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contribuições pequenas ou grandes ao desenvolvimento da


ciência. http://wwwracimate.blogspot.com.br/
RACIOCÍNIO LÓGICO
Em lógica, pode-se distinguir três tipos de raciocínio ló-
gico: dedução, indução e abdução. Dada uma premissa,
uma conclusão, e uma regra segundo a qual apremis-
sa implica a conclusão, eles podem ser explicados da se-
guinte forma:

Dedução corresponde a determinar a conclusão. Utiliza-


se da regra e sua premissa para chegar a uma conclusão.
Exemplo: "Quando chove, a grama fica molhada. Choveu
hoje. Portanto, a grama está molhada." É comum associar
os matemáticos com este tipo de raciocínio.

Indução é determinar a regra. É aprender a regra a partir


de diversos exemplos de como a conclusão segue
da premissa. Exemplo: "A grama ficou molhada todas as
vezes em que choveu. Então, se chover amanhã, a grama
ficará molhada." É comum associar os cientistas com este
Raciocínio Lógico e Matemático estilo de raciocínio.
1 Compreensão de estruturas lógicas.
Abdução significa determinar a premissa. Usa-se
2 Lógica de argumentação: analogias, inferências,
a conclusão e a regra para defender que a premissa poderia
deduções e conclusões. explicar a conclusão. Exemplo: "Quando chove, a grama fica
3 Diagramas lógicos. molhada. A grama está molhada, então pode ter chovido."
4 Fundamentos de matemática. Associa-se este tipo de raciocínio
5 Princípios de contagem e probabilidade. aos diagnosticistas e detetives.
6 Arranjos e permutações.
7 Combinações.
Lógica Matemática
Imagine que você foi convocado a participar de um júri
Conceito de raciocínio lógico
em um processo criminal e o advogado de defesa apresenta
os seguintes argumentos:
Raciocínio Lógico
“Se meu cliente fosse culpado, a faca estaria na gaveta.
Ao procurarmos a solução de um problema quando dis- Ou a faca não estava na gaveta ou José da Silva viu a faca.
Se a faca não estava lá no dia 10 de outubro, segue que
pomos de dados como um ponto de partida e temos um
objetivo a estimularmos, mas não sabemos como chegar a José da Silva não viu a faca. Além disso, se a faca estava lá
esse objetivo temos um problema. Se soubéssemos não no dia 10 de outubro, então a faca estava na gaveta e o
haveria problema. martelo estava no celeiro. Mas todos sabemos que o martelo
não estava no celeiro. Portanto, senhoras e senhores do júri,
meu cliente é inocente.
É necessário, portanto, que comece por explorar as pos-
sibilidades, por experimentar hipóteses, voltar atrás num Pergunta: O argumento do advogado esta correto? Co-
caminho e tentar outro. É preciso buscar idéias que se con- mo você deveria votar o destino do réu?
formem à natureza do problema, rejeitar aqueles que não se E mais fácil responder a essa pergunta reescrevendo o
ajustam a estrutura total da questão e organizar-se. argumento com a notação de lógica formal, que retira todo o
palavrório que causa confusão e permite que nos concen-
Mesmo assim, é impossível ter certeza de que escolheu o tremos na argumentação subjacente.
melhor caminho. O pensamento tende a ir e vir quando se A lógica formal fornece as bases para o método de pen-
trata de resolver problemas difíceis. sar organizado e cuidadoso que caracteriza qualquer ativida-
de racional.
Mas se depois de examinarmos os dados chegamos a
uma conclusão que aceitamos como certa concluímos que "Lógica: Coerência de raciocínio, de ideias. Modo de ra-
estivemos raciocinando. ciocinar peculiar a alguém, ou a um grupo. Sequencia coe-
rente, regular e necessária de acontecimentos, de coisas."
(dicionário Aurélio), portanto podemos dizer que a Lógica e a
Se a conclusão decorre dos dados, o raciocínio é dito ló-
ciência do raciocínio.
gico.
1. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS EM LÓGICA MATE-
Nova teoria científica MÁTICA
1.1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
A ciência é bàsicamente a combinação do raciocínio lógi- Partindo-se do contexto histórico, a lógica enquanto ciên-
co bom com o conhecimento prático bom de fenômenos cia do raciocínio pode ser subdividida em duas grandes cor-
naturais reais. Todos os seres humanos fazem algum racio- rentes, quais sejam: Lógica Clássica e Lógica Formal.
cínio lógico e têm algum conhecimento prático de alguns
fenômenos naturais reais, mas na maior parte têm que com- Enquanto Lógica Clássica esta fundamentada em pro-
binar ciência com sobrevivência. Alguns povos puderam cessos não matemáticos, processos não analíticos, sendo
devotar muito de seu tempo ao raciocínio e/ou a ganhar o que suas verdades advêm de entidades filosóficas. Pode-se
conhecimento melhor da natureza e com isso nos legaram dizer que a Lógica Clássica tem um caráter intuitivo.

Raciocínio Lógico 1
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Enquanto Lógica Formal, a qual encerra dentre outras 2.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE O SISTEMA DICOTÔ-
tendências a Lógica Matemática, esta baseada em métodos MICO OU BIVALENTE:
e técnicas matemáticas. A Lógica Matemática constitui em termos gerais um sis-
A Lógica matemática, ou a Lógica Simbólica ou Lógica tema científico de raciocínio, que se baseia em estados biva-
Algorítmica é caracterizada pela axiomatização, pelo simbo- lentes, ou seja, é um sistema dicotômico onde a quaisquer
lismo e pelo formalismo. Tem seu desenvolvimento na ins- de suas entidades pode-se predicar a “verdade” ou a “falsi-
tância dos símbolos e passam a analisar o raciocínio segun- dade”, sendo estados mutuamente excludentes. Desta forma
do operações e ralações de cálculo específico. a partir de seus axiomas fundamentais e do sistema bivalen-
1.2 CÁLCULO PROPOSICIONAL E CÁLCULO DOS te estabelecido desenvolver-se-á um método analítico de
PREDICADOS: raciocínio que objetiva analisar a validade do processo infor-
mal a partir das denominadas primeiras verdades, “primí-
A Lógica Matemática é fundamentada pelo cálculo propo- cias”.
sicional (ou cálculo dos enunciados, ou cálculo sentencial) e
pelo cálculo dos predicados. No cálculo sentencial têm-se as 2.2 DEFINIÇÃO E NOTAÇÃO DE PROPOSIÇÕES NO
entidades mínimas de análise (proposições ou enunciados) CÁLCULO PROPOSICIONAL:
como elementos geradores. No cálculo dos predicados os Na linguagem falada ou escrita quatro são os tipos fun-
elementos de análise correspondem às chamadas funções damentais de sentenças; quais sejam as imperativas, as
proposicionais. exclamativas, interrogativas e as declarativas (afirmativas ou
No primeiro caso não se analisa a relação íntima entre o negativas); tendo em vista que em lógica matemática tem-se
nome e o predicado da estrutura em análise. Sendo oposto apenas dois estados de verdade, esta tem por objeto de
no segundo caso. análise as denominadas sentenças declarativas, afirmativas,
de sentido completo e não elípticas (não ambíguas).
Os símbolos têm significado e usos específicos no cálculo
proposicional. Desta forma toda sentença declarativa, afirmativa de sen-
tido completo que expressão um determinado pensamento
1.2.1 PROPOSIÇÃO, DECLARAÇÃO são denominado predicados ou enunciados, as quais de
É todo o conjunto de palavras ou símbolos que exprimem acordo com o universo relacional onde se encontram é sem-
um pensamento de sentido completo para a qual se associa pre possível predicar-se “verdade” ou a “falsidade”.
apenas um dos dois atributos verdadeiro ou falso. São exemplos de proposições em lógica:
São exemplos de proposições: “A filosofia é a lógica dos contrários”
 Quatro e maior que cinco. “Bananas solitárias são aves volares se e somente se,
 Ana e inteligente. um logaritmo vermelho é um abacate feliz”.
 São Paulo e uma cidade da região sudeste. “Se todo homem inteligente é uma flor, então flores racio-
nais são homens solitários”.
 Existe vida humana em Marte.
No cálculo proposicional o que dever ser considerado é a
 A lua é um satélite da Terra
forma do enunciado e não o significado que esta alcança no
 Recife é capital de Pernambuco mundo real.
Portanto os exemplos acima permitem afirmar que o nú-
Exemplos de não proposições: mero de nomes e/ou predicados que constituem as senten-
ças declarativas, afirmativas de sentido completo dão origem
 Como vai você? às denominadas proposições simples ou proposições com-
 Como isso pode acontecer! postas.
1.3 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS: 2.3 CARACTERIZAÇÃO, DEFINIÇÃO E NOTAÇÃO
DAS PROPOSIÇÕES SIMPLES:
A Lógica Matemática constitui um sistema científico regi-
do por três leis principais, consideradas princípios fundamen- Uma proposição simples ou um átomo ou ainda uma pro-
tais: posição atômica, constituem a unidade mínima de análise do
cálculo sentencial e corresponde a uma estrutura tal em que
 Princípio da não-contradição: uma proposição não
não existe nenhuma outra proposição como parte integrante
pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo.
de si próprio. Tais estruturas serão designadas pelas letras
 Princípio do terceiro excluído: toda preposição ou é latinas minúsculas tais como:
verdadeira ou é falsa, isto é, verifica-se sempre um destes
p, q, r, s, u, v, w, p1, p2. . . ¸pn...
casos e nunca um terceiro.
As quais são denominadas letras proposicionais ou variá-
veis enunciativas. Desta forma, pra se indicar que a letra
Neste sistema de raciocínio tem-se estabelecido tão so- proposicional p designa a sentença: “A Matemática é atributo
mente dois “estados de verdade”, isto é, a “verdade” e a “não da lógica”, adota-se a seguinte notação:
verdade”. Portanto a Lógica Matemática é um sistema biva-
p: A matemática é atributo da lógica.
lente ou dicotômico, onde os dois estados de verdade ser-
vem para caracterizar todas as situações possíveis sendo Observe que a estrutura: “A matemática não é atributo da
mutuamente excludentes (isto é, a ocorrência da primeira lógica” não corresponde a uma proposição simples, pois
exclui a existência da segunda). possui como parte integrante de si outra proposição.
Portanto de uma forma geral pode-se dizer que qualquer 2.4 CARACTERIZAÇÃO, DEFINIÇÃO E NOTAÇÃO DE
entidade (proposição ou enunciado) em Lógica Matemática PROPOSIÇÒES COMPOSTAS:
apresenta apenas dois “estados de verdade” ou será corres- Uma proposição composta, ou uma fórmula proposicional
pondente a “verdade” ou correspondente a “falsidade” não ou uma molécula ou ainda uma proposição molecular é uma
admitindo quaisquer outras hipóteses e nem tão pouco a sentença declarativa, afirmativa, de sentido completo consti-
ocorrência dos dois estados de verdade simultaneamente. tuída de pelo menos um nome ou pelo menos um predicado
2. PROPOSIÇÕES OU ENUNCIADOS - FUNDAMEN- ou ainda negativa, isto é, são todas as sentenças que possu-
TAÇÃO DO CÁLCULO PROPOSICIONAL

Raciocínio Lógico 2
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em como parte integrante de si própria pelo menos uma Considere uma proposição composta P, constituída das
outra proposição. proposições simples p, q, r,...., p1,...., pn componentes. Para
As proposições compostas serão designadas pelas letras indicar o valor lógico ou valor verdadeiro desta fórmula pro-
latinas maiúsculas tais como: posicional adotar-se-á as notações:

P, Q, R, S, U, V, W, P1, P2. . . Pn... V [ P ( p, q, r,..., p1,..., pn)] = V ou V [ P ( p, q, r,..., p1,...,


pn)] = F
Considere as proposições simples:
É oportuno salientar-se que a lógica matemática não ca-
p: A filosofia é arte be a obrigação de decidir se uma dada proposição é verdade
q: A dialética é ciência. ou falsidade, isto é, compete aos respectivos especialistas
das correspondentes áreas de conhecimento. Contudo a
Seja, portanto, a proposição composta “A filosofia é arte
lógica tem por obrigação estruturar métodos ou procedimen-
embora a dialética é a ciência”.
tos de decisão que permita, num tempo finito, a decisão
Para se indicar que a dada sentença é designada pela le- sobre os valores lógicos de fórmulas proposicionais constitu-
tra proposicional P, sendo constituída de p e q componentes ídas de n proposições e m raciocínios (sobre o ponto de vista
adota-se a notação P (p, q): A filosofia é arte embora a dialé- da analiticidade de tais processos). A de se observar tam-
tica é a ciência. bém, que validade em lógica matemática corresponde, tão
Observe que uma fórmula proposicional pode ser consti- somente a avaliação de argumentos dedutivos ou de inferên-
tuída de outras fórmulas proposicionais. Além do mais uma cia de argumentos, não tendo sentido associar validade ou
letra proposicional pode designar uma única proposição, quer legitimidade a proposições ou enunciados.
seja simples ou composta, contudo uma dada proposição De forma resumida, a validade esta associada à coerên-
pode ser qualificada por quaisquer das letras proposicionais cia ou a consistência do raciocínio analítico.
num dado universo. 2.6 CARACTERIZAÇÃO, DEFINIÇÃO, NOTAÇÃO DE
Sejam as proposições: CONECTIVOS LÓGICOS:
p: A lógica condiciona a Matemática (ou conectivos proposicionais)
q: A dialética fundamenta o pensamento ambíguo. Vejam os exemplos:
P (p, q): A lógica condiciona a Matemática, mas a dialéti- “A matemática é a juventude da lógica e a lógica é a ma-
ca fundamenta o pensamento ambíguo. turidade da matemática”
Q (p, q): A lógica condiciona a Matemática e/ou a dialéti- “A matemática é a juventude da lógica ou a lógica é a
ca fundamenta o pensamento ambíguo. maturidade da matemática”
Sejam ainda proposições compostas: “A matemática é a juventude da lógica ou a lógica é a
S (P, Q): Se a lógica condiciona a Matemática mas a dia- maturidade da matemática e não ambos”
lética fundamente o pensamento ambíguo, então a Lógica “Se a matemática é a juventude da lógica, então a lógica
condiciona a matemática e/ou a dialética fundamente o pen- é a maturidade da matemática”.
samento ambíguo. “A matemática é a juventude da lógica se, e somente se,
De forma simbólica tem-se que; a lógica é a maturidade da matemática”.
P (p, q): p mas q “Não é fato que a matemática é a juventude da lógica”
Q (p, q): p e/ou q Designamos as proposições simples:
S (P, Q):Se p mas q, então p e/ou q p: A matemática é a juventude da lógica
Observe que: S (P, Q) é análoga a S (p, q). q: A lógica é a maturidade da matemática
2.5 VERDADE E VALIDADE: Tem-se que:
(Valor lógico ou valor verdade das proposições) P (p, q): p e q.
Partindo-se do fato de que a lógica matemática é um sis- Q (p, q): p ou q.
tema científico de raciocínios, bivalentes e dicotômicos, em R (p, q): p ou q, e não ambos.
que existem apenas dois “estados de verdade” capazes de
gerar todos os resultados possíveis, a “verdade” corresponde S (p, q): Se p, então q.
a afirmações do fato enquanto tal, sendo a “falsidade” a con- W (p, q): p se, e somente se q.
tradição ou a negação do fato enquanto tal. Assim a verdade
ou a falsidade, corresponde respectivamente ao “verdadeiro” P1 (p): não p
ou “falso”, segundo o referencial teórico que institui as de- Observe que as fórmulas proposicionais ou proposições
terminadas entidades “proposições” ou “enunciados”, de um compostas anteriormente apresentadas foram obtidas a partir
dado universo relacional. de duas proposições simples quaisquer, unidas pelo conjunto
Em resumo, a verdade é a afirmação do fato e a falsidade de palavras, quando utilizadas para estabelecer a conexão
é a negação do fato estabelecido. entre duas ou mais proposições (simples ou compostas), são
denominadas conectivos lógicos ou conectivos proposicio-
nais, os quais definem classes de fórmulas proposicionais
Dada uma proposição simples qualquer, designar, por específicas.
exemplo, pela letra proposicional p, tem-se pelos princípios Prof.a Paula Francis Benevides
fundamentais que tal proposição será a verdade (V) ou a
falsidade (F) não se admitindo outra hipótese, e, nem tão Símbolos
pouco a ocorrência dos dois estados simultaneamente, por-
tanto, para denotar tais situações, adotar-se-á a simboliza- ∼ não
ção:
V ( p ) = V (valor lógico de p é igual à verdade) ou V ( p )
=F.
∧ e

Raciocínio Lógico 3
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são válidos e outros não e ensina-nos a argumentar correc-


∨ ou tamente. E isto é fundamental para a filosofia.
O que é um argumento?
→ se ... então Um argumento é um conjunto de proposições que utili-
zamos para justificar (provar, dar razão, suportar) algo. A
↔ se e somente se proposição que queremos justificar tem o nome de conclu-
são; as proposições que pretendem apoiar a conclusão ou a
justificam têm o nome de premissas.
| tal que
Supõe que queres pedir aos teus pais um aumento da
"mesada". Como justificas este aumento? Recorrendo a
⇒ implica razões, não é? Dirás qualquer coisa como:

⇔ equivalente Os preços no bar da escola subiram;


como eu lancho no bar da escola, o lanche
fica me mais caro. Portanto, preciso de um
∃ existe aumento da "mesada".

∃| existe um e somente Temos aqui um argumento, cuja conclusão é: "preciso de


um aumento da 'mesada'". E como justificas esta conclusão?
um Com a subida dos preços no bar da escola e com o facto de
lanchares no bar. Então, estas são as premissas do teu ar-
∀ qualquer que seja gumento, são as razões que utilizas para defender a conclu-
são.

Este exemplo permite-nos esclarecer outro aspecto dos


Valor lógi- argumentos, que é o seguinte: embora um argumento seja
Símbolo Expressão
co um conjunto de proposições, nem todos os conjuntos de
proposições são argumentos. Por exemplo, o seguinte con-
Negação ,¬,~ não, é falso, não é verdade que junto de proposições não é um argumento:
ou '
Conjunção e, mas , também, além disso Eu lancho no bar da escola, mas o João não.
A Joana come pipocas no cinema.
Disjunção ou O Rui foi ao museu.
Condicional se...então, implica, logo, somente se
Neste caso, não temos um argumento, porque não há
Bi- ...se, e somente se...; ...é condição nenhuma pretensão de justificar uma proposição com base
condicional necessária que ... nas outras. Nem há nenhuma pretensão de apresentar um
conjunto de proposições com alguma relação entre si. Há
apenas uma sequência de afirmações. E um argumento é,
ALGUMAS NOÇÕES DE LÓGICA como já vimos, um conjunto de proposições em que se pre-
tende que uma delas seja sustentada ou justificada pelas
António Aníbal Padrão
outras — o que não acontece no exemplo anterior.
Introdução
Todas as disciplinas têm um objecto de estudo. O objeto Um argumento pode ter uma ou mais premissas, mas só
de estudo de uma disciplina é aquilo que essa disciplina pode ter uma conclusão.
estuda. Então, qual é o objecto de estudo da lógica? O que é
que a lógica estuda? A lógica estuda e sistematiza a validade Exemplos de argumentos com uma só premissa:
ou invalidade da argumentação. Também se diz que estuda
inferências ou raciocínios. Podes considerar que argumen- Exemplo 1
tos, inferências e raciocínios são termos equivalentes.
Premissa: Todos os portugueses são europeus.
Muito bem, a lógica estuda argumentos. Mas qual é o in-
Conclusão: Logo, alguns europeus são portugueses.
teresse disso para a filosofia? Bem, tenho de te lembrar que
a argumentação é o coração da filosofia. Em filosofia temos a
liberdade de defender as nossas ideias, mas temos de sus- Exemplo 2
tentar o que defendemos com bons argumentos e, é claro,
também temos de aceitar discutir os nossos argumentos. Premissa: O João e o José são alunos do 11.º ano.
Conclusão: Logo, o João é aluno do 11.º ano.
Os argumentos constituem um dos três elementos cen-
trais da filosofia. Os outros dois são os problemas e as teori- Exemplos de argumentos com duas premissas:
as. Com efeito, ao longo dos séculos, os filósofos têm procu-
rado resolver problemas, criando teorias que se apoiam em Exemplo 1
argumentos.
Premissa 1: Se o João é um aluno do 11.º ano, então es-
Estás a ver por que é que o estudo dos argumentos é im- tuda filosofia.
portante, isto é, por que é que a lógica é importante. É impor- Premissa 2: O João é um aluno do 11.º ano.
tante, porque nos ajuda a distinguir os argumentos válidos Conclusão: Logo, o João estuda filosofia.
dos inválidos, permite-nos compreender por que razão uns

Raciocínio Lógico 4
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Exemplo 2 Por outro lado, aqueles indicadores (palavras e expres-


sões) podem aparecer em frases sem que essas frases se-
Premissa 1: Se não houvesse vida para além da morte, jam premissas ou conclusões de argumentos. Por exemplo,
então a vida não faria sentido. se eu disser:
Premissa 2: Mas a vida faz sentido.
Conclusão: Logo, há vida para além da morte. Depois de se separar do dono, o cão nunca mais foi o
mesmo. Então, um dia ele partiu e nunca mais foi visto.
Exemplo 3: Admitindo que não morreu, onde estará?

Premissa 1: Todos os minhotos são portugueses. O que se segue à palavra "Então" não é conclusão de
Premissa 2: Todos os portugueses são europeus. nenhum argumento, e o que segue a "Admitindo que" não é
Conclusão: Todos os minhotos são europeus. premissa, pois nem sequer tenho aqui um argumento. Por
isso, embora seja útil, deves usar a informação do quadro de
É claro que a maior parte das vezes os argumentos indicadores de premissa e de conclusão criticamente e não
não se apresentam nesta forma. Repara, por exemplo, no de forma automática.
argumento de Kant a favor do valor objectivo da felicida- Proposições e frases
de, tal como é apresentado por Aires Almeida et al.
(2003b) no site de apoio ao manual A Arte de Pensar: Um argumento é um conjunto de proposições. Quer as
premissas quer a conclusão de um argumento são proposi-
"De um ponto de vista imparcial, cada pessoa é um ções. Mas o que é uma proposição?
fim em si. Mas se cada pessoa é um fim em si, a felicida-
de de cada pessoa tem valor de um ponto de vista impar- Uma proposição é o pensamento que uma frase
cial e não apenas do ponto de vista de cada pessoa. Da- declarativa exprime literalmente.
do que cada pessoa é realmente um fim em si, podemos
concluir que a felicidade tem valor de um ponto de vista Não deves confundir proposições com frases. Uma frase
imparcial." é uma entidade linguística, é a unidade gramatical mínima de
sentido. Por exemplo, o conjunto de palavras "Braga é uma"
Neste argumento, a conclusão está claramente identifica- não é uma frase. Mas o conjunto de palavras "Braga é uma
da ("podemos concluir que..."), mas nem sempre isto aconte- cidade" é uma frase, pois já se apresenta com sentido gra-
ce. Contudo, há certas expressões que nos ajudam a perce- matical.
ber qual é a conclusão do argumento e quais são as premis-
sas. Repara, no argumento anterior, na expressão "dado Há vários tipos de frases: declarativas, interrogativas, im-
que". Esta expressão é um indicador de premissa: ficamos a perativas e exclamativas. Mas só as frases declarativas ex-
saber que o que se segue a esta expressão é uma premissa primem proposições. Uma frase só exprime uma proposição
do argumento. Também há indicadores de conclusão: dois quando o que ela afirma tem valor de verdade.
dos mais utilizados são "logo" e "portanto".
Por exemplo, as seguintes frases não exprimem proposi-
Um indicador é um articulador do discurso, é uma palavra ções, porque não têm valor de verdade, isto é, não são ver-
ou expressão que utilizamos para introduzir uma razão (uma dadeiras nem falsas:
premissa) ou uma conclusão. O quadro seguinte apresenta
alguns indicadores de premissa e de conclusão: 1. Que horas são?
2. Traz o livro.
3. Prometo ir contigo ao cinema.
Indicadores de premis- Indicadores de conclu- 4. Quem me dera gostar de Matemática.
sa são
Mas as frases seguintes exprimem proposições, porque
têm valor de verdade, isto é, são verdadeiras ou falsas, ainda
pois por isso que, acerca de algumas, não saibamos, neste momento, se
porque por conseguinte são verdadeiras ou falsas:
dado que implica que
como foi dito logo 1. Braga é a capital de Portugal.
visto que portanto 2. Braga é uma cidade minhota.
devido a então 3. A neve é branca.
a razão é que daí que 4. Há seres extraterrestres inteligentes.
admitindo que segue-se que
sabendo-se que pode-se inferir que A frase 1 é falsa, a 2 e a 3 são verdadeiras. E a 4? Bem,
assumindo que consequentemente não sabemos qual é o seu valor de verdade, não sabemos se
é verdadeira ou falsa, mas sabemos que tem de ser verda-
deira ou falsa. Por isso, também exprime uma proposição.
É claro que nem sempre as premissas e a conclusão são
precedidas por indicadores. Por exemplo, no argumento: Uma proposição é uma entidade abstracta, é o pensa-
mento que uma frase declarativa exprime literalmente. Ora,
O Mourinho é treinador de futebol e ganha mais de 100000 um mesmo pensamento pode ser expresso por diferentes
euros por mês. Portanto, há treinadores de futebol que ga- frases. Por isso, a mesma proposição pode ser expressa por
nham mais de 100000 euros por mês. diferentes frases. Por exemplo, as frases "O governo demitiu
o presidente da TAP" e "O presidente da TAP foi demitido
A conclusão é precedida do indicador "Portanto", mas as pelo governo" exprimem a mesma proposição. As frases
premissas não têm nenhum indicador. seguintes também exprimem a mesma proposição: "A neve é
branca" e "Snow is white".

Raciocínio Lógico 5
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Ambiguidade e vagueza Este argumento é válido, pois é impossível que a


premissa seja verdadeira e a conclusão falsa. Ao contrá-
Para além de podermos ter a mesma proposição expres- rio do argumento que envolve o Mourinho, neste não po-
sa por diferentes frases, também pode acontecer que a demos imaginar nenhuma circunstância em que a premis-
mesma frase exprima mais do que uma proposição. Neste sa seja verdadeira e a conclusão falsa. Podes imaginar o
caso dizemos que a frase é ambígua. A frase "Em cada dez
caso em que o João não é aluno do 11.º ano. Bem, isto
minutos, um homem português pega numa mulher ao colo" é significa que a conclusão é falsa, mas a premissa também
ambígua, porque exprime mais do que uma proposição: tanto é falsa.
pode querer dizer que existe um homem português (sempre
o mesmo) que, em cada dez minutos, pega numa mulher ao
colo, como pode querer dizer que, em cada dez minutos, um Repara, agora, no seguinte argumento:
homem português (diferente) pega numa mulher ao colo (a
sua). Premissa 1: Todos os números primos são pares.
Premissa 2: Nove é um número primo.
Por vezes, deparamo-nos com frases que não sabemos Conclusão: Logo, nove é um número par.
com exactidão o que significam. São as frases vagas. Uma
frase vaga é uma frase que dá origem a casos de fronteira Este argumento é válido, apesar de quer as premissas
indecidíveis. Por exemplo, "O professor de Filosofia é calvo" quer a conclusão serem falsas. Continua a aplicar-se a no-
é uma frase vaga, porque não sabemos a partir de quantos ção de validade dedutiva anteriormente apresentada: é im-
cabelos é que podemos considerar que alguém é calvo. possível que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão
Quinhentos? Cem? Dez? Outro exemplo de frase vaga é o falsa. A validade de um argumento dedutivo depende da
seguinte: "Muitos alunos tiveram negativa no teste de Filoso- conexão lógica entre as premissas e a conclusão do argu-
fia". Muitos, mas quantos? Dez? Vinte? Em filosofia devemos mento e não do valor de verdade das proposições que cons-
evitar as frases vagas, pois, se não comunicarmos com exac- tituem o argumento. Como vês, a validade é uma proprieda-
tidão o nosso pensamento, como é que podemos esperar de diferente da verdade. A verdade é uma propriedade das
que os outros nos compreendam? proposições que constituem os argumentos (mas não dos
argumentos) e a validade é uma propriedade dos argumen-
Validade e verdade tos (mas não das proposições).
A verdade é uma propriedade das proposições. A valida-
de é uma propriedade dos argumentos. É incorrecto falar em Então, repara que podemos ter:
proposições válidas. As proposições não são válidas nem
inválidas. As proposições só podem ser verdadeiras ou fal- Argumentos válidos, com premissas verdadeiras e conclu-
sas. Também é incorrecto dizer que os argumentos são ver- são verdadeira;
dadeiros ou que são falsos. Os argumentos não são verda-
deiros nem falsos. Os argumentos dizem-se válidos ou invá- Argumentos válidos, com premissas falsas e conclusão
lidos. falsa;

Quando é que um argumento é válido? Por agora, referi- Argumentos válidos, com premissas falsas e conclusão
rei apenas a validade dedutiva. Diz-se que um argumento verdadeira;
dedutivo é válido quando é impossível que as suas premis-
sas sejam verdadeiras e a conclusão falsa. Repara que, para Argumentos inválidos, com premissas verdadeiras e con-
um argumento ser válido, não basta que as premissas e a clusão verdadeira;
conclusão sejam verdadeiras. É preciso que seja impossível
que sendo as premissas verdadeiras, a conclusão seja falsa. Argumentos inválidos, com premissas verdadeiras e con-
clusão falsa;
Considera o seguinte argumento:
Argumentos inválidos, com premissas falsas e conclusão
Premissa 1: Alguns treinadores de futebol ganham mais falsa; e
de 100000 euros por mês.
Premissa 2: O Mourinho é um treinador de futebol. Argumentos inválidos, com premissas falsas e conclusão
Conclusão: Logo, o Mourinho ganha mais de 100000 verdadeira.
euros por mês.
Mas não podemos ter:
Neste momento (Julho de 2004), em que o Mourinho é
treinador do Chelsea e os jornais nos informam que ganha
Argumentos válidos, com premissas verdadeiras e conclu-
muito acima de 100000 euros por mês, este argumento tem
são falsa.
premissas verdadeiras e conclusão verdadeira e, contudo,
não é válido. Não é válido, porque não é impossível que as
premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa. Podemos Como podes determinar se um argumento dedutivo é vá-
perfeitamente imaginar uma circunstância em que o Mouri- lido? Podes seguir esta regra:
nho ganhasse menos de 100000 euros por mês (por exem-
plo, o Mourinho como treinador de um clube do campeonato Mesmo que as premissas do argumento não sejam verda-
regional de futebol, a ganhar 1000 euros por mês), e, neste deiras, imagina que são verdadeiras. Consegues imaginar
caso, a conclusão já seria falsa, apesar de as premissas alguma circunstância em que, considerando as premissas
serem verdadeiras. Portanto, o argumento é inválido. verdadeiras, a conclusão é falsa? Se sim, então o argumento
não é válido. Se não, então o argumento é válido.
Considera, agora, o seguinte argumento, anteriormente
apresentado: Lembra-te: num argumento válido, se as premissas forem
verdadeiras, a conclusão não pode ser falsa.
Premissa: O João e o José são alunos do 11.º ano.
Conclusão: Logo, o João é aluno do 11.º ano.

Raciocínio Lógico 6
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Argumentos sólidos e argumentos bons O que temos aqui? O seguinte argumento:


Em filosofia não é suficiente termos argumentos válidos,
pois, como viste, podemos ter argumentos válidos com con- Preciso de um aumento da "mesada".
clusão falsa (se pelo menos uma das premissas for falsa). Logo, preciso de um aumento da "mesa-
Em filosofia pretendemos chegar a conclusões verdadeiras. da".
Por isso, precisamos de argumentos sólidos.
Afinal, querias justificar o aumento da "mesada" (conclu-
Um argumento sólido é um argumento válido são) e não conseguiste dar nenhuma razão plausível para
com premissas verdadeiras. esse aumento. Limitaste-te a dizer "Porque sim", ou seja,
"Preciso de um aumento da 'mesada', porque preciso de um
aumento da 'mesada'". Como vês, trata-se de um argumento
Um argumento sólido não pode ter conclusão falsa, pois,
muito mau, pois com um argumento deste tipo não conse-
por definição, é válido e tem premissas verdadeiras; ora, a gues persuadir ninguém.
validade exclui a possibilidade de se ter premissas verdadei-
ras e conclusão falsa.
Mas não penses que só os argumentos em que a conclu-
são repete a premissa é que são maus. Um argumento é
O seguinte argumento é válido, mas não é sólido: mau (ou fraco) se as premissas não forem mais plausíveis do
que a conclusão. É o que acontece com o seguinte argumen-
Todos os minhotos são alentejanos. to:
Todos os bracarenses são minhotos.
Logo, todos os bracarenses são alenteja- Se a vida não faz sentido, então Deus não
nos. existe.
Mas Deus existe.
Este argumento não é sólido, porque a primeira premissa Logo, a vida faz sentido.
é falsa (os minhotos não são alentejanos). E é porque tem
uma premissa falsa que a conclusão é falsa, apesar de o Este argumento é válido, mas não é um bom argumento,
argumento ser válido. porque as premissas não são menos discutíveis do que a
conclusão.
O seguinte argumento é sólido (é válido e tem premissas
verdadeiras): Para que um argumento seja bom (ou forte), as premis-
sas têm de ser mais plausíveis do que a conclusão, como
Todos os minhotos são portugueses. acontece no seguinte exemplo:
Todos os bracarenses são minhotos.
Logo, todos os bracarenses são portugue-
Se não se aumentarem os níveis de exigência de estudo e de
ses. trabalho dos alunos no ensino básico, então os alunos conti-
nuarão a enfrentar dificuldades quando chegarem ao ensino
Também podemos ter argumentos sólidos deste tipo: secundário.

Sócrates era grego. Ora, não se aumentaram os níveis de exigência de estudo e


Logo, Sócrates era grego. de trabalho dos alunos no ensino básico.

(É claro que me estou a referir ao Sócrates, filósofo grego Logo, os alunos continuarão a enfrentar dificuldades quando
e mestre de Platão, e não ao Sócrates, candidato a secretá- chegarem ao ensino secundário.
rio geral do Partido Socialista. Por isso, a premissa e a con-
clusão são verdadeiras.)
Este argumento pode ser considerado bom (ou forte),
porque, além de ser válido, tem premissas menos discutíveis
Este argumento é sólido, porque tem premissa verdadeira do que a conclusão.
e é impossível que, sendo a premissa verdadeira, a conclu-
são seja falsa. É sólido, mas não é um bom argumento, por- As noções de lógica que acabei de apresentar são ele-
que a conclusão se limita a repetir a premissa.
mentares, é certo, mas, se as dominares, ajudar-te-ão a
fazer um melhor trabalho na disciplina de Filosofia e, porven-
Um argumento bom (ou forte) é um argumento válido per- tura, noutras.
suasivo (persuasivo, do ponto de vista racional).
Proposições simples e compostas
Fica agora claro por que é que o argumento "Sócrates era
grego; logo, Sócrates era grego", apesar de sólido, não é um
As proposições simples ou atômicas são assim caracteri-
bom argumento: a razão que apresentamos a favor da con-
zadas por apresentarem apenas uma idéia. São indicadas
clusão não é mais plausível do que a conclusão e, por isso, o
pelas letras minúsculas: p, q, r, s, t...
argumento não é persuasivo.
As proposições compostas ou moleculares são assim ca-
Talvez recorras a argumentos deste tipo, isto é, argumen-
racterizadas por apresentarem mais de uma proposição
tos que não são bons (apesar de sólidos), mais vezes do que
conectadas pelos conectivos lógicos. São indicadas pelas
imaginas. Com certeza, já viveste situações semelhantes a
letras maiúsculas: P, Q, R, S, T...
esta:
Obs: A notação Q(r, s, t), por exemplo, está indicando
— Pai, preciso de um aumento da "mesa-
que a proposição composta Q é formada pelas proposições
da".
simples r, s e t.
— Porquê?
— Porque sim. Exemplo:
Proposições simples:

Raciocínio Lógico 7
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p: O número 24 é múltiplo de 3.
q: Brasília é a capital do Brasil. Silogismo é o raciocínio composto de três proposições,
r: 8 + 1 = 3 . 3 dispostas de tal maneira que a terceira, chamada conclusão,
s: O número 7 é ímpar deriva logicamente das duas primeiras, chamadas premis-
t: O número 17 é primo sas.
Proposições compostas
P: O número 24 é divisível por 3 e 12 é o dobro de 24. Todo silogismo regular contém, portanto, três proposi-
Q: A raiz quadrada de 16 é 4 e 24 é múltiplo de 3. ções nas quais três termos são comparados, dois a dois.
R(s, t): O número 7 é ímpar e o número 17 é primo. Exemplo: toda a virtude é louvável; ora, a caridade é uma
virtude; logo, a caridade é louvável (1).
Noções de Lógica
Sérgio Biagi Gregório 5. SOFISMA

1. CONCEITO DE LÓGICA Sofisma é um raciocínio falso que se apresenta com apa-


rência de verdadeiro. Todo erro provém de um raciocínio
Lógica é a ciência das leis ideais do pensamento e a arte ilegítimo, portanto, de um sofisma.
de aplicá-los à pesquisa e à demonstração da verdade.
O erro pode derivar de duas espécies de causas:
Diz-se que a lógica é uma ciência porque constitui um das palavras que o exprimem ou das idéias que o constitu-
sistema de conhecimentos certos, baseados em princípios em. No primeiro, os sofismas de palavras ou verbais; no
universais. Formulando as leis ideais do bem pensar, a lógica segundo, os sofismas de idéias ou intelectuais.
se apresenta como ciência normativa, uma vez que seu obje-
to não é definir o que é, mas o que deve ser, isto é, Exemplo de sofisma verbal: usar mesma palavra com
as normas do pensamento correto. duplo sentido; tomar a figura pela realidade.

A lógica é também uma arte porque, ao mesmo tempo Exemplo de sofisma intelectual: tomar por essencial o
que define os princípios universais do pensamento, estabele- que é apenas acidental; tomar por causa um simples ante-
ce as regras práticas para o conhecimento da verdade (1). cedente ou mera circunstância acidental (3).

2. EXTENSÃO E COMPREENSÃO DOS CONCEITOS


LÓGICA
Ao examinarmos um conceito, em termos lógicos, deve-
mos considerar a sua extensão e a sua compreensão. Lógica - do grego logos significa “palavra”, “expressão”,
“pensamento”, “conceito”, “discurso”, “razão”. Para Aristóte-
Vejamos, por exemplo, o conceito homem. les, a lógica é a “ciência da demonstração”; Maritain a define
como a “arte que nos faz proceder, com ordem, facilmente e
A extensão desse conceito refere-se a todo o conjunto sem erro, no ato próprio da razão”; para Liard é “a ciência
de indivíduos aos quais se possa aplicar a designação ho- das formas do pensamento”. Poderíamos ainda acrescentar:
mem. “É a ciência das leis do pensamento e a arte de aplicá-las
corretamente na procura e demonstração da verdade.
A compreensão do conceito homem refere-se ao conjun-
to de qualidades que um indivíduo deve possuir para ser A filosofia, no correr dos séculos, sempre se preocupou
designado pelo termo homem: animal, vertebrado, mamífero, com o conhecimento, formulando a esse respeito várias
bípede, racional. questões: Qual a origem do conhecimento? Qual a sua es-
sência? Quais os tipos de conhecimentos? Qual o critério da
Esta última qualidade é aquela que efetivamente distin- verdade? É possível o conhecimento? À lógica não interessa
gue o homem dentre os demais seres vivos (2). nenhuma dessas perguntas, mas apenas dar as regrasdo
pensamento correto. A lógica é, portanto, uma disciplina
3. JUÍZO E O RACIOCÍNIO propedêutica.

Entende-se por juízo qualquer tipo de afirmação ou ne- Aristóteles é considerado, com razão, o fundador da lógi-
gação entre duas idéias ou dois conceitos. Ao afirmarmos, ca. Foi ele, realmente, o primeiro a investigar, cientificamen-
por exemplo, que “este livro é de filosofia”, acabamos de te, as leis do pensamento. Suas pesquisas lógicas foram
formular um juízo. reunidas, sob o nome de Organon, por Diógenes Laércio. As
leis do pensamento formuladas por Aristóteles se caracteri-
O enunciado verbal de um juízo é denomina- zam pelo rigor e pela exatidão. Por isso, foram adotadas
do proposição ou premissa. pelos pensadores antigos e medievais e, ainda hoje, são
admitidas por muitos filósofos.
Raciocínio - é o processo mental que consiste em coor-
denar dois ou mais juízos antecedentes, em busca de um O objetivo primacial da lógica é, portanto, o estudo da in-
juízo novo, denominado conclusão ou inferência. teligência sob o ponto de vista de seu uso no conhecimento.
É ela que fornece ao filósofo o instrumento e a técnica ne-
Vejamos um exemplo típico de raciocínio: cessária para a investigação segura da verdade. Mas, para
1ª) premissa - o ser humano é racional; atingir a verdade, precisamos partir de dados exatos e racio-
2ª) premissa - você é um ser humano; cinar corretamente, a fim de que o espírito não caia em con-
conclusão - logo, você é racional. tradição consigo mesmo ou com os objetos, afirmando-os
diferentes do que, na realidade, são. Daí as várias divisões
O enunciado de um raciocínio através da linguagem fala- da lógica.
da ou escrita é chamado de argumento. Argumentar signifi-
ca, portanto, expressar verbalmente um raciocínio (2). Assim sendo, a extensão e compreensão do conceito, o
juízo e o raciocínio, o argumento, o silogismo e o sofisma são
4. SILOGISMO estudados dentro do tema lógica. O silogismo, que é um

Raciocínio Lógico 8
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raciocínio composto de três proposições, dispostos de tal - TAUTOLOGIA


maneira que a terceira, chamada conclusão, deriva logica-
mente das duas primeiras chamadas premissas, tem lugar de A origem do termo vem de do grego tautó, que significa "o
destaque. É que todos os argumentos começam com uma mesmo", mais logos, que significa "assunto".Portanto, tauto-
afirmação caminhando depois por etapas até chegar à con- logia é dizer sempre a mesma coisa em termos diferentes.
clusão. Sérgio Biagi Gregório
Em filosofia diz-se que um argumento é tautológico quan-
PROPOSIÇÃO do se explica por ele próprio, às vezes redundante
ou falaciosamente.
Denomina-se proposição a toda frase declarativa, expressa
em palavras ou símbolos, que exprima um juízo ao qual se Por exemplo, dizer que "o mar é azul porque reflete a
possa atribuir, dentro de certo contexto, somente um de dois cor do céu e o céu é azul por causa do mar" é uma afirma-
valores lógicos possíveis: verdadeiro ou falso. tiva tautológica.
São exemplos de proposições as seguintes sentenças Um exemplo de dito popular tautológico é "tudo o que é
declarativas: demais sobra".
A capital do Brasil é Brasília.
23 > 10 Ela é uma palavra usada na terminologia própria da Lógica e
Existe um número ímpar menor que dois. da Retórica.
João foi ao cinema ou ao teatro. Tautologia é uma proposição dada como explicação ou
como prova, mas que, na realidade, apenas repete o que foi
Não são proposições: dito.
1) frases interrogativas: “Qual é o seu nome?”
2) frases exclamativas: “Que linda é essa mulher!” Exemplo clássico é o famoso 'subir para cima' ou
3) frases imperativas: “Estude mais.” o 'descer para baixo' (dizem que devemos evitar uso das
4) frases optativas: “Deus te acompanhe.” repetições desnecessárias).
5) frases sem verbo: “O caderno de Maria.”
6) sentenças abertas (o valor lógico da sentença depende do
valor (do nome) atribuído a variável): ARGUMENTO
“x é maior que 2”; “x+y = 10”; “Z é a capital do Chile”. Um argumento pode ser definido como uma afirmação
acompanhada de justificativa (argumento retórico) ou como
PROPOSIÇÃO CATEGÓRICA uma justaposição de duas afirmações opostas, argumento e
contra-argumento (argumento dialógico)1 .
Proposição categórica faz uma afirmação da qual não fi-
caremos com duvidas. Na lógica, um argumento é um conjunto de uma ou mais
sentenças declarativas, também conhecidas como
Por exemplo: “O produto será entregue hoje”. Temos proposições, ou ainda, premissas, acompanhadas de uma
certeza de que o produto será entregue hoje. outra frase declarativa conhecida comoconclusão.
Mas, se a frase fosse: “Talvez o produto seja entregue
hoje” ou “O produto poderá ser entregue hoje”, toda a
Um argumento dedutivo afirma que a verdade de uma
certeza se esvai.
conclusão é uma consequência lógica daspremissas que a
antecedem.
Essas não são proposições categóricas, e somos deixa-
dos na dúvida sobre quando o produto realmente será entre-
gue. Um argumento indutivo afirma que a verdade da
Um argumento categórico (formado por proposições ca- conclusão é apenas apoiada pelas premissas.
tegóricas) é, então, o mais efetivo dos argumentos porque
nos fornece certo conhecimento. Toda premissa, assim como toda conclusão, pode ser
apenas verdadeira ou falsa; nunca pode ser ambígua.
- PROPOSIÇÃO HIPOTÉTICA.
A Hipótese (do gr. Hypóthesis) é uma proposição que se Em funçao disso, as frases que apresentam um
admite de modo provisório como verdadeira e como ponto de argumento são referidas como sendo verdadeiras ou falsas,
partida a partir do qual se pode deduzir, pelas regras da e em consequência, são válidas ou são inválidas.
lógica, um conjunto secundário de proposições, que têm por
objetivo elucidar o mecanismo associado às evidências e Alguns autores referem-se à conclusão das premissas
dados experimentais a se explicar. usando os termos declaração, frase, afirmação ou
proposição.
Literalmente pode ser compreendida como uma suposi-
ção ou proposição na forma de pergunta, uma conjetura que A razão para a preocupação com a verdade
orienta uma investigação por antecipar características prová- é ontológica quanto ao significado dos termos (proposições)
veis do objeto investigado e que vale quer pela concordância em particular. Seja qual termo for utilizado, toda premissa,
com os fatos conhecidos quer pela confirmação através de bem como a conclusão, deve ser capaz de ser apenas
deduções lógicas dessas características, quer pelo confronto verdadeira ou falsa e nada mais: elas devem
com os resultados obtidos via novos caminhos de investiga- ser truthbearers ("portadores de verdade", em português).
ção (novas hipóteses e novos experimentos).
Não é possível provar ou refutar uma hipótese, mas confir- Argumentos formais e argumentos informais
má-la ou invalidá-la: provar e confirmar são coisas diferentes
embora divisadas por uma linha tênue. Entretanto, para as
questões mais complexas, lembre-se, podem existir muitas Argumentos informais são estudados na lógica informal.
explicações possíveis, uma ou duas experiências talvez não São apresentados em linguagem comum e se destinam a ser
provem ou refutar uma hipótese. o nosso discurso diário. Argumentos Formais são estudados
na lógica formal (historicamente chamada lógica simbólica,

Raciocínio Lógico 9
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mais comumente referida como lógica matemática) e são argumentos são válidos. Uma vez que a validade de um
expressos em uma linguagem formal. Lógica informal pode argumento depende da sua forma, um argumento pode ser
chamar a atenção para o estudo da argumentação, que demonstrado como inválido, mostrando que a sua forma é
enfatiza implicação, lógica formal e de inferência. inválida, e isso pode ser feito, dando um outro argumento da
mesma forma que tenha premissas verdadeiras mas uma
Argumentos dedutivos falsa conclusão. Na lógica informal este argumento é
chamado de contador.
O argumento dedutivo é uma forma de raciocínio que
geralmente parte de uma verdade universal e chega a uma A forma de argumento pode ser demonstrada através da
verdade menos universal ou singular. Esta forma de utilização de símbolos. Para cada forma de argumento,
raciocínio é válida quando suas premissas, sendo existe um forma de declaração correspondente, chamado
verdadeiras, fornecem provas evidentes para sua conclusão. de Correspondente Condicional. Uma forma de argumento é
Sua característica principal é a necessidade, uma vez que válida Se e somente se o seu correspondente condicional é
nós admitimos como verdadeira as premissas teremos que uma verdade lógica. A declaração é uma forma lógica de
admitir a conclusão como verdadeira, pois a conclusão verdade, se é verdade sob todas as interpretações. Uma
decorre necessariamente das premissas. Dessa forma, o forma de declaração pode ser mostrada como sendo uma
argumento deve ser considerado válido. “Um raciocínio lógica de verdade por um ou outro argumento, que mostra se
dedutivo é válido quando suas premissas, se verdadeiras, tratar de uma tautologia por meio de uma prova.
fornecem provas convincentes para sua conclusão, isto é,
quando as premissas e a conclusão estão de tal modo O correspondente condicional de um argumento válido é
relacionados que é absolutamente impossível as premissas necessariamente uma verdade (verdadeiro em todos os
serem verdadeiras se a conclusão tampouco for verdadeira” mundos possíveis) e, por isso, se poderia dizer que a
(COPI, 1978, p.35). Geralmente os argumentos dedutivos conclusão decorre necessariamente das premissas, ou
são estéreis, uma vez que eles não apresentam nenhum resulta de uma necessidade lógica. A conclusão de um
conhecimento novo. Como dissemos, a conclusão já está argumento válido não precisa ser verdadeira, pois depende
contida nas premissas. A conclusão nunca vai além das de saber se suas premissas são verdadeiras.Tal conclusão
premissas. Mesmo que a ciência não faça tanto uso da não precisa ser uma verdade: se fosse assim, seria
dedução em suas descobertas, exceto a matemática, ela independente das premissas. Exemplo: Todos os gregos são
continua sendo o modelo de rigor dentro da lógica. Note que humanos e todos os seres humanos são mortais, portanto,
em todos os argumentos dedutivos a conclusão já está todos os gregos são mortais. Argumento válido, pois se as
contida nas premissas. premissas são verdadeiras a conclusão deve ser verdadeira.

Exemplos
1) Só há movimento no carro se houver combustível.
O carro está em movimento.
Alguns gregos são lógicos e alguns lógicos são chatos,
Logo, há combustível no carro.
por isso, alguns gregos são chatos. Este argumento é
inválido porque todos os chatos lógicos poderiam ser
2) Tudo que respira é um ser vivo.
romanos!
A planta respira.
Logo, a planta é um ser vivo.
Ou estamos todos condenados ou todos nós somos
3) O som não se propaga no vácuo. salvos, não somos todos salvos por isso estamos todos
Na lua tem vácuo. condenados. Argumento válido,pois as premissas implicam a
Logo, não há som na lua. conclusão. (Lembre-se que não significa que a conclusão
tem de ser verdadeira, apenas se as premissas são
4) Só há fogo se houver oxigênio verdadeiras e, talvez, eles não são, talvez algumas pessoas
Na lua não há oxigênio. são salvas e algumas pessoas são condenadas, e talvez
Logo, na lua não pode haver fogo. alguns nem salvos nem condenados!)

5) P=Q Argumentos podem ser invalidados por uma variedade de


Q=R razões. Existem padrões bem estabelecidos de raciocínio
Logo, P=R que tornam argumentos que os seguem inválidos; esses
padrões são conhecidos como falácias lógicas.

Validade Solidez de um argumento

Argumentos tanto podem ser válidos ou inválidos. Se um Um argumento sólido é um argumento válido com as
argumento é válido, e a sua premissa é verdadeira, a premissas verdadeiras. Um argumento sólido pode ser válido
conclusão deve ser verdadeira: um argumento válido não e, tendo ambas as premissas verdadeiras, deve seguir uma
pode ter premissa verdadeira e uma conclusão falsa. conclusão verdadeira.

A validade de um argumento depende, porém, da real Argumentos indutivos


veracidade ou falsidade das suas premissas e e de sua
conclusões. No entanto, apenas o argumento possui uma Lógica indutiva é o processo de raciocínio em que as
forma lógica. A validade de um argumento não é uma premissas de um argumento se baseiam na conclusão, mas
garantia da verdade da sua conclusão. Um argumento válido não implicam nela. Indução é uma forma de raciocínio que
pode ter premissas falsas e uma conclusão falsa. faz generalizações baseadas em casos individuais.

A Lógica visa descobrir as formas válidas, ou seja, as Indução matemática não deve ser incorretamente
formas que fazer argumentos válidos. Uma Forma de interpretada como uma forma de raciocínio indutivo, que é
Argumento é válida se e somente se todos os seus considerado não-rigoroso em matemática. Apesar do nome,

Raciocínio Lógico 10
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a indução matemática é uma forma de raciocínio dedutivo e é interlocutor a relação simétrica. As premissas são discutidas,
totalmente rigorosa. bem como a validade das inferências intermediárias.

Nos argumentos indutivos as premissas dão alguma A retórica é a técnica de convencer o interlocutor através
evidência para a conclusão. Um bom argumento indutivo terá da oratória, ou outros meios de comunicação.
uma conclusão altamente provável. Neste caso, é bem Classicamente, o discurso no qual se aplica a retórica é
provável que a conclusão realizar-se-á ou será válida. Diz-se verbal, mas há também — e com muita relevância — o
então que as premissas poderão ser falsas ou verdadeiras e discurso escrito e o discurso visual.
as conclusões poderão ser válidas ou não válidas. Segundo
John Stuart Mill, existem algumas regras que se aplicam aos Dialética significa controvérsia, ou seja, a troca de
argumentos indutivos, que são: O método da concordância, o argumentos e contra-argumentos defendendo proposições. O
método da diferença, e o método das variações resultado do exercício poderá não ser pura e simplesmente
concomitantes. a refutação de um dos tópicos relevantes do ponto de vista,
mas uma síntese ou combinação das afirmações opostas ou,
Argumentação convincente pelo menos, uma transformação qualitativa na direção do
diálogo.
Um argumento é convincente se e somente se a
veracidade das premissas tornar verdade a provável Argumentos em várias disciplinas
conclusão (isto é, o argumento é forte), e as premissas do
argumento são, de fato, verdadeiras. Exemplo: As declarações são apresentadas como argumentos em
todas as disciplinas e em todas as esferas da vida. A Lógica
está preocupada com o que consititui um argumento e quais
Nada Saberei se nada tentar. são as formas de argumentos válidos em todas as
interpretações e, portanto, em todas as disciplinas. Não
existem diferentes formas válidas de argumento, em
disciplinas diferentes.
Falácias e não argumentos
Argumentos matemáticos
Uma falácia é um argumento inválido que parece válido,
ou um argumento válido com premissas "disfarçadas". Em
A base de verdade matemática tem sido objeto de um
primeiro Lugar, as conclusões devem ser declarações,
longo debate. Frege procurou demonstrar, em particular, que
capazes de serem verdadeiras ou falsas. Em segundo lugar
as verdades aritméticas podem ser obtidas a partir de lógicas
não é necessário afirmar que a conclusão resulta das
puramente axiomáticas e, por conseguinte, são, no final,
premissas. As palavras, “por isso”, “porque”, “normalmente” e
lógicas de verdades. Se um argumento pode ser expresso
“consequentemente” separam as premissas a partir da
sob a forma de frases em Lógica Simbólica, então ele pode
conclusão de um argumento, mas isto não é
ser testado através da aplicação de provas. Este tem sido
necessariamente assim. Exemplo: “Sócrates é um homem e
realizado usando Axioma de Peano. Seja como for, um
todos os homens são mortais, logo, Sócrates é mortal”. Isso
argumento em Matemática, como em qualquer outra
é claramente um argumento, já que é evidente que a
disciplina, pode ser considerado válido apenas no caso de
afirmação de que Sócrates é mortal decorre das declarações
poder ser demonstrado que é de uma forma tal que não
anteriores. No entanto: “eu estava com sede e, por isso, eu
possa ter verdadeiras premissas e uma falsa conclusão.
bebi” não é um argumento, apesar de sua aparência. Ele não
está reivindicando que eu bebi por causa da sede, eu poderia
ter bebido por algum outro motivo. Argumentos políticos

Argumentos elípticos Um argumento político é um exemplo de uma


argumentação lógica aplicada a política. Argumentos
Políticos são utilizados por acadêmicos, meios de
Muitas vezes um argumento não é válido, porque existe
comunicação social, candidatos a cargos políticos e
uma premissa que necessita de algo mais para torná-lo
funcionários públicos. Argumentos políticos também são
válido. Alguns escritores, muitas vezes, deixam de fora uma
utilizados por cidadãos comuns em interações de comentar e
premissa estritamente necessária no seu conjunto de
compreender sobre os acontecimentos políticos.
premissas se ela é amplamente aceita e o escritor não
pretende indicar o óbvio. Exemplo: Ferro é um metal, por
isso, ele irá expandir quando aquecido. (premissa FORMA DE UM ARGUMENTO
descartada: todos os metais se expandem quando
aquecidos). Por outro lado, um argumento aparentemente Os argumentos lógicos, em geral, possuem uma
válido pode ser encontrado pela falta de uma premissa - um certa forma (estrutura). Uma estrutura pode ser criada a
"pressuposto oculto" - o que se descartou pode mostrar uma partir da substituição de palavras diferentes ou sentenças,
falha no raciocínio. Exemplo: Uma testemunha que geram uma substituição de letras (variáveis lógicas) ao
fundamentada diz “Ninguém saiu pela porta da frente, exceto logo das linhas da álgebra.
o pastor, por isso, o assassino deve ter saído pela porta dos
fundos”. (hipótese que o pastor não era o assassino). Um exemplo de um argumento:

Retórica, dialética e diálogos argumentativos (1) Todos os humanos são mentirosos. João é humano.
Logo, João é mentiroso.
Considerando que os argumentos são formais (como se
encontram em um livro ou em um artigo de investigação), os Podemos reescrever o argumento separando cada
diálogos argumentativos são dinâmicos. Servem como um sentença em sua determinada linha:
registro publicado de justificação para uma afirmação.
Argumentos podem também ser interativos tendo como (2) Todo humano é mentiroso.

Raciocínio Lógico 11
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(3) João é humano. Definição

(4) Logo, João é mentiroso. O processo pelo qual uma conclusão é inferida a partir de
múltiplas observações é chamado processo dedutivo ou
Substituimos os termos similares de (2-4) por letras, para indutivo, dependendo do contexto. A conclusão pode ser
mostrar a importância da noção de forma de argumento a correta , incorreta, correta dentro de um certo grau de
seguir: precisão, ou correta em certas situações. Conclusões
inferidas a partir de observações múltiplas podem ser
(5) Todo H é M. testadas por observações adicionais.

(6) J é H. Exemplos de Inferência

(7) Logo, J é M. Filósofos gregos definiram uma série de silogismos,


corrigir três inferências de peças, que podem ser usados
como blocos de construção para o raciocínio mais complexo.
O que fizemos em C foi substituir "humano" por "H",
Começamos com o mais famoso de todos eles:
"João" por "J" e "mentiroso" por "M", como resultado dessas
alterações temos que (5-7) é uma forma do argumento
original (1), ou seja (5-7) é a forma de argumento de (1). Todos os homens são mortais
Além disso, cada sentença individual de (5-7) é a forma de
sentença de uma respectiva sentença em (1). Sócrates é um homem

Vale enfatizar que quando dois ou mais argumentos têm Portanto, Sócrates é mortal.
a mesma forma, se um deles é válido, todos os outros
também são, e se um deles é inválido, todos os outros Processo acima é chamado de dedutivo.
também são.
O leitor pode verificar que as premissas e a conclusão
A CONTRARIO são verdadeiras, mas a lógica segue junto com inferência: a
verdade da conclusão segue da verdade das premissas? A
A contrario (ou a contrario sensu1 ) é uma locução validade de uma inferência depende da forma da inferência.
latina que qualifica um processo de argumentação em que a Isto é, a palavra "válido" não se refere à verdade das
forma é idêntica a outro processo de argumentação, mas em premissas ou a conclusão, mas sim a forma da inferência.
que a hipótese e, por consequência, a conclusão são as Uma inferência pode ser válida, mesmo se as partes são
inversas deste último.2 Tal como na locução "a pari", usava- falsos, e pode ser nulo, mesmo se as peças são verdadeiras.
se originalmente, em linguagem jurídica, para se referir a um Mas uma forma válida e com premissas verdadeiras sempre
argumento que, usado a respeito de uma dada espécie, terá uma conclusão verdadeira.
poderia ser aplicado a outra espécie do mesmo género. considere o seguinte exemplo:
Tornou-se posteriormente um tipo de raciocínio aplicável a
outros campos do conhecimento em que a oposição Todos os frutos são doces.
existente numa hipótese se reencontra também como A banana é uma fruta.
oposição nas consequências dessa hipótese.3 Portanto, a banana é doce.
Muito utilizado em Direito, o argumento "a contrario" tem Para a conclusão ser necessariamente verdadeira, as
de ser fundamentado nas leis lógicas de oposição por premissas precisam ser verdadeiras.
contrários, para que não se caia num
argumentofalacioso.4 Assim, se duas proposições contrárias Agora nos voltamos para um forma inválida.
não podem ser simultaneamente verdadeiras, podem ser
simultaneamente falsas, já que podem admitir a particular Todo A é B.
intermédia. Por exemplo, à proposição verdadeira "todos os C é um B.
portugueses têm direito à segurança social" opõe-se a Portanto, C é um A.
proposição falsa "nenhum português tem direito à segurança Para mostrar que esta forma é inválida, buscamos
social"; contudo, o contrário da proposição falsa "todos os demonstrar como ela pode levar a partir de premissas
portugueses têm direito de voto" continua a ser falsa a verdadeiras para uma conclusão falsa.
proposição "nenhum português tem direito de voto", já que
existe um meio termo verdadeiro: "alguns portugueses têm Todas as maçãs são frutas. (Correto)
direito de voto". Da mesma forma, ao estar consignado na Bananas são frutas. (Correto)
Constituição Portuguesa que "a lei estabelecerá garantias Portanto, as bananas são maçãs. (Errado)
efectivas contra a obtenção e utilização abusivas, ou Um argumento válido com premissas falsas podem levar
contrárias à dignidade humana, de informações relativas às a uma falsa conclusão:
pessoas e famílias", pode-se inferir que "A lei poderá não
estabelecerá garantias efectivas contra a obtenção e Todas as pessoas gordas são gregas.
utilização abusivas, ou contrárias à dignidade humana, de John Lennon era gordo.
informações relativas às pessoas e famílias". Portanto, John Lennon era grego.

Inferência Quando um argumento válido é usado para derivar uma


conclusão falsa de premissas falsas, a inferência é válida,
Inferência, em Lógica, é o ato ou processo de derivar pois segue a forma de uma inferência correta. Um argumento
conclusões lógicas de premissas conhecida ou válido pode também ser usado para derivar uma conclusão
decididamente verdadeiras. A conclusão também é chamada verdadeira a partir de premissas falsas:
de idiomática.
Todas as pessoas gordas são músicos
John Lennon era gordo

Raciocínio Lógico 12
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Portanto, John Lennon era um músico partes menores. Não era possível mostrar como "Vacas são
animais" leva a concluir que "Partes de vacas são partes de
Neste caso, temos duas falsas premissas que implicam animais".
uma conclusão verdadeira.
A lógica sentencial explica como funcionam palavras
Inferência incorreta como "e", "mas", "ou", "não", "se-então", "se e somente se", e
"nem-ou". Frege expandiu a lógica para incluir palavras como
Uma inferência incorreta é conhecida como uma falácia. "todos", "alguns", e "nenhum". Ele mostrou como podemos
Os filósofos que estudam lógica informal compilaram grandes introduzir variáveis e quantificadores para reorganizar
listas deles, e os psicólogos cognitivos têm documentado sentenças.
muitas vieses de raciocínio humano que favorecem o • "Todos os humanos são mortais" se torna "Para todo
raciocínio incorreto. x, se x é humano, então x é mortal.".

Inferência logica automática


• "Alguns humanos são vegetarianos" se torna "Existe
Os sistemas de IA primeiro providenciaram "inferência
algum (ao menos um) x tal que x é humano e x é
logica automática". Uma vez que estes já foram temas de
vegetariano".
investigação extremamente popular, levaram a aplicações
industriais sob a forma de sistemas especialistas e depois
"business rule engines".

O trabalho de um sistema de inferência é a de estender Frege trata sentenças simples sem substantivos como
uma base de conhecimento automaticamente. A base de predicados e aplica a eles to "dummy objects" (x). A estrutura
conhecimento (KB) é um conjunto de proposições que lógica na discussão sobre objetos pode ser operada de
representam o que o sistema sabe sobre o mundo. Várias acordo com as regras da lógica sentencial, com alguns
técnicas podem ser utilizadas pelo sistema para estender KB detalhes adicionais para adicionar e remover quantificadores.
por meio de inferências válidas. O trabalho de Frege foi um dos que deu início à lógica formal
contemporânea.
RACIOCÍNIO
Frege adiciona à lógica sentencial:
• o vocabulário de quantificadores (o A de ponta-
O Raciocínio (ou raciocinar) é uma
cabeça, e o E invertido) e variáveis;
operação lógica discursiva e mental. Neste, o intelecto
humano utiliza uma ou mais proposições, para concluir, • e uma semântica que explica que as variáveis
através de mecanismos de comparações e abstrações, quais denotam objetos individuais e que os
são os dados que levam às respostas verdadeiras, falsas ou quantificadores têm algo como a força de "todos" ou
prováveis. Das premissas chegamos a conclusões. "alguns" em relação a esse objetos;
• métodos para usá-los numa linguagem.
Foi pelo processo do raciocínio que ocorreu o
desenvolvimento do método matemático, este considerado Para introduzir um quantificador "todos", você assume
instrumento puramente teórico e dedutivo, que prescinde de uma variável arbitrária, prova algo que deva ser verdadeira, e
dados empíricos. então prova que não importa que variável você escolha, que
aquilo deve ser sempre verdade. Um quantificador "todos"
pode ser removido aplicando-se a sentença para um objeto
Através da aplicação do raciocínio, as ciências como um
em particular. Um quantificador "algum" (existe) pode ser
todo evoluíram para uma crescente capacidade do intelecto
adicionado a uma sentença verdadeira de qualquer objeto;
em alavancar o conhecimento. Este é utilizado para isolar
pode ser removida em favor de um temo sobre o qual você
questões e desenvolver métodos e resoluções nas mais
ainda não esteja pressupondo qualquer informação.
diversas questões relacionadas à existência e sobrevivência
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
humana.
Lógica De Primeira Ordem
O raciocínio, um mecanismo da inteligência, gerou a
convicção nos humanos de que a razão unida A linguagem da lógica proposicional não é adequada para
à imaginação constituem os instrumentos fundamentais para representar relações entre objetos. Por exemplo, se fôsse-
a compreensão do universo, cuja ordem interna, aliás, tem mos usar uma linguagem proposicional para representar
um caráter racional, portanto, segundo alguns, este processo "João é pai de Maria e José é pai de João" usaríamos duas
é a base do racionalismo. letras sentenciais diferentes para expressar idéias semelhan-
Logo, resumidamente, o raciocínio pode ser considerado tes (por exemplo, P para simbolizar "João é pai de Maria "e Q
também um dos integrantes dos mecanismos dos para simbolizar "José é pai de João" ) e não estaríamos
processos cognitivos superiores da formação de conceitos e captando com esta representação o fato de que as duas
da solução de problemas, sendo parte do pensamento. frases falam sobre a mesma relação de parentesco entre
João e Maria e entre José e João. Outro exemplo do limite do
Lógica De Predicados poder de expressão da linguagem proposicional, é sua inca-
pacidade de representar instâncias de um propriedade geral.
Gottlob Frege, em sua Conceitografia (Begriffsschrift), Por exemplo, se quiséssemos representar em linguagem
descobriu uma maneira de reordenar várias sentenças para proposicional "Qualquer objeto é igual a si mesmo " e "3 é
tornar sua forma lógica clara, com a intenção de mostrar igual a 3", usaríamos letras sentenciais distintas para repre-
como as sentenças se relacionam em certos aspectos. Antes sentar cada uma das frases, sem captar que a segunda frase
de Frege, a lógica formal não obteve sucesso além do nível é uma instância particular da primeira. Da mesma forma, se
da lógica de sentenças: ela podia representar a estrutura de por algum processo de dedução chegássemos à conclusão
sentenças compostas de outras sentenças, usando palavras que um indivíduo arbitrário de um universo tem uma certa
como "e", "ou" e "não", mas não podia quebrar sentenças em propriedade, seria razoável querermos concluir que esta

Raciocínio Lógico 13
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propriedade vale para qualquer indivíduo do universo. Po- - "Todo aluno do departamento de Ciência da Compu-
rém, usando uma linguagem proposicional para expressar tação estuda lógica" por∀x(Aluno(x,cc) →Estuda
"um indivíduo arbitrário de um universo tem uma certa pro- (x,lg)).
priedade " e "esta propriedade vale para qualquer indivíduo
do universo" usaríamos dois símbolos proposicionais distin- Já vimos como representar objetos do domínio através de
tos e não teríamos como concluir o segundo do primeiro. constantes.Uma outra maneira de representá-los é atravez
do uso de símbolos de função.
A linguagem de primeira ordem vai captar relações entre
indivíduos de um mesmo universo de discurso e a lógica de Por exemplo podemos representar os números naturais
primeira ordem vai permitir concluir particularizações de uma "1", "2", "3", etc através do uso de símbolo de função, diga-
propriedade geral dos indivíduos de um universo de discurso, mos, suc, que vai gerar nomes para os números naturais "1",
assim como derivar generalizações a partir de fatos que "2", "3", etc. a partir da constante 0, e. g., "1" vai ser denota-
valem para um indivíduo arbitrário do universo de discurso. do por suc(0), "3" vai ser denotado por suc(suc(suc(0))), etc.
Para ter tal poder de expressão, a linguagem de primeira Seqüências de símbolos tais como suc(0) e suc(suc(suc(0)))
ordem vai usar um arsenal de símbolos mais sofisticado do são chamadas termos.
que o da linguagem proposicional.
Assim, a frase "Todo número natural diferente de zero é
Considere a sentença "Todo objeto é igual a si mesmo". sucessor de um número natural" pode ser simbolizada por
∀x(¬x≈0 →∃ysuc(y)≈x). Fonte: UFRJ
Esta sentença fala de uma propriedade (a de ser igual a
si mesmo) que vale para todos os indivíduos de um universo Lógica De Vários Valores
de discurso, sem identificar os objetos deste universo.
Sistemas que vão além dessas duas distinções
Considere agora a sentença "Existem números naturais (verdadeiro e falso) são conhecidos como lógicas não-
que são pares". aristotélicas, ou lógica de vários valores (ou então lógicas
polivaluadas, ou ainda polivalentes).
Esta sentença fala de um propriedade (a de ser par) que
vale para alguns (pelo menos um dos) indivíduos do universo No início do século 20, Jan Łukasiewicz investigou a
dos números naturais, sem, no entanto, falar no número" 0" extensão dos tradicionais valores verdadeiro/falso para incluir
ou "2" ou "4",etc em particular. um terceiro valor, "possível".
Para expressar propriedades gerais (que valem para to- Lógicas como a lógica difusa foram então desenvolvidas
dos os indivíduos) ou existenciais (que valem para alguns com um número infinito de "graus de verdade",
indivíduos) de um universo são utilizados os quantificadores representados, por exemplo, por um número real entre 0 e 1.
∀ (universal) e ∃ (existencial), respectivamente. Estes quanti- Probabilidade bayesiana pode ser interpretada como um
ficadores virão sempre seguidos de um símbolo de variável, sistema de lógica onde probabilidade é o valor verdade
captando, desta forma, a idéia de estarem simbolizando as subjetivo.
palavras "para qualquer" e "para algum".
O principal objetivo será a investigação da validade de
Considere as sentenças: ARGUMENTOS: conjunto de enunciados dos quais um é a
"Sócrates é homem" CONCLUSÃO e os demais PREMISSAS. Os argumentos
"Todo aluno do departamento de Ciência da Computação estão tradicionalmente divididos em DEDUTIVOS e INDUTI-
estuda lógica" VOS.

A primeira frase fala de uma propriedade (ser homem) de ARGUMENTO DEDUTIVO: é válido quando suas pre-
um indivíduo distinguido ("Sócrates") de um domínio de dis- missas, se verdadeiras, a conclusão é também verdadeira.
curso. A segunda frase fala sobre objetos distiguidos "depar- Premissa : "Todo homem é mortal."
tamento de Ciência da Computação" e "lógica". Tais objetos Premissa : "João é homem."
poderão ser representados usando os símbolos , soc para Conclusão : "João é mortal."
"Sócrates", cc para "departamento de Ciência da Computa-
ção", lg para "lógica".Tais símbolos são chamados de símbo- ARGUMENTO INDUTIVO: a verdade das premissas não
los de constantes. basta para assegurar a verdade da conclusão.
Premissa : "É comum após a chuva ficar nublado."
As propriedades "ser aluno de ", "estuda" relacionam ob- Premissa : "Está chovendo."
jetos do universo de discurso considerado, isto é, "ser aluno Conclusão: "Ficará nublado."
de " relaciona os indivíduos de uma universidade com os
seus departamentos, "estuda" relaciona os indivíduos de As premissas e a conclusão de um argumento, formula-
uma universidade com as matérias. Para representar tais das em uma linguagem estruturada, permitem que o argu-
relações serão usados símbolos de predicados (ou relações). mento possa ter uma análise lógica apropriada para a verifi-
Nos exemplos citados podemos usar Estuda e Aluno que cação de sua validade. Tais técnicas de análise serão trata-
são símbolos de relação binária. As relações unárias expres- das no decorrer deste roteiro.
sam propriedades dos indivíduos do universo (por exemplo
"ser par","ser homem"). A relação "ser igual a" é tratata de OS SÍMBOLOS DA LINGUAGEM DO CÁLCULO PRO-
forma especial, sendo representada pelo símbolo de igualda- POSICIONAL
de ≈. • VARIÁVEIS PROPOSICIONAIS: letras latinas minús-
culas p,q,r,s,.... para indicar as proposições (fórmulas
Desta forma podemos simbolizar as sentenças conside- atômicas) .
radas nos exemplos da seguinte forma:
- "Todo mundo é igual a si mesmo " por ∀x x≈x; Exemplos: A lua é quadrada: p
- "Existem números naturais que são pares" por A neve é branca : q
∃xPar(x);
- "Sócrates é homem" por Homem(soc); • CONECTIVOS LÓGICOS: As fórmulas atômicas po-

Raciocínio Lógico 14
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dem ser combinadas entre si e, para representar tais entre a injunção contra roubar e o cuidado para com a família
combinações usaremos os conectivos lógicos: que depende do roubo para sobreviver.
∧: e , ∨: ou , → : se...então , ↔ : se e somente se , ∼: não
Deve ser notado que muitos paradoxos dependem de
Exemplos: uma suposição essencial: que a linguagem (falada, visual ou
• A lua é quadrada e a neve é branca. : p ∧ q (p e q são cha- matemática) modela de forma acurada a realidade que
mados conjuntos) descreve. Em física quântica, muitos comportamentos
• A lua é quadrada ou a neve é branca. : p ∨ q ( p e q são paradoxais podem ser observados (o princípio da incerteza
chamados disjuntos) de Heisenberg, por exemplo) e alguns já foram atribuídos
• Se a lua é quadrada então a neve é branca. : p → q (p é o ocasionalmente às limitações inerentes da linguagem e dos
antecedente e q o conseqüente) modelos científicos. Alfred Korzybski, que fundou o estudo da
• A lua é quadrada se e somente se a neve é branca. : p ↔ q Semântica Geral, resume o conceito simplesmente
• A lua não é quadrada. : ∼p declarando que, "O mapa não é o território". Um exemplo
comum das limitações da linguagem são algumas formas do
• SÍMBOLOS AUXILIARES: ( ), parênteses que servem verbo "ser". "Ser" não é definido claramente (a área de
para denotar o "alcance" dos conectivos; estudos filosóficos chamada ontologia ainda não produziu um
significado concreto) e assim se uma declaração incluir "ser"
Exemplos: com um elemento essencial, ela pode estar sujeita a
• Se a lua é quadrada e a neve é branca então a lua paradoxos.
não é quadrada.: ((p ∧ q) → ∼ p)
Tipos de paradoxos
• A lua não é quadrada se e somente se a neve é
Temas comuns em paradoxos incluem auto-referências
branca.: ((∼ p) ↔q))
diretas e indiretas, infinitudes, definições circulares e
confusão nos níveis de raciocínio.
• DEFINIÇÃO DE FÓRMULA :
1. Toda fórmula atômica é uma fórmula.
W. V. Quine (1962) distingüe três classes de paradoxos:
2. Se A e B são fórmulas então (A ∨ B), (A ∧ B), (A → B),
Os paradoxos verídicos produzem um resultado que
(A ↔ B) e (∼ A) também são fórmulas. parece absurdo embora seja demonstravelmente
3. São fórmulas apenas as obtidas por 1. e 2. . verdadeiro. Assim, o paradoxo do aniversário de
Frederic na opereta The Pirates of Penzance
Com o mesmo conectivo adotaremos a convenção pela estabelece o fato surpreendente de que uma pessoa
direita. pode ter mais do que N anos em seu N-ésimo
aniversário. Da mesma forma, o teorema da
Exemplo: a fórmula p ∨ q ∧ ∼ r → p → ∼ q deve ser entendida impossibilidade de Arrow envolve o comportamento
como (((p ∨ q) ∧ (∼ r)) → ( p → (∼ q))) de sistemas de votação que é surpreendente mas,
ainda assim, verdadeiro.
Paradoxo Os paradoxos falsídicos estabelecem um resultado que
O frasco com auto-fluxo de Robert Boyle preenche a si não somente parece falso como também o é
próprio neste diagrama, mas máquinas de moto contínuo não demonstravelmente – há uma falácia da
existem. demonstração pretendida. As várias provas inválidas
(e.g., que 1 = 2) são exemplos clássicos, geralmente
Um paradoxo é uma declaração aparentemente dependendo de uma divisão por zero despercebida.
verdadeira que leva a uma contradição lógica, ou a uma Outro exemplo é o paradoxo do cavalo.
situação que contradiz a intuição comum. Em termos Um paradoxo que não pertence a nenhuma das classes
simples, um paradoxo é "o oposto do que alguém pensa ser acima pode ser uma antinomia, uma declaração que
a verdade". A identificação de um paradoxo baseado em chega a um resultado auto-contraditório aplicando
conceitos aparentemente simples e racionais tem, por vezes, apropriadamente meios aceitáveis de raciocínio. Por
auxiliado significativamente o progresso da ciência, filosofia e exemplo, o paradoxo de Grelling-Nelson aponta
matemática. problemas genuínos na nossa compreensão das
idéias de verdade e descrição.
A etimologia da palavra paradoxo pode ser traçada a
textos que remontam à aurora da Renascença, um período Proposição
de acelerado pensamento científico na Europa e Ásia que
começou por volta do ano de 1500. As primeiras formas da Segundo Quine, toda proposição é uma frase mas nem
palavra tiveram por base a palavra latina paradoxum, mas toda frase é uma proposição; uma frase é uma proposição
também são encontradas em textos em grego como apenas quando admite um dos dois valores lógicos: Falso
paradoxon (entretanto, o Latim é fortemente derivado do (F)ou Verdadeiro (V). Exemplos:
alfabeto grego e, além do mais, o Português é também 1. Frases que não são proposições
derivado do Latim romano, com a adição das letras "J" e "U"). o Pare!
A palavra é composta do prefixo para-, que quer dizer o Quer uma xícara de café?
"contrário a", "alterado" ou "oposto de", conjungada com o o Eu não estou bem certo se esta cor me agrada
sufixo nominal doxa, que quer dizer "opinião". Compare com 2. Frases que são proposições
ortodoxia e heterodoxo. o A lua é o único satélite do planeta terra (V)
o A cidade de Salvador é a capital do estado do Ama-
Na filosofia moral, o paradoxo tem um papel central nos zonas (F)
debates sobre ética. Por exemplo, a admoestação ética para o O numero 712 é ímpar (F)
"amar o seu próximo" não apenas contrasta, mas está em o Raiz quadrada de dois é um número irracional (V)
contradição com um "próximo" armado tentando ativamente
matar você: se ele é bem sucedido, você não será capaz de Composição de Proposições
amá-lo. Mas atacá-lo preemptivamente ou restringi-lo não é É possível construir proposições a partir de proposições
usualmente entendido como algo amoroso. Isso pode ser já existentes. Este processo é conhecido por Composição
considerado um dilema ético. Outro exemplo é o conflito de Proposições. Suponha que tenhamos duas proposições,

Raciocínio Lógico 15
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1. A = "Maria tem 23 anos" falsa.


2. B = "Maria é menor" Valor Lógico Símbolo de Designação

Pela legislação corrente de um país fictício, uma pessoa Verdade V


é considerada de menor idade caso tenha menos que 18 Falsidade F
anos, o que faz com que a proposição B seja F, na interpre-
tação da proposição A ser V. Vamos a alguns exemplos: Toda proposição tem um e um só dos valores V, F (de
1. "Maria não tem 23 anos" (nãoA) acordo os dois princípios supracitados).
2. "Maria não é menor"(não(B))
3. "Maria tem 23 anos" e "Maria é menor" (A e B) Exemplo:
4. "Maria tem 23 anos" ou "Maria é menor" (A ou B) a) o mercúrio é mais pesado que a água; valor lógico da
5. "Maria não tem 23 anos" e "Maria é menor" (não(A) e proposição: verdade (V)
B) b) o sol gira em torno da Terra; valor lógico da proposi-
6. "Maria não tem 23 anos" ou "Maria é menor" (não(A) ção: falsidade (F)
ou B)
7. "Maria tem 23 anos" ou "Maria não é menor" (A ou TIPOS DE PROPOSIÇÃO
não(B)) Simples ou Atômicas - é a proposição que não contém
8. "Maria tem 23 anos" e "Maria não é menor" (A e nenhuma outra proposição como parte integrante de si mes-
não(B)) ma. As proposições simples são geralmente designadas por
9. Se "Maria tem 23 anos" então "Maria é menor" (A => letras minúsculas p, q, r, s ..., chamadas letras proposicio-
B) nais.
10. Se "Maria não tem 23 anos" então "Maria é menor"
(não(A) => B) Observação: Pode ser usada qualquer letra do alfabeto
11. "Maria não tem 23 anos" e "Maria é menor" (não(A) e minúsculo para representar uma proposição simples.
B)
12. "Maria tem 18 anos" é equivalente a "Maria não é Exemplo:
menor" (C <=> não(B)) p: Oscar é prudente;
q: Mário é engenheiro;
Note que, para compor proposições usou-se os símbolos r: Maria é morena.
não (negação), e (conjunção), ou (disjunção), => (impli-
cação) e, finalmente, <=> (equivalência). São os chamados Composta ou Molecular - é a proposição formada pela
conectivos lógicos. Note, também, que usou-se um símbolo combinação de duas ou mais proposições. São habitualmen-
para representar uma proposição: C representa a proposição te designadas por letras maiúsculas P, Q, R, S ..., também
Maria tem 18 anos. Assim, não(B) representa Maria não é denominadas letras proposicionais.
menor, uma vez que B representa Maria é menor.
Exemplo:
Algumas Leis Fundamentais p : Walter é engenheiro E Pedro é estudante;
Um proposição é falsa (F) ou q : Mauro é dedicado OU Pedro é trabalhador;
Lei do Meio Excluido verdadeira (V): não há meio r : SE Flávio é estudioso ENTÃO será aprovado.
termo. Observação: As proposições compostas são também
denominadas fórmulas proposicionais ou apenas fórmulas.
Uma proposição não pode ser, Quando interessa destacar que uma proposição composta P
Lei da Contradição
simultaneamente, V e F. é formada pela combinação de proposições simples, escre-
O valor lógico (V ou F) de uma ve-se: P ( p, q, r ...);
proposição composta é unica-
Lei da Funcionalidade mente determinada pelos valo- Conectivos - são palavras que se usam para formar no-
res lógicos de suas proposições vas proposições a partir de outras.
constituintes.
Exemplo:
P: 6 é par E 8 é cubo perfeito;
PROPOSIÇÕES E CONECTIVOS Q: NÃO vai chover;
Proposição - é todo o conjunto de palavras ou símbolos R: SE Mauro é médico, ENTÃO sabe biologia;
que exprimem um pensamento de sentido completo, isto é, S: o triângulo ABC é isósceles OU equilátero;
afirmam fatos ou exprimem juízos que formamos a respeito T: o triângulo ABC é equilátero SE E SOMENTE SE é
de determinados entes. equilátero.
Exemplo: São conectivos usuais em lógica Matemática as palavras
a) a lua é um satélite da Terra; que estão grifadas, isto é "e", "ou", "não", "se ... então", "... se
b) O sol é amarelo; e somente se ..."
c) Brasília é a capital do Brasil.
VERDADES E MENTIRAS
Princípios Adotados como Regras Fundamentais do
Este item trata de questões em que algumas personagens
Pensamento, na Lógica Matemática
mentem e outras falam a verdade. Trata-se de descobrir qual
• Princípio da não contradição - uma proposição não
é o fato correto a partir das afirmações que forem feitas por
pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo.
eles, evidentemente, sem conhecer quem fala verdade ou
• Princípio do terceiro excluído - toda proposição ou
quem fala mentira.
é verdadeira ou é falsa, isto é, verifica-se sempre um
Também não há uma teoria a respeito. A aprendizagem das
destes casos e nunca um terceiro.
soluções de questões desse tipo depende apenas de treina-
mento.
Valores Lógicos das Proposições
Um dos métodos para resolver questões desse tipo consiste
Chama-se valor lógico de uma proposição a verdade se a
em considerar uma das afirmações verdadeira e, em segui-
proposição é verdadeira e a falsidade se a proposição é

Raciocínio Lógico 16
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da, verificar se as demais são ou não consistentes com ela. ra. Isto é falso, pois somente uma pessoa não pagou a en-
Isto significa verificar se há ou não contradição nas demais trada.
afirmações. Hipótese 4: Mara é a mentirosa. Não foi Marcos e nem
Manuel, segundo a afirmação de Marcos que é verdadeiro.
Exemplo 1 - (Fiscal Trabalho 98 ESAF) - Um crime foi Como não pode ter sido o Manuel, pela fala de Mário, teria
cometido por uma e apenas uma pessoa de um grupo de sido Maria. Mas segundo Manuel, teria sido Mara. Novamen-
cinco suspeitos: Armando, Celso, Edu, Juarez e Tarso. Per- te dois mentirosos. Hipótese que não pode ser aceita pois
guntados teriam duas pessoas entrado sem pagar.
sobre quem era o culpado, cada um deles respondeu: Hipótese 5: Maria é a mentirosa. Se Maria é mentirosa,
Armando: "Sou inocente" Mário não poderia estar mentido. Então Mara estaria falando
Celso: "Edu é o culpado" mentira. Seriam então, pelo menos, duas mentirosas. Maria e
Edu: "Tarso é o culpado" Mara.
Juarez: "Armando disse a verdade" A única hipótese que satisfaz as condições do problema é a
Tarso: "Celso mentiu" de número dois, da qual se conclui que Mara é a pessoa que
Sabendo-se que apenas um dos suspeitos mentiu e que não pagou a entrada. Assim, a resposta é: letra (c).
todos os outros disseram a verdade, pode-se concluir que o
culpado é: Exemplo 3 - (Fiscal Trabalho 98) Três amigos – Luís, Mar-
a) Armando b) Celso c) Edu d) Juarez e) cos e Nestor – são casados com Teresa, Regina e Sandra
Tarso (não necessariamente nesta ordem). Perguntados sobre os
nomes das respectivas esposas, os três fizeram as seguintes
Vamos considerar que Armando foi quem mentiu. declarações:
Neste caso ele é o culpado. Isto contradiz às palavras de Nestor: "Marcos é casado com Teresa"
Celso, pois se Armando mente, Celso teria dito uma verdade. Luís: "Nestor está mentindo, pois a esposa de Marcos é
Teríamos então dois culpados: Armando e Tarso. Portanto, Regina"
Armando não mente. Marcos: "Nestor e Luís mentiram, pois a minha esposa é
Passemos agora a considerar Celso o mentiroso. Sandra"
Isto é consistente. Pois, como já foi dito, Armando diz a ver- Sabendo-se que o marido de Sandra mentiu e que o marido
dade . Edu é inocente (Celso mente). Edu diz a verdade. de Teresa disse a verdade, segue-se que as esposas de
Juarez também disse uma verdade. Tarso também foi verda- Luís, Marcos e Nestor são, respectivamente:
deiro. Portanto, o culpado é Tarso. Resposta: letra (e) a) Sandra, Teresa, Regina.
b) Sandra, Regina, Teresa.
Exemplo 2 - (CVM 2000 ESAF) - Cinco colegas foram a um c) Regina, Sandra, Teresa.
parque de diversões e um deles entrou sem pagar. Apanha- d) Teresa, Regina, Sandra.
dos por um funcionário do parque, que queria saber qual e) Teresa, Sandra, Regina.
deles entrou sem pagar, ao serem interpelados: Solução:
– “Não fui eu, nem o Manuel”, disse Marcos. Temos dois fatos a considerar:
– “Foi o Manuel ou a Maria”, disse Mário. 1 – O marido de Teresa disse a verdade.
– “Foi a Mara”, disse Manuel. 2 – O marido de Sandra mentiu.
– “O Mário está mentindo”, disse Mara.
– “Foi a Mara ou o Marcos”, disse Maria. Todos os três fazem afirmações sobre a esposa de Marcos.
Sabendo-se que um e somente um dos cinco colegas men- Ora, somente um estará dizendo a verdade.
tiu, conclui-se logicamente que quem entrou sem pagar foi: Temos então:
a) Mário b) Marcos c) Mara d) Manuel e) Maria
1ª hipótese: Nestor fala a verdade. A esposa de Marcos é
Façamos como no item anterior. Teresa. Mas como o único a falar a verdade é Nestor, sua
Hipótese 1: Marcos é o mentiroso. Se Marcos é o mentiro- esposa deveria ser Tereza.
so, então um dos dois entrou sem pagar. Mas como Manuel Portanto, Nestor não fala a verdade.
deve dizer a verdade (só um mente), Mara entrou sem pagar.
2ª hipótese: Luís fala a verdade. A esposa dele seria a
Assim, seriam dois a entrar sem pagar Mara e Marcos ou
Teresa, pois o marido de Teresa fala a verdade. Marcos
Mara e Manuel. Conclusão Marcos fala a verdade.
estando mentindo, a esposa de Marcos, não é Sandra e nem
Hipótese 2: Mário é o mentiroso. Nesse caso, nem Maria e
Teresa. É Regina. O que confirma a veracidade da afirmação
nem Manuel teria entrado sem pagar. Pois quando se usa o
de Luís. A esposa de Nestor será então Sandra. A esposa de
ou, será verdade desde que um deles seja verdadeiro. Estão
Luís é Teresa. A esposa de Marcos é Regina. A esposa de
eliminados Marcos, Manuel e Maria, de acordo com a verda-
Nestor é Sandra.
de de Marcos. Seria então Mara pois Manuel não seria men-
Isto permite afirmar que a opção (d) está correta.
tiroso. Mara teria dito a verdade pois, de acordo com a hipó-
tese somente Mário é o mentiroso. Como Maria também não Mas, vejamos se existe outra possibilidade, tentando a tercei-
seria a mentirosa, nem Mara nem Marcos teria entrado sem ra hipótese.
pagar. 3ª hipótese: Marcos fala a verdade. Isto é impossível, pois,
Portanto: Marcos, Manuel, Mario e Maria são os que paga- se ele estivesse falando a verdade, sua esposa seria Teresa
ram a entrada e Mara a que não pagou. e não Sandra.
Mas e se houver outra possibilidade? Devemos então tentar A única hipótese possível é a segunda. O que confirma a
outras hipóteses. resposta. Letra (d).
Hipótese 3: Manuel é o mentiroso. Como Marcos fala a
verdade, não foi ele (Marcos) e nem o Manuel. Como Mário Exemplo 4 - (MPU 2004/ESAF) Uma empresa produz an-
também fala a verdade, um dos dois Manuel ou Maria entrou dróides de dois tipos: os de tipo V, que sempre dizem a ver-
sem pagar. Mas Marcos pagou. Então Maria entrou sem dade, e os de tipo M, que sempre mentem. Dr. Turing, um
pagar. Maria também diz a verdade, Não teria pago a entra- especialista em Inteligência Artificial, está examinando um
da, Marcos ou Mara. Mas, outra vez, Marcos pagou. Então grupo de cinco andróides – rotulados de Alfa, Beta, Gama,
Mara não pagou a entrada. Delta e Épsilon –, fabricados por essa empresa, para deter-
Temos duas pessoas que entraram sem pagar: Maria e Ma- minar quantos entre os cinco são do tipo V.
Ele pergunta a Alfa: “Você é do tipo M?” Alfa responde, mas

Raciocínio Lógico 17
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Dr. Turing, distraído, não ouve a resposta. LÓGICA MODAL


Os andróides restantes fazem, então, as seguintes declara-
ções: Lógica modal se refere a qualquer sistema
Beta: “Alfa respondeu que sim”. de lógica formal que procure lidar com modalidades (tratar de
Gama: “Beta está mentindo”. modos quanto a tempo, possibilidade, probabilidade, etc.).
Delta: “Gama está mentindo”. Tradicionalmente, as modalidades mais comuns
Épsilon: “Alfa é do tipo M”. são possibilidade e necessidade. Lógicas para lidar com
Mesmo sem ter prestado atenção à resposta de Alfa, Dr. outros termos relacionados,
Turing pôde, então, concluir corretamente que o número de como probabilidade,eventualidade, padronização, poder, pod
andróides do tipo V, naquele grupo, era igual a eria, deve, são por extensão também chamadas de lógicas
a) 1. b) 2. c) 3. d) 4. modais, já que elas podem ser tratadas de maneira similar.
e) 5.
Uma lógica modal formal representa modalidades
Solução: usando operadores modais. Por exemplo, "Era possível o
Vejamos as informações: assassinato de Arnaldo" e "Arnaldo foi possivelmente
(1) Os andróides do tipo M sempre mentem. assassinado" são exemplos que contêm a noção de
(2) Os andróides do tipo V sempre falam a verdade. possibilidade. Formalmente, essa noção é tratada como o
Sendo feita a pergunta, “você mente”, a resposta só poderia operador modal Possível, aplicado à sentença "Arnaldo foi
ser uma: NÃO. Pois, o mentiroso iria negar dizendo NÃO e o assassinado".
verdadeiro também iria negar dizendo NÃO.
Como a resposta tinha que ser NÃO e Beta disse que alfa
Normalmente os operadores modais básicos unários são
respondeu SIM, Beta está mentindo.
Como Gama disse Beta está mentindo, então Gama disse a escritos como (ou L) para Necessário e (ou M)
verdade. para Possível. Nas lógicas modais clássicas, cada um pode
Como Delta disse que Gama está mentindo, Delta é um ser expresso em função do outro e da negação:
mentiroso.
Restam agora Alfa e Épsilon.
Épsilon disse que Alfa é do tipo M. Isto é Alfa é mentiroso.
Das duas uma: (1) se Épsilon fala a verdade, ele é do tipo V
e Alfa é do tipo M; (2) se Épsilon é do tipo M ele mente. En-
tão Alfa é do tipo V. Assim, um dos dois é do tipo V.
Portanto, além do andróide Gama tem mais um andróide do Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
tipo V. São então, dois andróides do tipo V. Resposta: letra
(b) Aula 8 - internet SENTENÇAS ABERTAS

CONTINGÊNCIA Sentenças Abertas

Em filosofia e lógica, contingência é o status de No capítulo um, comentamos sobre as sentenças aber-
proposições que não são necessariamente verdadeiras nem tas, que são sentenças do tipo:
necessariamente falsas. Há quatro classes de proposições,
a) x + 3 = 10
algumas das quais se sobrepõem:
b) x > 5
c) (x+1)2 – 5 = x2
proposições necessariamente d) x – y = 20
verdadeiras ou Tautologias, que devem ser verdadeiras, não e) Em 2004 foram registradas 800+z acidentes de
importa quais são ou poderiam ser as circunstâncias trânsito em São Paulo.
(exemplos: 2 + 2 = 4; Nenhum solteiro é casado).Geralmente f) Ele é o juiz do TRT da 5ª Região.
o que se entende por "proposição necessária" é a proposição
necessariamente verdadeira. Tais sentenças não são consideradas proposições por-
que seu valor lógico (V ou F) depende do valor atribuído à
proposições necessariamente falsas ou Contradições, variável (x, y, z,...). O pronome ele que aparece na última
que devem ser falsas, não importa quais são ou poderiam sentença acima, funciona como uma variável, a qual se pode
ser as circunstâncias (exemplos: 2 + 2 = 5; Ana é mais alta e atribuir nomes de pessoas.
é mais baixa que Beto).
Há, entretanto, duas maneiras de transformar sentenças
proposições contingentes, que não são abertas em proposições:
necessariamente verdadeiras nem necessariamente falsas
(exemplos: Há apenas três planetas; Há mais que três 1ª) atribuir valor às variáveis;
planetas).
2ª) utilizar quantificadores.
proposições possíveis, que são verdadeiras ou poderiam
ter sido verdadeiras sob certas circunstâncias (exemplos: 2 + A primeira maneira foi mostrada no capítulo um, mas ve-
2 = 4; Há apenas três planetas; Há mais que três planetas). jamos outros exemplos:

Todas as proposições necessariamente verdadeiras e Ao atribuir a x o valor 5 na sentença aberta x + 3 = 10,


todas as proposições contingentes também são proposições esta transforma-se na proposição 5 + 3 = 10, cujo valor lógi-
possíveis. co é F.

Ao atribuir a x o valor 2 na sentença aberta (x+1)2 – 5 =


x2, esta transforma-se na proposição (2+1)2 – 5 = 22, que
resulta em 4 = 4, tendo, portanto, valor lógico V.

Raciocínio Lógico 18
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A seguir, veremos a transformação de uma sentença a- que os verdamanos sempre dizem a verdade, enquanto os
berta numa proposição por meio de quantificadores. mentimanos sempre mentem. Certo dia, o professor depara-
se com um grupo de cinco habitantes locais. Chamemo-los
Quantificadores de Alfa, Beta, Gama, Delta e Épsilon. O professor sabe que
um e apenas um no grupo é verdamano, mas não sabe qual
Consideremos as afirmações: deles o é. Pergunta, então, a cada um do grupo quem entre
eles é verdamano e obtém as seguintes respostas:
a) Todo sangue é vermelho. Alfa: "Beta é mentimano"
b) Cada um dos alunos participará da excursão. Beta: "Gama é mentimano"
c) Algum animal é selvagem. Gama: "Delta é verdamano"
d) Pelo menos um professor não é rico. Delta: "Épsilon é verdamano"
e) Existe uma pessoa que é poliglota. Épsilon, afônico, fala tão baixo que o professor não consegue
f) Nenhum crime é perfeito. ouvir sua resposta. Mesmo assim, o professor de lógica con-
clui corretamente que o verdamano é:
Expressões como “todo”, “cada um”, "algum", "pelo me- a) Delta
nos um", “existe”, “nenhum” são quantificadores. b) Alfa
c) Gama
Há fundamentalmente dois tipos de quantificadores: Uni- d) Beta
versal e Existencial.
4) Três amigos têm o hábito de almoçar em um certo restau-
São quantificadores: rante no período de segunda à sexta-feira e, em cada um
destes dias, pelo menos um deles almoça nesse local. Con-
outro(s)
sultados sobre tal hábito, eles fizeram as seguintes afirma-
pouco(s)
ções:
quantos
- Antônio: "Não é verdade que vou às terças, quartas ou
tanto(s)
quintas-feiras."
qualquer / quaisquer
- Bento: "Não é verdade que vou às quartas ou sextas-
certo(s)
feiras."
todo(s)
- Carlos: "Não é verdade que vou às segundas ou terças-
ambos
feiras."
algum / alguns
Se somente um deles está mentindo, então o dia da semana
vário(s) / vária(s)
em que os três costumam almoçar nesse restaurante é:
Na lógica de predicados, a quantificação universal é a) sexta-feira.
uma formalização da noção de que algumas coisas são ver- b) quinta-feira.
dadeiras para todas as coisas, ou para todas as coisas rele- c) quarta-feira.
vantes. O resultado é uma afirmação universalmente quanti- d) terça-feira.
ficada. Em símbolos lógicos, o quantificador universal (usu-
almente ∀) é o símde
universo bolo usado para denotar
5) (QUESTÕES DEoRACIOCÍNIO LÓGICO) Há cinco objetos
quantificação, informalmente lido como "para todo". alinhados numa estante: um violino, um grampeador, um
vaso, um relógio e um tinteiro. Conhecemos as seguintes
Na lógica de predicados, um quantificador existencial é informações quanto à ordem dos objetos:
a predicação de uma propriedade ou relação para, pelo me- - O grampeador está entre o tinteiro e o relógio.
nos, umel emento do domínio. - O violino não é o primeiro objeto e o relógio não é o último.
- O vaso está separado do relógio por dois outros objetos.
QUESTÕES RACIOCÍNIO LÓGICO Qual é a posição do violino?
a) Segunda posição.
1) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) De seu salário b) Terceira posição.
de R$ 408,00 você gastou 2/6 com alimentação, 1/6 com a c) Quarta posição.
farmácia e 1/6 com material escolar dos filhos. Nesse mês d) Quinta posição.
sobraram __________ para as demais despesas.
a) R$ 166,00 6) Dizer que não é verdade que Pedro é pobre e Alberto é
b) R$ 146,00 alto, é logicamente equivalente a dizer que é verdade que:
c) R$ 156,00 a) Pedro não é pobre ou Alberto não é alto.
d) R$ 136,00 b) Pedro não é pobre e Alberto não é alto.
c) Pedro é pobre ou Alberto não é alto.
2) Há três suspeitos de um crime: o cozinheiro, a governanta d) se Pedro não é pobre, então Alberto é alto.
e o mordomo. Sabe-se que o crime foi efetivamente cometido
por um ou por mais de um deles, já que podem ter agido 7) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Considere ver-
individualmente ou não. Sabe-se, ainda, que: dadeira a declaração: “Se x é par, então y é ímpar”. Com
A) se o cozinheiro é inocente, então a governanta é culpada; base na declaração, é correto concluir que, se:
B) ou o mordomo é culpado ou a governanta é culpada, mas a) x é ímpar, então y é par.
não os dois; b) x é ímpar, então y é ímpar.
C) o mordomo não é inocente. c) y é ímpar, então x é par.
Logo: d) y é par, então x é ímpar.
a) o cozinheiro e o mordomo são os culpados
b) somente o cozinheiro é inocente 8) Se de um ponto P qualquer forem traçados dois segmen-
c) somente a governanta é culpada tos tangentes a uma circunferência, então as medidas dos
d) somente o mordomo é culpado segmentos determinados pelo ponto P e os respectivos pon-
tos de tangência serão iguais. Sabe-se que o raio de um
3) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Um professor de círculo inscrito em um triângulo retângulo mede 1 cm. Se a
lógica encontra-se em viajem em um país distante, habitado hipotenusa desse triângulo for igual a 20 cm, então seu pe-
pelos verdamanos e pelos mentimanos. O que os distingue é rímetro será igual a:

Raciocínio Lógico 19
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a) 40 cm a) o homem alto necessariamente disse algo falso, mas a


b) 35 cm porta Leste leva ao Paraíso.
c) 23 cm b) o homem alto necessariamente disse a verdade e a porta
d) 42 cm Leste leva ao Inferno.
c) a porta Leste necessariamente leva ao Paraíso, mas não
9) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Para cada pes- se pode dizer se o homem alto disse a verdade ou não.
soa x, sejam f(x) o pai de x e g(x) a mãe de x. A esse respei- d) a porta Leste necessariamente leva ao Inferno, mas não
to, assinale a afirmativa FALSA. se pode dizer se o homem alto disse a verdade ou não.
a) f[f(x)] = avô paterno de x
b) g[g(x)] = avó materna de x 16) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) As irmãs Ilda,
c) f[g(x)] = avô materno de x Ilma, Isabela e Isadora iriam ser fotografadas juntas por Flá-
d) f[g(x)] = g[f(x)] vio. O fotógrafo pediu para que elas se posicionassem lado a
lado da seguinte maneira:
10) Numa avenida reta há cinco pontos comerciais, todos do - do ponto de vista do fotógrafo, Ilda deveria estar mais à
mesmo lado da rua. A farmácia fica entre a padaria e o res- direita do que Isabela;
taurante, a padaria fica entre o supermercado e a lotérica e o - Isadora não deveria ficar entre duas irmãs;
supermercado fica entre o restaurante e a farmácia. Nessas - Ilda não deveria ficar imediatamente ao lado de Isabela, isto
condições, qual das proposições abaixo é verdadeira? é, pelo menos uma irmã deveria estar entre Ilda e Isabela;
a) O supermercado fica entre a padaria e a lotérica. - Isabela não deveria ficar imediatamente ao lado de Isadora,
b) A lotérica fica entre a padaria e o supermercado. isto é, pelo menos uma irmã deveria estar entre Isabela e
c) Para ir do supermercado à lotérica, passa-se em frente ao Isadora.
restaurante. As irmãs se posicionaram conforme as orientações de Flávio,
d) A farmácia fica entre o supermercado e a padaria. a fotografia foi batida e revelada com sucesso. Assim, na
foto, é possível ver que:
11) André é inocente ou Beto é inocente. Se Beto é inocente, a) Isabela está entre duas irmãs.
então Caio é culpado. Caio é inocente se e somente se Dê- b) Ilda não está entre duas irmãs.
nis é culpado. Ora, Dênis é culpado. Logo: c) Ilma não está entre duas irmãs.
a) Caio e Beto são inocentes d) Ilma está imediatamente ao lado de Ilda.
b) André e Caio são inocentes
c) André e Beto são inocentes 17) Se 0,036³ , 0 m de óleo tem a massa de 28,8 Kg, pode-
d) Caio e Dênis são culpados mos concluir que 1 litro desse mesmo óleo tem a massa no
valor de:
12) Qual das alternativas a seguir melhor representa a afir- a) 4,0 Kg
mação: “Para todo fato é necessário um ato gerador”? b) 9,0 Kg
a) É possível que algum fato não tenha ato gerador. c) 8,0 Kg
b) Não é possível que algum fato não tenha ato gerador. d) 1,1 Kg
c) É necessário que algum fato não tenha ato gerador.
d) Não é necessário que todo fato tenha um ato gerador. 18) A negação de "Se A é par e B é ímpar, então A + B é
ímpar" é:
13) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Marcos que a) Se A é ímpar e B é par, então A + B é par.
pesar três maçãs numa balança de dois pratos, mas ele b) Se A é par e B é ímpar, então A + B é par.
dispões apenas de um bloco de 200 gramas. Observando o c) Se A + B é par, então A é ímpar ou B é par.
equilíbrio na balança, ele percebe que a maçã maior tem o d) A é par, B é ímpar e A + B é par.
mesmo peso que as outras duas maçãs; o bloco e a maçã
menor pesam tanto quanto as outras duas maçãs; a maçã 19) Hoje, a diferença entre as idades de Roberto Carlos e
maior junto com a menor pesam tanto quanto o bloco. Qual é Carlos Roberto é de 15 anos. Qual será a diferença entre as
o peso total das três maçãs? idades quando Roberto Carlos tiver o dobro da idade de
a) 300 gramas. Carlos Roberto?
b) 150 gramas. a) 15 anos;
c) 100 gramas. b) 30 anos;
d) 50 gramas. c) 45 anos;
d) 20 anos;
14) Se João toca piano, então Lucas acorda cedo e Cristina
não consegue estudar. Mas Cristina consegue estudar. Se- 20) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Cinco moças,
gue-se logicamente que: Ana, Beatriz, Carolina, Denise e Eduarda, estão vestindo
a) Lucas acorda cedo. blusas vermelhas ou amarelas. Sabe-se que as moças que
b) Lucas não acorda cedo. vestem blusas vermelhas sempre contam a verdade e as que
c) João toca piano. vestem blusas amarelas sempre mentem. Ana diz que Bea-
d) João não toca piano. triz veste blusa vermelha. Beatriz diz que Carolina veste
blusa amarela. Carolina, por sua vez, diz que Denise veste
15) Alice entra em uma sala onde há apenas duas saídas, blusa amarela. Por fim, Denise diz que Beatriz e Eduarda
uma que fica a Leste e outra a Oeste. Uma das saídas leva vestem blusas de cores diferentes. Por fim, Eduarda diz que
ao Paraíso, a outra ao Inferno. Na sala, também há dois Ana veste blusa vermelha. Desse modo, as cores das blusas
homens, um alto e outro baixo. Um dos homens apenas fala de Ana, Beatriz, Carolina, Denise e Eduarda são, respecti-
a verdade, o outro apenas diz o falso. Então, Alice mantém o vamente:
seguinte diálogo com um deles:
- O homem baixo diria que é a saída do Leste que leva ao a) amarela, amarela, vermelha, vermelha e amarela.
Paraíso? - questiona Alice. b) vermelha, vermelha, vermelha, amarela e amarela.
- Sim, o homem baixo diria que é a saída do Leste que leva- c) vermelha, amarela, amarela, amarela e amarela.
ria ao Paraíso - diz o homem alto. d) amarela, amarela, vermelha, amarela e amarela.
Considerando essa situação, pode-se afirmar que:

Raciocínio Lógico 20
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21) Dizer que "Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista" é, 29) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Uma colher de
do ponto de vista lógico, o mesmo que dizer que: sopa corresponde a três colheres de chá. Uma pessoa que
a) se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista está doente tem que tomar três colheres de sopa de um
b) se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro remédio por dia. No final de uma semana, a quantidade de
c) se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista colheres de chá desse remédio que ela terá tomado é de:
d) se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista a) 63;
b) 56;
22) A negação lógica da proposição "O pai de Marcos é per- c) 28;
nambucano, e a mãe de Marcos é gaúcha" é: d) 21;
a) "O pai de Marcos não é pernambucano, e a mãe de Mar-
cos não é gaúcha". 30) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Para cada
b) "O pai de Marcos não é pernambucano, ou a mãe de Mar- pessoa x, sejam f(x) o pai de x e g(x) a mãe de x. A esse
cos não é gaúcha". respeito, assinale a afirmativa FALSA.
c) "O pai de Marcos não é pernambucano, ou a mãe de Mar- a) f[f(x)] = avô paterno de x
cos é gaúcha". b) g[g(x)] = avó materna de x
d) "O pai de Marcos é pernambucano, e a mãe de Marcos c) f[g(x)] = avô materno de x
não é gaúcha". d) f[g(x)] = g[f(x)]

23) Em um orçamento foram acrescidos juros no valor de R$ Gabarito


73,80 a fim de que o mesmo pudesse ser financiado em 5 1.D 2.A 3.D 4.B 5.B 6.A 7.D 8.D 9.D 10.D 11.B 12.B 13.A
prestações de R$ 278,50. O valor real (inicial) do serviço é 14.D 15.D 16.D 17.C 18.B 19.D 20.D 21.A 22.B 23.A 24.D
de: 25.B 26.C 27.B 28.D 29.A 30.D
a) R$ 1.318,70 Postado por cleiton silva
b) R$ 1.329,70
c) R$ 976,70 LÓGICA SENTENCIAL E DE PRIMEIRA ORDEM
d) R$ 1.087,70
Elementos de Lógica sentencial
24) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) De uma chapa
1. A diferença entre a lógica sentencial e a lógica de pre-
que mede 2 m por 1,5 m o serralheiro separou 2/6 dela para
dicados
cortar quadrados que medem 0,25 m de lado. Com esse
pedaço de chapa ele cortou exatamente:
A lógica divide-se em lógica sentencial e lógica de predi-
a) 12 quadrados
cados. A lógica sentencial estuda argumentos que não de-
b) 10 quadrados
pendem da estrutura interna das sentenças. Por exemplo:
c) 20 quadrados
d) 16 quadrados
(1)
Se Deus existe, então a felicidade eterna é possível.
25) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Esta sequência
Deus existe.
de palavras segue uma lógica:
Logo, a felicidade eterna é possível.
- Pá
- Xale
A validade do argumento (1) depende do modo pelo qual
- Japeri
as sentenças são conectadas, mas não depende da estrutura
Uma quarta palavra que daria continuidade lógica à sequên-
interna das sentenças. A forma lógica de (1) deixa isso claro:
cia poderia ser:
(1a)
a) Casa.
Se A, então B.
b) Anseio.
A.
c) Urubu.
Logo, B.
d) Café.
Diferentemente, a lógica de predicados estuda argumen-
26) A negação da sentença “Todas as mulheres são elegan-
tos cuja validade depende da estrutura interna das senten-
tes” está na alternativa:
ças. Por exemplo:
a) Nenhuma mulher é elegante.
(2)
b) Todas as mulheres são deselegantes.
Todos os cariocas são brasileiros.
c) Algumas mulheres são deselegantes.
Alguns cariocas são flamenguistas.
d) Nenhuma mulher é deselegante.
Logo, alguns brasileiros são flamenguistas.
A forma lógica de (2) é a seguinte:
27) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Pedro e Paulo
(2a)
estão em uma sala que possui 10 cadeiras dispostas em
Todo A é B.
uma fila. O número de diferentes formas pelas quais Pedro e
Algum A é C.
Paulo podem escolher seus lugares para sentar, de modo
Logo, algum B é A.
que fique ao menos uma cadeira vazia entre eles, é igual a:
a) 80
A primeira premissa do argumento (2) diz que o conjunto
b) 72
dos indivíduos que são cariocas está contido no conjunto dos
c) 90
brasileiros. A segunda, diz que ‘dentro’ do conjunto dos cari-
d) 18
ocas, há alguns indivíduos que são flamenguistas. É fácil
concluir então que existem alguns brasileiros que são fla-
28) MMMNVVNM está para 936 assim como MMNNVMNV
menguistas, pois esses flamenguistas que são cariocas se-
está para:
rão também brasileiros. Essa conclusão se segue das pre-
a) 369
missas.
b) 693
c) 963
Note, entretanto, que as sentenças ‘todos os cariocas são
d) 639
brasileiros’ e ‘alguns cariocas são flamenguistas’ têm uma

Raciocínio Lógico 21
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

estrutura diferente da sentença ‘se Deus existe, a felicidade como argumentos e produzem números como valores. Os
eterna é possível’. Esta última é formada a partir de duas operadores sentenciais são funções porque recebem valores
outras sentenças ‘Deus existe’ e ‘a felicidade eterna é possí- de verdade como argumentos e produzem valores de verda-
vel’, conectadas pelo operador lógico se...então. Já para de. Considere-se a seguinte função matemática:
analisar o argumento (2) precisamos analisar a estrutura (4) y =x + 1.
interna das sentenças, e não apenas o modo pelo qual sen-
tenças são conectadas umas às outras. O que caracteriza a Dizemos que y =f(x), is to é , ‘
y é funçã o de x’
, o que s g
i-
lógica de predicados é o uso dos quantificadores todo, algum nifica que o valor de y depende do valor atribuído a x.
e nenhum. É por esse motivo que a validade de um argu- Quando x =1, y =2;
mento como o (2) depende da estrutura interna das senten- x =2, y =3;
ças. A diferença entre a lógica sentencial e a lógica de predi- x = 3, y =4,
cados ficará mais clara no decorrer desta e da próxima uni- e assim por diante. Analogamente a uma função matemá-
dade. tica, uma função de verdade recebe valores de verdade co-
mo argumentos e produz valores de verdade como valores.
Usualmente o estudo da lógica começa pela lógica sen-
tencial, e seguiremos esse caminho aqui. Nesta unidade As chamadas tabelas de verdade mostram como os ope-
vamos estudar alguns elementos da lógica sentencial. Na radores da lógica sentencial funcionam.
próxima unidade, estudaremos elementos da lógica de predi-
cados. No lado esquerdo da tabela de verdade temos as senten-
ças a partir das quais a sentença composta foi formada – no
2. Sentenças atômicas e moleculares caso da negação, uma única sentença. O valor produzido
Considere-se a sentença pela função de verdade está na coluna da direita. As letras V
(1) Lula é brasileiro. e F representam os valores de verdade verdadeiro e falso.
A sentença (1) é composta por um nome próprio, ‘Lula’, e 4. A negação
um predicado, ‘... é brasileiro’. Em lógica, para evitar o uso Comecemos pelo operador sentencial mais simples, a
de ‘...’, usamos uma variável para marcar o(s) lugar(es) em negação. A tabela de verdade da negação de uma sentença
que podemos completar um predicado. Aqui, expressões do Aé
tipo x é brasileiro designam predicados. Considere agora a A não A
sentença (2) Xuxa é mãe de Sasha. VF
FV
A sentença (2) pode ser analisada de três maneiras dife-
rentes, que correspondem a três predicados diferentes que A negação simplesmente troca o valor de verdade da
podem ser formados a partir de (2): sentença. Uma sentença verdadeira, quando negada, produz
(2a) x é mãe de Sasha; uma sentença falsa, e vice-versa.
(2b) Xuxa é mãe de x;
(2c) x é mãe de y. Há diferentes maneiras de negar uma sentença atômica
em português. Considere a sentença verdadeira
Do ponto de vista lógico, em (2c) temos o que é chamado (5) Lula é brasileiro.
de um predicado binário, isto é, um predicado que, diferen-
temente de x é brasileiro, deve completado por dois nomes As sentenças
próprios para formar uma sentença. (6) Não é o caso que Lula é brasileiro,
(7) Não é verdade que Lula é brasileiro
As sentenças (1) e (2) acima são denominadas sentenças e
atômicas. Uma sentença atômica é uma sentença formada (8) É falso que Lula é brasileiro
por um predicado com um ou mais espaços vazios, sendo são diferentes maneiras de negar (5). Como (5) é uma
todos os espaços vazios completados por nomes próprios. sentença atômica, podemos também negar (5) por meio da
Sentenças atômicas não contêm nenhum dos operadores sentença
lógicos e, ou, se...então etc., nem os quantificadores todo, (9) Lula não é brasileiro.
nenhum, algum etc.
A negação em (9) é denominada negação predicativa,
Sentenças moleculares são sentenças formadas com o pois nega o predicado, ao passo que em (6) há uma negação
auxílio dos operadores sentenciais. Exemplos de sentenças sentencial porque toda a sentença é negada. No caso de
moleculares são sentenças atômicas, a negação predicativa é equivalente à
(3) Lula é brasileiro e Zidane é francês, negação sentencial, mas veremos que isso não ocorre com
(4) Se você beber, não dirija, sentenças moleculares e sentenças com quantificadores.
(5) João vai à praia ou vai ao clube. Note que negar duas vezes uma sentença equivale a a-
firmar a própria sentença. A negação de
3. A interpretação vero-funcional dos operadores senten- (5) Lula é brasileiro
ciais é
Os operadores sentenciais que estudaremos aqui são as (9) Lula não é brasileiro,
partículas do português não, ou, e, se...então, se, e somente e a negação de (9),
se. A lógica sentencial interpreta esses operadores como (10) Não é o caso que Lula não é brasileiro, é a negação
funções de verdade ou vero-funcionalmente. Isso significa da negação de (5), que é equivalente à própria sentença (5).
que eles operam apenas com os valores de verdade dos
seus operandos, ou em outras palavras, o valor de verdade 5. A conjunção
de uma sentença formada com um dos operadores é deter- Uma sentença do tipo A e B é denominada uma conjun-
minado somente pelos valores de verdade das sentenças ção. Considere-se a sentença
que a constituem. (11) João foi à praia e Pedro foi ao futebol.
A sentença (1) é composta por duas sentenças,
Os operadores sentenciais se comportam de uma manei- (12) João foi à praia
ra análoga às funções matemáticas. Estas recebem números e

Raciocínio Lógico 22
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(13) Pedro foi ao futebol que é formada a partir das sentenças:


conectadas pelo operador lógico e. Na interpretação vero- (21) o PMDB receberá o ministério da saúde;
funcional do operador e, o valor de verdade de (11) depende (22) o PP receberá o ministério da saúde.
apenas dos valores de verdade das sentenças (12) e (13). É
fácil perceber que (11) é verdadeira somente em uma situa- Quando se diz que um determinado partido receberá um
ção: quando (12) e (13) são ambas verdadeiras. A tabela de ministério, isso significa que um membro de tal partido será
verdade de uma conjunção A e B é a seguinte: nomeado ministro. Posto que há somente um ministro da
ABAeB saúde, não é possível que (21) e (22) sejam simultaneamen-
VVV te verdadeiras. O ou da sentença (20), portanto, é exclusivo.
VFF
FVF Na lógica simbólica, são usados símbolos diferentes para
FFF designar o ou inclusivo e o exclusivo. No latim, há duas pala-
vras diferentes, vel para a disjunção inclusiva e aut para a
Note que, na interpretação vero-funcional da conjunção, exclusiva. No português isso não ocorre. Na maioria das
A e B é equivalente a B e A. Não faz diferença alguma afir- vezes é apenas o contexto que deixa claro se se trata de
marmos (11) ou (14) Pedro foi ao futebol e João foi à praia. uma disjunção inclusiva ou exclusiva.

É importante observar que a interpretação vero-funcional Assim como ocorre com a conjunção, sentenças A ou B e
da conjunção não expressa todos os usos da partícula e em B ou A são equivalentes. Isso vale tanto para o ou inclusivo
português. A sentença quanto para o exclusivo.
(15) Maria e Pedro tiveram um filho e casaram não é e-
quivalente a 7. A condicional
(16) Maria e Pedro casaram e tiveram um filho. Uma condicional é uma sentença da forma se A, então B.
A é denominado o antecedente e B o conseqüente da condi-
Em outras palavras, o e que ocorre em (15) e (16) não é cional.
uma função de verdade.
Em primeiro lugar, é importante deixar clara a diferença
6. A disjunção entre um argumento (23) A, logo B e uma condicional (24) se
Uma sentença do tipo A ou B é denominada uma disjun- A, então B.
ção. Há dois tipos de disjunção, a inclusiva e a exclusiva.
Ambas tomam dois valores de verdade como argumentos e Em (23) a verdade tanto de A quanto de B é afirmada.
produzem um valor de verdade como resultado. Começarei Note que o que vem depois do ‘logo’ é afirmado como verda-
pela disjunção inclusiva. Considere-se a sentença deiro e é a conclusão do argumento. Já em (24), nada se diz
(17) Ou João vai à praia ou João vai ao clube, que é for- acerca da verdade de A, nem de B. (24) diz apenas que se A
mada pela sentenças é verdadeira, B também será verdadeira. Note que apesar de
(18) João vai à praia uma condicional e um argumento serem coisas diferentes
e usamos uma terminologia similar para falar de ambos. Em
(19) João vai ao clube combinadas pelo operador ou. A (23) dizemos que A é o antecedente do argumento, e B é o
sentença (17) é verdadeira em três situações: conseqüente do argumento. Em (24), dizemos que A é o
(i) João vai à praia e também vai ao clube; antecedente da condicional, e B é o conseqüente da condi-
(ii) João vai à praia mas não vai ao clube e cional.
(iii) João não vai à praia mas vai ao clube.
Da mesma forma que analisamos o e e o ou como fun-
A tabela de verdade da disjunção inclusiva é a seguinte: ções de verdade, faremos o mesmo com a condicional. Ana-
A B A ou B lisada vero-funcionalmente, a condicional é denominada
VVV condicional material.
VFV
FVV Quando analisamos a conjunção, vimos que a interpreta-
FFF ção vero-funcional do operador sentencial e não corresponde
exatamente ao uso que dela fazemos na linguagem natural.
No sentido inclusivo do ou, uma sentença A ou B é ver- Isso ocorre de modo até mais acentuado com o operador
dadeira quando uma das sentenças A e B é verdadeira ou se...então. Na linguagem natural, geralmente usamos
quando são ambas verdadeiras, isto é, a disjunção inclusiva se...então para expressar uma relação entre os conteúdos de
admite a possibilidade de A e B serem simultaneamente A e B, isto é, queremos dizer que A é uma causa ou uma
verdadeiras. explicação de B. Isso não ocorre na interpretação do
se...então como uma função de verdade. A tabela de verda-
No sentido exclusivo do ou, uma sentença A ou B é ver- de da condicional material é a seguinte:
dadeira apenas em duas situações: A B se A, então B
(i) A é verdadeira e B é falsa; VVV
(ii) B é verdadeira e A e falsa. VFF
FVV
Não há, na disjunção exclusiva, a possibilidade de serem FFV
ambas as sentenças verdadeiras. A tabela de verdade da
disjunção exclusiva é Uma condicional material é falsa apenas em um caso:
A B A ou B quando o antecedente é verdadeiro e o conseqüente falso.
VVF
VFV A terceira e a quarta linhas da tabela de verdade da con-
FVV dicional material costumam causar problemas para estudan-
FFF tes iniciantes de lógica. Parece estranho que uma condicio-
nal seja verdadeira sempre que o antecedente é falso, mas
Um exemplo de disjunção exnclusiva é veremos que isso é menos estranho do que parece.
(20) Ou o PMDB ou o PP receberá o ministério da saúde,

Raciocínio Lógico 23
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Suponha que você não conhece Victor, mas sabe que Em (30), o ponto é que Lula fará um bom governo porque
Victor é um parente do seu vizinho que acabou de chegar da tem o apoio do PMDB. Há um suposto nexo explicativo e
França. Você não sabe mais nada sobre Victor. Agora consi- causal entre o antecedente e o conseqüente. Suponha, en-
dere a sentença: tretanto, que Lula obtém o apoio do PMDB durante todo o
(25) Se Victor é carioca, então Victor é brasileiro. seu mandato, mas ainda assim faz um mau governo. Nesse
caso, em que o antecedente é verdadeiro e o conseqüente
O antecedente de (25) é (26) Victor é carioca e o conse- falso, (30) é falsa.
qüente é (27) Victor é brasileiro.
Abaixo, você encontra diferentes maneiras de expressar,
A sentença (25) é verdadeira, pois sabemos que todo ca- na linguagem natural, uma condicional se A, então B, todas
rioca é brasileiro. Em outras palavras, é impossível que al- equivalentes.
guém simultaneamente seja carioca e não seja brasileiro. Por Se A, B
esse motivo, a terceira linha da tabela de verdade, que torna- B, se A
ria a condicional falsa, nunca ocorre. Caso A, B
B, caso A
Descartada a terceira linha, ainda há três possibilidades,
que correspondem às seguintes situações: As expressões abaixo também são equivalentes a se A,
(a) Victor é carioca. então B:
(b) Victor é paulista. A, somente se B
(c) Victor é francês. Somente se B, A
A é condição suficiente para B
Suponha que Victor é carioca. Nesse caso, o antecedente B é condição necessária para A,mas elas serão vistas
e o conseqüente da condicional são verdadeiros. com mais atenção na seção sobre condições necessárias e
suficientes.
Temos a primeira linha da tabela de verdade. Até aqui
não há problema algum. 8. Variantes da condicional material
Partindo de uma condicional
Suponha agora que Victor é paulista. Nesse caso, o ante- (31) Se A, então B
cedente da condicional (26) Victor é carioca é falso, mas o podemos construir sua conversa,
conseqüente (27) Victor é brasileiro é verdadeiro. (32) Se B, então A
sua inversa
Temos nesse caso a terceira linha da tabela de verdade (33) Se não A, então não B e sua contrapositiva (34) Se
da condicional. Note que a condicional (25) continua sendo não B, então não A.
verdadeira mesmo que Victor seja paulista, isto é, quando o
antecedente é falso. Há dois pontos importantes sobre as sentenças acima
que precisam ser observados. Vimos que A e B e B e A,
Por fim, suponha que Victor é francês. Nesse caso, tanto assim como A ou B e B ou A são equivalentes. Entretanto, se
(26) Victor é carioca quanto (27) Victor é brasileiro são fal- A, então B e se B então A NÃO SÃO EQUIVALENTES!!!
sas. Temos aqui a quarta linha da tabela de verdade da con-
dicional material. Mas, ainda assim, a sentença (25) é verda- Isso pode ser constatado facilmente pela construção das
deira. respectivas tabelas de verdade, que fica como exercício para
o leitor. Mas pode ser também intuitivamente percebido.
Vejamos outro exemplo. Considere a condicional Considere as sentenças: (35) Se João é carioca, João é
(28) Se Pedro não jogar na loteria, não ganhará o prêmio. brasileiro e
(36) Se João é brasileiro, João é carioca.
Essa é uma condicional verdadeira. Por quê? Porque é
impossível (em uma situação normal) o antecedente ser Enquanto a sentença (35) é verdadeira, é evidente que
verdadeiro e o conseqüente falso. Isto é, não é possível (36) pode ser falsa, pois João pode perfeitamente ser brasi-
Pedro não jogar e ganhar na loteria. Fica como exercício leiro sem ser carioca.
para o leitor a construção da tabela de verdade de (28).
Uma condicional se A, então B e sua contrapositiva se
Não é difícil perceber, em casos como (25) e (28) acima, não B, então não A são equivalentes. Isso pode ser consta-
por que uma condicional é verdadeira quando o antecedente tado pela construção da tabela de verdade, que fica como
é falso. O problema é que, sendo a condicional material uma um exercício para o leitor. Mas note que a contrapositiva de
função de verdade, coisas como (29) se 2 + 2 = 5, então a (35), (37) Se João não é brasileiro, não é carioca, é verdadei-
Lua é de queijo são verdadeiras. Sem dúvida, esse é um ra nas mesmas circunstâncias em que (35) é verdadeira. A
resultado contra-intuitivo. Note que toda condicional material diferença entre (35) e (37) é que (35) enfatiza que ser carioca
com antecedente falso será verdadeira. Mas no uso corrente é condição suficiente para ser brasileiro, enquanto (37) enfa-
da linguagem normalmente não formulamos condicionais tiza que ser brasileiro é condição necessária para ser cario-
com o antecedente falso. ca. Isso ficará mais claro na seção sobre condições necessá-
rias e suficientes.
Mas cabe perguntar: se a condicional material de fato não
expressa todos os usos do se...então em português e, além 9. Negações
disso, produz resultados contra-intuitivos como a sentença Agora nós vamos aprender a negar sentenças construí-
(29), por que ela é útil para o estudo de argumentos constru- das com os operadores sentenciais.
ídos com a linguagem natural? A resposta é muito simples. O
caso em que a condicional material é falsa, a segunda linha Negar uma sentença é o mesmo afirmar que a sentença
da tabela de verdade, corresponde exatamente ao caso em é falsa. Por esse motivo, para negar uma sentença construí-
que, no uso corrente da linguagem, uma sentença se A, da com os operadores sentenciais e, ou e se...então, basta
então B é falsa. Considere-se a sentença (30) Se Lula con- afirmar a(s) linha(s) da tabela de verdade em que a sentença
seguir o apoio do PMDB, então fará um bom governo. é falsa.

Raciocínio Lógico 24
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9a. Negação da disjunção a) Roberto fala inglês e Ricardo fala italiano.


Comecemos pelos caso mais simples, a disjunção (inclu- b) Ou Roberto não fala inglês ou Ricardo fala italiano.
siva). Como vimos, uma disjunção A ou B é falsa no caso em c) Se Ricardo fala italiano então Roberto fala inglês.
que tanto A quanto B são falsas. Logo, para negar uma dis- d) Roberto não fala inglês e Ricardo não fala italiano.
junção, nós precisamos dizer que A é falsa e também que B
é falsa, isto é, não A e não B. Fica como exercício para o 03. (UFB) Se p é uma proposição verdadeira, então:
leitor a construção das tabelas de verdade de A ou B e não A a) p ^ q é verdadeira, qualquer que seja q;
e não B para constatar que são idênticas. b) p v q é verdadeira, qualquer que seja q;
(1) João comprou um carro ou uma moto. c) p ^ q é verdadeira só se q for falsa;
d) p =>q é falsa, qualquer que seja q
A negação de (1) é: e) n.d.a.
(2) João não comprou um carro e não comprou uma moto,
ou 04. (MACK) Duas grandezas x e y são tais que "se x = 3
(3) João nem comprou um carro, nem comprou uma moto. então y = 7". Pode-se concluir que:
a) se x 3 antão y 7
Na linguagem natural, freqüentemente formulamos a ne- b) se y = 7 então x = 3
gação de uma disjunção com a expressão nem...nem. Nem c) se y 7 então x 3
A, nem B significa o mesmo que não A e não B. d) se x = 5 então y = 5
(4) O PMDB receberá o ministério da saúde ou o PP re- e) se x = 7 então y = 3
ceberá o ministério da cultura.
A negação de (4) é: 05. (ABC) Assinale a proposição composta logicamente ver-
(5) Nem o PMDB receberá o ministério da saúde, nem o dadeira:
PP receberá o ministério da cultura. a) (2 = 3) => (2 . 3 = 5)
b) (2 = 2) => (2 . 3 = 5)
Exercício: complete a coluna da direita da tabela abaixo c) (2 = 3) e (2 . 3 = 5)
com a negação das sentenças do lado esquerdo. d) (2 = 3) ou (2 . 3 = 5)
DISJUNÇÃO NEGAÇÃO e) (2 = 3) e (~ ( 2= 2))
A ou B não A e não B 06. (UGF) A negação de x > -2 é:
A ou não B a) x > 2
não A ou B b) x #-2
não A ou não B c) x < -2
d) x < 2
9b. Negação da conjunção e) x #2
Por um raciocínio análogo ao utilizado na negação da dis-
junção, para negar uma conjunção precisamos afirmar os 07. (ABC) A negação de todos os gatos são pardos é:
casos em que a conjunção é falsa. Esses casos são a se- a) nenhum gato é pardo;
gunda, a terceira e a quarta linhas da tabela de verdade. Isto b) existe gato pardo;
é, A e B é falsa quando: c) existe gato não pardo;
(i) A é falsa, d) existe um e um só gato pardo;
(ii) B é falsa ou e) nenhum gato não é pardo.
(iii) A e B são ambas falsas.
08. (ABC) Se A negação de o gato mia e o rato chia é:
É fácil perceber que basta uma das sentenças ligadas pe- a) o gato não mia e o rato não chia;
lo e ser falsa para a conjunção ser falsa. A negação de A e b) o gato mia ou o rato chia;
B, portanto, é não A ou não B. Fica como exercício para o c) o gato não mia ou o rato não chia;
leitor a construção das tabelas de verdade de A e B e não A d) o gato e o rato não chiam nem miam;
ou não B para constatar que são idênticas. e) o gato chia e o rato mia.

Exemplos de negações de conjunções: 09. Duas grandezas A e B são tais que "se A = 2 então B =
(6) O PMDB receberá o ministério da saúde e o ministério 5". Pode-se concluir que:
da cultura. a) se A 2 antão B 5
A negação de (6) é b) se A = 5 então B = 2
(6a) Ou PMDB não receberá o ministério da saúde, ou c) se B 5 então A 2
não receberá o ministério da cultura. d) se A = 2 então B = 2
(7) Beba e dirija. e) se A = 5 então B 2
A negação de (7) é
(7a) não beba ou não dirija. 10. (VUNESP) Um jantar reúne 13 pessoas de uma mesma
família. Das afirmações a seguir, referentes às pessoas reu-
Fonte: http://abilioazambuja.sites.uol.com.br/1d.pdf
nidas, a única necessariamente verdadeira é:
QUESTÕES I a) pelo menos uma delas tem altura superior a 1,90m;
01. Sendo p a proposição Paulo é paulista e q a proposição b) pelo menos duas delas são do sexo feminino;
Ronaldo é carioca, traduzir para a linguagem corrente as c) pelo menos duas delas fazem aniversário no mesmo mês;
seguintes proposições: d) pelo menos uma delas nasceu num dia par;
a) ~q e) pelo menos uma delas nasceu em janeiro ou fevereiro.
b) p ^ q
c) p v q Resolução:
d) p " q
e) p " (~q) 01. a) Paulo não é paulista.
b) Paulo é paulista e Ronaldo é carioca.
02. Sendo p a proposição Roberto fala inglês e q a proposi- c) Paulo é paulista ou Ronaldo é carioca.
ção Ricardo fala italiano traduzir para a linguagem simbólica d) Se Paulo é paulista então Ronaldo é carioca.
as seguintes proposições: e) Se Paulo é paulista então Ronaldo não é carioca.

Raciocínio Lógico 25
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02. a) p ^ q III – O jogo terminou empatado?


IV – Existe vida em outros planetas do universo.
b) (~p) v p V – Escreva uma poesia.
c) q " p A frase que não possui essa característica
d) (~p) ^ (~q) comum é a
a) I
03. B 04. C 05. A 06. C b) II
07. C 08. C 09. C 10. C c) III
d) IV
http://www.coladaweb.com/matematica/logica e) V
JULGUE SE É PROPOSIÇÃO E JUSTIFIQUE:
1. Paulo é alto. 5. CESPE (Adaptado) – JULGUE COM CERTO
2. Ele foi o melhor jogador da copa. OU ERRADO:
3. x > y Das cinco (5) afirmações abaixo, três delas
4. Rossana é mais velha que Marcela? são proposições.
5. Mário é pintor I – Mariana mora em Piúma.
6. x + 2 = 5 II – Em Vila Velha, visite o Convento da Penha.
7. 3 + 4 = 9 III – A expressão algébrica x + y é positiva.
8. É um péssimo livro de geografia IV – Se Joana é economista, então ela não
9. Se x é um número primo então x é um número real entende de políticas públicas.
10. x é um número primo. V – A SEGER oferece 220 vagas em concurso
público.
GABARITO
1.proposição GABARITO
2. vaga ou sentença aberta 1. certa
3.sentença aberta 2. errada
4. interrogativa 3.A
5. proposição 4.D
6. sentença aberta 5. certa
7. proposição
8. proposição ESTRUTURAS LÓGICAS
9. proposição ( variável não livre )
10. sentença aberta ou imperativa
As questões de Raciocínio Lógico sempre vão ser com-
TESTES postas por proposições que provam, dão suporte, dão razão
1. Julgue se a afirmação a seguir é CERTA ou a algo, ou seja, são afirmações que expressam um pensa-
ERRADA. mento de sentindo completo. Essas proposições podem ter
Há duas proposições no seguinte conjunto de um sentindo positivo ou negativo.
sentenças:
I – O BB foi criado em 1980. Exemplo 1: João anda de bicicleta.
II – Faça seu trabalho corretamente.
III – Manuela tem mais de 40 anos de idade. Exemplo 2: Maria não gosta de banana.

2. Julgue com CERTO ou ERRADO: Tanto o exemplo 1 quanto o 2 caracterizam uma afirma-
Na lista de frases apresentadas a seguir, há ção/proposição.
exatamente três proposições.
“a frase dentro destas aspas é uma mentira” A base das estruturas lógicas é saber o que é verda-
A expressão x + y é positiva de ou mentira (verdadeiro/falso).
O valor de + 3 = 7
Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
O que é isto? Os resultados das proposições SEMPRE tem que dar
verdadeiro.
3. Agente Fiscal de Rendas – Nível I / SP 2006
– FCC Há alguns princípios básicos:
Considere as seguintes frases:
I – Ele foi o melhor jogador do mundo em 2005. Contradição: Nenhuma proposição pode ser verdadeira e
II – (x + y) / 5 é um número inteiro falsa ao mesmo tempo.
III – João da Silva foi o Secretário da Fazenda do
Estado de São Paulo em 2000. Terceiro Excluído: Dadas duas proposições lógicas con-
É verdade que APENAS traditórias somente uma delas é verdadeira. Uma proposição
a) I e II são sentenças abertas ou é verdadeira ou é falsa, não há um terceiro valor lógico
b) I e III são sentenças abertas (“mais ou menos”, meio verdade ou meio mentira).
c) II e III são sentenças abertas
d) I é uma sentença aberta Ex. Estudar é fácil. (o contrário seria: “Estudar é difícil”.
e) II é uma sentença aberta Não existe meio termo, ou estudar é fácil ou estudar é difícil).

4. Das cinco frases abaixo, quatro delas têm Para facilitar a resolução das questões de lógica usam-se
uma mesma característica lógica em comum, os Conectivos Lógicos, que são símbolos que comprovam
enquanto uma delas não tem essa a veracidade das informações e unem as proposições uma a
característica. outra ou as transformam numa terceira proposição.
I – Que belo dia!
II – Um excelente livro de raciocínio lógico. Veja abaixo:

Raciocínio Lógico 26
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(~) “não”: negação V V V


(Λ) “e”: conjunção
(V) “ou”: disjunção V F V
(→) “se...então”: condicional F V V
(↔) “se e somente se”: bicondicional
Agora, vejamos na prática como funcionam estes conec- F F F
tivos:
Temos as seguintes proposições:
O Pão é barato. O Queijo não é bom.
A letra P, representa a primeira proposição e a letra Q, a CONDICIONAL (símbolo →)
segunda. Assim, temos:
P: O Pão é barato. Este conectivo dá a ideia de condição para que a outra
Q: O Queijo não é bom. proposição exista. “P” será condição suficiente para “Q” e “Q”
NEGAÇÃO (símbolo ~): é condição necessária para “P”.
Quando usamos a negação de uma proposição inverte- Ex4.: P → Q. (Se o Pão é barato então o Queijo não é
mos a afirmação que está sendo dada. Veja os exemplos: bom.) → = “se...então”
Ex1. : ~P (não P): O Pão não é barato. (É a negação lógi-
Regrinha para o conectivo condicional (→):
ca de P)
P Q P→Q
~Q (não Q): O Queijo é bom. (É a negação lógica de Q)
V V V
Se uma proposição é verdadeira, quando usamos a ne- V F F
gação vira falsa. F V V

Se uma proposição é falsa, quando usamos a negação vi- F F V


ra verdadeira.

Regrinha para o conectivo de negação (~):


BICONDICIONAL (símbolo ↔)

O resultado dessas proposições será verdadeiro se e


P ~P somente se as duas forem iguais (as duas verdadeiras ou as
duas falsas). “P” será condição suficiente e necessária para
V F “Q”
F V
Ex5.: P ↔ Q. (O Pão é barato se e somente se o Queijo
CONJUNÇÃO (símbolo Λ): não é bom.) ↔ = “se e somente se”

Este conectivo é utilizado para unir duas proposições Regrinha para o conectivo bicondicional (↔):
formando uma terceira. O resultado dessa união somente
será verdadeiro se as duas proposições (P e Q) forem ver- P Q P↔Q
dadeiras, ou seja, sendo pelo menos uma falsa, o resultado V V V
será FALSO.
V F F
Ex.2: P Λ Q. (O Pão é barato e o Queijo não é bom.) Λ = F V F
“e”
F F V
Regrinha para o conectivo de conjunção (Λ):
Fonte: http://www.concursospublicosonline.com/
P Q PΛQ
V V V TABELA VERDADE
V F F
F V F Tabela-verdade, tabela de verdade ou tabela veritativa
é um tipo de tabela matemática usada em Lógica para
F F F determinar se uma fórmula é válida ou se um sequente é
correto.
DISJUNÇÃO (símbolo V):
As tabelas-verdade derivam do trabalho de Gottlob Frege,
Este conectivo também serve para unir duas proposições. Charles Peirce e outros da década de 1880, e tomaram a
O resultado será verdadeiro se pelo menos uma das proposi- forma atual em 1922 através dos trabalhos de Emil Post e
ções for verdadeira. Ludwig Wittgenstein. A publicação do Tractatus Logico-
Philosophicus, de Wittgenstein, utilizava as mesmas para
Ex3.: P V Q. (Ou o Pão é barato ou o Queijo não é bom.) classificar funções veritativas em uma série. A vasta
V = “ou” influência de seu trabalho levou, então, à difusão do uso de
tabelas-verdade.
Regrinha para o conectivo de disjunção (V):
Como construir uma Tabela Verdade
P Q PVQ Uma tabela de verdade consiste em:

Raciocínio Lógico 27
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1º) Uma linha em que estão contidos todas as A B A→B


subfórmulas de uma fórmula. Por exemplo, a fórmula
¬((A ∧B)→C)
nte tem de
conjuntos o segui
subfórmulas: V V V
V F F
{ ¬((A∋B) →C) , (A∧B)→C , A∧B , A , B , C} F V V
F F V
2º) l linhas em que estão todos possíveis valores que os
termos podem receber e os valores cujas as fórmulas Bicondicional (Se e somente se) [Equivalência]
moleculares tem dados os valores destes termos.
A conjunção é verdadeira se, e somente se, ambos
O número destas linhas é l = nt , sendo n o número de operandos forem falsos ou ambos verdadeiros
valores que o sistema permite (sempre 2 no caso do Cálculo
Proposicional Clássico) e t o número de termos que a A B A↔B
fórmula contém. Assim, se uma fórmula contém 2 termos, o V V V
número de linhas que expressam a permutações entre estes
será 4: um caso de ambos termos serem verdadeiros (V V), V F F
dois casos de apenas um dos termos ser verdadeiro (V F , F F V F
V) e um caso no qual ambos termos são falsos (F F). Se a F F V
fórmula contiver 3 termos, o número de linhas que
expressam a permutações entre estes será 8: um caso de DISJUNÇÃO EXCLUSIVA (OU... OU XOR)
todos termos serem verdadeiros (V V V), três casos de
apenas dois termos serem verdadeiros (V V F , V F V , F V A conjunção é verdadeira se, e somente se, apenas um
V), três casos de apenas um dos termos ser verdadeiro (V F dos operandos for verdadeiro
F , F V F , F F V) e um caso no qual todos termos são falsos
(F F F). A B A(B
Tabelas das Principais Operações do Cálculo V V F
Proposicional Dei V F V
Negação F V V
F F F
A ~A
Adaga de Quine (NOR)
V F
A conjunção é verdadeira se e somente se os operandos
F V são falsos

A negação da proposição "A" é a proposição "~A", de A B A(B A↓B


maneira que se "A" é verdade então "~A" é falsa, e vice-
V V V F
versa.
V F V F
Conjunção (E) F V V F
F F F V
A conjunção é verdadeira se e somente se os operandos Como usar tabelas para verificar a validade de
são verdadeiros argumentos
A B A^B Verifique se a conclusão nunca é falsa quando
V V V as premissas são verdadeiros. Em caso positivo, o
argumento é válido. Em caso negativo, é inválido.
V F F
F V F Alguns argumentos válidos
F F F
Modus ponens
Disjunção (OU)

A disjunção é falsa se, e somente se ambos os


operandos forem falsos
A B A→B
V V V
V F F
A B AvB F V V
V V V F F V
V F V
F V V Modus tollens
F F F

Condicional (Se... Então) [Implicação]


A B ¬A ¬B A→B
A conjunção é falsa se, e somente se, o primeiro V V F F V
operando é verdadeiro e o segundo operando é falso

Raciocínio Lógico 28
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V F F V F Mais de 100 anos depois de Euler, o logicista inglês John


Venn (1834 – 1923) aperfeiçoou o emprego dos diagramas,
F V V F V
utilizando sempre círculos. Desta forma, hoje conhecemos
F F V V V como diagramas de Euler/Venn.
Silogismo Hipotético Tipos

Existem três possíveis tipos de relacionamento entre dois


diferentes conjuntos:
A B C A→B B→C A→C
Indica que um con-
V V V V V V
junto está ompleta-
V V F V F F mente contido no
V F V F V V outro, mas o inverso
V F F F V F não é verdadeiro.
F V V V V V
F V F V F V
F F V V V V Indica que os dois
F F F V V V conjuntos tem alguns
elementos em co-
Algumas falácias mum, mas não todos.

Afirmação do conseqüente

Se A, então B. (A→B) Indica que não exis-


tem elementos co-
muns entre os con-
B.
juntos.
Logo, A.

A B A→B
OBS: CONSIDERE QUE O TAMANHO DOS CÍRCULOS
V V V NÃO INDICA O TAMANHO RELATIVO DOS CONJUNTOS.
V F F
F V V LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO: ANALOGIAS,
F F V INFERÊNCIAS, DEDUÇÕES E CONCLUSÕES.

1. Introdução
Comutação dos Condicionais
Desde suas origens na Grécia Antiga, especialmente de
A implica B. (A→B) Aristóteles (384-322 a.C.) em diante, a lógica tornou-se um
dos campos mais férteis do pensamento humano, particular-
mente da filosofia. Em sua longa história e nas múltiplas
Logo, B implica A. (B→A)
modalidades em que se desenvolveu, sempre foi bem claro
A B A→B B→A seu objetivo: fornecer subsídios para a produção de um bom
raciocínio.
V V V V
V F F V Por raciocínio, entende-se tanto uma atividade mental
F V V F quanto o produto dessa atividade. Esse, por sua vez, pode
F F V V ser analisado sob muitos ângulos: o psicólogo poderá estu-
dar o papel das emoções sobre um determinado raciocínio; o
Fonte: Wikipédia sociólogo considerará as influências do meio; o criminólogo
levará em conta as circunstâncias que o favoreceram na
DIAGRAMAS LÓGICOS prática de um ato criminoso etc. Apesar de todas estas pos-
sibilidades, o raciocínio é estudado de modo muito especial
História no âmbito da lógica. Para ela, pouco importam os contextos
psicológico, econômico, político, religioso, ideológico, jurídico
Para entender os diagramas lógicos vamos dar uma rápi- ou de qualquer outra esfera que constituam o “ambiente do
da passada em sua origem. raciocínio”.
O suíço Leonhard Euler (1707 – 1783) por volta de 1770,
ao escrever cartas a uma princesa da Alemanha, usou os Ao lógico, não interessa se o raciocínio teve esta ou a-
diagramas ao explicar o significado das quatro proposições quela motivação, se respeita ou não a moral social, se teve
categóricas: influências das emoções ou não, se está de acordo com uma
Todo A é B. doutrina religiosa ou não, se foi produzido por uma pessoa
Algum A é B. embriagada ou sóbria. Ele considera a sua forma. Ao consi-
Nenhum A é B. derar a forma, ele investiga a coerência do raciocínio, as
Algum A não é B. relações entre as premissas e a conclusão, em suma, sua

Raciocínio Lógico 29
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obediência a algumas regras apropriadas ao modo como foi forma do discurso e as suas relações com a matéria ou o
formulado etc. conteúdo do próprio discurso. Se houver coerência, no pri-
meiro caso, e coerência e correspondência, no segundo,
Apenas a título de ilustração, seguem-se algumas defini- tem-se a verdade.
ções e outras referências à lógica:
Em seu conjunto, a lógica investiga as regras adequadas
“A arte que dirige o próprio ato da razão, ou seja, nos à produção de um raciocínio válido, por meio do qual visa-se
permite chegar com ordem, facilmente e sem erro, ao próprio à consecução da verdade, seja ela formal ou material. Rela-
ato da razão – o raciocínio” (Jacques Maritain). cionando a lógica com a prática, pode-se dizer que é impor-
tante que se obtenha não somente uma verdade formal, mas,
“A lógica é o estudo dos métodos e princípios usados pa- também, uma verdade que corresponda à experiência. Que
ra distinguir o raciocínio correto do incorreto” (Irving Copi). seja, portanto, materialmente válida. A conexão entre os
princípios formais da lógica e o conteúdo de seus raciocínios
pode ser denominada de “lógica informal”. Trata-se de uma
“A lógica investiga o pensamento não como ele é, mas
lógica aplicada ao plano existencial, à vida quotidiana.
como deve ser” (Edmundo D. Nascimento).
1.2. Raciocínio e Argumentação
“A princípio, a lógica não tem compromissos. No entanto,
sua história demonstra o poder que a mesma possui quando
bem dominada e dirigida a um propósito determinado, como Três são as principais operações do intelecto humano: a
o fizeram os sofistas, a escolástica, o pensamento científico simples apreensão, os juízos e o raciocínio.
ocidental e, mais recentemente, a informática” (Bastos; Kel-
ler). A simples apreensão consiste na captação direta (atra-
vés dos sentidos, da intuição racional, da imaginação etc) de
1.1. Lógica formal e Lógica material uma realidade sobre a qual forma-se uma idéia ou conceito
(p. ex., de um objeto material, ideal, sobrenatural etc) que,
por sua vez, recebe uma denominação (as palavras ou ter-
Desde Aristóteles, seu primeiro grande organizador, os
mos, p. ex.: “mesa”, “três” e “arcanjo”).
estudos da lógica orientaram-se em duas direções principais:
a da lógica formal, também chamada de “lógica menor” e a
da lógica material, também conhecida como “lógica maior”. O juízo é ato pelo qual os conceitos ou idéias são ligadas
ou separadas dando origem à emissão de um “julgamento”
(falso ou verdadeiro) sobre a realidade, mediante proposi-
A lógica formal preocupa-se com a correção formal do
ções orais ou escritas. Por exemplo: “Há três arcanjos sobre
pensamento. Para esse campo de estudos da lógica, o con-
a mesa da sala”
teúdo ou a matéria do raciocínio tem uma importância relati-
va. A preocupação sempre será com a sua forma. A forma é
respeitada quando se preenchem as exigências de coerência O raciocínio, por fim, consiste no “arranjo” intelectual dos
interna, mesmo que as conclusões possam ser absurdas do juízos ou proposições, ordenando adequadamente os conte-
ponto de vista material (conteúdo). Nem sempre um raciocí- údos da consciência. No raciocínio, parte-se de premissas
nio formalmente correto corresponde àquilo que chamamos para se chegar a conclusões que devem ser adequadas.
de realidade dos fatos. No entanto, o erro não está no seu Procedendo dessa forma, adquirem-se conhecimentos novos
aspecto formal e, sim, na sua matéria. Por exemplo, partindo e defende-se ou aprofunda-se o que já se conhece. Para
das premissas que tanto, a cada passo, é preciso preencher os requisitos da
coerência e do rigor. Por exemplo: “Se os três arcanjos estão
(1) todos os brasileiros são europeus sobre a mesa da sala, não estão sobre a mesa da varanda”
e que
(2) Pedro é brasileiro, Quando os raciocínios são organizados com técnica e ar-
formalmente, chegar-se-á à conclusão lógica que te e expostos de forma tal a convencer a platéia, o leitor ou
(3) Pedro é europeu. qualquer interlocutor tem-se a argumentação. Assim, a ativi-
Materialmente, este é um raciocínio falso porque a expe- dade argumentativa envolve o interesse da persuasão. Ar-
riência nos diz que a premissa é falsa. gumentar é o núcleo principal da retórica, considerada a arte
de convencer mediante o discurso.
No entanto, formalmente, é um raciocínio válido, porque a
conclusão é adequada às premissas. É nesse sentido que se Partindo do pressuposto de que as pessoas pensam a-
costuma dizer que o computador é falho, já que, na maioria quilo que querem, de acordo com as circunstâncias da vida e
dos casos, processa formalmente informações nele previa- as decisões pessoais (subjetividade), um argumento conse-
mente inseridas, mas não tem a capacidade de verificar o guirá atingir mais facilmente a meta da persuasão caso as
valor empírico de tais informações. idéias propostas se assentem em boas razões, capazes de
mexer com as convicções daquele a quem se tenta conven-
cer. Muitas vezes, julga-se que estão sendo usadas como
Já, a lógica material preocupa-se com a aplicação das
bom argumento opiniões que, na verdade, não passam de
operações do pensamento à realidade, de acordo com a
preconceitos pessoais, de modismos, de egoísmo ou de
natureza ou matéria do objeto em questão. Nesse caso,
outras formas de desconhecimento. Mesmo assim, a habili-
interessa que o raciocínio não só seja formalmente correto,
dade no argumentar, associada à desatenção ou à ignorân-
mas que também respeite a matéria, ou seja, que o seu con-
cia de quem ouve, acaba, muitas vezes, por lograr a persua-
teúdo corresponda à natureza do objeto a que se refere.
são.
Neste caso, trata-se da correspondência entre pensamento e
realidade.
Pode-se, então, falar de dois tipos de argumentação: boa
ou má, consistente/sólida ou inconsistente/frágil, lógica ou
Assim sendo, do ponto de vista lógico, costuma-se falar
ilógica, coerente ou incoerente, válida ou não-válida, fraca ou
de dois tipos de verdade: a verdade formal e a verdade mate-
forte etc.
rial. A verdade formal diz respeito, somente e tão-somente, à
forma do discurso; já a verdade material tem a ver com a

Raciocínio Lógico 30
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De qualquer modo, argumentar não implica, necessaria- Desse modo, quando se emprega, por exemplo, o termo
mente, manter-se num plano distante da existência humana, “mulher rica”, tende-se a pensar no conjunto das mulheres às
desprezando sentimentos e motivações pessoais. Pode-se quais se aplica esse conceito, procurando apreender uma
argumentar bem sem, necessariamente, descartar as emo- nota característica comum a todos os elementos do conjunto,
ções, como no caso de convencer o aluno a se esforçar nos de acordo com a ‘intencionalidade’ presente no ato mental.
estudos diante da perspectiva de férias mais tranqüilas. En- Como resultado, a expressão “mulher rica” pode ser tratada
fim, argumentar corretamente (sem armar ciladas para o como dois termos: pode ser uma pessoa do sexo feminino
interlocutor) é apresentar boas razões para o debate, susten- cujos bens materiais ou financeiros estão acima da média ou
tar adequadamente um diálogo, promovendo a dinamização aquela cuja trajetóriaexistencial destaca-se pela bondade,
do pensamento. Tudo isso pressupõe um clima democrático. virtude, afetividade e equilíbrio.

1.3. Inferência Lógica Para que não se obstrua a coerência do raciocínio, é pre-
ciso que fique bem claro, em função do contexto ou de uma
Cabe à lógica a tarefa de indicar os caminhos para um manifestação de quem emite o juízo, o significado dos ter-
raciocínio válido, visando à verdade. mos empregados no discurso.

Contudo, só faz sentido falar de verdade ou falsidade 1.5. Princípios lógicos


quando entram em jogo asserções nas quais se declara algo,
emitindo-se um juízo de realidade. Existem, então, dois tipos Existem alguns princípios tidos como conditio sine qua
de frases: as assertivas e as não assertivas, que também non para que a coerência do raciocínio, em absoluto, possa
podem ser chamadas de proposições ou juízos. ocorrer. Podem ser entendidos como princípios que se refe-
rem tanto à realidade das coisas (plano ontológico), quanto
Nas frases assertivas afirma-se algo, como nos exem- ao pensamento (plano lógico), ou seja, se as coisas em geral
plos: “a raiz quadrada de 9 é 3” ou “o sol brilha à noite”. Já, devem respeitar tais princípios, assim também o pensamento
nas frases não assertivas, não entram em jogo o falso e o deve respeitá-los. São eles:
verdadeiro, e, por isso, elas não têm “valor de verdade”. É o
caso das interrogações ou das frases que expressam esta- a) Princípio da identidade, pelo qual se delimita a reali-
dos emocionais difusos, valores vivenciados subjetivamente dade de um ser. Trata-se de conceituar logicamente qual é a
ou ordens. A frase “toque a bola”, por exemplo, não é falsa identidade de algo a que se está fazendo referência. Uma
nem verdadeira, por não se tratar de uma asserção (juízo). vez conceituada uma certa coisa, seu conceito deve manter-
se ao longo do raciocínio. Por exemplo, se estou falando de
As frases declaratórias ou assertivas podem ser combi- um homem chamado Pedro, não posso estar me referindo a
nadas de modo a levarem a conclusões conseqüentes, cons- Antônio.
tituindo raciocínios válidos. Veja-se o exemplo:
b) Princípio da não-contradição. Se algo é aquilo que é,
(1) Não há crime sem uma lei que o defina; não pode ser outra coisa, sob o mesmo aspecto e ao mesmo
tempo. Por exemplo, se o brasileiro João está doente agora,
(2) não há uma lei que defina matar ET’s como crime; não está são, ainda que, daqui a pouco possa vir a curar-se,
embora, enquanto João, ele seja brasileiro, doente ou são;
(3) logo, não é crime matar ET’s.
c) Princípio da exclusão do terceiro termo. Entre o fal-
so e o verdadeiro não há meio termo, ou é falso ou é verda-
Ao serem ligadas estas assertivas, na mente do interlocu-
deiro. Ou está chovendo ou não está, não é possível um
tor, vão sendo criadas as condições lógicas adequadas à
terceiro termo: está meio chovendo ou coisa parecida.
conclusão do raciocínio. Esse processo, que muitas vezes
permite que a conclusão seja antecipada sem que ainda
sejam emitidas todas as proposições do raciocínio, chamase A lógica clássica e a lógica matemática aceitam os três
inferência. O ponto de partida de um raciocínio (as premis- princípios como suas pedras angulares, no entanto, mais
sas) deve levar a conclusões óbvias. recentemente, Lukasiewicz e outros pensadores desenvolve-
ram sistemas lógicos sem o princípio do terceiro excluído,
admitindo valor lógico não somente ao falso e ao verdadeiro,
1.4. Termo e Conceito
como também ao indeterminado.
Para que a validade de um raciocínio seja preservada, é
2. Argumentação e Tipos de Raciocínio
fundamental que se respeite uma exigência básica: as pala-
vras empregadas na sua construção não podem sofrer modi-
ficações de significado. Observe-se o exemplo: Conforme vimos, a argumentação é o modo como é ex-
posto um raciocínio, na tentativa de convencer alguém de
Os jaguares são quadrúpedes; alguma coisa. Quem argumenta, por sua vez, pode fazer uso
Meu carro é um Jaguar de diversos tipos de raciocínio. Às vezes, são empregados
logo, meu carro é um quadrúpede. raciocínios aceitáveis do ponto de vista lógico, já, em outras
ocasiões, pode-se apelar para raciocínios fracos ou inválidos
O termo “jaguar” sofreu uma alteração de significado ao
sob o mesmo ponto de vista. É bastante comum que raciocí-
longo do raciocínio, por isso, não tem validade.
nios desse tipo sejam usados para convencer e logrem o
efeito desejado, explorando a incapacidade momentânea ou
Quando pensamos e comunicamos os nossos pensamen- persistente de quem está sendo persuadido de avaliar o valor
tos aos outros, empregamos palavras tais como “animal”, lógico do raciocínio empregado na argumentação.
“lei”, “mulher rica”, “crime”, “cadeira”, “furto” etc. Do ponto de
vista da lógica, tais palavras são classificadas como termos,
Um bom raciocínio, capaz de resistir a críticas, precisa
que são palavras acompanhadas de conceitos. Assim sendo,
ser dotado de duas características fundamentais: ter premis-
o termo é o signo lingüístico, falado ou escrito, referido a um
sas aceitáveis e ser desenvolvido conforme as normas apro-
conceito, que é o ato mental correspondente ao signo.
priadas.

Raciocínio Lógico 31
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Dos raciocínios mais empregados na argumentação, me- bom senso e de boa técnica para desempenhar adequada-
recem ser citados a analogia, a indução e a dedução. Dos mente seu papel.
três, o primeiro é o menos preciso, ainda que um meio bas-
tante poderoso de convencimento, sendo bastante usado Aplicação das regras acima a exemplos:
pela filosofia, pelo senso comum e, particularmente, nos
discursos jurídico e religioso; o segundo é amplamente em- a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e
pregado pela ciência e, também, pelo senso comum e, por relevantes, não imaginários ou insignificantes.tc
fim, a dedução é tida por alguns como o único raciocínio
autenticamente lógico, por isso, o verdadeiro objeto da lógica
"a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e
formal.
relevantes, não imaginários ou insignificantes."
A maior ou menor valorização de um ou de outro tipo de
Analogia forte - Ana Maria sempre teve bom gosto ao
raciocínio dependerá do objeto a que se aplica, do modo
comprar suas roupas, logo, terá bom gosto ao comprar as
como é desenvolvido ou, ainda, da perspectiva adotada na
roupas de sua filha.
abordagem da natureza e do alcance do conhecimento.
Analogia fraca - João usa terno, sapato de cromo e per-
Às vezes, um determinado tipo de raciocínio não é ade-
fume francês e é um bom advogado;
quadamente empregado. Vejam-se os seguintes exemplos: o
médico alemão Ludwig Büchner (1824-1899) apresentou
como argumento contra a existência da alma o fato de esta Antônio usa terno, sapato de cromo e perfume francês;
nunca ter sido encontrada nas diversas dissecações do cor- logo, deve ser um bom advogado.
po humano; o astronauta russo Gagarin (1934-1968) afirmou
que Deus não existe pois “esteve lá em cima” e não o encon- b) O número de aspectos semelhantes entre uma situa-
trou. Nesses exemplos fica bem claro que o raciocínio induti- ção e outra deve ser significativo.tc "b) O número de aspec-
vo, baseado na observação empírica, não é o mais adequa- tos semelhantes entre uma situação e outra deve ser signifi-
do para os objetos em questão, já que a alma e Deus são de cativo."
ordem metafísica, não física.
Analogia forte - A Terra é um planeta com atmosfera,
2.1. Raciocínio analógico com clima ameno e tem água; em Marte, tal como na Terra,
houve atmosfera, clima ameno e água; na Terra existe vida,
Se raciocinar é passar do desconhecido ao conhecido, é logo, tal como na Terra, em Marte deve ter havido algum tipo
partir do que se sabe em direção àquilo que não se sabe, a de vida.
analogia (aná = segundo, de acordo + lógon = razão) é um
dos caminhos mais comuns para que isso aconteça. No Analogia fraca - T. Edison dormia entre 3 e 4 horas por
raciocínio analógico, compara-se uma situação já conhecida noite e foi um gênio inventor; eu dormirei durante 3 1/2 horas
com uma situação desconhecida ou parcialmente conhecida, por noite e, por isso, também serei um gênio inventor.
aplicando a elas as informações previamente obtidas quando
da vivência direta ou indireta da situação-referência. c) Não devem existir divergências marcantes na compa-
ração.tc "c) Não devem existir divergências marcantes na
Normalmente, aquilo que é familiar é usado como ponto comparação.."
de apoio na formação do conhecimento, por isso, a analogia
é um dos meios mais comuns de inferência. Se, por um lado, Analogia forte - A pescaria em rios não é proveitosa por
é fonte de conhecimentos do dia-a-dia, por outro, também ocasião de tormentas e tempestades; a pescaria marinha
tem servido de inspiração para muitos gênios das ciências e não está tendo sucesso porque troveja muito.
das artes, como nos casos de Arquimedes na banheira (lei
do empuxo), de Galileu na catedral de Pisa (lei do pêndulo) Analogia fraca - Os operários suíços que recebem o sa-
ou de Newton sob a macieira (lei da gravitação universal). No lário mínimo vivem bem; a maioria dos operários brasileiros,
entanto, também é uma forma de raciocínio em que se come- tal como os operários suíços, também recebe um salário
tem muitos erros. Tal acontece porque é difícil estabelecer- mínimo; logo, a maioria dos operários brasileiros também
lhe regras rígidas. A distância entre a genialidade e a falha vive bem, como os suíços.
grosseira é muito pequena. No caso dos raciocínios analógi-
cos, não se trata propriamente de considerá-los válidos ou Pode-se notar que, no caso da analogia, não basta con-
não-válidos, mas de verificar se são fracos ou fortes. Segun- siderar a forma de raciocínio, é muito importante que se
do Copi, deles somente se exige “que tenham alguma proba- avalie o seu conteúdo. Por isso, esse tipo de raciocínio não é
bilidade” (Introdução à lógica, p. 314). admitido pela lógica formal. Se as premissas forem verdadei-
ras, a conclusão não o será necessariamente, mas possivel-
A força de uma analogia depende, basicamente, de três mente, isto caso cumpram-se as exigências acima.
aspectos:
a) os elementos comparados devem ser verdadeiros e Tal ocorre porque, apesar de existir uma estrutura geral
importantes; do raciocínio analógico, não existem regras claras e precisas
b) o número de elementos semelhantes entre uma situa- que, uma vez observadas, levariam a uma conclusão neces-
ção e outra deve ser significativo; sariamente válida.
c) não devem existir divergências marcantes na compa-
ração. O esquema básico do raciocínio analógico é:
No raciocínio analógico, comparam-se duas situações, A é N, L, Y, X;
casos, objetos etc. semelhantes e tiram-se as conclusões B, tal como A, é N, L, Y, X;
adequadas. Na ilustração, tal como a carroça, o carro a mo- A é, também, Z
tor é um meio de transporte que necessita de um condutor. logo, B, tal como A, é também Z.
Este, tanto num caso quanto no outro, precisa ser dotado de

Raciocínio Lógico 32
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Se, do ponto de vista da lógica formal, o raciocínio analó- Ao sair de casa, João viu um gato preto e, logo a seguir,
gico é precário, ele é muito importante na formulação de caiu e quebrou o braço. Maria viu o mesmo gato e, alguns
hipóteses científicas e de teses jurídicas ou filosóficas. Con- minutos depois, foi assaltada. Antonio também viu o mesmo
tudo, as hipóteses científicas oriundas de um raciocínio ana- gato e, ao sair do estacionamento, bateu com o carro. Logo,
lógico necessitam de uma avaliação posterior, mediante ver um gato preto traz azar.
procedimentos indutivos ou dedutivos.
Os exemplos acima sugerem, sob o ponto de vista do va-
Observe-se o seguinte exemplo: John Holland, físico e lor lógico, dois tipos de indução: a indução fraca e a indução
professor de ciência da computação da Universidade de forte. É forte quando não há boas probabilidades de que um
Michigan, lançou a hipótese (1995) de se verificar, no campo caso particular discorde da generalização obtida das premis-
da computação, uma situação semelhante à que ocorre no sas: a conclusão “nenhuma cobra voa” tem grande probali-
da genética. Assim como na natureza espécies diferentes dade de ser válida. Já, no caso do “gato preto”, não parece
podem ser cruzadas para obter o chamado melhoramento haver sustentabilidade da conclusão, por se tratar de mera
genético - um indivíduo mais adaptado ao ambiente -, na coincidência, tratando-se de uma indução fraca. Além disso,
informática, também o cruzamento de programas pode con- há casos em que uma simples análise das premissas é sufi-
tribuir para montar um programa mais adequado para resol- ciente para detectar a sua fraqueza.
ver um determinado problema. “Se quisermos obter uma rosa
mais bonita e perfumada, teremos que cruzar duas espécies: Vejam-se os exemplos das conclusões que pretendem
uma com forte perfume e outra que seja bela” diz Holland. ser aplicadas ao comportamento da totalidade dos membros
“Para resolver um problema, fazemos o mesmo. Pegamos de um grupo ou de uma classe tendo como modelo o com-
um programa que dê conta de uma parte do problema e portamento de alguns de seus componentes:
cruzamos com outro programa que solucione outra parte.
Entre as várias soluções possíveis, selecionam-se aquelas 1. Adriana é mulher e dirige mal;
que parecem mais adequadas. Esse processo se repete por Ana Maria é mulher e dirige mal;
várias gerações - sempre selecionando o melhor programa - Mônica é mulher e dirige mal;
até obter o descendente que mais se adapta à questão. É, Carla é mulher e dirige mal;
portanto, semelhante ao processo de seleção natural, em logo, todas as mulheres dirigem mal.
que só sobrevivem os mais aptos”. (Entrevista ao JB, 2. Antônio Carlos é político e é corrupto;
19/10/95, 1º cad., p. 12). Fernando é político e é corrupto;
Paulo é político e é corrupto;
Nesse exemplo, fica bem clara a necessidade da averi- Estevão é político e é corrupto;
guação indutiva das conclusões extraídas desse tipo de logo, todos os políticos são corruptos.
raciocínio para, só depois, serem confirmadas ou não. A avaliação da suficiência ou não dos elementos não é
tarefa simples, havendo muitos exemplos na história do co-
2.2. Raciocínio Indutivo - do particular ao geral nhecimento indicadores dos riscos das conclusões por indu-
ção. Basta que um caso contrarie os exemplos até então
Ainda que alguns autores considerem a analogia como colhidos para que caia por terra uma “verdade” por ela sus-
uma variação do raciocínio indutivo, esse último tem uma tentada. Um exemplo famoso é o da cor dos cisnes. Antes da
base mais ampla de sustentação. A indução consiste em descoberta da Austrália, onde foram encontrados cisnes
partir de uma série de casos particulares e chegar a uma pretos, acreditava-se que todos os cisnes fossem brancos
conclusão de cunho geral. Nele, está pressuposta a possibi- porque todos os até então observados eram brancos. Ao ser
lidade da coleta de dados ou da observação de muitos fatos visto o primeiro cisne preto, uma certeza de séculos caiu por
e, na maioria dos casos, também da verificação experimen- terra.
tal. Como dificilmente são investigados todos os casos pos-
síveis, acaba-se aplicando o princípio das probabilidades. 2.2.1. Procedimentos indutivos

Assim sendo, as verdades do raciocínio indutivo depen- Apesar das muitas críticas de que é passível o raciocínio
dem das probabilidades sugeridas pelo número de casos indutivo, este é um dos recursos mais empregados pelas
observados e pelas evidências fornecidas por estes. A enu- ciências para tirar as suas conclusões. Há dois procedimen-
meração de casos deve ser realizada com rigor e a conexão tos principais de desenvolvimento e aplicação desse tipo de
entre estes deve ser feita com critérios rigorosos para que raciocínio: o da indução por enumeração incompleta suficien-
sejam indicadores da validade das generalizações contidas te e o da indução por enumeração completa.
nas conclusões.
O esquema principal do raciocínio indutivo é o seguinte: a. Indução por enumeração incompleta suficiente
B é A e é X;
C é A e também é X; Nesse procedimento, os elementos enumerados são tidos
D é A e também é X; como suficientes para serem tiradas determinadas conclu-
E é A e também é X; sões. É o caso do exemplo das cobras, no qual, apesar de
logo, todos os A são X não poderem ser conferidos todos os elementos (cobras) em
No raciocínio indutivo, da observação de muitos casos particular, os que foram enumerados são representativos do
particulares, chega-se a uma conclusão de cunho geral. todo e suficientes para a generalização (“todas as cobras...”)
Aplicando o modelo:
A jararaca é uma cobra e não voa; b. Indução por enumeração completa
A caninana é uma cobra e também não voa;
A urutu é uma cobra e também não voa; Costuma-se também classificar como indutivo o raciocínio
A cascavel é uma cobra e também não voa; baseado na enumeração completa.
logo, as cobras não voam.
Contudo, Ainda que alguns a classifiquem como tautologia, ela o-
corre quando:

Raciocínio Lógico 33
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b.a. todos os casos são verificados e contabilizados; sorteio usando uma moeda, a probabilidade de dar cara é de
50% e a de dar coroa também é de 50%.
b.b. todas as partes de um conjunto são enumeradas.
b) A probabilidade moral é a relativa a fatos humanos
Exemplos correspondentes às duas formas de indução destituídos de caráter matemático. É o caso da possibilidade
por enumeração completa: de um comportamento criminoso ou virtuoso, de uma reação
alegre ou triste etc.
b.a. todas as ocorrências de dengue foram investigadas e
em cada uma delas foi constatada uma característica própria Exemplos: considerando seu comportamento pregresso,
desse estado de morbidez: fortes dores de cabeça; obteve- é provável que Pedro não tenha cometido o crime, contudo...
se, por conseguinte, a conclusão segura de que a dor de Conhecendo-se a meiguice de Maria, é provável que ela o
cabeça é um dos sintomas da dengue. receba bem, mas...

b.b. contam-se ou conferem-se todos as peças do jogo de c) A probabilidade natural é a relativa a fenômenos na-
xadrez: ao final da contagem, constata-se que são 32 peças. turais dos quais nem todas as possibilidades são conhecidas.
A previsão meteorológica é um exemplo particular de proba-
Nesses raciocínios, tem-se uma conclusão segura, po- lidade natural. A teoria do caos assenta-se na tese da impre-
dendo-se classificá-los como formas de indução forte, mes- visibilidade relativa e da descrição apenas parcial de alguns
mo que se revelem pouco criativos em termos de pesquisa eventos naturais.
científica.
Por lidarem com probabilidades, a indução e a analogia
O raciocínio indutivo nem sempre aparece estruturado são passíveis de conclusões inexatas.
nos moldes acima citados. Às vezes, percebe-se o seu uso
pela maneira como o conteúdo (a matéria) fica exposta ou Assim sendo, deve-se ter um relativo cuidado com as su-
ordenada. Observem-se os exemplos: as conclusões. Elas expressam muito bem a necessidade
humana de explicar e prever os acontecimentos e as coisas,
- Não parece haver grandes esperanças em se erradicar contudo, também revelam as limitações humanas no que diz
a corrupção do cenário político brasileiro. respeito à construção do conhecimento.

Depois da série de protestos realizados pela população, 2.3. Raciocínio dedutivo - do geral ao particular
depois das provas apresentadas nas CPI’s, depois do vexa-
me sofrido por alguns políticos denunciados pela imprensa, O raciocínio dedutivo, conforme a convicção de muitos
depois do escárnio popular em festividades como o carnaval estudiosos da lógica, é aquele no qual são superadas as
e depois de tanta insistência de muitos sobre necessidade de deficiências da analogia e da indução.
moralizar o nosso país, a corrupção parece recrudescer,
apresenta novos tentáculos, se disfarça de modos sempre No raciocínio dedutivo, inversamente ao indutivo, parte-se
novos, encontrando-se maneiras inusitadas de ludibriar a do geral e vai-se ao particular. As inferências ocorrem a partir
nação. do progressivo avanço de uma premissa de cunho geral,
para se chegar a uma conclusão tão ou menos ampla que a
- Sentia-me totalmente tranqüilo quanto ao meu amigo, premissa. O silogismo é o melhor exemplo desse tipo de
pois, até então, os seus atos sempre foram pautados pelo raciocínio:
respeito às leis e à dignidade de seus pares. Assim, enquan- Premissa maior: Todos os homens são mamíferos. uni-
to alguns insinuavam a sua culpa, eu continuava seguro de versal
sua inocência. Premissa menor: Pedro é homem.
Conclusão: Logo, Pedro é mamífero. Particular
Tanto no primeiro quanto no segundo exemplos está No raciocínio dedutivo, de uma premissa de cunho geral
sendo empregando o método indutivo porque o argumento podem-se tirar conclusões de cunho particular.
principal está sustentado pela observação de muitos casos
ou fatos particulares que, por sua vez, fundamentam a con- Aristóteles refere-se à dedução como “a inferência na
clusão. No primeiro caso, a constatação de que diversas qual, colocadas certas coisas, outra diferente se lhe segue
tentativas de erradicar a corrupção mostraram-se infrutíferas necessariamente, somente pelo fato de terem sido postas”.
conduzem à conclusão da impossibilidade de sua superação, Uma vez posto que todos os homens são mamíferos e que
enquanto que, no segundo exemplo, da observação do com- Pedro é homem, há de se inferir, necessariamente, que Pe-
portamento do amigo infere-se sua inocência. dro é um mamífero. De certo modo, a conclusão já está pre-
sente nas premissas, basta observar algumas regras e inferir
Analogia, indução e probabilidade a conclusão.

Nos raciocínios analógico e indutivo, apesar de boas 2.3.1. Construção do Silogismo


chances do contrário, há sempre a possibilidade do erro. Isso
ocorre porque se está lidando com probabilidades e estas A estrutura básica do silogismo (sýn/com + lógos/razão)
não são sinônimas de certezas. consiste na determinação de uma premissa maior (ponto de
partida), de uma premissa menor (termo médio) e de uma
Há três tipos principais de probabilidades: a matemática, conclusão, inferida a partir da premissa menor. Em outras
a moral e a natural. palavras, o silogismo sai de uma premissa maior, progride
através da premissa menor e infere, necessariamente, uma
conclusão adequada.
a) A probabilidade matemática é aquela na qual, partin-
do-se dos casos numerados, é possível calcular, sob forma
de fração, a possibilidade de algo ocorrer – na fração, o de- Eis um exemplo de silogismo:
nominador representa os casos possíveis e o numerador o
número de casos favoráveis. Por exemplo, no caso de um

Raciocínio Lógico 34
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Todos os atos que ferem a lei são puníveis Premissa Termo Médio: Pedro é homem.
Maior A concussão é um ato que fere a lei Premissa Menor Termo Menor: Pedro é dotado de habilidades.
Exemplo de formulação incorreta:
Logo, a concussão é punível Conclusão Termo Maior: Alguns homens são sábios.
Termo Médio: Ora os ignorantes são homens
O silogismo estrutura-se por premissas. No âmbito da ló- Termo Menor: Logo, os ignorantes são sábios
gica, as premissas são chamadas de proposições que, por O predicado “homens” do termo médio não é universal,
sua vez, são a expressão oral ou gráfica de frases assertivas mas particular.
ou juízos. O termo é uma palavra ou um conjunto de palavras
que exprime um conceito. Os termos de um silogismo são 2.3.1.1.2. Regras das Premissas
necessariamente três: maior, médio e menor. O termo maior 5) De duas premissas negativas, nada se conclui.
é aquele cuja extensão é maior (normalmente, é o predicado Exemplo de formulação incorreta:
da conclusão); o termo médio é o que serve de intermediário Premissa Maior: Nenhum gato é mamífero
ou de conexão entre os outros dois termos (não figura na Premissa Menor: Lulu não é um gato.
conclusão) e o termo menor é o de menor extensão (nor- Conclusão: (?).
malmente, é o sujeito da conclusão). No exemplo acima, 6) De duas premissas afirmativas, não se tira uma con-
punível é o termo maior, ato que fere a lei é o termo médio e clusão negativa.
concussão é o menor. Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: Todos os bens morais devem ser dese-
jados.
2.3.1.1. As Regras do Silogismo
Premissa Menor: Ajudar ao próximo é um bem moral.
Conclusão: Ajudar ao próximo não (?) deve ser desejado.
Oito são as regras que fazem do silogismo um raciocínio 7) A conclusão segue sempre a premissa mais fraca. A
perfeitamente lógico. As quatro primeiras dizem respeito às premissa mais fraca é sempre a de caráter negativo.
relações entre os termos e as demais dizem respeito às Exemplo de formulação incorreta:
relações entre as premissas. São elas: Premissa Maior: As aves são animais que voam.
Premissa Menor: Alguns animais não são aves.
2.3.1.1.1. Regras dos Termos Conclusão: Alguns animais não voam.
1) Qualquer silogismo possui somente três termos: maior, Exemplo de formulação incorreta:
médio e menor. Premissa Maior: As aves são animais que voam.
Exemplo de formulação correta: Premissa Menor: Alguns animais não são aves.
Termo Maior: Todos os gatos são mamíferos. Conclusão: Alguns animais voam.
Termo Médio: Mimi é um gato. 8) De duas premissas particulares nada se conclui.
Termo Menor: Mimi é um mamífero. Exemplo de formulação incorreta:
Exemplo de formulação incorreta: Premissa Maior: Mimi é um gato.
Termo Maior: Toda gata(1) é quadrúpede. Premissa Menor: Um gato foi covarde.
Termo Médio: Maria é uma gata(2). Conclusão: (?)
Termo Menor: Maria é quadrúpede. Fonte: estudaki.files.wordpress.com/2009/03/logica-
O termo “gata” tem dois significados, portanto, há quatro argumentacao.pdf
termos ao invés de três.

2) Os termos da conclusão nunca podem ser mais exten-


A FUNDAÇÃO DA LÓGICA
sos que os termos das premissas. Anthony Kenny
Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todas as onças são ferozes. Universidade de Oxford
Termo Médio: Nikita é uma onça.
Termo Menor: Nikita é feroz. Muitas das ciências para as quais Aristóteles contribuiu
Exemplo de formulação incorreta: foram disciplinas que ele próprio fundou. Afirma-o explicita-
Termo Maior: Antônio e José são poetas. mente em apenas um caso: o da lógica. No fim de uma das
Termo Médio: Antônio e José são surfistas. suas obras de lógica, escreveu:
Termo Menor: Todos os surfistas são poetas.
“Antonio e José” é um termo menos extenso que “todos No caso da retórica existiam muito es-
os surfistas”. critos antigos para nos apoiarmos, mas no
caso da lógica nada tínhamos absoluta-
3) O predicado do termo médio não pode entrar na con- mente a referir até termos passado muito
clusão. tempo em laboriosa investigação.
Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei. As principais investigações lógicas de Aristóteles incidiam
Termo Médio: Pedro é homem. sobre as relações entre as frases que fazem afirmações.
Termo Menor: Pedro pode infringir a lei. Quais delas são consistentes ou inconsistentes com as ou-
Exemplo de formulação incorreta: tras? Quando temos uma ou mais afirmações verdadeiras,
Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei. que outras verdades podemos inferir delas unicamente por
Termo Médio: Pedro é homem. meio do raciocínio? Estas questões são respondidas na sua
Termo Menor: Pedro ou é homem (?) ou pode infringir a obra Analíticos Posteriores.
lei.
A ocorrência do termo médio “homem” na conclusão é i-
Ao contrário de Platão, Aristóteles não toma como ele-
noportuna.
mentos básicos da estrutura lógica as frases simples com-
4) O termo médio deve ser tomado ao menos uma vez
postas por substantivo e verbo, como "Teeteto está sentado".
em sua extensão universal.
Está muito mais interessado em classificar frases que come-
Exemplo de formulação correta:
çam por "todos", "nenhum" e "alguns", e em avaliar as infe-
Termo Maior: Todos os homens são dotados de habilida-
des.

Raciocínio Lógico 35
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rências entre elas. Consideremos as duas inferências seguin- particulares. Aquelas que contêm a palavra "não" são propo-
tes: sições negativas; as outras são afirmativas. Aristóteles ser-
viu-se então destas classificações para estabelecer regras
1) Todos os gregos são europeus. para avaliar as inferências. Por exemplo, para que um silo-
Alguns gregos são do sexo masculino. gismo seja válido é necessário que pelo menos uma premis-
Logo, alguns europeus são do sexo masculino. sa seja afirmativa e que pelo menos uma seja universal; se
ambas as premissas forem negativas, a conclusão tem de
2) Todas as vacas são mamíferos. ser negativa. Na sua totalidade, as regras de Aristóteles
Alguns mamíferos são quadrúpedes. bastam para validar os silogismos válidos e para eliminar os
Logo, todas as vacas são quadrúpedes. inválidos. São suficientes, por exemplo, para que aceitemos
a inferência 1) e rejeitemos a inferência 2).
As duas inferências têm muitas coisas em comum. São
ambas inferências que retiram uma conclusão a partir de Aristóteles pensava que a sua silogística era suficiente
duas premissas. Em cada inferência há uma palavra-chave para lidar com todas as inferências válidas possíveis. Estava
que surge no sujeito gramatical da conclusão e numa das enganado. De facto, o sistema, ainda que completo em si
premissas, e uma outra palavra-chave que surge no predica- mesmo, corresponde apenas a uma fracção da lógica. E
do gramatical da conclusão e na outra premissa. Aristóteles apresenta dois pontos fracos. Em primeiro lugar, só lida com
dedicou muita atenção às inferências que apresentam esta as inferências que dependem de palavras como "todos" e
característica, hoje chamadas "silogismos", a partir da pala- "alguns", que se ligam a substantivos, mas não com as infe-
vra grega que ele usou para as designar. Ao ramo da lógica rências que dependem de palavras como "se…, então ", que
que estuda a validade de inferências deste tipo, iniciado por interligam as frases. Só alguns séculos mais tarde se pôde
Aristóteles, chamamos "silogística". formalizar padrões de inferência como este: "Se não é de dia,
é de noite; mas não é de dia; portanto é de noite". Em se-
gundo lugar, mesmo no seu próprio campo de acção, a lógi-
Uma inferência válida é uma inferência que nunca conduz
ca de Aristóteles não é capaz de lidar com inferências nas
de premissas verdadeiras a uma conclusão falsa. Das duas
quais palavras como "todos" e "alguns" (ou "cada um" e "ne-
inferências apresentadas acima, a primeira é válida, e a
nhum") surjam não na posição do sujeito, mas algures no
segunda inválida. É verdade que, em ambos os casos, tanto
predicado gramatical. As regras de Aristóteles não nos per-
as premissas como a conclusão são verdadeiras. Não pode-
mitem determinar, por exemplo, a validade de inferências
mos rejeitar a segunda inferência com base na falsidade das
que contenham premissas como "Todos os estudantes co-
frases que a constituem. Mas podemos rejeitá-la com base
nhecem algumas datas" ou "Algumas pessoas detestam os
no "portanto": a conclusão pode ser verdadeira, mas não se
polícias todos". Só 22 séculos após a morte de Aristóteles
segue das premissas.
esta lacuna seria colmatada.
Podemos esclarecer melhor este assunto se conceber-
A lógica é utilizada em todas as diversas ciências que A-
mos uma inferência paralela que, partindo de premissas
ristóteles estudou; talvez não seja tanto uma ciência em si
verdadeiras, conduza a uma conclusão falsa. Por exemplo:
mesma, mas mais um instrumento ou ferramenta das ciên-
cias. Foi essa a ideia que os sucessores de Aristóteles retira-
3)Todas as baleias são mamíferos. ram das suas obras de lógica, denominadas "Organon" a
Alguns mamíferos são animais terrestres. partir da palavra grega para instrumento.
Logo, todas as baleias são animais terrestres.
A obra Analíticos Anteriores mostra-nos de que modo a
Esta inferência tem a mesma forma que a inferência 2), lógica funciona nas ciências. Quem estudou geometria eucli-
como poderemos verificar se mostrarmos a sua estrutura por diana na escola recorda-se certamente das muitas verdades
meio de letras esquemáticas: geométricas, ou teoremas, alcançadas por raciocínio deduti-
vo a partir de um pequeno conjunto de outras verdades cha-
4) Todo o A é B. madas "axiomas". Embora o próprio Euclides tivesse nascido
Algum B é C. numa altura tardia da vida de Aristóteles, este método axio-
Logo, todo o A é C. mático era já familiar aos geómetras, e Aristóteles pensava
que podia ser amplamente aplicado. A lógica forneceria as
Uma vez que a inferência 3) conduz a uma falsa conclu- regras para a derivação de teoremas a partir de axiomas, e
são a partir de premissas verdadeiras, podemos ver que a cada ciência teria o seu próprio conjunto especial de axio-
forma do argumento 4) não é de confiança. Daí a não valida- mas. As ciências poderiam ser ordenadas hierarquicamente,
de da inferência 2), não obstante a sua conclusão ser de com as ciências inferiores tratando como axiomas proposi-
facto verdadeira. ções que poderiam ser teoremas de uma ciência superior.

A lógica não teria conseguido avançar além dos seus Se tomarmos o termo "ciência" numa acepção ampla, a-
primeiros passos sem as letras esquemáticas, e a sua utili- firma Aristóteles, é possível distinguir três tipos de ciências:
zação é hoje entendida como um dado adquirido; mas foi as produtivas, as práticas e as teóricas. As ciências produti-
Aristóteles quem primeiro começou a utilizá-las, e a sua vas incluem a engenharia e a arquitectura, e disciplinas como
invenção foi tão importante para a lógica quanto a invenção a retórica e a dramaturgia, cujos produtos são menos concre-
da álgebra para a matemática. tos. As ciências práticas são aquelas que guiam os compor-
tamentos, destacando-se entre elas a política e a ética. As
Uma forma de definir a lógica é dizer que é uma disciplina ciências teóricas são aquelas que não possuem um objectivo
que distingue entre as boas e as más inferências. Aristóteles produtivo nem prático, mas que procuram a verdade pela
estuda todas as formas possíveis de inferência silogística e verdade.
estabelece um conjunto de princípios que permitem distinguir
os bons silogismos dos maus. Começa por classificar indivi- Por sua vez, a ciência teórica é tripartida. Aristóteles no-
dualmente as frases ou proposições das premissas. Aquelas meia as suas três divisões: "física, matemática, teologia";
que começam pela palavra "todos" são proposições univer- mas nesta classificação só a matemática é aquilo que parece
sais; aquelas que começam com "alguns" são proposições ser. O termo "física" designa a filosofia natural ou o estudo da

Raciocínio Lógico 36
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natureza (physis); inclui, além das disciplinas que hoje inte- Dados estes esclarecimentos, importa agora esclarecer o
graríamos no campo da física, a química, a biologia e a psi- seguinte: O que é um argumento dedutivo? E como se dis-
cologia humana e animal. A "teologia" é, para Aristóteles, o tingue tal coisa de um argumento indutivo?
estudo de entidades superiores e acima do ser humano, ou
seja, os céus estrelados, bem como todas as divindades que Vou começar por dizer o modo como não se deve enten-
poderão habitá-los. Aristóteles não se refere à "metafísica"; der estas noções. A primeira coisa a não fazer é pensar que
de facto, a palavra significa apenas "depois da física" e foi um argumento dedutivo se caracteriza por ser impossível a
utilizada para referenciar as obras de Aristóteles catalogadas sua conclusão ser falsa se as suas premissas forem verda-
a seguir à sua Física. Mas muito daquilo que Aristóteles deiras. Pensar isto provoca confusão porque significaria que
escreveu seria hoje naturalmente descrito como "metafísica"; não há argumentos dedutivos inválidos. Porquê? Porque só
e ele tinha de facto a sua própria designação para essa dis- nos argumentos dedutivos válidos é impossível a conclusão
ciplina, como veremos mais à frente. Anthony Kenny ser falsa se as suas premissas forem verdadeiras; nos argu-
mentos dedutivos inválidos, nas falácias (como a afirmação
ARGUMENTOS DEDUTIVOS E INDUTIVOS da antecedente, por exemplo) é perfeitamente possível as
premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa.
Desidério Murcho
Em termos rigorosos, não há problem algum com esta
opção; significa apenas que estamos a dar ao termo "dedu-
É comum falar em argumentos dedutivos, opondo-os aos ção" força factiva, como damos ao termo "demonstração". Do
indutivos. Este artigo procura mostrar que há um conjunto de mesmo modo que não há demonstrações inválidas, também
aspectos subtis que devem ser tidos em linha de conta, caso não há, de acordo com esta opção, deduções inválidas. Se é
contrário será tudo muito confuso. uma dedução, é válida; se é uma demostração, é válida.
Uma "demonstração" inválida nada demonstra; uma "dedu-
Antes de mais: a expressão "argumento indutivo" ou "in- ção" inválida nada deduz.
dução" dá origem a confusões porque se pode ter dois tipos
muito diferentes de argumentos: as generalizações e as O primeiro problema desta opção é exigir a reforma do
previsões. Uma generalização é um argumento como modo como geralmente se fala e escreve sobre argumentos
dedutivos — pois é comum falar de argumentos dedutivos
Todos os corvos observados até hoje são pretos. inválidos, como as falácias formais (por oposição às infor-
Logo, todos os corvos são pretos. mais). Este problema não é decisivo, caso não se levantasse
outro problema: o segundo.
Numa generalização parte-se de algumas verdades
acerca de alguns membros de um dado domínio e gene- O segundo problema é o seguinte: Dado que todos os ar-
raliza-se essas verdades para todos os membros desse gumentos são dedutivos ou não dedutivos (ou indutivos, se
domínio, ou pelo menos para mais. quisermos reduzir todo o campo da não dedução à indução),
e dado que não faz muito sentido usar o termo "dedução"
Uma previsão é um argumento como factivamente e o termo "indução" não factivamente, o resul-
tado bizarro é que deixa de haver argumentos inválidos. O
Todos os corvos observados até hoje são pretos. termo "argumento" torna-se factivo tal como os termos "de-
Logo, o próximo corvo que observarmos será preto. dução" e "indução". E isto já é demasiado rebuscado; as
pessoas não usam mesmo o termo deste modo, nunca; pas-
Uma pessoa imaginativa e com vontade de reduzir samos a vida a falar de argumentos inválidos. E faz todo o
coisas — uma síndrome comum em filosofia — pode que- sentido que o façamos, pois se adoptarmos o entendimento
rer afirmar que podemos reduzir as previsões às generali- factivo do termo um "argumento" inválido não é de todo em
zações via dedução: a conclusão da previsão acima se- todo um argumento: é apenas um conjunto de proposições.
gue-se dedutivamente da conclusão da generalização an-
terior. Não acho que isto capta de modo algum a natureza É sem dúvida possível aceitar o resultado bizarro, e pas-
lógica ou conceptual da previsão, mas isso não é relevan- sar a usar o termo "argumento" factivamente. Mas se tiver-
te neste artigo. O que conta é que, mesmo que a previsão mos a possibilidade de o evitar, de forma fundamentada e
seja redutível à generalização mais dedução, continua a reflectida, estaremos a facilitar as coisas — sobretudo ao
ser um modo comum de falar e uma parte importante do nível do ensino.
nosso pensamento.
E temos possibilidade de evitar este resultado bizarro, e
Numa veia ainda reducionista, algumas pessoas po- manter o uso de "argumento" de tal modo que faça sentido
derão querer dizer que todos os outros tipos de argumen- falar de argumentos inválidos, de deduções inválidas e de
tos não dedutivos se reduzem à generalização e à previ- induções inválidas. Para o fazer temos de distinguir cuidado-
são. Assim, não valeria a pena falar de argumentos de samente a noção de argumento (dedutivo ou não) da noção
autoridade, por exemplo, que são argumentos como o se- de validade (dedutiva ou não). Podemos, claro, usar um
guinte: termo diferente para a validade não dedutiva, e reservar o
termo "validade" para a validade dedutiva, mas esta é uma
Einstein afirmou que não se pode viajar mais depressa do mera opção terminológica: tanto faz. O que é crucial é poder
que a luz. dizer que um argumento é dedutivo, apesar de inválido, ou
Logo, não se pode viajar mais depressa do que a luz. indutivo, apesar de inválido. E como se faz isso?

Uma vez mais: pode ser que este tipo de argumentos se- Apresentando os argumentos dedutivos como argumen-
ja redutível à generalização e à previsão. Mas é útil compre- tos cuja validade ou invalidade depende exclusivamente da
ender que este tipo de argumentos tem exigências próprias e sua forma lógica; e os argumentos não dedutivos como ar-
portanto é útil falar deles explicitamente, ainda que se trate gumentos cuja validade ou invalidade não depende exclusi-
de um tipo de inferência redutível a qualquer outro tipo ou vamente da sua forma lógica. Evidentemente, isto não se
tipos. aplica a todos os argumentos dedutivos, mas esta é uma

Raciocínio Lógico 37
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complicação que esclareceremos dentro de momentos. Para


já, vejamos alguns exemplos: Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários
problemas.
Se Sócrates era ateniense, era grego.
Sócrates era grego. Uma situação que esses diagramas poderão ser usados, é
Logo, era ateniense. na determinação da quantidade de elementos que apresen-
tam uma determinada característica.
Se Sócrates era ateniense, era grego.
Sócrates era ateniense.
Logo, era grego.

O primeiro argumento é inválido. Mas qualquer argumen-


to indutivo, ainda que válido, sofre deste tipo de invalidade
dedutiva. Devemos então dizer que os argumentos deduti-
vamente inválidos não se distinguem dos argumentos induti-
vos válidos? Claro que não, dado que eles se distinguem
muito claramente uns dos outros.

O primeiro argumento é dedutivamente inválido porque a


sua invalidade pode ser explicada recorrendo unicamente à
sua forma lógica. Mas seria uma enorme falta de sensibilida-
de lógica abandonar uma indução boa com base no facto de
a sua forma lógica e a verdade das suas premissas não Assim, se num grupo de pessoas há 43 que dirigem carro, 18
garantir a verdade da sua conclusão. que dirigem moto e 10 que dirigem carro e moto. Baseando-
se nesses dados, e nos diagramas lógicos poderemos saber:
Assim, um argumento é dedutivo ou indutivo em função
da explicação mais adequada que tivermos para a sua vali- Quantas pessoas têm no grupo ou quantas dirigem somente
carro ou ainda quantas dirigem somente motos.
dade ou invalidade. Um argumento dedutivo inválido explica-
se adequadamente recorrendo unicamente à sua forma lógi- Vamos inicialmente montar os diagramas dos conjuntos que
ca, no sentido em que a sua forma lógica é suficiente para representam os motoristas de motos e motoristas de carros.
distinguir os argumentos dedutivos inválidos dos válidos; o
Começaremos marcando quantos elementos tem a intersec-
mesmo não acontece com os argumentos indutivos, pois a
sua validade ou invalidade não depende exclusivamente da ção e depois completaremos os outros espaços.
sua forma lógica.

Deste modo, podemos manter a tradição de falar de ar-


gumentos dedutivos e indutivos; e podemos dizer que há
argumentos dedutivos inválidos; e não somos forçados a
aceitar que todo o argumento indutivo, por melhor que seja, é
sempre um argumento dedutivo inválido. Isto não acontece
porque os argumentos dedutivos nunca são indutivos, ainda
que sejam inválidos. Porque o que conta é o tipo de explica-
ção adequada para a sua validade ou invalidade.

Em termos primitivos, pois, o que conta é a validade e in-


validade; há diferentes tipos de validade e invalidade: a de- Marcando o valor da intersecção, então iremos subtraindo
dutiva e a indutiva. E os argumentos são dedutivos ou induti- esse valor da quantidade de elementos dos conjuntos A e B.
vos consoante a sua validade ou invalidade for dedutiva ou
indutiva. A partir dos valores reais, é que poderemos responder as
perguntas feitas.
É agora tempo de esclarecer que nem todos os argumen-
tos dedutivos dependem exclusivamente da sua forma lógica;
há argumentos dedutivos de carácter conceptual, como "O
João é casado; logo, não é solteiro". Não é difícil acomodar
estas variedades de dedução não formal no esquema aqui
proposto: tudo depende da melhor explicação disponível para
a validade ou invalidade em causa.

Podemos assim continuar a falar de argumentos deduti-


vos e indutivos, validos ou inválidos. E os argumentos dedu-
tivos inválidos nunca são uma subclasse dos argumentos
indutivos.

DIAGRAMAS LÓGICOS a) Temos no grupo: 8 + 10 + 33 = 51 motoristas.


b) Dirigem somente carros 33 motoristas.
c) Dirigem somente motos 8 motoristas.
Prof Msc SANDRO FABIAN FRANCILIO DORNELLES No caso de uma pesquisa de opinião sobre a preferência
quanto à leitura de três jornais. A, B e C, foi apresentada a
Introdução seguinte tabela:

Raciocínio Lógico 38
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Com essa distribuição, poderemos notar que 205 pessoas


lêem apenas o jornal A.
Prof Msc SANDRO FABIAN FRANCILIO DORNELLES
Verificamos que 500 pessoas não lêem o jornal C, pois é a
Para termos os valores reais da pesquisa, vamos inicialmen- soma 205 + 30 + 115 + 150.
te montar os diagramas que representam cada conjunto. Notamos ainda que 700 pessoas foram entrevistadas, que é
a soma 205 + 30 + 25 + 40 + 115 + 65 + 70 +
A colocação dos valores começará pela intersecção dos três 150.
conjuntos e depois para as intersecções duas a duas e por
último às regiões que representam cada conjunto individual-
mente. EXERCÍCIOS DE CONCURSOS
Diagramas Lógicos
Representaremos esses conjuntos dentro de um retângulo
que indicará o conjunto universo da pesquisa. 1. De um total de 30 agentes administrativos sabe-se que:
I. 18 gostam de cinema
II. 14 gostam de teatro
III. 2 não gostam de cinema, nem de teatro
O número de agentes que gostam de cinema e de teatro
corresponde a:
a) 2
b) 4
c) 6
d) 8

2. De um grupo de N auxiliares técnicos de produção, 44


lêem jornal A, 42 o jornal B e 18 lêem ambos os jornais.
sabendo que todo auxiliar deste grupo é leitor de pelo menos
um dos jornais, o número N de auxiliares é: R: c) 68

3. Em uma turma, 45% dos alunos falam inglês e 33% falam


francês. Se 25% dos alunos não falam nenhuma duas lín-
Fora dos diagramas teremos 150 elementos que não são guas, a porcentagem de alunos que falam francês, mas não
leitores de nenhum dos três jornais. falam inglês é de:
Na região I, teremos: 70 - 40 = 30 elementos. a) 3%
Na região II, teremos: 65 - 40 = 25 elementos. b) 15%
Na região III, teremos: 105 - 40 = 65 elementos. c) 27%
Na região IV, teremos: 300 - 40 - 30 - 25 = 205 elementos. d) 30%
Na região V, teremos: 250 - 40 -30 - 65 = 115 elementos. e) 33%
Na região VI, teremos: 200 - 40 - 25 - 65 = 70 elementos.
Dessa forma, o diagrama figura preenchido com os seguintes 4. Realizou-se uma pesquisa e verificou-se que, das pessoas
elementos: consultadas, 200 ouviam a rádio A, 300 ouviam a rádio B, 20
ouviam as duas rádios (A e B) e 220 não ouviam nenhuma
das duas rádios.
Quantas pessoas foram consultadas?
a) 520
b) 560
c) 640
d) 680
e) 700

Raciocínio Lógico 39
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5. Em uma pesquisa, foram entrevistados 100 telespectado- e) 510


res. 60 assistiam à televisão à noite e 50 assistiam à televi-
são de dia. Quantos assistiam à televisão de dia e de noite? 11. No problema anterior, calcular quantas pessoas compram
a) 5 apenas o produto A; apenas o produto B; apenas o produto
b) 10 C.
c) 15 a) 210;210;250
d) 20 b) 150;150;180
e) 25 c) 100;120;150
d) 120;140;170
6. Em uma pesquisa, foram entrevistadas 200 pessoas. 100 e) n.d.a.
delas iam regularmente ao cinema, 60 iam regularmente ao
teatro e 50 não iam regularmente nem ao cinema nem ao 12. (A_MPU_ESAF_04) Um colégio oferece a seus alunos à
teatro. Quantas prática de um ou mais de um dos seguintes esportes: futebol,
dessas pessoas iam regularmente a ambos? basquete e vôlei. Sabe-se que, no atual semestre,  20 alu-
a) 10 nos praticam vôlei e basquete;
b) 20 60 alunos praticam futebol e 65 praticam basquete;
c) 30 21 alunos não praticam nem futebol nem vôlei;
d) 40  o número de alunos que praticam só futebol é idêntico ao
e) 50 número dos alunos que praticam só vôlei;
17 alunos praticam futebol e vôlei;
7. (NCNB_02) Uma professora levou alguns alunos ao par-  45 alunos praticam futebol e basquete; 30, entre os 45,
que de diversões chamado Sonho. Desses alunos: não praticam vôlei;
16 já haviam ido ao parque Sonho, mas nunca andaram de O número total de alunos do colégio, no atual semestre, é
montanha russa. igual a:
 6 já andaram de montanha russa, mas nunca haviam ido a) 93
ao parque Sonho. b) 114
Ao todo, 20 já andaram de montanha russa. c) 103
Ao todo, 18 nunca haviam ido ao parque Sonho. d) 110
Pode-se afirmar que a professora levou ao parque Sonho: e) 99
a) 60 alunos
b) 48 alunos 13. (ESAF_97) Uma pesquisa entre 800 consumidores -
c) 42 alunos sendo 400 homens e 400 mulheres- mostrou os seguintes
d) 366alunos resultados:
e) 32 alunos Do total de pessoas entrevistadas:
500 assinam o jornal X
8. (ICMS_97_VUNESP) Em uma classe, há 20 alunos que 350 têm curso superior
praticam futebol mas não praticam vôlei e há 8 alunos que 250 assinam o jornal X e têm nível superior
praticam vôlei mas não praticam futebol. O total dos que Do total de mulheres entrevistadas:
praticam vôlei é 15. 200 assinam o jornal X
Ao todo, existem 17 alunos que não praticam futebol. O nú- 150 têm curso superior
mero de alunos da classe é: 50 assinam o jornal X e têm nível superior
a) 30
b) 35 O número de homens entrevistados que não assinam o jornal
c) 37 X e não têm curso superior é, portanto, igual a:
d) 42 a) 100
e) 44 b) 200
c) 0
9. Suponhamos que numa equipe de 10 estudantes, 6 usam d) 50
óculos e 8 usam relógio. O numero de estudantes que usa ao e) 25
mesmo tempo, óculos e relógio é:
a) exatamente 6 14. No diagrama abaixo, considere os conjuntos A, B, C e U
b) exatamente 2 ( universo ).
c) no mínimo 6
d) no máximo 5
e) no mínimo 4

10. Numa pesquisa de mercado, foram entrevistadas várias


pessoas acerca de suas preferências em relação a 3 produ-
tos: A, B e C. Os resultados da pesquisa indicaram que:
210 pessoas compram o produto A.
210 pessoas compram o produto N.
250 pessoas compram o produto C.
20 pessoas compram os três produtos.
100 pessoas não compram nenhum dos 3 produtos.
60 pessoas compram o produto A e B.
70 pessoas compram os produtos A eC.
50 pessoas compram os produtos B e C.
Quantas pessoas foram entrevistadas:
a) 670
b) 970
c) 870
d) 610 A região sombreada corresponde à seguinte operação:  

Raciocínio Lógico 40
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a) A ∪ B ∪ C EQUIVALÊNCIA LÓGICA
b) (A ∪ B) ∩ C
c) A ∩ B∩ C Na lógica, as asserções p e q são ditas logicamente
d) (A ∩ B) ∪ C equivalentes ou simplesmente equivalentes, se p = q e q =
p.
QUESTÕES CERTO / ERRADO (CESPE / UNB)
Em termos intuitivos, duas sentenças são logicamente
15. (UNB) Numa entrevista realizada pelo Departamento de equivalentes se possuem o mesmo "conteúdo lógico".
Ciências Econômicas da UCG com 50 pessoas, da classe
média de Goiânia, acerca de suas preferências por aplica- Do ponto de vista da teoria da demonstração, p e q são
ções de seus excedentes financeiros, obteve-se o seguinte equivalentes se cada uma delas pode ser derivada a partir da
resultado: 21 pessoas disseram que aplicam em fundos de outra. Semanticamente, p e q são equivalentes se elas têm
renda fixa; 34 em cadernetas de poupança e 50 não aplicam os mesmos valores para qualquer interpretação.
em nenhuma dasmodalidades. Deste modo, 10 pessoas
aplicam nas duas modalidades (obs.: uma mesma pessoa EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS NOTÁVEIS
pode aplicar em mais de uma modalidade).
Negação da Negação (Dupla Negação)
16. (MPU_99UNB) Em exames de sangue realizados em 500
moradores de uma região com péssimas condições sanitá- ~(~p) ⇔ p
rias foi constatada a presença de três tipos de vírus: A, B, C .
O resultado dos exames revelou que o vírus A estava pre- p ~q ~(p)
sente em 210 moradores; o vírus B, em 230; os vírus A e B,
em 80; os vírus A e C, em 90; e os vírus B e C, em 70. Além F V F
disso, em 5 moradores não foi detectado nenhum dos três V F V
vírus e o numero de moradores infectados pelo vírus C era
igual ao dobro dos infectados apenas pelo vírus B.
Com base nessa situação, julgues os itens abaixo: Como as tabelas-verdade são idênticas podemos dizer
I. O número de pessoas contaminadas pelo três vírus simul- ⇔ p.
que ~(~p) 
taneamente representa 9% do total de
pessoas examinadas. Exemplo: "Não é verdade que Mario não é estudioso" é
II. O número de moradores que apresentam o vírus C é igual logicamente equivalente a "Mario é estudioso".
a 230. Exemplos:
III. 345 moradores apresentam somente um dos vírus. a)
IV. Mais de 140 moradores apresentaram pelo menos, dois p: Não tem ninguém aqui.
vírus. ~p: Tem ninguém aqui.
V. O número de moradores que não foram contaminados ~(~p): Tem alguém aqui.
pelos vírus B e C representa menos de 16% do total de pes-
soas examinadas. Logicamente falando, "Não tem ninguém aqui" é equiva-
lente à "Tem alguém aqui".
17. Pedro, candidato ao cargo de Escrivão de Polícia Fede- b)
ral, necessitando adquirir livros para se preparar para o con- p: Não dá para não ler.
curso, utilizou um site de busca da Internet e pesquisou em ~p: Dá para não ler.
uma livraria virtual, especializada nas áreas de direito, admi- ~(~p): Dá para ler.
nistração e economia, que vende livros nacionais e importa-
dos. Nessa livraria, alguns livros de direito e todos os de Logicamente falando, "Não dá para não ler" é equivalente
administração fazem parte dos produtos nacionais. Alem à "Dá para ler".
disso, não há livro nacional disponível de capa dura. Com
base nas informações acima é possível que Pedro, em sua
pesquisa, tenha: ARGUMENTOS VÁLIDOS E INVÁLIDOS
I. Encontrado um livro de administração de capa dura. Eduardo O C Chaves
II. Adquirido dessa livraria um livro de economia de capa
flexível. Conceituação de Argumento
III. Selecionado para compra um livro nacional de direito de Um argumento é um conjunto de enunciados -- mas não
capa dura. um conjunto qualquer de enunciados. Num argumento os
IV. Comprado um livro importado de direito de capa flexível. enunciados têm que ter uma certa relação entre si e é ne-
cessário que um deles seja apresentado como uma tese, ou
Respostas exercícios: 1-C 2-A 3-A 4-B 5-B uma conclusão, e os demais como justificativa da tese, ou
premissas para a conclusão. Normalmente argumentos são
RESPOSTAS utilizados para provar ou disprovar algum enunciado ou para
1.B 11.C convencer alguém da verdade ou da falsidade de um enunci-
2.C 12.E ado.
3.D 13.A
4.E 14.C Assim sendo, o seguinte conjunto de enunciados não é,
5.B 15.C (certo) na realidade, um argumento:
6.A 16.C,E,C,C,E 1. Todos os metais se dilatam com o calor
7.B 17.E,C,E,C 2. Todas os meses há pelo menos quatro domingos
8.E 3. Logo, a UNICAMP é uma boa universidade.
9.E
10.D Neste caso, embora todos os enunciados sejam (pelo
menos à primeira vista) verdadeiros, e embora eles se dispo-
nham numa forma geralmente associada com a de um argu-

Raciocínio Lógico 41
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

mento (premissa 1, premissa 2, e conclusão, precedida por primeiro é:


"logo"), não temos um argumento porque os enunciados não 19. Se p, q
têm a menor relação entre si. Não devemos sequer afirmar 20. p
que temos um argumento inválido aqui, porque mesmo num 21. Logo, q
argumento inválido as premissas e a conclusão precisam ter A forma do segundo é:
uma certa relação entre si. 22. Se p, q
23. não-p
Por outro lado, o seguinte é um argumento: 24. Logo, não-q
4. Todos os homens são mortais
5. Sócrates é homem O primeiro argumento é válido porque se as duas premis-
6. Logo, Sócrates é mortal. sas forem verdadeiras a conclusão tem que, necessariamen-
te, ser verdadeira. Se eu argumentar com 13 e 14, e concluir
Neste caso, temos um argumento válido, em que todas que não fiquei milionário, estou me contradizendo.
as premissas são verdadeiras e a conclusão também -- ou
pelo menos assim parecem à primeira vista. O segundo argumento é inválido porque mesmo que as
duas premissas sejam verdadeiras a conclusão pode ser
A Forma de um Argumento falsa (na hipótese, por exemplo, de eu herdar uma fortuna
Argumentos têm uma certa forma ou estrutura. O argu- enorme de uma tia rica).
mento constituído pelo conjunto de enunciados (2) tem a
seguinte forma: Falácias e Argumentos Sólidos ou Cogentes
7. Todos os x são y Argumentos da forma representada pelos enunciados 22-
8. z é x 24 são todos inválidos. Dá-se o nome de falácia a um argu-
9. Logo, z é y. mento inválido, mas não, geralmente, a um argumento válido
que possua premissas falsas.
Imaginemos o seguinte argumento, que tem a mesma
forma do argumento constituído pelo conjunto de enunciados A um argumento válido cujas premissas são todas verda-
4-6: deiras (e, portanto, cuja conclusão também é verdadeira) dá-
10. Todos os homens são analfabetos se o nome de um argumento cogente ou sólido.
11. Raquel de Queiroz é homem
12. Logo, Raquel de Queiroz é analfabeta. Argumentos, Convicção e Persuasão
Este argumento, diferentemente do argumento constituí- Um argumento cogente ou sólido deveria convencer a to-
do pelos enunciados 4-6, tem premissas e conclusão todas dos, pois é válido e suas premissas são verdadeiras. Sua
falsas. No entanto, tem exatamente a mesma forma ou estru- conclusão, portanto, segue das premissas. Contudo, nem
tura do argumento anterior (forma explicitada nos enunciados sempre isso acontece.
7-9). Se o argumento anterior (4-6) é válido (e é), este (10-
12) também é. Em primeiro lugar, muitas pessoas podem não admitir
que o argumento é cogente ou sólido. Podem admitir a ver-
Quando dois ou mais argumentos têm a mesma forma, se dade de suas premissas e negar sua validade. Ou podem
um deles é válido, todos os outros também são, e se um admitir sua validade e negar a verdade de uma ou mais de
deles é inválido, todos os outros também são. Como o argu- suas premissas.
mento constituído pelos enunciados 4-6 é válido, e o argu-
mento constituído pelos enunciados 10-12 tem a mesma Em segundo lugar, algumas pessoas podem estar certas
forma (7-9), este (1012) também é válido. da validade de um argumento e estar absolutamente convic-
tas de que a conclusão é inaceitável, ou falsa. Neste caso,
A Forma de um Argumento e a Verdade das Premissas podem usar o mesmo argumento para mostrar que pelo
O último exemplo mostra que um argumento pode ser vá- menos uma de suas premissas tem que ser falsa.
lido apesar de todas as suas premissas e a sua conclusão
serem falsas. Isso é indicativo do fato de que a validade de Um argumento inválido (falácia), ou um argumento válido
um argumento não depende de serem suas premissas e sua com premissas falsas, não deveria convencer ninguém. No
conclusão efetivamente verdadeiras. entanto, muitas pessoas são persuadidas por argumentos
desse tipo.
Mas se esse é o caso, quando é um argumento válido?
A questão da validade ou não de um argumento é intei-
Argumentos Válidos e Inválidos ramente lógica.
Um argumento é válido quando, se todas as suas premis-
sas forem verdadeiras, a sua conclusão tiver que, necessari- A questão da cogência ou solidez de um argumento é ao
amente, ser verdadeira (sob pena de auto-contradição). mesmo tempo lógica (porque depende da sua validade) e
epistemológica (porque depende de suas premissas serem
Considere os dois argumentos seguintes, constituídos, verdadeiras).
respectivamente, pelos enunciados 13-15 e 16-18
A questão da força persuasiva de um argumento é uma
Primeiro: questão psicológica, ou psicossocial.
13. Se eu ganhar sozinho na Sena, fico milionário
14. Ganhei sozinho na Sena Contradição
15. Logo, fiquei milionário Diz-se que há contradição quando se afirma e se nega
simultaneamente algo sobre a mesma coisa. O princípio da
Segundo: contradição informa que duas proposições contraditórias
16. Se eu ganhar sozinho na Sena, fico milionário não podem ser ambas falsas ou ambas verdadeiras ao
17. Não ganhei sozinho na Sena mesmo tempo.Existe relação de simetria, não podem ter o
18. Logo, não fiquei milionário mesmo valor de verdade.

Esses dois argumentos são muito parecidos. A forma do Por exemplo, imaginando-se que se tem um conjunto de

Raciocínio Lógico 42
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

bolas, a afirmação "Toda Bola é Vermelha" e a afirmação lógico e metalógico. Quando se dá mais relevância ao lado
"Alguma Bola não é Vermelha" formam uma contradição, ontológico, trata-se sobretudo de afirmar o princípio como
visto que: expressão da estrutura constitutiva do real, ou de o negar
se "Toda Bola é Vermelha" for verdadeira, "Alguma Bola supondo que a própria realidade é contraditória (Hereclito) ou
não é Vermelha" tem que ser falsa que, no processo dialético da sua evolução, a realidade
se "Toda Bola é Vermelha" for falsa, "Alguma Bola não é supera, transcende ou vai mais além do princípio de
Vermelha" tem que ser verdadeira contradição (Hegel). Quando predomina o lado lógico e
se "Alguma Bola não é Vermelha" for verdadeira, "Toda metalógico, trata-se então de saber se o princípio deve ser
Bola é Vermelha" tem que ser falsa considerado como um axioma evidente por si mesmo ou
e como uma convenção da nossa linguagem que nos permite
se "Alguma Bola não é Vermelha" for falsa, "Toda Bola é falar acerca da realidade.
Vermelha" tem que ser verdadeira
LEIS DE AUGUSTUS DE MORGAN
Por outro lado, a afirmação "Toda Bola é Vermelha" e a 1. O complementar da reunião de dois conjuntos A e B é
afirmação "Nenhuma Bola é Vermelha", não formam uma a interseção dos complementares desses conjuntos.
contradição, visto que (A B)c = Ac Bc
se "Toda Bola é Vermelha" for verdadeira, "Nenhuma 2. O complementar da reunião de uma coleção finita de
Bola é Vermelha" tem que ser falsa conjuntos é a interseção dos complementares desses
mas conjuntos.
se "Toda Bola é Vermelha" for falsa, "Nenhuma Bola é (A1 A2 ... An)c = A1c A2c ... Anc
Vermelha" pode tanto ser verdadeira quanto falsa 3. O complementar da interseção de dois conjuntos A e
e B é a reunião dos complementares desses conjuntos.
se "Nenhuma Bola é Vermelha" for verdadeira, "Toda (A B)c = Ac Bc
Bola é Vermelha" tem que ser falsa 4. O complementar da interseção de uma coleção finita
mas de conjuntos é a reunião dos complementares desses
se "Nenhuma Bola é Vermelha" for falsa, "Toda Bola é conjuntos.
Vermelha" pode tanto ser verdadeira quanto falsa (A1 A2 ... An)c = A1c A2c ... Anc

E sendo uma negação total (ao nível da quantidade e da


qualidade) a contraditória da afirmação "As contraditórias das
grandes verdades são grandes verdades" seria: Algumas
contraditórias das grandes verdades não são grandes Tautologia
verdades.

A noção de contradição é, geralmente estudada sob a Na lógica proposicional, uma tautologia (do grego
forma de um princípio: o «princípio de contradição» ou «prin- ταυτολογία) é uma fórmula proposicional que é verdadeira
cípio de não contradição». Com frequência, tal princípio é para todas as possíveis valorações de suas variáveis
considerado um princípio ontológico e, neste sentido, enun- proposicionais. A negação de uma tautologia é uma
cia-se do seguinte modo: contradição ou antilogia, uma fórmula proposicional que é
«É impossível que uma coisa seja e não seja ao mesmo falsa independentemente dos valores de verdade de suas
tempo, a mesma coisa». Outras vezes, é considerado como variáveis. Tais proposições são ditas insatísfatíveis.
um princípio lógico, e então enunciado do modo seguinte: Reciprocamente, a negação de uma contradição é uma
«não se pode ter p e não p», onde p é símbolo de um enun- tautologia. Uma fórmula que não é nem uma tautologia nem
ciado declarativo. uma contradição é dita logicamente contingente. Tal
fórmula pode ser verdadeira ou falsa dependendo dos
O primeiro pensador que apresentou este princípio de valores atribuídos para suas variáveis proposicionais.
forma suficientemente ampla foi Aristóteles. Várias partes da
sua obra estão consagradas a este tema, mas nem sempre o Uma propriedade fundamental das tautologias é que
princípio é formulado do mesmo modo. Às vezes apresenta-o existe um procedimento efetivo para testar se uma dada
como uma das «noções comuns» ou «axiomas» que servem fórmula é sempre satisfeita (ou, equivalentemente, se seu
de premissa para a demonstração, sem poderem ser de- complemento é insatisfatível). Um método deste tipo usa as
monstradas. Noutras ocasiões, apresenta-o como uma «no- tabelas-verdade. O problema de decisão de determinar se
ção comum», usada para a prova de algumas conclusões. uma fórmula é satisfatível é o problema de satisfabilidade
Apresenta ainda este princípio como uma tese segundo a booleano, um exemplo importante de um problema NP-
qual se uma proposição é verdadeira, a sua negação é falsa completo na teoria da complexidade computacional.
e se uma proposição é falsa, a sua negação é verdadeira,
Tautologias e Contradições
quer dizer, como a tese segundo a qual, duas proposições
contraditórias não podem ser ambas verdadeiras ou ambas Considere a proposição composta s: (p∧q) → (p∧q)
falsas. onde p e q são proposições simples lógicas quaisquer. Va-
mos construir a tabela verdade da proposição s :
Estas formulações podem reduzir-se a três interpretações Considerando-se o que já foi visto até aqui, teremos:
do mesmo princípio: ontológica, lógica e metalógica. No
primeiro caso o princípio refere-se à realidade; no segundo,
converte-se numa formula lógica ou numa tautologia de lógi-
ca sequencial, que se enuncia do seguinte modo:
¬(p Ù ¬p)
e que se chama geralmente de lei de contradição. No ter-
ceiro caso, o princípio é uma regra que permite realizar infe-
rências lógicas.

As discussões em torno do princípio de contradição têm Observe que quaisquer que sejam os valores lógicos das
diferido consoante se acentua o lado ontológico ou o lado proposições simples p e q, a proposição composta s é sem-

Raciocínio Lógico 43
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pre logicamente verdadeira. Dizemos então que s é uma b) como uma tautologia é sempre verdadeira, podemos
TAUTOLOGIA. concluir que a negação de uma tautologia é sempre falsa, ou
Trazendo isto para a linguagem comum, considere as seja, uma contradição.
proposições: p: O Sol é um planeta Álgebra das proposições
(valor lógico falso - F) e q: A Terra é um planeta plano Sejam p , q e r três proposições simples quaisquer, v
(valor lógico falso - F), podemos concluir que a proposição uma proposição verdadeira e f uma proposição falsa. São
composta “Se o Sol é um planeta e a Terra é um planeta válidas as seguintes propriedades:
plano então o Sol é um planeta ou a Terra é um planeta
plano” é uma proposição logicamente verdadeira.
Opostamente, se ao construirmos uma tabela verdade
para uma proposição composta, verificarmos que ela é sem-
pre falsa, diremos que ela é uma CONTRADIÇÃO.
Ex.: A proposição composta t: p∧~p é uma contradição,
senão vejamos:

NOTA: Se uma proposição composta é formada por n


proposições simples, a sua tabela verdade possuirá 2n li-
nhas.
Ex.: Construa a tabela verdade da proposição composta
t: (p∧q) ∧r
Teremos:

Observe que a proposição acima não é Tautologia nem


Contradição.
Apresentaremos a seguir, exemplos de TAUTOLOGIAS,
as quais você poderá verificá-las, simplesmente construindo
as respectivas tabelas verdades:
Sendo p e q duas proposições simples quaisquer, pode-
mos dizer que as seguintes proposições compostas, são
TAUTOLOGIAS:
1) (p∧q) → p
2) p → (p∧q)
3) [p∧ (p→ q)] → q (esta tautologia recebe o nome parti-
cular de “modus ponens”)
4) [(p→ q) ∧ ~q] → ~p (esta tautologia recebe o nome
particular de “modus tollens”)
Você deverá construir as tabelas verdades para as pro-
posições compostas acima e comprovar que elas realmente
são tautologias, ou seja, na última coluna da tabela verdade
teremos V V V V.
Todas as propriedades acima podem ser verificadas com
NOTAS: a construção das tabelas verdades.
a) as tautologias acima são também conhecidas como http://www.g5ofertas.com.br/
regras de inferência.

Raciocínio Lógico 44
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

3. O termo médio não pode entrar na conclusão.


O SILOGISMO
4. Pelo menos uma vez o termo médio deve possuir
uma extensão universal: "Se os britânicos são homens e
O silogismo é uma forma de inferência mediata, ou racio-
alguns homens são sábios, então os britânicos são sábios."
cínio dedutivo. São duas as espécies de silogismos que
Como é que podemos saber se todos os britânicos perten-
estudaremos aqui, que recebem a sua designação do tipo de
cem à mesma sub-classe que os homens sábios? É preciso
juízo ou proposição que forma a primeira premissa:
notar que na primeira premissa "homens" é predicado e tem
uma extensão particular.
O silogismo categórico
Regras das premissas
A natureza do silogismo, o elo de necessidade lógica que
liga as premissas à conclusão, está bem patente no exemplo
5. De duas premissas negativas, nada se pode con-
que daremos a seguir, e que servirá de ponto de partida para
cluir: "Se o homem não é réptil e o réptil não é peixe, en-
o nosso estudo desta forma de dedução:
tão..." Que conclusão se pode tirar daqui acerca do "homem"
e do "peixe"?
Se todos os homens são mortais e todos os franceses
são homens, então todos os franceses são mortais.
6. De duas premissas afirmativas não se pode tirar
conclusão negativa.
Em primeiro lugar, notemos que o silogismo categórico é
composto de três proposições ou juízos: duas premissas –
7. A conclusão segue sempre a premissa mais fraca.
"Todos os homens são mortais" e "Todos os franceses são
A particular é mais fraca do que a universal e a negativa mais
homens" – e uma conclusão – "Todos os franceses são mor-
fraca do que a afirmativa. Isto significa que se uma das pre-
tais". Neste caso as premissas e a conclusão são todas pro-
missas for particular, a conclusão sê-lo-á igualmente; o
posições universais afirmativas (A), mas cada uma poderia
mesmo acontecendo se uma das premissas for negativa: "Se
em princípio ser de qualquer outro tipo: universal negativa
os europeus não são brasileiros e os franceses são euro-
(E), particular afirmativa (I) ou particular negativa (O).
peus, então os franceses não são brasileiros." Que outra
conclusão se poderia tirar?
Em segundo lugar, nas três proposições entram unica-
mente três termos: "mortais", "homens" e "franceses". Um
8. Nada se pode concluir de duas premissas particu-
destes termos entra nas premissas mas não na conclusão: é
lares. De "Alguns homens são ricos" e "Alguns homens são
o chamado termo médio, que simbolizaremos pela letra M.
sábios" nada se pode concluir, pois não se sabe que relação
Os outros dois termos são o termo maior, que figura na
existe entre os dois grupos de homens considerados. Aliás,
primeira premissa, que por isso é também designada de
um silogismo com estas premissas violaria também a regra 4.
premissa maior; e o termo menor, que figura na segunda
premissa ou premissa menor. Estes dois termos são simbo-
Modo e figura do silogismo
lizados respectivamente pelas letras P e S. Assimilaremos
Consideremos os três silogismos seguintes, com os res-
melhor este simbolismo se tivermos em conta que, na con-
pectivos esquemas:
clusão, o termo maior, P, é predicado e o termo menor, S, é
sujeito.
Nenhum asiático é europeu. (Nenhum M é P.)
Todos os coreanos são asiáti-
Finalmente, embora a forma que utilizamos para apresen- (Todo o S é M.)
cos.
tar o silogismo seja a melhor para dar conta da ligação lógica
Portanto nenhum coreano é (Portanto nenhum S é
entre as premissas e a conclusão e esteja mais de acordo
europeu. P.)
com a formulação original de Aristóteles, existem outras duas
Ý
formas mais vulgarizadas, uma das quais será aquela que
Nenhum ladrão é sábio. (Nenhum P é M.)
utilizaremos com mais frequência.
Alguns políticos são sábios. (Algum S é M.)
Portanto alguns políticos não são (Portanto algum S não
Todo o M é P. Todo o M é P.
ladrões. é P.)
Todo o S é M. Todo o S é M.
Todos os jovens são alegres. (Todo o M é P.)
Logo todo o S é P. Todo o S é P.
Todos os jovens são travessos. (Todo o M é S.)
Portanto alguns travessos são (Portanto algum S é
Regras do silogismo
alegres. P.)
São em número de oito. Quatro referem-se aos termos e
as outras quatro às premissas.
Estes silogismos são, evidentemente, diferentes,
não apenas em relação às proposições concretas que os
Regras dos termos
formam, mas igualmente em relação à quantidade e qualida-
1. Apenas existem três termos num silogismo: maior,
de dessas proposições e à maneira como o termo médio
médio e menor. Esta regra pode ser violada facilmente
nelas se apresenta, como no-lo indicam os esquemas que os
quando se usa um termo com mais de um significado: "Se o
acompanham. Assim, no primeiro silogismo temos uma pro-
cão é pai e o cão é teu, então é teu pai." Aqui o termo "teu"
posição universal negativa (E), uma universal afirmativa (A) e
tem dois significados, posse na segunda premissa e paren-
mais uma universal negativa (E); no segundo, temos a se-
tesco na conclusão, o que faz com que este silogismo apre-
quência E, I, O; no terceiro, A, A, I. Quanto à posição do
sente na realidade quatro termos.
termo médio, verificamos que no primeiro silogismo ele é
sujeito na premissa maior e predicado na premissa menor;
2. Nenhum termo deve ter maior extensão na conclu-
no segundo, é predicado em ambas as premissas; e no ter-
são do que nas premissas: "Se as orcas são ferozes e
ceiro silogismo é sujeito também tanto na maior como na
algumas baleias são orcas, então as baleias são ferozes." O
menor. Fazendo variar todos estes factores de todas as ma-
termo "baleias" é particular na premissa e universal na con-
neiras possíveis obteremos provavelmente uma soma assus-
clusão, o que invalida o raciocínio, pois nada é dito nas pre-
tadora de silogismos diferentes.
missas acerca das baleias que não são orcas, e que podem
muito bem não ser ferozes.
Modo do silogismo
Assim, se considerarmos o modo do silogismo, que é a

Raciocínio Lógico 45
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

forma como os diferentes tipos de proposição – A, E, I, O – O silogismo hipotético


nele se dispõem, teremos 64 (sessenta e quatro) silogismos No silogismo categórico, estão em causa dois termos, o
possíveis, número que é obtido quando fazemos todas as maior e o menor, que são comparados com um terceiro ter-
combinações possíveis das quatro letras em grupos de três, mo, o médio, daí se chegando a uma conclusão acerca da
que é o número de proposições num silogismo categórico. relação existente entre os dois primeiros: "Se todos os lagar-
tos são répteis e alguns animais não são lagartos, então
Figura do silogismo alguns animais não são répteis." No silogismo hipotético
Todavia, para além do modo, temos de ter em considera- lidaremos, não com os termos, mas com as proposições em
ção a figura, que é definida pelo papel, sujeito ou predicado, si. Vejamos um exemplo:
que o termo médio desempenha nas duas premissas. Exis-
tem quatro figuras possíveis: 1) sujeito-predicado, 2) predi- Se João estuda então passa no exame;
cado-predicado, 3) sujeito-sujeito e 4) predicado-sujeito, João estuda,
correspondendo as três primeiras aos exemplos dados. Se Portanto passa no exame.
combinarmos estas quatro figuras com os sessenta e quatro
modos encontrados acima, obtemos o bonito produto de 256 Neste caso, a primeira premissa, ou premissa maior, é
silogismos. Felizmente para nós muitos desses silogismos constituída por uma proposição composta por duas outras
são repetições – por exemplo, o modo AEE equivale a EAE – proposições: "João estuda" e "João passa no exame", liga-
, ou infringem diversas das regras do silogismo – por exem- das entre si pelas partículas "se... então...", ou outras equiva-
plo, o modo IIO compõe-se de duas premissas particulares, lentes; poder-se-ia dizer também, com o mesmo sentido:
pelo que, pela regra 8, não é válido –, de maneira que não se "Estudar implica, para João, passar no exame", ou "João
conseguem mais do que dezanove silogismos concludentes. passa no exame desde que estude". O importante é notar-
mos que uma das proposições surge como consequência da
Modos válidos outra, constituindo aquilo que designamos por juízo hipotéti-
Assim, na primeira figura, em que o termo médio é sujeito co ou condicional: daí designarmos uma delas como antece-
na premissa maior e predicado na menor, apenas são válidos dente – neste caso, "João estuda" – e a outra como conse-
os modos seguintes: AAA, EAE, AII, EIO. Para memorizar quente – "João passa no exame." A premissa menor limita-
melhor estes modos, os lógicos medievais associaram-nos a se a repetir, a afirmar, uma das proposições que compõem a
determinadas palavras, que se tornaram uma espécie de primeira premissa – neste caso, o antecedente –, mas é
designação para os mesmos: são elas, respectivamente, precisamente dessa afirmação que decorre logicamente a
Barbara, Celarent, Darii, Ferio. O primeiro exemplo que conclusão – que não é outra coisa senão o consequente.
demos neste ponto, sobre os asiáticos e os coreanos, é um
exemplo de silogismo na primeira figura, modo Celarent. Os Se simbolizássemos a primeira proposição por "p" e a
modos válidos das outras figuras teriam também as suas segunda por "q", poderíamos reduzir o silogismo anterior a
designações mnemónicas próprias: este esquema:
2.ª figura: Cesare, Camestres, Festino, Baroco. Se p, então q;
3.ª figura: Darapti, Felapton, Disamis, Bocardo, Ferison. ora p;
4.ª figura: Bamalip, Calemes, Dimatis, Fesapo, Fresison. logo q.

Existe uma particularidade importante em relação às di- Numa formulação mais intuitiva, o que isto quer dizer é
versas figuras. Através de diversos procedimentos, dos quais que, face a uma condição como a que é estabelecida na
o mais importante é a conversão, é possível reduzir silogis- premissa maior, afirmar a verdade do antecedente é afirmar
mos de uma figura a outra figura, ou seja, pegar, por exem- simultaneamente a verdade do consequente. Poderíamos
plo, num silogismo na segunda figura e transformá-lo num substituir as letras "p" e "q" por outras proposições verdadei-
silogismo na primeira figura. ras que o raciocínio continuaria válido.

Nenhum ladrão é sábio. O silogismo hipotético possui duas figuras válidas ou mo-
Alguns políticos são sábios. dos:
Portanto alguns políticos não são ladrões.
Modus ponens
Nenhum sábio é ladrão. Modus ponens, que corresponde ao exemplo dado, e que
Alguns políticos são sábios. poderíamos sintetizar nas seguintes regras:
Portanto alguns políticos não são ladrões. 1. Num juízo hipotético, a afirmação do antecedente o-
briga à afirmação do consequente.
Aqui o primeiro silogismo tem o termo médio na posição 2. Da afirmação do consequente nada se pode concluir.
de predicado das duas premissas. Trata-se portanto de um
silogismo da segunda figura, modo Festino. Através da con- Modus tollens
versão da premissa maior – um processo simples neste ca- Modus tollens, que corresponde ao seguinte esquema:
so, mas convém rever o que dissemos anteriormente sobre o "se p, então q; ora não q; logo não p", e cuja mecânica pode-
assunto (cf. Inferência imediata ) –, transformámo-lo num ríamos sintetizar nas seguintes regras:
silogismo categórico da primeira figura, em que o termo mé- 1. Num juízo hipotético, a negação do consequente torna
dio desempenha o papel de sujeito na premissa maior e necessária a negação do antecedente.
predicado na menor. O modo do novo silogismo é Ferio. 2. Da negação do antecedente nada se pode concluir.

Tradicionalmente, a primeira figura tem sido considerada Formas muito vulgarizadas, mas não válidas, de si-
como a mais importante, aquela em que a evidência da de- logismo hipotético, são aquelas que quebram as regras atrás
dução é mais forte. Reduzir os silogismos nas outras figuras expostas. Por exemplo, afirmar o consequente para afirmar o
a silogismos equivalentes na primeira figura seria uma ma- antecedente, como em: "Se chovesse, o chão estaria molha-
neira de demonstrar a validade dos mesmos. A utilidade de do; ora o chão está molhado, logo choveu." Evidentemente, é
decorar os diversos modos válidos é relativa, uma vez que a provável que o chão esteja molhado por causa da chuva,
aplicação das regras do silogismo permitem perfeitamente mas também o pode estar outros motivos, como o facto de
definir se um qualquer silogismo é ou não válido. alguém o ter regado, etc. Outro exemplo: "Se Roberto to-
masse veneno ficaria doente; ora Roberto não tomou vene-

Raciocínio Lógico 46
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

no, portanto não ficou doente". Quem nos garante isso? Resposta para a questão: existem 87.835.000 placas on-
Podia ter apanhado uma gripe. de a parte dos algarismos formem um número par.

PRINCIPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM PRINCÍPIO DA ADIÇÃO


Suponhamos um procedimento executado em k fases. A
fase 1 tem n1 maneiras de ser executada, a fase 2 possui n2
Por meio do princípio fundamental da contagem,
maneiras de ser executada e a fase k tem nk modos de ser
podemos determinar quantas vezes, de modo diferente, um
executada. As fases são excludentes entre si, ou seja, não é
acontecimento pode ocorrer.
possível que duas ou mais das fases sejam realizadas em
conjunto. Logo, todo o procedimento tem n1 + n2 + ... + nk
Se um evento (ou fato) ocorre em n etapas consecutivas
maneiras de ser realizado.
e independentes, de maneira que o número de
possibilidades:
Exemplo
Na 1a etapa é k1,
Deseja-se fazer uma viagem para a cidade A ou para a
Na 2a etapa é k2,
cidade B. Existem 5 caminhos possíveis para a cidade A e 3
Na 33 etapa é k3,
possíveis caminhos para a cidade B. Logo, para esta viagem,
..........................
existem no total 5 + 3 = 8 caminhos possíveis.
Na enésima etapa é kn, então o número total de
PRINCÍPIO DA MULTIPLICAÇÃO
possibilidades de ocorrer o referido evento é o produto k1,
Suponhamos um procedimento executado em k fases,
k2, k3 ... kn.
concomitantes entre si. A fase 1 tem n1 maneiras de ser
executada, a fase 2 possui n2 maneiras de ser executada e a
O princípio fundamental da contagem nos diz que sempre
fase k tem nk modos de ser executada. A fase 1 poderá ser
devemos multiplicar os números de opções entre as escolhas
seguida da fase 2 até a fase k, uma vez que são
que podemos fazer. Por exemplo, para montar um computa-
concomitantes. Logo, há n1 . n2 . ... . nk maneiras de
dor, temos 3 diferentes tipos de monitores, 4 tipos de tecla-
executar o procedimento.
dos, 2 tipos de impressora e 3 tipos de "CPU". Para saber o
numero de diferentes possibilidades de computadores que
Exemplo
podem ser montados com essas peças, somente multiplica-
Supondo uma viagem para a cidade C, mas para chegar
mos as opções:
até lá você deve passar pelas cidades A e B. Da sua cidade
3 x 4 x 2 x 3 = 72
até a cidade A existem 2 caminhos possíveis; da cidade A
até a B existem 4 caminhos disponíveis e da cidade B até a
Então, têm-se 72 possibilidades de configurações diferen-
C há 3 rotas possíveis. Portanto, há 2 x 4 x 3 = 24 diferentes
tes.
caminhos possíveis de ida da sua cidade até a cidade C.
Um problema que ocorre é quando aparece a palavra
Os princípios enunciados acima são bastante intuitivos.
"ou", como na questão:
Contudo, apresentaremos ainda alguns exemplos um pouco
Quantos pratos diferentes podem ser solicitados por um
mais complexos de aplicação.
cliente de restaurante, tendo disponível 3 tipos de arroz, 2 de
feijão, 3 de macarrão, 2 tipos de cervejas e 3 tipos de refrige-
Quantos números naturais pares de três algarismos
rante, sendo que o cliente não pode pedir cerveja e refrige-
distintos podemos formar?
rante ao mesmo tempo, e que ele obrigatoriamente tenha de
Inicialmente, devemos observar que não podemos
escolher uma opção de cada alimento?
colocar o zero como primeiro algarismo do número. Como os
números devem ser pares, existem apenas 5 formas de
A resolução é simples: 3 x 2 x 3 = 18 , somente pela co-
escrever o último algarismo (0, 2, 4, 6, 8). Contudo, se
mida. Como o cliente não pode pedir cerveja e refrigerantes
colocamos o zero como último algarismo do número, nossas
juntos, não podemos multiplicar as opções de refrigerante
escolhas para distribuição dos algarismos mudam. Portanto,
pelas opções de cerveja. O que devemos fazer aqui é ape-
podemos pensar na construção desse número como um
nas somar essas possibilidades:
processo composto de 2 fases excludentes entre si.
(3 x 2 x 3) x (2 + 3) = 90
Fixando o zero como último algarismo do número, temos
Resposta para o problema: existem 90 possibilidades de
as seguintes possibilidades de escrever os demais
pratos que podem ser montados com as comidas e bebidas
algarismos:
disponíveis.
1º algarismo: 9 possibilidades (1,2,3,4,5,6,7,8,9)
2º algarismo: 8 possibilidades (1,2,3,4,5,6,7,8,9), porém
Outro exemplo:
excluímos a escolha feita para o 1º algarismo;
No sistema brasileiro de placas de carro, cada placa é
3º algarismo: 1 possibilidade (fixamos o zero).
formada por três letras e quatro algarismos. Quantas placas
onde o número formado pelos algarismos seja par, podem
Logo, há 9 x 8 x 1 = 72 formas de escrever um número de
ser formadas?
três algarismos distintos tendo o zero como último algarismo.
Primeiro, temos de saber que existem 26 letras. Segundo,
Sem fixar o zero, temos:
para que o numero formado seja par, teremos de limitar o
3º algarismo: 4 possibilidades (2,4,6,8)
ultimo algarismo à um numero par. Depois, basta multiplicar.
1º algarismo: 8 possibilidades (1,2,3,4,5,6,7,8,9),
26 x 26 x 26 = 17.567 -> parte das letras
excluindo a escolha feita para o último algarismo;
10 x 10 x 10 x 5 = 5.000 -> parte dos algarismos, note
2º algarismo: 8 possibilidades (0,1,2,3,4,5,6,7,8,9) ,
que na última casa temos apenas 5 possibilidades, pois que-
porém excluindo as escolhas feitas para o primeiro e
remos um número par (0, 2 , 4 , 6 , 8).
último algarismos.
Agora é só multiplicar as partes: 17.567 x 5.000 =
Portanto, temos 8 x 8 x 4 = 256 maneiras de escrever um
87.835.000
número de três algarismos distintos sem zero no último
algarismo.

Raciocínio Lógico 47
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

Ao todo, temos 72 + 256 = 328 formas de escrever o


número.

Exercícios
Princípio Fundamental da Contagem
Professores: Jorge e Lauro
1) (FGV/2005) Em uma gaveta de armário de um quarto
escuro há 6 camisetas vermelhas, 10 camisetas brancas e 7
camisetas pretas. Qual é o número mínimo de camisetas que
se deve retirar da gaveta, sem que se vejam suas cores,
para que:

a) Se tenha certeza de ter retirado duas camise- O valor de N é


tas de cores diferentes.
b) Se tenha certeza de ter retirado duas camisetas de mes- a) 27 b) 216 c) 512 d) 729 e) 1.331
ma cor.
c) Se tenha certeza de ter retirado pelo menos uma camiseta
4) (UFC/2002) A quantidade de números inteiros, positivos e
de cada cor.
ímpares, formados por três algarismos distintos, escolhidos
2) (Enem/2004)No Nordeste brasileiro, é comum encontrar- dentre os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9, é igual a:
mos peças de artesanato constituídas por garrafas preenchi-
das com areia de diferentes cores, formando desenhos. Um a) 320 b) 332 c) 348 d) 360 e) 384
artesão deseja fazer peças com areia de cores cinza, azul,
verde e amarela, mantendo o mesmo desenho, mas variando 5)(UFAL/200) Quantos números pares de quatro algarismos
as cores da paisagem (casa, palmeira e fundo), conforme a distintos podem ser formados com os elementos do conjunto
figura. A={0,1,2,3,4}?

a) 60 b) 48 c) 36 d) 24 e) 18

6)(UFPI/2000) Escrevendo-se em ordem decrescente todos


os números de cinco algarismos distintos formados pelos
algarismos 3, 5, 7, 8 e 9, a ordem do número 75389 é:

a) 54 b) 67 c) 66 d) 55 e) 56

7)(UFAL/99) Com os elementos do conjunto {1, 2, 3, 4, 5, 6,


7} formam-se números de 4 algarismos distintos. Quantos
dos números formados NÃO são divisíveis por 5?

a) 15 b) 120 c) 343 d) 720 e) 840

8)(ITA/2001) Considere os números de 2 a 6 algarismos


distintos formados utilizando-se apenas 1, 2, 4, 5, 7 e 8.
Quantos destes números são ímpares e começam com um
O fundo pode ser representado nas cores azul ou cinza; a dígito par?
casa, nas cores azul, verde ou amarela; e a palmeira, nas
cores cinza ou verde. Se o fundo não pode ter a mesma cor a) 375 b) 465 c) 545 d) 585 e) 625
nem da casa nem da palmeira, por uma questão de contras-
te, então o número de variações que podem ser obtidas para
9)(UNESP/2000) Um turista, em viagem de férias pela Euro-
a paisagem é
pa, observou pelo mapa que, para ir da cidade A à cidade B,
havia três rodovias e duas ferrovias e que, para ir de B até
a) 6. b) 7. c) 8. d) 9. e) 10. uma outra cidade, C, havia duas rodovias e duas ferrovias. O
número de percursos diferentes que o turista pode fazer para
3) (UFES/2002) Num aparelho telefônico, as dez teclas nu- ir de A até C, passando pela cidade B e utilizando rodovia e
meradas estão dispostas em fileiras horizontais, conforme trem obrigatoriamente, mas em qualquer ordem, é:
indica a figura a seguir. Seja N a quantidade de números de
telefone com 8 dígitos, que começam pelo dígito 3 e termi- a) 9. b) 10. c) 12. d) 15. e) 20.
nam pelo dígito zero, e, além disso, o 2o e o 3o dígitos são
da primeira fileira do teclado, o 4o e o 5o dígitos são da se- 10)(UECE/99) Quantos números ímpares, cada um com três
gunda fileira, e o 6o e o 7o são da terceira fileira. algarismos, podem ser formados com os algarismos 2,3,4,6 e
7, se a repetição de algarismos é permitida?
a) 60 b) 50 c) 40 d) 30

GABARITO:

1) a)11 b)4 c)18 2)B 3)D 4)A 5)A 6)C 7)D 8)D 9)B 10)B

Raciocínio Lógico 48
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

TEORIA DOS CONJUNTOS 2 Notação

Normalmente adotamos, na teoria dos conjuntos, a


CONJUNTO seguinte notação:

Em matemática, um conjunto é uma coleção de • os conjuntos são indicados por letras maiúsculas: A,
elementos. Não interessa a ordem e quantas vezes os B, C, ... ;
elementos estão listados na coleção. Em contraste, uma • os elementos são indicados por letras minúsculas: a,
coleção de elementos na qual a multiplicidade, mas não a b, c, x, y, ... ;
ordem, é relevante, é chamada multiconjunto. • o fato de um elemento x pertencer a um conjunto C é
indicado com x ∈ C;
Conjuntos são um dos conceitos básicos da matemática. • o fato de um elemento y não pertencer a um conjunto
Um conjunto é apenas uma coleção de entidades, chamadas C é indicado y ∉ C.
de elementos. A notação padrão lista os elementos
separados por vírgulas entre chaves (o uso de "parênteses" 3. Representação dos conjuntos
ou "colchetes" é incomum) como os seguintes exemplos:
Um conjunto pode ser representado de três maneiras:
{1, 2, 3}
• por enumeração de seus elementos;
• por descrição de uma propriedade característica do
{1, 2, 2, 1, 3, 2}
conjunto;
• através de uma representação gráfica.
{x : x é um número inteiro tal que 0<x<4}
Um conjunto é representado por enumeração quando
todos os seus elementos são indicados e colocados dentro
Os três exemplos acima são maneiras diferentes de de um par de chaves.
representar o mesmo conjunto.
Exemplo:
É possível descrever o mesmo conjunto de diferentes
maneiras: listando os seus elementos (ideal para conjuntos a) A = ( 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 ) indica o conjunto
pequenos e finitos) ou definindo uma propriedade de seus formado pelos algarismos do nosso sistema de numeração.
elementos. Dizemos que dois conjuntos são iguais se e b) B = ( a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v,
somente se cada elemento de um é também elemento do x, z ) indica o conjunto formado pelas letras do nosso
outro, não importando a quantidade e nem a ordem das alfabeto.
ocorrências dos elementos. c) Quando um conjunto possui número elevado de
elementos, porém apresenta lei de formação bem clara,
Conceitos essenciais podemos representa-lo, por enumeração, indicando os
primeiros e os últimos elementos, intercalados por
 Conjunto: representa uma coleção de objetos, reticências. Assim: C = ( 2; 4; 6;... ; 98 ) indica o conjunto
geralmente representado por letras maiúsculas; dos números pares positivos, menores do que100.
d) Ainda usando reticências, podemos representar, por
 Elemento: qualquer um dos componentes de um enumeração, conjuntos com infinitas elementos que tenham
uma lei de formação bem clara, como os seguintes:
conjunto, geralmente representado por letras minúsculas;
D = ( 0; 1; 2; 3; .. . ) indica o conjunto dos números
 Pertinência: é a característica associada a um inteiros não negativos;
elemento que faz parte de um conjunto; E = ( ... ; -2; -1; 0; 1; 2; . .. ) indica o conjunto dos
números inteiros;
Pertence ou não pertence F = ( 1; 3; 5; 7; . . . ) indica o conjunto dos números
ímpares positivos.
Se é um elemento de , nós podemos dizer que o
A representação de um conjunto por meio da descrição
elemento pertence ao conjunto e podemos escrever de uma propriedade característica é mais sintética que sua
. Se não é um elemento de , nós podemos representação por enumeração. Neste caso, um conjunto C,
de elementos x, será representado da seguinte maneira:
dizer que o elemento não pertence ao conjunto e
C = { x | x possui uma determinada propriedade }
podemos escrever .
que se lê: C é o conjunto dos elementos x tal que possui
1. Conceitos primitivos uma determinada propriedade:

Antes de mais nada devemos saber que conceitos Exemplos


primitivos são noções que adotamos sem definição.
O conjunto A = { 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } pode ser
Adotaremos aqui três conceitos primitivos: o de conjunto, representado por descrição da seguinte maneira: A = { x | x
o de elemento e o de pertinência de um elemento a um con- é algarismo do nosso sistema de numeração }
junto. Assim, devemos entender perfeitamente a frase: de-
terminado elemento pertence a um conjunto, sem que te- O conjunto G = { a; e; i; o, u } pode ser representado por
nhamos definido o que é conjunto, o que é elemento e o que descrição da seguinte maneira G = { x | x é vogal do nosso
significa dizer que um elemento pertence ou não a um con- alfabeto }
junto.

Raciocínio Lógico 49
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

O conjunto H = { 2; 4; 6; 8; . . . } pode ser representado


por descrição da seguinte maneira:

H = { x | x é par positivo }

A representação gráfica de um conjunto é bastante cô-


moda. Através dela, os elementos de um conjunto são repre-
sentados por pontos interiores a uma linha fechada que não Resolução
se entrelaça. Os pontos exteriores a esta linha representam
os elementos que não pertencem ao conjunto. a) n(A) = 4
b) n(B) = 6,'pois a palavra alegria, apesar de possuir
Exemplo dote letras, possui apenas seis letras distintas entre si.
c) n(C) = 2, pois há dois elementos que pertencem a
C: c e C e d e C
d) observe que:
2 = 2 . 1 é o 1º par positivo
4 = 2 . 2 é o 2° par positivo
6 = 2 . 3 é o 3º par positivo
8 = 2 . 4 é o 4º par positivo
. .
. .
. .
98 = 2 . 49 é o 49º par positivo

logo: n(D) = 49

e) As duas retas, esquematizadas na figura,


Por esse tipo de representação gráfica, chamada possuem apenas um ponto comum.
diagrama de Euler-Venn, percebemos que x ∈ C, y ∈ C, z Logo, n( E ) = 1, e o conjunto E é, portanto, unitário.
∈ C; e que a ∉ C, b ∉ C, c ∉ C, d ∉ C.
6 igualdade de conjuntos
4 Número de elementos de um conjunto
Vamos dizer que dois conjuntos A e 8 são iguais, e indi-
Consideremos um conjunto C. Chamamos de número de caremos com A = 8, se ambos possuírem os mesmos ele-
elementos deste conjunto, e indicamos com n(C), ao número mentos. Quando isto não ocorrer, diremos que os conjuntos
de elementos diferentes entre si, que pertencem ao conjunto. são diferentes e indicaremos com A ≠ B. Exemplos .
Exemplos
a) {a;e;i;o;u} = {a;e;i;o;u}
a) O conjunto A = { a; e; i; o; u } b) {a;e;i;o,u} = {i;u;o,e;a}
é tal que n(A) = 5. c) {a;e;i;o;u} = {a;a;e;i;i;i;o;u;u}
b) O conjunto B = { 0; 1; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } é tal que d) {a;e;i;o;u} ≠ {a;e;i;o}
n(B) = 10. 2
e) { x | x = 100} = {10; -10}
f) { x | x = 400} ≠ {20}
c) O conjunto C = ( 1; 2; 3; 4;... ; 99 ) é tal que n (C) = 2
99.

5 Conjunto unitário e conjunto vazio 7 Subconjuntos de um conjunto

Chamamos de conjunto unitário a todo conjunto C, tal que Dizemos que um conjunto A é um subconjunto de um
n (C) = 1. conjunto B se todo elemento, que pertencer a A, também
pertencer a B.
Exemplo: C = ( 3 )
Neste caso, usando os diagramas de Euler-Venn, o
E chamamos de conjunto vazio a todo conjunto c, tal que conjunto A estará "totalmente dentro" do conjunto B :
n(C) = 0.
2
Exemplo: M = { x | x = -25}

O conjunto vazio é representado por { } ou por ∅.


Exercício resolvido Indicamos que A é um subconjunto de B de duas
maneiras:
Determine o número de elementos dos seguintes com
juntos : a) A ⊂ B; que deve ser lido : A é subconjunto de B ou
A está contido em B ou A é parte de B;
a) A = { x | x é letra da palavra amor } b) B ⊃ A; que deve ser lido: B contém A ou B inclui A.
b) B = { x | x é letra da palavra alegria }
c) c é o conjunto esquematizado a seguir Exemplo
d) D = ( 2; 4; 6; . . . ; 98 )
e) E é o conjunto dos pontos comuns às relas Sejam os conjuntos A = {x | x é mineiro} e B = { x | x é
r e s, esquematizadas a seguir : brasileiro} ; temos então que A ⊂ B e que B ⊃ A.

Raciocínio Lógico 50
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

Observações:

• Quando A não é subconjunto de B, indicamos com A


⊄ B ou B A.
• Admitiremos que o conjunto vazio está contido em
qualquer conjunto.

8 Número de subconjuntos de um conjunto dado


Pode-se mostrar que, se um conjunto possui n Exemplos
∩ {d;e} = ∅
n
elementos, então este conjunto terá 2 subconjuntos. a) {a;b;c}
Exemplo b) {a;b;c} ∩ {b;c,d} = {b;c}
c) {a;b;c} ∩ {a;c} = {a;c}
O conjunto C = {1; 2 } possui dois elementos; logo, ele
2
terá 2 = 4 subconjuntos.
Quando a intersecção de dois conjuntos é vazia, como no
Exercício resolvido: exemplo a, dizemos que os conjuntos são disjuntos.

1. Determine o número de subconjuntos do conjunto C = Exercícios resolvidos


(a; e; i; o; u ) .
1. Sendo A = ( x; y; z ); B = ( x; w; v ) e C = ( y; u; t ),
Resolução: Como o conjunto C possui cinco elementos, o determinar os seguintes conjuntos:
a) A ∪ B
5
número dos seus subconjuntos será 2 = 32. f) B ∩ C
b) A ∩ B g) A ∪ B ∪ C
Exercícios propostas: c) A ∪ C h) A ∩ B ∩ C
d) A ∩ C i) (A ∩ B) U (A ∩ C)
2. Determine o número de subconjuntos do conjunto
e) B ∪ C
C = { 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 }

Resposta: 1024 Resolução


a) A ∪ B = {x; y; z; w; v }
3. Determine o número de subconjuntos do conjunto b) A ∩ B = {x }
c) A ∪ C = {x; y;z; u; t }
1 1 1 2 3 3 A ∩ C = {y }
C=  ; ; ; ; ;  d)
2 3 4 4 4 5  e) B ∪ C={x;w;v;y;u;t}
f) B ∩ C= ∅
Resposta: 32 g) A ∪ B ∪ C= {x;y;z;w;v;u;t}
h) A ∩ B ∩ C= ∅
B) OPERAÇÕES COM CONJUNTOS i) (A ∩ B) ∪ u (A ∩ C)={x} ∪ {y}={x;y}
1 União de conjuntos 2. Dado o diagrama seguinte, represente com hachuras
os conjuntos: :
Dados dois conjuntos A e B, chamamos união ou reunião
de A com B, e indicamos com A ∩ B, ao conjunto constituído a) A ∩ B ∩ C
por todos os elementos que pertencem a A ou a B. b) (A ∩ B) ∪ (A ∩ C)
Usando os diagramas de Euler-Venn, e representando
com hachuras a interseção dos conjuntos, temos:

Exemplos

a) {a;b;c} U {d;e}= {a;b;c;d;e}


b) {a;b;c} U {b;c;d}={a;b;c;d} .Resolução
c) {a;b;c} U {a;c}={a;b;c}

2 Intersecção de conjuntos

Dados dois conjuntos A e B, chamamos de interseção de


A com B, e indicamos com A ∩ B, ao conjunto constituído
por todos os elementos que pertencem a A e a B.

Usando os diagramas de Euler-Venn, e representando


com hachuras a intersecção dos conjuntos, temos:

Raciocínio Lógico 51
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

A–C C–B

Resolução

a) A - B = { y; z }
b) B - A= {w;v}
c) A - C= {x;z}
d) C – A = {u;t}
e) B – C = {x;w;v}
f) C – B = {y;u;t}
3. No diagrama seguinte temos:
n(A) = 20
n(B) = 30 PROBABILIDADES
n(A ∩ B) = 5
Introdução

Determine n(A ∪ B). Quando usamos probabilidades?


Resolução
Ouvimos falar desse assunto em situações como: a pro-
babilidade de ser sorteado, de acertar numa aposta, de um
candidato vencer uma eleição, de acertar o resultado de um
jogo etc. Portanto, usamos probabilidades em situações em
que dois ou mais resultados diferentes podem ocorrer e não
é possível saber, prever, qual deles realmente vai ocorrer em
cada situação.
Se juntarmos, aos 20 elementos de A, os 30 elementos
de B, estaremos considerando os 5 elementos de A n B duas
vezes; o que, evidentemente, é incorreto; e, para corrigir este Ao lançarmos para o alto uma moeda e quisermos saber
erro, devemos subtrair uma vez os 5 elementos de A n B; se o resultado é cara ou coroa, não podemos prever o resul-
teremos então: tado mas podemos calcular as chances de ocorrência de
cada um. Este cálculo é a probabilidade de ocorrência de um
n(A ∪ B) = n(A) + n(B) - n(A ∩ B) ou seja: resultado.

n(A ∪ B) = 20 + 30 – 5 e então: Por meio dos exemplos desta aula, você aprenderá o cál-
culo de probabilidades.
n(A ∪ B) = 45.
EXEMPLO 1
4 Conjunto complementar
Qual a chance de dar cara no lançamento de uma moe-
Dados dois conjuntos A e B, com B ⊂ A, chamamos da?
de conjunto complementar de B em relação a A, e indicamos
com CA B, ao conjunto A - B.
Observação: O complementar é um caso particular de
diferença em que o segundo conjunto é subconjunto do
primeiro.

Usando os diagramas de Euler-Venn, e representando


com hachuras o complementar de B em relação a A, temos:

Solução:

Raciocinando matematicamente, os resultados cara e co-


roa têm as mesmas chances de ocorrer. Como são duas
possibilidades (cara ou coroa) podemos dizer que as chan-
ces de dar cara é de 1 para 2. Isto é o mesmo que dizer que
a probabilidade de o resultado ser cara é ou 0,5 ou 50%.
Exemplo: {a;b;c;d;e;f} - {b;d;e}= {a;c;f}
Neste exemplo calculamos intuitivamente a probabilidade
Observação: O conjunto complementar de B em de o resultado ser cara e você deve ter percebido que a
relação a A é formado pelos elementos que faltam para probabilidade de dar coroa é a mesma, 50%.
"B chegar a A"; isto é, para B se igualar a A.
No entanto, quando dizemos que a probabilidade é ½ ou
Exercícios resolvidos: 50% isso não significa que a cada 2 lançamentos um vai ser
cara e o outro vai ser coroa. O fato de a probabilidade ser ½
4. Sendo A = { x; y; z } , B = { x; w; v } e C = { y; u; t ou 50% quer dizer apenas que as chances são iguais e que,
}, determinar os seguintes conjuntos: se fizermos muitos lançamentos, é provável que aproxima-
damente metade deles dê cara como resultado.
A–B C-A
B–A B–C

Raciocínio Lógico 52
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O conceito de probabilidade a probabilidade de um freguês desavisado escolher uma das


opções mais caras?
EXEMPLO 2
Solução:
O chefe de uma seção com 5 funcionários deu a eles 1
ingresso da final de um campeonato para que fosse sortea- Já sabemos que a probabilidade de escolher os mais ca-
do. Após escreverem seus nomes em papéis idênticos, colo- ros será:
caram tudo num saco para fazer o sorteio. Qual a chance
que cada um tem de ser sorteado? nº de cardápios mais
p(mais caro) caros
= nº de cardápios possí-
Solução:
veis
Os 5 funcionários têm todos a mesma chance de serem Se temos 6 opções econômicas num total de 24, temos
sorteados. No caso de Paulo, por exemplo, as chances de 24 - 6 = 18 opções mais caras. Como o número de cardápios
ser sorteado são de 1 para 5, ou 1/5. Então, podemos dizer possíveis é 24, então:
que a chance, ou a probabilidade, de cada um deles ser
sorteado é de 1/5 , ou 0,2, ou ainda 20%. 18 3
p(mais caro) = = = 0,75 = 75%
54 4
EXEMPLO 3

No lançamento de um dado, qual a probabilidade de o re- As chances de esse freguês escolher um dos cardápios
sultado ser um número par? mais caros é de 75%.

Solução: EXEMPLO 5

Para que o resultado seja par devemos conseguir: Numa urna estão 10 bolas de mesmo tamanho e de
mesmo material, sendo 8 pretas e 2 brancas. Pegando-se
uma bola qualquer dessa urna, qual a probabilidade de ela
ser branca?

Solução:
nº de bolas bran-
2 1
p(branca) = cas = = = 20%
nº total de bolas 10 5
Assim, temos 3 resultados favoráveis (2, 4 ou 6) em um
total de 6 resultados possíveis (1, 2, 3, 4, 5, 6). EXEMPLO 6

As chances de dar um resultado par são 3 num total de 6. De um baralho normal de 52 cartas e mais 2 coringas reti-
Então, podemos dizer que a probabilidade de isso acontecer ramos uma das cartas ao acaso. Qual a probabilidade de:
é 3/6 ou 1/2 .
a) ser um ás?
Generalizando essa solução:
nº de resultados favoráveis a b) ser um coringa, em jogos que também consideram o 2
3 1 como coringa?
P (par) E = = =
= nº total de resultados possí- 6 2
veis 50% Solução:

Onde P (par) significa probabilidade de o resultado ser O número total de cartas é 54 sendo que há 13 cartas
par. (ás, 2 a 10, valete, dama, rei) de cada um dos 4 naipes (co-
pas, ouro, paus e espadas) e 2 coringas.
Nos três exemplos que acabamos de ver há dois ou mais
resultados possíveis, todos com a mesma chance de ocorrer. nº de ases existen- 4
A probabilidade de ocorrer um desses resultados ou um p (ás) tes = = 0,07 =
a) 54
conjunto de resultados que satisfaçam uma condição ou =
nº total de cartas 7%
exigência E, é representado por p (E) e calculado por:
nº de resultados favoráveis a
E
p (E) = b) Como as 4 cartas com nº 2 também são consideradas
nº total de resultados possí-
veis coringas, a probabilidade de tirar um coringa será:

EXEMPLO 4 nº de coringas 6
= = 0,11 =
p(coringa) = 54
nº total de cartas
No Exemplo 2 da Aula 48 vimos que, num restaurante 11%
que prepara 4 pratos quentes, 2 saladas e 3 sobremesas
diferentes, existem 24 maneiras diferentes de um freguês se EXEMPLO 7
servir de um prato quente, uma salada e uma sobremesa.
Em análise combinatoria, vimos que, com 6 homens e 3
No Exemplo 3 daquela aula descobrimos que havia, den- mulheres, podemos formar C 59 = 126 grupos de 5 pessoas e
tre os 24 cardápios possíveis, 6 cardápios econômicos. Qual

Raciocínio Lógico 53
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

C 56 = 6 grupos de 5 pessoas nos quais só escolhemos ho- a) Como a soma dos algarismos 1 + 3 + 5 é igual a 9, que
é um múltiplo de 3, qualquer um dos números formados será
mens. Supondo que as chances de cada um dos grupos é a múltiplo de 3. Assim, a probabilidade de isso ocorrer será:
mesma, qual a probabilidade de escolher:

a) um grupo onde não há mulheres; 6


P (múltiplo de 3) = =1
6
b) um grupo onde haja pelo menos uma mulher.
b) Como qualquer dos algarismos 1, 3 e 5 colocados no
Solução: final do número formado gera um número ímpar, não forma-
remos nenhum número par.
6
a) p (não mulher) = = 0,05 = 5% Assim, como a quantidade de casos favoráveis é zero,
126 temos:

120 0
b) p (pelo menos 1 mulher) = = 0,95 = 95% p (par) = =0
126 6

Os valores possíveis para as probabilidades Um pouco de história

No Exemplo 7 os grupos contados em a) e em b) comple- Os primeiros estudos envolvendo probabilidades foram


tam todos os grupos possíveis (6 + 120 = 126). Portanto as motivados pela análise de jogos de azar. Sabe-se que um
6 120 126 dos primeiros matemáticos que se ocupou com o cálculo das
possibilidades somadas darão + = ou 100% probabilidades foi Cardano (1501-1576). Data dessa época a
126 126 126
expressão que utilizamos até hoje para o cálculo da probabi-
(5% + 95%).
lidade de um evento (número de casos favoráveis dividido
pelo número de casos possíveis).
Já sabemos que:

nº de resultados favoráveis a E Com Fermat (1601-1665) e Pascal (1623-1662), a teoria


p (E) = das probabilidades começou a evoluir e ganhar mais consis-
nº total de resultados possíveis tência, passando a ser utilizada em outros aspectos da vida
A quantidade m será escolhida dentre as n existentes, social, como, por exemplo, auxiliando na descoberta da vaci-
por isso m deverá ser menor ou igual a n (m ≤ n) e a fração na contra a varíola no século XVIII.
m
será menor ou igual a 1: p (E) ≤1. Atualmente, a teoria das probabilidades é muito utilizada
n em outros ramos da Matemática (como o Cálculo e a Estatís-
tica), da Biologia (especialmente nos estudos da Genética),
Caso a condição E exigida não possa ser cumprida, ou da Física (como na Física Nuclear), da Economia, da Socio-
seja, se não houver nenhum resultado favorável a E, o núme- logia etc.
m
ro m será zero e p (E) = =0 Exercícios
n
Exercício 1
m
Percebemos ainda que a fração será sempre positiva
n De um baralho de 52 cartas é retirada uma carta ao aca-
pois m e n são números naturais. so.

Assim, podemos concluir que: a) Qual a probabilidade de a carta retirada ser um rei?

m
0≤ ≤1 ou 0 ≤ p (E) ≤ 1 b) Qual a probabilidade de a carta retirada ser uma figura
n (valete, dama ou rei)?
EXEMPLO 8
Exercício 2
Com os algarismos 1, 3 e 5 formamos todos os números
No lançamento de um dado, qual a probabilidade de o
de 3 algarismos possíveis. Dentre eles escolhemos um nú-
número obtido ser menor ou igual a 4?
mero, ao acaso.
Exercício 3
a) Qual a probabilidade de escolher um número que seja
múltiplo de 3?
No lançamento de dois dados, um verde e outro verme-
lho, qual é a probabilidade de que a soma dos pontos obtidos
b) Qual a probabilidade de o número escolhido ser par?
seja:
Solução:
a) 7
O total de números formados por 3 algarismos é igual ao
b) 1
número de permutações possíveis com os algarismos 1, 3 e
5 em três posições, ou seja, 3! = 6.
c) maior que 12

Raciocínio Lógico 54
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

d) um número par nº de resultados favoráveis a


E
p (E) =
Exercício 4 nº total de resultados possí-
veis
Na Aula 48 vimos que na SENA existem 11.441.304.000
maneiras de escolher 6 números de 01 a 50. Se você apostar
em 6 números, qual a probabilidade de sua aposta ser a
Iremos calcular a probabilidade de ocorrência de um e-
sorteada?
vento e outro, bem como a ocorrência de um ou outro even-
to. Em muitas situações a ocorrência de um fato qualquer
Exercício 5 depende da ocorrência de um outro fato; nesse caso dize-
mos que são ocorrências dependentes. Em situações onde
O que acontece se você apostar em 5 números de 01 a não há essa dependência, precisamos calcular probabilida-
100? Qual a probabilidade de você acertar a quina de núme- des de duas situações ocorrerem ao mesmo tempo.
ros sorteada?
Para abordarmos situações como as que acabamos de
Exercício 6 descrever, utilizaremos vários exemplos durante esta aula.
Leia-os com bastante atenção e procure refazer as soluções
Suponha que sejam iguais as chances de qualquer uma apresentadas.
das placas novas para automóveis (3 letras e 4 números) ser
escolhida para o seu automóvel. Cálculo da probabilidade de ocorrência de um evento e
de outro
Qual a probabilidade de você receber uma placa com as
iniciais de seu nome em qualquer ordem? EXEMPLO 1

Respostas: Num grupo de jovens estudantes a probabilidade de que


um jovem, escolhido ao acaso, tenha média acima de 7,0 é
4 1 1
1. a) = = 7,69% . Nesse mesmo grupo, a probabilidade de que um jovem
52 13 5
5
saiba jogar futebol é . Qual a probabilidade de escolher-
12 2 6
b) = = 23%
52 3 mos um jovem (ao acaso) que tenha média maior que 7,0 e
saiba jogar futebol?
4 1
2. = = 67% Solução:
6 13
O fato de ter média maior que 7,0 não depende do
fato de saber jogar futebol, e vice-versa. Quando
6 1 isso ocorre, dizemos que os eventos são inde-
3. a) = = 17%
36 6 pendentes.
Considere então os eventos:
b) 0
A: ter média acima de 7,0.
c) 0
B: saber jogar futebol.
24
d) = 67%
36 A e B: ter média acima de 7,0 e saber jogar futebol.

Como queremos calcular P (A e B), pense o seguinte: de


1
4. = 0,000 000 000 087 = 1 5
1144130400 0 todos os jovens, têm média acima de 7,0 e sabem
5 6
0,000 000 0087% 5 1 5 1 1
jogar futebol. Ora, de , ou seja, x = , sabem
6 5 6 5 6
1 jogar futebol e têm média acima de 7,0. Portanto, P (A e B) =
5. = 0,000 000 000 11 =
9034502400 1
.
6
0,000 000 011%
Repare que para encontrarmos P (A e B) efetuamos P (A)
3! 6 · P (B). Então, concluímos que, quando A e B são eventos
6. = = 0,000 000 034 = independentes (não têm “nada a ver” um com o outro):
3 4 175760000
26 10
P (A e B) = P (A) · P (B)
0,000 003 4%

Calculando probabilidades EXEMPLO 2

Você já aprendeu que a probabilidade de um evento E é:

Raciocínio Lógico 55
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

Dos 30 funcionários de uma empresa, 10 são canhotos e deste exemplo, temos: B/A terminar a 2ª etapa (corrida),
25 vão de ônibus para o trabalho. Escolhendo ao acaso um sabendo que o atleta terminou a 1ª etapa (natação).
desses empregados, qual a probabilidade de que ele seja
canhoto e vá de ônibus para o trabalho? E agora? Como calcular P (A e B)?

Solução: É simples: no lugar de usarmos P(B) na fórmula P(A e B)


= P(A) · P(B), usaremos P(B/A) já que a ocorrência de B
Considere os eventos: depende da ocorrência de A.

A : ser canhoto O enunciado deste problema nos diz que P(A)


4 3
B : ir de ônibus para o trabalho = P(B/A)= ; assim,
7 4
É claro que A e B são eventos independentes, portanto
um não depende em nada do outro. A probabilidade de os 4 3 3
P(A e B) = P(A) · P(B/A)= x =
dois eventos (A e B) ocorrerem simultaneamente é calculada 7 4 7
por P (A e B) = P (A) · P (B).
A probabilidade de que um atleta, escolhido ao acaso,
Calculando: 3
termine a 1ª e a 2ª etapas é .
7
10 1
P (A) = =
30 3 Quando A e B não são eventos independentes a probabi-
lidade de ocorrência de A e B é calculada por:
25 5
P (B) = = P (A e B) = P (A) · P (B/A)
30 6
onde P (B/A) é a probabilidade de B, dado que A já ocor-
1 5 5 reu.
P (A e B) = P (A) · P (B) = x =
3 6 18
EXEMPLO 4
A probabilidade de que ele seja canhoto e vá de ônibus
No exame para tirar a carteira de motorista, a probabili-
5
para o trabalho é de . 9
18 dade de aprovação na prova escrita é . Depois de ser
10
aprovado na parte teórica, há uma prova prática de direção.
EXEMPLO 3
Para os que já passaram no exame escrito, a probabilidade
Alguns atletas participam de um triathlon (prova formada 2
de passar nessa prova prática é .
por 3 etapas consecutivas: natação, corrida e ciclismo). A 3
probabilidade de que um atleta escolhido ao acaso termine a
4 Qual a probabilidade de que, escolhido um candidato ao
primeira etapa (natação) é . Para continuar na competição acaso, ele seja aprovado em ambas as provas escrita e prá-
7
com a segunda etapa (corrida) o atleta precisa ter terminado tica e tire a carteira de motorista?
a natação. Dos atletas que terminam a primeira etapa, a
probabilidade de que um deles, escolhido ao acaso, termine Solução:
3
a segunda é . Qual a probabilidade de que um atleta que Considere os eventos:
4
iniciou a prova, e seja escolhido ao acaso, termine a primeira
A: aprovação na prova escrita.
e a segunda etapas?
B: aprovação na prova prática de direção.
Solução:
Os eventos A e B não são independentes, pois é preciso
A : terminar a 1ª etapa da prova (natação).
ter aprovação na prova escrita e para fazer a prova prática
de direção. Como a ocorrência de B está condicionada à
B : terminar a 2ª etapa da prova (corrida), tendo termina- ocorrência de A, criamos o evento:
do a 1ª.
B/A: ter aprovação na prova prática de direção, sabendo
Note que A e B não são eventos independentes pois, pa- que o candidato foi aprovado na prova escrita.
ra começar a 2ª etapa é necessário, antes, terminar a 1ª.
Para calcular P(A e B), usamos: P(A e B) = P(A) · P(B/A)
Nesse caso dizemos que a ocorrência do evento B de-
pende (está condicionada) à ocorrência do evento A.
Calculando:
Utilizamos então a notação B/A, que significa a depen-
dência dos eventos, ou melhor, que o evento B/A denota a 9
P(A) =
ocorrência do evento B, sabendo que A já ocorreu. No caso 10

Raciocínio Lógico 56
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

2 Uma empresa que fabrica suco de laranja fez uma pes-


P(B/A) = quisa para saber como está a preferência do consumidor em
3 relação ao seu suco e ao fabricado por seu principal concor-
rente. Essa empresa é chamada SOSUMO, e seu concorren-
9 2 3 te SUMOBOM. A pesquisa concluiu que dos 500 entrevista-
P(A e B) = x = dos, 300 preferiam o SUMOBOM, 100 consumiam os dois,
10 3 5
250 preferiam SOSUMO e 50
A probabilidade de passar na prova escrita e na prova de nenhum dos dois. Um dos entrevistados foi escolhido ao
3 acaso. Qual a probabilidade de que ele seja:
direção é .
5
a) consumidor de SOSUMO e SUMOBOM;
Cálculo da probabilidade de ocorrência de um evento
ou outro b) consumidor de SOSUMO ou SUMOBOM.

EXEMPLO 5 Solução:

Na Copa América de 1995, o Brasil jogou com a Colôm- a) De acordo com a pesquisa dos 500 entrevistados, 100
bia. No primeiro tempo, a seleção brasileira cometeu 10 consomem os dois sucos. Logo, a probabilidade de que um
faltas, sendo que 3 foram cometidas por Leonardo e outras 3 entrevistado, escolhido ao acaso, consuma os dois sucos é:
por André Cruz. No intervalo, os melhores lances foram re- 100 1
prisados, dentre os quais uma falta cometida pelo Brasil, = .
500 5
escolhida ao acaso. Qual a probabilidade de que a falta es-
colhida seja de Leonardo ou de André Cruz?
b) Usando o raciocínio do Exemplo 5, para saber a pro-
Solução: babilidade da ocorrência de um evento ou outro, somamos
as probabilidades de os dois eventos ocorrerem separada-
mente. Mas, neste exemplo, devemos tomar cuidado com o
Das 10 faltas, 3 foram de Leonardo e 3 de André Cruz. seguinte: existem pessoas que consomem os dois sucos
Portanto, os dois juntos cometeram 6 das 10 faltas do Brasil.
indiferentemente, compram o que estiver mais barato, por
Assim, a probabilidade de que uma das faltas seja a escolhi- exemplo. Assim, não podemos contar essas pessoas (que
6 3 consomem um e outro) duas vezes.
da dentre as 10 é = .
10 5 Observe que a soma dos resultados é maior que o
Também podemos resolver este problema da se- número de entrevistados (300 + 100 + 200 + 50
guinte maneira: = 650), ou seja, há pessoas que, apesar de pre-
ferirem um dos sucos, consomem os dois. Para
• probabilidade de ser escolhida uma falta do Leonardo = facilitar daremos nomes aos eventos:
3 A : preferir o SOSUMO
.
10
B: preferir o SUMOBOM
• probabilidade de ser escolhida uma falta do André Cruz
3 A e B: consumir SOSUMO e SUMOBOM
= .
10
A ou B: consumir SOSUMO ou SUMOBOM
• probabilidade de ser escolhida uma falta de um destes
Repare que este ou quer dizer: apenas o SOSUMO ou
3 3 6 3 apenas o SUMOBOM.
dois jogadores= + = =
10 10 10 5
Fazendo P(A ou B) = P(A) + P(B) estamos contando duas
. vezes as pessoas que apesar de preferirem um dos sucos,
consomem os dois. Logo, devemos
Lembre-se de que qualquer uma das duas escolhas terá
um resultado favorável. subtrair de P(A) + P(B) o resultado de P(A e B) para reti-
rar a “contagem dobrada”.
Se A e B são os eventos (escolher uma falta de Leonardo
ou escolher uma falta de André Cruz), estamos interessados Temos então:
na probabilidade do evento A ou B.
P (A ou B) = P (A) + P (B) P (A e B)
Temos então:
Calculando:
P(A ou B) = P(A) + P(B)

Note que isso vale porque uma falta não pode ser come- 250 1
P(A) = =
tida pelos dois jogadores ao mesmo tempo, ou seja, o evento 500 2
A e B é impossível.
300 3
EXEMPLO 6 P(B) = =
500 5

Raciocínio Lógico 57
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

100 1 outras 100 casas não estavam com a TV ligada. Escolhida


P(A e B) = = uma
500 5
das 500 casas, ao acaso, qual a probabilidade de que a
1 3 1 1 2 5+4 9 TV esteja sintonizada no canal VER-DE-PERTO ou no canal
P(A ou B) = + - = + = =
2 5 5 2 5 10 10 VER-MELHOR?

A probabilidade de que o escolhido consuma um suco ou Exercício 4


9
outro é . Dos 140 funcionários de uma fábrica, 70 preferem a mar-
10 ca de cigarros FUMAÇA, 80 preferem TOBACO e 30 fumam
ambas sem preferência.
Observação
Sabendo que 20 funcionários não fumam, calcule a pro-
Em exemplos como o que acabamos de ver há outras so- babilidade de que um funcionário, escolhido ao acaso:
luções possíveis.
a) fume FUMAÇA e TOBACO
Observe que o evento A ou B (consumir um suco ou ou-
tro) deve incluir como casos favoráveis todas as pessoas que b) fume FUMAÇA ou TOBACO
não fazem parte do grupo dos que não consomem esses
dois sucos. Exercício 5

Sabíamos que dos 500 entrevistados, 50 pessoas con- Com as mesmas informações do exercício anterior, calcu-
sumiam nenhum dos dois e a probabilidade de escolhermos le a probabilidade de que um funcionário, escolhido ao aca-
50 1 so:
uma dessas pessoas ao acaso era , ou seja, .
500 10
Assim, podíamos concluir que a probabilidade de não fazer a) fume só FUMAÇA
1 9
parte desse grupo era 1 - = , raciocinando por exclu- b) fume só TOBACO
10 10
são. c) fume só FUMAÇA ou só TOBACO

Exercícios propostos. d) não fume nenhuma das duas marcas de cigarro

Exercício 1 e) não fume FUMAÇA

Em uma cidade do interior do Brasil, a probabilidade de f) não fume TOBACO


que um habitante escolhido ao acaso tenha televisão em
11 Respostas
casa é . Já a probabilidade de esse habitante ser um
12
1 1
comerciante é . Escolhendo um habitante dessa cidade 1. Eventos independentes:
11 12
ao acaso, qual a probabilidade de que ele tenha televisão em
casa e seja comerciante? 1
2. Eventos dependentes:
Exercício 2 6

Alguns professores estão prestando concurso para dar 300 100 400 4
3. + = =
aulas em uma escola. 500 500 500 5
Inicialmente, eles farão uma prova escrita e, depois de
serem aprovados nessa prova, farão uma prova prática. 30 3
4. a) P (A e B) = =
Aquele que for aprovado na prova prática será contratado. 140 14
Sabendo que a probabilidade de aprovação na prova escrita
1
é e de aprovação na prova prática (depois de ser aprova-
4
2
do na escrita) é , calcule a probabilidade de que um pro-
3
fessor, escolhido ao acaso, seja contratado.

Exercício 3

Em uma noite de sexta-feira, pesquisadores percorreram


500 casas perguntando em que canal estava ligada a televi- 40 + 30 + 50 120 6
b) P (A ou B) = = =
são. Desse modo, descobriram que em 300 casas assistiam 140 140 7
ao canal VER-DE-PERTO, 100 viam o canal VERMELHOR e

Raciocínio Lógico 58
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

40 2
5. a) =
140 7

50 5
b) =
140 14

40 + 50 9
c) =
140 14

20 1
d) =
140 7 O princípio multiplicativo, ilustrado nesse exemplo,
também pode ser enunciado da seguinte forma:
50 + 20 70 1
e) = = Se uma decisão d1 pode ser tomada de n maneiras e, em
140 140 2
seguida, outra decisão d2 puder ser tomada de m maneiras,
o número total de maneiras de tornarmos as decisões d1 e d2
40 + 20 60 3 será n · m.
f) = =
140 140 7
No exemplo anterior havia duas decisões a serem toma-
Fonte: http://www.bibvirt.futuro.usp.br das:

ANÁLISE COMBINATORIA d1: escolher uma dentre as 3 blusas

O PRINCÍPIO MULTIPLICATIVO d2: escolher uma dentre as 2 saias

A palavra Matemática, para um adulto ou uma criança, Assim, Maria dispõe de 3 · 2 = 6 maneiras de tomar as
está diretamente relacionada com atividades e técnicas para decisões d1 e d2, ou seja, 6 possibilidades diferentes de se
contagem do número de elementos de algum conjunto. As vestir.
primeiras atividades matemáticas que vivenciamos envolvem
sempre a ação de contar objetos de um conjunto, enumeran- EXEMPLO 2
do seus elementos.
Um restaurante prepara 4 pratos quentes (frango,
As operações de adição e multiplicação são exemplos de peixe, carne assada, salsichão), 2 saladas (verde e russa) e
.técnicas. matemáticas utilizadas também para a determina- 3 sobremesas (sorvete, romeu e julieta, frutas).
ção de uma quantidade. A primeira (adição) reúne ou junta
duas ou mais quantidades conhecidas; e a segunda (multipli- De quantas maneiras diferentes um freguês pode se ser-
cação) é normalmente aprendida como uma forma eficaz de vir consumindo um prato quente, uma salada e uma sobre-
substituir adições de parcelas iguais. mesa?

A multiplicação também é a base de um raciocínio muito Solução:


importante em Matemática, chamado princípio multiplicativo.
O princípio multiplicativo constitui a ferramenta básica para Esse e outros problemas da análise combinatória podem
resolver problemas de contagem sem que seja necessário ser representados pela conhecida árvore de possibilidades
enumerar seus elementos (como veremos nos exemplos). ou grafo. Veja como representamos por uma “árvore” o pro-
blema do cardápio do restaurante.
Os problemas de contagem fazem parte da chamada
análise combinatória.

EXEMPLO 1

Maria vai sair com suas amigas e, para escolher a


roupa que usará, separou 2 saias e 3 blusas. Vejamos de
quantas maneiras ela pode se arrumar.

Solução:

Observe que nesse problema temos três níveis de deci-


são:

d1: escolher um dentre os 4 tipo de pratos quentes.

d2: escolher uma dentre as 2 variedades de salada.

d3: escolher uma das 3 sobremesas oferecidas.

Raciocínio Lógico 59
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

Usando o princípio multiplicativo, concluímos que temos 4 Portanto, o total de números formados será
· 2 · 3 = 24 maneiras de tomarmos as três decisões, ou seja,
24 opções de cardápio. 9 · 9 · 8 = 648 números.

A representação gráfica em árvore de possibilidades é De acordo com o exemplo anterior, se desejássemos


muito ilustrativa. Nela podemos ver claramente os três níveis contar dentre os 648 números de 3 algarismos distintos ape-
de decisão d1, d2 e d3, consultando os vários tipos de cardá- nas os que são pares (terminados em 0, 2, 4, 6 e 8), como
pios possíveis. Observe que, percorrendo as opções dadas deveríamos proceder?
pelos segmentos à esquerda da árvore, o cardápio ficaria
frango/salada verde/sorvete enquanto que, escolhendo os Solução:
segmentos à direita, teríamos salsichão/salada russa/ frutas.
No entanto, nosso objetivo é saber as combinações possí-
veis e calcular o número total de possibilidades sem precisar
enumerá-las, pois muitas vezes isso será impossível devido
ao grande número de opções e/ou de decisões envolvidos
num problema. O algarismo da unidade poderá ser escolhido de 5 modos
(0, 2, 4, 6 e 8). Se o zero foi usado como último algarismo, o
As técnicas da análise combinatória, como o princípio primeiro pode ser escolhido de 9 modos (não podemos usar
multiplicativo, nos fornecem soluções gerais para atacar o algarismo já empregado na última casa). Se o zero não foi
certos tipos de problema. No entanto, esses problemas exi- usado como último algarismo, o primeiro só pode ser esco-
gem engenhosidade, criatividade e uma plena compreensão lhido de 8 modos (não podemos usar o zero, nem o algaris-
da situação descrita. Portanto, é preciso estudar bem o pro- mo já empregado na última casa).
blema, as condições dadas e as possibilidades envolvidas,
ou seja, ter perfeita consciência dos dados e da resolução Para vencer este impasse, temos três alternativas:
que se busca.
a) “Abrir” o problema em casos (que é alternativa
EXEMPLO 3 mais natural). Contar separadamente os núme-
ros que têm zero como último algarismo (unida-
Se o restaurante do exemplo anterior oferecesse dois de = 0)
preços diferentes, sendo mais baratas as opções que in-
cluíssem frango ou salsichão com salada verde, de quan- e aqueles cujo último algarismo é diferente de zero (uni-
tas maneiras você poderia se alimentar pagando menos?
dade ≠ 0).
Solução:
Terminando em zero temos 1 modo de escolher o último
algarismo, 9 modos de escolher o primeiro e 8 modos de
Note que agora temos uma condição sobre as decisões escolher o do meio (algarismo da dezena), num total de 1 · 9
d1 e d2: · 8 = 72 números.

d1: escolher um dentre 2 pratos quentes (frango ou salsi- Terminando em um algarismo diferente de zero temos 4
chão). modos de escolher o último algarismo (2, 4, 6, ou 8), 8 mo-
dos de escolher o primeiro algarismo (não podemos usar o
d2: escolher salada verde (apenas uma opção). zero, nem o algarismo já usado na última casa) e 8 modos de
escolher o algarismo do meio (não podemos usar os dois
d3: escolher uma das 3 sobremesas oferecidas. algarismos já empregados nas casas extremas). Logo, temos
4 · 8 · 8 = 256 números terminados em um algarismo diferen-
te de zero. A resposta é, portanto, 72 + 256 = 328 números.
Então, há 2 · 1 · 3 = 6 maneiras de montar cardápios e-
conômicos. (Verifique os cardápios mais econômicos na
b) Ignorar uma das restrições (que é uma alternativa mais
árvore de possibilidades do exemplo anterior).
sofisticada).
EXEMPLO 4
Ignorando o fato de zero não poder ocupar a centena, te-
ríamos 5 modos de escolher o último algarismo, 9 modos de
Quantos números naturais de 3 algarismos distintos exis- escolher o primeiro e 8 modos de escolher o do meio, num
tem? total 5 · 8 · 9 = 360 números. Esses 360 números incluem
números começados por zero, que devem ser descontados.
Solução*: Começando em zero temos 1 modo de escolher o primeiro
algarismo (0), 4 modos de escolher o último (2, 4, 6 ou 8) e 8
Um número de 3 algarismos c d u é formado por 3 or- modos de escolher o do meio (não podemos usar os dois
dens: Como o algarismo da ordem das centenas não pode algarismos já empregados nas casas extremas), num total de
ser zero, temos então três decisões: 1 · 4 · 8 = 32 números.

d1: escolher o algarismo da centena diferente de zero (9 A resposta é, portanto, 360 - 32 = 328 números.
opções).
c) É claro que também poderíamos ter resolvido o pro-
d2: escolher o algarismo da dezena diferente do que já foi blema determinando todos os números de 3 algarismos dis-
escolhido para ocupar a centena (9 opções). tintos (9 · 9 · 8 = 648 números), como é o caso do Exemplo
4, e abatendo os números ímpares de 3 algarismos distintos
d3: escolher o algarismo da unidade diferente dos que já (5 na última casa, 8 na primeira e 8 na segunda), num total
foram utilizados (8 opções). de 5 · 8 · 8 = 320 números.

Raciocínio Lógico 60
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

Assim, a resposta seria 648 - 320 = 328 números. EXEMPLO 1

Fonte: * Solução proposta pelo prof. Augusto César No protocolo de uma repartição há um arquivo de mesa
de Oliveira Morgado no livro "Análise Combina- como o da figura abaixo. Cada funcionário do setor gosta de
tória e Probabilidade" - IMPA/VITAE/1991. arrumar estas caixas em uma ordem diferente (por exemplo:
entrada-pendências-saída, pendências-saída-entrada etc.).
EXEMPLO 6 De quantas maneiras é possível ordenar estas caixas?

As placas de automóveis eram todas formadas por 2 le-


tras (inclusive K, Y e W) seguidas por 4 algarismos. Hoje
em dia, as placas dos carros estão sendo todas trocadas
e passaram a ter 3 letras seguidas e 4 algarismos. Quan-
tas placas de cada tipo podemos formar?

Solução:

No primeiro caso
Solução:

Como temos 3 caixas - saída (S), pendências (P) e entra-


da (E) – vamos escolher uma delas para ficar embaixo. Esco-
lhida a caixa inferior, sobram 2 escolhas para a caixa que
Como cada letra (L) pode ser escolhida de 26 maneiras e
ficará no meio e a que sobrar ficará sobre as outras.
cada algarismo (N) de 10 modos distintos, a resposta é:
Então, usando o princípio multiplicativo temos
26 · 26 · 10 · 10 · 10 · 10 = 6 760 000
3 · 2 · 1 = 6 opções
No segundo caso
Assim, as soluções são:

26 · 26 · 26 · 10 · 10 · 10 · 10 = 26 · 6 760 000 =

= 175 760 000

A nova forma de identificação de automóveis possibilita


uma variedade 26 vezes maior. A diferença é de EXEMPLO 2
169.000.000, ou seja, 169 milhões de placas diferentes a
mais do que anteriormente.
De quantas maneiras podemos arrumar 5 pessoas em fila
indiana?

Solução:
AS PERMUTAÇÕES
Para facilitar, vamos imaginar que as pessoas são P1, P2,
É um tipo muito comum de problemas de contagem, que
está relacionado com as várias formas de organizar ou arru- P3, P4, P5, P6 e que precisamos arrumá-las nesta fila:
mar os elementos de um conjunto.

Organizar tais elementos é uma atividade cotidiana que


inclui várias possibilidades, sendo que cada pessoa adota Deste modo, podemos ter soluções como:
uma estratégia. No entanto, muitas vezes precisamos saber
de quantas maneiras podemos arrumar um conjunto de ele- P1 P3 P5 P2 P4
mentos ou simplesmente saciar a curiosidade sobre o núme-
ro total de possibilidades.

Consultando um dicionário encontramos:


P5 P2 P1 P3 P4
PERMUTAR → dar mutuamente, trocar.
etc.
PERMUTAÇÃO: →
Ao escolher uma pessoa para ocupar a primeira posição
na fila temos cinco pessoas à disposição, ou seja, 5 opções;
ato ou efeito de permutar, troca, substituição; para o 2º lugar , como uma pessoa já foi escolhida, temos 4
opções; para o 3º lugar sobram três pessoas a serem esco-
transposição dos elementos de um todo para se obter uma lhidas; para o 4º lugar duas pessoas, e para o último lugar na
nova combinação; fila sobra apenas a pessoa ainda não escolhida.

seqüência ordenada dos elementos de um conjunto. Pelo princípio multiplicativo temos:

Raciocínio Lógico 61
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

5 · 4 · 3 · 2 · 1 = 120 opções Anagrama é uma palavra formada pela transposição (tro-


ca) de letras de outra palavra. Existem também anagramas
Permutação de frases, nos quais se trocam as palavras, formando-se
outra frase.
Dado um conjunto formado por n elementos, chama-se
permutação desses n elementos qualquer seqüência de n Solução:
elementos na qual apareçam todos os elementos do conjun-
to. Cada anagrama da palavra MARTELO é uma ordenação
das letras M, A, R, T, E, L, O. Assim, o número de anagra-
Os Exemplos 1 e 2 são demonstrações de permutações mas é o número de permutações possíveis com essas letras,
feitas com 3 caixas e 5 pessoas. No Exemplo 2, como na ou seja:
maioria dos casos, não descrevemos ou enumeramos todas
as permutações que podemos encontrar, pois apenas calcu- 7! = 7 · 6 · 5 · 4 · 3 · 2 · 1 = 5040
lamos o número de permutações que poderíamos fazer.
EXEMPLO 5
Cálculo do número de permutações
Quantos anagramas que comecem e terminem por con-
O número de modos de ordenar n objetos distintos é: soantes podemos formar a partir da palavra MARTELO?

n · (n - 1) · (n - 2) ... 1 Solução:

EXEMPLO 3 A consoante inicial pode ser escolhida de 4 maneiras e a


consoante final de 3 maneiras. As 5 letras restantes serão
Quantos números diferentes de 4 algarismos podemos permutadas entre as duas consoantes já escolhidas. Portan-
formar usando apenas os algarismos 1, 3, 5 e 7? to, a resposta é 4 · 3 · 5! = 1440 anagramas

Solução: EXEMPLO 6

Como são 4 algarismos diferentes, que serão permutados Um grupo de 5 pessoas decide viajar de carro, mas ape-
em 4 posições, a solução é: nas 2 sabem dirigir. De quantas maneiras é possível dis-
por as 5 pessoas durante a viagem?
4 · 3 · 2 · 1 = 24 números diferentes
Solução:
Um novo símbolo
O banco do motorista pode ser ocupado por uma das 2
Uma multiplicação do tipo n · (n - 1) · (n - 2) ... 1 é cha- pessoas que sabem guiar o carro e as outras 4 podem ser
mada fatorial do número n e representada por n! (lemos n permutadas pelos 4 lugares restantes, logo:
fatorial).
2 · 4! = 2 · 24 = 48 maneiras
n! = n · (n - 1) · (n - 2) ... 1
Nos Exemplos 6 e 7 vemos que em alguns problemas
(que envolvem permutações dos elementos de um conjunto)
Veja os exemplos:
podem existir restrições que devem ser levadas em conta na
resolução.
a) 5! = 5 · 4 · 3 · 2 · 1 = 120
Portanto, fique sempre muito atento ao enunciado da
b) 4! = 4 · 3 · 2 · 1 = 24 questão, procurando compreendê-lo completamente antes de
buscar a solução.
c) 5! · 4! = (5 · 4 · 3 · 2 · 1) (4 · 3 · 2 · 1) =
EXEMPLO 7
120 · 24 = 2880
Num encontro entre presidentes de países da América do
d) 8! = 8 · 7! Sul, apenas 7 confirmaram presença.

Os organizadores dos eventos que ocorrerão durante a


e) visita gostariam de permutar os presidentes possibilitando
vários contatos diferentes.

De quantas maneiras podemos permutar os presidentes


f) em 7 cadeiras lado a lado?

EXEMPLO 4 Se 2 dos presidentes devem se sentar lado a lado, quan-


tas são as possibilidades de organizá-los?
Quantos são os anagramas da palavra MARTELO?
Se tivéssemos 2 presidentes que não devem ficar juntos,
quantas seriam as possibilidades de organizá-los?
Você sabe o que é um anagrama?
Solução:

Raciocínio Lógico 62
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

a) O total de permutações possíveis dos 7 presidentes Permutações com repetição


por 7 cadeiras é 7! = 5040.
EXEMPLO 1
b) Observe que, agora, queremos contar apenas o núme-
ro de permutações nas quais os presidentes A e B aparecem A palavra MADEIRA possui sete letras, sendo duas
juntos, como, por exemplo: letras A e cinco letras distintas: M, D, E, I, R.
Quantos anagramas podemos formar com essa
ABCDEFG palavra?

BACGDFE Solução:

GABDCEF etc. O número de permutações de uma palavra com sete le-


tras distintas (MARTELO) é igual a 7! = 5040. Neste exemplo
Então, é preciso contar quantos são os casos em que A e formaremos uma quantidade menor de anagramas, pois são
B estariam juntos. iguais aqueles em que uma letra A aparece na 2ª casa e a
outra letra A na 5ª casa (e vice-versa).
Eles estariam juntos na 1ª e na 2ª cadeiras, na 2ª e na 3ª,
3ª e 4ª, 4ª e 5ª, 5ª e 6ª ou 6ª e 7ª. Podemos verificar que são Para saber de quantas maneiras podemos arrumar as
6 posições e que para cada uma delas poderíamos ter A e B duas letras A, precisamos de 2 posições. Para a primeira
ou B e A (2 possibilidades: 6 · 2 = 12). Além disso, devemos letra A teremos 7 posições disponíveis e para a segunda
contar várias vezes no total de permutações cada uma des- letra A teremos 6 posições disponíveis (pois uma das 7 já foi
sas 12 possibilidades, como, por exemplo, EFGCDAB, ocupada).
FEGCDAB, DEFGAB etc.
6
Para sabermos quantas vezes A e B aparecem nas posi- Temos então, 7 ⋅ = 21 opções de escolha.
2
ções 6 e 7, respectivamente, precisamos contar todas as
permutações possíveis dos outros 5 presidentes nas 5 posi-
ções restantes. A divisão por 2 é necessária para não contarmos duas
vezes posições que formam o mesmo anagrama (como, por
exemplo, escolher a 2ª e 5ª posições e a 5ª e 2ª posições).
Considerando todos estes casos, o número total de posi-
ções em que A e B aparecem junto é 2 · 6 · 5! = 12 · 120 =
1440 posições Agora vamos imaginar que as letras A já foram arruma-
das e ocupam a 1ª e 2ª posições:
c) Neste caso, do total de permutações possíveis com os
7 presidentes (5040) devemos retirar aquelas em que A e B AA_____
aparecem juntos (1440). Portanto, a resposta seria:
Nas 5 posições restantes devemos permutar as outras 5
5040 - 1440 = 3600 possibilidades letras distintas, ou seja, temos 5! = 120 possibilidades. Como
as 2 letras A podem variar de 21 maneiras suas posições,
temos como resposta:
Continuando com permutações

7⋅6
Vimos vários exemplos de permutações denominadas ⋅ 5! = 21 · 120 = 2520 anagramas da palavra MA-
“permutações simples” e “permutações simples com restri- 2
ções”. DEIRA

Você deve ter notado que em todos aqueles exemplos EXEMPLO 2


permutamos objetos distintos: 3 caixas diferentes, pessoas
diferentes, números formados por algarismos diferentes, Uma urna contém 10 bolas: 6 pretas e 4 brancas. Quan-
anagramas da palavra MARTELO (que não têm letras repeti- tas são as maneiras de se retirar da urna, uma a uma, as 10
das) etc. Como deveríamos proceder se quiséssemos saber bolas?
o número de anagramas possíveis com as letras da palavra
MADEIRA ou da palavra PRÓPRIO? Solução:

Você estudará permutações com objetos nem todos dis- Vejamos primeiro algumas possibilidades de se retirar as
tintos. bolas da urna, uma a uma, sendo 6 bolas pretas e 4 bolas
brancas.
Outro caso que será estudado é o que chamamos de
permutação circular. Só para você já ir pensando, no Exem- Nesse exemplo temos uma permutação de 10 elementos.
plo dos 7 presidentes, eles sempre se sentavam lado a lado. Caso fossem todos distintos, nossa resposta seria 10!. No
O que aconteceria se fôssemos arrumá-los numa mesa re- entanto, o número de permutações com repetição de 6 bolas
donda? Será que teríamos o mesmo número de permutações pretas e 4 bolas brancas será menor.
diferentes?
Se as bolas brancas (que são iguais) fossem numeradas
Além de acompanhar cuidadosamente os exemplos, você de 1 a 4, as posições seriam diferentes.
precisa resolver os exercícios, discutir sua solução com ou-
tras pessoas e até inventar problemas.
Note que para cada arrumação das bolas brancas temos
4! = 24 permutações que são consideradas repetições, ou
Matemática se aprende fazendo! seja, que não fazem a menor diferença no caso de as bolas
serem todas iguais.

Raciocínio Lógico 63
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

Da mesma forma, para cada posição em que as 6 bolas


pretas aparecerem não devemos contar as repetições ou as b) 5! 5! 1
= =
trocas entre as próprias bolas pretas. O número de repeti- 7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5! 7 ⋅ 6
ções é 6! = 720.
c) n! n(n - 1)!
Concluímos, então, que as maneiras de se retirar uma a = =n
uma 6 bolas pretas e 4 bolas brancas, sem contar as repeti- (n - 1)! (n - 1)!
ções, é:
d) 5! 5 ⋅ 4 ⋅ 3! 5 ⋅ 4
10! 3.628.800 = = = 5⋅2
= = 210 3!2! 3!2! 2 ⋅1
4!6! 24.720
Permutações circulares
EXEMPLO 3
Permutações circulares são os casos de permutações em
Quantos anagramas podemos formar com a palavra que dispomos n elementos em n lugares em torno de um
PRÓPRIO? círculo. Veja um exemplo.

Solução: De quantos modos podemos formar uma roda com 5 cri-


anças?
Este exemplo é parecido com o das bolas pretas e bran-
cas. Mas observe que aqui temos 7 letras a serem permuta- Para formar uma roda com 5 crianças, não basta escolher
das, sendo que as letras P, R e O aparecem 2 vezes cada uma ordem para elas. Vamos nomear as 5 crianças por A, B,
uma e a letra I, apenas uma vez. C, D, E. Observe que as rodas por exemplo, são iguais.

Como no caso anterior, teremos 2! repetições para cada Em cada uma dessas rodas, se seus elementos fossem
arrumação possível da letra P (o mesmo ocorrendo com as arrumados em fila, teríamos permutações diferentes; no
letras R e O). O número de permutações sem repetição será, entanto, dispostos de forma circular, não dão origem a rodas
então: diferentes; temos 5 rodas iguais, pois a posição de cada
criança em relação às outras é a mesma e a roda foi apenas
etc... “virada”.

7! →número total de permutações de 7 letras. Como não queremos contar rodas iguais, nosso resultado
não é o número de permutações com 5 elementos em 5
2! 2! 2! posições, ou seja, 5! = 120. Já que cada roda pode ser “vira-
→produto das repetições possíveis com as
letras P, R e O da” de cinco maneiras, o número total de permutações, 120
rodas, contou cada roda diferente 5 vezes e a resposta do
problema é:
5040
= 630
2·2·2 120
= 24
5
Uma expressão geral para permutações com objetos
nem todos distintos
Uma expressão geral para permutações circulares
Havendo n elementos para permutar e dentre eles um e-
lemento se repete p vezes e outro elemento se repete q Nas permutações simples importam os lugares que
vezes, temos: os objetos ocupam e nas permutações circulares
importa a posição relativa entre os objetos, ou
seja, consideramos equivalentes as arrumações
n! que possam coincidir por rotação.
p! q!
Se temos n objetos, cada disposição equivalente por ro-
tação pode ser obtida de n maneiras. Confirme isso com os
No exemplo anterior, você viu que podemos ter mais de 2
exemplos a seguir:
elementos que se repetem. Neste caso, teremos no denomi-
nador da expressão o produto dos fatoriais de todos os ele-
mentos que se repetem. a) 3 elementos: A, B, C. Considere a roda ABC. As rodas
BCA e CAB são rodas equivalentes.
Simplificando fatoriais
b) 8 elementos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8. Verifique que as 8
rodas abaixo são equivalentes:
Uma fração com fatoriais no numerador e no denomina-
dor pode ser facilmente simplificada. 1-2-3-4-5-6-7-8
8-1-2-3-4-5-6-7
Observe os exemplos: 7-8-1-2-3-4-5-6
6-7-8-1-2-3-4-5
a) 5-6-7-8-1-2-3-4
10! 10 · 9 · 8 · 7 · 6!
= = 10 · 9 · 8 · 7 4-5-6-7-8-1-2-3
6! 6! 3-4-5-6-7-8-1-2
2-3-4-5-6-7-8-1

Raciocínio Lógico 64
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

A expressão geral do número de permutações circu- Nos problemas que envolviam anagramas com as
lares será o número total de permutações, n!, di- letras de uma palavra, por exemplo, todas as le-
vidido pelas n vezes que cada roda equivalente tras da palavra original tinham de ser usadas, e
foi contada: a ordem em que arrumávamos as letras era im-
portante, pois cada ordem diferente fornecia um
n! n(n − 1)! novo anagrama.
= = (n − 10)!
n n Agora, você estudará um tipo diferente de problema em
que:
EXEMPLO 4
não utilizamos todos os objetos;
Quantas rodas de ciranda podemos formar com 8 crian-
ças? a ordem em que os objetos são arrumados “não faz diferen-
ça”.
Solução:
Vamos começar compreendendo e resolvendo um pro-
Podemos formar blema.

8! EXEMPLO 1
= 7! = 5040 rodas diferentes.
8
Em uma obra havia três vagas para pedreiro. Cinco can-
didatos se apresentaram para preencher as vagas. De quan-
EXEMPLO 5
tas formas o encarregado da obra pode escolher os três de
que ele precisa?
Se no encontro dos 7 presidentes as reuniões fossem o-
correr ao redor de uma mesa, de quantas maneiras podería- Solução:
mos organizá-los?
Note que ele não vai usar todos os candidatos, de 5
Solução: escolherá apenas 3.

7! Além disso, a ordem em que ele vai escolhê-los não faz


= 6! = 720 posições circulares diferentes.
7 diferença (se escolher primeiro João, depois José e por últi-
mo Pedro, ou primeiro José, depois Pedro e por último João,
EXEMPLO 6 o grupo escolhido será o mesmo).

Neste mesmo exemplo, o que ocorreria se dois dos 7 Assim, você já deve ter notado que este não é um pro-
presidentes não devessem sentar juntos? blema de permutações.

Solução: Se a ordem de escolha dos candidatos importasse, pode-


ríamos usar o princípio multiplicativo. Nesse caso, teríamos 5
candidatos para a primeira vaga, 4 candidatos para a segun-
Neste caso, poderíamos contar as permutações circula-
da e 3 candidatos para a última. A solução seria: 5 · 4 · 3 =
res dos outros 5 presidentes e depois encaixar os 2 que
60. Portanto, haveria 60 formas de escolher os três novos
devem ficar separados nos espaços entre os 5 já arrumados.
pedreiros.
O número de permutações circulares com 5 elementos é
Usando o princípio multiplicativo, no entanto, contamos
4! = 24, e entre eles ficam formados 5 espaços.
várias vezes o mesmo grupo de três candidatos:
Se os presidentes F e G forem colocados em 2 destes 5 João José Pedro
espaços, eles não ficarão juntos. Temos então 5 opções para João Pedro José
sentar o presidente F e 4 opções (uma foi ocupada por F) Pedro João José
para sentar o presidente G.
Pedro José João
A resposta a este problema é 5 · 4 · 4! = 480 José Pedro João
José João Pedro
AS COMBINAÇÕES
Estes seis grupos são iguais e foram contados como a-
grupamentos diferentes nas 60 formas de escolher que en-
Até agora você estudou problemas de análise combinató-
contramos. Para “retirar” as repetições destes e de outros
ria que envolviam o princípio multiplicativo e as permutações.
grupos, vamos dividir o resultado pelo número de vezes que
eles se repetem na contagem. Que número é esse?
Se observar os problemas de permutações verá que pos-
suem duas características em comum:
Os grupos repetidos são as formas de .embaralhar. três
candidatos escolhidos.
todos os objetos são usados na hora de formar o agrupa-
mento;
Ora “embaralhar” três objetos é fazer permutações! O
número de permutações de 3 objetos você já sabe que é 3! =
a ordem em que os objetos são arrumados no agrupamento 6. Logo, basta dividir 60 por 6 para não contarmos as repeti-
faz diferença. ções dentro de cada grupo formado. Isso significa que há 10

Raciocínio Lógico 65
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maneiras de escolher os três novos pedreiros, entre os 5 em qualquer posição. De quantas formas é possível escolher
candidatos. os 11 jogadores do time?

UMA FÓRMULA PARA O CÁLCULO DAS COMBINAÇÕES Solução:

Esse tipo de agrupamento chama-se combinação. No De 15 operários, 11 serão escolhidos e a ordem de esco-
caso do nosso exemplo, temos uma combinação de 5 obje- lha não importa, pois queremos escolher apenas os jogado-
tos (os 5 candidatos) 3 a 3 (apenas 3 serão escolhidos). res sem determinar as posições em campo.

Vamos supor que temos n objetos disponíveis para esco- Temos, então, as características de uma combinação de
lha e que, destes, vamos escolher p objetos (p < n). O núme- 15 pessoas (n = 15) para formar grupos de 11 (p = 11).
ro de maneiras de se fazer essa escolha chama-se combi-
p Usando a fórmula:
nação e representa-se por C n . Portanto, o número de com-
binações de n elementos p a p é calculado por:
15!
15 =
C 11 = 1365
p n! (15 − 11! )11!
Cn =
(n − p! )p!
Assim, os jogadores podem ser escolhidos de 1 365 for-
mas diferentes.
Em nosso exemplo, temos n = 5 e p = 3. Aplicando a fór-
mula, obtemos:
EXEMPLO 4

5! 5!
C 35 = = Os 15 funcionários da empresa decidem escolher uma
(5 − 3! )3! 2!3! comissão de 3 membros para reivindicar apoio financeiro da
diretoria ao novo time de futebol. Beto começou a pensar em
todas as comissões possíveis em que ele pudesse ser um
Vamos resolver mais alguns problemas nos próximos e-
dos membros, e nas quais Edu não estivesse. Em quantas
xemplos. Leia com atenção o enunciado, interprete-o e tente
comissões Beto poderia pensar?
resolver cada exemplo sozinho. Só depois disso leia a solu-
ção.
Solução:
Assim você poderá verificar se realmente compreende o
problema e sua solução. Como Edu não pode participar de nenhuma das comis-
sões pensadas por Beto, podemos retirá-lo do problema.
Temos, então, 14 funcionários para formar comissões de 3.
EXEMPLO 2
Como um dos membros sempre é o Beto, precisamos
Em um hospital há apenas 5 leitos disponíveis na emer-
descobrir os outros dois membros que devem ser escolhidos
gência. Dez acidentados de um ônibus chegam e é preciso
dentre 13 pessoas (Beto já foi “escolhido”).
escolher 5 para ocupar os leitos. Os outros ficariam em ma-
cas, no corredor do hospital. De quantas formas poderíamos
escolher 5 pessoas que ficariam nos leitos? Assim, concluímos que o número máximo de comissões
diferentes que Beto poderia pensar é:
Solução:
13! 13!
2
C 13 = =
Na realidade, os responsáveis pela emergência estudari- (13 − 2! )2! 11!2!
am cada caso e escolheriam os mais graves, mas imagine
que todos tenham a mesma gravidade.
EXEMPLO 5
Nesse caso, há duas coisas a observar: de 10 pessoas, 5
De quantos modos podemos formar 2 times de vôlei com
serão escolhidas e a ordem em que a escolha é feita não
12 moças?
importa. Trata-se, então, de uma combinação onde:
Solução:
n = 10 (número de “objetos” disponíveis)
Como cada um dos times deve ter 6 jogadoras, o primeiro
p = 5 (número de .objetos. a serem escolhidos) 6
pode ser escolhido de C 12 modos. Escolhido esse time,
Usando a fórmula, temos: sobram exatamente 6 moças para formar o segundo. A res-
6
posta, então, parece ser C 12 ⋅ 1 . No entanto, contamos cada
10! 10! time duas vezes. Observe, por exemplo, que as formações
5
C 10 = =
(10 − 5! )5! 5!5! abaixo são idênticas:

Logo, há 252 formas de escolher as 5 pessoas que irão a, b, c, d, e, f e g, h, i, j, l, m


ocupar os 5 leitos.
ou
EXEMPLO 3
g, h, i, j, l, m e a, b, c, d, e, f
Uma pequena empresa quer formar um time de futebol e
15 funcionários se inscreveram, dizendo que aceitam jogar

Raciocínio Lógico 66
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A resposta correta é: Quantos números de 3 algarismos distintos podemos


escrever com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9?
6
C 12 ⋅ 1 1 12!
= ⋅ = 462 Solução:
2 2 6!6!
Essa mesma aplicação já foi feita, usando-se o principio
Assim, temos então 462 modos de formar os 2 ti- fundamental da contagem. Utilizando-se a fórmula, o número
mes.(Fonte: http://www.bibvirt.futuro.usp.br). de arranjos simples é:

ARRANJOS SIMPLES A9, 3 =9 . 8 . 7 = 504 números


Introdução:
Observação: Podemos resolver os problemas sobre arranjos
Na aplicação An,p, calculamos quantos números de 2 al- simples usando apenas o principio funda-
garismos distintos podemos formar com 1, 2, 3 e 4. Os nú- mental da contagem.
meros são :

12 13 14 21 23 24 31 32 34 41 42 43 Exercícios

Observe que os números em questão diferem ou pela or- Calcule:


dem dentro do agrupamento (12 ≠ 21) ou pelos elementos
componentes (13 ≠ 24). Cada número se comporta como a) A8,1 b) A8,2 c ) A8,3 d) A8,4
uma seqüência, isto é :
Efetue:
(1,2) ≠ (2,1) e (1,3) ≠ (3,4)
A 8,2 + A 7,4
A esse tipo de agrupamento chamamos arranjo simples. a) A7,1 + 7A5,2 – 2A4,3 - A 10,2 b)
A 5,2 − A10,1
Definição:
Resolva as equações:
Seja l um conjunto com n elementos. Chama-se arranjo
simples dos n elementos de /, tomados p a p, a toda se- a) Ax,2 = Ax,3 b) Ax,2 = 12 c) Ax,3 = 3x(x - 1)
quência de p elementos distintos, escolhidos entre os ele-
mentos de l ( P ≤ n).
FATORIAL
O número de arranjos simples dos n elementos, tomados
p a p, é indicado por An,p Definição:

Fórmula: Chama-se fatorial de um número natural n, n ≥ 2, ao


produto de todos os números naturais de 1 até n.
A n,p = n . (n -1) . (n –2) . . . (n – (p – 1)), Assim :
p ≤ n e {p, n} ⊂ N n ! = n( n - 1) (n - 2) . . . 2 . 1, n ≥ 2 (lê-se: n fatorial)
1! = l
0! = 1
Aplicações
Fórmula de arranjos simples com o auxílio de fatorial:
1) calcular:

a) A7,1 b) A7,2 c) A7,3 d) A7,4 A N,P =


n!
, p≤n e { p,n} ⊂ lN
( n − p) !
Solução:
a) A7,1 = 7 c) A7,3 = 7 . 6 . 5 = 210 aplicações
b) A7,2 = 7 . 6 = 42 d) A7,4 = 7 . 6 . 5 . 4 = 840 Calcular:
Resolver a equação Ax,3 = 3 . Ax,2.
8! n!
a) 5! c) e)
Solução: 6! (n - 2)!
5! 11! + 10 !
x . ( x - 1) . ( x – 2 ) = 3 . x . ( x - 1) ⇒ b) d)
4! 10 !
⇒ x ( x – 1) (x –2) - 3x ( x – 1) =0
Solução:
∴ x( x – 1)[ x – 2 – 3 ] = 0
5 ! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120
x = 0 (não convém)
ou 5! 5 ⋅ 4!
= =5
x = 1 ( não convém) 4! 4!
ou
x = 5 (convém) 8! 8 ⋅7 ⋅ 6!
S = {5} = = 56
6! 6!

Raciocínio Lógico 67
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11! + 10 ! 11⋅ 10 ! + 10 ! 10 ! (11 + 1) Seja I um conjunto com n elementos. Chama-se permu-


= = = 12 tação simples dos n elementos de l a toda a seqüência dos n
10 ! 10! 10 ! elementos.

n! n ⋅ ( n - 1)( n - 2) ! O número de permutações simples de n elementos é


= = n2 − n
(n - 2)! ( n - 2) ! indicado por Pn.

OBSERVA ÇÃO: Pn = An,n .


Obter n, de modo que An,2 = 30.
Fórmula:
Solução:
Pn = n !
Utilizando a fórmula, vem :
n! n ( n - 1) ( n - 2) !
= 30 ⇒ = 30 ∴
(n - 2)! (n - 2)! Aplicações

Considere a palavra ATREVIDO.


n=6
2
n - n - 30 = 0 ou quantos anagramas (permutações simples) podemos formar?
n = -5 ( não convém) quantos anagramas começam por A?
quantos anagramas começam pela sílaba TRE?
Obter n, tal que: 4 . An-1,3 = 3 . An,3. quantos anagramas possuem a sílaba TR E?
quantos anagramas possuem as letras T, R e E juntas?
Solução: quantos anagramas começam por vogal e terminam em
4 ⋅ ( n - 1 )! n! 4 ⋅ ( n - 3 )! n! consoante?
= 3⋅ ⇒ = 3⋅ ∴
( n - 4) ! ( n - 3) ! ( n - 4) ! ( n - 1) ! Solução:
a) Devemos distribuir as 8 letras em 8 posições
4 ⋅ ( n - 3 )( n - 4 ) ! n ( n - 1) ! disponíveis.
= 3⋅
( n - 4)! ( n - 1) ! Assim:

∴ 4n − 12 = 3n ∴ n = 12

( n + 2 )! - ( n + 1)!
Obter n, tal que : =4
n!
Ou então, P8 = 8 ! = 40 320 anagramas
Solução:
b) A primeira posição deve ser ocupada pela letra A;
( n + 2 )! ( n + 1)! ⋅ n ! - ( n + 1) ⋅ n ! assim, devemos distribuir as 7 letras restantes em 7
= 4∴ posições, Então:
n!

n ! ( n + 2 ) ⋅ [n + 2 - 1]
⇒ =4
n!

n + 1 = 2 ∴ n =1
∴ (n + 1 )2 = 4 c) Como as 3 primeiras posições ficam ocupadas pela sí-
n + 1 = -2 ∴ n = -3 (não laba TRE, devemos distribuir as 5 letras restantes em 5 posi-
convém ) ções. Então:

PERMUTAÇÕES SIMPLES

Introdução:

Consideremos os números de três algarismos distintos


formados com os algarismos 1, 2 e 3. Esses números são :
d) considerando a sílaba TRE como um único elemento,
123 132 213 231 312 321 devemos permutar entre si 6 elementos,

A quantidade desses números é dada por A3,3= 6.

Esses números diferem entre si somente pela posição de


seus elementos. Cada número é chamado de permutação
simples, obtida com os algarismos 1, 2 e 3.

e) Devemos permutar entre si 6 elementos, tendo


Definição: considerado as letras T, R, E como um único elemento:

Raciocínio Lógico 68
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(B) 2, 4 e 5. (E) 2 e 4.
(C) 2, 3 e 5.

03. (PM-Bahia 2009 FCC) Define-se sentença como qualquer


oração que tem sujeito (o termo a respeito do qual se declara
alguma coisa) e predicado (o que se declara sobre o sujeito).
Na relação que segue há expressões e sentenças :
Devemos também permutar as letras T, R, E, pois não foi 1. Tomara que chova.
especificada a ordem : 2. Que horas são?
3. Três vezes dois são cinco.
4. Quarenta e dois detentos.
5. Policiais são confiáveis.
6. Exercícios físicos são saudáveis.
De acordo com a definição dada, é correto afirmar que, dos
itens da relação acima, são sentenças APENAS os de núme-
ros
Para cada agrupamento formado, as letras T, R, E podem A) 1, 3 e 5. D) 4 e 6.
ser dispostas de P3 maneiras. Assim, para P6 agrupamentos, B) 2, 3 e 5. E) 5 e 6.
temos C) 3, 5 e 6.

P6 . P3 anagramas. Então: 04. (ICMS/SP 2006 FCC) Das cinco frases abaixo, quatro
P6 . P3 = 6! . 3! = 720 . 6 = 4 320 anagramas delas têm uma mesma característica lógica em comum, en-
quanto uma delas não tem essa característica.
f) A palavra ATREVIDO possui 4 vogais e 4 consoantes. I. Que belo dia!
Assim: II. Um excelente livro de raciocínio lógico.
III. O jogo terminou empatado?
IV. Existe vida em outros planetas do universo.
V. Escreva uma poesia.
A frase que não possui essa característica comum é a
(A) I. (C) III. (E) V.
(B) II. (D) IV.

05. (ICMS/SP 2006 FCC) Considere as seguintes frases:


I. Ele foi o melhor jogador do mundo em 2005.
II. (x + y)/5 é um número inteiro.
III. João da Silva foi o Secretário da Fazenda do Estado de
PROVA SIMULADA I São Paulo em 2000.
É verdade que APENAS
(A) I e II são sentenças abertas.
EXERCÍCIOS
(B) I e III são sentenças abertas.
PROPOSIÇÕES E CONECTIVOS
(C) II e III são sentenças abertas.
Prof. Weber Campos (D) I é uma sentença aberta.
(E) II é uma sentença aberta.
01. (TCE/PB 2006 FCC) Sabe-se que sentenças são orações
com sujeito (o termo a respeito do qual se declara algo) e 06. (MRE 2008 CESPE) Julgue os itens a seguir.
predicado (o que se declara sobre o sujeito). Na relação 1. Considere a seguinte lista de sentenças:
seguinte há expressões e sentenças: I. Qual é o nome pelo qual é conhecido o Ministério das Re-
1. Três mais nove é igual a doze. lações Exteriores?
2. Pelé é brasileiro. II. O Palácio Itamaraty em Brasília é uma bela construção do
3. O jogador de futebol. século XIX.
4. A idade de Maria. III. As quantidades de embaixadas e consulados gerais que o
5. A metade de um número. Itamaraty possui são, respectivamente, x e y.
6. O triplo de 15 é maior do que 10. IV. O barão do Rio Branco foi um diplomata notável.
É correto afirmar que, na relação dada, são sentenças ape- V. Indivíduo com 50 anos de idade ou mais não poderá se
nas os itens de números inscrever no concurso do TRT/ES.
(A) 1, 2 e 6. (D) 1, 2, 5 e 6. Nessa situação, é correto afirmar que entre as sentenças
(B) 2, 3 e 4. (E) 2, 3, 4 e 5. acima, apenas uma delas não é uma proposição.
(C) 3, 4 e 5.
07. (SEBRAE-2008/CESPE) Uma proposição é uma senten-
02. (TRF 2ª Região 2007 FCC) Sabe-se que sentenças são ça afirmativa ou negativa que pode ser julgada como verda-
orações com sujeito (o termo a respeito do qual se declara deira (V) ou falsa (F), mas não como ambas. Nesse sentido,
algo) e predicado (o que se declara sobre o sujeito). Na rela- considere o seguinte diálogo:
ção seguinte há expressões e sentenças: (1) Você sabe dividir? — perguntou Ana.
1. A terça parte de um número. (2) Claro que sei! — respondeu Mauro.
2. Jasão é elegante. (3) Então, qual é o resto da divisão de onze milhares, onze
3. Mente sã em corpo são. centenas e onze por três? — perguntou Ana.
4. Dois mais dois são 5. (4) O resto é dois. — respondeu Mauro, após fazer a conta.
5. Evite o fumo. A partir das informações e do diálogo acima, julgue os itens
6. Trinta e dois centésimos. que se seguem.
É correto afirmar que, na relação dada, são sentenças APE- 1. A frase indicada por (3) não é uma proposição.
NAS os itens de números 2. A frase (2) é uma proposição.
(A) 1, 4 e 6. (D) 3 e 5.

Raciocínio Lógico 69
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

08. (ICMS/SP 2006 FCC) Considere a proposição


“Paula estuda, mas não passa no concurso”. 13. (PETROBRAS 2007 CESPE) Julgue o seguinte item:
Nessa proposição, o conectivo lógico é Item 1. A proposição “O piloto vencerá a corrida somente se
(A) disjunção inclusiva. o carro estiver bem preparado” pode ser corretamente lida
(B) conjunção. como “O carro estar bem preparado é condição necessária
(C) disjunção exclusiva. para que o piloto vença a corrida”.
(D) condicional.
(E) bicondicional. 14. (TRF 1ª Região Técnico Jud 2006 FCC) Se todos os
nossos atos têm causa, então não há atos livres. Se não há
09. (TRT 9ª Região 2004 FCC) Leia atentamente as proposi- atos livres, então todos os nossos atos têm causa. Logo:
ções simples P e Q: a) alguns atos não têm causa se não há atos livres.
P: João foi aprovado no concurso do Tribunal. b) Todos os nossos atos têm causa se e somente se há atos
Q: João foi aprovado em um concurso. livres.
Do ponto de vista lógico, uma proposição condicional correta c) Todos os nossos atos têm causa se e somente se não há
em relação a P e Q é: atos livres.
(A) Se não Q, então P. d) Todos os nossos atos não têm causa se e somente se não
(B) Se não P, então não Q. há atos livres.
(C) Se P, então Q. e) Alguns atos são livres se e somente se todos os nossos
(D) Se Q, então P. atos têm causa
(E) Se P, então não Q.
15. (TRT-SP Anal Jud 2008 FCC) Considere as seguintes
10. (BACEN 2006 FCC) Sejam as proposições: premissas:
p: atuação compradora de dólares por parte do Banco Cen- "Se todos os homens são sábios, então não há justiça para
tral; todos."
q: fazer frente ao fluxo positivo. "Se não há justiça para todos, então todos os homens são
Se p implica em q, então sábios."
(A) a atuação compradora de dólares por parte do Banco Para que se tenha um argumento válido, é correto concluir
Central é condição necessária para fazer frente ao fluxo que:
positivo. (A) Todos os homens são sábios se, e somente se, há justiça
(B) fazer frente ao fluxo positivo é condição suficiente para a para todos.
atuação compradora de dólares por parte do Banco Central. (B) Todos os homens são sábios se, e somente se, não há
(C) a atuação compradora de dólares por parte do Banco justiça para todos.
Central é condição suficiente para fazer frente ao fluxo positi- (C) Todos os homens são sábios e há justiça para todos.
vo. (D) Todos os homens são sábios e não há justiça para todos.
(D) fazer frente ao fluxo positivo é condição necessária e (E) Todos os homens são sábios se há justiça para todos.
suficiente para a atuação compradora de dólares por parte
do Banco Central. 16. (TRT-SP Téc. Jud. Área Administrativa 2008 FCC) Dadas
(E) a atuação compradora de dólares por parte do Banco as proposições simples p e q, tais que p é verdadeira e q é
Central não é condição suficiente e nem necessária para falsa, considere as seguintes proposições compostas:
fazer frente ao fluxo positivo.

11. (TRT-SP Anal Jud 2008 FCC) São dadas as seguintes


proposições:
- p: Computadores são capazes de processar quaisquer tipos
de dados.
- q: É possível provar que ∞ + 1 = ∞. Quantas dessas proposições compostas são verdadeiras?
Se p implica em q, então o fato de (A) Nenhuma. (D) Apenas três.
(B) Apenas uma. (E) Quatro.
(A) ser possível provar que ∞ + 1 = ∞ é uma condição neces-
(C) Apenas duas.
sária e suficiente para que os computadores sejam capazes
de processar quaisquer tipos de dados.
17. (TRT 9ª Região 2004 FCC) Leia atentamente as proposi-
(B) computadores serem capazes de processar quaisquer
ções P e Q:
tipos de dados não é condição necessária e nem suficiente
P: o computador é uma máquina.
para que seja possível provar que ∞ + 1 = ∞. Q: compete ao cargo de técnico judiciário a construção de
(C) ser possível provar que ∞ + 1 = ∞ é uma condição sufici- computadores.
ente para que os computadores sejam capazes de processar Em relação às duas proposições, é correto afirmar que
quaisquer tipos de dados. (A) a proposição composta “P ou Q" é verdadeira.
(D) computadores serem capazes de processar quaisquer (B) a proposição composta “P e Q” é verdadeira.
tipos de dados é condição necessária para que seja possível (C) a negação de P é equivalente à negação de Q.
provar que ∞ + 1 = ∞. (D) P é equivalente a Q.
(E) ser possível provar que ∞ + 1 = ∞ é condição necessária (E) P implica Q
para que os computadores sejam capazes de processar
quaisquer tipos de dados. 18. (Petrobrás 2006 Cesgranrio) Sabendo que as proposi-
ções p e q são verdadeiras e que as proposições r e s são
12. (MRE 2008 CESPE) Julgue o seguinte item: falsas, assinale a opção que apresenta valor lógico falso nas
Item 1. Considerando que A e B simbolizem, respectivamen- proposições abaixo.
te, as proposições “A publicação usa e cita documentos do
Itamaraty” e “O autor envia duas cópias de sua publicação de
pesquisa para a Biblioteca do Itamaraty”, então a proposição
BA é uma simbolização correta para a proposição “Uma
condição necessária para que o autor envie duas cópias de
sua publicação de pesquisa para a Biblioteca do Itamaraty é
que a publicação use e cite documentos do Itamaraty”.

Raciocínio Lógico 70
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

23. (TCE-SP 2010 FCC) Certo dia, cinco Agentes de um


mesmo setor do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo
− Amarilis, Benivaldo, Corifeu, Divino e Esmeralda − foram
convocados para uma reunião em que se discutiria a implan-
tação de um novo serviço de telefonia. Após a reunião, al-
guns funcionários fizeram os seguintes comentários:
– “Se Divino participou da reunião, então Esmeralda também
participou”;
– “Se Divino não participou da reunião, então Corifeu partici-
19. (Téc Controle Interno RJ 99 ESAF) Dadas as proposi- pou”;
ções – “Se Benivaldo ou Corifeu participaram, então Amarilis não
participou”;
– “Esmeralda não participou da reunião”.
Considerando que as afirmações contidas nos quatro comen-
tários eram verdadeiras, pode-se concluir com certeza que,
além de Esmeralda, não participaram de tal reunião
(A) Amarilis e Benivaldo.
(B) Amarilis e Divino.
(C) Benivaldo e Corifeu.
(D) Benivaldo e Divino.
(E) Corifeu e Divino.

24. (Metrô-SP 2009 FCC) Entre outros, três enfermeiros −


A que tem valor lógico FALSO é a Abigail, Benício e Clóvis − foram incumbidos de acompanhar
(A) IV (B) V (C) III (D) II (E) I um Programa de Vacinação contra o vírus da dengue, a ser
executado em uma mesma estação de trens metropolitanos
20. (ICMS/SP 2006 FCC) Na tabela-verdade abaixo, p e q da cidade de São Paulo. Sabedor de que, no dia estipulado
são proposições para a execução do programa, pelo menos um desses três
enfermeiros não havia comparecido ao local designado, o
Coordenador do Programa convocou-os a prestar esclareci-
mentos, ouvindo deles as seguintes declarações:
Abigail: Benício faltou e Clóvis faltou.
Benício: Clóvis compareceu ou Abigail faltou.
Clóvis: Se Benício compareceu, então Abigail faltou.
Considerando que as três declarações são falsas, é correto
afirmar que, apenas,
(A) Abigail faltou.
(B) Benício faltou.
(C) Clóvis faltou.
A proposição composta que substitui corretamente o ponto (D) Abigail e Benício faltaram.
de interrogação é (E) Benício e Clóvis faltaram.

25. (Analista BACEN 2005 FCC) Aldo, Benê e Caio recebe-


ram uma proposta para executar um projeto. A seguir são
registradas as declarações dadas pelos três, após a conclu-
são do projeto:
- Aldo: Não é verdade que Benê e Caio executaram o proje-
to.
21. (Tec da Fazenda Estadual de SP 2010 FCC) Considere - Benê: Se Aldo não executou o projeto, então Caio o execu-
as seguintes premissas: tou.
p: Estudar é fundamental para crescer profissionalmente. - Caio: Eu não executei o projeto, mas Aldo ou Benê o exe-
q: O trabalho enobrece. cutaram.
A afirmação “Se o trabalho não enobrece, então estudar não Se somente a afirmação de Benê é falsa, então o projeto foi
é fundamental para crescer profissionalmente” é, com certe- executado APENAS por
za, FALSA quando: (A) Aldo. (C) Caio. (E) Aldo e Caio.
(A) p é falsa e q é verdadeira. (D) p é falsa e q é falsa. (B) Benê. (D) Aldo e Benê.
(B) p é verdadeira e q é falsa. (E) p é verdadeira e q é verda-
deira. 26. (Câmara dos deputados 2007 FCC) Relativamente a uma
(C) p é falsa ou q é falsa. mesma prova de um concurso a que se submeteram, três
amigos fizeram as seguintes declarações:
22. (TRT-SP Tec Jud 2008 FCC) Considere que são verda- Ariovaldo: Benício foi reprovado no concurso e Corifeu foi
deiras as seguintes premissas: aprovado.
“Se o professor adiar a prova, Lulu irá ao cinema.” Benício: Se Ariovaldo foi reprovado no concurso, então Cori-
“Se o professor não adiar a prova, Lenine irá à Biblioteca.” feu também o foi.
Considerando que, com certeza, o professor adiará a prova, Corifeu: Eu fui aprovado no concurso, mas pelo menos um
é correto afirmar que dos outros dois não o foi.
a) Lulu e Lenine não irão à Biblioteca Admitindo-se que as três declarações são verdadeiras, então
b) Lulu e Lenine não irão ao cinema. (A) Ariovaldo foi o único dos três que foi aprovado no concur-
c) Lulu irá ao cinema. so.
d) Lenine irá à Biblioteca. (B) Benício foi o único dos três que foi aprovado no concurso.
e) Lulu irá ao cinema e Lenine não irá à Biblioteca. (C) Corifeu foi o único dos três que foi aprovado no concurso.

Raciocínio Lógico 71
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

(D) Benício foi o único dos três que foi reprovado no concur- "No dia do crime, não fui a lugar nenhum. Quando ouvi a
so. campainha e percebi que era o vendedor, eu disse a ele:
(E) Ariovaldo foi o único dos três que foi reprovado no con- - hoje não compro nada. Isso posto, não tenho nada a decla-
curso. rar sobre o crime.”
Embora a dupla negação seja utilizada com certa freqüência
NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÕES na língua portuguesa como um reforço da negação, do ponto
27. Dê a negação de cada uma das proposições abaixo. de vista puramente lógico, ela equivale a uma afirmação.
a) Todos os corvos não são negros. Algum corvo é negro. Então, do ponto de vista lógico, o acusado afirmou, em rela-
b) Nenhum gato não sabe pular. Algum gato não sabe pular. ção ao dia do crime, que
c) Algum sapo é príncipe. Nenhum sapo é príncipe. (A) não foi a lugar algum, não comprou coisa alguma do
d) Alguma planta não é venenosa. Toda planta é venenosa. vendedor e não tem coisas a declarar sobre o crime.
(B) não foi a lugar algum, comprou alguma coisa do vende-
28. (TRT 9ª Região 2004 FCC) A correta negação da propo- dor e tem coisas a declarar sobre o crime.
sição "todos os cargos deste concurso são de analista judici- (C) foi a algum lugar, comprou alguma coisa do vendedor e
ário” é: tem coisas a declarar sobre o crime.
(A) alguns cargos deste concurso são de analista judiciário. (D) foi a algum lugar, não comprou coisa alguma do vende-
(B) existem cargos deste concurso que não são de analista dor e não tem coisas a declarar sobre o crime.
judiciário. (E) foi a algum lugar, comprou alguma coisa do vendedor e
(C) existem cargos deste concurso que são de analista judi- não tem coisas a declarar sobre o crime.
ciário.
(D) nenhum dos cargos deste concurso não é de analista 34. (Fiscal Recife 2003 ESAF) Pedro, após visitar uma aldeia
judiciário. distante, afirmou: “Não é verdade que todos os aldeões da-
(E) os cargos deste concurso são ou de analista, ou no judi- quela aldeia não dormem a sesta”. A condição necessária e
ciário. suficiente para que a afirmação de Pedro seja verdadeira é
que seja verdadeira a seguinte proposição:
29. (Escriturário Banco do Brasil 2011 FCC) Um jornal publi- a) No máximo um aldeão daquela aldeia não dorme a sesta.
cou a seguinte manchete: b) Todos os aldeões daquela aldeia dormem a sesta.
“Toda Agência do Banco do Brasil tem déficit de funcioná- c) Pelo menos um aldeão daquela aldeia dorme a sesta.
rios.” d) Nenhum aldeão daquela aldeia não dorme a sesta.
Diante de tal inverdade, o jornal se viu obrigado a retratar-se, e) Nenhum aldeão daquela aldeia dorme a sesta.
publicando uma negação de tal manchete. Das sentenças
seguintes, aquela que expressaria de maneira correta a ne- 35. (Especialista em Políticas Públicas SP 2009 FCC) A
gação da manchete publicada é: sentença a seguir foi dita pelo chefe da manutenção de de-
(A) Qualquer Agência do Banco do Brasil não têm déficit de terminada indústria durante uma reunião: “Não é verdade
funcionários. que todos os funcionários do meu setor deixaram de cumprir
(B) Nenhuma Agência do Banco do Brasil tem déficit de fun- a meta de atender a 100% das chamadas dentro do prazo
cionários. recomendado.”
(C) Alguma Agência do Banco do Brasil não tem déficit de Mais tarde, na mesma reunião, os dados apresentados pelos
funcionários. outros setores da indústria mostraram que o chefe da manu-
(D) Existem Agências com deficit de funcionários que não tenção se equivocara, sendo falsa sua sentença. Nessas
pertencem ao Banco do Brasil. condições, é necessário concluir que
(E) O quadro de funcionários do Banco do Brasil está com- (A) nenhum funcionário da manutenção conseguiu atende a
pleto. qualquer chamada dentro do prazo recomendado.
(B) pelo menos um funcionário da manutenção não conse-
30. (Prominp 2009 Cesgranrio) A negação de “Todos os guiu atender nenhuma chamada dentro do prazo recomen-
filhos de Maria gostam de quiabo” é dado.
(A) nenhum dos filhos de Maria gosta de quiabo. (C) todos os funcionários da manutenção tiveram pelo menos
(B) nenhum dos filhos de Maria desgosta de quiabo. uma chamada que não foi atendida dentro do prazo reco-
(C) pelo menos um dos filhos de Maria gosta de quiabo. mendado.
(D) pelo menos um dos filhos de Maria desgosta de quiabo. (D) apenas um funcionário da manutenção teve pelo menos
(E) alguns filhos de Maria não gostam de quiabo. uma chamada que não foi atendida dentro do prazo reco-
mendado.
31. (Metrô-SP 2010 FCC) A negação da proposição “Existem (E) 100% das chamadas feitas a funcionários da manutenção
Linhas do Metrô de São Paulo que são ociosas.” é: deixaram de ser atendidas dentro do prazo recomendado.
(A) Nenhuma Linha do Metrô de São Paulo é ociosa.
(B) Nenhuma Linha ociosa é do Metrô de São Paulo. 36. Dê uma negação para cada uma das proposições abaixo.
(C) Nem toda Linha do Metrô de São Paulo é ociosa. a) X > Y e Z = W.
(D) Algumas Linhas do Metrô de São Paulo não são ociosas. b) X ≤ Y ou Z < W.
(E) Toda Linha do Metrô de São Paulo é não ociosa. c) Se o tempo está chuvoso, então não faz calor.
d) João é bom médico se e só se estudou muito.
32. (Oficial de Justiça TJ-PE 2006 FCC) Considere a afirma-
ção abaixo. 37. (Metrô-SP 2010 FCC) Considere as proposições simples:
Existem funcionários públicos que não são eficientes. p: Maly é usuária do Metrô e q: Maly gosta de dirigir automó-
Se essa afirmação é FALSA, então é verdade que: vel
(A) nenhum funcionário público é eficiente. A negação da proposição composta p ∧ ~q é:
(B) nenhuma pessoa eficiente é funcionário público. (A) Maly não é usuária do Metrô ou gosta de dirigir automó-
(C) todo funcionário público é eficiente. vel.
(D) nem todos os funcionários públicos são eficientes. (B) Maly não é usuária do Metrô e não gosta de dirigir auto-
(E) todas as pessoas eficientes são funcionários públicos. móvel.
(C) Não é verdade que Maly não é usuária do Metrô e não
33. (TRT 9ª Região 2004 FCC) Em uma declaração ao tribu- gosta de dirigir automóvel.
nal, o acusado de um crime diz:

Raciocínio Lógico 72
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(D) Não é verdade que, se Maly não é usuária do Metrô, (A) 2 e 4


então ela gosta de dirigir automóvel. (B) 2 e 3
(E) Se Maly não é usuária do Metrô, então ela não gosta de (C) 2, 3 e 4
dirigir automóvel. (D) 1, 2 e 3
(E) 1, 3 e 4
38. (ANEEL Analista 2006 ESAF) A negação da afirmação
condicional “se Ana viajar, Paulo vai viajar” é: 44. (ISS São Paulo 2007 FCC) Considere a seguinte propo-
a) Ana não está viajando e Paulo vai viajar. sição:
b) se Ana não viajar, Paulo vai viajar. “Se um Auditor-Fiscal Tributário não participa de projetos de
c) Ana está viajando e Paulo não vai viajar. aperfeiçoamento, então ele não progride na carreira.”
d) Ana não está viajando e Paulo não vai viajar. Essa proposição é tautologicamente equivalente à proposi-
e) se Ana estiver viajando, Paulo não vai viajar. ção:
(A) Não é verdade que, ou um Auditor-Fiscal Tributário não
39. (Prominp 2008 Cesgranrio) Sejam p, q e r proposições progride na carreira ou ele participa de projetos de aperfeiço-
simples e ~p, ~q e ~r as suas respectivas negações. A nega- amento.
ção de (B) Se um Auditor-Fiscal Tributário participa de projetos de
aperfeiçoamento, então ele progride na carreira.
(C) Não é verdade que, um Auditor-Fiscal Tributário não
é participa de projetos de aperfeiçoamento e não progride na
carreira.
(D) Ou um Auditor-Fiscal Tributário não progride na carreira
ou ele participa de projetos de aperfeiçoamento.
(E) Um Auditor-Fiscal Tributário participa de projetos de aper-
feiçoamento e progride na carreira.

EQUIVALÊNCIA ENTRE PROPOSIÇÕES 45. (TRE-PI – Téc Jud 2009 FCC) Um dos novos funcioná-
40. (ICMS/SP 2006 FCC) Das proposições abaixo, a única rios de um cartório, responsável por orientar o público, rece-
que é logicamente equivalente a p → q é beu a seguinte instrução:
“Se uma pessoa precisar autenticar documentos, encaminhe-
a ao setor verde.”
Considerando que essa instrução é sempre cumprida corre-
tamente, pode-se concluir que, necessariamente,
(A) uma pessoa que não precise autenticar documentos
nunca é encaminhada ao setor verde.
(B) toda pessoa encaminhada ao setor verde precisa autenti-
41. (TRF 3ª Região 2007 FCC) Se Lucia é pintora, então ela car documentos.
é feliz. Portanto: (C) somente as pessoas que precisam autenticar documen-
(A) Se Lucia não é feliz, então ela não é pintora. tos são encaminhadas ao setor verde.
(B) Se Lucia é feliz, então ela é pintora. (D) a única função das pessoas que trabalham no setor ver-
(C) Se Lucia é feliz, então ela não é pintora. de é autenticar documentos.
(D) Se Lucia não é pintora, então ela é feliz. (E) toda pessoa que não é encaminhada ao setor verde não
(E) Se Lucia é pintora, então ela não é feliz. precisa autenticar documentos.
42. (Assembléia Legislativa/SP 2010 FCC) Durante uma 46. (TRF 3ª Região Analista Judiciário 2007 FCC) Considere
sessão no plenário da Assembléia Legislativa, o presidente que as sentenças abaixo são verdadeiras.
da mesa fez a seguinte declaração, dirigindo- se às galerias Se a temperatura está abaixo de 5°C, há nevoeiro.
da casa: Se há nevoeiro, os aviões não decolam.
“Se as manifestações desrespeitosas não forem interrompi- Assim sendo, também é verdadeira a sentença:
das, então eu não darei início à votação”. (A) Se não há nevoeiro, os aviões decolam.
Esta declaração é logicamente equivalente à afirmação (B) Se não há nevoeiro, a temperatura está igual a ou acima
(A) se as manifestações desrespeitosas continuarem, então de 5°C.
o presidente da mesa começará a votação. (C) Se os aviões não decolam, então há nevoeiro.
(B) se as manifestações desrespeitosas não continuarem, (D) Se há nevoeiro, então a temperatura está abaixo de 5°C.
então o presidente da mesa não começará a votação. (E) Se a temperatura está igual a ou acima de 5°C os aviões
(C) se o presidente da mesa deu início à votação, então as decolam.
manifestações desrespeitosas foram interrompidas.
(D) se o presidente da mesa não deu início à votação, então 47. (ICMS/SP 2006 FCC) Se p e q são proposições, então a
as manifestações desrespeitosas não foram interrompidas. proposição p ∧ (~q) é equivalente a
(E) se as manifestações desrespeitosas forem interrompidas,
então o presidente da mesa dará início à votação.

43. (TCE MG 2007 FCC) São dadas as seguintes proposi-


ções:
(1) Se Jaime trabalha no Tribunal de Contas, então ele é
eficiente.
(2) Se Jaime não trabalha no Tribunal de Contas, então ele
não é eficiente.
(3) Não é verdade que, Jaime trabalha no Tribunal de Contas
e não é eficiente.
48. (ICMS/SP 2006 FCC) Dentre as alternativas abaixo,
(4) Jaime é eficiente ou não trabalha no Tribunal de Contas.
assinale a correta.
É correto afirmar que são logicamente equivalentes apenas
(A) As proposições ~(p ∧ q) e (~p ∨ ~q) não são logicamente
as proposições de números
equivalentes.

Raciocínio Lógico 73
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(B) A negação da proposição “Ele faz caminhada se, e so- álcool ingerido, ocorreu uma dificuldade no fechamento da
mente se, o tempo está bom”, é a proposição “Ele não faz conta. Depois que todos julgaram ter contribuído com sua
caminhada se, e somente se, o tempo não está bom”. parte na despesa, o total colocado sobre a mesa era de R$
(C) A proposição ~[ p ∨ ~(p ∧ q)] é logicamente falsa. 160,00, apenas, formados por uma nota de R$ 100,00, uma
(D) A proposição “Se está quente, ele usa camiseta”, é logi- de R$ 20,00 e quatro de R$ 10,00. Seguiram-se, então, as
camente equivalente à proposição “Não está quente e ele seguintes declarações, todas verdadeiras: Antônio: — Basílio
usa camiseta”. pagou. Eu vi quando ele pagou. Danton: — Carlos também
(E) A proposição “Se a Terra é quadrada, então a Lua é pagou, mas do Basílio não sei dizer. Eduardo: — Só sei que
triangular” é falsa. alguém pagou com quatro notas de R$ 10,00. Basílio: —
Aquela nota de R$ 100,00 ali foi o Antônio quem colocou, eu
49. (Especialista em Políticas Públicas SP 2009 FCC) Um vi quando ele pegou seus R$ 60,00 de troco. Carlos: — Sim,
fornecedor do governo apresentou, no mês de abril, um con- e nos R$ 60,00 que ele retirou, estava a nota de R$ 50,00
trato para realização de um serviço que seria pago somente que o Eduardo colocou na mesa. Imediatamente após essas
em maio. O contrato trazia a seguinte cláusula: falas, o garçom, que ouvira atentamente o que fora dito e
“Se o IPCA de abril for menor do que 2%, então os valores conhecia todos do grupo, dirigiu-se exatamente àquele que
constantes no contrato não sofrerão qualquer correção.” ainda não havia contribuído para a despesa e disse: O se-
De acordo com essa cláusula, é correto concluir que, neces- nhor pretende usar seu cartão e ficar com o troco em espé-
sariamente, se cie? Com base nas informações do texto, o garçom fez a
(A) os valores constantes no contrato sofreram uma correção pergunta a:
de 2%, então o IPCA de abril foi, no mínimo, 2%. a) Antônio
(B) os valores constantes no contrato sofreram uma correção b) Basílio
de 1%, então o IPCA de abril ficou entre 1% e 2%. c) Carlos
(C) o IPCA de abril foi 3%, então os valores do contrato so- d) Danton
freram algum tipo de correção. e) Eduardo
(D) o IPCA de abril foi 1%, então os valores do contrato so-
freram correção de, no mínimo, 1%. Questão 2: ESAF/2012 - Concurso Auditor Fiscal da Receita
(E) os valores constantes no contrato não sofreram qualquer Federal
correção, então o IPCA de abril foi, no máximo, 1% Pergunta: Caso ou compro uma bicicleta. Viajo ou não caso.
Vou morar em Pasárgada ou não compro uma bicicleta. Ora,
TAUTOLOGIA, CONTRADIÇÃO E CONTINGÊNCIA não vou morar em Pasárgada. Assim,
50. (TRT9 2004 FCC) Considere a seguinte proposição: "na a) não viajo e caso.
eleição para a prefeitura, o candidato A será eleito ou não b) viajo e caso.
será eleito”. Do ponto de vista lógico, a afirmação da propo- c) não vou morar em Pasárgada e não viajo.
sição caracteriza: d) compro uma bicicleta e não viajo.
(A) um silogismo. (D) uma contingência. e) compro uma bicicleta e viajo.
(B) uma tautologia. (E) uma contradição.
(C) uma equivalência. Questão 3: Vunesp 2012 - Concurso TJM-SP Analista de
Sistemas
RESPOSTAS Pergunta: Se afino as cordas, então o instrumento soa bem.
01. A 11. E 21. B 31. - 41. A Se o instrumento soa bem, então toco muito bem. Ou não
02. E 12. C 22. C 32. C 42. C toco muito bem ou sonho acordado. Afirmo ser verdadeira a
03. C 13. C 23. B 33. C 43. E frase: não sonho acordado. Dessa forma, conclui-se que
04. D 14. C 24. C 34. C 44. D a) sonho dormindo.
05. A 15. B 25. B 35. C 45. E b) o instrumento afinado não soa bem.
06. E 16. C 26. D 36. - 46. B c) as cordas não foram afinadas.
07. CC 17. A 27. - 37. A 47. B d) mesmo afinado o instrumento não soa bem.
08. B 18. D 28. B 38. C 48. C e) toco bem acordado e dormindo.
09. C 19. B 29. C 39. A 49. A
10. C 20. C 30. D 40. A 50. B Questão 4: Cesgranrio/2012 - Concurso Petrobrás – Técnico
de Exploração de Petróleo Júnior – Informática
27. Pergunta: O turista perdeu o voo ou a agência de viagens se
a) Algum corvo é negro. enganou. Se o turista perdeu o voo, então a agência de via-
b) Algum gato não sabe pular. gens não se enganou. Se a agência de viagens não se en-
c) Nenhum sapo é príncipe. (Todo sapo não é príncipe.) ganou, então o turista não foi para o hotel. Se o turista não
d) Toda planta é venenosa. (Nenhuma planta não é veneno- foi para o hotel, então o avião atrasou. Se o turista não per-
sa.) deu o voo, então foi para o hotel. O avião não atrasou. Logo,
36. a) o turista foi para o hotel e a agência de viagens se enga-
a) X ≤ Y ou Z ≠ W. nou.
b) X > Y e Z ≥ W. b) o turista perdeu o voo e a agência de viagens se enganou.
c) O tempo está chuvoso e não faz calor. c) o turista perdeu o voo e a agência de viagens não se en-
d) Ou João é bom médico ou estudou muito, mas não am- ganou.
bos. d) o turista não foi para o hotel e não perdeu o voo.
e) o turista não foi para o hotel e perdeu o voo.
QUESTÕES RESOLVIDAS Questão 5: FCC/2012 - Concurso TJ/RJ para Analista Judici-
ário/Análise de Sistemas
Questão 1: FUNIVERSA/2012 - Concurso PC-DF Perito Pergunta: Considere a seguinte análise, feita por um comen-
Criminal – Odontologia tarista esportivo durante um torneio de futebol. Se o Brasil
Pergunta: Cinco amigos encontraram-se em um bar e, depois vencer ou empatar o jogo contra o Equador, então estará
de algumas horas de muita conversa, dividiram igualmente a classificado para a semifinal, independentemente de outros
conta, a qual fora de, exatos, R$ 200,00, já com a gorjeta resultados. Classificando-se para a semifinal, a equipe brasi-
incluída. Como se encontravam ligeiramente alterados pelo

Raciocínio Lógico 74
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leira vai enfrentar o Uruguai. De acordo com essa análise, Ou seja, como já se sabe que ele não toca bem, consequen-
conclui-se que se o Brasil temente o instrumento não soa bem e as cordas não estão
a) não enfrentar o Uruguai, necessariamente terá perdido o afinadas.
jogo para o Equador.
b) não se classificar para a semifinal, terá necessariamente Questão 4
empatado o jogo com o Equador. A: o turista perdeu o voo
c) enfrentar o Uruguai, necessariamente terá vencido ou B: a agência de viagens se enganou
empatado seu jogo contra o Equador. C: o turista foi para o hotel
d) perder seu jogo contra o Equador, necessariamente não D: o avião atrasou
se classificará para a semifinal. Afirmação: O avião não atrasou.
e) se classificar para a semifinal, então necessariamente não Proposições:
terá sido derrotado pelo Equador. A (Falsa) v B (Verdadeira)
A (Falsa) -->> ~B (Falsa)
Questão 6: FCC/2012 - TCE – SP Agente de Fiscalização ~B (Falsa) -->> ~C (Falsa)
Financeira – Administração ~C (Falsa) -->> D (Falsa)
Pergunta: Se a tinta é de boa qualidade então a pintura me- ~A (Verdadeira) -->> C (Verdadeira)
lhora a aparência do ambiente. Se o pintor é um bom pintor ~D (Verdadeira)
até usando tinta ruim a aparência do ambiente melhora. O O avião não se atrasou, portanto o turista foi para o hotel.
ambiente foi pintado. A aparência do ambiente melhorou. A agência de viagens se enganou, ou seja o turista foi para o
Então, a partir dessas afirmações, é verdade que: hotel.
a) O pintor era um bom pintor ou a tinta era de boa qualida- Resposta certa: O turista foi para o hotel e a agência de
de. viagens se enganou.
b) O pintor era um bom pintor e a tinta era ruim.
c) A tinta não era de boa qualidade. Questão 5
d) A tinta era de boa qualidade e o pintor não era bom pintor. A: Vencer o jogo contra o Equador
e) Bons pintores não usam tinta ruim. B: Empatar o jogo
C: Ir para a semifinal
Questão 7: FCC/2012 - Concurso TCE- AP Técnico de Con- D: Enfrentar o Uruguai
trole Externo Não se fala na questão que se o Brasil perder ele não vai
Pergunta: O responsável por um ambulatório médico afirmou: para a semifinal;
“Todo paciente é atendido com certeza, a menos que tenha A letra B está incorreta porque o fato de empatar o Equador
chegado atrasado.” De acordo com essa afirmação, conclui- classifica o Brasil.
se que, necessariamente, A letra C está errada porque o termo necessariamente gene-
a) nenhum paciente terá chegado atrasado se todos tiverem raliza a informação;
sido atendidos. A questão D também está incorreta porque o Brasil pode
b) nenhum paciente será atendido se todos tiverem chegado perder o jogo e mesmo assim se classificar;
atrasados. A classificação pode acontecer de 3 formas: ganhando, per-
c) se um paciente não for atendido, então ele terá chegado dendo ou empatando fazendo com a questão e fique incorre-
atrasado. ta.
d) se um paciente chegar atrasado, então ele não será aten-
dido. Questão 6
e) se um paciente for atendido, então ele não terá chegado Premissas:
atrasado. Tinta boa: pintura melhora a aparência;
Pintor bom: pintura melhora a aparência;
Respostas Sabendo que o ambiente foi pintado e aparência melhorou.
Questão 1 Mas, o ambiente pode ter sido melhorado por outros motivos;
O enunciado informa que todas as informações dadas são A pintura só pode melhorar a aparência se usar tinta boa ou
verdadeiras, portanto: se for um pintor bom.
Basílio pagou;
Carlos pagou; Questão 7
Antônio pagou com R$ 100,00 reais e retirou da mesa o troco Com a afirmação dada no exercício pode-se concluir que:
de R$ 60,00 reais. Incluíndo a nota de R$ 50,00 que havia -Se você chegar na hora será sempre atendido;
sido dada por Eduardo. -Se chegar atrasado talvez possa ser atendido, ou seja, che-
Eduardo pagou, portanto sobra danton. gar atrasado não é sinônimo de chegar atrasado.

Questão 2
Gabarito das Questões Resposta Certa
Afirmação: Não vou morar em Parságada. Para ser verdadei-
ro deve ter pelo menos uma proposição verdadeira. Questão 1 Letra D
Caso (V) v Compro a Bicicleta (F) Questão 2 Letra B
Viajo (V) v Não caso (F) Questão 3 Letra C
Morar em Parságada (F) v Não compro bicicleta (V) Questão 4 Letra A
Conclusão:
Questão 5 Letra A
-Viajo, Caso e Não compro a bicicleta.
Questão 6 Letra A
Questão 3 Questão 7 Letra C
Afirmação: Não sonho acordado. Isso nos leva a pensar na Okconcursos
frase: "Ou não toco muito bem ou sonho acordado". Porque
se ele não sonha acordado também não toca muito bem.
Se o instrumento soa bem, então toco muito bem.
Se afino as cordas, então o instrumento soa bem. PROVA SIMULADA II

Raciocínio Lógico 75
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1. Todos os marinheiros são republicanos. Assim sen- (C) Cada um dos últimos quatro jogos foi ganho por
do, uma diferença de mais de um gol.
(D) O artilheiro de sua equipe recuperou-se do esti-
(A) o conjunto dos marinheiros contém o conjunto dos ramento muscular.
republicanos. (E) Dois dos últimos quatro jogos foram realizados
(B) o conjunto dos republicanos contém o conjunto em seu campo e os outros dois, em campo ad-
dos marinheiros. versário.
(C) todos os republicanos são marinheiros.
(D) algum marinheiro não é republicano. 7. Marta corre tanto quanto Rita e menos do que Juliana.
(E) nenhum marinheiro é republicano. Fátima corre tanto quanto Juliana. Logo,

2. Assinale a alternativa que apresenta uma contra- (A) Fátima corre menos do que Rita.
dição. (B) Fátima corre mais do que Marta.
(C) Juliana corre menos do que Rita.
(A) Todo espião não é vegetariano e algum vegetari- (D) Marta corre mais do que Juliana.
ano é espião. (E) Juliana corre menos do que Marta.
(B) Todo espião é vegetariano e algum vegetariano
não é espião. 8. Há 4 caminhos para se ir de X a Y e 6 caminhos para
(C) Nenhum espião é vegetariano e algum es pião se ir de Y a Z. O número de caminhos de X a Z que
não é vegetariano. passam por Y é
(D) Algum espião é vegetariano e algum es pião não
é vegetariano. (A) 10.
(E) Todo vegetariano é espião e algum espião não é (B) 12.
vegetariano. (C) 18.
(D) 24.
3. Todos os que conhecem João e Maria admiram (E) 32.
Maria. Alguns que conhecem Maria não a admi-
ram. Logo, 9. Todas as plantas verdes têm clorofila. Algumas plan-
tas que tem clorofila são comestíveis. Logo,
(A) todos os que conhecem Maria a admiram.
(B) ninguém admira Maria. (A) algumas plantas verdes são comestíveis.
(C) alguns que conhecem Maria não conhecem João. (B) algumas plantas verdes não são comestíveis.
(D) quem conhece João admira Maria. (C) algumas plantas comestíveis têm clorofila.
(E) só quem conhece João e Maria conhece Maria. (D) todas as plantas que têm clorofila são comestí-
veis.
4. Válter tem inveja de quem é mais rico do que ele. Ge- (E) todas as plantas vendes são comestíveis.
raldo não é mais rico do que quem o inveja. Logo,
10. A proposição 'É necessário que todo aconteci-
(A) quem não é mais rico do que Válter é mais pobre mento tenha causa' é equivalente a
do que Válter.
(B) Geraldo é mais rico do que Válter. (A) É possível que algum acontecimento não tenha
(C) Válter não tem inveja de quem não é mais rico do causa.
que ele. (B) Não é possível que algum acontecimento não te-
(D) Válter inveja só quem é mais rico do que ele. nha causa.
(E) Geraldo não é mais rico do que Válter. (C) É necessário que algum acontecimento não tenha
causa.
5. Em uma avenida reta, a padaria fica entre o posto de (D) Não é necessário que todo acontecimento tenha
gasolina e a banca de jornal, e o posto de gasoli- causa.
na fica entre a banca de jornal e a sapataria. Logo, (E) É impossível que algum acontecimento tenha
causa.
(A) a sapataria fica entre a banca de jornal e a pada-
ria. 11. Continuando a seqüência 47, 42, 37, 33, 29, 26, ... ,
(B) a banca de jornal fica entre o posto de gasolina e temos
a padaria.
(C) o posto de gasolina fica entre a padaria e a banca (A) 21.
de jornal. (B) 22.
(D) a padaria fica entre a sapataria e o posto de ga- (C) 23.
solina. (D) 24.
(E) o posto de gasolina fica entre a sapataria e a pa- (E) 25.
daria.
12. ... ó pensador crítico precisa ter uma tolerância e
6. Um técnica de futebol, animado com as vitórias obti- até predileção por estados cognitivos de conflito,
das pela sua equipe nos últimos quatro jogos, em que o problema ainda não é totalmente com-
decide apostar que essa equipe também vencerá preendido. Se ele ficar aflito quando não sabe 'a
o próximo jogo. Indique a Informação adicional resposta correta', essa ansiedade pode impedir a
que tornaria menos provável a vitória esperada. exploração mais completa do problema.' (David
Canaher, Senso Crítico).
(A) Sua equipe venceu os últimos seis jogos, em vez O AUTOR QUER DIZER QUE O PENSADOR CRÍ-
de apenas quatro. TICO
(B) Choveu nos últimos quatro jogos e há previsão de (A) precisa tolerar respostas corretas.
que não choverá no próximo jogo. (B) nunca sabe a resposta correta.

Raciocínio Lógico 76
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(C) precisa gostar dos estados em que não sabe a a escola de primeiro grau tem sido totalmente intensiva de
resposta correta. mão-de-obra. A escola de primeiro grau de amanhã será
(D) que não fica aflito explora com mais dificuldades fortemente intensiva de capital.
os problemas.
(E) não deve tolerar estados cognitivos de conflito. Contudo, apesar da tecnologia disponível, a educa-
ção universal apresenta tremendos desafios. Os conceitos
13. As rosas são mais baratas do que os lírios. Não te- tradicionais de educação não são mais suficientes. Ler,
nho dinheiro suficiente para comprar duas dúzias de escrever e aritmética continuarão a ser necessários como
rosas. Logo, hoje, mas a educação precisará ir muito além desses itens
básicos. Ela irá exigir familiaridade com números e cálculos;
(A) tenho dinheiro suficiente para comprar uma dúzia uma compreensão básica de ciência e da dinâmica da tec-
de rosas. nologia; conhecimento de línguas estrangeiras. Também
(B) não tenho dinheiro suficiente para comprar uma será necessário aprender a ser eficaz como membro de uma
dúzia de rosas. organização, como empregado." (Peter Drucker, A socieda-
(C) não tenho dinheiro. suficiente para comprar meia de pós-capitalista).
dúzia de lírios.
(D) não tenho dinheiro suficiente para comprar duas 17. Para Peter Drucker, o ensino de matérias como
dúzias de lírios. aritmética, ortografia, história e biologia
(E) tenho dinheiro suficiente para comprar uma dúzia
de lírios. (A) Deve Ocorrer Apenas No Primeiro Grau.
(B) deve ser diferente do ensino de matérias como
14. Se você se esforçar, então irá vencer. Assim sen- neurocirurgia e diagnóstico médico.
do, (C) será afetado pelo desenvolvimento da informáti-
ca.
(A) seu esforço é condição suficiente para vencer. (D) não deverá se modificar, nas próximas décadas.
(B) seu esforço é condição necessária para vencer. (E) deve se dar através de meras repetições e exer-
(C) se você não se esforçar, então não irá vencer. cícios.
(D) você vencerá só se se esforçar.
(E) mesmo que se esforce, você não vencerá. 18. Para o autor, neste novo cenário, o computador

15. Se os tios de músicos sempre são músicos, então (A) terá maior eficácia educacional quanto mais jo-
vem for o estudante.
(A) os sobrinhos de não músicos nunca são músicos. (B) tende a substituir totalmente o professor em sala
(B) os sobrinhos de não músicos sempre são músi- de aula.
cos. (C) será a ferramenta de aprendizado para os profes-
(C) os sobrinhos de músicos sempre são músicos. sores.
(D) os sobrinhos de músicos nunca são músicos. (D) tende a ser mais utilizado por médicos.
(E) os sobrinhos de músicos quase sempre são mú- (E) será uma ferramenta acessória na educação.
sicos.
19. Assinale a alternativa em que se chega a uma
16. O paciente não pode estar bem e ainda ter febre. conclusão por um processo de dedução.
O paciente está bem. Logo, o paciente
(A) TEM FEBRE E NÃO ESTÁ BEM. (A) Vejo um cisne branco, outro cisne branco, outro
(B) TEM FEBRE OU NÃO ESTÁ BEM. cisne branco ... então todos os cisnes são bran-
(C) TEM FEBRE. cos.
(D) NÃO TEM FEBRE. (B) Vi um cisne, então ele é branco.
(E) NÃO ESTÁ BEM. (C) Vi dois cisnes brancos, então outros cisnes de-
vem ser brancos.
INSTRUÇÃO: Utilize o texto a seguir para responder (D) Todos os cisnes são brancos, então este cisne é
às questões de nº 17 e 18. branco.
(E) Todos os cisnes são brancos, então este cisne
"O primeiro impacto da nova tecnologia de aprendi- pode ser branco.
zado será sobre a educação universal. Através dos tempos,
as escolas, em sua maioria, gastaram horas intermináveis 20. Cátia é mais gorda do que Bruna. Vera é menos
tentando ensinar coisas que eram melhor aprendidas do que gorda do que Bruna. Logo,
ensinadas, isto é, coisas que são aprendidas de forma com-
portamental e através de exercícios, repetição e feedback. (A) Vera é mais gorda do que Bruna.
Pertencem a esta categoria todas as matérias ensinadas no (B) Cátia é menos gorda do que Bruna.
primeiro grau, mas também muitas daquelas ensinadas em (C) Bruna é mais gorda do que Cátia.
estágios posteriores do processo educacional. Essas maté- (D) Vera é menos gorda do que Cátia.
rias - seja ler e escrever, aritmética, ortografia, história, bio- (E) Bruna é menos gorda do que Vera.
logia, ou mesmo matérias avançadas como neurocirurgia,
diagnóstico médico e a maior parte da engenharia - são 21. Todo cavalo é um animal. Logo,
melhor aprendidas através de programas de computador. O
professor motiva, dirige, incentiva. Na verdade, ele passa a (A) toda cabeça de animal é cabeça de cavalo.
ser um líder e um recurso. (B) toda cabeça de cavalo é cabeça de animal.
(C) todo animal é cavalo.
Na escola de amanhã os estudantes serão seus pró- (D) nem todo cavalo é animal.
prios instrutores, com programas de computador como fer- (E) nenhum animal é cavalo.
ramentas. Na verdade, quanto mais jovens forem os estu-
dantes, maior o apelo do computador para eles e maior o 22. Em uma classe, há 20 alunos que praticam futebol
seu sucesso na sua orientação e instrução. Historicamente, mas não praticam vôlei e há 8 alunos que prati-

Raciocínio Lógico 77
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cam vôlei mas não praticam futebol. O total dos Mas Francisco não desviou dinheiro da campanha
que praticam vôlei é 15. Ao todo, existem 17 alu- assistencial. Logo,
nos que não praticam futebol. O número de alu-
nos da classe é (A) Francisco desviou dinheiro da campanha assis-
tencial.
(A) 30. (B) Francisco não cometeu um grave delito.
(B) 35. (C) Francisco cometeu um grave delito.
(C) 37. (D) alguém desviou dinheiro da campanha assisten-
(D) 42. cial.
(E) 44. (E) alguém não desviou dinheiro da campanha assis-
tencial.
INSTRUÇÃO: Utilize o texto a seguir para responder
às questões de nº 23 e 24. 27. Se Rodrigo mentiu, então ele é culpado. Logo,

“Os homens atribuem autoridade a comunicações de (A) se Rodrigo não é culpado, então ele não mentiu.
posições superiores, com a condição de que estas comuni- (B) Rodrigo é culpado.
cações sejam razoavelmente consistentes com as vanta- (C) se Rodrigo não mentiu. então ele não é culpado.
gens de escopo e perspectiva que são creditadas a estas (D) Rodrigo mentiu.
posições. Esta autoridade é, até um grau considerável, in- (E) se Rodrigo é culpado, então ele mentiu.
dependente da habilidade pessoal do sujeito que ocupa a
posição. E muitas vezes reconhecido que, embora este 28. Continuando a seqüência de letras F, N, G, M, H . .
sujeito possa ter habilidade pessoal limitada, sua recomen- ..., ..., temos, respectivamente,
dação deve ser superior pela simples razão da vantagem de
posição. Esta é a autoridade de posição”. (A) O, P.
(B) I, O.
Mas é óbvio que alguns homens têm habilidade supe- (C) E, P.
rior. O seu conhecimento e a sua compreensão, indepen- (D) L, I.
dentemente da posição, geram respeito. Os homens atribu- (E) D, L.
em autoridade ao que eles dizem, em uma organização,
apenas por esta razão. Esta é a autoridade de liderança.' 29. Continuando a seqüência 4, 10, 28, 82, ..., temos
(Chester Barnard, The Functions of the Executive).
(A) 236.
23. Para o autor, (B) 244.
(C) 246.
(A) autoridade de posição e autoridade de liderança (D) 254.
são sinônimos. (E) 256.
(B) autoridade de posição é uma autoridade superior
à autoridade de liderança. 30. Assinale a alternativa em que ocorre uma conclu-
(C) a autoridade de liderança se estabelece por ca- são verdadeira (que corresponde à realidade) e o
racterísticas individuais de alguns homens. argumento inválido (do ponto de vista lógico).
(D) a autoridade de posição se estabelece por habili-
dades pessoais superiores de alguns líderes. (A) Sócrates é homem, e todo homem é mortal, por-
(E) tanto a autoridade de posição quanto a autoridade tanto Sócrates é mortal.
de liderança são ineficazes. (B) Toda pedra é um homem, pois alguma pedra é
um ser, e todo ser é homem.
24. Durante o texto, o autor procura mostrar que as (C) Todo cachorro mia, e nenhum gato mia, portanto
pessoas cachorros não são gatos.
(D) Todo pensamento é um raciocínio, portanto, todo
(A) não costumam respeitar a autoridade de posição. pensamento é um movimento, visto que todos os
(B) também respeitam autoridade que não esteja li- raciocínios são movimentos.
gada a posições hierárquicas superiores. (E) Toda cadeira é um objeto, e todo objeto tem cinco
(C) respeitam mais a autoridade de liderança do que pés, portanto algumas cadeiras tem quatro pés.
de posição.
(D) acham incompatíveis os dois tipos de autoridade. 31 - Sabe-se que existe pelo menos um A que é B. Sabe-se,
(E) confundem autoridade de posição e liderança. também, que todo B é C. Segue-se, portanto, necessaria-
mente que
25. Utilizando-se de um conjunto de hipóteses, um a) todo C é B
cientista deduz uma predição sobre a ocorrência b) todo C é A
de um certo eclipse solar. Todavia, sua predição c) algum A é C
mostra-se falsa. O cientista deve logicamente d) nada que não seja C é A
concluir que e) algum A não é C

(A) todas as hipóteses desse conjunto são falsas. 32- Considere as seguintes premissas (onde X, Y, Z e P são
(B) a maioria das hipóteses desse conjunto é falsa. conjuntos não vazios):
(C) pelo menos uma hipótese desse conjunto é falsa. Premissa 1: "X está contido em Y e em Z, ou X está contido
(D) pelo menos uma hipótese desse conjunto é ver- em P"
dadeira. Premissa 2: "X não está contido em P"
(E) a maioria das hipóteses desse conjunto é verda- Pode-se, então, concluir que, necessariamente
deira. a) Y está contido em Z
b) X está contido em Z
26. Se Francisco desviou dinheiro da campanha as- c) Y está contido em Z ou em P
sistencial, então ele cometeu um grave delito. d) X não está contido nem em P nem em Y

Raciocínio Lógico 78
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e) X não está contido nem em Y e nem em Z d) se João é alto ou Guilherme é gordo, então João é alto e
Guilherme é gordo
33- A operação Å x é definida como o dobro do quadrado de e) se João é alto ou não é alto, então Guilherme é gordo
x. Assim, o valor da expressão Å 21/2 - Å [ 1Å 2 ] é igual a
a) 0 39- Sabe-se que a ocorrência de B é condição necessária
b) 1 para a ocorrência de C e condição suficiente para a ocorrên-
c) 2 cia de D. Sabe-se, também, que a ocorrência de D é condi-
d) 4 ção necessária e suficiente para a ocorrência de A. Assim,
e) 6 quando C ocorre,
a) D ocorre e B não ocorre
34- Um crime foi cometido por uma e apenas uma pessoa de b) D não ocorre ou A não ocorre
um grupo de cinco suspeitos: Armando, Celso, Edu, Juarez e c) B e A ocorrem
Tarso. Perguntados sobre quem era o culpado, cada um d) nem B nem D ocorrem
deles respondeu: e) B não ocorre ou A não ocorre
Armando: "Sou inocente"
Celso: "Edu é o culpado" 40- Ou A=B, ou B=C, mas não ambos. Se B=D, então A=D.
Edu: "Tarso é o culpado" Ora, B=D. Logo:
Juarez: "Armando disse a verdade" a) B ¹ C
Tarso: "Celso mentiu" b) B ¹ A
Sabendo-se que apenas um dos suspeitos mentiu e que c) C = A
todos os outros disseram a verdade, pode-se concluir que o d) C = D
culpado é: e) D ¹ A
a) Armando
b) Celso 41- De três irmãos – José, Adriano e Caio –, sabe-se que ou
c) Edu José é o mais velho, ou Adriano é o mais moço. Sabe-se,
d) Juarez também, que ou Adriano é o mais velho, ou Caio é o mais
e) Tarso velho. Então, o mais velho e o mais moço dos três irmãos
são, respectivamente:
35- Três rapazes e duas moças vão ao cinema e desejam a) Caio e José
sentar-se, os cinco, lado a lado, na mesma fila. O número de b) Caio e Adriano
maneiras pelas quais eles podem distribuir-se nos assentos c) Adriano e Caio
de modo que as duas moças fiquem juntas, uma ao lado da d) Adriano e José
outra, é igual a e) José e Adriano
a) 2
b) 4 42- Se o jardim não é florido, então o gato mia. Se o jardim é
c) 24 florido, então o passarinho não canta. Ora, o passarinho
d) 48 canta. Logo:
e) 120 a) o jardim é florido e o gato mia
b) o jardim é florido e o gato não mia
36- De um grupo de 200 estudantes, 80 estão matriculados c) o jardim não é florido e o gato mia
em Francês, 110 em Inglês e 40 não estão matriculados nem d) o jardim não é florido e o gato não mia
em Inglês nem em Francês. Seleciona-se, ao acaso, um dos e) se o passarinho canta, então o gato não mia
200 estudantes. A probabilidade de que o estudante selecio-
nado esteja matriculado em pelo menos uma dessas discipli- 43- Três amigos – Luís, Marcos e Nestor – são casados com
nas (isto é, em Inglês ou em Francês) é igual a Teresa, Regina e Sandra (não necessariamente nesta or-
a) 30/200 dem). Perguntados sobre os nomes das respectivas espo-
b) 130/200 sas, os três fizeram as seguintes declarações:
c) 150/200 Nestor: "Marcos é casado com Teresa"
d) 160/200 Luís: "Nestor está mentindo, pois a esposa de Marcos é
e) 190/200 Regina"
Marcos: "Nestor e Luís mentiram, pois a minha esposa é
37- Uma herança constituída de barras de ouro foi totalmente Sandra"
dividida entre três irmãs: Ana, Beatriz e Camile. Ana, por ser Sabendo-se que o marido de Sandra mentiu e que o marido
a mais velha, recebeu a metade das barras de ouro, e mais de Teresa disse a verdade, segue-se que as esposas de
meia barra. Após Ana ter recebido sua parte, Beatriz recebeu Luís, Marcos e Nestor são, respectivamente:
a metade do que sobrou, e mais meia barra. Coube a Camile a) Sandra, Teresa, Regina
o restante da herança, igual a uma barra e meia. Assim, o b) Sandra, Regina, Teresa
número de barras de ouro que Ana recebeu foi: c) Regina, Sandra, Teresa
a) 1 d) Teresa, Regina, Sandra
b) 2 e) Teresa, Sandra, Regina
c) 3
d) 4 44- A negação da afirmação condicional "se estiver choven-
e) 5 do, eu levo o guarda-chuva" é:
a) se não estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva
38- Chama-se tautologia a toda proposição que é sempre b) não está chovendo e eu levo o guarda-chuva
verdadeira, independentemente da verdade dos termos que c) não está chovendo e eu não levo o guarda-chuva
a compõem. Um exemplo de tautologia é: d) se estiver chovendo, eu não levo o guarda-chuva
a) se João é alto, então João é alto ou Guilherme é gordo e) está chovendo e eu não levo o guarda-chuva
b) se João é alto, então João é alto e Guilherme é gordo
c) se João é alto ou Guilherme é gordo, então Guilherme é 45- Dizer que "Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista" é,
gordo do ponto de vista lógico, o mesmo que dizer que:
a) se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista

Raciocínio Lógico 79
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

b) se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro 07. B 17. C 27. A 37. E 47. A
c) se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista 08. D 18. A 28. D 38. A 48. C
d) se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista 09. C 19. D 29. B 39. C 49. E
e) se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista 10. B 20. D 30. E 40. A 50. B

46- Se Frederico é francês, então Alberto não é alemão. Ou


Alberto é alemão, ou Egídio é espanhol. Se Pedro não é
português, então Frederico é francês. Ora, nem Egídio é
espanhol nem Isaura é italiana. Logo: TESTE DE HABILIDADE NUMÉRICA
a) Pedro é português e Frederico é francês
b) Pedro é português e Alberto é alemão 1. Escreva o número que falta.
c) Pedro não é português e Alberto é alemão 18 20 24 32 ?
d) Egídio é espanhol ou Frederico é francês
e) Se Alberto é alemão, Frederico é francês 2. Escreva o número que falta.

47- Se Luís estuda História, então Pedro estuda Matemática.


Se Helena estuda Filosofia, então Jorge estuda Medicina.
Ora, Luís estuda História ou Helena estuda Filosofia. Logo,
segue-se necessariamente que:
a) Pedro estuda Matemática ou Jorge estuda Medicina
b) Pedro estuda Matemática e Jorge estuda Medicina
c) Se Luís não estuda História, então Jorge não estuda Me-
dicina
d) Helena estuda Filosofia e Pedro estuda Matemática
e) Pedro estuda Matemática ou Helena não estuda Filosofia

48- Se Pedro é inocente, então Lauro é inocente. Se Roberto


é inocente, então Sônia é inocente. Ora, Pedro é culpado ou 3. Escreva o número que falta.
Sônia é culpada. Segue-se logicamente, portanto, que: 212 179 146 113 ?
a) Lauro é culpado e Sônia é culpada
b) Sônia é culpada e Roberto é inocente 4. Escreva o número que falta.
c) Pedro é culpado ou Roberto é culpado
d) Se Roberto é culpado, então Lauro é culpado
e) Roberto é inocente se e somente se Lauro é inocente

49- Maria tem três carros: um Gol, um Corsa e um Fiesta.


Um dos carros é branco, o outro é preto, e o outro é azul.
Sabe-se que: 1) ou o Gol é branco, ou o Fiesta é branco, 2)
ou o Gol é preto, ou o Corsa é azul, 3) ou o Fiesta é azul, ou
o Corsa é azul, 4) ou o Corsa é preto, ou o Fiesta é preto.
Portanto, as cores do Gol, do Corsa e do Fiesta são, respec-
tivamente,
a) branco, preto, azul
b) preto, azul, branco 5. Escreva o número que falta.
c) azul, branco, preto 6 8 10 11 14 14
d) preto, branco, azul ?
e) branco, azul, preto
6. Escreva, dentro do parêntese, o número que falta.
50- Um rei diz a um jovem sábio: "dizei-me uma frase e se 17 (112) 39
ela for verdadeira prometo que vos darei ou um cavalo veloz, 28 ( . . . ) 49
ou uma linda espada, ou a mão da princesa; se ela for falsa,
não vos darei nada". O jovem sábio disse, então: "Vossa 7 Escreva o número que falta.
Majestade não me dará nem o cavalo veloz, nem a linda 7 13 24 45 ?
espada".
Para manter a promessa feita, o rei: 8. Escreva o número que falta.
a) deve dar o cavalo veloz e a linda espada 3 9 3
b) deve dar a mão da princesa, mas não o cavalo veloz nem 5 7 1
a linda espada 7 1 ?
c) deve dar a mão da princesa e o cavalo veloz ou a linda
espada 9. Escreva, dentro do parêntese, o número que falta.
d) deve dar o cavalo veloz ou a linda espada, mas não a mão 234 (333) 567
da princesa 345 (. . .) 678
e) não deve dar nem o cavalo veloz, nem a linda espada,
nem a mão da princesa 10 Escreva o número que falta.
RESPOSTAS
01. B 11. C 21. B 31. C 41. B
02. A 12. C 22. E 32. B 42. C
03. C 13. D 23. C 33. C 43. D
04. E 14. A 24. B 34. E 44. E
05. E 15. A 25. C 35. D 45. A
06. B 16. D 26. E 36. D 46. B

Raciocínio Lógico 80
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

22 Escreva, dentro do parêntese, o número que falta.


341 (250) 466
282 (. . .) 398

23 Escreva o número que falta.

11- Escreva o número que falta.


4 5 7 11 19 ?

12. Escreva o número que falta.


6 7 9 13 21 ?

13. Escreva o número que falta.


4 8 6
6 2 4 24 Escreva, dentro do parêntese, o número que falta.
8 6 ? 12 (336) 14
15 (. . .) 16
14. Escreva o número que falta.
64 48 40 36 34 ? 25 Escreva o número que falta.
4 7 6
15 Escreva, dentro do parêntese, o número que falta. 8 4 8
718 (26) 582 6 5 ?
474 (. . .) 226

16. Escreva o número que falta. RESPOSTAS - TESTE DE HABILIDADE


NUMËRICA

1 48. (Some 2, 4, 8 e, finalmente 16).

2 24. (No sentido contrário aos ponteiros do relógio, os


números aumentam em 2, 3, 4, 5 e 6).

3 80. (Subtraia 33 de cada número).

17 Escreva o número que falta. 4 5. (Os braços para cima se somam e os para baixo se
15 13 12 11 9 9 subtraem, para obter o número da cabeça).
?
5 18. (Existem duas séries alternadas, uma que aumen-
18. Escreva o número que falta. ta de 4 em 4 e a outra de 3 em 3).
9 4 1
6 6 2 6 154. (Some os números de fora do parêntese e multi-
1 9 ? plique por 2).

19 Escreva o número que falta. 7 86. (Multiplique o número por dois e subtraia 1, 2, 3 e
11 12 14 ? 26 42 4).

20. Escreva o número que falta. 8 3. (Subtraia os números das duas primeiras colunas e
8 5 2 divida por 2).
4 2 0
9 6 ? 9 333. (Subtraia o número da esquerda do número da
direita para obter o número inserto no parêntese).
21 Escreva o número que falta.
10 5. (O número da cabeça é igual a semi--soma dos
números dos pés).

11 35. (A série aumenta em 1, 2, 4, 8 e 16 unidades su-


cessivamente).

12 37. (Multiplique cada termo por 2 e subtraia 5 para


obter o seguinte).

13 7. (Os números da terceira coluna são a semi-soma


dos números das outras duas colunas).

14 33. (A série diminui em 16, 8, 4, 2 e 1 sucessivamen-


te).

Raciocínio Lógico 81
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

ponde à incógnita.
15 14. (Some os números de fora do parêntese e divida
por 50 para obter o número inserto no mesmo).

16 3. (No sentido dos ponteiros do relógio, multiplique por


3).

17 6. (Existem duas séries alternadas: uma diminui de 3


em 3; a outra de 2 em 2).

18 4. (Cada fileira soma 14).


19 18. (Dobre cada termo e subtraia 10 para obter o se-
guinte).

20 3. (Os números diminuem em saltos iguais, 3 na pri- 5 Assinale a figura que não tem relação com as de-
meira fileira, 2 na segunda e 3 na terceira). mais.

21 18. (Os números são o dobro de seus opostos diame-


tralmente).

22 232. (Subtraia a parte esquerda da parte direita e


multiplique o resultado por dois).

23 21. (Os números aumentam em intervalos de 2, 4, 6 e


8). 6 Assinale a figura que não tem relação com as de-
mais.
24 480. (O número inserto no parêntese é o dobro do
produto dos números de fora do mesmo).
25. 2. (A terceira coluna é o dobro da diferença entre a pri-
meira e a segunda).

TESTE DE HABILIDADE VÍSUO-ESPACIAL

1 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais. 7 Assinale a figura que não tem relação com as de-
mais.

8 Assinale a figura que não tem relação com as de-


2 Assinale a figura que não tem relação com as de- mais.
mais.

9 Assinale a figura que não tem relação com as de-


3 Assinale a figura que não tem relação com as de- mais.
mais.

* Não ter relação no sentido de não conservar as


mesmas relações com as demais, por questão de detalhe,
4 Escolha, dentre as numeradas, a figura que corres- posição etc.

Raciocínio Lógico 82
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

10 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

16 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

11 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

17 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

12 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

18 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

13 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.
19. Assinale a figura que não tem relação com as demais.

20 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.
14 Assinale a figura que não tem relação com as de-
mais.

21 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

15 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

Raciocínio Lógico 83
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

22 Assinale a figura que não tem relação com as de- 27 Assinale a figura que não tem relação com as de-
mais. mais.

28 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

23 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

24 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

29 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

25 Assinale afigura que não tem relação com es de-


mais.
30 Escolha, dentre as figuras numeradas, a que cor-
responde à incógnita.

26 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

Raciocínio Lógico 84
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

cruz e o circulo interiores ficariam em posição dife-


RESPOSTAS - TESTE DE HABILIDADE VÍSUO - ES- rente).
PACIAL
22 4. (Os setores preto, branco ou hachur giram em sentido
1 4. (Todas as outras figuras podem inverterem-se sem contrario aos ponteiros do relógio; na figura 4 os setores
qualquer diferença). branco e hachur estão em posição diferente).

2 3. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- 23 1. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). rem).

3 4 . (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- 24 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). rem).

4 1. (A figura principal gira 180° e o círculo pequeno passa 25 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
para o outro lado). rem).

5 1. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- 26 3. (1 e 4 formam urna dupla e o mesmo ocorre com 2 e 5.
rem). Em cada dupla os retângulos preto e hachur alternam
sua posição; a figura 3 tem o sombreado em posição dife-
6. 4. (A figura gira 90° cada vez, em sentido contrario aos rente).
ponteiros do relógio, exceto a 4 que gira no sentido dos
mencionados ponteiros). 27 5. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem).
7 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). 28 6. (As outras figuras podem girar até se sobreporem).

8 4. (A figura gira 90° cada vez em sentido contrario aos 29 3. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
ponteiros do relógio, exceto o 4 que gira no mesmo senti- rem).
do dos mencionados ponteiros).
30. (A figura principal gira no sentido dos ponteiros do reló-
9 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- gio; a seta, no sentido contrario).
rem no plano do papel).
BIBLIOGRAFIA
10 2. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). Os testes acima foram extraídos da coleção “FAÇA SEU
TESTE”, da EDITORA MESTRE JOU – SÃO PAULO – SP.
11 3. (As outras três figuras são esquemas de urna mão
esquerda; a de n.° 3 é o esquema de urna mão direita).

12 3. (A figura gira 45° cada vez em sentido contrario aos FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
ponteiros do relógio, porém o sombreado preto avança
urna posição a mais, exceto em 3, que é, portanto, a figu- NÚMEROS NATURAIS, INTEIROS, RACIONAIS,
ra que não corresponde as demais). IRRACIONAIS E REAIS.
13 5. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). Conjuntos numéricos podem ser representados de
diversas formas. A forma mais simples é dar um nome
14 1. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- ao conjunto e expor todos os seus elementos, um ao
rem).
lado do outro, entre os sinais de chaves. Veja o exem-
15 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- plo abaixo:
rem). A = {51, 27, -3}

16 5. (O conjunto completo de 4 círculos gira num ângulo de Esse conjunto se chama "A" e possui três termos,
90° cada vez. Em 5 os círculos com + e o com x trocaram que estão listados entre chaves.
suas posições. Em todas as demais figuras o + está na
mesma fileira que o círculo preto). Os nomes dos conjuntos são sempre letras maiús-
culas. Quando criamos um conjunto, podemos utilizar
17 6. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
qualquer letra.
rem).

18 3. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- Vamos começar nos primórdios da matemática.
rem). - Se eu pedisse para você contar até 10, o que você
me diria?
19 2. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- - Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove
rem). e dez.
20 2. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- Pois é, estes números que saem naturalmente de
rem).
sua boca quando solicitado, são chamados de núme-
21 5. (1 e 3, e 2 e 4 são duplas que podem se sobreporem ros NATURAIS, o qual é representado pela letra .
girando 45°. A figura 5 não pode sobrepor-se porque a

Raciocínio Lógico 85
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Foi o primeiro conjunto inventado pelos homens, e


tinha como intenção mostrar quantidades. Pois assim teremos apenas os positivos, já que o
*Obs.: Originalmente, o zero não estava incluído zero não é positivo.
neste conjunto, mas pela necessidade de representar
uma quantia nula, definiu-se este número como sendo Ou também podemos representar somente os intei-
pertencente ao conjunto dos Naturais. Portanto: ros NÃO POSITIVOS com:
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...} Z - ={...,- 4, - 3, - 2, -1 , 0}
Obs.2: Como o zero originou-se depois dos outros Obs.: Este conjunto possui final, mas não possui i-
números e possui algumas propriedades próprias, al- nício.
gumas vezes teremos a necessidade de representar o
conjunto dos números naturais sem incluir o zero. Para E também os inteiros negativos (ou seja, os não po-
isso foi definido que o símbolo * (asterisco) empregado sitivos sem o zero):
ao lado do símbolo do conjunto, iria representar a au-
sência do zero. Veja o exemplo abaixo: Z*- ={...,- 4, - 3, - 2, -1}
N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}
Assim:
Estes números foram suficientes para a sociedade
durante algum tempo. Com o passar dos anos, e o Conjunto dos Números Naturais
aumento das "trocas" de mercadorias entre os ho- São todos os números inteiros positivos, incluindo o
mens, foi necessário criar uma representação numéri- zero. É representado pela letra maiúscula N.
ca para as dívidas. Caso queira representar o conjunto dos números natu-
rais não-nulos (excluindo o zero), deve-se colocar um *
Com isso inventou-se os chamados "números nega- ao lado do N:
tivos", e junto com estes números, um novo conjunto: o N = {0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,10, ...}
conjunto dos números inteiros, representado pela letra N* = {1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11, ...}
.
Conjunto dos Números Inteiros
O conjunto dos números inteiros é formado por to- São todos os números que pertencem ao conjunto
dos os números NATURAIS mais todos os seus repre- dos Naturais mais os seus respectivos opostos (nega-
sentantes negativos. tivos).

Note que este conjunto não possui início nem fim São representados pela letra Z:
(ao contrário dos naturais, que possui um início e não Z = {... -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...}
possui fim).
O conjunto dos inteiros possui alguns subconjuntos,
Assim como no conjunto dos naturais, podemos re- eles são:
presentar todos os inteiros sem o ZERO com a mesma
notação usada para os NATURAIS. - Inteiros não negativos
Z* = {..., -2, -1, 1, 2, ...} São todos os números inteiros que não são negati-
vos. Logo percebemos que este conjunto é igual ao
Em algumas situações, teremos a necessidade de conjunto dos números naturais.
representar o conjunto dos números inteiros que NÃO
SÃO NEGATIVOS. É representado por Z+:
Z+ = {0,1,2,3,4,5,6, ...}
Para isso emprega-se o sinal "+" ao lado do símbo-
lo do conjunto (vale a pena lembrar que esta simbolo- - Inteiros não positivos
gia representa os números NÃO NEGATIVOS, e não São todos os números inteiros que não são positi-
os números POSITIVOS, como muita gente diz). Veja vos. É representado por Z-:
o exemplo abaixo: Z- = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}
Z+ = {0,1, 2, 3, 4, 5, ...}
- Inteiros não negativos e não-nulos
Obs.1: Note que agora sim este conjunto possui um É o conjunto Z+ excluindo o zero. Representa-se
início. E você pode estar pensando "mas o zero não é esse subconjunto por Z*+:
positivo". O zero não é positivo nem negativo, zero é Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}
NULO. Z*+ = N*

Ele está contido neste conjunto, pois a simbologia - Inteiros não positivos e não nulos
do sinalzinho positivo representa todos os números São todos os números do conjunto Z- excluindo o
NÃO NEGATIVOS, e o zero se enquadra nisto. zero. Representa-se por Z*-.
Z*- = {... -4, -3, -2, -1}
Se quisermos representar somente os positivos (ou
seja, os não negativos sem o zero), escrevemos: Conjunto dos Números Racionais
Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, ...} Os números racionais é um conjunto que engloba
os números inteiros (Z), números decimais finitos (por

Raciocínio Lógico 86
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exemplo, 743,8432) e os números decimais infinitos 5 + 6 = 11


periódicos (que repete uma sequência de algarismos
da parte decimal infinitamente), como "12,050505...", Veja agora outra operação: 7 – 3 = 4
são também conhecidas como dízimas periódicas.
Quando tiramos um subconjunto de um conjunto,
Os racionais são representados pela letra Q. realizamos a operação de subtração, que indicamos
pelo sinal - .
Conjunto dos Números Irracionais 7 → minuendo
É formado pelos números decimais infinitos não- –3 → subtraendo
periódicos. Um bom exemplo de número irracional é o 4 → resto ou diferença
número PI (resultado da divisão do perímetro de uma
circunferência pelo seu diâmetro), que vale
0 minuendo é o conjunto maior, o subtraendo o
3,14159265 .... Atualmente, supercomputadores já subconjunto que se tira e o resto ou diferença o con-
conseguiram calcular bilhões de casas decimais para o junto que sobra.
PI.
Somando a diferença com o subtraendo obtemos o
Também são irracionais todas as raízes não exatas, minuendo. Dessa forma tiramos a prova da subtração.
como a raiz quadrada de 2 (1,4142135 ...)
4+3=7
Conjunto dos Números Reais
EXPRESSÕES NUMÉRICAS
É formado por todos os conjuntos citados anterior-
mente (união do conjunto dos racionais com os irracio-
nais). Para calcular o valor de uma expressão numérica
envolvendo adição e subtração, efetuamos essas ope-
Representado pela letra R. rações na ordem em que elas aparecem na expressão.

Representação geométrica de Exemplos: 35 – 18 + 13 =


A cada ponto de uma reta podemos associar um ú- 17 + 13 = 30
nico número real, e a cada número real podemos as- Veja outro exemplo: 47 + 35 – 42 – 15 =
sociar um único ponto na reta. 82 – 42 – 15=
Dizemos que o conjunto é denso, pois entre dois 40 – 15 = 25
números reais existem infinitos números reais (ou seja,
na reta, entre dois pontos associados a dois números Quando uma expressão numérica contiver os sinais
reais, existem infinitos pontos). de parênteses ( ), colchetes [ ] e chaves { }, procede-
remos do seguinte modo:
Veja a representação na reta de : Efetuamos as operações indicadas dentro dos pa-
rênteses;
efetuamos as operações indicadas dentro dos col-
chetes;
efetuamos as operações indicadas dentro das cha-
ves.

Fonte: 1) 35 +[ 80 – (42 + 11) ] =


http://www.infoescola.com/matematica/conjuntos- = 35 + [ 80 – 53] =
numericos/ = 35 + 27 = 62

CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS (N) 2) 18 + { 72 – [ 43 + (35 – 28 + 13) ] } =


= 18 + { 72 – [ 43 + 20 ] } =
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO = 18 + { 72 – 63} =
Veja a operação: 2 + 3 = 5 . = 18 + 9 = 27
A operação efetuada chama-se adição e é indicada
escrevendo-se o sinal + (lê-se: “mais") entre os núme- CÁLCULO DO VALOR DESCONHECIDO
ros.
Quando pretendemos determinar um número natu-
Os números 2 e 3 são chamados parcelas. 0 núme- ral em certos tipos de problemas, procedemos do se-
ro 5, resultado da operação, é chamado soma. guinte modo:
2 → parcela - chamamos o número (desconhecido) de x ou
+ 3 → parcela qualquer outra incógnita ( letra )
5 → soma - escrevemos a igualdade correspondente
- calculamos o seu valor
A adição de três ou mais parcelas pode ser efetua-
da adicionando-se o terceiro número à soma dos dois Exemplos:
primeiros ; o quarto número à soma dos três primeiros 1) Qual o número que, adicionado a 15, é igual a 31?
e assim por diante.
3+2+6 = Solução:

Raciocínio Lógico 87
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Seja x o número desconhecido. A igualdade cor-


respondente será: A multiplicação de qualquer número por 0 é igual a 0.
x + 15 = 31
A multiplicação de três ou mais fatores pode ser e-
Calculando o valor de x temos: fetuada multiplicando-se o terceiro número pelo produ-
x + 15 = 31 to dos dois primeiros; o quarto numero pelo produto
x + 15 – 15 = 31 – 15 dos três primeiros; e assim por diante.
x = 31 – 15 3 x 4 x 2 x 5 =
x = 16 12 x 2 x 5
24 x 5 = 120
Na prática , quando um número passa de um lado
para outro da igualdade ele muda de sinal. EXPRESSÕES NUMÉRICAS
2) Subtraindo 25 de um certo número obtemos 11.
Sinais de associação
Qual é esse número?
O valor das expressões numéricas envolvendo as
operações de adição, subtração e multiplicação é obti-
Solução:
do do seguinte modo:
Seja x o número desconhecido. A igualdade corres-
efetuamos as multiplicações
pondente será:
efetuamos as adições e subtrações, na ordem em
x – 25 = 11
que aparecem.
x = 11 + 25
x = 36
1) 3.4 + 5.8– 2.9=
=12 + 40 – 18
Passamos o número 25 para o outro lado da igual-
= 34
dade e com isso ele mudou de sinal.
2) 9 . 6 – 4 . 12 + 7 . 2 =
3) Qual o número natural que, adicionado a 8, é i-
= 54 – 48 + 14 =
gual a 20?
= 20
Solução:
x + 8 = 20
Não se esqueça:
x = 20 – 8
Se na expressão ocorrem sinais de parênteses col-
x = 12
chetes e chaves, efetuamos as operações na ordem
em que aparecem:
4) Determine o número natural do qual, subtraindo
1º) as que estão dentro dos parênteses
62, obtemos 43.
2º) as que estão dentro dos colchetes
Solução:
3º) as que estão dentro das chaves.
x – 62 = 43
x = 43 + 62
Exemplo:
x = 105
22 + {12 +[ ( 6 . 8 + 4 . 9 ) – 3 . 7] – 8 . 9 }
= 22 + { 12 + [ ( 48 + 36 ) – 21] – 72 } =
Para sabermos se o problema está correto é sim-
= 22 + { 12 + [ 84 – 21] – 72 } =
ples, basta substituir o x pelo valor encontrado e reali-
= 22 + { 12 + 63 – 72 } =
zarmos a operação. No último exemplo temos:
= 22 + 3 =
x = 105
= 25
105 – 62 = 43
DIVISÃO
MULTIPLICAÇÃO
Observe a operação: 30 : 6 = 5
Observe: 4 X 3 =12
Também podemos representar a divisão das se-
A operação efetuada chama-se multiplicação e é
guintes maneiras:
indicada escrevendo-se um ponto ou o sinal x entre os
30
números. 6 ou =5
6
Os números 3 e 4 são chamados fatores. O número 0 5
12, resultado da operação, é chamado produto.
3 X 4 = 12 O dividendo (D) é o número de elementos do con-
junto que dividimos o divisor (d) é o número de ele-
3 fatores mentos do subconjunto pelo qual dividimos o dividendo
X 4 e o quociente (c) é o número de subconjuntos obtidos
12 produto com a divisão.

Por convenção, dizemos que a multiplicação de Essa divisão é exata e é considerada a operação
qualquer número por 1 é igual ao próprio número. inversa da multiplicação.

Raciocínio Lógico 88
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SE 30 : 6 = 5, ENTÃO 5 x 6 = 30 x = 23
Prova: 23 + 35 – 18 = 40
observe agora esta outra divisão:
Adicionando 1 ao dobro de certo número obtemos
32 6 7. Qual é esse numero?
2 5 2 . x +1 = 7
32 = dividendo 2x = 7 – 1
6 = divisor 2x = 6
5 = quociente x =6:2
2 = resto x =3
O número procurado é 3.
Essa divisão não é exata e é chamada divisão a- Prova: 2. 3 +1 = 7
proximada.
Subtraindo 12 do triplo de certo número obtemos
ATENÇÃO: 18. Determinar esse número.
Na divisão de números naturais, o quociente é 3 . x -12 = 18
sempre menor ou igual ao dividendo. 3 x = 18 + 12
O resto é sempre menor que o divisor. 3 x = 30
O resto não pode ser igual ou maior que o divisor. x = 30 : 3
O resto é sempre da mesma espécie do dividendo. x = 10
Exemplo: dividindo-se laranjas por certo núme-
ro, o resto será laranjas. Dividindo 1736 por um número natural, encontra-
É impossível dividir um número por 0 (zero), porque mos 56. Qual o valor deste numero natural?
não existe um número que multiplicado por 0 dê 1736 : x = 56
o quociente da divisão. 1736 = 56 . x
56 . x = 1736
PROBLEMAS x. 56 = 1736
x = 1736 : 56
Determine um número natural que, multiplicado por x = 31
17, resulte 238.
X . 17 = 238 O dobro de um número é igual a 30. Qual é o núme-
X = 238 : 17 ro?
X = 14 2 . x = 30
Prova: 14 . 17 = 238 2x = 30
x = 30 : 2
Determine um número natural que, dividido por 62, x = 15
resulte 49.
x : 62 = 49 O dobro de um número mais 4 é igual a 20. Qual é
x = 49 . 62 o número ?
x = 3038 2 . x + 4 = 20
2 x = 20 – 4
Determine um número natural que, adicionado a 15, 2 x = 16
dê como resultado 32 x = 16 : 2
x + 15 = 32 x=8
x = 32 – 15
x =17 Paulo e José têm juntos 12 lápis. Paulo tem o dobro
dos lápis de José. Quantos lápis tem cada
Quanto devemos adicionar a 112, a fim de obter- menino?
mos 186? José: x
x + 112 = 186 Paulo: 2x
x = 186 – 112 Paulo e José: x + x + x = 12
x = 74 3x = 12
x = 12 : 3
Quanto devemos subtrair de 134 para obtermos 81? x=4
134 – x = 81 José: 4 - Paulo: 8
– x = 81 – 134
– x = – 53 (multiplicando por –1) A soma de dois números é 28. Um é o triplo do ou-
x = 53 tro. Quais são esses números?
Prova: 134 – 53 = 81 um número: x
o outro número: 3x
Ricardo pensou em um número natural, adicionou- x + x + x + x = 28 (os dois números)
lhe 35, subtraiu 18 e obteve 40 no resultado. 4 x = 28
Qual o número pensado? x = 28 : 4
x + 35 – 18 = 40 x = 7 (um número)
x= 40 – 35 + 18

Raciocínio Lógico 89
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!
3
3x = 3 . 7 = 21 (o outro número). Exemplos: 1 = 1 . 1 . 1 = 1
Resposta: 7 e 21 15 = 1 . 1 . 1 . 1 . 1 = 1
Por convenção, tem-se que:
Pedro e Marcelo possuem juntos 30 bolinhas. Mar- 0
a potência de expoente zero é igual a 1 (a = 1, a
celo tem 6 bolinhas a mais que Pedro. Quan- ≠ 0)
tas bolinhas tem cada um? 30 = 1 ; 50 = 1 ; 120 = 1
Pedro: x a potência de expoente um é igual à base (a = a)
1

Marcelo: x + 6 1
2 =2; 1
7 =7; 1
100 =100
x + x + 6 = 30 ( Marcelo e Pedro)
2 x + 6 = 30
PROPRIEDADES DAS POTÊNCIAS
2 x = 30 – 6
2 x = 24
x = 24 : 2 para multiplicar potências de mesma base, conser-
x = 12 (Pedro) va-se a base e adicionam-se os expoentes.
Marcelo: x + 6 =12 + 6 =18 am . an = a m + n
2 8 2+8
Exemplos: 3 . 3 = 3 = 310
6 1+6 7
EXPRESSÕES NUMÉRICAS ENVOLVENDO AS 5.5 = 5 =5
QUATRO OPERAÇÕES para dividir potências de mesma base, conserva-se
a base e subtraem-se os expoentes.
Sinais de associação: am : an = am - n
O valor das expressões numéricas envolvendo as Exemplos:
quatro operações é obtido do seguinte modo: 37 : 33 = 3 7 – 3 = 34
efetuamos as multiplicações e as divisões, na or- 510 : 58 = 5 10 – 8 = 52
dem em que aparecem; para elevar uma potência a um outro expoente,
efetuamos as adições e as subtrações, na ordem conserva-se base e multiplicam-se os expoen-
em que aparecem; tes.
2 4 2.4
Exemplo: (3 ) = 3 = 38
Exemplo 1) 3 .15 + 36 : 9 =
para elevar um produto a um expoente, eleva-se
= 45 + 4
cada fator a esse expoente.
= 49
Exemplo 2) 18 : 3 . 2 + 8 – 6 . 5 : 10 = (a. b)m = am . bm
= 6 . 2 + 8 – 30 : 10 = 3 3 3
= 12 + 8 – 3 = Exemplos: (4 . 7) = 4 . 7 ; (3. 5)2 = 32 . 52
= 20 – 3
= 17 RADICIAÇÃO

Suponha que desejemos determinar um número


POTENCIAÇÃO
que, elevado ao quadrado, seja igual a 9. Sendo x
2
esse número, escrevemos: X = 9
Considere a multiplicação: 2 . 2 . 2 em que os
três fatores são todos iguais a 2. De acordo com a potenciação, temos que x = 3, ou
2
seja: 3 = 9
Esse produto pode ser escrito ou indicado na forma
3
2 (lê-se: dois elevado à terceira potência), em que o 2 A operação que se realiza para determinar esse
é o fator que se repete e o 3 corresponde à quantidade número 3 é chamada radiciação, que é a operação
desses fatores. inversa da potenciação.
3
Assim, escrevemos: 2 = 2 . 2 . 2 = 8 (3 fatores) Indica-se por:
A operação realizada chama-se potenciação.
2
9 =3 (lê-se: raiz quadrada de 9 é igual a 3)
O número que se repete chama-se base.
O número que indica a quantidade de fatores iguais Daí , escrevemos:
a base chama-se expoente. 2
9 = 3 ⇔ 32 = 9
O resultado da operação chama-se potência.
3
2 = 8
Na expressão acima, temos que:
3 expoente
- o símbolo chama-se sinal da raiz
- o número 2 chama-se índice
base potência
- o número 9 chama-se radicando
- o número 3 chama-se raiz,
Observações:
2
os expoentes 2 e 3 recebem os nomes especiais de - o símbolo 9 chama-se radical
quadrado e cubo, respectivamente.
2
As potências de base 0 são iguais a zero. 0 = 0 . As raízes recebem denominações de acordo com o
0=0 índice. Por exemplo:
As potências de base um são iguais a um. 2
36 raiz quadrada de 36

Raciocínio Lógico 90
ApostilasBrasil.com Seu Futuro é o Nosso Presente!

3
125 raiz cúbica de 125 Calcule o número.(5)
4
81 raiz quarta de 81 Subtraindo 12 do quádruplo de um número obtemos
5 60. Qual é esse número (Resp: 18)
32 raiz quinta de 32 e assim por diante
Num joguinho de "pega-varetas", André e Renato fi-
No caso da raiz quadrada, convencionou-se não zeram 235 pontos no total. Renato fez 51 pon-
escrever o índice 2. tos a mais que André. Quantos pontos fez cada
Exemplo : 2 49 = 49 = 7, pois 72 = 49 um? ( André-92 e Renato-143)

Subtraindo 15 do triplo de um número obtemos 39.


EXERCÍCIOS
Qual é o número? (18)
Calcule: Distribuo 50 balas, em iguais quantidades, a 3 ami-
a) 10 – 10 : 5 = b) 45 : 9 + 6 = gos. No final sobraram 2. Quantas balas coube
c) 20 + 40 : 10 = d) 9. 7 – 3 = a cada um? (16)
e) 30 : 5 + 5 = f) 6 . 15 – 56 : 4 =
g) 63 : 9 . 2 – 2 = h) 56 – 34 : 17 . 19 = A diferença entre dois números naturais é zero e a
i) 3 . 15 : 9 + 54 :18 = j) 24 –12 : 4+1. 0 = sua soma é 30. Quais são esses números? (15)
Respostas: Um aluno ganha 5 pontos por exercício que acerta
a) 8 b) 11 e perde 3 pontos por exercício que erra. Ao final
c) 24 d) 60 de 50 exercícios tinha 130 pontos. Quantos e-
e) 11 f) 76 xercícios acertou? (35)
g) 12 h) 18
i) 8 j) 21 Um edifício tem 15 andares; cada andar, 30 salas;
cada sala, 3 mesas; cada mesa, 2 gavetas; ca-
Calcule o valor das expressões: da gaveta, 1 chave. Quantas chaves diferentes
3 2
2 +3 = serão necessárias para abrir todas as gavetas?
2 2
3.5 –7 = (2700).
3 3
2 . 3 – 4. 2 =
3 2 2
5 –3 .6 +2 –1= Se eu tivesse 3 dúzias de balas a mais do que te-
2 4 2
(2 + 3) + 2 . 3 – 15 : 5 = nho, daria 5 e ficaria com 100. Quantas balas
2 4 2
1 + 7 – 3 . 2 + (12 : 4) = tenho realmente? (69)
Respostas: A soma de dois números é 428 e a diferença entre
a) 17 b) 26 eles é 34. Qual é o número maior? (231)
c) 22 d) 20
e) 142 f) 11 Pensei num número e juntei a ele 5, obtendo 31.
Qual é o número? (26)
Uma indústria de automóveis produz, por dia, 1270
unidades. Se cada veículo comporta 5 pneus, Qual o número que multiplicado por 7 resulta 56?
quantos pneus serão utilizados ao final de 30 (8)
dias? (Resposta: 190.500)
O dobro das balas que possuo mais 10 é 36. Quan-
Numa divisão, o divisor é 9,o quociente é 12 e o tas balas possuo? (13).
resto é 5. Qual é o dividendo? (113)
Raul e Luís pescaram 18 peixinhos. Raul pescou
Numa divisão, o dividendo é 227, o divisor é 15 e o o dobro de Luís. Quanto pescou cada um?
resto é 2. Qual é o quociente? (15) (Raul-12 e Luís-6)
Numa divisão, o dividendo é 320, o quociente é 45
PROBLEMAS
e o resto é 5. Qual é o divisor? (7)

Num divisão, o dividendo é 625, o divisor é 25 e o Vamos calcular o valor de x nos mais diversos ca-
quociente é 25. Qual ê o resto? (0) sos:

Numa chácara havia galinhas e cabras em igual 1) x + 4 = 10


quantidade. Sabendo-se que o total de pés Obtêm-se o valor de x, aplicando a operação inver-
desses animais era 90, qual o número de gali- sa da adição:
nhas? x = 10 – 4
Resposta: 15 ( 2 pés + 4 pés = 6 pés ; 90 : 6 = x=6
15).
2) 5x = 20
O dobro de um número adicionado a 3 é igual a 13. Aplicando a operação inversa da multiplicação, te-

Raciocínio Lógico 91
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mos: x + 3x + 3x = 21
x = 20 : 5 7x = 21
x=4 x = 21 : 7
x =3
3) x – 5 = 10 Resposta: 3 cadernos
Obtêm-se o valor de x, aplicando a operação inver-
sa da subtração: PROBLEMA 4
x = 10 + 5 Repartir R$ 2.100,00 entre três irmãos de modo que
x =15 o 2º receba o dobro do que recebe o 1º , e o 3º o
dobro do que recebe o 2º. Quanto receberá cada
4) x : 2 = 4 um?
Aplicando a operação inversa da divisão, temos: Solução:
x=4.2 x + 2x + 4x = 2100
x=8 7x = 2100
x = 2100 : 7
COMO ACHAR O VALOR DESCONHECIDO EM UM x = 300
PROBLEMA 300 . 2 = 600
300 . 4 =1200
Usando a letra x para representar um número, po- Resposta: R$ 300,00; R$ 600,00; R$ 1200,00
demos expressar, em linguagem matemática, fatos e
sentenças da linguagem corrente referentes a esse PROBLEMA 5
número, observe: A soma das idades de duas pessoas é 40 anos. A
- duas vezes o número 2.x idade de uma é o triplo da idade da outra. Qual a
idade de cada uma?
- o número mais 2 x+2 Solução:
3x + x = 40
x
- a metade do número 4x = 40
2 x = 40 : 4
- a soma do dobro com a metade do número x = 10
x 3 . 10 = 30
2⋅ x + Resposta: 10 e 30 anos.
2
x PROBLEMA 6
- a quarta parte do número
4 A soma das nossas idades é 45 anos. Eu sou 5 a-
nos mais velho que você. Quantos anos eu tenho?
PROBLEMA 1 x + x + 5 = 45
Vera e Paula têm juntas R$ 1.080,00. Vera tem o x + x= 45 – 5
triplo do que tem Paula. Quanto tem cada uma? 2x = 40
Solução: x = 20
x + 3x = 1080 20 + 5 = 25
4x= 1080 Resposta: 25 anos
x =1080 : 4
x= 270 PROBLEMA 7
3 . 270 = 810 Sua bola custou R$ 10,00 menos que a minha.
Resposta: Vera – R$ 810,00 e Paula – R$ 270,00 Quanto pagamos por elas, se ambas custaram R$
150,00?
PROBLEMA 2 Solução:
Paulo foi comprar um computador e uma bicicleta. x + x – 10= 150
Pagou por tudo R$ 5.600,00. Quanto custou cada 2x = 150 + 10
um, sabendo-se que a computador é seis vezes 2x = 160
mais caro que a bicicleta? x = 160 : 2
Solução: x = 80
x + 6x = 5600 80 – 10 = 70
7x = 5600 Resposta: R$ 70,00 e R$ 80,00
x = 5600 : 7
x = 800 PROBLEMA 8
6 . 800= 4800 José tem o dobro do que tem Sérgio, e Paulo tanto
R: computador – R$ 4.800,00 e bicicleta R$ 800,00 quanto os dois anteriores juntos. Quanto tem cada
um, se os três juntos possuem R$ 624,00?
PROBLEMA 3 Solução: x + 2x + x + 2x = 624
Repartir 21 cadernos entre José e suas duas irmãs, 6x = 624
de modo que cada menina receba o triplo do que x = 624 : 6
recebe José. Quantos cadernos receberá José? x = 104
Solução: Resposta:S-R$ 104,00; J-R$ 208,00; P- R$ 312,00

Raciocínio Lógico 92
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PROBLEMA 9
Se eu tivesse 4 rosas a mais do que tenho, poderia ADIÇÃO DE DOIS NÚMEROS INTEIROS
dar a você 7 rosas e ainda ficaria com 2. Quantas 1) A soma de zero com um número inteiro é o pró-
rosas tenho? prio número inteiro: 0 + (-2) = -2
Solução: x+4–7 = 2 2) A soma de dois números inteiros positivos é um
x+4 =7+2 número inteiro positivo igual à soma dos módu-
x+4 =9 los dos números dados: (+700) + (+200) = +900
x =9–4 3) A soma de dois números inteiros negativos é um
x =5 número inteiro negativo igual à soma dos módu-
Resposta: 5 los dos números dados: (-2) + (-4) = -6
4) A soma de dois números inteiros de sinais con-
CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS (Z) trários é igual à diferença dos módulos, e o sinal
é o da parcela de maior módulo: (-800) + (+300)
Conhecemos o conjunto N dos números naturais: N = -500
= {0, 1, 2, 3, 4, 5, .....,}
ADIÇÃO DE TRÊS OU MAIS NÚMEROS INTEIROS
Assim, os números precedidos do sinal + cha- A soma de três ou mais números inteiros é efetuada
mam-se positivos, e os precedidos de - são negati- adicionando-se todos os números positivos e todos os
vos. negativos e, em seguida, efetuando-se a soma do nú-
mero negativo.
Exemplos:
Números inteiros positivos: {+1, +2, +3, +4, ....} Exemplos: 1) (+6) + (+3) + (-6) + (-5) + (+8) =
Números inteiros negativos: {-1, -2, -3, -4, ....} (+17) + (-11) = +6

O conjunto dos números inteiros relativos é formado 2) (+3) + (-4) + (+2) + (-8) =
pelos números inteiros positivos, pelo zero e pelos (+5) + (-12) = -7
números inteiros negativos. Também o chamamos de
CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS e o represen- PROPRIEDADES DA ADIÇÃO
tamos pela letra Z, isto é: Z = {..., -3, -2, -1, 0, +1, A adição de números inteiros possui as seguintes
+2, +3, ... } propriedades:

O zero não é um número positivo nem negativo. 1ª) FECHAMENTO


Todo número positivo é escrito sem o seu sinal positi- A soma de dois números inteiros é sempre um nú-
vo. mero inteiro: (-3) + (+6) = + 3 ∈ Z

Exemplo: + 3 = 3 ; +10 = 10 2ª) ASSOCIATIVA


Então, podemos escrever: Z = {..., -3, -2, -1, 0 , Se a, b, c são números inteiros quaisquer, então: a
1, 2, 3, ...} + (b + c) = (a + b) + c

N é um subconjunto de Z. Exemplo:(+3) +[(-4) + (+2)] = [(+3) + (-4)] + (+2)


(+3) + (-2) = (-1) + (+2)
REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA +1 = +1
Cada número inteiro pode ser representado por um
ponto sobre uma reta. Por exemplo: 3ª) ELEMENTO NEUTRO
Se a é um número inteiro qualquer, temos: a+ 0 = a
e0+a=a
... -3 -2 -1 0 +1 +2 +3 +4 ...
... C’ B’ A’ 0 A B C D ... Isto significa que o zero é elemento neutro para a
adição.
Ao ponto zero, chamamos origem, corresponde o
número zero. Exemplo: (+2) + 0 = +2 e 0 + (+2) = +2

Nas representações geométricas, temos à direita do 4ª) OPOSTO OU SIMÉTRICO


zero os números inteiros positivos, e à esquerda do Se a é um número inteiro qualquer, existe um único
zero, os números inteiros negativos. número oposto ou simétrico representado por (-a),
tal que: (+a) + (-a) = 0 = (-a) + (+a)
Observando a figura anterior, vemos que cada pon-
to é a representação geométrica de um número inteiro. Exemplos: (+5) + ( -5) = 0 ( -5) + (+5) = 0

Exemplos: 5ª) COMUTATIVA


ponto C é a representação geométrica do número Se a e b são números inteiros, então:
+3 a+b=b+a
ponto B' é a representação geométrica do número -
2 Exemplo: (+4) + (-6) = (-6) + (+4)
-2 = -2

Raciocínio Lógico 93
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SUBTRAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS 3º CASO: OS DOIS FATORES SÃO NÚMEROS IN-


Em certo local, a temperatura passou de -3ºC para TEIROS NEGATIVOS
5ºC, sofrendo, portanto, um aumento de 8ºC, aumento Exemplo: (-3) . (-6) = -(+3) . (-6) = -(-18) = +18
esse que pode ser representado por: (+5) - (-3) = (+5) isto é: (-3) . (-6) = +18
+ (+3) = +8
Conclusão: na multiplicação de números inteiros,
Portanto: temos: ( - ) . ( - ) = +
A diferença entre dois números dados numa certa Exemplos: (-4) . (-2) = +8 (-5) . (-4) = +20
ordem é a soma do primeiro com o oposto do segundo.
As regras dos sinais anteriormente vistas podem
Exemplos: 1) (+6) - (+2) = (+6) + (-2 ) = +4 ser resumidas na seguinte:
2) (-8 ) - (-1 ) = (-8 ) + (+1) = -7 (+).(+)=+ (+).(-)=-
3) (-5 ) - (+2) = (-5 ) + (-2 ) = -7 (- ).( -)=+ (-).(+)=-

Na prática, efetuamos diretamente a subtração, eli- Quando um dos fatores é o 0 (zero), o produto é i-
minando os parênteses gual a 0: (+5) . 0 = 0
- (+4 ) = -4
- ( -4 ) = +4 PRODUTO DE TRÊS OU MAIS NÚMEROS IN-
TEIROS
Observação: Exemplos: 1) (+5 ) . ( -4 ) . (-2 ) . (+3 ) =
Permitindo a eliminação dos parênteses, os sinais (-20) . (-2 ) . (+3 ) =
podem ser resumidos do seguinte modo: (+40) . (+3 ) = +120
(+)=+ +(-)=- 2) (-2 ) . ( -1 ) . (+3 ) . (-2 ) =
- (+)=- - (- )=+ (+2 ) . (+3 ) . (-2 ) =
(+6 ) . (-2 ) = -12
Exemplos: - ( -2) = +2 +(-6 ) = -6
- (+3) = -3 +(+1) = +1 Podemos concluir que:
Quando o número de fatores negativos é par, o
PROPRIEDADE DA SUBTRAÇÃO produto sempre é positivo.
A subtração possui uma propriedade. Quando o número de fatores negativos é ímpar, o
produto sempre é negativo.
FECHAMENTO: A diferença de dois números intei-
ros é sempre um número inteiro. PROPRIEDADES DA MULTIPLICAÇÃO
No conjunto Z dos números inteiros são válidas as
MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS seguintes propriedades:
1º CASO: OS DOIS FATORES SÃO NÚMEROS
INTEIROS POSITIVOS 1ª) FECHAMENTO
Exemplo: (+4 ) . (-2 ) = - 8 ∈ Z
Lembremos que: 3 . 2 = 2 + 2 + 2 = 6 Então o produto de dois números inteiros é inteiro.
Exemplo:
(+3) . (+2) = 3 . (+2) = (+2) + (+2) + (+2) = +6 2ª) ASSOCIATIVA
Logo: (+3) . (+2) = +6 Exemplo: (+2 ) . (-3 ) . (+4 )
Este cálculo pode ser feito diretamente, mas tam-
Observando essa igualdade, concluímos: na multi- bém podemos fazê-lo, agrupando os fatores de duas
plicação de números inteiros, temos: maneiras:
(+) . (+) =+ (+2 ) . [(-3 ) . (+4 )] = [(+2 ) . ( -3 )]. (+4 )
(+2 ) . (-12) = (-6 ) . (+4 )
2º CASO: UM FATOR É POSITIVO E O OUTRO É -24 = -24
NEGATIVO
Exemplos: De modo geral, temos o seguinte:
1) (+3) . (-4) = 3 . (-4) = (-4) + (-4) + (-4) = -12 Se a, b, c representam números inteiros quaisquer,
ou seja: (+3) . (-4) = -12 então: a . (b . c) = (a . b) . c

2) Lembremos que: -(+2) = -2 3ª) ELEMENTO NEUTRO


(-3) . (+5) = - (+3) . (+5) = -(+15) = - 15 Observe que:
ou seja: (-3) . (+5) = -15 (+4 ) . (+1 ) = +4 e (+1 ) . (+4 ) = +4

Conclusão: na multiplicação de números inteiros, Qualquer que seja o número inteiro a, temos:
temos: ( + ) . ( - ) = - (-).(+)=- a . (+1 ) = a e (+1 ) . a = a
Exemplos :
(+5) . (-10) = -50 O número inteiro +1 chama-se neutro para a multi-
(+1) . (-8) = -8 plicação.
(-2 ) . (+6 ) = -12
(-7) . (+1) = -7 4ª) COMUTATIVA

Raciocínio Lógico 94
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Observemos que: (+2). (-4 ) = - 8


e (-4 ) . (+2 ) = - 8 POTENCIAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS
Portanto: (+2 ) . (-4 ) = (-4 ) . (+2 )
CONCEITO
Se a e b são números inteiros quaisquer, então: a . A notação
3
b = b . a, isto é, a ordem dos fatores não altera o pro- (+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 )
duto.

5ª) DISTRIBUTIVA EM RELAÇÃO À ADIÇÃO E é um produto de três fatores iguais


À SUBTRAÇÃO
Observe os exemplos: Analogamente:
4
(+3 ) . [( -5 ) + (+2 )] = (+3 ) . ( -5 ) + (+3 ) . (+2 ) ( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 )
(+4 ) . [( -2 ) - (+8 )] = (+4 ) . ( -2 ) - (+4 ) . (+8 )

Conclusão: é um produto de quatro fatores iguais


Se a, b, c representam números inteiros quaisquer,
temos: Portanto potência é um produto de fatores iguais.
a) a . [b + c] = a . b + a . c
2
A igualdade acima é conhecida como proprieda- Na potência (+5 ) = +25, temos:
de distributiva da multiplicação em relação à adi- +5 ---------- base
ção. 2 ---------- expoente
b) a . [b – c] = a . b - a . c +25 ---------- potência
A igualdade acima é conhecida como proprieda-
de distributiva da multiplicação em relação à Observacões :
1 1
subtração. (+2 ) significa +2, isto é, (+2 ) = +2
1 1
( -3 ) significa -3, isto é, ( -3 ) = -3
DIVISÃO DE NÚMEROS INTEIROS
CÁLCULOS
CONCEITO
Dividir (+16) por 2 é achar um número que, multipli- O EXPOENTE É PAR
cado por 2, dê 16. Calcular as potências
16 : 2 = ? ⇔ 2 . ( ? ) = 16 4
(+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +16 isto é,
4
(+2) = +16
4
O número procurado é 8. Analogamente, temos: ( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = +16 isto é,
4
1) (+12) : (+3 ) = +4 porque (+4 ) . (+3 ) = +12 (-2 ) = +16
2) (+12) : ( -3 ) = - 4 porque (- 4 ) . ( -3 ) = +12
4 4
3) ( -12) : (+3 ) = - 4 porque (- 4 ) . (+3 ) = -12 Observamos que: (+2) = +16 e (-2) = +16
4) ( -12) : ( -3 ) = +4 porque (+4 ) . ( -3 ) = -12
Então, de modo geral, temos a regra:
A divisão de números inteiros só pode ser realizada
quando o quociente é um número inteiro, ou seja, Quando o expoente é par, a potência é sempre um
quando o dividendo é múltiplo do divisor. número positivo.
6 2
Portanto, o quociente deve ser um número inteiro. Outros exemplos: (-1) = +1 (+3) = +9

Exemplos: O EXPOENTE É ÍMPAR


( -8 ) : (+2 ) = -4 Calcular as potências:
3
( -4 ) : (+3 ) = não é um número inteiro (+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +8
3
isto é, (+2) = + 8
3
Lembramos que a regra dos sinais para a divisão é ( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = -8
3
a mesma que vimos para a multiplicação: ou seja, (-2) = -8
(+):(+)=+ (+):( -)=-
3 3
(- ):( -)=+ ( -):(+)=- Observamos que: (+2 ) = +8 e ( -2 ) = -8

Exemplos: Daí, a regra:


( +8 ) : ( -2 ) = -4 (-10) : ( -5 ) = +2 Quando o expoente é ímpar, a potência tem o
(+1 ) : ( -1 ) = -1 (-12) : (+3 ) = -4 mesmo sinal da base.
3 4
PROPRIEDADE Outros exemplos: (- 3) = - 27 (+2) = +16
Como vimos: (+4 ) : (+3 ) ∉ Z
PROPRIEDADES
Portanto, não vale em Z a propriedade do fecha-
mento para a divisão. Alem disso, também não são PRODUTO DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE
3 2 3 2 5
válidas as proposições associativa, comutativa e do Exemplos: (+2 ) . (+2 ) = (+2 ) +2 = (+2 )
elemento neutro.
Raciocínio Lógico 95
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( -2 )2 . ( -2 )3 . ( -2 )5 = ( -2 ) 2 + 3 + 5 = ( -2 )10 3 3
Observamos que: (+2 ) = +8 e ( -2 ) = -8
Para multiplicar potências de mesma base, mante-
mos a base e somamos os expoentes. Daí, a regra:
Quando o expoente é ímpar, a potência tem o
QUOCIENTE DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE mesmo sinal da base.
(+2 ) 5 : (+2 )2 = (+2 )5-2 = (+2 )3 3 4
( -2 )7 : ( -2 )3 = ( -2 )7-3 = ( -2 )4 Outros exemplos: (- 3) = - 27 (+2) = +16
Para dividir potências de mesma base em que o PROPRIEDADES
expoente do dividendo é maior que o expoente do divi- PRODUTO DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE
3 2 3 2 5
sor, mantemos a base e subtraímos os expoentes. Exemplos: (+2 ) . (+2 ) = (+2 ) +2 = (+2 )
2 3 5 2+3+5 10
( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = ( -2 ) = ( -2 )
POTÊNCIA DE POTÊNCIA
Para multiplicar potências de mesma base, mante-
[( -4 )3]5 = ( -4 )3 . 5 = ( -4 )15
mos a base e somamos os expoentes.
Para calcular uma potência de potência, conserva-
mos a base da primeira potência e multiplicamos os
QUOCIENTE DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE
expoentes . 5 2 5-2 3
(+2 ) : (+2 ) = (+2 ) = (+2 )
7 3 7-3 4
( -2 ) : ( -2 ) = ( -2 ) = ( -2 )
POTÊNCIA DE UM PRODUTO
4 4 4 4 Para dividir potências de mesma base em que o
[( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )] = ( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )
expoente do dividendo é maior que o expoente do divi-
sor, mantemos a base e subtraímos os expoentes.
Para calcular a potência de um produto, sendo n o
expoente, elevamos cada fator ao expoente n.
POTÊNCIA DE POTÊNCIA
3 5 3.5 15
[( -4 ) ] = ( -4 ) = ( -4 )
POTÊNCIA DE EXPOENTE ZERO
Para calcular uma potência de potência, conserva-
(+2 )5 : (+2 )5 = (+2 )5-5 = (+2 )0 mos a base da primeira potência e multiplicamos os
5 5
e (+2 ) : (+2 ) = 1 expoentes .
0 0
Consequentemente: (+2 ) = 1 ( -4 ) = 1 POTÊNCIA DE UM PRODUTO
4 4 4 4
[( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )] = ( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )
Qualquer potência de expoente zero é igual a 1. Para calcular a potência de um produto, sendo n o
expoente, elevamos cada fator ao expoente n.
Observação:
2 2 2
Não confundir -3 com ( -3 ) , porque -3 significa POTÊNCIA DE EXPOENTE ZERO
2
-( 3 ) e portanto 5 5 5-5
(+2 ) : (+2 ) = (+2 ) = (+2 )
0

-32 = -( 3 )2 = -9 e
5 5
(+2 ) : (+2 ) = 1
2 0 0
enquanto que: ( -3 ) = ( -3 ) . ( -3 ) = +9 Consequentemente: (+2 ) = 1 ( -4 ) = 1
Logo: -3
2
≠ ( -3 )2 Qualquer potência de expoente zero é igual a 1.
2 2
CÁLCULOS Observação: Não confundir-3 com (-3) , porque -
2 2 2 2
3 significa -( 3 ) e portanto: -3 = -( 3 ) = -9
2
O EXPOENTE É PAR enquanto que: ( -3 ) = ( -3 ) . ( -3 ) = +9
Calcular as potências Logo: -3
2
≠ ( -3 )2
4 4
(+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +16 isto é, (+2)
= +16 NÚMEROS PARES E ÍMPARES
4 4
( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = +16 isto é, (-2 )
= +16 Os pitagóricos estudavam à natureza dos números, e
baseado nesta natureza criaram sua filosofia e modo de
4
Observamos que: (+2) = +16 e (-2) = +16
4 vida. Vamos definir números pares e ímpares de acordo
com a concepção pitagórica:
Então, de modo geral, temos a regra: par é o número que pode ser dividido em duas partes
Quando o expoente é par, a potência é sempre um iguais, sem que uma unidade fique no meio, e ím-
número positivo. par é aquele que não pode ser dividido em duas
partes iguais, porque sempre há uma unidade no
Outros exemplos: (-1) = +1
6 2
(+3) = +9 meio

O EXPOENTE É ÍMPAR Uma outra caracterização, nos mostra a preocupação


com à natureza dos números:
Exemplos: número par é aquele que tanto pode ser dividido em
Calcular as potências: duas partes iguais como em partes desiguais, mas
3 de forma tal que em nenhuma destas divisões haja
1) (+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +8
3 uma mistura da natureza par com a natureza ím-
isto é, (+2) = + 8
3 par, nem da ímpar com a par. Isto tem uma única
2) ( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = -8
3 exceção, que é o princípio do par, o número 2, que
ou seja, (-2) = -8
Raciocínio Lógico 96
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não admite a divisão em partes desiguais, porque


ele é formado por duas unidades e, se isto pode Para escrever um número na forma fatorada, deve-
ser dito, do primeiro número par, 2. mos decompor esse número em fatores primos, proce-
dendo do seguinte modo:
Para exemplificar o texto acima, considere o número
10, que é par, pode ser dividido como a soma de 5 e 5, Dividimos o número considerado pelo menor número
mas também como a soma de 7 e 3 (que são ambos primo possível de modo que a divisão seja exata.
ímpares) ou como a soma de 6 e 4 (ambos são pares); Dividimos o quociente obtido pelo menor número pri-
mas nunca como a soma de um número par e outro ím- mo possível.
par. Já o número 11, que é ímpar pode ser escrito como
soma de 8 e 3, um par e um ímpar. Atualmente, defini- Dividimos, sucessivamente, cada novo quociente pelo
mos números pares como sendo o número que ao ser menor número primo possível, até que se obtenha o quo-
dividido por dois têm resto zero e números ímpares aque- ciente 1.
les que ao serem divididos por dois têm resto diferente de
zero. Por exemplo, 12 dividido por 2 têm resto zero, por- Exemplo:
tanto 12 é par. Já o número 13 ao ser dividido por 2 deixa 60 2
resto 1, portanto 13 é ímpar.
0 30 2
MÚLTIPLOS E DIVISORES
0 15 3
DIVISIBILIDADE 5 0 5
Um número é divisível por 2 quando termina em 0, 2, 4,
6 ou 8. Ex.: O número 74 é divisível por 2, pois termina em 1
4. Portanto: 60 = 2 . 2 . 3 . 5

Um número é divisível por 3 quando a soma dos valo- Na prática, costuma-se traçar uma barra vertical à di-
res absolutos dos seus algarismos é um número divisível reita do número e, à direita dessa barra, escrever os divi-
por 3. Ex.: 123 é divisível por 3, pois 1+2+3 = 6 e 6 é sores primos; abaixo do número escrevem-se os quocien-
divisível por 3 tes obtidos. A decomposição em fatores primos estará
terminada quando o último quociente for igual a 1.
Um número é divisível por 5 quando o algarismo das
unidades é 0 ou 5 (ou quando termina em o ou 5). Ex.: O Exemplo:
número 320 é divisível por 5, pois termina em 0. 60 2
30 2
Um número é divisível por 10 quando o algarismo das 15 3
unidades é 0 (ou quando termina em 0). Ex.: O número 5 5
500 é divisível por 10, pois termina em 0. 1
Logo: 60 = 2 . 2 . 3 . 5
NÚMEROS PRIMOS
DIVISORES DE UM NÚMERO
Um número natural é primo quando é divisível apenas
por dois números distintos: ele próprio e o 1. Consideremos o número 12 e vamos determinar todos
os seus divisores Uma maneira de obter esse resultado é
Exemplos: escrever os números naturais de 1 a 12 e verificar se
• O número 2 é primo, pois é divisível apenas por dois cada um é ou não divisor de 12, assinalando os divisores.
números diferentes: ele próprio e o 1. 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 11 - 12
• O número 5 é primo, pois é divisível apenas por dois = = = = = ==
números distintos: ele próprio e o 1. Indicando por D(12) (lê-se: "D de 12”) o conjunto dos
• O número natural que é divisível por mais de dois divisores do número 12, temos:
números diferentes é chamado composto. D (12) = { 1, 2, 3, 4, 6, 12}
• O número 4 é composto, pois é divisível por 1, 2, 4.
• O número 1 não é primo nem composto, pois é divi- Na prática, a maneira mais usada é a seguinte:
sível apenas por um número (ele mesmo). 1º) Decompomos em fatores primos o número consi-
• O número 2 é o único número par primo. derado.
12 2
6 2
DECOMPOSIÇÃO EM FATORES PRIMOS (FATORA-
3 3
ÇÃO)
1
Um número composto pode ser escrito sob a forma de
um produto de fatores primos. 2º) Colocamos um traço vertical ao lado os fatores
primos e, à sua direita e acima, escrevemos o nu-
Por exemplo, o número 60 pode ser escrito na forma: mero 1 que é divisor de todos os números.
2
60 = 2 . 2 . 3 . 5 = 2 . 3 . 5 que é chamada de forma fato- 1
rada. 12 2
6 2

Raciocínio Lógico 97
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3 3 nado, será o M.D.C. dos números considerados.


1
Exemplo:
3º) Multiplicamos o fator primo 2 pelo divisor 1 e es- Calcular o M.D.C. (24, 32)
crevemos o produto obtido na linha correspondente.
x1 32 24 24 8
12 2 2
6 2 8 1 0 3
3 3
1 Resposta: M.D.C. (24, 32) = 8

4º) Multiplicamos, a seguir, cada fator primo pelos MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM
divisores já obtidos, escrevendo os produtos nas
linhas correspondentes, sem repeti-los. Recebe o nome de mínimo múltiplo comum de dois ou
x1 mais números o menor dos múltiplos (diferente de zero)
12 2 2 comuns a esses números.
6 2 4
3 3 O processo prático para o cálculo do M.M.C de dois
1 ou mais números, chamado de decomposição em fatores
primos, consiste das seguintes etapas:
x1 1º) Decompõem-se em fatores primos os números
12 2 2 apresentados.
6 2 4 2º) Determina-se o produto entre os fatores primos
3 3 3, 6, 12 comuns e não-comuns com seus maiores expo-
1 entes. Esse produto é o M.M.C procurado.

Os números obtidos à direita dos fatores primos são Exemplos: Calcular o M.M.C (12, 18)
os divisores do número considerado. Portanto:
D(12) = { 1, 2, 4, 3, 6, 12} Decompondo em fatores primos esses números, te-
mos:
Exemplos: 12 2 18 2
1) 6 2 9 3
1 3 3 3 3
18 2 2 1 1
9 3 3, 6 D(18) = {1, 2 , 3, 6, 9, 18}
2 2
3 3 9, 18 12 = 2 . 3 18 = 2 . 3
2 2
1 Resposta: M.M.C (12, 18) = 2 . 3 = 36

2) Observação: Esse processo prático costuma ser sim-


1 plificado fazendo-se uma decomposição simultânea dos
30 2 2 números. Para isso, escrevem-se os números, um ao
15 3 3, 6 lado do outro, separando-os por vírgula, e, à direita da
5 5 5, 10, 15, 30 barra vertical, colocada após o último número, escrevem-
1 se os fatores primos comuns e não-comuns. 0 calculo
estará terminado quando a última linha do dispositivo for
D(30) = { 1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30} composta somente pelo número 1. O M.M.C dos núme-
ros apresentados será o produto dos fatores.
MÁXIMO DIVISOR COMUM
Exemplo:
Recebe o nome de máximo divisor comum de dois ou Calcular o M.M.C (36, 48, 60)
mais números o maior dos divisores comuns a esses 36, 48, 60 2
números. 18, 24, 30 2
9, 12, 15 2
Um método prático para o cálculo do M.D.C. de dois 9, 6, 15 2
números é o chamado método das divisões sucessivas 9, 3, 15 3
(ou algoritmo de Euclides), que consiste das etapas se- 3, 1, 5 3
guintes: 1, 1 5 5
1ª) Divide-se o maior dos números pelo menor. Se a 1, 1, 1
divisão for exata, o M.D.C. entre esses números 4 2
é o menor deles. Resposta: M.M.C (36, 48, 60) = 2 . 3 . 5 = 720
2ª) Se a divisão não for exata, divide-se o divisor (o
menor dos dois números) pelo resto obtido na di- RAÍZ QUADRADA EXATA DE NÚMEROS INTEIROS
visão anterior, e, assim, sucessivamente, até se
obter resto zero. 0 ultimo divisor, assim determi- CONCEITO

Raciocínio Lógico 98
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Consideremos o seguinte problema:


Descobrir os números inteiros cujo quadrado é +25.
2 2
4ª) ( a)
m
n
= m an ( x)
3
5
= 3 x5
Solução: (+5 ) = +25 e ( -5 ) =+25
Resposta: +5 e -5 5ª) m n
a = m⋅n a 6
3 = 12 3

Os números +5 e -5 chamam-se raízes quadradas de EXPRESSÕES NUMÉRICAS COM NÚMEROS IN-


+25. TEIROS ENVOLVENDO AS QUATRO OPERAÇÕES
Para calcular o valor de uma expressão numérica com
Outros exemplos: números inteiros, procedemos por etapas.
Número Raízes quadradas
+9 + 3 e -3 1ª ETAPA:
+16 + 4 e -4 a) efetuamos o que está entre parênteses ( )
+1 + 1 e -1 b) eliminamos os parênteses
+64 + 8 e -8
+81 + 9 e -9 2ª ETAPA:
+49 + 7 e -7 a) efetuamos o que está entre colchetes [ ]
+36 +6 e -6 b) eliminamos os colchetes
O símbolo 25 significa a raiz quadrada de 25, isto 3º ETAPA:
é 25 = +5 a) efetuamos o que está entre chaves { }
b) eliminamos as chaves
Como 25 = +5 , então: − 25 = −5
Agora, consideremos este problema. Em cada etapa, as operações devem ser efetuadas
na seguinte ordem:
Qual ou quais os números inteiros cujo quadrado é - 1ª) Potenciação e radiciação na ordem em que apa-
25? recem.
2 2
Solução: (+5 ) = +25 e (-5 ) = +25 2ª) Multiplicação e divisão na ordem em que apare-
Resposta: não existe número inteiro cujo quadrado cem.
seja -25, isto é, − 25 não existe no conjunto Z dos 3ª) Adição e subtração na ordem em que aparecem.
números inteiros.
Exemplos:
1) 2 + 7 . (-3 + 4) =
Conclusão: os números inteiros positivos têm, como
2 + 7 . (+1) = 2 + 7 = 9
raiz quadrada, um número positivo, os números inteiros
negativos não têm raiz quadrada no conjunto Z dos nú- 3 2
2) (-1 ) + (-2 ) : (+2 ) =
meros inteiros.
-1+ (+4) : (+2 ) =
-1 + (+2 ) =
RADICIAÇÃO -1 + 2 = +1

A raiz n-ésima de um número b é um número a tal que 3) -(-4 +1) – [-(3 +1)] =
n
a = b. -(-3) - [-4 ] =
+3 + 4 = 7
n
b = a ⇒ an = b
2 3
4) –2( -3 –1) +3 . ( -1 – 3) + 4
32 = 2
5 2 3
-2 . ( -4 ) + 3 . ( - 4 ) + 4 =
-2 . (+16) + 3 . (- 64) + 4 =
5 índice -32 – 192 + 4 =
32 radicando
5
pois 2 = 32 -212 + 4 = - 208
raiz 5)
2
(-288) : (-12) - (-125) : ( -5 ) =
2

2 radical (-288) : (+144) - (-125) : (+25) =


(-2 ) - (- 5 ) = -2 + 5 = +3
Outros exemplos : 3
8 = 2 pois 2 3 = 8 6) (-10 - 8) : (+6 ) - (-25) : (-2 + 7 ) =
3
− 8 = - 2 pois ( -2 )3 = -8 (-18) : (+6 ) - (-25) : (+5 ) =
-3 - (- 5) =
PROPRIEDADES (para a ≥ 0, b ≥ 0) - 3 + 5 = +2

a n = a n: p 310 = 3 3 2
m m: p 15
1ª) 2 2 4 2
7) –5 : (+25) - (-4 ) : 2 - 1 =
2ª) n
a ⋅b = n a ⋅ n b 6 = 2⋅ 3 -25 : (+25) - (+16) : 16 - 1 =
-1 - (+1) –1 = -1 -1 –1 = -3
4
5 5
3ª) n
a:b = n a :n b 4 =4 8)
2
2 . ( -3 ) + (-40) : (+2) - 2 =
3 2
16 16 2 . (+9 ) + (-40) : (+8 ) - 4 =
+18 + (-5) - 4 =

Raciocínio Lógico 99
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+ 18 - 9 = +9 1 2 3
= = = ⋅ ⋅ ⋅ (definido pela classe de equivalên-
2 4 6
CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS (Q)
cia que representa o mesmo
número racional 1/2).
Os números racionais são representados por um
a NOMES DADOS ÀS FRAÇÕES DIVERSAS
numeral em forma de fração ou razão, , sendo a e b
b Decimais: quando têm como denominador 10 ou
números naturais, com a condição de b ser diferente uma potência de 10
de zero. 5 7
1. NÚMERO FRACIONARIO. A todo par ordenado , ,⋅ ⋅ ⋅ etc.
(a, b) de números naturais, sendo b ≠ 0, corresponde
10 100
a b) próprias: aquelas que representam quantidades
um número fracionário .O termo a chama-se nume-
b menores do que 1.
rador e o termo b denominador. 1 3 2
, , ,⋅ ⋅ ⋅ etc.
2 4 7
2. TODO NÚMERO NATURAL pode ser represen-
tado por uma fração de denominador 1. Logo, é possí-
c) impróprias: as que indicam quantidades iguais ou
vel reunir tanto os números naturais como os fracioná-
maiores que 1.
rios num único conjunto, denominado conjunto dos
5 8 9
números racionais absolutos, ou simplesmente conjun- , , ,⋅ ⋅ ⋅ etc.
to dos números racionais Q. 5 1 5
Qual seria a definição de um número racional abso- d) aparentes: todas as que simbolizam um número
luto ou simplesmente racional? A definição depende natural.
das seguintes considerações: 20 8
a) O número representado por uma fração não mu- = 5, = 4 , etc.
da de valor quando multiplicamos ou dividimos 4 2
tanto o numerador como o denominador por um
mesmo número natural, diferente de zero. e) ordinárias: é o nome geral dado a todas as fra-
Exemplos: usando um novo símbolo: ≈ ções, com exceção daquelas que possuem como de-
2 3
≈ é o símbolo de equivalência para frações nominador 10, 10 , 10 ...
2 2 × 5 10 10 × 2 20
≈ ≈ ≈ ≈ ≈ ⋅⋅⋅ f) frações iguais: são as que possuem os termos i-
3 3 × 5 15 15 × 2 30 3 3 8 8
b) Classe de equivalência. É o conjunto de todas guais = , = , etc.
as frações equivalentes a uma fração dada.
4 4 5 5
3 6 9 12
, , , ,⋅ ⋅ ⋅ (classe de equivalência da fra- g) forma mista de uma fração: é o nome dado ao
1 2 3 4 numeral formado por uma parte natural e uma parte
3  4
ção: ) fracionária;  2  A parte natural é 2 e a parte fracio-
1  7
Agora já podemos definir número racional : número
4
nária .
racional é aquele definido por uma classe de equiva- 7
lência da qual cada fração é um representante.
h) irredutível: é aquela que não pode ser mais sim-
NÚMERO RACIONAL NATURAL ou NÚMERO plificada, por ter seus termos primos entre si.
NATURAL: 3 5 3
0 0 , , , etc.
0 = = = ⋅⋅⋅ (definido pela classe de equiva- 4 12 7
1 2
lência que representa o mesmo 4. PARA SIMPLIFICAR UMA FRAÇÃO, desde que
número racional 0) não possua termos primos entre si, basta dividir os
1 2 dois ternos pelo seu divisor comum.
1 = = = ⋅⋅⋅ (definido pela classe de equiva- 8 8:4 2
1 2 = =
lência que representa o mesmo 12 12 : 4 3
número racional 1)
e assim por diante. 5. COMPARAÇÃO DE FRAÇÕES.
Para comparar duas ou mais frações quaisquer
NÚMERO RACIONAL FRACIONÁRIO ou NÚME- primeiramente convertemos em frações equivalentes
RO FRACIONÁRIO: de mesmo denominador. De duas frações que têm o
mesmo denominador, a maior é a que tem maior nu-
merador. Logo:

Raciocínio Lógico 100


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6 8 9 1 2 3 7 3 7−3 4 2
< < ⇔ < < − = = =
12 12 12 2 3 4 6 6 6 6 3
(ordem crescente) 2 2 2−2 0
− = = =0
De duas frações que têm o mesmo numerador, a 7 7 7 7
maior é a que tem menor denominador.
Observação: A subtração só pode ser efetuada
7 7
Exemplo: > quando o minuendo é maior que o subtraendo, ou igual
2 5 a ele.

OPERAÇÕES COM FRAÇÕES 2º CASO: Frações com denominadores diferentes:


Neste caso, para adicionar ou subtrair frações com
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO denominadores diferentes, procedemos do seguinte
A soma ou a diferença de duas frações é uma outra modo:
fração, cujo calculo recai em um dos dois casos se- • Reduzimos as frações ao mesmo denominador.
guintes: • Efetuamos a operação indicada, de acordo com o
caso anterior.
1º CASO: Frações com mesmo denominador. Ob- • Simplificamos o resultado (quando possível).
servemos as figuras seguintes:
Exemplos:
1 2 5 3
1) + = 2) + =
3 4 8 6
4 6 15 12
3 2 = + = = + =
12 12 24 24
6 6
15 + 12
4+6 = =
5 = = 24
12
6 27 9
10 5 = =
3 2 5 = = 24 8
Indicamos por: + = 12 6
6 6 6
Observações:
Para adicionar mais de duas frações, reduzimos to-
das ao mesmo denominador e, em seguida, efetuamos
a operação.
2
Exemplos.
6 2 7 3 3 5 1 1
a) + + = b) + + + =
15 15 15 4 6 8 2
5
2+7+3 18 20 3 12
6 = = = + + + =
15 24 24 24 24
3
12 4
= = 18 + 20 + 3 + 12
= =
15 5 24
6
53
5 2 3 =
Indicamos por: − = 24
6 6 6 Havendo número misto, devemos transformá-lo em
fração imprópria:
Assim, para adicionar ou subtrair frações de mesmo
denominador, procedemos do seguinte modo: Exemplo:
adicionamos ou subtraímos os numeradores e man- 1 5 1
temos o denominador comum. 2 + +3 =
simplificamos o resultado, sempre que possível. 3 12 6
7 5 19
+ + =
Exemplos: 3 12 6
3 1 3 +1 4 28
+
5
+
38
=
+ = = 12 12 12
5 5 5 5
28 + 5 + 38 71
4 8 4 + 8 12 4 =
+ = = = 12 12
9 9 9 9 3
Se a expressão apresenta os sinais de parênteses
( ), colchetes [ ] e chaves { }, observamos a mes-

Raciocínio Lógico 101


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ma ordem: Quando o numerador é menor que o denominador


1º) efetuamos as operações no interior dos parên- temos uma fração própria. Observe:
teses;
2º) as operações no interior dos colchetes; Observe:
3º) as operações no interior das chaves.

Exemplos:
2 3 5 4
1) +  −  −  =
3 4 2 2
 8 9  1
= + − =
 12 12  2
Quando o numerador é maior que o denominador
17 1
= − = temos uma fração imprópria.
12 2
17 6 FRAÇÕES EQUIVALENTES
= − =
12 12
Duas ou mais frações são equivalentes, quando re-
11
= presentam a mesma quantidade.
12

  3 1   2 3 
2)5 −  −  − 1 +  =
  2 3   3 4 
  9 2   5 3 
= 5 −  −  −  +  =
  6 6   3 4 
 7   20 9 
= 5 −  −  +  =
 6   12 12 
 30 7  29
=  − − =
 6 6  12 1 2 3
Dizemos que: = =
23 29 2 4 6
= − =
6 12
46 29 - Para obter frações equivalentes, devemos multi-
= − = plicar ou dividir o numerador por mesmo número dife-
12 12 rente de zero.
17 1 2 2 1 3 3
= Ex: ⋅ = ou . =
12 2 2 4 2 3 6

NÚMEROS RACIONAIS Para simplificar frações devemos dividir o numera-


dor e o denominador, por um mesmo número diferente
de zero.

Quando não for mais possível efetuar as divisões


dizemos que a fração é irredutível.

Exemplo:
Um círculo foi dividido em duas partes iguais. Dize- 18 2 9 3
: = = ⇒ Fração Irredutível ou Sim-
mos que uma unidade dividida em duas partes iguais e 12 2 6 6
indicamos 1/2. plificada
onde: 1 = numerador e 2 = denominador
1 3
Exemplo: e
3 4

Calcular o M.M.C. (3,4): M.M.C.(3,4) = 12


1 3 (12 : 3 ) ⋅ 1 (12 : 4) ⋅ 3 temos: 4 e 9
e = e
3 4 12 12 12 12
Um círculo dividido em 3 partes iguais indicamos
(das três partes hachuramos 2). 1 4
A fração é equivalente a .
3 12

Raciocínio Lógico 102


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3 9 4 9
A fração equivalente . e
4 12 12 12
1 4 3
Exercícios: A fração é equivalente a . A fração equi-
3 12 4
1) Achar três frações equivalentes às seguintes
9
frações: valente .
1 2 12
1) 2)
4 3 Exemplo:
2 3 4 4 6 8 2 4
Respostas: 1) , , 2) , , ? ⇒ numeradores diferentes e denomina-
8 12 16 6 9 12 3 5
dores diferentes m.m.c.(3, 5) = 15
COMPARAÇÃO DE FRAÇÕES
(15 : 3).2 (15.5).4 10 12
a) Frações de denominadores iguais. ? = < (ordem
15 15 15 15
Se duas frações tem denominadores iguais a maior
crescente)
será aquela: que tiver maior numerador.
3 1 1 3
Ex.: > ou < Exercícios: Colocar em ordem crescente:
4 4 4 4 2 2 5 4 5 2 4
1) e 2) e 3) , e
5 3 3 3 6 3 5
b) Frações com numeradores iguais
Se duas frações tiverem numeradores iguais, a me-
nor será aquela que tiver maior denominador. 2 2 4 5
Respostas: 1) < 2) <
7 7 7 7 5 3 3 3
Ex.: > ou <
4 5 5 4 4 5 3
3) < <
3 6 2
c) Frações com numeradores e denominadores
receptivamente diferentes. OPERAÇÕES COM FRAÇÕES
Reduzimos ao mesmo denominador e depois com-
paramos. Exemplos: 1) Adição e Subtração
2 1 a) Com denominadores iguais somam-se ou sub-
> denominadores iguais (ordem decrescente)
3 3 traem-se os numeradores e conserva-se o deno-
4 4 minador comum.
> numeradores iguais (ordem crescente) 2 5 1 2 + 5 +1 8
5 3 Ex: + + = =
3 3 3 3 3
SIMPLIFICAÇÃO DE FRAÇÕES 4 3 4−3 1
− = =
5 5 5 5
Para simplificar frações devemos dividir o numera-
dor e o denominador por um número diferente de zero. b) Com denominadores diferentes reduz ao mesmo
denominador depois soma ou subtrai.
Quando não for mais possível efetuar as divisões, Ex:
dizemos que a fração é irredutível. Exemplo: 1 3 2
18 : 2 9 : 3 3 1) + + = M.M.C.. (2, 4, 3) = 12
= = 2 4 3
12 : 2 6 : 3 2
(12 : 2).1 + (12 : 4).3 + (12.3).2 6 + 9 + 8 23
Fração irredutível ou simplificada. = =
12 12 12
9 36 4 2
Exercícios: Simplificar 1) 2) 2) − = M.M.C.. (3,9) = 9
12 45 3 9
3 4 (9 : 3).4 - (9 : 9).2 12 - 2 10
Respostas: 1) 2) = =
4 5 9 9 9
REDUÇÃO DE FRAÇÕES AO MENOR DENOMINA-
Exercícios. Calcular:
DOR COMUM
2 5 1 5 1 2 1 1
1) + + 2) − 3) + −
1 3 7 7 7 6 6 3 4 3
Ex.: e 8 4 2 7
3 4 Respostas: 1) 2) = 3)
7 6 3 12
Calcular o M.M.C. (3,4) = 12
1
e
3
=
(12 : 3) ⋅ 1 e (12 : 4) ⋅ 3 temos: MULTIPLICAÇÃO DE FRAÇÕES
3 4 12 12

Raciocínio Lógico 103


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Para multiplicar duas ou mais frações devemos mul- Toda fração com denominador 10, 100, 1000,...etc,
tiplicar os numeradores das frações entre si, assim chama-se fração decimal.
como os seus denominadores. 3 4 7
Exemplo: Ex: , , , etc
10 100 100
2 3 2 3 6 3
. = x = =
5 4 5 4 20 10 Escrevendo estas frações na forma decimal temos:
3
Exercícios: Calcular: = três décimos,
10
2 5 2 3 4  1 3  2 1
1) ⋅ 2) ⋅ ⋅ 3)  +  ⋅  −  4
= quatro centésimos
5 4 5 2 3 5 5 3 3 100
10 5 24 4 4 7
Respostas: 1) = 2) = 3) = sete milésimos
12 6 30 5 15 1000

DIVISÃO DE FRAÇÕES Escrevendo estas frações na forma decimal temos:


3 4 7
Para dividir duas frações conserva-se a primeira e =0,3 = 0,04 = 0,007
10 100 1000
multiplica-se pelo inverso da Segunda.
4 2 4 3 12 6 Outros exemplos:
Exemplo: : = . = =
5 3 5 2 10 5 34 635 2187
1) = 3,4 2) = 6,35 3) =218,7
10 100 10
Exercícios. Calcular:
4 2 8 6  2 3  4 1 Note que a vírgula “caminha” da direita para a es-
1) : 2) : 3)  +  :  − 
3 9 15 25 5 5 3 3 querda, a quantidade de casas deslocadas é a mesma
quantidade de zeros do denominador.
20
Respostas: 1) 6 2) 3) 1 Exercícios. Representar em números decimais:
9 35 473 430
1) 2) 3)
10 100 1000
POTENCIAÇÃO DE FRAÇÕES
Respostas: 1) 3,5 2) 4,73 3) 0,430
Eleva o numerador e o denominador ao expoente
dado. Exemplo:
3
LEITURA DE UM NÚMERO DECIMAL
2 23 8
  = 3 =
3 3 27 Ex.:

Exercícios. Efetuar:
2 4 2 3
3  1  4  1
1)   2)   3)   −  
4 2 3 2

9 1 119
Respostas: 1) 2) 3)
16 16 72

RADICIAÇÃO DE FRAÇÕES

Extrai raiz do numerador e do denominador.


4 4 2
Exemplo: = =
9 9 3
OPERAÇÕES COM NÚMEROS DECIMAIS
Exercícios. Efetuar:
2
1 16 9  1 Adição e Subtração
1) 2) 3) +  Coloca-se vírgula sob virgula e somam-se ou sub-
9 25 16  2 
traem-se unidades de mesma ordem. Exemplo 1:
1 4 10 + 0,453 + 2,832
Respostas: 1) 2) 3) 1
3 5 10,000
+ 0,453
NÚMEROS DECIMAIS 2,832
_______
13,285
Raciocínio Lógico 104
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Exemplo 2: 2) Efetuar as operações:


47,3 - 9,35 1) 1,6 : 0,4 2) 25,8 : 0,2
47,30 3) 45,6 : 1,23 4) 178 : 4,5-3,4.1/2
9,35 5) 235,6 : 1,2 + 5 . 3/4
______
37,95 Respostas: 1) 4 2) 129 3) 35,07
4) 37,855 5) 200,0833....
Exercícios. Efetuar as operações:
1) 0,357 + 4,321 + 31,45 Multiplicação de um número decimal por 10, 100,
2) 114,37 - 93,4 1000
3) 83,7 + 0,53 - 15, 3
Para tornar um número decimal 10, 100, 1000.....
Respostas: 1) 36,128 2) 20,97 3) 68,93 vezes maior, desloca-se a vírgula para a direita, res-
pectivamente, uma, duas, três, . . . casas decimais.
MULTIPLICAÇÃO COM NÚMEROS DECIMAIS 2,75 x 10 = 27,5 6,50 x 100 = 650
0,125 x 100 = 12,5 2,780 x 1.000 = 2.780
Multiplicam-se dois números decimais como se fos- 0,060 x 1.000 = 60 0,825 x 1.000 = 825
sem inteiros e separam-se os resultados a partir da
direita, tantas casas decimais quantos forem os alga- DIVISÃO
rismos decimais dos números dados. Para dividir os números decimais, procede-se as-
sim:
Exemplo: 5,32 x 3,8 iguala-se o número de casas decimais;
5,32 → 2 casas, suprimem-se as vírgulas;
x 3,8→ 1 casa após a virgula efetua-se a divisão como se fossem números intei-
______ ros.
4256
1596 + Exemplos:
______ 6 : 0,15 = 6,00 0,15
20,216 → 3 casas após a vírgula
000 40
Exercícios. Efetuar as operações: Igualam – se as casas decimais.
1) 2,41 . 6,3 2) 173,4 . 3,5 + 5 . 4,6 Cortam-se as vírgulas.
3) 31,2 . 0,753 7,85 : 5 = 7,85 : 5,00 785 : 500 = 1,57

Respostas: 1) 15,183 2) 629,9 Dividindo 785 por 500 obtém-se quociente 1 e resto
3) 23,4936 285
DIVISÃO DE NÚMEROS DECIMAIS Como 285 é menor que 500, acrescenta-se uma
vírgula ao quociente e zeros ao resto
Igualamos as casas decimais entre o dividendo e o
2 : 4 0,5
divisor e quando o dividendo for menor que o divisor
acrescentamos um zero antes da vírgula no quociente.
Como 2 não é divisível por 4, coloca-se zero e vír-
gula no quociente e zero no dividendo
Ex.:
0,35 : 7 = 0,350 7,00 350 : 700 =
a) 3:4
0,05
3 |_4_
30 0,75
Como 35 não divisível por 700, coloca-se zero e
20
vírgula no quociente e um zero no dividendo. Como
0
350 não é divisível por 700, acrescenta-se outro zero
b) 4,6:2
ao quociente e outro ao dividendo
4,6 |2,0 = 46 | 20
60 2,3
0 Divisão de um número decimal por 10, 100, 1000
Obs.: Para transformar qualquer fração em número
decimal basta dividir o numerador pelo denominador. Para tornar um número decimal 10, 100, 1000, ....
Ex.: 2/5 = 2 |5 , então 2/5=0,4 vezes menor, desloca-se a vírgula para a esquerda,
20 0,4 respectivamente, uma, duas, três, ... casas decimais.

Exercícios Exemplos:
1) Transformar as frações em números decimais. 25,6 : 10 = 2,56
1 4 1 04 : 10 = 0,4
1) 2) 3) 315,2 : 100 = 3,152
5 5 4 018 : 100 = 0,18
Respostas: 1) 0,2 2) 0,8 3) 0,25 0042,5 : 1.000 = 0,0425

Raciocínio Lógico 105


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0015 : 1.000 = 0,015 3 = 1,7320508...


milhar centena dezena Unidade décimo centésimo milésimo 5 = 2,2360679...
simples

1 000 100 10 1 0,1 0,01 0,001 Estes números não são racionais: π ∈ Q, 2
∈ Q, 3 ∈ Q, 5 ∈ Q; e, por isso mesmo, são
LEITURA DE UM NÚMERO DECIMAL chamados de irracionais.
Procedemos do seguinte modo:
1º) Lemos a parte inteira (como um número natu- Podemos então definir os irracionais como sendo
ral). aqueles números que possuem uma representação
2º) Lemos a parte decimal (como um número natu- decimal infinita e não periódico.
ral), acompanhada de uma das palavras:
décimos, se houver uma ordem (ou casa) decimal Chamamos então de conjunto dos números reais, e
centésimos, se houver duas ordens decimais; indicamos com R, o seguinte conjunto:
milésimos, se houver três ordens decimais.
R= { x | x é racional ou x é irracional}
Exemplos:
1) 1,2 Lê-se: "um inteiro e Como vemos, o conjunto R é a união do conjunto
dois décimos". dos números racionais com o conjunto dos números
irracionais.
2) 12,75 Lê-se: "doze inteiros
e setenta e cinco Usaremos o símbolo estrela (*) quando quisermos
centésimos". indicar que o número zero foi excluído de um conjunto.

3) 8,309 Lê-se: "oito inteiros e Exemplo: N* = { 1; 2; 3; 4; ... }; o zero foi excluído


trezentos e nove de N.
milésimos''.
Usaremos o símbolo mais (+) quando quisermos
Observações: indicar que os números negativos foram excluídos de
1) Quando a parte inteira é zero, apenas a parte um conjunto.
decimal é lida.
Exemplos: Exemplo: Z+ = { 0; 1; 2; ... } ; os negativos foram
excluídos de Z.
a) 0,5 - Lê-se: "cinco
décimos". Usaremos o símbolo menos (-) quando quisermos
indicar que os números positivos foram excluídos de
b) 0,38 - Lê-se: "trinta e oito um conjunto.
centésimos".

c) 0,421 - Lê-se: "quatrocentos Exemplo: Z − = { . .. ; - 2; - 1; 0 } ; os positivos


e vinte e um foram excluídos de Z.
milésimos".
Algumas vezes combinamos o símbolo (*) com o
2) Um número decimal não muda o seu valor se a- símbolo (+) ou com o símbolo (-).
crescentarmos ou suprimirmos zeros â direita do
último algarismo. Exemplos
Exemplo: 0,5 = 0,50 = 0,500 = 0,5000 " .......
Z *− = ( 1; 2; 3; ... ) ; o zero e os negativos foram
3) Todo número natural pode ser escrito na forma excluídos de Z.
de número decimal, colocando-se a vírgula após Z *+ = { ... ; - 3; - 2; - 1 } ; o zero e os positivos foram
o último algarismo e zero (ou zeros) a sua direi-
ta. excluídos de Z.
Exemplos: 34 = 34,00... 176 = 176,00...
Exercícios resolvidos
1. Completar com ∈ ou ∉ :
CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS (R)
a) 5 Z 3 Q*
b) 5 *
Z−
CORRESPONDÊNCIA ENTRE NÚMEROS E 4 Q
PONTOS DA RETA, ORDEM, VALOR ABSOLUTO *
Há números que não admitem representação
decimal finita nem representação decimal infinita e
c) 3,2 Z+
−2
2
( ) Q-
1
periódico, como, por exemplo: Z 2 R
4
π = 3,14159265...
4 R-
2 = 1,4142135...

Raciocínio Lógico 106


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4
Z Z +* N* *
d) Z − R
1 Z− N e) Z − R+
2 Q R+ Q
Resolução
∈ , pois 5 é positivo.
4. Usando diagramas de Euler-Venn, represente os
∉ , pois 5 é positivo e os positivos foram excluídos
conjuntos N, Z, Q e R .
de Z −* Respostas:
∉ 3,2 não é inteiro. 1.
1
a) ∈ e) ∈ i) ∈
∉ , pois não é inteiro. b) ∉ f) ∈ j) ∈
4 c) ∈ g) ∈
4 d) ∉ h) ∉
∈ , pois = 4 é inteiro.
1
2.
∉ , pois 2 não é racional. a) ∈ c) ∈ e) ∈
∉ , pois 3 não é racional b) ∈ d) ∉
∈ , pois 4 = 2 é racional 3.
a) ⊂ c) ⊄ e) ⊄
∉ , pois ( − 2) 2
= 4 = 2 é positivo, e os
b) ⊄ d) ⊂
positivos foram excluídos de Q − .
4.
∈ , pois 2 é real.
∉ , pois 4 = 2 é positivo, e os positivos foram
excluídos de R−

2. Completar com ⊂ ou ⊄ : Reta numérica


a) N Z* d) Q Z Uma maneira prática de representar os números
* reais é através da reta real. Para construí-la, dese-
b) N Z+ e) Q + R+* nhamos uma reta e, sobre ela, escolhemos, a nosso
c) N Q gosto, um ponto origem que representará o número
zero; a seguir escolhemos, também a nosso gosto,
Resolução: porém à direita da origem, um ponto para representar a
unidade, ou seja, o número um. Então, a distância
⊄ , pois 0 ∈ N e 0 ∉ Z * . entre os pontos mencionados será a unidade de me-
⊂ , pois N = Z + dida e, com base nela, marcamos, ordenadamente, os
⊂ , pois todo número natural é também racional. números positivos à direita da origem e os números
⊄ , pois há números racionais que não são inteiros negativos à sua esquerda.
2
como por exemplo, .
3
⊂ , pois todo racional positivo é também real
positivo.
EXERCÍCIOS
Exercícios propostos: Dos conjuntos a seguir, o único cujos elementos são
1. Completar com ∈ ou ∉ todos números racionais é:
a) 0 N 7
g) Q +*  1 
a)  , 2, 3, 5, 4 2 
b) 0 N* 1  2 
c) 7 Z h) 7 Q  2 
d) - 7 Z+ c)  − 1, , 0, 2, 3 
i) 7 2 Q  7 
e) – 7 Q−
j) 7 R* b) { − 3, − 2, − 2, 0 }
{ 4 , 5, 7 }
1
f) Q d) 0, 9,
7

2. Completar com ∈ ou ∉ Se 5 é irracional, então:


a) 3 Q d) π Q m
5 escreve-se na forma , com n ≠0 e m, n ∈ N.
b) 3,1 Q e) 3,141414... Q n
c) 3,14 Q
5 pode ser racional
3. Completar com ⊂ ou ⊄ :
Raciocínio Lógico 107
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m Podemos afirmar que:


5 jamais se escreve sob a forma , com n ≠0 e m, n a) apenas I é verdadeiro.
n
∈ N. b) apenas II é verdadeira.
c) apenas III é falsa.
2 5 é racional d) todas são verdadeiras.

Sendo N, Z, Q e R, respectivamente, os conjuntos dos Assinale a alternativa correta:


naturais, inteiros, racionais e reais, podemos es- a) R ⊂ N c) Q ⊃ N
crever: b) Z ⊃ R d) N ⊂ { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 }
a) ∀ x ∈ N ⇒ x ∈ R c) Z ⊃ Q
b) ∀ x ∈ Q ⇒ x ∈ Z d) R ⊂ Z Assinale a alternativa correto:
a) O quociente de dois número, racionais é sempre
Dado o conjunto A = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 }, podemos um número inteiro.
afirmar que: b) Existem números Inteiros que não são números
∀ x ∈ A ⇒ x é primo reais.
∃ x ∈ A | x é maior que 7 c) A soma de dois números naturais é sempre um
∀ x ∈ A ⇒ x é múltiplo de 3 número inteiro.
∃ x ∈ A | x é par d) A diferença entre dois números naturais é sempre
nenhuma das anteriores um número natural.

Assinale a alternativa correta: O seguinte subconjunto dos números reais


Os números decimais periódicos são irracionais
Existe uma correspondência biunívoca entre os pontos
da reta numerada, e o conjunto Q.
Entre dois números racional existem infinitos números escrito em linguagem simbólica é:
racionais. a) { x ∈ R | 3< x < 15 } c) { x ∈ R | 3 ≤ x ≤ 15 }
O conjunto dos números irracionais é finito
b) { x ∈ R | 3 ≤ x < 15 } d) { x ∈ R | 3< x ≤ 15 }
Podemos afirmar que: Assinale a alternativa falsa:
a) todo real é racional.
R* = { x ∈ R | x < 0 ou x >0}
b) todo real é irracional.
b) 3 ∈ Q
c) nenhum irracional é racional.
c) Existem números inteiros que não são números
d) algum racional é irracional.
naturais.
Podemos afirmar que:
a) entre dois inteiros existe um inteiro.
b) entre dois racionais existe sempre um racional. d) é a repre-
c) entre dois inteiros existe um único inteiro. sentação de { x ∈ R | x ≥ 7 }
d) entre dois racionais existe apenas um racional.
O número irracional é:
Podemos afirmar que: 4
a) 0,3333... e)
a) ∀a, ∀b ∈ N ⇒ a - b ∈ N 5
b) ∀a, ∀b ∈ N ⇒ a : b ∈ N b) 345,777... d) 7
c) ∀a, ∀b ∈ R ⇒ a + b ∈ R
d) ∀a, ∀b ∈ Z ⇒ a : b ∈ Z O símbolo R − representa o conjunto dos números:
a) reais não positivos c) irracional.
Considere as seguintes sentenças: b) reais negativos d) reais positivos.
I) 7 é irracional.
0,777... é irracional. Os possíveis valores de a e de b para que a número a
2 2 é racional. + b 5 seja irracional, são:
Podemos afirmar que: a) a = 0 e b=0 c) a = 0 e b = 2
a) l é falsa e II e III são verdadeiros.
b) I é verdadeiro e II e III são falsas. c) a=1eb= 5 d) a = 16 e b = 0
c) I e II são verdadeiras e III é falsa.
d) I e II são falsas e III é verdadeira. Uma representação decimal do número 5 é:
a) 0,326... c) 1.236...
Considere as seguintes sentenças: b) 2.236... d) 3,1415...
I) A soma de dois números naturais é sempre um
número natural. Assinale o número irracional:
II) O produto de dois números inteiros é sempre um a) 3,01001000100001... e) 3,464646...
número inteiro. b) 0,4000... d) 3,45
III) O quociente de dois números inteiros é sempre
um número inteiro. O conjunto dos números reais negativos é representa-
Raciocínio Lógico 108
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do por: Múltiplos e sub-múltiplos do sistema métrico: Para


a) R* c) R escrevermos os múltiplos e sub-múltiplos do sistema métrico
b) R_ d) R* decimal, utilizamos os seguintes prefixos gregos:

KILO significa 1.000 vezes


Assinale a alternativo falso:
a) 5 ∈ Z b) 5,1961... ∈ Q HECTA significa 100 vezes
5 DECA significa 10 vezes
c) − ∈ Q DECI significa décima parte
3
CENTI significa centésima parte
Um número racional compreendido entre 3 e 6 é: MILI significa milésima parte.
3. 6
a) 3,6 c) 1km = 1.000m 1 m = 10 dm
2 1hm = 100m e 1 m = 100 cm
6 3+ 6 1dam = 10m 1 m = 1000 mm
d)
3 2

Qual dos seguintes números é irracional?


3
a) 125 c) 27
4
b) 1 d) 169
Transformações de unidades: Cada unidade de
comprimento é dez (10) vezes maior que a unidade
imediatamente. inferior. Na prática cada mudança de vírgula
é a representação grá- para a direita (ou multiplicação por dez) transforma uma
fica de: unidade imediatamente inferior a unidade dada; e cada
{ x ∈ R | x ≥ 15 } b) { x ∈ R | -2≤ x < 4 } mudança de vírgula para a esquerda (ou divisão por dez)
transforma uma unidade na imediatamente superior.
c) { x ∈ R | x < -2 } d) { x ∈ R | -2< x ≤ 4 }
Ex.: 45 Km ⇒ 45 . 1.000 = 45.000 m
RESPOSTAS 500 cm ⇒ 500 ÷ 100 = 5 m
1) d 5) b 9) b 13) b 17) c 21) b 8 Km e 25 m ⇒ 8.000m + 25m = 8.025 m
2) c 6) c 10) c 14) d 18) b 22) b ou 8,025 Km.
3) a 7) b 11) b 15) d 19) a 23) c
4) e 8) c 12) c 16) b 20) b 24) d Resumo

SISTEMA DE MEDIDAS LEGAIS

A) Unidades de Comprimento
B) Unidades de ÁREA
C) Áreas Planas
D) Unidades de Volume e de Capacidade Permitido de um polígono: o perímetro de um polígono
E) Volumes dos principais sólidos geométricos é a soma do comprimento de seus lados.
F) Unidades de Massa

A) UNIDADES DE COMPRIMENTO

Medidas de comprimento:

Medir significa comparar. Quando se mede um


determinado comprimento, estamos comparando este
comprimento com outro tomado como unidade de medida.
Portanto, notamos que existe um número seguido de um
nome: 4 metros — o número será a medida e o nome será a
unidade de medida.

Podemos medir a página deste livro utilizando um


lápis; nesse caso o lápis foi tomado como unidade de medida
ou seja, ao utilizarmos o lápis para medirmos o comprimento Perímetro de uma circunferência: Como a abertura do
do livro, estamos verificando quantas vezes o lápis (tomado compasso não se modifica durante o traçado vê-se logo que
como medida padrão) caberá nesta página. os pontos da circunferência distam igualmente do ponto zero
(0).
Para haver uma uniformidade nas relações humanas
estabeleceu-se o metro como unidade fundamental de
medida de comprimento; que deu origem ao sistema métrico
decimal, adotado oficialmente no Brasil.

Raciocínio Lógico 109


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2 2
hectare (ha) — é o hm (10000 m ).

C) ÁREAS PLANAS

Retângulo: a área do retângulo é dada pelo produto


da medida de comprimento pela medida da largura, ou,
medida da base pela medida da altura.

Elementos de uma circunferência:

Perímetro: a + a + b + b

Quadrado: a área do quadrado é dada pelo produto


“lado por lado, pois sendo um retângulo de lados iguais, base
= altura = lado.

O perímetro da circunferência é calculado multiplican-


do-se 3,14 pela medida do diâmetro.

3,14 . medida do diâmetro = perímetro.

B) UNIDADES DE ÁREA: a ideia de superfície já é


nossa conhecida, é uma noção intuitiva. Ex.: superfície da Perímetro: é a soma dos quatro lados.
mesa, do assoalho que são exemplos de superfícies planas
enquanto que a superfície de uma bola de futebol, é uma Triângulo: a área do triângulo é dada pelo produto da
superfície esférica. base pela altura dividido por dois.

Damos o nome de área ao número que mede uma


superfície numa determinada unidade.

Metro quadrado: é a unidade fundamental de medida


de superfície (superfície de um quadrado que tem 1 m de
lado).
Perímetro – é a soma dos três lados.

Propriedade: Toda unidade de medida de superfície é Trapézio: a área do trapézio é igual ao produto da
100 vezes maior do que a imediatamente inferior. semi-soma das bases, pela altura.

Múltiplos e submúltiplos do metro quadrado:

Múltiplos Submúltiplos
2 2 2 2 2
km : 1.000.000 m m cm : 0,0001 m
2 2 2 2
hm : 10.000 m dm : 0,01 m
2 2 2 2
dam : 100 m mm : 0,000001m
2 2
1km = 1000000 (= 1000 x 1000)m
2 2
1 hm = 10000 (= 100 x 100)m
2 2
1dam =100 (=10x10) m Perímetro – é a soma dos quatro lados.

Losango: a área do losango é igual ao semi-produto


Regras Práticas: das suas diagonais.

para se converter um número medido numa unidade


para a unidade imediatamente superior deve-se
dividi-lo por 100.
para se converter um número medido numa unidade,
para uma unidade imediatamente inferior, deve-
se multiplicá-lo por 100.

Medidas Agrárias:
2 Perímetro – á a soma dos quatro lados.
centiare (ca) — é o m
2 2 Área de polígono regular: a área do polígono regular é
are (a) —é o dam (100 m )
igual ao produto da medida do perímetro (p) pela medida do
apotema (a) sobre 2.

Raciocínio Lógico 110


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VOLUMES DOS PRINCIPAIS SÓLIDOS


GEOMÉTRICOS

Volume do paralelepípedo retângulo: é o mais comum


dos sólidos geométricos. Seu volume é dado pelo produto de
suas três dimensões.
Perímetro – soma de seus lados.

DUNIDADES DE VOLUME E CAPACIDADE

Unidades de volume: volume de um sólido é a medida


deste sólido.

Chama-se metro cúbico ao volume de um cubo cuja


aresta mede 1 m.

Volume do cubo: o cubo é um paralelepipedo


retângulo de faces quadradas. Um exemplo comum de cubo,
é o dado.

Propriedade: cada unidade de volume é 1.000 vezes


maior que a unidade imediatamente inferior.

Múltiplos e sub-múltiplos do metro cúbico:

MÚLTIPIOS SUB-MÚLTIPLOS
3 3 3 3
km ( 1 000 000 000m ) dm (0,001 m ) O volume do cubo é dado pelo produto das medidas
3 3 3 3
hm ( 1 000 000 m ) cm (0,000001m ) de suas três arestas que são iguais.
3 3 3 3
dam (1 000 m ) mm (0,000 000 001m )
3
V = a. a . a = a cubo
Como se vê:
3
1 km3 = 1 000 000 000 (1000x1000x1000)m Volume do prisma reto: o volume do prisma reto é
3 3
1 hm = 1000000 (100 x 100 x 100) m dado pelo produto da área da base pela medida da altura.
3 3
1dam = 1000 (10x10x10)m
3 3
1m =1000 (= 10 x 10 x 10) dm
3 3
1m =1000 000 (=100 x 100 x 100) cm
3 3
1m = 1000000000 ( 1000x 1000x 1000) mm

Unidades de capacidade: litro é a unidade


fundamental de capacidade. Abrevia-se o litro por l.

O litro é o volume equivalente a um decímetro cúbico.

Múltiplos Submúltiplos
Volume do cilindro: o volume do cilindro é dado pelo
hl ( 100 l) dl (0,1 l) produto da área da base pela altura.
dal ( 10 l) litro l cl (0,01 l)
ml (0,001 l)

Como se vê:

1 hl = 100 l 1 l = 10 dl
1 dal = 10 l 1 l = 100 cl
1 l = 1000 ml

Raciocínio Lógico 111


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64 =8

4.º proporcional: é o nome dado ao quarto termo de


uma proporção não continua. Ex.:

4 12
= , 4 . x = 8 . 12
8 F
96
x= =24.
4

Nota: Esse cálculo é idêntico ao cálculo do elemento


F) UNIDADES DE MASSA desconhecido de uma proporção).

Média Aritmética Simples: (ma)


— A unidade fundamental para se medir massa de um
corpo (ou a quantidade de matéria que esse corpo possui), é
A média aritmética simples de dois números é dada
o kilograma (kg).
3 pelo quociente da soma de seus valores e pela quantidade
— o kg é a massa aproximada de 1 dm de água a 4
das parcelas consideradas.
graus de temperatura.
Ex.: determinar a ma de: 4, 8, 12, 20
— Múltiplos e sub-múltiplos do kilograma:
4 + 8 + 12 + 20 44
ma = = = 11
Múltiplos Submúltiplos 4 4
kg (1000g) dg (0,1 g)
hg ( 100g) cg (0,01 g) Média Aritmética Ponderada (mv):
dag ( 10 g) mg (0,001 g)
A média aritmética ponderada de vários números aos
Como se vê: quais são atribuídos pesos (que indicam o número de vezes
que tais números figuraram) consiste no quociente da soma
1kg = 1000g 1g = 10 dg dos produtos — que se obtém multiplicando cada número
1 hg = 100 g e 1g= 100 cg pelo peso correspondente, pela soma dos pesos.
1 dag = 10g 1g = 1000 mg
Ex.: No cálculo da média final obtida por um aluno
durante o ano letivo, usamos a média aritmética ponderada.
A resolução é a seguinte:

Matéria Notas Peso


Português 60,0 5
Matemática 40,0 3
História 70,0 2
Para a água destilada, 1.º acima de zero. 60 . 5 + 40 3 + 70 . 2
volume capacidade massa mp =
1dm
2
1l 1kg 5+3+2

Medidas de tempo: 300 + 120 + 140


= = 56
Não esquecer: 10
1dia = 24 horas
1 hora = sessenta minutos
1 minuto = sessenta segundos ÂNGULO
1 ano = 365 dias Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
1 mês = 30 dias
Ângulo É a região de um plano concebida pela
Média geométrica abertura de duas semi-retas que possuem uma origem
em comum, dividindo este plano em duas partes. A
Numa proporção contínua, o meio comum é abertura do ângulo é uma propriedade invariante deste
denominado média proporcional ou média geométrica dos e é medida, no SI, em radianos.
extremos. Portanto no exemplo acima 8 é a média
proporcional entre 4 e 16. O quarto termo de uma proporção Unidades de medidas para ângulos
contínua é chamado terceira proporcional. Assim, no nosso
De forma a medir um ângulo, um círculo com
exemplo, 16 é a terceira proporcional depois de 4 e 8.
centro no vértice é desenhado. Como a circunferência
Para se calcular a média proporcional ou geométrica do círculo é sempre diretamente proporcional ao
de dois números, teremos que calcular o valor do meio comprimento de seu raio, a medida de um ângulo é
comum de uma proporção continua. Ex.: independente do tamanho do círculo. Note que ângulos
4 X são adimensionais, desde que sejam definidos como a
= razão dos comprimentos.
X 16
A medida em radiano de um ângulo é o
4 . 16 x . x comprimento do arco cortado pelo ângulo,
dividido pelo raio do círculo. O SI utiliza o
2
x = 64 x radiano como o unidade derivada para ângulos.

Raciocínio Lógico 112


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Devido ao seu relacionamento com o subtrair 360º do ângulo até que este seja menor do
comprimento do arco, radianos são uma unidade que 360º.
especial. Senos e cossenos cujos argumentos
estão em radianos possuem propriedades VELOCIDADE
analíticas particulares, tal como criar funções A velocidade é uma grandeza vetorial, ou seja, tem
exponenciais em base e. direção e sentido, além do valor numérico. Duas
A medida em graus de um ângulo é o comprimento velocidades só serão iguais se tiverem o mesmo
de um arco, dividido pela circunferência de um módulo, a mesma direção e o mesmo sentido.
círculo e multiplicada por 360. O símbolo de
graus é um pequeno círculo sobrescrito °. 2π Velocidade é a grandeza física que informa com
radianos é igual a 360° (um círculo completo), que rapidez e em qual direção um móvel muda de
então um radiano é aproximadamente 57° e um posição no tempo. Sua determinação pode ser feita por
grau é π/180 radianos. meio de um valor médio (que relaciona o deslocamento
O gradiano, também chamado de grado, é uma total de um corpo ao intervalo de tempo decorrido
medida angular onde o arco é divido pela desde que ele deixou a posição inicial até quando
circunferência e multiplicado por 400. Essa chegou ao fim do percurso) ou do valor instantâneo,
forma é usado mais em triangulação. que diz como a posição varia de acordo com o tempo
O ponto é usado em navegação, e é definida como num determinado instante.
1/32 do círculo, ou exatamente 11,25°.
O círculo completo ou volta completa representa o A velocidade média de um trem que percorre cem
número ou a fração de voltas completas. Por quilômetros em duas horas é de cinquenta quilômetros
exemplo, π/2 radianos = 90° = 1/4 de um círculo por hora. O valor médio da velocidade de um corpo é
completo. igual à razão entre o espaço por ele percorrido e o
tempo gasto no deslocamento, de acordo com a
O ângulo nulo é um ângulo que tem 0º. fórmula v = s/t. A representação gráfica da velocidade
deve ser feita, em cada ponto, por um segmento
A classificação dos ângulos é por sua orientado que caracteriza seu módulo, sua direção
(normalmente) circunferência em graus. (tangente à trajetória) e seu sentido (que coincide com
o sentido do movimento). No intervalo de duas horas, a
Tipos de ângulos velocidade do trem pode ter variado para mais ou para
Com relação às suas medidas, os ângulos podem menos em torno da velocidade média. A determinação
ser classificados como da velocidade instantânea se faz por meio do cálculo
Nulo: Um ângulo nulo mede 0º ou 0 radianos. da velocidade média num intervalo de tempo tão
Agudo: Ângulo cuja medida é maior do que 0º (ou próximo de zero quanto possível. O cálculo diferencial,
0 radianos) e menor do que 90º (ou π/2 inventado por Isaac Newton com esse fim específico,
radianos). permite determinar valores exatos da velocidade
Reto: Um ângulo reto é um ângulo cuja medida é instantânea de um corpo.
exatamente 90º (ou π/2 radianos). Assim os
seus lados estão localizados em retas Sistema Monetário Brasileiro: Moeda
perpendiculares. MOEDA: (do latim "moneta") - deriva do nome da deusa
Obtuso: É um ângulo cuja medida está entre 90º e JUNO MONETA, templo que manufaturavam as moedas
180º (ou entre π/2 e π radianos). romanas.
Raso: Ângulo que mede exatamente 180º (ou π DINHEIRO: Sinônimo de moeda, origem do la-
radianos), os seus lados são semi-retas opostas. tim: DENARIUS.
Côncavo: Ângulo que mede mais de 180º (ou π Nos tempos primitivos a moeda era qualquer produto que
servisse como instrumento de troca, Exemplos:
radianos) e menos de 360º (ou 2π radianos). · Chá na Índia;
Giro ou Completo: Ângulo que mede 360º (ou 2π · Arroz no Japão;
radianos). Também pode ser chamado de · Sal e colares em certos países africanos;
Ângulo de uma volta. · No Brasil, no Rio de Janeiro, o açúcar teve curso forçado
como moeda, no Maranhão, o tecido de algodão substituiu
O ângulo reto (90º) é provavelmente o ângulo mais o dinheiro em algumas ocasiões.
importante, pois o mesmo é encontrado em inúmeras Em 1874, foi proibida no Brasil, a CIRCULAÇÃO dos gêne-
aplicações práticas, como no encontro de uma parede ros alimentícios utilizados como moeda.
MOEDA: Qualquer objeto que sirva como meio de troca
com o chão, os pés de uma mesa em relação ao seu
em um sistema econômico;
tampo, caixas de papelão, esquadrias de janelas, etc... MOEDA METÁLICA: Cunhagem da moeda em metais pre-
ciosos, trazendo seu peso impresso. Hoje trazem impres-
Um ângulo de 360 graus é o ângulo que completa o sos os seus valores;
círculo. Após esta volta completa este ângulo coincide PAPEL-MOEDA Emissão de recibos pelos cunhadores de
com o ângulo de zero graus mas possui a grandeza de moedas. Atualmente é a moeda escritural emitida pelo
360 graus (360 º). Banco Central de cada país.
MOEDA-ESCRITURAL: Foi criada pelo sistema bancário.
Observação: É possível obter ângulos maiores do Emprestavam os valores acima do lastro do sistema bancá-
que 360º mas os lados destes ângulos coincidirão com rio.
os lados dos ângulos menores do que 360º na medida
que ultrapassa 360º. Para obter tais ângulos basta

Raciocínio Lógico 113


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ENCAIXE: BACEN (Banco Central) determina uma porcen-


tagem que podem ser emprestada sobre os depósitos efe- CRÉDITO A CURTO PRAZO: é o crédito cujo período para
tuados em um banco. pagamento é inferior a cinco meses.
MOEDA FIDUCIÁRIA: Moeda que tem curso obrigatório, por CRÉDITO A LONGO PRAZO: é o crédito cujo período para
Lei, em um país. No Brasil a Moeda Fiduciária é o Real - pagamento é superior a cinco anos.
R$. CRÉDITO A MÉDIO PRAZO: é o crédito cujo período para
pagamento é superior a cinco meses e inferior a cinco a-
PRINCIPAIS FUNÇÕES DA MOEDA nos.
· Intermediário de trocas; CRÉDITO DE CONSUMO: concedido às pessoas para que
· Medida de valor; elas possam adquirir bens de consumo.
· Reserva de Valor; CRÉDITO DE PRODUÇÃO: é concedido às empresas para
· Liberatória; que elas façam frente às despesas decorrentes da produ-
· Padrão de pagamentos diferidos; ção, como as despesas de investimento ou giro.
· Instrumento de poder. CRÉDITO PARA O ESTADO: é o crédito que o governo
utiliza para as despesas de investimento ou consumo.
Intermediário de Trocas: Esta função permite a superação CRÉDITO: é a troca de um bem, ou a concessão de uma
de economia de escambo e a passagem à economia mo- quantia de moeda, pela promessa de pagamento futuro.
netária; CREDOR E DEVEDOR: são as pessoas envolvidas na ope-
ração de crédito. A primeira é a que empresta a quantia em
Medida de valor: a utiliza- moeda, sob a promessa de recebê-la no futuro. O devedor
ção generalizada da moeda implica na criação de um é a pessoa que deve pagar o empréstimo.
a unidade-padrão de medida pela qual são convertidos DEMANDA DE MOEDA PARA ESPECULAÇÃO: ocorre
os valores de todos os bens e serviços; quando aquela parcela da renda das pessoas que poderia
ser aplicada em títulos fica retida, pelo fato de a taxa de
Reserva de valor: outra função exercida pela moeda, pois juros estar baixa e as pessoas aguardarem sua elevação
pode servir como umareserva de valor, desde o momento para comprar títulos.
que é recebida até o instante em que é gasta por quem a DEMANDA DE MOEDA PARA TRANSAÇÕES: como os
detenha. recebimentos e pagamentos não são sincronizados, as
pessoas precisam reter moeda para pagar suas despesas.
Poder Liberatório: o poder de saldar dívidas, liquidar débi- DEMANDA DE MOEDA POR PRECAUÇÃO: refere-se
tos, livrar seu detentor de sair de uma posição passiva. Es- àquela parte da renda das pessoas retida para fazer frente
ta particularidade da moeda dá-se o nome de: poder libe- a imprevistos.
ratório.
Características essenciais da moeda.
Padrão de pagamentos diferidos: À medida que a moeda
tem, sob garantia do Estado, o poder de saldar dívidas, As características mais relevantes da moeda, estudada des-
sendo ademais, uma medida de valor, ela torna, automati- de Adam Smith são as seguintes:
camente, padrão de pagamentos diferidos. Esta função da · Indestrutibilidade e inalterabilidade;
moeda resulta de sua capacidade de facilitar a distribuição · Homogeneidade;
de pagamentos ao longo do tempo, que para concessão de · Divisibilidade;
crédito ou de diferentes formas de adiantamentos. ·Transferibilidade;
· Facilidade de manuseio e transporte.
MERCADO MONETÁRIO: é onde se encontram a oferta e a
demanda por moeda e se determina a taxa de juros de e- Indestrutibilidade e inalterabilidade: A moeda deve ser
quilíbrio. suficientemente durável, no sentido de que não destrua ou
MOEDA ESCRITURAL: criada pelo sistema bancário, ao se deteriore com o seu manuseio. Além disso, Indestrutibi-
emprestar ou aplicar uma quantidade de moeda superior à lidade e inalterabilidade são obstáculos à sua falsificação,
que era originalmente introduzida no sistema bancário co- constituindo-se, em elementos de fundamental importância
mo depósito em um dos bancos componentes do sistema. para a confiança e a aceitação geral da moeda.
MOEDA METÁLICA: moeda cunhada em metal precioso
que trazia impresso o seu peso. Atualmente, são cunhadas Homogeneidade Duas unidades monetárias distintas, mas
em metal não precioso, trazendo impresso o seu valor. de igual valor, devem ser rigorosamente iguais. Ex. se o
MOEDA-FIDUCIÁRIA: emitida pelos bancos centrais de arroz fosse dado como moeda, aceita pelas duas partes, se
cada país, tendo curso obrigatório por lei. o comprador pensasse em pagar sua dívida com arroz mi-
MOEDA: é todo objeto que serve para facilitar as trocas de údos e quebrados, enquanto o vendedor imaginava receber
bens e serviços numa economia. arroz em grãos inteiros e graúdos. A possibilidade de tal
OFERTA DE MOEDA: é a quantidade de moeda que o equívoco criada pela inexistência de homogeneidade é um
governo resolve emitir, num determinado período, através exemplo da necessidade de que duas unidades monetárias
das autoridades monetárias. do mesmo valor sejam rigorosamente iguais.
PADRÃO-OURO: sistema monetário em que o papel-moeda
emitido pelas autoridades monetárias tem uma relação com Divisibilidade A moeda deve possuir múltiplos e submúlti-
a quantidade de ouro que o país possui. Atualmente, não é plos em quantidade tal que as transações de grande porte
mais seguido. assim como as pequenas possam ser realizadas sem ne-
PAPEL-MOEDA: surgiu com a emissão de recibos pelos nhuma restrição. Outro aspecto é quanto ao fracionamento.
cunhadores, e assegurava ao seu portador certa quantida- (troco)
de de ouro expressa no documento. Atualmente, é a moe-
da emitida pelos bancos centrais de cada país. Transferibilidade Outra característica da moeda é quanto à
POLÍTICA FISCAL: são medidas do governo que objetivam facilidade com que deve processar-se sua transferência, de
diminuir a demanda através da carga tributária. um detentor para outro.
POLÍTICA MONETÁRIA: são medidas adotadas pelo gover-
no que visam reduzir a quantidade de moeda em circulação
na economia.

Raciocínio Lógico 114


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Facilidade de manuseio e transporte o manuseio e o c. Um dia de sol, para cada dois de chuva.
transporte da moeda não deve oferecer obstáculos, isto é, 1
prejudicar sua utilização. Razão =
2
Meios de pagamentos. (Vide Revista Conjuntura econômica.
Em Conjuntura Estatística: Moeda - Base monetária, meios A razão entre dois números a e b, com b ≠ 0, é o
de pagamentos e quase-moeda). a
quociente , ou a : b.
Meios de pagamentos.- Base monetária. b
M1 - Papel-moeda em poder do público + os depósitos a
vista (nos bancos comerciais); Nessa expressão, a chama-se antecedente e b,
M2 - M1 + títulos federais; consequente. Outros exemplos de razão:
M3 - M2 + depósitos de poupança;
M4 - M3 + depósitos a prazo.
Alex Mendes Em cada 10 terrenos vendidos, um é do corretor.
1
Razão =
10
RAZÕES E PROPORÇÕES
Os times A e B jogaram 6 vezes e o time A ganhou
1. INTRODUÇÃO todas.
Se a sua mensalidade escolar sofresse hoje um 6
Razão =
reajuste de R$ 80,00, como você reagiria? Acharia 6
caro, normal, ou abaixo da expectativa? Esse mesmo
valor, que pode parecer caro no reajuste da mensali- 3. Uma liga de metal é feita de 2 partes de ferro e 3
dade, seria considerado insignificante, se tratasse de partes de zinco.
um acréscimo no seu salário.
2 3
Razão = (ferro) Razão = (zinco).
Naturalmente, você já percebeu que os R$ 80,00 5 5
nada representam, se não forem comparados com um
valor base e se não forem avaliados de acordo com a 3. PROPORÇÃO
natureza da comparação. Por exemplo, se a mensali- Há situações em que as grandezas que estão sen-
dade escolar fosse de R$ 90,00, o reajuste poderia ser do comparadas podem ser expressas por razões de
considerado alto; afinal, o valor da mensalidade teria antecedentes e consequentes diferentes, porém com o
quase dobrado. Já no caso do salário, mesmo conside- mesmo quociente. Dessa maneira, quando uma pes-
rando o salário mínimo, R$ 80,00 seriam uma parte quisa escolar nos revelar que, de 40 alunos entrevista-
mínima. . dos, 10 gostam de Matemática, poderemos supor que,
se forem entrevistados 80 alunos da mesma escola, 20
A fim de esclarecer melhor este tipo de problema, deverão gostar de Matemática. Na verdade, estamos
vamos estabelecer regras para comparação entre afirmando que 10 estão representando em 40 o mes-
grandezas. mo que 20 em 80.
10 20
2. RAZÃO Escrevemos: =
40 80
Você já deve ter ouvido expressões como: "De cada
20 habitantes, 5 são analfabetos", "De cada 10 alunos, A esse tipo de igualdade entre duas razões dá-se o
2 gostam de Matemática", "Um dia de sol, para cada nome de proporção.
dois de chuva".
c a
Em cada uma dessas. frases está sempre clara Dadas duas razões , com b e d ≠ 0,
e
uma comparação entre dois números. Assim, no pri- d b
meiro caso, destacamos 5 entre 20; no segundo, 2 a c
teremos uma proporção se = .
entre 10, e no terceiro, 1 para cada 2. b d
Todas as comparações serão matematicamente
expressas por um quociente chamado razão. Na expressão acima, a e c são chamados de
antecedentes e b e d de consequentes. .
Teremos, pois:
A proporção também pode ser representada como a
De cada 20 habitantes, 5 são analfabetos. : b = c : d. Qualquer uma dessas expressões é lida
5 assim: a está para b assim como c está para d. E im-
Razão = portante notar que b e c são denominados meios e a e
20 d, extremos.

De cada 10 alunos, 2 gostam de Matemática. Exemplo:


2 3 9
Razão =
10 A proporção = , ou 3 : 7 : : 9 : 21, é
7 21

Raciocínio Lógico 115


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lida da seguinte forma: 3 está para 7 assim como 9 obtida são, quase sempre, diretamente proporcionais.
está para 21. Temos ainda: De fato, se você receber R$ 2,00 para cada folha que
3 e 9 como antecedentes, datilografar, sabe que deverá receber R$ 40,00 por 20
7 e 21 como consequentes, folhas datilografadas.
7 e 9 como meios e
3 e 21 como extremos. Podemos destacar outros exemplos de grandezas
diretamente proporcionais:
3.1 PROPRIEDADE FUNDAMENTAL
O produto dos extremos é igual ao produto dos Velocidade média e distância percorrida, pois, se
meios: você dobrar a velocidade com que anda, deverá, num
mesmo tempo, dobrar a distância percorrida.
a c
= ⇔ ad = bc ; b, d ≠ 0 Área e preço de terrenos.
b d
Altura de um objeto e comprimento da sombra pro-
Exemplo: jetada por ele.
Se 6 =
24 , então 6 . 96 = 24 . 24 = 576.
24 96 Assim:
Duas grandezas São diretamente proporcionais
3.2 ADIÇÃO (OU SUBTRAÇÃO) DOS quando, aumentando (ou diminuindo) uma delas
ANTECEDENTES E CONSEQUENTES numa determinada razão, a outra diminui (ou
Em toda proporção, a soma (ou diferença) dos an- aumenta) nessa mesma razão.
tecedentes está para a soma (ou diferença) dos con-
sequentes assim como cada antecedente está para 3. PROPORÇÃO INVERSA
seu consequente. Ou seja: Grandezas como tempo de trabalho e número de
operários para a mesma tarefa são, em geral, inver-
a c a + c a c samente proporcionais. Veja: Para uma tarefa que 10
Se = , entao = = ,
b d b + d b d operários executam em 20 dias, devemos esperar que
a - c a c 5 operários a realizem em 40 dias.
ou = =
b - d b d
Podemos destacar outros exemplos de grandezas
inversamente proporcionais:
Essa propriedade é válida desde que nenhum
denominador seja nulo.
Velocidade média e tempo de viagem, pois, se você
dobrar a velocidade com que anda, mantendo fixa a
Exemplo:
distância a ser percorrida, reduzirá o tempo do percur-
21 + 7 28 7 so pela metade.
= =
12 + 4 16 4
Número de torneiras de mesma vazão e tempo para
21 7 encher um tanque, pois, quanto mais torneiras estive-
=
12 4 rem abertas, menor o tempo para completar o tanque.
21 - 7 14 7
= = Podemos concluir que :
12 - 4 8 4
Duas grandezas são inversamente proporcionais
GRANDEZAS PROPORCIONAIS E DIVISÃO quando, aumentando (ou diminuindo) uma delas
PROPORCIONAL numa determinada razão, a outra diminui (ou
aumenta) na mesma razão.
1. INTRODUÇÃO:
No dia-a-dia, você lida com situações que envolvem Vamos analisar outro exemplo, com o objetivo de
números, tais como: preço, peso, salário, dias de tra- reconhecer a natureza da proporção, e destacar a
balho, índice de inflação, velocidade, tempo, idade e razão. Considere a situação de um grupo de pessoas
outros. Passaremos a nos referir a cada uma dessas que, em férias, se instale num acampamento que
situações mensuráveis como uma grandeza. Você cobra R$100,00 a diária individual.
sabe que cada grandeza não é independente, mas
vinculada a outra conveniente. O salário, por exemplo, Observe na tabela a relação entre o número de
está relacionado a dias de trabalho. Há pesos que pessoas e a despesa diária:
dependem de idade, velocidade, tempo etc. Vamos
analisar dois tipos básicos de dependência entre gran-
dezas proporcionais. Número de
pessoas 1 2 4 5 10
2. PROPORÇÃO DIRETA
Grandezas como trabalho produzido e remuneração

Raciocínio Lógico 116


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660 X 6 ⋅ 660
Despesa vem = ⇒ X = = 360
diária (R$ ) 100 200 400 500 1.000 11 6 11
Como X + Y = 660, então Y = 300
Concluindo, A deve receber R$ 360,00 enquanto B,
Você pode perceber na tabela que a razão de au- R$ 300,00.
mento do número de pessoas é a mesma para o au-
mento da despesa. Assim, se dobrarmos o número de 4.2 INVERSAMENTE PROPORCIONAL
pessoas, dobraremos ao mesmo tempo a despesa. E se nosso problema não fosse efetuar divisão em
Esta é portanto, uma proporção direta, ou melhor, as partes diretamente proporcionais, mas sim inversa-
grandezas número de pessoas e despesa diária são mente? Por exemplo: suponha que as duas pessoas, A
diretamente proporcionais. e B, trabalharam durante um mesmo período para fa-
bricar e vender por R$ 160,00 um certo artigo. Se A
Suponha também que, nesse mesmo exemplo, a chegou atrasado ao trabalho 3 dias e B, 5 dias, como
quantia a ser gasta pelo grupo seja sempre de efetuar com justiça a divisão? O problema agora é
R$2.000,00. Perceba, então, que o tempo de perma- dividir R$ 160,00 em partes inversamente proporcio-
nência do grupo dependerá do número de pessoas. nais a 3 e a 5, pois deve ser levado em consideração
que aquele que se atrasa mais deve receber menos.
Analise agora a tabela abaixo :
Número de 1 2 4 5 10
pessoas

Dividir um número em partes inversamente propor-


Tempo de cionais a outros números dados é encontrar partes
permanência desse número que sejam diretamente proporcio-
(dias) 20 10 5 4 2 nais aos inversos dos números dados e cuja soma
Note que, se dobrarmos o número de pessoas, o reproduza o próprio número.
tempo de permanência se reduzirá à metade. Esta é,
portanto, uma proporção inversa, ou melhor, as gran- No nosso problema, temos de dividir 160 em partes
dezas número de pessoas e número de dias são inver- inversamente proporcionais a 3 e a 5, que são os nú-
samente proporcionais. meros de atraso de A e B. Vamos formalizar a divisão,
chamando de x o que A tem a receber e de y o que B
4. DIVISÃO EM PARTES PROPORCIONAIS tem a receber.
x + y = 160
4. 1 Diretamente proporcional
Duas pessoas, A e B, trabalharam na fabricação de x y
um mesmo objeto, sendo que A o fez durante 6 horas Teremos: =
e B durante 5 horas. Como, agora, elas deverão dividir 1 1
com justiça os R$ 660,00 apurados com sua venda? 3 5
Na verdade, o que cada um tem a receber deve ser
diretamente proporcional ao tempo gasto na confecção Resolvendo o sistema, temos:
Dividir um número em partes diretamente x + y x x + y x
proporcionais a outros números dados é = ⇒ =
1 1 1 8 1
encontrar partes desse número que sejam +
diretamente proporcionais aos números dados e 3 5 3 15 3
cuja soma reproduza o próprio número.
do objeto. Mas, como x + y = 160, então
No nosso problema, temos de dividir 660 em partes 160 x 160 1
diretamente proporcionais a 6 e 5, que são as horas = ⇒ x = ⋅ ⇒
8 1 8 3
que A e B trabalharam.
Vamos formalizar a divisão, chamando de x o que A 15 3 15
tem a receber, e de y o que B tem a receber.
Teremos então: 15 1
X + Y = 660 ⇒ x = 160 ⋅ ⋅ ⇒ x = 100
8 3
X Y Como x + y = 160, então y = 60. Concluindo, A
=
6 5 deve receber R$ 100,00 e B, R$ 60,00.

Esse sistema pode ser resolvido, usando as 4.3 DIVISÃO PROPORCIONAL COMPOSTA
propriedades de proporção. Assim: Vamos analisar a seguinte situação: Uma empreitei-
X + Y ra foi contratada para pavimentar uma rua. Ela dividiu o
= Substituindo X + Y por 660, trabalho em duas turmas, prometendo pagá-las pro-
6 + 5 porcionalmente. A tarefa foi realizada da seguinte ma-
neira: na primeira turma, 10 homens trabalharam du-

Raciocínio Lógico 117


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rante 5 dias; na segunda turma, 12 homens trabalha- resolvê-lo com o uso da regra de três de maneira
ram durante 4 dias. Estamos considerando que os prática.
homens tinham a mesma capacidade de trabalho. A
empreiteira tinha R$ 29.400,00 para dividir com justiça Devemos dispor as grandezas, bem como os valo-
entre as duas turmas de trabalho. Como fazê-lo? res envolvidos, de modo que possamos reconhecer a
natureza da proporção e escrevê-la.
Essa divisão não é de mesma natureza das anterio- Assim:
res. Trata-se aqui de uma divisão composta em partes
proporcionais, já que os números obtidos deverão ser Grandeza 1: tempo Grandeza 2: distância
proporcionais a dois números e também a dois outros. (horas) percorrida
(km)
Na primeira turma, 10 homens trabalharam 5 dias,
produzindo o mesmo resultado de 50 homens, traba- 6 900
lhando por um dia. Do mesmo modo, na segunda tur-
ma, 12 homens trabalharam 4 dias, o que seria equiva- 8 x
lente a 48 homens trabalhando um dia.

Para a empreiteira, o problema passaria a ser, Observe que colocamos na mesma linha valores
portanto, de divisão diretamente proporcional a 50 (que que se correspondem: 6 horas e 900 km; 8 horas e o
valor desconhecido.
é 10 . 5), e 48 (que é 12 . 4).
Vamos usar setas indicativas, como fizemos antes,
Para dividir um número em partes de tal forma que para indicar a natureza da proporção. Se elas estive-
uma delas seja proporcional a m e n e a outra a p rem no mesmo sentido, as grandezas são diretamente
e q, basta divida esse número em partes proporcionais; se em sentidos contrários, são inversa-
proporcionais a m . n e p . q. mente proporcionais.

Convém lembrar que efetuar uma divisão em partes Nesse problema, para estabelecer se as setas têm
inversamente proporcionais a certos números é o o mesmo sentido, foi necessário responder à pergunta:
mesmo que fazer a divisão em partes diretamente pro- "Considerando a mesma velocidade, se aumentarmos
porcionais ao inverso dos números dados. o tempo, aumentará a distância percorrida?" Como a
resposta a essa questão é afirmativa, as grandezas
Resolvendo nosso problema, temos: são diretamente proporcionais.
Chamamos de x: a quantia que deve receber a
primeira turma; y: a quantia que deve receber a Já que a proporção é direta, podemos escrever:
segunda turma. Assim: 6 900
x y x y =
= ou = 8 x
10 ⋅ 5 12 ⋅ 4 50 48
x + y x 7200
⇒ = Então: 6 . x = 8 . 900 ⇒ x = = 1 200
50 + 48 50 6

29400 x Concluindo, o automóvel percorrerá 1 200 km em 8


Como x + y = 29400, então = horas.
98 50
29400 ⋅ 50 Vamos analisar outra situação em que usamos a
⇒x= ⇒ 15.000 regra de três.
98
Um automóvel, com velocidade média de 90 km/h,
Portanto y = 14 400.
percorre um certo espaço durante 8 horas. Qual será o
tempo necessário para percorrer o mesmo espaço com
Concluindo, a primeira turma deve receber R$
uma velocidade de 60 km/h?
15.000,00 da empreiteira, e a segunda, R$ 14.400,00.
Grandeza 1: tempo Grandeza 2: velocidade
Observação: Firmas de projetos costumam cobrar
(horas) (km/h)
cada trabalho usando como unidade o homem-hora. O
nosso problema é um exemplo em que esse critério
poderia ser usado, ou seja, a unidade nesse caso seria 8 90
homem-dia. Seria obtido o valor de R$ 300,00 que é o
resultado de 15 000 : 50, ou de 14 400 : 48. x 60
REGRA DE TRÊS SIMPLES A resposta à pergunta "Mantendo o mesmo espaço
percorrido, se aumentarmos a velocidade, o tempo
REGRA DE TRÊS SIMPLES aumentará?" é negativa. Vemos, então, que as gran-
Retomando o problema do automóvel, vamos dezas envolvidas são inversamente proporcionais.

Raciocínio Lógico 118


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Como a proporção é inversa, será necessário inver- ralmente, no nosso exemplo, fica mais fácil inverter a
termos a ordem dos termos de uma das colunas, tor- coluna da grandeza 2.
nando a proporção direta. Assim:
10 6 2000
8 60

x 90 x 20 1680

Escrevendo a proporção, temos: Agora, vamos escrever a proporção:


8 60 8 ⋅ 90 10 6 2000
= ⇒ x= = 12 = ⋅
x 90 60 x 20 1680
Concluindo, o automóvel percorrerá a mesma (Lembre-se de que uma grandeza proporcional a
distância em 12 horas. duas outras é proporcional ao produto delas.)
10 12000 10 ⋅ 33600
= ⇒ x= = 28
Regra de três simples é um processo prático utilizado x 33600 12000
para resolver problemas que envolvam pares de
grandezas direta ou inversamente proporcionais. Concluindo, serão necessárias 28 máquinas.
Essas grandezas formam uma proporção em que se
conhece três termos e o quarto termo é procurado.

REGRA DE TRÊS COMPOSTA


Vamos agora utilizar a regra de três para resolver PORCENTAGEM
problemas em que estão envolvidas mais de duas
grandezas proporcionais. Como exemplo, vamos anali- 1. INTRODUÇÃO
sar o seguinte problema. Quando você abre o jornal, liga a televisão ou olha
vitrinas, frequentemente se vê às voltas com
Numa fábrica, 10 máquinas trabalhando 20 dias expressões do tipo:
produzem 2 000 peças. Quantas máquinas serão ne- "O índice de reajuste salarial de março é de
cessárias para se produzir 1 680 peças em 6 dias? 16,19%."
"O rendimento da caderneta de poupança em
Como nos problemas anteriores, você deve verificar fevereiro foi de 18,55%."
a natureza da proporção entre as grandezas e escre- "A inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de
ver essa proporção. Vamos usar o mesmo modo de 381,1351%.
dispor as grandezas e os valores envolvidos. "Os preços foram reduzidos em até 0,5%."

Grandeza 1: Grandeza 2: Grandeza 3: Mesmo supondo que essas expressões não sejam
número de máquinas dias número de peças completamente desconhecidas para uma pessoa, é
importante fazermos um estudo organizado do assunto
porcentagem, uma vez que o seu conhecimento é fer-
10 20 2000 ramenta indispensável para a maioria dos problemas
relativos à Matemática Comercial.
x 6 1680
2. PORCENTAGEM
Natureza da proporção: para estabelecer o sentido O estudo da porcentagem é ainda um modo de
das setas é necessário fixar uma das grandezas e comparar números usando a proporção direta. Só que
relacioná-la com as outras. uma das razões da proporção é um fração de denomi-
nador 100. Vamos deixar isso mais claro: numa situa-
Supondo fixo o número de dias, responda à ques- ção em que você tiver de calcular 40% de R$ 300,00, o
tão: "Aumentando o número de máquinas, aumentará o seu trabalho será determinar um valor que represente,
número de peças fabricadas?" A resposta a essa ques- em 300, o mesmo que 40 em 100. Isso pode ser resu-
tão é afirmativa. Logo, as grandezas 1 e 3 são direta- mido na proporção:
mente proporcionais. 40 x
=
Agora, supondo fixo o número de peças, responda 100 300
à questão: "Aumentando o número de máquinas, au-
mentará o número de dias necessários para o traba- Então, o valor de x será de R$ 120,00.
lho?" Nesse caso, a resposta é negativa. Logo, as Sabendo que em cálculos de porcentagem será
grandezas 1 e 2 são inversamente proporcionais. necessário utilizar sempre proporções diretas, fica
claro, então, que qualquer problema dessa natureza
Para se escrever corretamente a proporção, deve- poderá ser resolvido com regra de três simples.
mos fazer com que as setas fiquem no mesmo sentido,
invertendo os termos das colunas convenientes. Natu- 3. TAXA PORCENTUAL

Raciocínio Lógico 119


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O uso de regra de três simples no cálculo de por- No 1.° fato, R$ 24 000,00 é uma compensação em
centagens é um recurso que torna fácil o entendimento dinheiro que se recebe por emprestar uma quantia por
do assunto, mas não é o único caminho possível e determinado tempo.
nem sequer o mais prático.
No 2.° fato, R$ 750,00 é uma compensação em di-
Para simplificar os cálculos numéricos, é nheiro que se paga quando se compra uma mercadoria
necessário, inicialmente, dar nomes a alguns termos. a prazo.
Veremos isso a partir de um exemplo.
Assim:
Exemplo: Quando depositamos ou emprestamos certa quan-
Calcular 20% de 800. tia por determinado tempo, recebemos uma
20 compensação em dinheiro.
Calcular 20%, ou de 800 é dividir 800 em Quando pedimos emprestada certa quantia por de-
100 terminado tempo, pagamos uma compensação
100 partes e tomar 20 dessas partes. Como a em dinheiro.
centésima parte de 800 é 8, então 20 dessas partes Quando compramos uma mercadoria a prazo, pa-
será 160. gamos uma compensação em dinheiro.

Chamamos: 20% de taxa porcentual; 800 de Pelas considerações feitas na introdução, podemos
principal; 160 de porcentagem. dizer que :
Juro é uma compensação em dinheiro que se
Temos, portanto: recebe ou que se paga.
Principal: número sobre o qual se vai calcular a
porcentagem.
Taxa: valor fixo, tomado a partir de cada 100 partes Nos problemas de juros simples, usaremos a se-
do principal. guinte nomenclatura: dinheiro depositado ou empres-
Porcentagem: número que se obtém somando cada tado denomina-se capital.
uma das 100 partes do principal até conseguir a
taxa. O porcentual denomina-se taxa e representa o juro
recebido ou pago a cada R$100,00, em 1 ano.
A partir dessas definições, deve ficar claro que, ao
calcularmos uma porcentagem de um principal conhe- O período de depósito ou de empréstimo denomina-
cido, não é necessário utilizar a montagem de uma se tempo.
regra de três. Basta dividir o principal por 100 e to-
marmos tantas destas partes quanto for a taxa. Veja- A compensação em dinheiro denomina-se juro.
mos outro exemplo.
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE JUROS SIMPLES
Exemplo:
Calcular 32% de 4.000. Vejamos alguns exemplos:
Primeiro dividimos 4 000 por 100 e obtemos 40, que
é a centésima parte de 4 000. Agora, somando 32 par- 1.° exemplo: Calcular os juros produzidos por um
tes iguais a 40, obtemos 32 . 40 ou 1 280 que é a res- capital de R$ 720 000,00, empregado a 25% ao a-
posta para o problema. no, durante 5 anos.
De acordo com os dados do problema, temos:
Observe que dividir o principal por 100 e multiplicar 25% em 1ano ⇒ 125% (25 . 5) em 5 anos
o resultado dessa divisão por 32 é o mesmo que multi- 125
125% = = 1,25
32 100
plicar o principal por ou 0,32. Vamos usar esse
100
raciocínio de agora em diante: Nessas condições, devemos resolver o seguinte
problema:
Calcular 125% de R$ 720 000,00. Dai:
Porcentagem = taxa X principal
x = 125% de 720 000 =
1,25 . 720 000 = 900 000.
JUROS SIMPLES 900.000 – 720.000 = 180.000
Resposta: Os juros produzidos são de R$
Consideremos os seguintes fatos:
180.000,00
• Emprestei R$ 100 000,00 para um amigo pelo
prazo de 6 meses e recebi, ao fim desse tempo,
2.° exemplo: Apliquei um capital de R$ 10.000,00 a
R$ 24 000,00 de juros.
uma taxa de 1,8% ao mês, durante 6 meses. Quan-
• O preço de uma televisão, a vista, é R$
to esse capital me renderá de juros?
4.000,00. Se eu comprar essa mesma televisão
1,8% em 1 mês ⇒ 6 . 1,8% = 10,8% em 6 meses
em 10 prestações, vou pagar por ela R$
4.750,00. Portanto, vou pagar R$750,00 de ju- 10,8
10,8% = = 0,108
ros. 100

Raciocínio Lógico 120


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Dai: cada prestação mensal, se todas elas são i-


x = 0,108 . 10 000 = 1080 guais.
Resposta: Renderá juros de R$ 1 080,00. - Comprei um aparelho de som no prazo de 8 me-
ses. O preço original do aparelho era de R$
3.° exemplo: Tomei emprestada certa quantia du- 800,00 e os juros simples cobrados pela firma
rante 6 meses, a uma taxa de 1,2% ao mês, e devo foram de R$ 160,00. Qual foi a taxa (%) mensal
pagar R$ 3 600,00 de juros. Qual foi a quantia em- dos juros cobrados?
prestada?
De acordo com os dados do problema: Respostas
1,2% em 1 mês ⇒ 6 . 1,2% = 7,2% em 6 meses R$ 4 400,00
7,2 R$ 70 000,00
7,2% = = 0,072 R$ 48 000,00 e R$ 248 000,00
100 R$ 5 220,00
Nessas condições, devemos resolver o seguinte 1,1%
problema: R$ 1 075,00 e R$ 215,00
3 600 representam 7,2% de uma quantia x. Calcule 2,5%
x.
JUROS COMPOSTOS
Dai:
3600 = 0,072 . x ⇒ 0,072x = 3 600 ⇒ 1. Introdução
3600 O dinheiro e o tempo são dois fatores que se
x=
0,072 encontram estreitamente ligados com a vida das
x = 50 000 pessoas e dos negócios. Quando são gerados ex-
Resposta: A quantia emprestada foi de R$ cedentes de fundos, as pessoas ou as empresas,
50.000,00. aplicam-no a fim de ganhar juros que aumentem o
capital original disponível; em outras ocasiões, pelo
4.° exemplo: Um capital de R$ 80 000,00, aplicado contrário, tem-se a necessidade de recursos
durante 6 meses, rendeu juros de R$ 4 800,00. financeiros durante um período de tempo e deve-se
Qual foi a taxa (em %) ao mês? pagar juros pelo seu uso.
De acordo com os dados do problema:
x% em 1 mês ⇒ (6x)% em 6 meses Em período de curto-prazo utiliza-se, geralmente,
Devemos, então, resolver o seguinte problema: como já se viu, os juros simples. Já em períodos de
4 800 representam quantos % de 80 000? longo-prazo, utiliza-se, quase que exclusivamente, os
Dai: juros compostos.
4 800 = 6x . 80 000 ⇒ 480 000 x = 4 800
4 800 48 2. Conceitos Básicos
x= ⇒ x= ⇒ x = 0,01 No regime dos juros simples, o capital inicial sobre
480 000 4 800 o qual calculam-se os juros, permanece sem variação
1 alguma durante todo o tempo que dura a operação. No
0,01 = =1%
100 regime dos juros compostos, por sua vez, os juros que
Resposta: A taxa foi de 1% ao mês. vão sendo gerados, vão sendo acrescentados ao
capital inicial, em períodos determinados e, que por
Resolva os problemas: sua vez, irão gerar um novo juro adicional para o
- Emprestando R$ 50 000,00 à taxa de 1,1% ao período seguinte.
mês, durante 8 meses, quanto deverei receber
de juros? Diz-se, então, que os juros capitalizam-se e que se
- Uma pessoa aplica certa quantia durante 2 anos, está na presença de uma operação de juros
à taxa de 15% ao ano, e recebe R$ 21 000,00 compostos.
de juros. Qual foi a quantia aplicada?
- Um capital de R$ 200 000,00 foi aplicado duran- Nestas operações, o capital não é constante a-
te 1 ano e 4 meses à taxa de 18% ao ano. No fi- través do tempo; pois aumenta ao final de cada
nal desse tempo, quanto receberei de juros e período pela adição dos juros ganhos de acordo com a
qual o capital acumulado (capital aplicado + ju- taxa acordada.
ros)?
- Um aparelho de televisão custa R$ 4 500,00. Esta diferença pode ser observada através do
Como vou comprá-lo no prazo de 10 meses, a seguinte exemplo:
loja cobrará juros simples de 1,6% ao mês.
Quanto vou pagar por esse aparelho. Exemplo 1: Suponha um capital inicial de R$
- A quantia de R$ 500 000,00, aplicada durante 6 1.000,00 aplicado à taxa de 30.0 % a.a. por um
meses, rendeu juros de R$ 33 000,00. Qual foi período de 3 anos a juros simples e compostos. Qual
a taxa (%) mensal da aplicação será o total de juros ao final dos 3 anos sob cada um
- Uma geladeira custa R$ 1 000,00. Como vou dos rearmes de juros?
compra-la no prazo de 5 meses, a loja vendedo-
ra cobrara juros simples de 1,5% ao mês. Quan- Pelo regime de juros simples:
to pagarei por essa geladeira e qual o valor de J = c . i . t = R$ 1.000,00 (0,3) (3) = R$ 900,00

Raciocínio Lógico 121


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Pelo regime de juros compostos: Exemplo 1 - A Cia. Descontada descontou um título no


Banco Recíproco com o valor nominal de $2.000,00 vencível
J = Co  1 + i − 1 =
( )
n

  
dentro de 4 meses, à taxa contratada de 5% a.a. Calcular o

[ ]
desconto comercial e o valor liquido recebido pela empresa.
J = R$1.000,00 (1,3) − 1 = R$1.197,00
3

Resolução:
Para calcular o desconto comercial, vamos utilizar a
Demonstrando agora, em detalhes, o que se fórmula:
passou com os cálculos, temos: Df = VF. d . n. = 2.000 (0,05) (4) = 400
Ano Juros simples Juros Compostos A seguir, vamos calcular o valor liquido recebido, usando
1 R$ 1.000,00(0,3) = R$ 300,00 R$ 1.000,00(0,3) = R$ 300,00
a fórmula:
2 R$ 1.000,00(0,3) = R$ 300,00 R$ 1.300,00(0,3) = R$ 390,00
3 R$ 1.000,00(0,3) = R$ 300,00 R$ 1.690,00(0,3) = R$ 507,00 VP = VF(1 – d . n) = 2.000(1 - 0,20) =
R$ 900,00 R$ 1.197,00 VP = 1.600

Vamos dar outro exemplo de juros compostos: Exemplo 2 - Uma empresa descontou em um banco uma
duplicata. Recebeu $166.667,00. Se este tipo de desconto é
Suponhamos que você coloque na poupança R$ de 60% a.a., e o vencimento da duplicata era de 4 meses
100,00 e os juros são de 10% ao mês. depois de seu desconto, qual era o valor nominal do título na
data de seu vencimento?
Decorrido o primeiro mês você terá em sua
Resolução:
poupança: 100,00 + 10,00 = 110,00
Vamos utilizar a fórmula do desconto:
No segundo mês você terá:110,00 + 11,00 =111,00
VP ⋅ d ⋅ n
No terceiro mês você terá: 111,00 + 11,10 = 111,10 Df =
1− d⋅n
E assim por diante. VP = $166.667 d = 0,6
Para se fazer o cálculo é fácil: basta calcular os a.a. n = 4/12 =1/3
juros de cada mês e adicionar ao montante do mês
anterior. Sabendo-se que Df = VP . d . n e que VF = VP + Df vem:
DESCONTO SIMPLES D f = ( VF + D f )d ⋅ n = VP ⋅ d ⋅ n + D ⋅ d ⋅ n
D − D ⋅ d ⋅ n = VP ⋅ d ⋅ n
Desconto é uma operação de crédito que se realiza, prin-
VP ⋅ d ⋅ n
cipalmente, em instituições financeiras bancárias ou monetá- D(1 − d ⋅ n) = VP ⋅ d ⋅ n ∴ Df =
rias, e consiste em que estas instituições aceitem títulos de (1 − d ⋅ n)
166.667( 0,6)(1 3)
crédito, tais como notas promissórias e duplicatas mercantis,
entre outros antes da data de seus vencimentos, e descon- 33.333
Df = = =
tem de seus valores nominais, o equivalente aos juros do 1 − ( 0,6)(1 3) 0,8
mercado mais comissões de serviço, além do IOF - Imposto
sobre Operações Financeiras. Este imposto é da União e a Df =$41.667,00
instituição de crédito apenas recolhe-o do cliente financiado,
creditando o erário público. Dependendo da política de crédi- Utilizando a fórmula VF = VP + D, temos:
to do governo e do momento econômico, os bancos costu- VF = 166.667, + 41.667, = $208.334,00
mam exigir dos financiados uma manutenção de saldo mé-
dio, deixando parte do empréstimo vinculado à conta corren- Exemplo 3 - Uma empresa desconta um titulo, pelo qual
te. Esta operação é chamada de reciprocidade bancária. recebe $87.912,00. A taxa contratada é de 55% a.a. e o
Depois de todos estes descontos sobre o valor nominal do valor nominal do titulo é de $100.000,00 . Calcular quanto
título, ao financiado resta o valor líquido recebido. Esta mo- tempo falta para o vencimento do título.
dalidade de desconto, é a que denominamos de desconto
comercial, ou bancário, ou por fora. Resolução:
VF = $100.000 d = 0,55 a.a. VP = $ 87.912
Desconto Comercial, Bancário ou Por Fora Df = 100.000 - 87.912 = 12.088
Esta modalidade de desconto é a mais utilizada, a curto
prazo, no Brasil. As fórmulas utilizadas são as seguintes: Usando a fórmula Df = VF. d . n, temos:
12.088
12.088 = 100.000(0,55)n ∴ n= =
e VP = VF(1 – d . n) 55.000

onde: n = 0,21978 anos (12 meses) = 2,64 meses, n = 0,64


Df = valor do desconto efetuado. meses = 19,2 dias ≅ 19 dias
VF = valor nominal do título, ou seja, o valor futuro. o prazo é de 2 meses e 19 dias.
n = prazo da operação ou prazo de vencimento do título.
d = taxa de juros utilizada no desconto do título. 2. Desconto Racional ou por Dentro
VP = valor presente ou valor líquido recebido pelo título Esta modalidade de desconto simples, praticamente, não
descontado. é utilizada no Brasil, em operações de desconto e, vamos

Raciocínio Lógico 122


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ver porque, mais adiante. Este tipo de desconto representa, valor nominal do título = 100.000
precisamente, o conceito de juros, já que é mensurado a Prazo = 60 dias; IOF = 0,0041% ao dia;
partir do capital reaImente utilizado na operação. Taxa mensal = 5%.
As fórmulas utilizadas são: Calcular a taxa de custo efetivo e o desconto no ato.
VF ⋅ i ⋅ n
Dd = VP . i . n ou Dd = Resolução:
1+ i ⋅ n Temos: D1=C . i . n/100 =10.000
C ⋅ IOF ⋅ n 100.000(0,0041)(60) D = 246,00
Exemplo 4 - Se um banco realiza operações de desconto D2 = = = 2
à taxa de juros de 50% a.a. e uma empresa deseja descon- 100 100
tar um título, com data de vencimento de 15 de agosto, em
15 de junho, de valor nominal de $185.000,00 qual será o Onde: D1 = desconto de juros, D2 = desconto de IOF
valor líquido a receber? O desconto total será: D1 + D2 =10.000 + 246 =10.246
O valor descontado do título = Valor nominal - desconto
Resolução: total =100.000 - 10.246 = 89.754
VF = $185.000,00 n = 2/12 = 1/6 = 0,50 Custo efetivo = (100.000/89.754)1/2 - 1 = 0,055 ou 5,5%
VP = valor Líquido Recebido ao mês.
Como neste caso temos o VF, vamos utilizar a fórmula
do VP = Dd 4. Saldo Médio para Reciprocidade
185.000(0,5)(1 6)
O saldo médio, eventualmente, solicitado pela instituição
15.417 financeira, como reciprocidade, influi no custo total da opera-
Dd = = = $14.231
1 + (0,5)(1 6) 1083333
, ção de desconto de títulos.
VL = $185.000 - $14.231 = $170.769, (valor líquido recebido) Exemplo 1 - A Cia Emperrada descontou no Banco Des-
conta Tudo, uma duplicata. A operação teve os seguintes
Podemos observar que, no regime de juros simples, o parâmetros:
desconto racional aplicado ao valor nominal é igual dos juros Valor nominal do título = $10.000.
devidos sobre o capital inicial (VP), que é o valor descontado Prazo de vencimento do título = 3 meses (90 dias)
(VF – Dd), desde que ambos sejam calculados à mesma IOF = 0,0041% ao dia, Taxa de desconto = 6% ao mês
taxa (taxa de juros da operação = taxa).
Exemplo 5 - Uma empresa descontou em um banco uma Determinar o fluxo de caixa da empresa e o custo efetivo
duplicata. Recebeu $166.677,00. Se a taxa de desconto é de anual, nas hipóteses de:
60% a.a. e o vencimento do título era quatro meses depois - não haver exigência de saldo médio (reciprocidade); e
de seu desconto, qual era o valor nominal do título na data - exigência de um saldo médio de 30%
de seu vencimento?
Resolução:
Resolução: a) não haver existência de reciprocidade
VP = 166.677, i = 0,60 n = 1/3 Valor do IOF, em $: IOF = 10.000(0,0041/100)
Fórmula: VF = VP(1 + i . n) (90) = $36,90
VF = 166.677(1 +(0,6) (1/3) = $200.000 Valor do Desconto: D = 10.000 / 6 / 3000) (90) =
$1.800
Comparando este exemplo com o exemplo 1.9.2., obser- Valor Líquido, na data zero: 10.000 - IOF - D =10.000
vamos a diferença, no valor dos juros, entre a modalidade de - 36,90 - 1.800 = 58,163,10
desconto comercial e o desconto racional: Valor a desembolsar, dentro de 90 dias =10.000
Juros pelo desconto racional: Primeiramente, calculamos o custo mensal efetivo
$200.000 - $166.667 = $ 33.333
( Valor nominal)
13
(iem ) =
$208.333 - $166.667 = $ 41.667
i em = −1=
Esta é uma das principais razões que justificam a
Valor do desconto
escolha, pelos bancos, pela utilização do desconto bancário,
i em =
(10.000,00)1 3 − 1 = 0,07 ou 7% ao mes
ao invés do desconto racional: maior taxa de desconto sobre 8.163,10
o mesmo valor descontado.
( )
12
− 1 = (107
, )
12
iea = 1 + iem − 1 = 12522
, ou 125,22% a. a.
3. Desconto Comercial e a Taxa de IOF b) com reciprocidade de 30%
O Imposto sobre Operações Financeiras é defini do pelo O saldo médio de 30% sobre $10.000 é de $3.000, que
Banco Central do Brasil e, na data que elaborávamos este deverá ficar sem movimentação pela companhia, na sua
trabalho, as alíquotas vigentes em relação aos tipos de ope- conta bancária, durante o prazo da operação. Assim, temos:
rações eram as seguintes: valor líquido recebido, na data zero: 8,163,10 - 3,000 =
$5.163,10
TIPO _______________________________I O F valor de resgate, daqui a 3 meses: 10.000 - 3.000 =
Operações até 364 dias ...........................................0,0041% ao dia $7.000
Operações com prazo 360 dias ....................................1,5% no ato
iem = (7000 5163,10)
13
− 1 = 0,1068 ou 10,68% a.m.
Crédito Direto ao Consumidor (CDC)..........0,3% a.m. e máx. 3,6%
Desconto de Duplicatas...........................................0,0041% ao dia iea = (11068
Repasses governamentais............................................1,5% no ato
, ) 12
− 1 = 2,3783 ou 237,83% a. a.
EQUAÇÕES
Exemplo 1 - Considerando uma situação de desconto de EXPRESSÕES LITERAIS OU ALGÉBRICAS
duplicata com as seguintes condições:

Raciocínio Lógico 123


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2 2
IGUALDADES E PROPRIEDADES Exemplos: 1)2a b – 5x 2)3x + 2b+ 1
São expressões constituídas por números e letras,
unidos por sinais de operações. Polinômios na variável x são expressões polinomiais
com uma só variável x, sem termos semelhantes.
2 2
Exemplo: 3a ; –2axy + 4x ; xyz; x + 2 , é o mes-
3 Exemplo:
2 2 2
mo que 3.a ; –2.a.x.y + 4.x ; x.y.z; x : 3 + 2, as letras a, 5x + 2x – 3 denominada polinômio na variável x cuja
x, y e z representam um número qualquer. 2 3 n
forma geral é a0 + a1x + a2x + a3x + ... + anx , onde a0,
a1, a2, a3, ..., an são os coeficientes.
Chama-se valor numérico de uma expressão algé-
brica quando substituímos as letras pelos respectivos Grau de um polinômio não nulo, é o grau do monô-
valores dados: mio de maior grau.
2 2 4 2
Exemplo: 3x + 2y para x = –1 e y = 2, substituin- Exemplo: 5a x – 3a x y + 2xy
do os respectivos valores temos, 3.(–1) + 2.2 → 3 . 1+
2

4 → 3 + 4 = 7 é o valor numérico da expressão. Grau 2+1 = 3, grau 4+2+1= 7, grau 1+1= 2, 7 é o


maior grau, logo o grau do polinômio é 7.
Exercícios
Calcular os valores numéricos das expressões: Exercícios
3x – 3y para x = 1 e y =3 Dar os graus e os coeficientes dos monômios:
2
x + 2a para x =–2 e a = 0 a)–3x y z grau coefciente__________
2 7 2 2
5x – 2y + a para x =1, y =2 e a =3 b)–a x z grau coeficiente__________
Respostas: 1) –6 2) –2 3) 4 c) xyz grau coeficiente__________

Termo algébrico ou monômio: é qualquer número Dar o grau dos polinômios:


4 2
real, ou produto de números, ou ainda uma expressão a) 2x y – 3xy + 2x grau __________
5 2
na qual figuram multiplicações de fatores numéricos e b) –2+xyz+2x y grau __________
literais.
Exemplo:
4
5x , –2y, 3 x , –4a , 3,–x Respostas:
1) a) grau 4, coeficiente –3
b) grau 11, coeficiente –1
Partes do termo algébrico ou monômio.
c) grau 3, coeficiente 1
Exemplo: 2) a) grau 5 b) grau 7
sinal (–)
5
–3x ybz 3 coeficiente numérico ou parte numérica CÁLCULO COM EXPRESSÕES LITERAIS
5
x ybz parte literal
Adição e Subtração de monômios e expressões poli-
Obs.: nômios: eliminam-se os sinais de associações, e redu-
As letras x, y, z (final do alfabeto) são usadas como zem os termos semelhantes.
variáveis (valor variável)
quando o termo algébrico não vier expresso o coefi- Exemplo:
2 2
ciente ou parte numérica fica subentendido que 3x + (2x – 1) – (–3a) + (x – 2x + 2) – (4a)
2 2
este coeficiente é igual a 1. 3x + 2x – 1 + 3a + x – 2x + 2 – 4a =
2 2
3x + 1.x + 2x – 2x + 3a – 4a – 1 + 2 =
3 4 3 4 2
Exemplo: 1) a bx = 1.a bx 2) –abc = –1.a.b.c (3+1)x + (2–2)x + (3–4)a – 1+2 =
2
Termos semelhantes: Dois ou mais termos são se- 4x + 0x – 1.a + 1 =
2
melhantes se possuem as mesmas letras elevadas aos 4x – a + 1
mesmos expoentes e sujeitas às mesmas operações.
Obs.: As regras de eliminação de parênteses são as
Exemplos: mesmas usadas para expressões numéricas no conjun-
3 3 3
a bx, –4a bx e 2a bx são termos semelhantes. to Z.
3 3 3 Exercícios. Efetuar as operações:
–x y, +3x y e 8x y são termos semelhantes.
1) 4x + (5a) + (a –3x) + ( x –3a)
2 2 2
Grau de um monômio ou termo algébrico: E a 2) 4x – 7x + 6x + 2 + 4x – x + 1
soma dos expoentes da parte literal. 2
Respostas: 1) 2x +3a 2) 9x – 3x + 3
Exemplos:
4 3 4 3 1
1) 2 x y z = 2.x .y .z (somando os expoentes da MULTIPLICAÇÃO DE EXPRESSÕES ALGÉBRICAS
parte literal temos, 4 + 3 + 1 = 8) grau 8.
Multiplicação de dois monômios: Multiplicam-se os
Expressão polinômio: É toda expressão literal coeficientes e após o produto dos coeficientes escre-
constituída por uma soma algébrica de termos ou mo- vem-se as letras em ordem alfabética, dando a cada
nômios. letra o novo expoente igual à soma de todos os expoen-
tes dessa letra e repetem-se em forma de produto as

Raciocínio Lógico 124


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letras que não são comuns aos dois monômios. x=4

Exemplos: Sabendo que o valor de x é igual 4 substitua este va-


4 3 2 3 4+1 3+2 1+3
1) 2x y z . 3xy z ab = 2.3 .x . y . z .a.b = lor em qualquer uma das equações ( I ou II ),
5 5 4
6abx y z Substitui em I fica:
2 2+1 1 +1 3 2
2) –3a bx . 5ab= –3.5. a .b . x = –15a b x 4+y=7 ⇒ y=7–4 ⇒ y=3

Exercícios: Efetuar as multiplicações. Se quisermos verificar se está correto, devemos


2 3 3
1) 2x yz . 4x y z = substituir os valores encontrados x e y nas equações
3 2 2 2
2) –5abx . 2a b x = x+y=7 x–y=1
4 +3 = 7 4–3=1
5 4 2 3 3 5
Respostas: 1) 8x y z 2) –10a b x
Dizemos que o conjunto verdade: V = {(4, 3)}
EQUAÇÕES DO 1.º GRAU 2x + y = 11 - I
Exemplo 2 : 
 x + y = 8 - II
Equação: É o nome dado a toda sentença algébrica
que exprime uma relação de igualdade.
Note que temos apenas a operação +, portanto de-
vemos multiplicar qualquer uma ( I ou II) por –1, esco-
Ou ainda: É uma igualdade algébrica que se verifica
lhendo a II, temos:
somente para determinado valor numérico atribuído à
variável. Logo, equação é uma igualdade condicional. 2x + y = 11 2x + y = 11
 →
 x + y = 8 . ( - 1) - x − y = − 8
Exemplo: 5 + x = 11
↓ ↓ soma-se membro a membro
0 0
1 .membro 2 .membro 2x + y = 11
 +
onde x é a incógnita, variável ou oculta.  - x - y =-8
x+0 = 3
Resolução de equações x=3
Para resolver uma equação (achar a raiz) seguire- Agora, substituindo x = 3 na equação II: x + y = 8, fi-
mos os princípios gerais que podem ser aplicados numa ca 3 + y = 8, portanto y = 5
igualdade. Exemplo 3:
Ao transportar um termo de um membro de uma i-
5x + 2y = 18 -Ι
gualdade para outro, sua operação deverá ser invertida. 
Exemplo: 2x + 3 = 8 + x 3x - y = 2 - ΙΙ
fica assim: 2x – x = 8 – 3 = 5 ⇒ x = 5
neste exemplo, devemos multiplicar a equação II por
Note que o x foi para o 1.º membro e o 3 foi para o 2 (para “desaparecer” a variável y).
2.º membro com as operações invertidas. 5x + 2y = 18 5 x + 2 y = 18
Dizemos que 5 é a solução ou a raiz da equação, di-  ⇒
3x - y = 2 .(2) 6 x − 2 y = 4
zemos ainda que é o conjunto verdade (V).
soma-se membro a membro:
Exercícios 5x + 2y = 18
Resolva as equações : 6x – 2y = 4
1) 3x + 7 = 19 2) 4x +20=0 22
11x+ 0=22 ⇒ 11x = 22 ⇒ x = ⇒x=2
3) 7x – 26 = 3x – 6 11
Substituindo x = 2 na equação I:
Respostas: 1) x = 4 ou V = {4} 5x + 2y = 18
2) x = –5 ou V = {–5} 3) x = 5 ou V = {5} 5 . 2 + 2y = 18
10 + 2y = 18
EQUAÇÕES DO 1.º GRAU COM DUAS VARIÁVEIS 2y = 18 – 10
OU SISTEMA DE EQUAÇÕES LINEARES 2y = 8
8
y=
Resolução por adição. 2
 x+ y=7 -I y =4
Exemplo 1:  então V = {(2,4)}
 x − y = 1 - II
Exercícios. Resolver os sistemas de Equação Linear:
Soma-se membro a membro.
2x +0 =8 7 x − y = 20 5 x + y = 7 8 x − 4 y = 28
1)  2)  3) 
2x = 8 5 x + y = 16 8 x − 3 y = 2 2x − 2y = 10
8
x= Respostas: 1) V = {(3,1)} 2) V = {(1,2)} 3) V {(–3,2 )}
2

Raciocínio Lógico 125


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4 2 2
3) y – 4y b + 4b
INEQUAÇÕES DO 1.º GRAU
3.º Caso: Produto da soma pela diferença
2 2 2 2
Distinguimos as equações das inequações pelo sinal, (a – b) (a + b) = a – ab + ab +b = a – b
na equação temos sinal de igualdade (=) nas inequa- ↓ ↓ ↓ ↓
ções são sinais de desigualdade. 1.º 2.º 1.º 2.º
> maior que, ≥ maior ou igual, < menor que ,
≤ menor ou igual Resumindo: “O produto da soma pela diferença é
igual ao quadrado do 1.º menos o quadrado do 2.º.
Exemplo 1: Determine os números naturais de mo-
do que 4 + 2x > 12. Exercícios. Efetuar os produtos da soma pela dife-
4 + 2x > 12 rença:
2x > 12 – 4 1) (a – 2) (a + 2) 2) (2a – 3) (2a + 3)
2 2
3) (a – 1) (a + 1)
8
2x > 8 ⇒ x > ⇒ x>4
2 Respostas: 3.º caso
2 2
1) a – 4 2) 4a – 9
Exemplo 2: Determine os números inteiros de modo 4
3) a – 1
que 4 + 2x ≤ 5x + 13
4+2x ≤ 5x + 13 FATORAÇÃO ALGÉBRICA
2x – 5x ≤ 13 – 4
–3x ≤ 9 . (–1) ⇒ 3x ≥ – 9, quando multiplicamos por 1.º Caso: Fator Comum
(-1), invertemos o sinal dê desigualdade ≤ para ≥, fica:
−9 Exemplo 1:
3x ≥ – 9, onde x ≥ ou x ≥ – 3
3 2a + 2b: fator comum é o coeficiente 2, fica:
2 .(a+b). Note que se fizermos a distributiva voltamos
Exercícios. Resolva: no início (Fator comum e distributiva são “operações
1) x – 3 ≥ 1 – x, inversas”)
2) 2x + 1 ≤ 6 x –2
3) 3 – x ≤ –1 + x Exercícios. Fatorar:
1) 5 a + 5 b 2) ab + ax 3) 4ac + 4ab
Respostas: 1) x ≥ 2 2) x ≥ 3/4 3) x ≥ 2
PRODUTOS NOTÁVEIS
Respostas: 1.º caso
1) 5 .(a +b ) 2) a. (b + x)
1.º Caso: Quadrado da Soma 3) 4a. (c + b)
2 2 2
(a + b) = (a+b). (a+b)= a + ab + ab + b
↓ ↓ Exemplo 2:
⇒ a + 2ab +b
2 2 2
1.º 2.º 3a + 6a: Fator comum dos coeficientes (3, 6) é 3,
porque MDC (3, 6) = 3.
Resumindo: “O quadrado da soma é igual ao qua-
drado do primeiro mais duas vezes o 1.º pelo 2.º mais o 2
O m.d.c. entre: “a e a é “a” (menor expoente), então
quadrado do 2.º. 2
o fator comum da expressão 3a + 6a é 3a. Dividindo
2
3a : 3a = a e 6 a : 3 a = 2, fica: 3a. (a + 2).
Exercícios. Resolver os produtos notáveis
2 2 2 2
1)(a+2) 2) (3+2a) 3) (x +3a) Exercícios. Fatorar:
2 2 3 2
1) 4a + 2a 2) 3ax + 6a y 3) 4a + 2a
Respostas: 1.º caso
2 2
1) a + 4a + 4 2) 9 + 12a + 4a Respostas: 1.º caso 1) 2a .(2a + 1)
4 2 2 2
3) x + 6x a + 9a 2) 3a .(x + 2ay) 3) 2a (2a + 1)

2.º Caso : Quadrado da diferença 2.º Caso: Trinômio quadrado perfeito (É a “ope-
2 2 2
(a – b) = (a – b). (a – b) = a – ab – ab - b ração inversa” dos produtos notáveis caso 1)
↓ ↓
⇒ a – 2ab + b
2 2
1.º 2.º Exemplo 1
a + 2ab + b ⇒ extrair as raízes quadradas do ex-
2 2

Resumindo: “O quadrado da diferença é igual ao


quadrado do 1.º menos duas vezes o 1.º pelo 2.º mais o tremo a2 + 2ab + b2 ⇒ a 2 = a e b2 = b e o
2 2 2
quadrado do 2.º. termo do meio é 2.a.b, então a + 2ab + b = (a + b)
(quadrado da soma).
Exercícios. Resolver os produtos notáveis:
2 2 2 2
1) (a – 2) 2) (4 – 3a) 3) (y – 2b) Exemplo 2:
⇒ extrair as raízes dos extremos
2
4a + 4a + 1
Respostas: 2.º caso
2
1) a – 4a +4 2) 16 – 24a + 9a
2 4a + 4a + 1 ⇒ 4a2 = 2a , 1 = 1 e o termo cen-
2
2 2
tral é 2.2a.1 = 4a, então 4a + 4a + 1 = (2a + 1)
Raciocínio Lógico 126
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2x 14 x
Exercícios + 6x = , simplificando
x 2
Fatorar os trinômios (soma)
2 2 2
1) x + 2xy + y 2) 9a + 6a + 1 2 + 6x = 7x ⇒ equação do 1.º grau.
2
3) 16 + 8a + a
2 Resolvendo temos: 2 = 7x – 6x
Respostas: 2.º caso 1) (x + y) 2 = x ou x = 2 ou V = { 2 }
2 2
2) (3a + 1) 3) (4 + a)
Exercícios
Fazendo com trinômio (quadrado da diferença) Resolver as equações fracionárias:
2 2
x – 2xy + y , extrair as raízes dos extremos
3 1 3
1) + = x≠0
x2 = x e y 2 = y, o termo central é –2.x.y, então: x 2 2x
2 2 2
x – 2xy + y = (x – y) 1 5
2) + 1 = x≠0
x 2x
Exemplo 3:
2 Respostas: Equações: 1) V = {–3} 2) V = { 3 }
16 – 8a + a , extrair as raízes dos extremos 2
16 = 4 e a2 = a, termo central –2.4.a = –8a, RADICAIS
2 2
então: 16 – 8a + a = (4 – a)

Exercícios 4 = 2, 1 = 1, 9 = 3, 16 = 4 , etc., são raízes exa-


Fatorar: tas são números inteiros, portanto são racionais: 2=
2 2 2 2
1) x – 2xy + y 2) 4 – 4a + a 3) 4a – 8a + 4
1,41421356..., 3 = 1,73205807..., 5 =
Respostas: 2.º caso
2
1) (x – y) 2,2360679775..., etc. não são raízes exatas, não são
2) (2 – a)
2
3) (2a – 2)
2 números inteiros. São números irracionais. Do mesmo
modo 3 1 = 1, 3 8 = 2 , 3 27 = 3 , 3 64 = 4 ,etc., são
3.º Caso: (Diferença de dois quadrados) (note que
racionais, já 3 9 = 2,080083823052.., 3
20 =
é um binômio)
2,714417616595... são irracionais.
Exemplo 1
Nomes: n a = b : n = índice; a = radicando = sinal
a2 = a e
2 2
a – b , extrair as raízes dos extremos
da raiz e b = raiz. Dois radicais são semelhantes se o
b2 = b, então fica: a – b = (a + b) . (a – b)
2 2
índice e o radicando forem iguais.

Exemplo 2: Exemplos:
1) 2, 3 2, - 2 são semelhantes observe o n = 2
a2
2
4 – a , extrair as raízes dos extremos 4 = 2,
2
= a, fica: (4 – a ) = (2 – a). (2+ a) “raiz quadrada” pode omitir o índice, ou seja, 2 5 = 5
2) 53 7 , 3 7 , 23 7 são semelhantes
Exercícios. Fatorar:
2 2 2 2
1) x – y 2) 9 – b 3) 16x – 1
Operações: Adição e Subtração
Só podemos adicionar e subtrair radicais semelhan-
Respostas: 3.º caso 1) (x + y) (x – y)
tes.
2) (3 + b) (3 – b) 3) (4x + 1) (4x – 1)
Exemplos:
EQUAÇÕES FRACIONÁRIAS
3 2 − 2 2 + 5 2 = (3 − 2 + 5 ) 2 = 6 2
São Equações cujas variáveis estão no denominador 53 6 − 33 6 + 73 6 = (5 − 3 + 7 )3 6 = 93 6
4 1 3
Ex: = 2, + = 8, note que nos dois exem-
x x 2x Multiplicação e Divisão de Radicais
plos x ≠ 0, pois o denominador deverá ser sempre dife- Só podemos multiplicar radicais com mesmo índice e
rente de zero. usamos a propriedade: n a ⋅ n b = n ab

Para resolver uma equação fracionária, devemos a- Exemplos


char o m.m.c. dos denominadores e multiplicamos os 2 ⋅ 2 = 2.2 = 4 = 2
dois membros por este m.m.c. e simplificamos, temos
então uma equação do 1.º grau. 3 ⋅ 4 = 3 . 4 = 12

Ex:
1 7
+ 3 = , x ≠ 0, m.m.c. = 2x
3
3 ⋅ 3 9 = 3 3 . 9 = 3 27 = 3
x 2 3
5 ⋅ 3 4 = 3 5 . 4 = 3 20
1 7
2x . +3 = . 2x 3 ⋅ 5 ⋅ 6 = 3 . 5 . 6 = 90
x 2

Raciocínio Lógico 127


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3 3 3
Exercícios
3
128 = 23 ⋅ 23 ⋅ 2 = 23 ⋅ 23 ⋅ 3 2 = 2 ⋅ 2 ⋅ 3 2 = 43 2

Efetuar as multiplicações Exercícios


Simplificar os radicais:
1) 3⋅ 8 2) 5⋅ 5 3) 3 6 ⋅ 3 4 ⋅ 3 5
1) 20 2) 50 3) 3 40
Respostas: 1) 24 2) 5 3) 3 120
Respostas: 1) 2 5 2) 5 2 3) 2. 3 5
Para a divisão de radicais usamos a propriedade
Racionalização de Radiciação
a
também com índices iguais = a : b = a:b Em uma fração quando o denominador for um radical
b 2
devemos racionalizá-lo. Exemplo: devemos multipli-
3
Exemplos:
car o numerador e o denominador pelo mesmo radical
do denominador.
18
1) = 18 : 2 = 18 : 2 = 9 = 3 2 3 2 3 2 3 2 3
2 ⋅ = = =
3 3 3⋅3 9 3
20
2) = 20 : 10 = 20 : 10 = 2 2 2 3
10 e são frações equivalentes. Dizemos que
3 3
3
15 3 3 3 3
3) = 15 : 5 = 15 : 5 = 3 3 é o fator racionalizante.
3
5
Exercícios
Exercícios. Efetuar as divisões Racionalizar:
3
6 16 24 1 2 3
1) 2) 3) 1) 2) 3)
3
3 2 6 5 2 2
Respostas: 1) 2 2) 2 3) 2 5 6
Respostas: 1) 2) 2 3)
5 2
Simplificação de Radicais

Podemos simplificar radicais, extraindo parte de raí- 2


Outros exemplos: devemos fazer:
n n 3
zes exatas usando a propriedade a simplificar índice 2
com expoente do radicando. 2 3
22 2 ⋅ 3 22 23 4 23 4 3
Exemplos: ⋅ = = = = 4
3
21 3
22
3
21 ⋅ 2 2
3
23 2
1)Simplificar 12
decompor 12 em fatores primos: Exercícios.
12 2 Racionalizar:
2
6 2 12 = 22 ⋅ 3 = 22 ⋅ 3 = 2 3 1 3 3
2
1) 2) 3)
3 3 3
4 3 2 3
3
2
1
3 3 3
2) Simplificar 32 , decompondo 32 fica: 16 3 2 18
Respostas: 1) 2) 3)
32 2 4 2 3
16 2
8 2 EQUAÇÕES DO 2.º GRAU
4 2
2 2 Definição: Denomina-se equação de 2.º grau com
32 = 2 ⋅ 2 ⋅ 2 = 2 ⋅ 2 ⋅ 2 = 2 ⋅ 2 ⋅ 2 = 4 2
2 2 2 2 2 2 variável toda equação de forma:
2
ax + bx + c = 0
onde : x é variável e a,b, c ∈ R, com a ≠ 0.
3) Simplificar 3 128 , decompondo fica:
128 2 Exemplos:
2
64 2 3x - 6x + 8 = 0
2
32 2 2x + 8x + 1 = 0
2 2
16 2 x + 0x – 16 = 0 y -y+9 =0
2 2
8 2 - 3y - 9y+0 = 0 5x + 7x - 9 = 0
4 2
2 2 COEFICIENTE DA EQUAÇÃO DO 2.º GRAU
1 Os números a, b, c são chamados de coeficientes da
fica equação do 2.º grau, sendo que:
2
a representa sempre o coeficiente do termo x .

Raciocínio Lógico 128


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∆ = b - 4ac
2
b representa sempre o coeficiente do termo x. ou
− b ± b2 − 4 a c
c é chamado de termo independente ou termo x=
constante. 2a −b ± ∆
x=
Exemplos: 2a
2 2
a)3x + 4x + 1= 0 b) y + 0y + 3 = 0
a =3,b = 4,c = 1 a = 1,b = 0, c = 3 Exemplos:
2 2 2
c) – 2x –3x +1 = 0 d) 7y + 3y + 0 = 0 a) 2x + 7x + 3 = 0 a = 2, b =7, c = 3
− (+ 7 ) ± (7 ) − 4 ⋅ 2 ⋅ 3
a = –2, b = –3, c = 1 a = 7, b = 3, c = 0 2
− b ± b2 − 4 a c
x= ⇒ x=
Exercícios 2a 2⋅2
Destaque os coeficientes: − (+ 7 ) ± 49 − 24 − (+ 7 ) ± 25
2
1)3y + 5y + 0 = 0
2
2)2x – 2x + 1 = 0 x= ⇒x =
2 2 4 4
− (+ 7 ) ± 5
3)5y –2y + 3 = 0 4) 6x + 0x +3 = 0
−7 + 5 -2 -1
x= ⇒x'= = =
Respostas: 4 4 4 2
1) a =3, b = 5 e c = 0 −7 − 5 -12
x"= = =-3
2)a = 2, b = –2 e c = 1 4 4
3) a = 5, b = –2 e c =3 −1 
4) a = 6, b = 0 e c =3 S =  , - 3
 2 
EQUAÇÕES COMPLETAS E INCOMPLETAS
Temos uma equação completa quando os ou
2
coeficientes a , b e c são diferentes de zero. b) 2x +7x + 3 = 0 a = 2, b = 7, c = 3
∆ = b – 4.a. c
2
Exemplos:
∆ =7 – 4 . 2 . 3
2

∆ = 49 – 24
2
3x – 2x – 1= 0
2
y – 2y – 3 = 0 São equações completas. ∆ = 25
− (+ 7 ) ± 25 − (+ 7 ) ± 5
2
y + 2y + 5 = 0
x= ⇒x =
Quando uma equação é incompleta, b = 0 ou c = 0, 4 4
costuma-se escrever a equação sem termos de coefici- −7 + 5 -2 -1
⇒ ‘x'= = = e
ente nulo. 4 4 2
−7 − 5 -12
Exemplos: x"= = =-3
2 4 4
x – 16 = 0, b = 0 (Não está escrito o termo x)
2 −1 
x + 4x = 0, c = 0 (Não está escrito o termo inde- S =  , - 3
pendente ou termo constante) 2 
2
x = 0, b = 0, c = 0 (Não estão escritos
o termo x e termo independente) Observação: fica ao SEU CRITÉRIO A ESCOLHA
DA FORMULA.
FORMA NORMAL DA EQUAÇÃO DO 2.º GRAU
2
ax + bx + c = 0 EXERCÍCIOS
Resolva as equações do 2.º grau completa:
2
EXERCÍCIOS 1) x – 9x +20 = 0
2
Escreva as equações na forma normal: 2) 2x + x – 3 = 0
2 2 2 2 2
1) 7x + 9x = 3x – 1 2) 5x – 2x = 2x + 2 3) 2x – 7x – 15 = 0
2 2 2
Respostas: 1) 4x + 9x + 1= 0 2) 3x – 2x –2 = 0 4) x +3x + 2 = 0
2
5) x – 4x +4 = 0
Resolução de Equações Completas Respostas
Para resolver a equação do 2.º Grau, vamos utilizar a 1) V = { 4 , 5)
fórmula resolutiva ou fórmula de Báscara. −3
2
A expressão b - 4ac, chamado discriminante de 2) V = { 1, }
2
equação, é representada pela letra grega ∆ (lê-se −3
deita). 3) V = { 5 , }
2
4) V = { –1 , –2 }
∆ = b - 4ac logo se ∆ > 0 podemos escrever:
2
5) V = {2}

−b ± ∆ EQUAÇÃO DO 2.º GRAU INCOMPLETA


x= Estudaremos a resolução das equações incompletas
2a 2
do 2.º grau no conjunto R. Equação da forma: ax + bx =
RESUMO 0 onde c = 0
NA RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES DO 2.º GRAU
COMPLETA PODEMOS USAR AS DUAS FORMAS: Exemplo:

Raciocínio Lógico 129


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2
2x – 7x = 0 Colocando-se o fator x em evidência −b+ ∆ −b− ∆
(menor expoente) x'+x"= + ⇒
2a 2a
x . (2x – 7) = 0 x=0 −b+ ∆ −b− ∆
x'+x"=
2a
⇒ x=
7 −2b b
ou 2x – 7 = 0 x'+x"= ⇒ x'+x"= −
2 2a a
7
Os números reais 0 e são as raízes da equação
2 Daí a soma das raízes é igual a -b/a ou seja, x’+ x” =
7 -b/a
S={0; ) b
2
2 Relação da soma: x ' + x " = −
Equação da forma: ax + c = 0, onde b = 0 a

Exemplos RELAÇÃO: PRODUTO DAS RAÍZES


2
a) x – 81 = 0 −b+ ∆ −b− ∆
2
x = 81→transportando-se o termo independente x'⋅ x"= ⋅ ⇒
2a 2a
(− b + ∆ )⋅ (− b − ∆ )
para o 2.º termo.
x = ± 81 →pela relação fundamental. x'⋅x"=
x=±9 S = { 9; – 9 } 4a2
2
b) x +25 = 0  ( )
 − b2  − ∆ 2

2
x = –25 x'⋅x"=   ⇒ ∆ = b2 − 4 ⋅ a ⋅ c ⇒
4a 2
x = ± − 25 , − 25 não representa número real,
b2 −  b2 − 4ac 
isto é − 25 ∉ R  
x'⋅x"= ⇒
a equação dada não tem raízes em IR. 4a 2
S=φ ou S = { }
b2 − b2 + 4ac
2 x'⋅x"= ⇒
c) 9x – 81= 0
2 4a2
9x = 81
4ac c
2 81 x'⋅x"= ⇒ x'⋅x" =
x =
9 4a2 a
2
x = 9
c
x= ± 9 Daí o produto das raízes é igual a ou seja:
a
x=±3
S = { ±3} c
x'⋅x" = ( Relação de produto)
a
Equação da forma: ax = 0 onde b = 0, c = 0
A equação incompleta ax = 0 admite uma única Sua Representação:
solução x = 0. Exemplo: Representamos a Soma por S
2
3x = 0 b
2 0 S=x'+x"= −
x = a
3
c
2
x =0 Representamos o Produto pôr P P = x '⋅x " =
2 a
x = + 0 Exemplos:
S={0} 2
1) 9x – 72x +45 = 0 a = 9, b = –72, c = 45.
Exercícios
2
Respostas:
S=x'+ x"= − =-
b (-72) = 72 = 8
1) 4x – 16 = 0 1) V = { –2, + 2}
2
2) 5x – 125 = 0 2) V = { –5, +5} a 9 9
2 c 45
3) 3x + 75x = 0 3) V = { 0, –25} P = x'⋅x" = = =5
a 9
Relações entre coeficiente e raízes
2
2) 3x +21x – 24= 0 a = 3, b = 21,c = –24
Seja a equação ax + bx + c = 0 ( a ≠ 0), sejam x’ e x”
2
S=x'+x"= − =-
b (21) = - 21 = −7
as raízes dessa equação existem x’ e x” reais dos a 3 3
coeficientes a, b, c. c + (- 24 ) − 24
−b+ ∆ −b− ∆ P = x'⋅x" = = = = −8
x'= e x"= a 3 3
2a 2a a = 4,
2
RELAÇÃO: SOMA DAS RAÍZES 3) 4x – 16 = 0 b = 0, (equação incompleta)

Raciocínio Lógico 130


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c = –16 Exemplos:
b 0 a) raízes 3 e – 4
S = x ' + x "= − = = 0 S = x’+ x” = 3 + (-4) =3 – 4 = –1
a 4
c + (- 16 ) − 16
P = x’ .x” = 3 . (–4) = –12
P = x'⋅x" = = = = −4 x – Sx + P = 0
a 4 4 2
x + x – 12 = 0
a = a+1
2
4) ( a+1) x – ( a + 1) x + 2a+ 2 = 0 b = – (a+ 1) b) 0,2 e 0,3
c = 2a+2 S = x’+ x” =0,2 + 0,3 = 0,5
S=x'+x"= −
b
=-
[- (a + 1)] = a + 1 = 1 P = x . x =0,2 . 0,3 = 0,06
2
a a +1 a +1 x – Sx + P = 0
2
c 2a + 2 2(a + 1) x – 0,5x + 0,06 = 0
P = x'⋅x" = = = =2
a a +1 a +1
5 3
c) e
Se a = 1 essas relações podem ser escritas: 2 4
5 3 10 + 3 13
x'+ x"= −
b
x ' + x " = −b S = x’+ x” = + = =
1 2 4 4 4
c 5 3 15
x'⋅x"= x '⋅x "=c P=x.x= . =
1 2 4 8
2
x – Sx + P = 0
Exemplo: 2 13 15
2 x – x+ =0
x –7x+2 = 0 a = 1, b =–7, c = 2 4 8
S=x'+x"= − =-
b (- 7)
=7
a 1 4e–4
c 2 S = x’ +x” = 4 + (–4) = 4 – 4 = 0
P = x'⋅x" = = = 2 P = x’ . x” = 4 . (–4) = –16
a 1 2
x – Sx + P = 0
EXERCÍCIOS 2
x –16 = 0
Calcule a Soma e Produto
2
1) 2x – 12x + 6 = 0 Exercícios
2
2) x – (a + b)x + ab = 0 Componha a equação do 2.º grau cujas raízes são:
2
3) ax + 3ax–- 1 = 0 −4
2
4) x + 3x – 2 = 0 1) 3 e 2 2) 6 e –5 3) 2 e
5
Respostas: 4) 3 + 5e3– 5 5) 6 e 0
1) S = 6 e P = 3
2) S = (a + b) e P = ab Respostas:
−1 2
1) x – 5x+6= 0
2
2) x – x – 30 = 0
3) S = –3 e P =
a 2 −6x 8
3)x – – =0
4) S = –3 e P = –2 5 5
2 2
4) x – 6x + 4 = 0 5) x – 6x = 0
APLICAÇÕES DAS RELAÇÕES
2
Se considerarmos a = 1, a expressão procurada é x RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
+ bx + c: pelas relações entre coeficientes e raízes
temos:
Um problema de 2.º grau pode ser resolvido por
x’ + x”= –b b = – ( x’ + x”)
meio de uma equação ou de um sistema de equações
x’ . x” = c c = x’ . x”
do 2.º grau.
2
Daí temos: x + bx + c = 0 Para resolver um problema do segundo grau deve-se
seguir três etapas:
Estabelecer a equação ou sistema de equações corres-
pondente ao problema (traduzir matematicamente), o
enunciado do problema para linguagem simbólica.
Resolver a equação ou sistema
Interpretar as raízes ou solução encontradas

Exemplo:
REPRESENTAÇÃO Qual é o número cuja soma de seu quadrado com
Representando a soma x’ + x” = S seu dobro é igual a 15?
Representando o produto x’ . x” = P número procurado : x
2
2
E TEMOS A EQUAÇÃO: x – Sx + P = 0 equação: x + 2x = 15

Resolução:
Raciocínio Lógico 131
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2
x + 2x –15 = 0
∆ =b – 4ac ∆ = (2) – 4 .1.(–15) ∆ = 4 + 60
2 2

∆ = 64
− 2 ± 64 −2 ± 8
x= x= Substituindo na segunda:
2 ⋅1 2
−2 + 8 6
x'= = =3
2 2
−2 − 8 −10
x"= = = −5
2 2
Logo:
Os números são 3 e – 5.

Verificação:
2 2
x + 2x –15 = 0 x + 2x –15 = 0
2 2
(3) + 2 (3) – 15 = 0 (–5) + 2 (–5) – 15 = 0
9 + 6 – 15 = 0 25 – 10 – 15 = 0
0=0 0=0 Usando a fórmula:
(V) (V)
S = { 3 , –5 }

RESOLVA OS PROBLEMAS DO 2.º GRAU:

O quadrado de um número adicionado com o quádru-


plo do mesmo número é igual a 32.
A soma entre o quadrado e o triplo de um mesmo nú-
mero é igual a 10. Determine esse número. Logo
O triplo do quadrado de um número mais o próprio
número é igual a 30. Determine esse numero.
A soma do quadrado de um número com seu quíntu-
plo é igual a 8 vezes esse número, determine-o.

Respostas:
1) 4 e – 8 2) – 5 e 2
3) −10 3 e 3 4) 0 e 3

SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 2° GRAU


Como resolver
Para resolver sistemas de equações do 2º grau, é im-
portante dominar as técnicas de resolução de sistema
Substituindo em I:
de 1º grau: método da adição e método da substitui-
ção.

Imagine o seguinte problema: dois irmãos possuem


idades cuja soma é 10 e a multiplicação 16. Qual a
idade de cada irmão?

Equacionando:

As idades dos dois irmãos são, respectivamente, de 2


e 8 anos. Testando:
a multiplicação de 2 X 8 = 16 e a soma 2 + 8 = 10.

Outro exemplo
Encontre dois números cuja diferença seja 5 e a soma
dos quadrados seja 13.
Pela primeira equação, que vamos chamar de I:

Raciocínio Lógico 132


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Da primeira, que vamos chamar de II:

Substituindo em II:

Aplicando na segunda:

Os números são 3 e - 2 ou 2 e - 3.

Os sistemas a seguir envolverão equações do 1º e do


2º grau, lembrando de que suas representações gráfi-
cas constituem uma reta e uma parábola, respectiva-
mente. Resolver um sistema envolvendo equações
desse modelo requer conhecimentos do método da
De Produtos notáveis: substituição de termos. Observe as resoluções comen-
tadas a seguir:

Exemplo 1

Isolando x ou y na 2ª equação do sistema:


x+y=6
x=6–y
Dividindo por 2:
Substituindo o valor de x na 1ª equação:

x² + y² = 20
(6 – y)² + y² = 20
(6)² – 2 * 6 * y + (y)² + y² = 20
36 – 12y + y² + y² – 20 = 0
16 – 12y + 2y² = 0
2y² – 12y + 16 = 0 (dividir todos os membros da
equação por 2)

y² – 6y + 8 = 0
Logo:
∆ = b² – 4ac
∆ = (–6)² – 4 * 1 * 8
∆ = 36 – 32
∆=4

a = 1, b = –6 e c = 8

Substituindo em II:

Raciocínio Lógico 133


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Determinando os valores de x em relação aos valores


de y obtidos: Determinando os valores de x em relação aos valores
de y obtidos:
Para y = 4, temos:
x=6–y Para y = 3, temos:
x=6–4 x=y–3
x=2 x=3–3
x=0
Par ordenado (2; 4)
Par ordenado (0; 3)

Para y = 2, temos: Para y = –1, temos:


x=6–y x=y–3
x=6–2 x = –1 –3
x=4 x = –4

Par ordenado (4; 2) Par ordenado (–4; –1)

S = {(2: 4) e (4; 2)}


S = {(0; 3) e (–4; –1)}

Exemplo 2

Isolando x ou y na 2ª equação:
x – y = –3
x=y–3

Substituindo o valor de x na 1ª equação:

x² + 2y² = 18
(y – 3)² + 2y² = 18
y² – 6y + 9 + 2y² – 18 = 0
3y² – 6y – 9 = 0 (dividir todos os membros da equação
por 3)

y² – 2y – 3 = 0

∆ = b² – 4ac
∆ = (–2)² – 4 * 1 * (–3)
∆ = 4 + 12
∆ = 16

a = 1, b = –2 e c = –3

Raciocínio Lógico 134

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