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UNIPAR - UNIVERSIDADE PARANAENSE

Bacharel em Engenharia Civil

Tatiane Valtrique RA: 184948

ESTUDO COMPARATIVO E VIABILIDADE DE PROJETO


ATRAVÉS DE TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS ENTRE
DOIS PROJETOS COM SISTEMA CONSTRUTIVO
CONVENCIONAL E SISTEMA DE ELEMENTOS PRÉ -
MOLDADOS

Francisco Beltrão, PR.


Novembro de 2016.
Tatiane Valtrique

ESTUDO COMPARATIVO E VIABILIDADE DE PROJETO


ATRAVÉS DE TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS ENTRE
DOIS PROJETOS COM SISTEMA CONSTRUTIVO
CONVENCIONAL E SISTEMA DE ELEMENTOS PRÉ -
MOLDADOS

Trabalho desenvolvido para o curso de Engenharia


Civil, direcionado ao pré-projeto de pesquisa, para
inicio do desenvolvimento do Trabalho Final de
Curso, da Universidade Paranaense – UNIPAR.

Francisco Beltrão
2016
SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO...............................................................................................2
2 - TEMA..............................................................................................................3
3 - JUSTIFICATIVA.............................................................................................3
4 - OBJETIVOS...................................................................................................4
4.1 - OBJETIVO GERAL......................................................................................4
4.2 - OBJETIVO ESPECÍFICO............................................................................4
5 - METODOLOGIA ............................................................................................5
6 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.....................................................................6
6.1 - DEFINIÇÃO DE ORÇAMENTO...................................................................6
6.2 - COMPOSIÇÃO DE CUSTOS......................................................................6
6.3 - ESTRUTURA ANALÍTICA DE PROJETO (EAP).........................................7
6.4 - CRONOGRAMA FÍSICO – FINANCEIRO...................................................7
6.5 - HISTOGRAMA E CURVA S........................................................................8
6.6 - SISTEMA CONSTRUTIVO CONVENCIONAL............................................9
6.7 - SISTEMA CONSTRUTIVO: ELEMENTOS PRÉ-MOLDADOS...................9
7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................11
1- Introdução

Com a competição do mercado de trabalho, a indústria da construção civil,


assim como todos os outros campos da economia, precisa estar atualizada e
inovar as técnicas do setor. Nesse contexto, a determinação de custos de uma
obra, torna-se uma ferramenta de grande auxílio e pode ser realizada através
de processos de orçamentação.

Limmer (1997) diz que muitas obras ainda são executadas artesanalmente
com um planejamento informal, sem garantias de prazos previamente
estabelecidos e, muito menos orçamento. O autor ainda ressalta que o
processo de elaboração de um orçamento é complexo, sendo que essa
complexidade cresce devido a não uniformidade da produtividade da mão de
obra, às falhas e omissões nos projetos, ao grande número de serviços a
serem executados, e à variação contínua dos preços de insumos.

Mattos (2006) explica que a técnica orçamentária envolve a identificação,


descrição, quantificação, análise e valorização de uma grande série de itens,
requerendo, portanto, muita atenção e habilidade técnica.

Dessa maneira, é de fundamental importância identificar o tipo de sistema


construtivo e analisar os dados para obtenção dos menores custos. Nesse
contexto, a pesquisa será direcionada para edifícios de pequeno porte com até
três pavimentos, analisando duas técnicas construtivas, sendo elas: o sistema
convencional de concreto armado e o de elementos pré-moldados. É
importante ressaltar que será analisada somente a parte estrutural dos edifícios
e o meio utilizado para a identificação dos custos será feita através de
orçamentos detalhados.

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2- Tema
Orçamento e planejamento de duas edificações, com a comparação de
custos e viabilidade do melhor sistema construtivo entre o convencional e pré-
moldado.

3- Justificativa
Muitos são os itens que podem influenciar e contribuir para o custo de um
empreendimento, com a técnica orçamentária pode se desenvolver a
identificação, descrição, quantificação, análise e valorização de uma grande
série de itens.

O orçamento é a descrição pormenorizada com materiais e operações


necessárias para realizar uma obra com a estimativa de preços. Para ser feito
o orçamentista deve entrar em todos os detalhes possíveis que implicarão em
custo durante a execução da obra. Andrade(1996).

Goldman (1999), o orçamento do custo de uma obra é uma das primeiras


informações que se pretende conhecer ao estudar determinado
empreendimento. Trata-se de uma ferramenta fundamental para a viabilidade
do empreendimento, independente de sua função social, considerando os
montantes expressivos que são aplicados para sua realização.

Crippa, (2007) explica que se uma empresa de pequeno ou médio porte


utilizar métodos de cálculos nos custos de diversos insumos da obra é possível
aperfeiçoar seus processos gerenciais, reduzir os custos, sem reduzir a
margem de lucro.

Sendo assim, esta pesquisa visa estabelecer por cálculos de custos diretos,
através de orçamentos detalhados o comparativo da parte estrutural de dois
edifícios sendo um realizado com o processo construtivo convencional de
concreto armado e o outro com o processo construtivo com elementos pré-
moldados, identificando qual dos sistemas estudados terá o menor custo e
quais os fatores que irão influenciar na diminuição desses custos e
consequentemente na escolha de um dos sistemas.

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4- Objetivos

4.1- Objetivo Geral

Pesquisar, analisar, orçar e comparar as diferenças de custos de dois edifícios


de pequeno porte com o sistema convencional de concreto armado e com o de
elementos pré-moldados.

4.2- Objetivo Específico

 Analisar os projetos;
 Identificar os serviços, quantitativos, insumos e mão de obra para as
duas construções;
 Desenvolver a estrutura analítica de cada projeto (EAP);
 Apresentar os orçamentos detalhados, juntamente com os cálculos
diretos das duas construções;
 Realizar gráficos comparativos das curvas s, histogramas e
cronogramas físico-financeiros;
 Elaborar o comparativo de custos entre os dois sistemas construtivos.

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5- Metodologia

Para a realização deste trabalho, inicialmente será feita uma pesquisa com
revisão bibliográfica, juntamente com uma análise exploratória de dois projetos
realizados em diferentes sistemas construtivos, tendo por foco a viabilidade
construtiva com relação ao orçamento e custos de cada obra.

Cada etapa do trabalho será desenvolvida a partir de um cronograma, até a


análise final com os resultados obtidos.

A pesquisa bibliográfica será estruturada em autores com trabalhos


publicados e comprovados, garantindo uma fundamentação teórica com
relevância cientifica. Serão abordados assuntos para uma melhor
compreensão do tema proposto, referentes à área da construção civil
apresentando as vantagens e desvantagens de cada método construtivo,assim
como análise de seus orçamentos e custos apenas na parte estrutural de cada
edifício, apresentando o processo construtivo, modo de fabricação e com o
resultado no projeto de maior viabilidade dentro do mercado de trabalho atual.

Em um segundo momento, será apresentado dentro das etapas da


orçamentação, o levantamento quantitativo de insumos, materiais e mão de
obra através da TCPO (Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos),
para o sistema convencional. Já o método para elementos pré-moldados, além
da TCPO, poderá ser utilizado as composições próprias da empresa
fornecedora do sistema que expressará diretamente os custos diretos desses
elementos. Também será utilizada a SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de
Custos e Índices da Construção Civil) para obtenção de preços e custos.

Como dados comprobatórios de cada sistema construtivo, será desenvolvido


o cronograma físico-financeiro, curva s, histograma para complementação dos
dados obtidos e uma posterior análise do melhor método construtivo.

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6- Fundamentação Teórica

6.1- Definição de Orçamento

O orçamento destaca-se por ser uma ferramenta de grande valia na


condução das atividades das organizações, como também no processo de
identificação dos problemas de coordenação. (Steppan, 2006).

Na visão tradicional, um orçamento é uma previsão do custo ou do preço de


uma obra (Gonzalez, 2007). Ainda segundo o autor existem vários tipos de
orçamento, e o padrão escolhido depende da finalidade da estimativa e da
disponibilidade de dados.

Para Limmer (1997) um orçamento pode ser definido como a determinação


dos gastos necessários para a realização de projeto, de acordo com um plano
de execução previamente estabelecido, gastos esses, traduzidos em termos
quantitativos. Para o orçamento de um projeto deve-se seguir aos seguintes
objetivos:

• Definir o custo de execução para cada atividade e serviço;

• Constituir-se em documento contratual;

• Servir como referências na análise dos rendimentos obtidos dos recursos


empregados na execução do projeto;

• Fornecer, como instrumento de controle da execução do projeto, informações


para o desenvolvimento de coeficientes técnicos confiáveis.

6.2- Composição de custos

Segundo Tisaka (2006), a quantidade de material, de horas de equipamento e


o número de horas de pessoal gasto para a execução de cada unidade desses

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serviços, multiplicado respectivamente pelo custo dos materiais, do aluguel
horário dos equipamentos e pelo salário-hora dos trabalhadores, devidamente
acrescidos dos encargos sociais, são chamados de composição dos custos
unitário.

González (2007) diz que as composições unitárias de custos são as "fórmulas"


de cálculo dos custos unitários nos orçamentos discriminados. Cada
composição consiste das quantidades individuais do grupo de insumos
(material, mão de obra e equipamentos) necessários para a execução de uma
unidade de um serviço.

6.3- Estrutura Analítica de Projeto (EAP)

A estrutura analítica de projeto serve como base para a maior parte do


planejamento de projeto, é uma ferramenta primária para o escopo do projeto.

A EAP nada mais é do que um processo de subdivisão das entregas e do


trabalho do projeto em componentes menores e facilmente gerenciáveis.

6.4- Cronograma Físico-Financeiro

Quando se inicia uma obra, o ideal é saber exatamente quanto tempo os


trabalhos vão durar e, consequentemente, quando vão acabar. Por isso, antes
de colocar a mão na massa, é importante planejar com detalhes os serviços
que serão executados em todas as fases de execução do projeto.

O resultado desse planejamento é o cronograma da obra. Esse registro


expressa visualmente a programação das atividades que serão realizadas
durante a construção. No cronograma físico-financeiro, as despesas com a
execução dos serviços são detalhadas semanal ou mensalmente, dependendo
do tipo de construção.

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Isso permite que os administradores do caixa da obra saibam exatamente
quanto vão gastar e quando isso vai acontecer, evitando despesas e
empréstimos imprevistos.

O cronograma mostra, em uma linha do tempo, o começo e o fim de cada


uma das fases ou atividades da obra. A qualquer momento, portanto, é
possível verificar com rapidez o andamento das diversas frentes de serviço.
Assim é possível definir prioridades e concentrar o foco nas equipes que
eventualmente estejam mais atrasadas em relação às demais. O cronograma
também ajuda a planejar as compras de produtos e materiais de construção,
reduzindo estoques desnecessários no canteiro.

6.5- Histograma e Curva S

Histograma de recursos em projetos é utilizado para a identificação da


distribuição de recursos humanos e equipamentos durante a realização do
projeto. Um Histograma de Recursos ilustra a distribuição do esforço de um
recurso no tempo. Em gestão de projetos é uma ferramenta que contribui na
análise da eficiência da distribuição dos recursos, pois através da visualização
do histograma, podem-se nivelar os recursos utilizados no projeto, resolvendo
os problemas de super-alocações e otimizar a utilização dos recursos.

A curva S representa graficamente o resultado da acumulação das


distribuições percentuais, parciais, relativas à alocação de determinado fator de
produção (mão de obra, equipamentos e materiais) ao longo do tempo. Por
conseguinte, a curva S pode ser também denominada de curva de distribuição
ou agregação acumulada. Basicamente, a curva pode ser empregada como
técnica de planejamento, programação e/ou como técnica de controle. Como
técnica de planejamento e programação, a curva S permite a modelagem da
alocação dos recursos e do progresso em relação ao tempo.

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6.6- Sistema Construtivo Convencional

É o método construtivo mais adotado no Brasil para obras residenciais.


Funciona como um “esqueleto” formado a partir da combinação de pilares, lajes
e vigas.

De acordo com Darini (2006) os sistemas abertos são ainda chamados de


convencionais quando seus principais elementos (paredes, lajes e coberturas)
são executados no canteiro de obras e utiliza-se de técnicas e materiais
construtivos convencionais, como tijolos, concreto, madeira, telhas cerâmicas
ou telhas de fibrocimento.

Segundo Bortolon (2004) no sistema convencional são executadas as


formas de madeira, armaduras e concretagem da estrutura, após esta etapa
são realizadas as alvenarias e instalações, que muitas vezes podem gerar
desperdícios de materiais. A quantidade de mão de obra também é elevada e
pode ocorrer o retrabalho em algumas etapas, onerando o custo final da obra.

6.7- Sistema Construtivo: Elementos Pré-Moldados

Com o apelo vindo dos canteiros de obras, onde a demanda exige ritmo
cada vez mais acelerado, a construção civil caminha na direção da
industrialização.

Para isso, começa a utilizar em maior escala ferramentas como as estruturas


pré-moldadas, que também são uma alternativa para a carência de
profissionais no setor.

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A indústria da construção civil, em todo o mundo, encontra-se em um
momento claramente dedicado à busca e implementação de estratégia de
modernização do setor em que a racionalização construtiva tem um papel
fundamental. Silva e Silva (2003).

Pilares, vigas e lajes pré-fabricadas já vêm sendo utilizados com frequência


em obras de indústrias, mas ainda têm participação tímida nos
empreendimentos residenciais. Por enquanto, os pré-moldados têm como foco
os empreendimentos do segmento econômico, que exigem uma produção em
ritmo mais acelerado e em volumes maiores.

De acordo com Melo (2004), a indústria de pré-moldados no Brasil também


vem vivenciando transformações importantes, para atender ao ritmo das novas
exigências dos responsáveis pelos empreendimentos. Maiores preocupações
estéticas, elementos de acabamento suavizando, encaixes mais desenvolvidos,
peças especiais para composição com outros sistemas construtivos, pré-vigas,
pré-lajes e painéis de fachadas invadindo a construção convencional. Este é o
momento da pré-fabricação e os fabricantes nacionais souberam dar suas
respostas à simulação do mercado.

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7- Referências Bibliográficas

LIMMER, Carl Vicente. Planejamento, orçamento e controle de projetos e


obras. Rio de Janeiro: LCT, 1997.
MATTOS, Aldo Dórea. Como Preparar orçamentos de obras. São Paulo:
PINI, 2006.
ANDRADE, Vanessa Adriano. Modelagem dos Custos para Casas de Classe
Média. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC) - Programa de Pós Graduação em Engenharia de Produção
Florianópolis, SC. 1996.
CRIPPA, Anne Alice. CUSTO COMPARADO DE UMA EDIFICAÇÃO:
ESTRUTURA DE CONCRETO MOLDADO IN LOCO x ESTRUTURA COM
ELEMENTOS PRÉ-FABRICADOS EM CONCRETO. Trabalho de Conclusão
de Curso Engenharia Civil. UNESC 2007.
GOLDMAN, Pedrinho. Sistema de Planejamento e Controle de Custos na
Construção Civil – Subsetor Edificações. Dissertação (Mestrado).
Universidade Federal Fluminense, RJ. 1999.
STEPPAN, Adriana Isabel Backes. Investigação das Práticas de
Contabilidade Gerencial no Setor da Construção Civil da Cidade do Natal
– RN. Dissertação (Mestrado), Natal, RN. 2006.
GONZÁLEZ, Marco Aurélio Stumpf. Noções de Orçamento e Planejamento
de Obras. São Leopoldo, RS: UNISINOS, 2007.
TISAKA, Maçahico: Orçamento na Construção civil: consultoria, projeto e
execução. São Paulo: PINI, 2006.
DARINI, Celso Henrique. Proposta de Metodologia para Aplicação de
Revestimentos Cerâmicos em Fachadas de Edificações de Alvenaria
Estrutural de Blocos de Concreto. Dissertação (Mestrado), Instituto
Tecnológicas do Estado de São Paulo IPT. São Paulo, SP. 2006.
BORTOLON, Mariela. Estudo sobre Alternativas Construtivas Técnicas e
Econômicas para uma edificação da UNIJUÍ no Campus Panambi.
Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí, RS. 2004.

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MELO, Carlos Eduardo Emrich. Manual Munte de projetos em pré
fabricados de concreto. 1. Ed. São Paulo: PINI, 2004.
SILVA, Maristela Gomes da; SILVA, Vanessa Gomes da; Centro Brasileiro da
Construção Em Aço. Painéis de vedação. [S. L.]: CBCA, 2000. 59 p. (Manual
de construção em aço).

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