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HCTCO – UNIFESO

Internato em Pediatria – PED 1


Discussão de caso clínico – 29/10/2023
Prof. Mario Simões

Paciente 3 anos e 6 meses, sexo masculino, tem dois irmãos de 6 e 7 anos,


natural e residente em Guapimirim – RJ foi levado para atendimento no setor
de emergência pediátrica do HCTCO com queixa de febre e dor abdominal.
A mãe do menino relata que ele está doente há três dias quando passou
apresentar dor abdominal seguida de febre que variava de 38 a 38.5°C.
Ela o medicou com dipirona em gotas com pequena melhora da febre e da
dor. Entretanto na manhã seguinte tornou apresentar febre e se queixou de
dor de garganta, dor abdominal e vomitou por duas vezes logo após se
alimentar.
Está evacuando de consistência e aspecto normal.
Está urinando normalmente.
Ela relata que levou seu filho na UPA e, após ter sido examinado pelo
pediatra de plantão, permaneceu algumas horas na unidade, onde realizou
exames complementares, cujos resultados estão descritos abaixo:
Hemograma – He 4,3; Hb 14g/dL; Leucócitos totais: 12.000; eos 1; bastões 4;
seg 50; linf 40; mono 5; PCR 10 mg/L
Glicemia capilar: 80 mg/dL
Ureia: 15 mg/dL;
Creatinina: 0,8 mg/dL
EAS normal
A radiografia de tórax em PA mostrou transparência pulmonar normal, seios
costofrênicos permeáveis e mediastino de aspecto normal
Radiografia simples de abdome em posição ortostática não identificou níveis
hidroaéreos e nenhuma outra anormalidade
Recebeu alta da unidade com prescrição de ibuprofeno e orientação para
retornar se houvesse piora.
O menino é saudável, não tem doença crônica e nunca precisou ser
hospitalizado.
Recebeu as vacinas previstas para sua idade como consta no Cartão de
Saúde da criança.
A mãe relata que ela e os outros dois filhos estão resfriados (sic).
A dor abdominal persistiu e passou ser referida principalmente no quadrante
inferior direito. Hoje a febre chegou a 39C e então ela optou por levar a
criança imediatamente no setor de emergência pediátrica.
Foi examinado pelo pediatra do HCTCO, que notou a presença de hiperemia
do faringe posterior.
Foi também examinado pelo cirurgião de plantão e após avaliação do caso
optaram por repetir os exames laboratoriais como hemograma, PCR,
glicemia, e sedimento urinário que tiveram resultados semelhantes aos
exames do dia anterior.
Solicitaram também, nesse mesmo dia, um exame de TC de abdome onde o
radiologista identificou anormalidades que foram decisivas para a conclusão
do diagnóstico
Conduta e evolução:

A criança ficou hospitalizada na enfermaria de pediatria do HCTCO e recebeu


tratamento clinico de suporte e analgésicos.
Evoluiu bem com desaparecimento da febre e da dor abdominal.
Recebeu alta no terceiro dia com orientação para acompanhamento
ambulatorial

Considerando a historia dos sintomas, exames laboratoriais realizados,


evolução clinica e resposta ao tratamento instituído, responda as perguntas
abaixo:

1)Qual o diagnostico sindrômico inicial? Justifique

2)Quais as principais hipóteses diagnosticas iniciais? Justifique com base nos


dados clínicos e laboratoriais apresentados

3)Que anormalidades foram identificadas na TC de abdome e que consolidou


o diagnostico principal?

4)Comente a respeito dessa doença apontada como diagnostico principal

5)Comente a respeito do tratamento e evolução?

6)Quais as complicações?

7)Qual o prognóstico?

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