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Língua protoindo-europeia – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.

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Língua protoindo-europeia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A língua protoindo-europeia (PIE) é o ancestral
comum hipotético das línguas indo-europeias, tal Tópicos indo-europeus
como era falado há cerca de 5000 anos, pelos indo-
europeus, provavelmente nas proximidades do mar Línguas indo-europeias
Negro, cuja denominação original era Ponto Euxino. Albanês · Anatólio · Armênio · Báltico · Céltico
Dácio · Germânico · Grego · Ilírico · Indo-iraniano
A postulação de uma descrição plausível dos
Itálico · Frígio · Eslavo · Trácio · Tocariano
contornos desta protolíngua, através da observação
das similaridades e diferenças sistemáticas das
línguas indo-europeias entre si, foi uma das grandes Povos indo-europeus
realizações dos linguistas a partir do início do século Albaneses · Anatólios · Armênios · Bálticos
XIX. Celtas · Germanos · Gregos · Ilírios · Indo-arianos
Indo-iranianos · Iranianos · Ítalos · Eslavos · Trácios
A aquisição da capacidade de fala pela humanidade
Tocarianos
deu-se milhares de anos antes do período da
protolíngua indo-europeia. A denominação da língua
reconstruída como "protolíngua indo-europeia" não
Protoindo-europeus
implica portanto, de forma alguma, que a língua
tenha sido em qualquer sentido "arcaica" ou Língua · Sociedade · Religião
"primitiva". Da mesma forma, sua reconstrução
tampouco se trata de uma tentativa de encontrar a Hipóteses Urheimat
chamada língua primordial da humanidade. Hipótese Kurgan · Hipótese anatólia
Hipótese armênia · Hipótese indiana · TCP

Índice Estudos indo-europeus


Descoberta e reconstrução
Periodicização
História
Método
Relação com outras famílias de línguas
Tipologia
Fonologia
Consoantes
Ocorrência das consoantes
Desenvolvimento das consoantes em
línguas descendentes
Vogais, ditongos, sonantes silábicas e
laríngeas
Exemplos
Desenvolvimento das vogais nas
línguas descendentes

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Tonicidade
Morfologia
Radicais
Apofonias
Substantivos
Pronomes
Verbos
Numerais
Sintaxe
Amostras de textos
Protolínguas derivadas
Ver também
Referências
Bibliografia
Ligações externas

Descoberta e reconstrução

Periodicização
Há várias hipóteses concorrentes sobre quando e onde o PIE era falado. A única coisa conhecida com certeza é que
a língua deve ter se diferenciado em dialetos não conectados na metade do terceiro milênio a.C.

Estimativas de tendência predominante do tempo entre o PIE e os mais antigos textos atestados (c. século XIX
a.C.; ver textos de Kültepe) estão entre 1500 e 2500 anos, com as propostas extremas divergindo 100% para cada
lado:

No terceiro milênio a.C. (excluindo-se o ramo anatólio) na Armênia, de acordo com a hipótese armênia
(proposta no contexto da teoria glotal);
No quinto milênio a.C. (quarto, excluindo-se o ramo anatólio) nas estepes pôntico-cáspias, de acordo com a
tendência predominante da hipótese Kurgan;
No sexto milênio a.C. no subcontinente indiano, de acordo com a hipótese indiana de Koenraad Elst;
No sétimo milênio a.C. na Anatólia (no quinto, nos Bálcãs, excluindo se o ramo anatólio), de acordo com a
hipótese anatólia de Colin Renfrew;
No sétimo milênio a.C. (sexto, excluindo-se o ramo anatólio), de acordo com um estudo glotocronológico de
2003;[1]
Antes do décimo milênio a.C., segundo a teoria da continuidade paleolítica.
Três estudos genéticos recentes, de 2015, deram apoio à teoria de Marija Gimbutas de que a difusão das línguas
indo-europeias teria se dado a partir das estepes russas (hipótese Kurgan). De acordo com esses estudos, o
Haplogrupo R1b (ADN-Y) e o Haplogrupo R1a (ADN-Y) - hoje os mais comuns na Europa e sendo o R1a frequente
também no subcontinente indiano - teriam se difundido, a partir das estepes russas, junto com as línguas indo-
europeias; tendo sido detectado, também, um componente autossômico presente nos europeus de hoje que não era
presente nos europeus do Neolítico, e que teria sido introduzido a partir das estepes, junto com as linhagens
paternas (haplogrupo paterno) R1b e R1a, assim como com as línguas indo-europeias.[2][3][4]

Assim como Marija Gimbutas, David Anthony associa a domesticação do cavalo a essa expansão.[5]

História

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A fase clássica da linguística comparativa indo-europeia engloba o período entre o lançamento da Comparative
Grammar ("Gramática Comparativa) (1833) de Franz Bopp e do Compendium ("Compêndio") (1861) de August
Schleicher até o lançamento do Grundriss ("Esboço da Gramática Comparativa das Línguas Indo-europeias") de
Karl Brugmann e Berthold Delbrück, publicado na década de 1880. A reavaliação do campo da nova gramática e o
desenvolvimento da teoria laríngea de Ferdinand de Saussure devem ser consideradas como o início dos estudos
indo-europeus modernos.

O PIE como descrito no começo do século XX ainda é geralmente aceito atualmente; os trabalhos subsequentes são
majoritariamente de refinamento e sistematização, assim como a incorporação de novas informações,
especialmente nos ramos anatólio e tocariano, desconhecidos no século XIX.

Notavelmente a teoria laríngea, em suas formas iniciais discutidas desde a década de 1880, tornou-se a tendência
predominante após a descoberta em 1927 por Jerzy Kuryłowicz da sobrevivência de pelo menos alguns daqueles
fonemas hipotéticos em anatólio. O Indogermanisches Etymologisches Wörterbuch ("Dicionário Etimológico
Indo-europeu") (1959) de Julius Pokorny forneceu uma visão geral do conhecimento léxico acumulado até o
começo do século XX, mas desprezou tendências contemporâneas de morfologia e fonologia, e ignorou
amplamente o anatólio e o tocariano.

A geração de indo-europeanistas ativos no último terço do século XX (como Calvert Watkins, Jochem Schindler e
Helmut Rix) desenvolveu uma melhor compreensão da morfologia e, seguindo a Apophonie ("Apofonia") (1956) de
Kuryłowicz, a compreensão da apofonia. A partir da década de 1960, o conhecimento do anatólio tornou-se exato o
bastante para se estabelecer sua relação com o PIE.

Método
Não há evidência direta do PIE porque ele nunca foi escrito. Todos os sons e palavras do PIE são reconstruídos a
partir das línguas indo-europeias posteriores usando o método comparativo e o método de reconstrução interna. O
asterisco é usado para sinalizar as palavras reconstruídas do PIE, como em *wódr̥ "água", *ḱwṓn "cão" ou *tréyes
"três" (masculino). Muitas das palavras nas línguas indo-europeias modernas parecem ter derivado de tais
"protopalavras" através de mudanças sonoras regulares (tal como a lei de Grimm).

Como a língua protoindo-europeia se dividiu, seu sistema sonoro também divergiu, de acordo com várias leis
sonoras nas línguas descendentes. São notáveis entre estas leis a lei de Grimm e a lei de Verner no protogermânico,
a perda da pré-vocálica *p- no protocéltico, redução para h da pré-vocálica *s- no protogrego, a lei de Brugmann e
a lei de Bartholomae no protoindo-iraniano e a lei de Grassmann independentemente no protogrego e no
protoindo-iraniano.

Relação com outras famílias de línguas


Muitas relações de alto nível entre o PIE e outras famílias de línguas têm sido propostas. Mas estas conexões
especulativas são altamente controversas. Talvez a proposta mais amplamente aceita é a de uma família indo-
urálica, abrangendo o PIE e o urálico. As evidências usualmente citadas em favor disto é a proximidade dos
Urheimaten destas duas famílias, a similaridade tipológica entre as duas línguas e vários morfemas aparentes
compartilhados. Frederik Kortland, mesmo defendendo uma conexão, afirma que "a lacuna entre o urálico e o
indo-europeu é enorme", enquanto Lyle Campbell, uma autoridade em urálico, nega que a relação exista.

Outras propostas, voltando muito no tempo (e por isso menos aceitas), colocam o PIE como um ramo do indo-
urálico com um substrato caucasiano; ligam o PIE e o urálico com o altaico e com outras famílias asiáticas, como o
coreano, o japonês, as línguas chukotko-kamchatkanas e as línguas esquimo-aleutianas (são propostas
representativas o nostrático e o eurasiático de Joseph Greenberg); ou ligam algumas de todas estas ao afro-

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asiático, ao dravídico, etc., e, em último caso a uma única protolíngua (hoje em dia muito associada a Merritt
Ruhlen). Várias propostas, com vários níveis de cepticismo, também existem e juntam alguns subsistemas das
supostas famílias de línguas eurasiáticas e/ou algumas das famílias de línguas caucasianas, tais como as línguas
uralo-siberianas, uralo-altaicas (que foi amplamente aceita mas agora é desacreditada), protopôntico e assim por
diante.

Tipologia
O protoindo-europeu era uma língua flexionada. Há vários indícios de que sua flexão decorreu somente ao longo
da história da língua. Nas línguas descendentes, mais uma vez a flexão degradou-se fortemente de forma
independente (com exceção das línguas balto-eslávicas, em que mais se conservou). Os exemplos mais claros são o
inglês, o persa moderno e o africâner, que moveram-se intensamente em direção das línguas analíticas.

Segundo W. Lehmann, a tipologia era SOV (isto é, o predicado de orações declarativas ocorria no final da oração)
com suas propriedades tipicamente a ela relacionadas (posposições, anteposição de atributos e de subordinadas
relativas etc.). Nas línguas descendentes desenvolveram-se outras tipologias, VSO nas célticas, SVO nas românicas.

Em termos da chamada tipologia relacional, o protoindo-europeu (assim como a maioria das línguas faladas
atualmente) era uma língua nominativo-acusativa. Lehman supõe que um estágio mais antigo da língua possuía
um caráter de língua ativa. Muitas da línguas indo-arianas modernas (por exemplo o hindi) assumiram a tipologia
ergativa.

Fonologia
São reconstruídos os fonemas apresentados abaixo para a língua protoindo-europeia.[6] Remetendo-se a Karl
Brugmann, são empregadas variantes de um sistema baseado no alfabeto latino, com sobrescritos e subscritos,
assim como sinais diacríticos.

Consoantes

palato-
labial coronal velar labio-velar laríngea
velar

oclusiva surda p t k̑ k kʷ

oclusiva sonora b d g̑ g gʷ

oclusiva aspirada bʰ dʰ g̑ ʰ gʰ gʷʰ

nasal m n

fricativa s h₁, h₂, h₃

aproximante w r, l y

Nasais, fricativas e aproximantes são classificadas como sonantes.

O y era (presumivelmente) pronunciado [j] como em português pai, o w pronunciado [w] como em quadro;
também em ditongos ey, aw ([e͡j], [a͡w] leite, pauta). Palato-velares: k̑ pronunciado [kʲ] como em inglês britânico
cube. Labio-velares: kʷ pronunciado [kʷ] (k pronunciado com arredondamento dos lábios). As oclusivas sonoras
aspiradas do protoindo-europeu não foram herdadas pelas línguas europeias modernas; em línguas indianas,
como o hindi, ainda são mantidas.

O termo "laríngeo" para os sons representados por h₁, h₂ e h₃ foram escolhidos historicamente sem uma base na

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reconstrução. Trata-se de três sons desconhecidos (muitos pesquisadores também sugerem outras quantidades).
Há diferentes suposições sobre possíveis pronúncias destes sons (veja por exemplo em Lehman ou Meier-Brügger).
A teoria laríngea, postulada por Ferdinand de Saussure nos estudos indo-europeus em 1878, levou no entanto
cerca de 100 anos para ser geralmente aceita.

O s era surdo [s] mas antes de consoantes sonoras possuía um alófono sonoro, por exemplo *nisdos (ninho),
foneticamente *nizdos.

A chamada teoria glótica revisa este sistema clássico de reconstrução tendo em consideração as consoantes
oclusivas em alto grau. Esta revisão está atualmente relacionada à fonética, e consequentemente à suposta
pronúncia dos sons. O sistema fonológico (a relação dos sons entre si) como um todo permanece quase
inalterado.[7] Razões para a teoria glótica são a rara ocorrência do fonema /b/ e a disposição incomum de oclusivas
aspiradas sonoras diante da ausência de oclusivas aspiradas surdas. Entretanto esta teoria, ainda hoje discutida,
não é opinião majoritária dentre especialistas.

As formas reconstruídas são em sua maioria apresentadas fonologicamente. Os encontros consonantais que
aparentam ser parcialmente impronunciáveis permitem presumir que a fonética da língua continha vogais
epentéticas (por exemplo o chamado schwa secundum), assimilações e fenômenos similares.

Ocorrência das consoantes


palato- labio-
labial coronal velar laríngea
velar velar
*k̑ erd
*ped-, *ters- *kʷi-, *kʷo-
(coração, *lewk
oclusiva surda *pod- (pé, (seco, (quem?,
conf. (luzir)
podólogo) p.ex. terra) quê?)
cardíaco)
*bel- *g̑ onu, *negʷ-,
(força, *g̑ enu *nogʷ-
*dek̑ m̥ *gāu-
oclusiva sonora debilitado (joelho, (noite,
(decimal) (regozijar)
= "sem conf. conf.
vigor") genuflexão) noctívago)
*bʰer- *gʰend-
oclusiva (portar, *medʰyo- *g̑ ʰans- (agarrar, *ewegʷʰ-
aspirada p.ex. (médio) (ganso) conf. (advocar)
transferir) apreender)
*men *nas-
nasal
(mente) (nasal)
*h₂weh₁
(conf.
*sed- alemão
fricativa
(sentar) wehen),
*deh₃
(dar),
*pro
*hzeyes-
(adiante,
*newo- (metal,
aproximante conf. pró),
(novo) conf. inglês
*lewk
ore)
(luzir)

Desenvolvimento das consoantes em línguas descendentes

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O exemplo mais conhecido de mudanças fonéticas que conduziram da protolíngua às línguas individuais é a
mudança das palatais: em quase todas as línguas descendentes, os três grupos velares coincidem-se em dois. De
acordo com a teoria mais difundida, as palatais se fundiram com as velares simples nas chamadas línguas Centum
(conforme a pronúncia latina da palavra para cem), ao passo que nas línguas Satem (conforme a pronúncia da
palavra avéstica da palavra cem) fundiram-se as lábio-velares com as velares simples.

Nas línguas Centum as lábio-velares frequentemente desenvolveram-se posteriormente em labiais (por exemplo
nas línguas celtas e no grego); nas línguas Satem frequentemente desenvolveram-se as palato-velares por sua vez
em fricativas (como em línguas eslavas e em sânscrito).

Antes do desenvolvimento das línguas tocarianas viu-se o surgimento de dois grupos dialetais indo-europeus, o
Centum no leste (itálico, celta, germânico, helênico) e Satem no oeste (báltico, eslavo, indo-iraniano, armênio).
Uma vez que as línguas tocarianas localizadas no extremo oriente são porém classificadas como Centum,
assumem-se hoje desenvolvimentos independentes nas línguas individuais. Atualmente a distinção entre entre
línguas Centum e línguas Satem mantém significância meramente fonológica.

Além disso, os outros sons desenvolvidos a partir da protolíngua passaram por mudanças mais ou menos
significativas: As oclusivas surdas permaneceram substancialmente inalteradas, exceto nos grupos germânico e
armênio, em que estas mudaram para fricativas e aspiradas. As oclusivas sonoras apresentaram mudanças
também apenas no germânico e no tocariano (tornaram-se surdas).

As oclusivas sonoras aspiradas conservaram-se apenas nas línguas línguas indo-arianas (a maioria até os dias de
hoje) e perderam nas outras línguas sua aspiração ou sua sonoridade (como em grego).

Vogais, ditongos, sonantes silábicas e laríngeas


As cinco vogais, /a/, /e/, /i/, /o/ e /u/ existiam em protoindo-europeu em versões curtas e longas (O /ī/ longo e o
/ū/ longo não são reconhecidas por vários, no lugar das quais atribuem combinações das respectivas vogais curtas
com laríngeas). As vogais /e/ e /o/ nas versões curtas e longas são as mais frequentes de forma absoluta. Também
as sonantes /m/, /n/, /r/, e /l/ e as laríngeas podiam ocupar posição vocálica. As sonantes correspondentes são
muitas vezes marcadas com uma pequena cruz sob a vogal. As relações entre as vogais curtas e longas, consoantes
e ressoantes silábicas e laríngeas resultam morfologicamente do fenômeno conhecido como Ablaut.

Os ditongos eram /ey/, /oy/, /ay/, /ew/, /ow/ e /aw/, e mais raramente com vogal longa /ēy/, /ōy/, /āy/, /ēw/,
/ōw/ e /āw/. No lugar da escrita com as semivogais y e w, que talvez sejam um pouco confusas, também se usam
as vogais plenas i e u em combinações de duas vogais plenas. A emprego de semivogais aqui escolhido torna claro,
que o ponto forte do ditongo recaía sempre sobre sobre o primeiro componente.

As laríngeas conservaram-se diretamente apenas em hitita (nela se encontra um ḫ e um ḫḫ). Nas outras línguas,
entretanto, encontram-se reflexos em vogais adjacentes. O caso mais claro é o do grego, em que /h₁/ corresponde a
e, /h₂/ corresponde a a e /h₃/ corresponde a o.

Exemplos
*g̑ʰ̑áns (ganso), *māter (mãe, madre; nota: palavra reconstruída também como *méh₂ter), *nébʰeleh₂ (nuvem,
nebuloso), *ph₂tḗr (pai, padre), *nisdó (ninho, nidificado), *vīs- (veneno, conf. vírus), *gʰosti (hóspede), *wédōr
(água, conf. hídrico), *h₁rudhró (rubro), *pū- (puro); *deyk- (indicar) *óyno-(um) *kayko- (caolho, conf. cego),
*téwteh₂ (povo, conf. total, Teutônico), *lowkó (luz), *tawro (touro), terminação do dativo *-ōy (conf. grego
antigo -ῳ, *dyḗws (deus celeste, conf. deus, gr. Zeus, inglês Tuesday); *km̥tóm (cem, cento), prefixo *n̥- (prefixo
in-), mr̥tó (morto), ml̥dú (mole).

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Desenvolvimento das vogais nas línguas descendentes


As vogais conservaram-se em grego antigo inicialmente inalteradas (até a coloração mencionada através das
antigas laríngeas). O [u] (o úpsilon grego) certamente tornou-se [y] na época de Homero ou logo depois. Nos
dialetos jônico e ático o ā longo tornou-se [ɛː] (em grego etá). Em desenvolvimentos posteriores do grego o sistema
vocálico simplificou-se fortemente através da fusão de muitas vogais e ditongos, especialmente em [i] (conf.
iotacismo), pela qual a diferenciação entre vogais longas e curtas foi perdida. Também as línguas itálicas, que
incluem o latim, mantiveram as vogais.

No ramo indo-iraniano as vogais e, o e a fundiram-se em a (em suas formas curtas e longas, respectivamente).

Em protogermânico a vogal curta indo-europeia *o tornou-se *a e fundiu-se com o antigo *a. Mais tarde a vogal
longa indo-europeia *ā obscureceu-se em *ō (*ū em sílabas finais) e fundiu-se por sua vez com o *ō herdado do
protoindo-europeu.[8]

Os ditongos curtos foram repassados ao grego: ow tornou-se [u] (as ainda escrito como ditongo ου), ey (épsilon +
iota) tornou-se a vogal longa [eː] (do mesmo modo escrito como ditongo ει). Os ditongos longos fundiram-se com
suas vogais iniciais (na escrita, a antiga caracterização de ditongo ainda pode ser reconhecida através do iota
subscrito). Na evolução para o grego moderno, os ditongos restantes também foram monotongados.

Em sânscrito védico, os ditongos curtos oy, ay e ey evoluíram a princípio para ai e em seguida para um [eː] longo.
Analogamente, au originou-se de ow, aw e ew e converteu-se em [oː]. Os ditongos longos se converteram nos
ditongos simples ai e au.

As soantes silábicas perderam sua propriedade silábica na maioria das línguas descendentes. Desenvolveu-se
epêntese, que em alguns casos suplantou totalmente as sonantes originais. Este foi o caso do prefixo n̥- convertido
em latim em in-, no ramo germânico em un-, e em grego e indo-iraniano em a-. O r̥ silábico foi mantido em indo-
iraniano e eslavo (em sânscrito também l̥, ainda que rudimentarmente). Mais tarde desenvolveu-se porém também
uma vocal epentética i (daí a pronúncia sânscrito ao nome da língua, em sânscrito saṃskṛtam).

Tonicidade
O acento tônico é denotado graficamente nos Vedas e em grego. Em algumas outras línguas (por exemplo muitas
línguas eslavas e bálticas) manteve-se a princípio o sistema indo-europeu de tonicidade (entretanto muitas sílabas
mudaram de tonicidade, ocorreram mudanças sistemáticas de tonicidade, e também surgiram regras adicionais,
como o encurtamento das três últimas sílabas em grego). Contudo não se pode reconstruir garantidamente a
tonicidade do protoindo-europeu em muitos casos. Razoavelmente bem estabelecido está que, no período tardio do
indo-europeu anterior à separação nas línguas descendentes, a tonicidade era melódica e não dinâmica. Além disso
era móvel, isto é, a posição da tonicidade em cada palavra era livre e não estava sujeita a regras fixas (que por
exemplo posteriormente no latim resultou em sílabas longas ou curtas). A posição da sílaba tônica marcava
significados distintos: dʰrógʰos (corrida, curso) - dʰrogʰós (corredor, roda).[9]

Muitas palavras (de acordo com a visão mais difundida, mas não geral, da fase mais antiga, por exemplo, formas
verbais finitas completas) eram enclíticas: não carregavam tonicidade específica, e sim fundiam-se prosodicamente
às palavras anteriores a elas.

A posição da tonicidade possuía, sobretudo no substantivo, significado morfológico e servia (junto a outros meios,
tais como terminações e ablaut) à identificação do caso.

Nos ramos germânico e itálico, a tonicidade móvel foi logo fixada na primeira sílaba da palavra. Ligados a ela
estiveram mudanças fonéticas das vogais átonas, das quais atualmente se pode extrair, por exemplo, conclusões

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sobre a posição da sílaba tônica no protoindo-europeu (Lei de Verner em protogermânico). Em latim clássico, a
tonicidade da primeira sílaba foi mais uma vez perdida através de regras de tonicidade conhecidas atualmente. Em
protogermânico, a tonicidade da primeira sílaba evoluiu posteriormente para o princípio de tonicidade da sílaba do
radical da palavra.

Morfologia

Radicais
Os radicais do PIE reconstruído, são morfemas básicos que carregam um significado léxico. Pela adição de sufixos,
eles formam raízes de palavras, e pela adição de desinências, formam gramaticalmente palavras declinadas
(substantivos ou verbos).

Apofonias
Um dos aspectos exclusivos do PIE era sua sequência apofônica que contrastava os fonemas vocálicos o/e/Ø [não
vogal] através do mesmo radical. A apofonia é uma forma de variação vocálica que muda entre estas três formas
dependendo dos sons adjacentes e da localização da ênfase na palavra. Essas trocas ecoam nas modernas línguas
indo-europeias.

Substantivos
Os pronomes protoindo-europeus eram declinados em oito casos (nominativo, acusativo, genitivo, dativo,
instrumental, ablativo, locativo e vocativo). Havia três gêneros: masculino, feminino e neutro.

Há dois tipos principais de declinação: temática e atemática. As raízes temáticas nominais são formadas com um
sufixo -o- (no vocativo e-) e a raiz não se submete à apofonia. A raízes atemáticas são mais arcaicas, e são
classificadas por seu comportamento apofônico.

Pronomes
Os pronomes protoindo-europeus são difíceis de reconstruir devido à sua variedade nas línguas posteriores. Este é
especialmente o caso dos pronomes demonstrativos.

O PIE tinha pronomes pessoais nas primeira e segunda pessoas, mas não para a terceira pessoa, onde
demonstrativos eram usados no lugar. Os pronomes pessoais tinham formas e terminações exclusivas, e alguns
tinham duas raízes distintas; isto é mais óbvio na primeira pessoa do singular, onde as duas raízes ainda são
preservadas na língua inglesa (I e me). De acordo com Beekes (1995), havia também dois tipos para os casos
acusativo, genitivo e dativo, uma forma enfática e outra enclítica.

Pronomes pessoais (Beekes 1995)


Primeira pessoa Segunda pessoa
Singular Plural Singular Plural
Nominativo h₁eǵ(oH/Hom) wei tuH yuH
Acusativo h₁mé, h₁me nsmé, nōs twé usmé, wōs
Genitivo h₁méne, h₁moi ns(er)o-, nos tewe, toi yus(er)o-, wos

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Dativo h₁méǵʰio, h₁moi nsmei, ns tébʰio, toi usmei


Instrumental h₁moí ? toí ?
Ablativo h₁med nsmed tued usmed
Locativo h₁moí nsmi toí usmi
Quanto aos demonstrativos, Beekes (1995) temporariamente reconstruiu um sistema com apenas dois pronomes:
so/seh₂/tod"isto, aquilo" e h₁e/ (h₁)ih₂/(h₁)id"o, a (apenas nomeado)" (anafórico). Ele também postula três partículas
adverbiais: ḱi"aqui", h₂en"lá" e h₂eu"longe, novamente", a partir dos quais os demonstrativos foram montados nas
várias línguas posteriores.

Verbos
Os verbos têm pelo menos quatro modos (indicativo, imperativo, subjuntivo e optativo, assim como possivelmente
o injuntivo, que pode ser reconstruído a partir do sânscrito védico), duas vozes (ativa e médio-passiva) e também
três pessoas (primeira, segunda e terceira) e três números (singular, dual e plural). Os verbos são conjugados em
pelo menos três tempos (presente, aoristo e perfeito), que na verdade têm antes de tudo valor aspectual. Formas
indicativas do imperfeito e (menos provavelmente) do mais que perfeito talvez tenham existido. Os verbos eram
também marcados por um sistema altamente desenvolvido de particípios, um para cada combinação de tempo e
modo, e uma ordem variada de substantivos verbais e formações adjetivas.

Buck 1933 Beekes 1995


Atemático Temático Atemático Temático
1ª -mi -ō -mi -oH
Singular 2ª -si -esi -si -eh₁i
3ª -ti -eti -ti -e
1ª -mos/mes -omos/omes -mes -omom
Plural 2ª -te -ete -th₁e -eth₁e
3ª -nti -onti -nti -o

Numerais
Os numerais protoindo-europeus são geralmente reconstruídos como segue:

Beekes 1995,
Sihler 1995, 402–24 "Provas"
212–16
*Hoi-no-/*Hoi-wo-/*Hoi-k(ʷ)o-; një, unum, ena, einaz,
um *Hoi(H)nos
*sem- oinos, aika, ainas, ...
dois *d(u)wo- *duoh₁ dvai, two
três *trei-(grau pleno)/*tri-(grau zero) *treies trys, tre
*kʷetwor-(grau "o") /*kʷetur-(grau
quatro *kʷetuōr keturi, käter
zero)
cinco *penkʷe *penkʷe penke, pesë

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*s(w)eḱs talvez originalmente


seis *(s)uéks suessu, gjashtë
*weḱs
sete *septm̥ *séptm septim, shtatë
oito *oḱtō,*oḱtouou *h₃eḱtō, *h₃eḱtou *h₃eḱteh₃ asutoss, tentë
nove *(h₁)newn̥ *(h₁)néun nevin, nentë
dez *deḱm̥(t) *déḱmt desuim, dhjetë
*wīḱm̥t-talvez originalmente
vinte *duidḱmti
*widḱomt-
*trīḱomt-talvez originalmente
trinta *trih₂dḱomth₂
*tridḱomt-
*kʷetwr̥̄ḱomt-talvez originalmente
quarenta *kʷeturdḱomth₂
*kʷetwr̥dḱomt-
*penkʷēḱomt-talvez originalmente
cinqüenta *penkʷedḱomth₂
*penkʷedḱomt-
*s(w)eḱsḱomt-talvez originalmente
sessenta *ueksdḱomth₂
*weḱsdḱomt-
*septm̥̄ḱomt-talvez originalmente
setenta *septmdḱomth₂
*septm̥dḱomt-
*oḱtō(u)ḱomt-talvez originalmente
oitenta *h₃eḱth₃dḱomth₂
*h₃eḱto(u)dḱomt-
*(h₁)newn̥̄ḱomt-talvez
noventa *h₁neundḱomth₂
originalmente *h₁newn̥dḱomt-
*ḱm̥tomtalvez originalmente
cem *dḱmtóm
*dḱm̥tom
mil *ǵheslo-, *tusdḱomti *ǵʰes-l-
Lehmann (1993, 252-255) acredita que os numerais maiores que dez foram construídos separadamente nos grupos
dialetais e que *ḱm̥tómoriginalmente significava "um grande número" em vez de "uma centena, cem".

Sintaxe
A respeito da sintaxe da protolíngua podem ser feitas menos afirmações claras do que a respeito da morfologia,
uma vez que não há disponível um meio, como a análise dos desenvolvimentos fonéticos/fonológicos, mantidos
tipicamente muito regulares, pelo qual podem-se extrair conclusões para a morfologia. Resta-nos coletar padrões
típicos de orações nas formas antigas das línguas descendentes e extrair conclusões cautelosamente, de maneira tal
que estas poderiam haver constado já na língua protoindo-europeia.

Tal qual em português, uma oração principal, em geral com sujeito e predicado, podia ter também seu sujeito
oculto. Em português, por exemplo, um pronome pode ser omitido caso não seja necessário enfatizá-lo ou se
estiver subentendido pelo contexto. Nestes casos, há orações sem um sujeito formalmente explícito. Supõe-se este
fenômeno também para a protolíngua. De fato, subentendem-se através das desinências verbais sempre a pessoa e
o número do sujeito oculto em questão. A propósito, em muitas línguas não indo-europeias, nem mesmo estas
desinências são necessárias.

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Eram também comuns orações independentes sem predicado: a cópula que, sendo um verbo formal, conecta o
sujeito e nomes predicados (O homem é grande; a mulher é artesã; a mãe está em casa), não se encontra no russo
moderno, por exemplo. Assume-se que tais orações nominais (Homem grande, mulher artesã, mãe em casa) eram
comuns em protoindo-europeu. Os verbos *h₁es- (existir) e *bʰew- (tornar-se), dentre outros, emergem nas línguas
descendentes já como cópula, muitas vezes facultativa (conf. tu és, nós fomos).

O verbo se posicionava normalmente no fim da oração. De fato, sintagmas opcionais podiam ser aparecer
enfatizados no início da oração (lat. Habent sua fata libelli - Têm seu destino os livretos). Nas línguas celtas
insulares o posicionamento do verbo no início da oração se tornou padrão.

As relações sintáticas entre substantivos, adjetivos, pronomes e verbos davam-se através de concordância das
formas flexionadas.

Clíticos eram usados na formação de orações e sequências: partículas posposicionadas (ou também palavras
flexionadas), cuja tonicidade era transposta à palavra precedente. Um exemplo é o -que em latim (e, em grego, -τε,
em sânscrito ca, protoindo-europeu *kʷe), partículas em grego na formação de orações, tais como µεν, δε (de fato
(…) mas) e os pronomes enclíticos.

Tais enclíticos encontram-se principalmente na segunda posição da oração (principal ou subordinada (Lei de
Wackernagels)). Sequência de partículas clíticas nesta posição são especialmente típicas na língua hitita.

Orações interrogativas são indicadas através do emprego de pronomes interrogativos ou de clíticos interrogativos
(p.ex. em latim -ne). A negativa se dava através do advérbio *ne e do prefixo *n̥-.

As orações subordinadas relativas empregavam o pronome relativo e precediam a oração principal. Supõe-se que
estas orações, como em sânscrito, não remetiam ao substantivo, e sim a pronomes demonstrativos separados na
oração principal (em alemão, esta distinção é em parte atenuada pelo artigo; em latim, tem-se a situação oposta,
em que em que a oração subordinada, seja adjetiva, subjetiva ou objetiva, não requer pronomes relativos). Os dois
tipos de pronomes relativos (*kʷi/*kʷo e *hyo) correspondem a ambas categorias de orações relativas (explicativas
e restritivas).

Outros tipos de orações subordinadas, como as orações introduzidas por conjunções, não podem ser reconstruídas.

Nas línguas descendentes são conhecidas construções absolutas, por exemplo em latim o ablativo absoluto, em
grego o genitivo absoluto, em sânscrito o locativo absoluto e o dativo absoluto em antigo eslavo eclesiástico. É
incerto se estas construções remetem a uma origem comum ou se são inovações isoladas em cada uma das línguas.

Amostras de textos
Como o PIE era falado por uma sociedade pré-histórica, não há textos originais disponíveis, mas desde o século
XIX acadêmicos modernos têm feito várias tentativas em compor exemplos de textos com objetivos ilustrativos.
Estes textos são intuitivos, na melhor das hipóteses: Calvert Watkins em 1969 observou que apesar de 150 anos de
história, a lingüística comparativa não é capaz de reconstruir uma simples sentença bem formada em PIE. Apesar
disso, tais textos tem tido o mérito de dar uma impressão de que um discurso coerente em PIE talvez tenha sido
ouvido.

Exemplos de textos publicados em PIE:

A Fábula de Schleicher (Avis akvasas ka), de August Schleicher (1868), atualizada por Hermann Hirt (1939) e
por Winfred Lehmann e Ladislav Zgusta (1979).
O rei e o deus (rēḱs deiwos-kʷe), de S. K. Sen, E. P. Hamp et al. (1994).

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Protolínguas derivadas
Língua protoarmênia
Língua protobalto-eslava
Língua protocéltica
Língua protogermânica
Língua protogrega
Língua protoindo-iraniana

Ver também
Protoindo-europeus
Estudos indo-europeus
Religião protoindo-europeia
Protolíngua

Referências
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Ligações externas
Em português

Contribuição do método comparativo para a determinação da existência do protoindo-europeu (https://web.ar


chive.org/web/20170503212659/http://www.filologia.org.br/revista/artigo/3(9)41-52.html), por João Bittencourt
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A insistência na busca da origem (http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI1377706-EI6607,00.html),
por Antonio Luiz Monteiro Coelho da Costa]. Terra Magazine, 30 de janeiro de 2007.
TERRA, João Evangelista. O Deus dos indo-europeus: Zeus e a proto-religião dos indo-europeus (http://book
s.google.com/books?id=dqCFADSqjBcC&printsec=frontcover&dq=O+Deus+dos+indo-europeus:+Zeus+e+a+
proto-religi%C3%A3o+dos+indo-europeus++Por+Jo%C3%A3o+Evangelista+Martins+Terra&hl=pt-BR&ei=Ja5
9TdajC4agtwer27m6BQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CCwQ6AEwAA#v=onepage&q&
f=false). São Paulo: Loyola, 2001.

Em inglês

O cavalo, a roda e a linguagem Como cavaleiros das estepes euroasiáticas, da Idade do Bronze,
contribuíram para a formação do mundo moderno, por David W. Anthony, Editora Universidade de Princeton,
"The Horse, the Wheel and Language, How Bronze-Age Riders from the Eurasian Steppes shaped the
Modern World", 2007 (https://archive.org/details/horsewheelandlanguage)
Notas comparativas de hurro-urartuano, caucasiano setentrional e indo-europeu (http://www.humnet.ucla.edu/
pies/pdfs/IESV/1/VVI_Horse.pdf), por Vyacheslav V. Ivanov.
American Heritage Dictionary:

O indo-europeu e os indo-europeus (http://books.google.com/books?id=4IHbQgz1nZYC&printsec=frontco


ver&dq=The+American+Heritage+Dictionary+of+Indo-European+Roots&sig=hZRhcqZsuJaYDyMRFx8Pg
EpBfgs#v=onepage&q&f=false), ensaio sobre a reconstrução do protoindo-europeu
Radicais indo-europeus (http://books.google.com/books?id=4IHbQgz1nZYC&printsec=frontcover&dq=Th
e+American+Heritage+Dictionary+of+Indo-European+Roots&sig=hZRhcqZsuJaYDyMRFx8PgEpBfgs#v=o
nepage&q&f=false), índice
Gramática do PIE (http://www.utexas.edu/cola/centers/lrc/books/pies01.html)
Dicionário Etimológico Indo-europeu (http://www.ieed.nl/) (Leiden University)
Dicionário Etimológico Indo-europeu (http://www.utexas.edu/cola/centers/lrc/ielex/PokornyMaster-X.html)
(University of Texas)
Centro de Documentação Indo-européia (http://www.utexas.edu/cola/depts/lrc/iedocctr/ie.html) da
Universidade do Texas
Verbos Indo-urálicos" (http://www.kortlandt.nl/publications/art203e.pdf) por Frederik Kortlandt
Diga algo em protoindo-europeu (http://www.grsampson.net/Q_PIE.html) (por Geoffrey Sampson)
Vários exemplos de textos em PIE (http://verger1.narod.ru/lang1.htm/)
Base de dados da etimologia de radicais do PIE (http://starling.rinet.ru/cgi-bin/response.cgi?root=config&morp
ho=0&basename=\data\ie\piet&first=1)
Análise da classificação interna das línguas indo-européias (http://www.phil.muni.cz/linguistica/art/blazek/bla-
003.pdf) por Václav Blažek. Linguistica ONLINE. (http://www.phil.muni.cz/linguistica/) ISSN 1801-5336 (Brno,
República Tcheca)

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