Você está na página 1de 12

MANUAL DE LIOFILIZAÇÃO

MANUAL DE LIOFILIZAÇÃO TERRONI


Pág. 1 de 12
MANUAL DE LIOFILIZAÇÃO

INTRODUÇÃO:
A Liofilização é o mais nobre processo de conservação de produtos, pois envolve os dois
métodos existentes mais confiáveis: congelamento e desidratação. Para ser liofilizado, primeiro
o produto deve ser congelado a uma temperatura bem baixa, geralmente abaixo de -20ºC, para
depois ser submetido a uma pressão negativa (vácuo), fazendo com que a água dos produtos
seja retirada por sublimação, ou seja, passe diretamente do estado sólido (gelo) para o estado
gasoso, sem passar pelo estado líquido.

O resultado final é um produto com estrutura porosa e livre de umidade, capaz de ser
reconstituída pela simples adição de água. Suas características originais são preservadas
(tamanho, textura, sabor, aroma, vitaminas, sais minerais, proteínas, etc) e quando
conservados adequadamente, mesmo em temperatura ambiente, resistem intactos por muitos
anos.

Por ser um processo de desidratação sob baixa pressão (vácuo) e moderada temperatura, não
há a evaporação da água a partir do estado líquido - normal em processos de secagens - e sim
a sublimação do gelo. Por esse motivo o produto deve permanecer obrigatoriamente solidificado
(congelado) durante a secagem.

Entretanto, se o produto não estiver previamente congelado e mesmo assim for colocado em
um liofilizador, haverá a chamada desidratação à vácuo. A qualidade final do produto
desidratado à vácuo não é das melhores pois boa parte de suas propriedades originais é
perdida (“escorre” com a água).

CONGELAMENTO:
O congelamento prévio dos produtos é a primeira e a principal etapa, pois interfere
diretamente na aparência e na qualidade do produto final.

Não há uma regra geral para a fase de congelamento, devido a grande variedade de produtos
que podem ser liofilizados. É preciso determinar experimentalmente cada produto, ou seja, a
técnica e o método de congelamento utilizado deverão ser individualmente ensaiados,
considerando, entre outros fatores, o perfil de temperatura desejado, o recipiente que o abriga,
a condutividade térmica do recipiente e do produto e o próprio ambiente super-frio (freezer,
câmara fria). Além disso, as características do produto, como sua composição, concentração e
viscosidade, influenciarão decisivamente em todo processo.

Em muitos casos, quando uma solução aquosa é resfriada, a cristalização da água inicia-se
abaixo do seu ponto de solidificação. Neste momento, num sistema em que haja falta de
nucleação, o produto poderá tornar-se superfrio e a cristalização acontecer precipitadamente
por um simples choque físico.

O tamanho dos cristais formados durante a solidificação definirá o aspecto e muitas


propriedades do produto final. Produtos solidificados rapidamente sempre apresentarão
formações de pequenos cristais de gelo e assim sempre terão, quando secos, uma coloração
mais clara se comparados com o mesmo material seco a partir de um congelamento mais lento.

Pág. 2 de 12
MANUAL DE LIOFILIZAÇÃO

Se um produto for rapidamente resfriado, poderá ocorrer formação de cristais irregulares e isso
fatalmente impossibilitará uma secagem uniforme. Além disso, estes cristais pequenos tendem
a se aglomerar, o que dificulta a passagem e a retirada das moléculas de água durante o
processo de secagem.

Isso ocorre, por exemplo, nos congelamentos efetuados no interior da própria câmara de
secagem do liofilizador e é um dos principais motivos pelo qual recomendamos a utilização de
congeladores/freezers para esta tarefa.

Já o congelamento lento levara a água contida no produto a formar grandes cristais de gelo,
com formação de estruturas relativamente abertas após o processo de secagem (sublimação).
Grandes cristais (pontiagudos), também, podem romper as membranas celulares dos produtos.

Os principais métodos para executá-lo são:

1) Resfriamento pelo contato direto do produto com uma superfície ou ambiente


resfriado: é uma técnica estática, na qual o dispositivo resfriador deve permitir um
decréscimo da ordem de 1 a 4ºC/min até a temperatura segura. Para a maioria dos
produtos, um freezer doméstico (faixa de temperatura de -20ºC) será mais do que
suficiente e é o mais recomendável.

2) Resfriamento rotacional em um banho refrigerante: é um método dinâmico mais usado


para grandes quantidades de líquidos e tem duas variáveis:

2.1 - Spin Freezer: o frasco é montado num dispositivo que gira em seu eixo
longitudinal, fazendo com que o produto seja distribuído e solidificado nas paredes
do frasco através da ação da força centrífuga;
2.2 - Shell Freezer: técnica similar ao Spin Freezer, porém usando montagem
horizontal.

Spin freezer Shell freezer

As duas técnicas de congelamento rotacional ampliam a superfície do produto exposta ao


vácuo (sublimação) e são as mais adequadas para recipientes e produtos que serão
processados em frascos.

Normalmente, os congelamentos através de banhos utilizam fluídos refrigerantes a base de


álcool e/ou acetona. Ao conduzir o mergulho desses frascos, o mesmo deve ser feito com
critério, evitando que a sobra desses meios deixe uma película nas paredes externas dos
frascos. Se isso ocorrer, é possível que essa sobra evapore no interior da câmara de secagem,
o que afetará o óleo da bomba de vácuo e consequentemente a qualidade do processo como
um todo.
Pág. 3 de 12
MANUAL DE LIOFILIZAÇÃO

A partir da determinação das características do produto é possível avaliar as vantagens e as


desvantagens de cada método de congelamento, bem como a viabilidade de sua produção. Na
avaliação, considere também a umidade residual e a capacidade de re-hidratação do produto
seco. Saiba que os produtos podem ser tratados e ajustados por processos químicos e físicos
antes de serem desidratados.

OBS:

a) Algumas vezes o produto resfriado apresenta uma aparência enganosa de que a


solidificação está completada, porém quando submetido ao vácuo, eles “espumam”. Isso
somente ocorre quando o produto não está completamente congelado, sobretudo em seu
interior, e a água é arrancada pelo vácuo.

b) A formação de uma pequena bolha na superfície da pastilha congelada indica que o


produto não estava completamente solidificado. Apesar do aparente aspecto de congelado,
ainda existia líquido no interior da pastilha (ou da placa). A solução, como no item anterior, é
aumentar o tempo do produto no congelador ou até diminuir a quantidade de produto por
recipiente, dependendo do tipo de produto.

c) A formação de bolhas (espumação) ou o deslocamento da pastilha (ou da placa) no interior


dos frascos ou das bandejas pode significar também que houve demora no transporte do
produto do congelador até a câmara de secagem do liofilizador. Isso ocorre porque as
pastilhas (ou placas) ganharam temperatura em suas superfícies, ao ficarem expostas ao ar
durante o transporte do congelador até a câmara de secagem. Isso pode ocorrer também se
houve uma demora no acionamento do vácuo (o produto descongelou dentro da câmara de
secagem) ou que a substância tem baixo ponto eutético.

Toda e qualquer transferência de produtos congelados do congelador para a câmara de


secagem deve ser rápida, a fim de evitar o início do processo de descongelamento. Sob
vácuo, as películas liquefeitas resultantes deste descongelamento parcial funcionarão como
"lubrificantes" e as pastilhas se comportarão como "êmbolos", resultando em deformações na
superfície do produto e prejudicando o processo de secagem.

Pág. 4 de 12
MANUAL DE LIOFILIZAÇÃO

ATENÇÃO:

OS PRODUTOS CONGELADOS DEVEM TER APARÊNCIA OPACA E ASSIM PERMANECER


DURANTE TODO PROCESSO DE SECAGEM.

O CONGELAMENTO É DE REAL IMPORTÂNCIA POR DEFINIR A ESTRUTURA CRISTALINA


DO PRODUTO A SER PROCESSADO QUE É FATOR DETERMINANTE PARA A FASE DA
SECAGEM e RE-HIDRATAÇÃO.

LEMBRE-SE QUE, NORMALMENTE, A CONDUTIVIDADE TÉRMICA DOS PRODUTOS É


DÉBIL E QUE AS DISPERSÕES NAS SOLUÇÕES (solubilidade) DECAEM DRASTICAMENTE
CONFORME A PROGRESSÃO DO CONGELAMENTO – NA PORÇÃO SOLIDIFICADA.

APÓS A COLOCAÇÃO DO PRODUTO PARA CONGELAR, NUNCA ABRA O CONGELADOR


PARA VERIFICÁ-LO. CASO SEJA NECESSÁRIO, AGUARDE APROXIMADAMENTE 3 HORAS
PARA ABRIR O CONGELADOR NOVAMENTE.

PARA A MAIORIA DOS USUÁRIOS RECOMENDAMOS QUE INICIEM SUAS SECAGENS NAS
ÚLTIMAS HORAS DO EXPEDIENTE. ASSIM, O PROCESSO PROGREDIRÁ DURANTE TODA
NOITE. NO DIA SEGUINTE, O PRODUTO ESTARÁ SECO E PRONTO PARA SER RETIRADO.

PARA ASSEGURAR QUE OS PRODUTOS ESTEJAM COMPLETAMENTE CONGELADOS É


CONVENIENTE DEIXÁ-LOS DURANTE TODA NOITE NO CONGELADOR. O IDEAL É PREPARAR
ALGUNS LOTES DE PRODUTOS, GANHANDO TEMPO E PRODUTIVIDADE.

Com relação ao tempo da secagem (sublimação), há vários fatores que influenciam:


espessura da pastilha do produto congelado, condutividade térmica, composição do
produto, etc. Sua finalização é determinada experimentalmente pela aparência do produto e
pelo tempo de processamento. Porém, pode-se considerar que a secagem evolui na razão de
01 (um) milímetro por hora. Por exemplo, numa secagem com uma pastilha (lâmina) de 10 mm
de espessura, o tempo estimado será em torno de 10 horas.

A grande maioria de produtos terá estabilidade estática sob vácuo mesmo se utilizados
congeladores domésticos ou comerciais (-18°C a -20ºC). No entanto, produtos que
contenham excesso de ácidos, açúcares ou gorduras terão que ser congelados em
ultrafreezers (-40ºC a -80°C), gelo seco (faixa de -100ºC) ou até em nitrogênio liquido
(faixa de -190ºC).

Produtos com baixo ponto eutético podem exigir a utilização de um condensador ultrafrio no
liofilizador (Dewar). Temos esse opcional para a linha LD, cuja vantagem é a substituição dos
dispendiosos sistemas de refrigeração em cascata.

Pág. 5 de 12
MANUAL DE LIOFILIZAÇÃO

OBS:

1) Alguns produtos podem apresentar problemas (espumação) quando submetidos à secagem


e, muitas vezes, apenas congelá-los em temperaturas mais baixas (com gelo seco ou nitrogênio
líquido) pode nada resolver. Nestes casos, tratamentos físicos e ensaios deverão se conduzidos
com critérios.

2) Alguns produtos, mesmo após passarem toda noite no interior do congelador e estando
firmemente congelados, podem apresentar inicio de descongelamento depois de algum tempo
no interior da câmara da secagem, sob efeito do vácuo. Se a secagem for mantida e finalizada,
tais produtos não denotarão perdas de qualidade, porém se minuciosamente examinados,
principalmente quanto ao aspecto da solubilidade na reidratação, uma ínfima porção da pastilha
seca não terá afinidade pelo soluto (água) e não se reidratará, formando uma espécie de
massa (pó) dispersa na solução. Isso pode acontecer nos processamentos de pequenas
frações de produtos, ou seja, quando a quantidade de material solidificado é muito pequena e
não existe massa suficiente para sustentar o frio adquirido. Como a massa do produto é menor
que a da plataforma da estante e, na troca de calor entre a plataforma da estante (que está a
temperatura ambiente) e o recipiente que contém o produto, a estabilização da temperatura
entre ambos se dará abaixo do ponto de solidificação do produto.

Para evitar tal desequilíbrio, recomendamos resfriar a estante colocando bolsas com soluções
de baixo ponto eutético. São aquelas bolsas vendidas em farmácias para serem usadas como
bolsas quentes e que podem também ser geladas no congelador. Pouco antes da transferência
das bandejas com o material solidificado do congelador para a câmara de secagem, coloque-as
sobre as plataformas da estante a fim de resfriá-las. Não se esqueça de retirar as bolsas antes
de colocar as bandejas com o material que será desidratado.

ULTRAFRIO (GELO SECO ou NITROGÊNIO LÍQUIDO)

Os congelamentos com GELO SECO podem substituir os ultrafreezers (faixa de -40ºC a -80ºC)
quanto ao investimento inicial e ao custo operacional. Devem ser conduzidos da seguinte
maneira:

a) Providencie um recipiente com ótima isolação térmica (uma caixa de isopor com
parede de 50 mm, por exemplo).

b) No fundo do recipiente coloque o gelo seco. Não use álcool nem qualquer outro
meio liquido para melhorar o contato térmico.

c) Coloque um suporte para impedir que as bandejas toquem os blocos de gelo seco.

d) Leve para dentro do isopor as bandejas com os frascos ou com produtos a granel.

e) Tampe a caixa e aguarde o congelamento por pelo menos 4 horas.

Pág. 6 de 12
MANUAL DE LIOFILIZAÇÃO

CONSIDERE A EVAPORAÇÃO DO GELO SECO


AO ABRIR A CAIXA

Ao depositar a bandeja diretamente sobre gelo seco, o congelamento será muito rápido (quase
que imediato). Melhores resultados podem ser obtidos ao colocar as bandejas (suspensas)
numa atmosfera fria e sem contato direto com os blocos de gelo seco. Observe a quantidade
adequada de gelo seco para suportar todo tempo de congelamento.

OBS.:

a) Para manusear o gelo seco e as bandejas superfrias use sempre uma proteção adequada:
luvas e também um pano ou papel macio e seco. Evite dobrar o pano ou o papel a ponto da
espessura eliminar a sensibilidade de seu tato por completo.

b) Também recomendamos o uso de óculos de segurança para tais manipulações.

Já o congelamento com NITROGÊNIO LÍQUIDO é recomendado para produtos que


apresentem precipitados rapidamente. A utilização de nitrogênio líquido exige bandejas
especiais e extremos cuidados para evitar trincas nos frascos ou acidentes, devido a sua
evaporação violenta.

A condução do processo segue praticamente os mesmos passos do congelamento por GELO


SECO. Entretanto, recomendamos que somente pessoas experientes e/ou treinadas no
manuseio do produto se encarreguem desse procedimento, em função do risco de acidentes.
Caso haja necessidade, consulte antes nosso Departamento Técnico.

Pág. 7 de 12
MANUAL DE LIOFILIZAÇÃO

ACONDICIONAMENTO:
Por ser impraticável manipular os frascos congelados, um a um, recomendamos agrupá-los em
bandejas e, assim, levá-los ao congelador, e deste para a câmara de secagem. Quando retirar
os produtos do congelador para levá-los a câmara de secagem do liofilizador, seja rápido para
evitar ganho de temperatura durante as transferências.

SE HOUVER A NECESSIDADE DE PROCESSAR APENAS ALGUNS FRASCOS (com


produtos), COMPLETE A BANDEJA COM FRASCOS VAZIOS, A FIM DE FORMAR UMA
BARREIRA TÉRMICA.

ATENÇÃO: considere que, ao retirar os produtos do congelador, os mesmos


estarão com uma temperatura inferior a -20ºC e a estante do liofilizador estará com
temperatura ambiente. Para evitar ganho de temperatura e início de descongelamento em
produtos de baixo ponto eutético - ocasionada pela troca de calor entre as bandejas
(superfrias) e as plataformas (a temperatura ambiente) - é aconselhável primeiro resfriar
as plataformas. Alguns minutos antes das transferências dos produtos do congelador
para a estante do liofilizador, coloque sobre as plataformas da estante do liofilizador
algumas bolsas plásticas de gelo artificial (material congelante reutilizável atóxico) ou
bandejas contendo água congelada. Aguarde alguns minutos e não se esqueça de
removê-las antes de colocar as bandejas com o produto congelado.

Para melhorar o contato térmico entre as plataformas aquecidas e os frascos, desenvolvemos


as bandejas de fundo removível (somente para os liofilizadores da Linha LH).

As bandejas de fundos removíveis são compostas por retângulos (“cerquinhas”) que sobre
placas com abas, simularão uma bandeja. Sobre tais conjuntos (placa com abas + cerquinha)
os frascos deverão ser acomodados e, já com os líquidos alicotados, as rolhas próprias para
liofilização posicionadas semi-abertas e as placas uniformizadoras, se utilizados, levados para o
congelador e de lá para a câmara de secagem do liofilizador.

OBS: as bandejas de fundos removíveis só servem para produtos alicotados em frascos.

Pág. 8 de 12
MANUAL DE LIOFILIZAÇÃO

As bandejas com fundos removíveis permitem posicionar com eficiência e rapidez todos os
frascos agrupados, diretamente sobre as plataformas aquecidas da estante. Retirando-se o
fundo falso das bandejas, os frascos ficarão em contato direto com a(s) plataforma(s)
aquecida(s) e, assim, melhor absorverão o calor necessário para a sublimação durante a
finalização da secagem.

COM AS BANDEJAS DOS LIOFILIZADORES DAS SÉRIES LC E LD OS


PROCEDIMENTOS SÃO SEMELHANTES POREM, DEVIDO AS DIMENSÕES E AO
FORMATO REDONDO AS MESMAS NÃO TÊM FUNDO REMOVÍVEL.

PARA PRODUTOS A GRANEL (EX.: LÍQUIDOS, EM PASTA ou EM PEDAÇOS) O


IDEAL É COLOCÁ-LOS DIRETAMENTE NAS BANDEJAS E CONGELÁ-LOS ASSIM.

SECAGEM:

Sublimação é o processo físico no qual a substância passa diretamente do estado sólido para
vapor (gasoso). Na liofilização a subdividimos em duas partes principais:

1. Secagem Primária: na qual o gelo é sublimado e,


2. Secagem Secundária: na qual a umidade aprisionada é retirada.

No início da secagem, a sublimação ocorrerá na superfície do produto congelado. Na


continuação do processo, a superfície sublimada se “aprofundará” no produto e os vapores
terão que se expandir (migrar) através da camada de produto já seca. Isso significa que a
porosidade da pastilha do produto terá que ser adequada e permeável aos vapores (a dosagem
da porosidade é feita através do congelamento – mais rápido ou mais lento).

Superfície de sublimação (seca) aprofundando na pastilha congelada

Pastilha Congelada Após 4 horas Após 8 horas Pastilha seca

Na fase secundária ou secagem final, a água confinada por adsorção terá que ser removida.

Para acelerar o processo, caso seja necessário por questões de produtividade, pode-se
aquecer as plataformas da estante. Isso só será possível através do opcional “Aquecimento das
Bandejas” instalado. O aquecimento promove uma maior mobilidade das moléculas d'água (no
caso, gelo), que terão que vencer a capilaridade presente nas porções secas das
pastilhas/placas.
Pág. 9 de 12
MANUAL DE LIOFILIZAÇÃO

CUIDADO COM A TEMPERATURA!


NÃO AUMENTE DEMAIS A POTÊNCIA DO SISTEMA DE AQUECIMENTO
A PONTO DE COLOCAR EM RISCO SEU PRODUTO.

Para produtos higroscópicos (= que absorvem rapidamente a água contida no ambiente)


recomendamos que sejam lacrados no interior da câmara de secagem. Para tanto o
equipamento deverá estar equipado com o opcional “Fechamento sob Vácuo ou Gás Inerte”.
Além disso, os produtos precisam estar alicotados frascos tipo penicilina com rolhas e lacres
apropriados. Dessa maneira, após a liofilização, o produto permanecerá inerte até sua re-
hidratação, prolongando sua validade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• As informações contidas neste manual servem apenas como orientação básica


para o conhecimento do processo de liofilização e como guia de consulta para a
utilização de nossos equipamentos.

• Nenhuma informação deste Manual poderá ser reproduzida, mesmo em parte,


sem a breve autorização por escrito da Terroni Equipamentos.

• Caso julgue necessário, solicite uma vista técnica ou contrate um treinamento


operacional junto ao nosso departamento técnico (tecnica@terroni.com.br).

TERRONI EQUIPAMENTOS CIENTÍFICOS LTDA.


Rua Rio Paraná, 451. Jd Jóquei Clube.
CEP 13565-200 São Carlos – SP
Tel (16) 3361-7000
www.terroni.com.br

Pág. 10 de 12
MANUAL DE LIOFILIZAÇÃO

Tabelas Úteis:

CORRESPONDÊNCIA DE ESCALAS - VÁCUO


mm Hg ATM PSIG %

760 1 0 0
750 0,987 0,2 1,3
700 0,921 1,2 7,9
600 0,789 3,1 21
500 0,658 5 34
400 0,526 7 47
380 0,5 7,4 50
300 0,395 8,9 61
200 0,264 10,8 74
100 0,132 12,76 87
50 6,58 x 10-² 13,73 93,5
10 1,32 x 10-² 14,503 93,7
1 1,32 x 10-³ 14,676 98,9
10-¹ 1,32 x 10-4 14,694 99,99
10-² 1,32 x 10-5 14,695 99,999
10-³ 1,32 x 10-6 14,695 99,9999
0 (teorico) 0 (teórico) 14,696 (teórico) 100 (teórico)

PRESSÃO DE VAPOR ÁGUA E GELO


100ºC= 760,00 mm Hg 0ºC= 4,579 mm Hg
90ºC = 525,76 mm Hg -10ºC = 1,950 mm Hg
80ºC = 355,1 mm Hg -20ºC = 0,776 mm Hg
70ºC = 233,7 mm Hg -30ºC = 0,2859 mm Hg
60ºC = 149,38 mm Hg -40ºC = 0,0966 mm Hg
50ºC = 92,51 mm Hg -50ºC = 0,02955 mm Hg
40ºC = 55,324 mm Hg -60ºC = 0,00808 mm Hg
30ºC = 31,824 mm Hg -70ºC = 0,00194 mm Hg
20ºC = 17,535 mm Hg -80ºC = 0,00040 mm Hg
10ºC = 9,209 mm Hg -90ºC = 0,000070 mm Hg

Pág. 11 de 12
MANUAL DE LIOFILIZAÇÃO

BANHOS LÍQUIDOS PARA BAIXA TEMPERATURA


Nitrogênio líquido = -196ºC
Ar líquido = -190ºC
Gelo seco = - 78ºC
Gelo seco + álcool ou acetona = - 78ºC *
(*) = vapores prejudiciais. Cuidado!

ESCALAS DE VÁCUO – TABELA DE CONVERSÃO ESCALAS


mBar Bar Torr Pa (Nm 2 ) Atm mmHg
mbar 1 1x 10 -3 0,75 0,01 9,869 x 10 -4 0,75
Bar 1000 1 7,5 x 10 2 1 x 10 5 0,987 7,5 x 10 2
Torr 1,333 1,333 x 10 -3 1 1,333 x 10 2 1,316 x 10 -1 1
Pa (Nm 2) 0,01 1 x 10 -5 7,5 x 10 -3 1 9,87 x 10 -6 7,5 x 10 -3
Atm 1,013 x 10-3 1,013 7,6 x 10 2 1,013 x 10 5 1 7,6 x 10 2
Inch Hg 33,86 3,386 x 10 -2 25,4 3,386 x 10 3 3,342 x 10 -2 25,4
mm Hg 1,333 1,333 x 10 -3 1 1,333 x 10 2 1,316 x 10 -3 1
Inch H2O 2,491 2,491 x 10 -3 1,868 2,491 x 10 2 2,458 x 10 -3 1,868
mm H2O 9,80 x 10 -2 9,0 x 10 -5 7,354 x 10 -2 9,807 9,677 x 10 -5 7,354 x 10 -2

Pág. 12 de 12

Você também pode gostar