Você está na página 1de 1

Caso clinico.

Paciente, 18 anos, casada, grávida de 8 semanas, secundigesta. Residente de um


casebre em Campo Grande no Mato Grosso do Sul. Apresentava condições
precárias e sem nenhuma condição sanitária. Possui dois cachorros de
estimação. Deu entrada no Pronto Atendimento do Hospital, apresentando febre
de 39,7°C. Relatando queixas de astenia, inapetência, mialgia e cefaléia. Negou
qualquer tipo de intercorrências na gestação anterior e abortos. No exame físico a
paciente apresentava os sinais vitais: Fr: 28irpm, Fc: 120bpm, T: 39,0ºC, Pa: 130X90
mmHg. Para investigação do quadro clínico, a paciente foi internada. Sendo
realizado o hemograma e outros exames complementares para o diagnostico.
Referentes aos resultados dos exames: apresentou plaquetopneia caracterizando
a pancitopenia. O exame de urina apresentou-se sem alterações. A urocultura foi
negativa. A ultrasonografia abdominal confirmou a hepatoesplenomegalia. Foi
levantada a hipótese de leishmaniose visceral, sendo solicitado aspirado de
medula óssea com cultura, encontrando formas amastigotas do parasita no
esfregaço a fresco. Confirmando o diagnostico de leishmania visceral. Foi iniciado o
tratamento para evitar transmissão vertical do parasita com anfotericina B
lipossomal, e foram solicitados exames laboratoriais, com periodicidade de três
vezes por semana. Após o tratamento apresentou melhoras no quaro clinico.
Mostrou ausência de parasitos ao exame parasitológico. E nenhuma complicação
na gravidez. Teve alta e meses depois teve parto normal, sem intercorrências.

Você também pode gostar