xenófanes de Cólofon (576-480 a.C.): deuses
mitológicos são imperfeitos;
• Possuem corpo, roupa, voz = homens.
• Os pré-socráticos tentaram entender o mundo
como o resultado de forças naturais, embora
conservando alguns elementos mitológicos.
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Origem da Filosofia
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Descreve-se como a passagem gradual “do mýthos ao lógos”

Trata-se de encontrar explicação sobre o que nos rodeia, utilizando

a razão em substituição às explicações mitológicas.

Destaca-se nos primeiros filósofos a construção de uma

COSMOLOGIA (explicação racional e sistemática do universo)
que substituísse, paulatinamente, a antiga
COSMOGONIA (explicação sobre a origem do mundo baseada nos mitos)
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Sobre os filósofos pré-socráticos

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As obras dos filósofos pré-socráticos não foram conservadas!

Aquilo que sabemos sobre eles é indireto:

▪ fragmentos - frases ou trechos originais
▪ doxografia - informações indiretas (comentários de autores posteriores)
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Sobre os filósofos pré-socráticos

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Concentraram-se, basicamente, em duas questões

Qual é a origem, a matéria Qual é a autêntica

ou principio da natureza? realidade?
Querem descobrir, com base na
razão e não apenas na mitologia,
a substância primordial (arché,
em grego) existente nos seres
Dependendo das escolas, O que nos oferece
materiais, ou seja, a matéria- haverá diferentes respostas: os sentidos ou o
prima de que são feitas as coisas
fogo, água, ápeiron etc. que oferece a razão?
presentes na natureza (phýsis).
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Tales de Mileto
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A origem da natureza é um
elemento natural e determinado

Água Inquieto, viajante,

matemático
Aristóteles via em astrônomo e político
Tales o primeiro “físico”
(equivalente a filósofo).
Não se conhecem
textos de Tales. Previu um eclipse do sol
Teorema de Tales (585 a.C.)
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Anaximandro de Mileto
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Estabelece que o elemento originário é indeterminado e eterno:

Ápeiron
ἄπειρον
Chegou-nos um único fragmento:
“Onde as coisas têm sua origem, aí ocorre sua dissolução, segundo a
necessidade. Pois pagam reciprocamente a penitência por sua injustiça,
conforme a ordem do tempo”.
O Cosmos como dependente de forças polares primordiais ou idênticas
Ápeiron → Forças opostas ilimitadas → Mundo
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Anaxímenes de Mileto
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Indica uma substância determinada e

infinita como elemento primeiro:

Ar
O ar é divino e gera divindades a partir de si,
é nossa alma e o que mantém nossos corpos
unidos. A Terra é plana e passeia no ar, e os
demais corpos celestes giram em torno dela.
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Pitágoras de Samos
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Sua doutrina, durante muito tempo, foi transmitida apenas

oralmente e as lendas se encarregaram do restante. Para ele,

“todas as coisas são números”

Influirá na ideia platônica da transmigração das almas: um modo de vida

consciente e pautado pela moderação pode salvá-lo das sucessivas
reencarnações. O conhecimento como instrumento de purificação da alma.
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Heráclito de Éfeso
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Suas reflexões tratam sobre como o mundo:

• Estado de contínua mudança (a luta entre contrários);
• Impregnado de constantes opostos;
• Introduz a ideia de que os sentidos nos enganam.

O movimento contínuo é chamado de Devir

“O ser é e não é ao mesmo tempo”

“Tudo flui” – tudo está em movimento e nada dura
“Não podemos entrar no mesmo rio duas vezes”

CORRENTE MOBILISTA
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Parmênides de Eleia
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• Não propôs uma origem, pois para ele o universo sempre existiu.
• As ideias de eternidade, unicidade e de permanência são centrais.
• Multiplicidade e mudança do mundo é uma ilusão (influência em Platão).
• O único verdadeiro é aquele que sempre foi e que permanece sendo: a
essência é única, imutável e eterna (via da Verdade e do conhecimento).
• Aletheia (a Verdade em si) e doxa (aquilo que é mutável, a opinião).
• Não acreditava na existência da mudança no ser, tendo ficado conhecido,
por isso, como defensor de uma concepção monista dos seres.
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Ao afirmar que o ser é, Parmênides se referia ao

caminho para conhecer o mundo além da mera
aparência, buscando alcançar o seu aspecto
único, eterno, contínuo, indivisível e imóvel, já
que o ser exclui toda mudança e transformação.

CORRENTE IMOBILISTA
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Empédocles de Agrigento
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• A mistura das quatro raízes

(ou elementos) produziria
todas as coisas conhecidas
• Concepção cíclica do tempo e
da natureza: os quatro
elementos não são
produzidos nem destruídos,
apenas se unem e separam.
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Anaxágoras de Clazômenas
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• A origem de tudo estaria em microscópicas sementes que sempre existiram.

• Essas sementes aglomeravam-se, dando forma e origem aos seres e objetos.
• Então, os objetos eram compostos de várias sementes, que se aglomeravam
sob domínio de uma inteligência governadora (noûs), responsável também
por separar os opostos, não deixando que eles se aglomerassem.
• Desse modo, não havia em um mesmo ser ou objeto o quente e o frio, o seco
e o úmido, o uno e o múltiplo etc.
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Demócrito de Abdera
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Avançou a filosofia de Anaxágoras, afirmando

que há um número infinito de pequenas unidades
indivisíveis, imutáveis e eternas no espaço vazio.

Átomos
Diferem em tamanho e forma, mas são idênticos
entre si. Têm as mesmas características que o ser
de Parmênides. Não têm nenhuma qualidade,
exceto a de serem sólidos e impenetráveis. Infinitos
em seu número, agitam-se no vazio ao acaso.
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Principais escolas pré-socráticas

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• Escola Jônica: enxergavam o universo de forma estática e buscavam as

explicações através de um único elemento fundamental (por exemplo, Tales,
Anaxímenes, Anaximandro e Heráclito).
• Escola Pluralista: afirmavam que a criação de todas as coisas se davam através
da união de vários elementos (por exemplo, Empédocles, Anaxágoras etc.)
• Escola Eleática: Parmênides e Zenão, se tornaram os principais nomes dessa
escola, por não acreditarem em um elemento criador, mas sim em uma
essência que caracterizava todas as coisas.
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Atenção!

A importância desses pensadores não se

deve tanto às suas respostas particulares,
mas sim ao fato de que foram os primeiros
a buscar resolver racionalmente a questão
da natureza última das coisas e a afirmar
que a origem da natureza está nela mesma.
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ENTRETENIMENTO Nate
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’

(Enem 2022) “Empédocles estabelece quatro elementos corporais – fogo, ar, água e terra –, que são
eternos e que mudam aumentando e diminuindo mediante mistura e separação; mas os princípios
propriamente ditos, pelos quais são movidos, são o Amor e o Ódio. Pois é preciso que os elementos
permaneçam alternadamente em movimento, sendo ora misturados pelo Amor, ora separados pelo Ódio.

SIMPLÍCIO. Física, 25, 21. In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural, 1996.

O texto propõe uma reflexão sobre o entendimento de Empédocles acerca da arché, uma preocupação
típica do pensamento pré-socrático, porque

a) exalta a investigação filosófica.

b) transcende ao mundo sensível.
c) evoca a discussão cosmogônica.
d) fundamenta as paixões humanas.
e) corresponde à explicação mitológica.
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