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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

(turma: 2019-14-2)

JOSÉ ROBERTO HOMELI DA SILVA

(Nº USP: 9334509 — Letras/FFLCH)

Diário de Campo

Relatório de estágio redigido durante aulas de Ensino


Fundamental II na Escola Estadual Ermano Marchetti (Bairro
Pirituba, São Paulo/SP), sobretudo na modalidade de observação,
para a disciplica EDM 0405 — Metodologia do Ensino de
Português I (prof.ª dr.ª Cláudia R. Riolfi)

SÃO PAULO

2019
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Relatório de Estágio — Diário de Campo

7º ano B | prof.ª A. | 18.03.2019 | aula de português


 A professora me introduz à atividade atual com a sala, conta que faz exercícios de
verificação de leitura toda vez que assume uma nova turma.
 A princípio, reclama que não há livros didáticos para todos. Mas se contenta de que ao
menos o sistema de apostilas, anteriormente empregado, foi substituído.
 Primeira impressão: há chamadas; sala não está lotada (lotação de não mais que dois
terços).
 Há leituras em voz alta na frente da classe, aluno a aluno, lendo cada um cerca de um
capítulo do livro em questão (aproximadamente 1 página). Essas apresentações orais,
bastante valorizadas pela professora, são avaliativas (quatro aspectos são discutidos, vide
a seguir) e graduadas (compõem a nota bimestral).
o Aspectos avaliados pela professora nas apresentações: 1) “Dicção e articulação”; 2)
“Voz/tom/colocação”; 3) “Fluência”; 4) “Ritmo”. — Antes de retomá-los e escrevê-
los na lousa, ela pede que os alunos a lembrem. Muitos os dizem ao mesmo tempo
de cabeça, ou seja, já haviam estudado e guardado esses tópicos.
o Os demais alunos, ouvindo a leitura, devem manter-se em silêncio. A professora
controla-os, dizendo-lhes para manter “uma boa postura”, do contrário sofrerão
alguma dedução na própria nota.
o Quando o aluno encerra sua leitura, a professora pede que todos tentem analisar os
aspectos acima na apresentação do colega. Ela deixa claro de que devem julgar
pessoalmente o aluno que leu, mas apenas sua performance de acordo com os
atributos por suas definições.
 Livro utilizado como leitura deste bimestre: “Minha vida com Boris”, por Thays Martinez
(2011).
o Trata de questões de cidadania de modo autobiográfico de uma pessoa com
deficiência visual enfrentando as dificuldades do dia-a-dia, sobretudo relacionado à
permissão de cão-guias no sistema público da cidade (metrôs, prédios públicos etc.).
À primeira vista, outro tema presente nesse texto é o da comunicação: a autora foi
pioneira em certos aspectos na cidade de São Paulo e no Brasil, para isso ela teve se
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mobilizar para contatar órgãos públicos, funcionários em estabelecimentos e levar


informação à população.
o Segundo a professora, a editora viabilizou uma maneira de os alunos adquirirem o
livro por um valor mais acessível. No entanto, não é exigido que os alunos o
comprem; para garantir a leitura, essa atividade é aplicada em aula. De fato, poucos
alunos o tem.
 A professora dá espaço a uma aluna com bastante nervosismo ao ler, oferecendo que se
sente, caso queira, e retome a leitura em um outro momento. A garota se acalma um
pouco e escolhe terminar sua parte.
7º ano A | prof.ª A. | 18.03.2019 | aula de português [dobradinha]
 A atividade é essencialmente a mesma.
 A professora busca retomar conceitos previamente discutidos, e também se lembram das
definições vistas em aulas anteriores.
 Ela mantém um diálogo constante com os alunos, de modo que estão sempre sendo
requisitados a responder, comentar, avaliar tópicos em aula.
 Esse sétimo enche mais a sala que o anterior. Ela os relembra sobre o mapa de sala —
que será, em algum momento, verificado pelo vice-diretor (e não pelos professores,
necessariamente), ou seja, os alunos devem estar organizados a fim de evitar surpresas.
 Os alunos me parecem comprometidos e interessados pela leitura.
 A professora nota uma defasagem na atenção à e/ou interpretação da pontuação gráfica;
e pede que eles se atenham a esse fato, melhorando a atenção na leitura.
 Quando um aluno se propõe a avaliar o colega na leitura deste, dizendo ter feito algo
incongruente com os parâmetros acordados, a professora pede exemplos (o quê?) e
justificativa (por quê?), assim os alunos se explicarão articulando seu ponto de vista.
 Ocorre, porém, alguma confusão entre os conceitos (dizem, por exemplo, que um
determinado aluno mantém a monotonia, alegando uma infração de fluência, em vez de
ritmo).
 Alguns alunos evidenciam empatia em relação à autora pelo fato das dificuldades que a
sociedade acaba gerando, tendo em vista deficiência como obstáculo.
 Alguns potenciais geradores de currículos ocultos e evidentes notados: salas ambiente
(quem troca de sala são os alunos, não o professor, na troca de aula); há câmeras em sala
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de aula; em algumas há projetores; lousa branca, diversas cores de canetas são usadas
(talvez não sejam todas fornecidas pela escola, mas a professora as tenha adquirido);
carteiras e cadeiras são móveis separados; há ventilador, mas é silencioso, além disso, a
escola se localiza numa vizinhança residencial com pouco trânsito e conta com várias
árvores tanto nas dependências da escola (prédio bastante arejado, com janelas grandes),
quanto nas proximidades e parques.1
7º ano C | prof.ª I. | 18.03.2019 | aula de português
 O tema da aula é gêneros textuais. A professora segue o livro.
 Depois de terem aprendido sobre “bilhetes”, em uma aula anterior, agora devem
confeccionar três bilhetes para diferentes destinatários. O comando para a atividade
consta escrito na lousa.
 Enquanto escrevem, ela pede cadernos para vistagem de atividades anteriores.
 Alunos pedem para conversar quando acabam a tarefa. Ela diz podem, mas em volume
baixo.
 Nos últimos minutos, os alunos estão mais dispersos uns terminam a atividade, outros só
conversam. Eu e ela estamos conversando, ela me conta que gostaria de voltar para
funções de coordenação, com que esteve trabalhando afastada nos últimos anos, em
2019 retornou as salas, mas se sente cansada para elas e não está satisfeita com o sistema
de ensino.
o Ela diz gostar de envolver métodos não-tradicionais em aulas e, sempre que possível,
relacionando às artes. Gosta de fazer com que alunos conectem teoria à prática.
Inclusive, está organizando um sarau com outras salas de EM da manhã para o dia
seguinte.
8º ano A | prof.ª S. | 18.03.2019 | aula de português
 A professora incentiva os alunos a buscarem informações em fontes confiáveis e diversas.
 Também menciona ser necessário saber produzir um currículo bem escrito, ela diz ter
ouvido no rádio que a cada cinco currículos, analisados por empregadores, três são
descartados por “erros de português”.

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A comparação me vem de uma escola em que estagiei em outro semestre, localizada no cruzamento de duas
ruas comerciais e bastante movimentadas, portanto, ruidosas. O prédio é praticamente desprovido de arborização.
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 Os alunos estão bastante agitados, mesmo enquanto ela fala.


 Escreve na lousa o cronograma da aula: 1) “Comentário do cotidiano”; 2) “História: O
Senhor Palha”; 3) “Correção de atividade de vocabulário”.
 Ela lê a história. Trata-se de uma narrativa com moral de cunho religioso cristão.
 Um aluno estranha a palavra libélula durante a leitura, quando outros alunos lhe explicam
em tom de escárnio, ele diz que na Bahia, de onde ele vem, chamam o animal por outro
nome. A professora pede que compartilhe com a classe, por serem interessantes os
regionalismos. Ele hesita um pouco, mas, mesmo vexado, diz que o termo a que se refere
é lava-cu. A professora não gosta, por achar pejorativo, e tenta esclarecer que se trata
apenas de uma variante, mas que não compõe o léxico do português formal.
o Tenho a impressão de que há, em alguma medida, preconceito velado em direção ao
colega vindo da Bahia, por parte de alguns alunos.
 No item 3 da aula, ela corrige parte da folha (vide a seguir) entregue previamente e que
vem sendo corrigida, pouco a pouco nas últimas aulas.
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 Como são os alunos que trocam de sala frequentemente tiram a mochila das costas,
mesmo enquanto estão sentados.
 No fim, há chamada e alvoroço para trocarem de sala.
8º ano B | prof.ª S. | 18.03.2019 | aula de português
 Chamada no início.
 Mesmo cronograma e atividade da turma anterior.
 Um aluno se voluntaria a ler quando a professora diz que ela mesma lerá o texto. Ela
permite e leem metade ele, metade outro colega.
o Ambos leem “adequadamente”. É curioso, porém, que o segundo atribua um acento
pouco comum à segunda sílaba de bênção (não tive acesso ao texto escrito para
saber se o acento circunflexo estava presente ou não) nas duas ocorrências da
palavra no texto, pronunciando-a algo como [bẽʲ.ˈsɐ̃ w̃]. A professora corrige.
 Um aluno diz não ter entendido a história e a professora a relê ela mesma.
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 Em seguida, ela escolhe alunos para que contem parte da história, em ordem, um a um.

Sala dos professores | 25.03.2019


 Reclamam de alunos se atrasando. Agora não deixarão entrarem na aula atrasados.
 Incentivam-se a perpetuar a chantagem por nota.
 Outros currículos ocultos:
o A maioria dos professores usa jaleco (ver didática).
o Alguns banheiros no prédio não têm a clássica sinalização de masculino/feminino;
cabe aos alunos interpretarem/divulgarem entre si.
7º ano B | prof.ª A. | 25.03.2019 | aula de português
 A professora inicia pedindo que os alunos se acalmem, num tom de voz que inspira
tranquilidade.
 Chamadas são feitas em todas as aulas.
 A professora introduz alguns pontos a um aluno novo e pede aos demais alunos que os
ajudem a se integrar, por se tratar de uma mudança complexa a troca de escolas, ainda
mais quando o período letivo está começado. E sugere que se ponham no lugar do colega.
 Expõe o cronograma da aula para organizá-la: relembra-os que terminaram a leitura do
livro X; que as notas serão dadas individualmente; que na próxima quarta haverá
atividade para nota e, na próxima semana, uma avaliação — cuja data ela definirá logo e
o conteúdo será relacionado a crônica.
 Agora ela retoma uma atividade sobre comunicações verbal e não-verbal; pergunta a
alunos aleatórios que respondam às questões, chamando-os pelo nome.
 Uma aluna reclama da atividade: “Professora, eu tô me sentido no primeiro ano […] ‘Olhe
a imagem e diga o que é’”; a professora lhe diz que se trata de aplicar/assimilar o
conteúdo e não tem a ver com facilidade do exercício.
 Nos últimos dez minutos não começa outra atividade; sabendo que eles têm outra prova
mais tarde, diz que podem estudar para essa outra matéria — o que não acontece, ficam
de pé ou conversando, esperando a troca de sala.
7º ano A | prof.ª A. | 25.03.2019 | aula de português [dobradinha]
 Escreve os comandos na lousa.
 Corrige com os alunos a mesma atividade da sala anterior sobre linguagem verbal e não-
verbal.
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 Alunos bastante agitados; um aluno se nega a ler suas respostas.


 Diz a dois alunos no fundo da sala que se não cessarem a conversa serão postos para fora;
também diz que tem “uns dois nomes [de alunos]” cujos pais serão chamados antes
mesmo da reunião bimestral.
 Uma aluna ergue a mão pedindo para contar um causo ocorrido com parentes, em que
não respeitaram a sinalização para vagas exclusivas para deficientes.
 Próxima atividade; pede a alunos que falem sobre “tipologia textual”, especialmente,
sobre o “gênero crônica” — os alunos, agora mais calmos, seguem pontuando
características (um tanto formulaicas) que têm em seus cadernos ou de que se lembram.
 Lê uma crônica de Millôr Fernandes e pede que os alunos identifiquem as características
no texto por meio de perguntas próprias e do livro didático também.
 Dois representantes da ONG SOS Mata Atlântica interrompem a aula e entregam sementes
de girassol aos alunos para promover a conscientização acerca da preservação do meio
ambiente.
 A próxima atividade é copiar e responder sete atividades do livro no caderno; depois de
um tempo, os alunos ficam em silêncio enquanto fazem-na.
 Bonés aparentemente não são vetados e nem todos os alunos estão uniformizados.
Janela na sala dos professores com a prof.ª S. | 25.03.2019
 A professora S. reclama de quererem impor aos professores o que deve ser dado em aula.
Reclama também que quando se dá livros aos alunos, eles não leem. Sua opinião é que
quem sabe o que os alunos devem aprender e de que maneira isso deve ser feito é o
professor ao analisar sua turma, é também ele quem deve medir o ritmo das aulas.
 Quando digo que meu bacharelado é também em Linguística, ela diz achar a Linguística
mais importante do que a disciplina de Português [para o aluno de graduação se
formando para dar aulas]. Diz que foi na faculdade quando uma professora daquela
disciplina lhe esclareceu os diferentes tratos que se deve dar à norma culta [enquanto
escrita] e à linguagem falada.
o Foi, mais ou menos, essa a sua atitude no dia 18.03, quando o aluno baiano deu a
entender que havia um vocábulo regional diferente para libélula.
 Planejamos algumas aulas para regência. Pede que eu siga o cronograma dela,
trabalharemos leitura em sala de aula.
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8º ano A | prof.ª S. | 25.03.2019 | aula de português


 REGÊNCIA

8º ano B | prof.ª S. | 25.03.2019 | aula de português


 REGÊNCIA

7º ano A | prof.ª A. | 29.03.2019 | aula de português


 A professora me explica, antes da aula, que a escola quer que a) os alunos tenham várias
oportunidades de avaliação, diluindo bastante a nota (ela diz também que “não tira nota
quem não quer”; no ano passado, era mais difícil, segundo ela, mas nesse ano são
pontuais os casos de alunos mais relapsos com relação a nota); e b) que os alunos tenham
mais contato com a leitura, estimulando que os professores levem a cabo projetos de
leitura.
o Pergunto se os alunos que tiram notas insuficientes costumam não entregar atividades
ou se não conseguem, por determinado motivo, concluí-las de maneira esperada; ela
diz que simplesmente não entregam.
 Quando entram, ela ouve que terão prova de história mais tarde e que estão apreensivos
— ela, então, tenta tranquilizá-los, dizendo que, sendo referente a um certo filme
assistido em aula, eles devem manter a calma para se lembrarem dos temas mais
facilmente.
 Ela comenta com eles que haverá uma atividade interdisciplinar com a professora P., de
ciências, em outro momento serão dados mais detalhes concernentes a datas, notas
(tanto para português quanto para ciências) e conteúdo. Em linhas gerais, será a
confecção de uma história em quadrinhos mobilizando conhecimentos aprendidos
naquela aula.
 Também a propósito de organização, diz que na segunda-feira marcará a data da prova
de português (possivelmente na próxima sexta).
 Entregamos uma atividade impressa para cada um e devem responder copiando as
questões. As folhas impressas serão utilizadas pela próxima turma, por isso não devem
responder nela.
o Os professores não têm nenhuma cota de impressão pela escola.
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 Consonante ao objetivo de promover a leitura, a atividade entregue para hoje deve ser
feita individualmente e é voltada à interpretação da crônica “Cão! Cão! Cão!” de Millôr
Fernandes.
 Não são somente interpretativas as dez questões, mas também pedem que o aluno
responda sobre pontuação, sobre semântica (polissemia lexical), extraia trechos e
compare o gênero crônica com o gênero fábula (o texto trabalhado tem elementos em
comum entre os dois gêneros).
 A professora disponibiliza dicionários (ninguém usa, porém).
 Uma aluna se voluntaria a ler o texto e a professora pede que vá ler à frente.
 Em seguida, a professora passa pelas questões esclarecendo o que espera para as
respostas. Pede respostas “completas, bem pensadas e contextualizadas” — respostas
curtas poderão não receber sequer um ‘meio-certo’.
 Os alunos entregam a atividade para que o 7º B use as mesmas folhas, suas folhas de
respostas também são recolhidas. Na quarta aula, voltarão para a sala, quando lhes serão
devolvidas as folhas para terminarem suas respostas.
7º ano B | prof.ª A. | 29.03.2019 | aula de português [dobradinha]
 Mesmas instruções para a atividade, também aplicada na aula anterior, com o 7º A.
 Uma aluna se surpreende: “Nossa! Nossa turma tá quieta hoje […] Quem faltou?” e todos
riem.
 Quando a professora diz que lerá o texto, uma aluna reclama que fazer isso atrapalha (ela
provavelmente pretende iniciar rapidamente as tarefas, e não acha que a leitura guiada
ajude); a professora diz que é justamente para auxiliar no entendimento e lê.
 Durante a leitura do texto, a professora reforça trechos com a prosódia, ou fazendo
perguntas sugestivas em direção às questões que responderão a seguir.
 Durante a leitura das questões, alguns alunos soltam suas possíveis respostas
afobadamente, a professora tem de refreá-los para que não digam em voz alta, é uma
atividade individual.
 Alguns alunos vêm a nós com dificuldades para chegar à resposta, tento esclarecer
dúvidas pontuais buscando fazer que o aluno pense na resposta por si próprio.
 REGÊNCIA (1 aula)

Sala dos professores | 29.03.2019


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 A professora A., subindo as escadas comigo, comenta que apesar das dificuldades nessa
escoa, sente serem maiores os problemas numa outra escola, onde leciona inglês a
turmas de EJA à noite.
 Já na sala, os professores reclamam que o bônus que o estado dá está atrasado e foi
postergado. Também reclamam que sua forma de aplicação é injusta devido ao fator
gerado de competição.
 Outro ponto de descontentamento deles é professores que precisaram passar por perícia
médica e lhes foi dado pouco tempo de afastamento (em vista de prescrições de outros
médicos) e precisaram voltar à sala em condições pessoais precárias.
 Uma professora de ciências entrega, como sugestão, um livro lúdico sobre pontuação
(uma história ilustrada cujos personagens são pontos de exclamação, de interrogação,
reticências etc.) dizendo que 6ºs e 7ºs em geral não têm uma boa entonação para leitura.
o Livro: Amy Krouse ROSENTHAL & Tom LICHTENHELD. Ponto de Exclamação.
7º ano A | prof.ª A. | 29.03.2019 | aula de português
 De volta à sala, os alunos estão bastante eufóricos após o intervalo, o que nos toma alguns
minutos até que retomem a atividade. Além disso, há bastante ruído externo por causa
de turmas vagas (dois professores estão ausentes).
 Dois alunos procuram pelo dicionário; noto que um deles tem dificuldade em encontrar
uma palavra, pois queria encontrar uma forma verbal já conjugada.
 REGÊNCIA

8º ano A | prof.ª S. | 29.03.2019 | aula de português


 Ela me explica que nas aulas precedentes com essas duas turmas de 8º ano começaram
a leitura de “O meu pé de laranja lima”, por José Mauro de Vasconcellos e que leram
conforme ela escolhia-os; ela disse que não gosta que leiam em leiam em ordem, em
sequência por acahar que não prestam atenção na leitura do colega.
 REGÊNCIA

8º ano B | prof.ª S. | 29.03.2019 | aula de português


 REGÊNCIA

Grêmio | 29.03.2019
 Coincidentemente nessas minhas três últimas aulas, entraram dois representantes do
Ensino Médio da chapa atual (tomando cerca de 10 a 15min em cada uma), para expor
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aos alunos propostas, como possíveis viagens (Hopi Hari), reparos e reformas
(ventiladores, separar as lousas laterais das salas como murais para “picharem” em vez
de usarem as mesas; banheiros: papel higiênico, trincos nas portas, grafitagem nas
portas; os espelhos já foram aprovados para essa gestão).

7º ano C | prof.ª I. | 01.04.2019 | aula de português


 A professora os explica que em anos anteriores, os anos finais (7º a 9º) tiveram um
desempenho insatisfatório. A maioria dos alunos está conversando em alta voz desde que
entrou. Ela diz para eles que os alunos que foram mal anteriormente também se
comportavam como eles — eles não se abalam; as cadeiras estão dispostas para
sentarem em duplas.
 Ela também faz parte do projeto de leitura com a professora de ciências P.
 Ela retoma conceitos que já foram estudados anteriormente; alguns se lembram e
completam com ela.
 Ela associa diferentes tipos de entonação (linear, ascendente e descendente)
diretamente a pontuações específicas (e.g., ponto final, interrogação e reticencias,
respectivamente); também a contextos em que o falante está inserido (vide exercício a
seguir).
 Exercício dado:
o 1. Escreva 6 frases com entonação linear (contexto: jornalístico, meteorológico,
científico, informativo). Ex.: O tempo está nublado.
o 2. Escreva 6 frases com entonação ascendente (contexto: festa, suspense, drama).
Ex.: Que ótima notícia, seremos os próximos ganhadores!
o 3. Escreva 6 frases com entonação descendente (contexto: história triste, decepção,
duvida). Ex.: Os mineradores foram encontrados sem vida.
 A professora se senta; os alunos copiam e fazem em ritmos semelhantes; há pouca
conversa, quando falam, falam tanto sobre a atividade quanto sobre assuntos externos;
ela permite que ouçam música (com fone) durante a atividade.
9º ano A | prof.ª I. | 01.04.2019 | aula de português
 Ela fala sobre o SARESP por que passarão no fim do ano. Diz que é possível recuperar nesse
período a defasagem de interpretação e leitura, principalmente no que tange à
entonação, que é importante para a leitura oral, bem como para a leitura “mental”,
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permitindo desfrutar da literatura, entender diferentes gêneros escritos do cotidiano


com eficácia.
 REGÊNCIA

8º ano C | prof.ª I. | 01.04.2019 | aula de português


 Nessa e na aula anterior, a matéria que trabalho é a mesma que a professora aplicou na
aula do 7º C.
 REGÊNCIA

7º ano C | prof.ª I. | 01.04.2019 | aula de português


 Devem entregar os cadernos para visto conforme terminam.
 Um aluno está chorando e bastante abalado por algum ocorrido durante o intervalo, logo
vários alunos da sala estão ao redor dele por curiosidade; assim que se inteiram do que
ele está sentindo se mostram amplamente solícitos em confortá-lo. A professora percebe
a aglomeração e pede que se afastem e deem algum espaço para o garoto.
o Uma aluna me diz que ele está triste pois, segundo ele, costuma tratar bem colegas
e recebeu de volta um tratamento agressivo que o deixou sentimentalmente
abalado.
o Algum tempo depois os alunos voltam a se reagrupar em volta do garoto e, estando
muito intenso o barulho, a professora pede que se retornem a seus lugares e que na
próxima ocorrência pais serão chamados (pelo que entendo, os pais dos que
praticaram o bullying contra o aluno).
o Algumas alunas estão revoltadas que essa situação tenha ocorrido. E pedem
satisfações, esporadicamente, contra o(s) agressor(es) do outro lado da sala.
Reunião extraordinária de pais e responsáveis | 01.04.2019
 Foi pedida uma reunião de pais por professores, por sentirem de alguns alunos de nonos
anos um desempenho insuficiente. E querem que os pais estejam a par da situação para
que medidas sejam tomadas logo agora no começo do ano.
 Há cerca de 20 a 30 pais e responsáveis na sala. As professoras dizem que um dos focos
do encontro é comportamental, pois nesse momento da vida deles devem mudar suas
mentalidades, já que é um novo ciclo que chega (EM), com muitas mudanças. Além disso,
no 9º ano é possível a reprova (e, pelo hábito, sabem que os alunos costumam acumular
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afazeres para o 4º bimestre, consequentemente, tentam recuperar as notas quando


veem que está crítica a situação escolar).
o Dito isso, outro problema enfrentado é de casos pontuais de drogas (divulgação em
redes sociais nas dependências da escola; alunos recebendo oferta tanto fora quanto
dentro da escola).
o Os pais concordam que não são comportamentos esperados do perfil da escola;
mostram-se dispostos a cooperar com a escola e, além disso, conversam entre si
sobre se organizarem. Uma mãe, psicóloga, também se dispõe a ajudar no que puder.
o A escola já organizou e mantém no planejamento palestras e abordagens sobre
drogas, suicídio, tipos de violência etc.
 A seguir separam os pais por turmas e falam individualmente sobre o desempenho
escolar dos alunos.
8º ano B | prof.ª S. | 01.04.2019 | aula de português
 Matéria na lousa (também dada ao 8º ano A no período anterior).
o Formação de substantivos (gênero): formação em casos regulares e irregulares.
o Substantivos uniformes: epicenos, comuns de dois gêneros, sobrecomuns (cada um
com uma breve descrição e alguns exemplos).
 Ela explica a matéria lendo os exemplos da lousa.
 Alguns estão mais preocupados em terminar a cópia da lição (imagino que para garantir
o visto que vale nota) em vez de prestar atenção na explicação da mesma.

7º ano A | prof.ª A. | 05.04.2019 | aula de português


 A professora pede que os alunos se organizem de acordo com o mapa, pois percebe que
nem todos estão em seus lugares atribuídos. Reclamam, mas o fazem.
 Pede para fazerem cinco exercícios do livro didático (“Tecendo Linguagens”), sem copiar
as questões, e diz que dúvidas podem ser levadas a ela; enquanto isso ela fica corrigindo
provas.
 Alguns vão perguntá-la sobre questões e ela comenta para todos que às vezes basta reler
a pergunta que conseguirão entendê-la.
 Alguns alunos escondem celular atrás de estojos, papeis ou do colega da frente para usar.

7º ano B | prof.ª A. | 05.04.2019 | aula de português [dobradinha]
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 O mapeamento foi por causa de outras salas, devido a muita distração provinda de
“panelinhas”, mas se tornou regra da escola para toda turma. A professora reclama que,
sendo uma regra, todos os professores deveriam respeitar, mas alguns não cobram de
turmas mais “tranquilas”.
 REGÊNCIA (1 aula)

Sala dos professores


 Professoras S. e A. conversam sobre a falta de livros para os oitavos anos, A. é quem
trouxe livros para a escola que já tinha usado em outro lugar, também é ela quem tenta
acumular um acervo próprio de livros de leitura, comprando em sebos e em quantidade.
7º ano A | prof.ª A. | 05.04.2019 | aula de português
 REGÊNCIA

 Leitura e atividades da professora para o livro “Minha vida com Bóris” nos dois sétimos.
8º ano A | prof.ª S. | 05.04.2019 | aula de português
 REGÊNCIA

8º ano B | prof.ª S. | 05.04.2019 | aula de português


 REGÊNCIA

7º ano B | prof.ª A. | 08.04.2019 | aula de português


 REGÊNCIA

7º ano A | prof.ª A. | 08.04.2019 | aula de português [dobradinha]


 REGÊNCIA (1 aula)

 terminando correção da atividade de sexta-feira.


 A professora sensibiliza sobre diferentes nuances de significados dados a determinadas
expressões durante a enunciação, como ao sentindo figurado de “É fogo!” (= A situação
está complicada) ou à ironia gerada a partir da entonação diferenciada em “Sinto muito!”.
 Prossegue com o livro, copia o seguinte na lousa (perguntam se precisam copiar, ela diz
que eles já têm isso no caderno):
mensagem
emissor → locutor
destinatário → locutário
receptor da mensagem
CARTA: remetente → destinatário
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 Fala sobre como dêiticos se comportam em relação ao que tomam como referente. Quem
se apropria da palavra, quem deixa o turno de fala etc. assume, cada um, diferentes
papeis.
7º ano C | prof.ª I. | 08.04.2019 | aula de português
 A professora está quase sem voz, então ajudo ela, atendemos grupos que têm dúvidas
sobre a atividade do livro.
 O tema do exercício é modalidades formais e informais em diferentes veículos escritos.
6º ano B | prof.ª I. | 08.04.2019 | aula de inglês [dobradinha]
 Leitura de frases introdutórias, de apresentação (I’m X; Hi there…; I’m from X). Primeiro a
professora lê todas, depois os alunos devem repetir, de seis em seis à frente da sala. Após
isso fazem exercícios sobre o tópico no livro.

7º ano A | prof.ª A. | 12.04.2019 | aula de português


 Atividade escrita na lousa, a professora chega uns minutos antes para não escrever na
lousa durante o tempo de aula.
 O tema é a ortografia adequada de palavras grafadas com <s> ou <z> que causam dúvida
por se tratarem do mesmo fonema /z/. A professora enumera regras, como “substantivos
abstratos terminados pelo sufixo –ez e –eza | beleza – tristeza – firmeza” e dá os adjetivos
de que foram derivados; verbos em –izar (realizar – finalizar – concretizar); etc.
7º ano B | prof.ª A. | 12.04.2019 | aula de português [dobradinha]
 A atividade dada ao 7º A, já foi terminada com eles durante a semana.
 Haverá uma atividade de pesquisa ministrada pela professora P., de ciências, acerca de
cientistas e a produção final também será avaliada pela professora de português,
compondo a nota de ambas as matérias do próximo bimestre.
 A atividade de agora é veiculada em uma folha impressa e entregue pela professora. O
texto são tirinhas de histórias em quadrinhos d’“A Turma da Mônica”, com perguntas
sobre interpretação.
o Enquanto entrega, ela diz que não é necessário copiar o texto nem as perguntas —
eles perguntam se devem copiar as perguntas ainda assim.
o Alguma parte das cópias entregues está ilegível, tal quadrinho ela transcreve na lousa
— novamente perguntam se isso deve ser copiado.
 Ela pede que deem respostas completas e permite a resolução a lápis.
16

 Ela lê as tirinhas com eles e também as perguntas — alguns alunos ficam afobados por
responder em voz alta enquanto ela lê as questões.
 As carteiras estão dispostas em duplas desde a aula anterior — então a atividade poderá
ser discutida em dupla, as respostas, porém, deverão ser elaboradas e entregues
individualmente.
o Quando diz que podem “discutir em dupla”, um aluno comenta baixinho com sua
dupla algo como “é pra brigar?”.
o Alguns dos exercícios nessa atividade trabalham, além de interpretação, com
definições (e.g., “O que significa ‘insultar’?” e polissemia (uma personagem é
convidada a jogar tênis, mas que diz não ser possível por apenas ter botinas).
o O ruído de entendimento na comunicação com o aluno e a questão para ser
respondida caminham na mesma direção.
 A professora calculou que usariam ambas as aulas para terminar, mas praticamente todos
acabaram no início da segunda, então ela dá continuidade a uma tarefa iniciada na
quarta-feira.
o Vida de professor: ela tinha me dito que pretendia usar aquele tempo em que fariam
atividades para continuar a correção das várias atividades que se acumulam em fim
de bimestre — que se encerram concomitantemente nas duas escolas em que
leciona.
 A atividade que transcreve na lousa, e que agora sim devem copiar, é sobre o uso
ortograficamente correto de <s> e <z>.
 1. Corrigir palavras escritas com a letra inadequada (e.g. grandesa, razo). 2. Criar
substantivos a partir de adjetivos (e.g. rico > grandeza; pálido > palidez) (a lista tem cerca
de 20 adjetivos). 3. Criar 6 pares de frases com ambas as formas (e.g. Paulo ficou rico. A
riqueza foi uma herança deixada por sua tia.)
o Ela não deixa de mencionar os termos gramaticais (adjetivos, substantivos, sufixos
etc.)
 Enquanto trabalham as respostas, converso com a professora, reclamamos sobre a
motivação/incentivo que é imputado aos alunos diante do respaldo precário, em primeira
instância e fundamentalmente, material do Estado.
17

o Quando um aluno vem mostrar a ela seu caderno preenchido, ela comenta comigo
um ponto muito sério. Ela pede para ele repensar algumas frases do terceiro Commented [JRH1]: Pode ser um tema: cópia, leitura,
pensar criticamente.
exercício. Ela me diz que eles não aceitam facilmente ter que corrigir um exercício já
respondido. Essa resistência se prolonga criticamente ao EM, momento em que
deveriam estar preparados para argumentação.
o O aluno que lhe trouxe o caderno escreveu frases com sentidos razoavelmente
questionáveis (não me lembro de suas respostas precisamente, mas constavam ora
alguns adjetivos ou substantivos em lugar do outro, ora as frases tinham pouca
variação a partir da frase-modelo dada. Por julgar ter os exercícios “prontos”, ele
questionou-a a razão de refazê-los.
 Quando uma menina xinga alguma outra; a professora a repreende e me fala que, por
vezes, espera-se dos meninos um comportamento inadequado/desajustado, mas que, na
verdade, esse comportamento também está presente entre as meninas.
7º ano A | prof.ª A. | 12.04.2019 | aula de português
 A atividade é a da folha com tirinhas e questões da aula anterior.
 É possível notar alguma falta de ponderação (uso o termo numa tentativa de sentido lato
para pensamento crítico) quando perguntam em qual das folhas (a entregue ou aquela
removida do caderno em que estão escrevendo) devem escrever o nome, sendo que já
estão avisados de que entregarão ambas as folhas para serem grampeadas.
o Poderiam, então, raciocinar, por exemplo, que podem pôr o nome na primeira, na
segunda, ou, por “segurança”, em ambas as folhas.
o Esse tipo de questionamento mostra que esperam uma relação vertical perante ao
professor (mesmo que venham a desafiar essa relação eventualmente), ao sistema
— esperam receber todas as instruções como que a preencher uma ficha, um
formulário.
 Nos últimos minutos de aula, pede que uma aluna continue a leitura em voz alta do livro
desse bimestre. Enquanto a garota lê, há dois grupos, já bastante agitados durante boa
parte da aula, que não cessam a conversa: falam e riem, competindo com o volume da
leitura (uma garota insiste em soltar frases em inglês, em aparente provocação a alguém,
talvez à professora (?)). A professora chama a atenção deles duas vezes, sem sucesso; em
seguida, pede que uma aluna de um dos grupos passe à frente e continue a leitura.
18

Mesmo depois das broncas os restantes continuam com algumas conversas e rindo mais
baixo até soar o sinal — quando todos se levantam abruptamente sem esperar que se
finalize o capítulo.
8º ano A | prof.ª S. | 12.04.2019 | aula de português
 REGÊNCIA

8º ano B | prof.ª S. | 12.04.2019 | aula de português


 REGÊNCIA

7º ano B | prof.ª A. | 22.04.2019 | aula de português



7º ano A | prof.ª A. | 22.04.2019 | aula de português [dobradinha]

7º ano C | prof.ª I. | 22.04.2019 | aula de português

8º ano A | prof.ª S. | 22.04.2019 | aula de português

8º ano B | prof.ª S. | 22.04.2019 | aula de português

º ano | prof.ª . | 26.04.2019 | aula de português


 PARALIZAÇÃO
º ano | prof.ª . | 26.04.2019 | aula de português

º ano | prof.ª . | 26.04.2019 | aula de português

º ano | prof.ª . | 26.04.2019 | aula de português

º ano | prof.ª . | 26.04.2019 | aula de português

º ano | prof.ª . | 26.04.2019 | aula de português

7º ano C | prof.ª I. | 29.04.2019 | aula de português



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9º ano A | prof.ª I. | 29.04.2019 | aula de português


 REGÊNCIA

8º ano C | prof.ª I. | 29.04.2019 | aula de português


 REGÊNCIA

7º ano C | prof.ª I. | 29.04.2019 | aula de português



8º ano A | prof.ª I. | 29.04.2019 | aula de português

8º ano B | prof.ª I. | 29.04.2019 | aula de português

7º ano A | prof.ª A. | 03.05.2019 | aula de português



7º ano B | prof.ª A. | 03.05.2019 | aula de português [dobradinha]

7º ano C | prof.ª I. | 03.05.2019 | aula de português

8º ano A | prof.ª S. | 03.05.2019 | aula de português
 REGÊNCIA

8º ano B | prof.ª S. | 03.05.2019 | aula de português


 REGÊNCIA

7º ano B | prof.ª A. | 06.05.2019 | aula de português


 REGÊNCIA

7º ano A | prof.ª A. | 06.05.2019 | aula de português [dobradinha]


 REGÊNCIA (1 aula)


7º ano C | prof.ª I. | 06.05.2019 | aula de português

8º ano A | prof.ª . | 06.05.2019 | aula de português

8º ano B | prof.ª . | 06.05.2019 | aula de português

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7º ano A | prof.ª A. | 10.05.2019 | aula de português



7º ano B | prof.ª A. | 10.05.2019 | aula de português [dobradinha]

7º ano A | prof.ª A. | 10.05.2019 | aula de português

8º ano A | prof.ª S. | 10.05.2019 | aula de português
 REGÊNCIA

8º ano B | prof.ª S. | 10.05.2019 | aula de português


 REGÊNCIA

7º ano B | prof.ª . | 13.05.2019 | aula de português



7º ano A | prof.ª . | 13.05.2019 | aula de português [dobradinha]

7º ano C | prof.ª I. | 13.05.2019 | aula de português

8º ano A | prof.ª S. | 13.05.2019 | aula de português

8º ano B | prof.ª S. | 13.05.2019 | aula de português

º ano | prof.ª . | 17.05.2019 | aula de português



º ano | prof.ª . | 17.05.2019 | aula de português

º ano | prof.ª . | 17.05.2019 | aula de português

º ano | prof.ª . | 17.05.2019 | aula de português

º ano | prof.ª . | 17.05.2019 | aula de português

º ano | prof.ª . | 17.05.2019 | aula de português
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º ano | prof.ª . | 20.05.2019 | aula de português


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