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VINHOS
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Thayana Santiago Mendes; 2João Lopes da Silva Neto; 3Romulo Charles Nascimento Leite
RESUMO: O vinho sempre esteve de alguma forma, vinculado à história do homem, seja por ser
uma bebida com sabor e personalidade próprios ou pelos benefícios que traz à saúde. Na sua forma
mais básica, a fabricação do vinho é simples e requer apenas água e sol. Este trabalho visa mostrar
o processo manual de fabricação de vinhos sem aditivos químicos, a produção de um vinho puro.
Os vinhos comercializados e produzidos em escala industrial não possuem como método de
fabricação a Fermentação natural. A adição de substâncias químicas no processo de fabricação
influi diretamente na qualidade do vinho. Pode-se dizer que um vinho 100% natural age com mais
eficácia em seus benefícios a saúde e ao paladar.
Vamos entrar no mundo mágico do vinho. Brancos, rosados ou tintos, espumantes ou não,
mais fortes ou mais leves, aromatizados, doces ou secos. Mágico; já era assim considerado pelos
povos antigos o sumo da uva fermentado.
O vinho é uma bebida alcoólica, resultante da fermentação do mosto de uvas frescas e
maduras, por intermédio de microrganismos chamados leveduras, as quais transformam o açúcar
do sumo da uva em álcool etílico, anidro carbônico e uma série de elementos secundários em
quantidades variadas. Em função disto, o vinho é considerado um produto elaborado,
diferenciando-se dos produtos fabricados, caracterizados por misturas de diversas matérias-primas.
Matéria prima do vinho, a "produção" da uva pelas videiras requer apenas água e sol. A luz
solar transforma o dióxido de carbono da atmosfera em açucares, isto é feito nas folhas (a
fotossíntese), que transferem este açúcar para o fruto; as raízes contribuem com a água para fazer
o suco, minerais e outros elementos em pequenas quantidades.
Na sua forma mais básica, a fabricação do vinho é simples. Após as uvas terem sido
espremidas, o levedo (pequeno organismo unicelular que existe naturalmente na vinha e,
consequentemente, nas uvas) entra em contato com o açúcar do suco da uva e, gradualmente,
converte esse açúcar em álcool. O gás carbônico (CO2) também é produzido neste processo
exotérmico. Quando o levedo conclui seu trabalho, o suco de uva vira vinho. Quanto mais maduras
e doces forem as uvas, maior será o teor alcoólico no vinho. Todo este processo é chamado
de fermentação.
O vinho é definido pela O.I.V. (Office International de la Vigne et du Vin) como a bebida
resultante da fermentação do mosto (suco) de uvas frescas. E, portanto, qualquer outra bebida
fermentada não obtida dessa forma não pode ser denominada ‘vinho’, como é o caso do assim
denominado "vinho" de pêssego, ou de maçã.
O presente trabalho visa mostrar o processo manual de fabricação de vinhos sem aditivos
químicos, ou seja, um vinho 100% puro, o qual não é comercializado.
A adição de substâncias químicas no processo de fabricação influi diretamente na qualidade
do vinho. Um vinho 100% natural age com maior eficácia em seus benefícios a saúde e ao paladar
de apreciadores desta bebida.
METODOLOGIA
4) DESCUBE
Após seis dias do esmagamento, fez-se o descube. É a separação definitiva entre o mosto e as
cascas. Efetua-se quando a densidade do mosto estiver entre 1010 a 1015g/L. Nestas condições, o
contato entre o bagaço e o mosto já terá sido suficiente para permitir a obtenção de um produto
perfeito e de boa qualidade organolépticas; impressões sensoriais, exame olfativo, exame gustativo
e exame final.
Foram retiradas as cascas que encontravam-se na parte superior, espremendo-as com as mãos.
O mosto, resultado da separação, foi colocado em uma barrica, enchendo-a até seu volume
máximo, deixando um espaço de 3cm entre o nível do liquido e a face interna da tampa. Neste caso
a fermentação é alta, por isso necessitamos criar uma via de escape para o CO2, sem permitir a
entrada do oxigênio.
6) PRIMEIRA TRASFEGA
Após vinte dias, fez-se a primeira trasfega. Passou-se de um recipiente para o outro,
abandonando os resíduos que ficaram no fundo.
7) ATESTO
A finalidade do atesto é não deixar espaço vazio entre a tampa e a superfície do vinho
transferido para a barrica. Esse espaço por certo existirá, a não ser que passe para barricas de
menores volumes, caso isso não aconteça o correto é completar com outro vinho. Neste caso, não
foi necessário adicionar-se nenhum vinho para complementação.
8) SEGUNDA TRASFEGA
Vinte dias após a primeira trasfega, fez-se a segunda, repetindo o mesmo processo da primeira
trasfega.
9) ATESTO
Foi realizado o segundo atesto, seguindo o mesmo procedimento do atesto anterior.
Resultados Físico-químicos:
A química da fermentação
AÇÚCAR (17g)=ÁLCOOL (1ºGL) + CALORIAS (1,5 Cal) + CO2 (4lit ou 4 atm).
OBS: (-) 16,5 a 19,5 Cal equivalem a 30 – 34 °C, que são reduzidos para: 15 – 18 °C nos brancos e 20
– 30 °C nos tintos.
Diante dos resultados obtidos, conclui-se que este trabalho teve um aproveitamento
máximo, uma vez que se conseguiu chegar ao objetivo principal com vigor: fabricar um vinho de
excelência em qualidade e saúde sem aditivos químicos, unicamente pelo processo natural de
fermentação da uva.
Nenhum dos vinhos comercializados analisados possui grau de pureza igual ou superior ao
produzido pelo processo descrito nesse trabalho; o que reafirma o esperado pela pesquisa
realizada.
O processo utilizado neste trabalho, mesmo sendo mais demorado que o comumente
utilizado em indústrias, resulta em um produto de qualidade superior aos encontrados no comércio
local, alvo desta pesquisa.
REFERÊNCIAS
FONSECA, Meira – Abc da vinificação pela palavra e pela imagem; 5ª Ed; Porto; instituto vinho do
porto,2003.
Vandramin, J.D Manual de entomologia agrícola. São Paulo: Agronômica Ceres, 1988.
SATO, G.S; Franca, T.J.F. A viticultura no estado de São Paulo. Disponivel em:
www.iea.sp.gov.br/uva0900.htm (Acesso:16 de dezembro de 2011)
www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bigq/trabalhos_pos2004/vinho_cerveja/processos_vinho_t
ing.html (Acesso: 20 de dezembro de 2011)
www.sistemadeproducao.cnptia.embrapa.br/fontesHTML/vinho/sistemaproducaovinhotinto/ferm
entacao (Acesso: 15 de janeiro de 2012)