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Conteúdo do Módulo 9
Programa do Curso – 04
Exercícios de Narração – 05
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Programa da Fórmula da Comunicação Envolvente
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EXERCíCIOS DE NARRAÇÃO
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Benito Falbo, avesso a falcatruas, entregou à freguesa uma sacola de
plástico contendo doze itens hortifrutigranjeiros. Dentre eles, dois cachos
de uva Itália, doze bananas d’água e espinafre. Seu semblante severo
sinalizava que havia em seu íntimo um intenso conflito. Sem que a
freguesa, entre atônita e constrangida, pudesse esboçar o menor gesto
que fosse, ouviu Benito murmurar entredentes: o proprietário da barraca
ensacava produtos imprestáveis como se fossem viçosos. Para agir assim
ele contava com a conivência dos fiscais.
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Expedito vivia contando vantagens sobre o seu celibato. Mas finalmente
seu dia de homem que procura estabilidade chegou. Terminado o jantar na
casa da namorada, ficou de pé, aprumou-se como a ensaiar um discurso,
pigarreou e pediu a mão de Tereza em casamento. Recebeu um sonoro
“NÃO” como resposta. Chegando em casa, levantou a cabeça, empinou o
nariz e disse à mãe com estudada indiferença que uma simples negativa
não lhe tiraria do páreo. Pensando bem, seria melhor estender um
pouquinho mais seu reinado de celibatário.
Taifeiro que dedicou toda sua vida ao trabalho em portos, era dado a
fantasias e elucubrações as mais estapafúrdias. Nos momentos de
reflexão, dizia a si mesmo que era necessário dar um basta a conjeturas
vazias. Mas ao se aproximar da ponte móvel para ganhar a margem
oposta do riacho que passava nos fundos de sua casa, tremia de medo.
Suava em bicas. Empacava feito animal quando pressente o perigo. Não
havia quem pudesse lhe convencer que a ponte era segura. Seus olhos
assustados provocavam mais riso do que compaixão.
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Eueli, Yaçanã, e Yara, primas entre si em primeiro grau, mineiras oriundas
da pequena cidade de Cordisburgo vieram passar as férias no Rio de
Janeiro. Com idades de 21 a 24 anos, mal conseguiam conter o
entusiasmo aguardando o ônibus que as levaria a percorrer a cidade
maravilhosa. Na primeira parada do veículo junto a um famoso parque de
diversões, resolveram brincar um pouco no túnel dos horrores. Quase
morreram de susto ouvindo os gritos, explosões, gargalhadas medonhas,
gemidos e lamentos dentro do apertado túnel de lata.
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Munido de uma câmera digital, um tripé, e binóculos, me postei imóvel à
sombra de uma frondosa amendoeira no parque. A alguns metros de mim,
uma touceira de hibiscos, fonte de alimento deles, brilhava sob o sol da
manhã. Eu queria fotografar essas criaturinhas graciosas, nervosas,
ariscas, micro organismos dotados de energia impressionante. Era uma
tentativa – possivelmente inútil – de fotografar o “ballet” encantador. Mas
seu magnífico instinto de autoproteção denunciava minha presença
levando-os a se afastarem na mesma velocidade da chegada.
Nas feiras livres, as hortaliças e legumes que ficam em primeiro plano são
uma isca infalível. Manipulados por mãos desonestas, os produtos
exercem um grande poder de atração. O cliente incauto, ao tentar escolher
os itens, se vê impedido pelo vendedor que usa as mais deslavadas
mentiras pra justificar sua recusa. O comerciante, mal intencionado, sabe
que o cliente é na maioria das vezes muito passivo. Somente ao chegar
em casa o freguês se dá conta de ter sido vitima da má fé, do vicio de
enganar disseminado neste tipo de comércio.
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Calado, imóvel, olhar fixo no infinito, respondeu sem pestanejar as
perguntas formuladas pelo psiquiatra. Com gestos calmos,
milimetricamente calculados, colocou o telefone celular ao lado do
aparelho de fax do médico. Estaria tramando alguma coisa? Estaria
insatisfeito com o tratamento recebido? Havia eletricidade no ar abafado
dentro do luxuoso consultório. O silencio era perturbador. O psiquiatra,
como que obedecendo a um forte impulso, pôs-se de pé, abriu a porta ao
paciente, comunicando que a sessão havia terminado.
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Bruna Bia é linda, bem humorada, simpática, espirituosa, e bastante
tímida. Seus modos suaves, sua pele muito alva, os olhos de um azul
transparente, lembram mais uma princesa, do que uma aplicada aluna do
segundo grau. Ela tem prontas, palavras de incentivo, de solidariedade às
colegas de classe que sofrem de ansiedade à época das provas
bimestrais. Não se nega a ajudá-las. Doa seu tempo sem mostrar qualquer
sinal de incômodo. Essa adolescente encantadora se transforma quando
volta ao lar pra conviver com sua irmã caçula.
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Onze meses de trabalho ininterrupto e lá um belo dia vem o aviso de férias
do RH junto com o contracheque. Exultante, o funcionário público afrouxa
a gravata ainda em pleno expediente. Parar. Interromper a rotina de sai-
cedo-de-casa-fica-horas-no-engarrafamento-consegue-uma vaga-na-rua-
sai-correndo-e-marca-o-cartão-faltando-um-minuto-pras-nove. Ufa!
Finalmente as tão esperadas férias. Guardar a pasta na escrivaninha de
casa, cobrir o computador e dizer tchau! Sair, viajar, sol na pele, dormir
tarde, andar sem destino. Isso sim, é que é viver!
O carteiro Max cujo nome rima com o nome da Rua Ajax onde fica o
sobrado em que reside desde que nasceu há cinquenta anos, vai se
aposentar. Max está cobrindo temporariamente a rota do colega Paulo
Emilio, antigo nos correios como ele. Paulo contraiu uma virose resistente
o que o impede de comparecer ao trabalho desde o início do mês. Embora
esteja fora de forma, já que passou aos trabalhos internos, Max
começando a entregar a correspondência no Leme às quatro e meia
acaba o estafante trabalho no mais tardar às cinco e meia.
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Bêbado, esforçando-se para não cair, o violonista tentou ficar de pé. Mas
contou com a paciência e uma ajuda discreta do maitre que serviu de
escora. Sem se incomodar com os olhares que atraía, colocou-se muito
perto do carrinho onde o maitre flambava um steak à Diana. Chamou o
garçom, pagou a conta sem ao menos conferir. Seu estado etílico não
afetou sua lucidez pois deu generosa gorjeta ao garçom. Então abraçou o
maitre, fitou-o com os olhos esgazeados dizendo em tom de discurso que
deveria tomar uma saideira e partir.
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Será mesmo possível que tendo 30, 40, 50 canais a cabo à disposição no
controle remoto, alguém não se interesse em zapear? É possível que
alguém seja tão acomodado? Tanto faz ter um ou 20 canais? É normal
sentar-se diante da TV sem demonstrar interesse no que os outros
inúmeros canais mostram? Tereza Esmeralda é diferente. Nutre
verdadeira ojeriza pelos apresentadores de talk shows. Com a sua
franqueza peculiar, reclama deles por se acharem mais interessantes e
brilhantes que os próprios entrevistados.
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Amplexos contra plexos agitados chegaram ao clímax entre os convivas
depois de duas horas de exaustiva reunião. Estavam todos, sem exceção,
exultantes. Mais do que exultantes, estavam aliviados. Ações de
solidariedade empreendidas durante o mês foram determinantes. Um
grupo de voluntários, a maioria aposentados, percorreu as redondezas
durante dias a fio. A prefeitura então abriu uma nova escola no bairro para
abrigar crianças pobres. Estava em curso um movimento para conduzir
essas crianças carentes rumo ao futuro.
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Paulo Henrique Espinosa, diretor adjunto de engenharia de tráfego do
Detran de Juiz de Fora chegou cedo ao trabalho. Com um rápido olhar
perscrutou o ambiente à procura de sua secretária. Não a viu. Sua linha de
raciocínio estava de novo saindo para uma bifurcação. Conforme
observou, um engarrafamento nunca é igual ao anterior. As razões são
infinitas. Nunca seguem um padrão. Sem dúvida, não há estratégia
especial que possa resolver as intrincadas retenções verificadas todos os
dias entre as ruas Halfeld e Aulus Altamirando.
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Diante da porta cujo verniz semiapagado indicava desleixo, o cobrador
deteve-se em dúvida. Abriu a pasta, conferiu os papéis, fechou a pasta,
sempre segurando-a com a mão esquerda. A temperatura no corredor
escuro, mal iluminado, sem exagero era 5 graus superior à externa.
Resoluto, tocou a campainha. Quando foi atendido, falou rispidamente que
o seu patrão aguardava uma solução definitiva para aquele problema que
se arrastava há meses. Ato contínuo virou as costas sem dar tempo ao
inquilino inadimplente de proferir alguma palavra.
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Pouco afeito a relações sociais, o livreiro dava pouca ou nenhuma
importância aos clientes que procuravam seu estabelecimento. “Já
acabou!” – “ Não saiu ainda!” – “Está esgotada!”- Passe outra hora!”
Brindava seus clientes com respostas assim, ríspidas, definitivas, à maioria
das indagações sobre livros didáticos. Porém certo dia um fato impensável
ocorreu: ele foi visto entre os bairros de Benfica e Caju, circulando absorto
no meio do engarrafamento. Numa das mãos, levava doze xeroxes com
autenticação.
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Depois de várias horas de exaustivos ensaios no Teatro Municipal, o
maestro ufanista colocou a batuta na estante à sua frente. Dispensou os
músicos para um rápido intervalo, mas ele próprio permaneceu em seu
posto. Olhou a rés do palco, caminhou na boca de cena com a mão direita
espalmada sobre o beiral, olhando nessa posição e voltou ao pódio. No
camarim, Jesse Norman recusava-se a ouvir sua empresária. Extenuada,
ríspida até, reclamava do número de vezes em que teve que repetir
NOBODY LOVES ME da ópera PORGY AND BESS.
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Gripado, afônico, olhos injetados, cabelos em desalinho, temperatura
beirando os 38 graus e meio, mesmo assim queria ir trabalhar. De nada
valeram os apelos para desistir do intento. Precisava ir à empresa. Era
questão de foro íntimo. Havia um surto de gripe grassando naqueles dias,
portanto seria natural que fosse contaminado e não pudesse trabalhar. Tal
hipótese simplesmente não foi aventada. Levantou-se da cama, endireitou
o corpo, tossiu muito, queixou-se de dores no ouvido, mesmo assim, num
impulso exibicionista, saiu de casa pra ir trabalhar.
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