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Artigo Jose Eduardo Segala Medeiros PDF
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RESUMO
ABSTRACT
The Capoeira, for its characteristics of free expression body, is currently classified
as a cultural dance, being used by a large proportion of teachers nationally. Thus,
this study aimed to the need to discuss, debate and reflect on methodological
concepts used by professionals in the area and interest in setting parameters that
make the teaching of Physical Education School, truly fair and democratic. The
same feature is the type descriptive exploratory. The sample consisted of thirteen
teachers from the state's education network, participants of the Working Network -
GTR, where he used a questionnaire composed of thirteen questions, deal with the
practice of Capoeira in the school. The results were on the implementation of
education of poultry, by faculty members of the network, being accepted by the
entire school community, where it was found that the content is working extremely
1
Professor Especialista Col. Est. João Maffei Rosa – Juranda, integrante PDE 2007.
2
Professor Doutor do Curso de Educação Física da UNIOESTE – Marechal Cândido Rondon, Orientador –
PDE.
important, not only by the number of motor activities and cultural, but as an
example of respect for the teaching of technical and individualized assessment and
qualitative development of the learner.
INTRODUÇÃO
Pode-se dizer que a capoeira foi criada no Brasil e mesmo que seu
tratamento seja o folclore, coisa de povo, costume com trezentos anos de
existência, prática diária de resistência, repositório de tradições seculares, a
capoeira é, também, fator de transformação social, de conscientização pessoal,
sutil, questionadora e modificadora da estrutura política e econômica que
massacra os menos afortunados.
Isso quer dizer, que tudo o que se faz deve ter um sentido, um significado e,
em se tratando de educação e ainda, de Educação Física, não se pode ignorar o
fato de a aprendizagem levar em conta os aspectos motores, cognitivos e afetivo-
sociais do indivíduo, porém, trabalhados em conjunto, como um todo e não
fragmentados.
- Capoeira luta;
- Capoeira dança e arte;
- Capoeira folclore;
- Capoeira educação;
- Capoeira como lazer;
- Capoeira como filosofia de vida.
Para que o aluno possa vivenciar todo esse contexto da capoeira, o
professor deverá, no decorrer do processo de ensino-aprendizagem, trabalhar a
seqüência dos fundamentos, o jogo, o toque dos instrumentos e o canto, como
forma de estimular, motivar e envolvê-los de uma forma mais natural com a
capoeira.
Contextualizando a Capoeira
Desde sua criação, a capoeira tem atravessado por fases distintas, sendo
definida como dança, luta, jogo, manifestação místico-religiosa, sempre atendendo
a propósitos definidos, ora por seus praticantes, ora pela ideologia da classe
dominante do período vivido, a qual sempre teve por objetivo a manutenção e a
conquista do poder.
Desde que surgiu como forma de repressão aos brancos pela escravidão,
passando pela marginalidade dos guarda-costas políticos e eleitorais do final do
século XIX, pela obscuridade dos “leões de chácara” dos cassinos e cabarés do
Rio de Janeiro, os quais se fundem com a própria história da malandragem
carioca do início do século XX, até chegar às academias, escolas e Universidades
dos dias de hoje, é que se busca mostrar a importância de sua prática, como
riqueza histórico-cultural de um país que, apesar de formado por uma grande e
diversificada mistura de raças, possui em suas raízes, traços fortes da cultura
negra africana.
Perspectiva Interdisciplinar
A Capoeira, por tudo o que significa, poderia ser trabalhada, a nível escolar,
até mesmo como uma disciplina, tamanha sua riqueza, em termos de história,
cultura, arte, folclore, motricidade humana, entre outros.
Por essa razão, sugerimos aos professores, a ampliação desses
conhecimentos, através da busca por mais informações, tais como:
ANÁLISE DA PESQUISA
QUESTIONÁRIO
1 – Como é o seu planejamento de aula (diário, semanal, mensal, bimestral...)?
- Todos os entrevistados responderam como sendo anual o planejamento
principal, porém, com revisões bimestrais, ajustes por semana e até mesmo
diariamente, de acordo com a resposta dos alunos.
6 – Como age com aqueles alunos que não querem fazer aula?
- Em geral os professores conscientizam os alunos sobre a importância da prática,
estimulando-os a participarem, inclusive com atividades alternativas. Nos casos
em que o aluno se recusa a participar, é cobrado trabalho ou relatório e, por
vezes, descontada a nota da prática.
7 – Que metodologia (s) utiliza na aplicação dos conteúdos? Por quê?
- Quanto à metodologia utilizada para a aplicação dos conteúdos, verificou-se
certa confusão conceitual por parte dos professores pesquisados, pois as
respostas foram as mais variadas possíveis, indicando tendências, conteúdos e
estratégias, como metodologia. Assim sendo, para uma melhor compreensão das
respostas, tornou-se necessário uma mudança de critérios para análise, sendo:
CONCLUSÃO
Mais importante que discutir o ensino dos esportes e sua técnica ou não, na
educação física escolar, é compreender que o mesmo faz parte dos conteúdos da
disciplina e que, é através dele e das demais formas de movimento humano, que a
educação física se utiliza para atingir seus objetivos, ou seja, o de levar ao ser
humano o conhecimento teórico e prático de suas capacidades, possibilidades e
limitações, para torná-los cidadãos reflexivos diante de uma situação social que
possa vir a prejudicar os vários aspectos que envolvem sua qualidade de vida.
Trabalhar com o ensino dos esportes e suas técnicas e regras, não pode
ser confundido como esportivização, pois, se assim for, não se poderá trabalhar,
por exemplo, com o ensino das danças e lutas com suas respectivas técnicas, que
estaremos transformando a educação física numa atividade jazistica ou pugilista e
teríamos aulas como se estivéssemos em uma academia de dança ou de lutas, ao
invés de uma escola. Seria uma forma reducionista e demasiadamente
equivocada de conceituar os preceitos que regem nossa prática pedagógica
escolar.
Toda forma de movimento humano, cientificamente pesquisada ou não,
pode ser objeto de estudo e prática da educação física, sobretudo a escolar, pois
assim poderemos interligar e interagir melhor com a realidade de nossos alunos,
diminuindo distâncias sociais e aproximando os conhecimentos científicos e
acadêmicos, da cultura popular da comunidade a qual se pertence.
Quanto ao ensino da técnica, este pode e deve ser preservado, pois não
podemos privar nossos alunos do correto conhecimento sistematizado, porém,
vale ressaltar, a variação deste ensino de acordo com os objetivos propostos, as
técnicas de ensino e, principalmente, a metodologia utilizada para tal.
Quanto ao processo avaliativo, a técnica ensinada deve ser considerada
como parte de um todo, pois se for analisada de forma isolada e específica, corre-
se o risco de estar avaliando a performance, o desenvolvimento do gesto técnico
como nas sessões de treinamento desportivo. A avaliação como um todo,
possibilita as mesmas oportunidades de acesso e domínio do conhecimento, seja
ele teórico ou prático, respeitando-se as possibilidades e limitações dos alunos, os
quais irão de fato se apropriar desse conhecimento, através da leitura e
interpretação que faz dos mesmos.
REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS