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Franz Boas (1858-1942)


1858 foi seu nascimento na Prússia, de família
judia;

1877 ingressou na universidade para estudar
física, concluindo seus estudos em 1881;

Mudou-se para Berlim onde conheceu Adolf
Bastian, patriarca da antropologia alemã;

1883 partiu para uma expedição para estudar
os esquimós/inuit no Canadá;

1887 fixou-se nos EUA;

1896 tornou-se professor na Universidade de
Columbia, orientando importantes expoentes
da antropologia cultural nas próximas
décadas, como M. Mead, R. Benedict, entre
outros;

1942 morre no auge da Segunda Guerra
Mundial, e se torna o precursor da
Antropologia Norte-Americana.
Livro Antropologia Cultural (Org. Celso Castro)
Texto As Limitações do método comparativo da antropologia (1896)


Texto apresentado na “Associação
Americana para o avanço da ciência”
em Buffalo.

Nova tendência dos estudos
antropológicos que excluem a
origem histórica comum dos diversos
povos do mundo, dessa forma,
interpretando as similaridades como
Foto da capa do livro Antropologia
resultado uniforme da mente Cultural.
humana.

Ideias universais que regem as
culturas e se baseiam no método
comparativo, ou seja, o paradigma
evolucionista.
Livro Antropologia Cultural (Org. Celso Castro)
Texto As Limitações do método comparativo da antropologia (1896)


Tal paradigma se pauta em duas questões:

1 - Como as ideias universais se afirmam em várias culturas?

As ideias universais vão variar conforme aspectos externos e
internos, e estes vão corporificar um grupo de leis que regem o
desenvolvimento da cultura.


2 – Quais as origens das ideias universais?

Evidência das semelhanças dos fenômenos etnológicos
encontrados em diversas regiões, comprovando que a mente
humana obedece às mesmas leis universais. Independente umas
das outra, as culturas têm as mesmas trajetórias.
Livro Antropologia Cultural (Org. Celso Castro)
Texto As Limitações do método comparativo da antropologia (1896)


Evolucionismo pressupõe que o curso das mudanças históricas
na vida cultural obedecem às mesma leis. Os desenvolvimentos
são iguais entre os povos e há uma causa comum a todos os
costumes e crenças.

Nesse ponto que Boas diz residir a falha desse novo método, pois
não se pode provar cientificamente que todas as culturas
passaram e passarão pelas mesmas etapas de desenvolvimento.
Há vários caminhos diferentes para um mesmo fenômeno
etnológico.

Propõe, então, que o objetivo da pesquisa antropológica seja a
descoberta dos processos pelos quais certos estágios culturais se
desenvolvem, e o porquê costumes e crenças existem e como seu
desenvolvimento histórico se sucedeu.

Além das condições ambientais e psicológicas, as conexões
Livro Antropologia Cultural (Org. Celso Castro)
Texto Os métodos da etnologia (1920)


Boas confirma a ideia de que em lugar da hipótese da
similaridade das culturas ter como causa leis universais prefere
supor que a similaridade advém da migração e difusão.

Interesse nos fenômenos de mudança cultural e nos fluxos de
constantes. A cultura não é estática.

“Em resumo, o método que estamos tentando desenvolver
baseia-se num estudo das mudanças dinâmicas na sociedade
que podem seu observadas no tempo presente. Abstemo-nos de
tentar solucionar os problemas fundamentais do
desenvolvimento geral da civilização até que estejamos aptos a
esclarecer os processos que ocorrem diante de nossos olhos.” (p.
47).
Livro A mente do ser humano primitivo (1911)
Introdução e capítulo Análise Histórica


Relação entre raça e cultura e vigência
de teorias racistas no começo do séc. XX.

Genialidade de uma cultura de um povo
não pertence apenas a ele.

Diferentes formas de introdução de
culturas.

Conquistas culturais e aparência exterior
não estão ligadas. Ser primitivo não está
condicionado a determinada raça.

Necessidade de parâmetros biológicos
para categorizar as culturas primitivas
através da hereditariedade.
Livro A mente do ser humano primitivo (1911)
Capítulo A mente do ser humano primitivo e o progresso da cultura


Diferenças entre primitivos e civilizados.

Três questões: “[…] primeiro, como se manifesta a pobreza
nos diversos aspectos da cultura; segundo, se o povo em seu
conjunto pode ser considerado uma unidade quanto a seus
bens culturais; terceiro, qual é a relação entre os diversos
aspectos da cultura: se todos estão sujeitos a ser igualmente
pouco desenvolvidos ou se alguns podem ser avançados e
outros não.”
Livro A mente do ser humano primitivo (1911)
Capítulo A mente do ser humano primitivo e o progresso da cultura


A principal diferença entre povos primitivos e povos europeus
civilizados reside nos processos mentais. No caso europeu, se
desenvolveu um sistema melhor no campo total do
conhecimento.

Pensamento ocidental influenciado pelo pensamento
filosófico, oriundo de séculos de experiência. Já o
pensamento primitivo, as experiências são transmitidas de
geração para geração.

Variável de tempo ocioso e de lazer.
Livro A mente do ser humano primitivo (1911)
Capítulo O problema racial na sociedade moderna


Políticas e opiniões acerca da eugenia no séc. XX associando
nacionalidade a raça.

Impossibilidade de verificação da pureza da raça em grandes
populações.

A conduta civilizada e avançada em termos culturais de certos
povos não frutos de determinantes hereditários, e sim de
fatores históricos e sociais.

“A violenta separação do solo africano e a consequente perda
total dos antigos padrões de vida, substituídos pela
escravidão e por tudo o que esta implicou, seguida por um
período de desorganização e por uma dura luta econômica em
condições desiguais, são suficientes para explicar a
inferioridade do status da raça, sem recorrer à teoria da
inferioridade hereditária.”
Principais ideias na teoria de Franz Boas:


Ênfase nas evidências históricas e sociais.

Fluidez e mudanças culturais através da difusão.

Raça não determina cultura.

Fundamentação social e histórica do estigma da população
negra dos EUA.

Eugenia não tem bases científicas.

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