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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DA BAHIA

ELETROGRAVIMETRIA

Professora: Sarah Mariana Santana

Salvador
2015
 ELETRÓLISE – UMA BREVE REVISÃO
• Reações redox não-espontânea (Ecel < 0);
• Uso de uma fonte externa de energia elétrica para que a reação
ocorra.
CÉLULA ELETROLÍTICA

• Cátodo (sinal negativo) Redução

• Ânodo (sinal positivo) Oxidação


 ELETRÓLISE – UMA BREVE REVISÃO
• Amplamente utilizada comercialmente para produzir
coberturas metálicas atraentes para objetos –
ELETRODEPOSIÇÃO;

• Obtenção de metais (Na, K, Mg, Al) ou de não metais (Cl, F)


a partir de sais de ocorrência natural.

Fonte: www.infoescola.com.
Acessado: Dezembro 2015

•A eletrólise tem uso em química analítica?


• Sim! São vários métodos eletroanalíticos quantitativos.
 ELETROGRAVIMETRIA

 Método eletroanalítico quantitativo;

 Determinar a quantidade de analito presente por meio da


sua conversão eletrolítica a um produto que é pesado na
forma de um depósito sobre um dos eletrodos;

 Não requer calibrações preliminares contra padrões


químicos;

 Técnica moderadamente sensível e apresenta boa


exatidão e precisão.
ELETROGRAVIMETRIA

 Determinação de cádmio (II) em solução de ácido clorídrico:

Ag | AgCl(s),Cl- (0,2 mol L-1),Cd2+ (0,005 mol L-1) | Cd(s)

Eletrodo de trabalho: eletrodo onde


ocorre a redução do Cd2+ Cátodo.

Eletrodo de referência: eletrodo de


prata/cloreto de prata cujo potencial permanece
praticamente constante Ânodo.
O EFEITO DA CORRENTE SOBRE O POTENCIAL DA CÉLULA

• Devido ao fluxo de corrente, o potencial


medido entre os dois eletrodos não
corresponde simplesmente à diferença entre
os dois potenciais de eletrodo.
 Queda IR ou potencial ôhmico
 Polarização

Eaplicado = Ecélula - IR

Para minimizar a queda IR pode-se utilizar:

• Célula eletrolítica com menor resistência (força iônica elevada);

• Eletrodo auxiliar (contra-eletrodo).


O EFEITO DA CORRENTE SOBRE O POTENCIAL DA CÉLULA
 POLARIZAÇÃO

É o desvio do potencial do eletrodo de seu valor teórico (equação de


Nernst) sob a passagem de corrente.

• As células que apresentam comportamentos


não-lineares sob correntes elevadas exibem
polarização.

Grau de polarização Sobre-voltagem.

Eaplicado = Ecélula - IR - Π
 FATORES QUE INFLUENCIAM A POLARIZAÇÃO:
• Tamanho, forma e composição do eletrodo;
• Composição da solução eletrolítica;
• Temperatura e velocidade de agitação;
• Nível de corrente;
• Estado físico da espécie envolvida na reação da célula.

 TIPOS DE POLARIZAÇÃO:

• Polarização de concentração;
• Polarização cinética.
 POLARIZAÇÃO DE CONCENTRAÇÃO

• Ocorre quando as espécies reagentes não chegam à superfície do


eletrodo ou quando as espécies produzidas não deixam a superfície do
eletrodo de maneira suficientemente rápida para manter a corrente
desejada.

 Mecanismos de transporte dos reagentes:


• Difusão
• Migração
• Convecção
 POLARIZAÇÃO DE CONCENTRAÇÃO

• DIFUSÃO
A diferença entre a concentração na superfície e a concentração na solução, cria um
gradiente de concentração que provoca a difusão dos íons cádmio do seio da solução
para a camada da superfície próxima ao eletrodo.
 POLARIZAÇÃO DE CONCENTRAÇÃO

• MIGRAÇÃO
Envolve o movimento de íons por meio de uma solução como resultado
da atração eletrostática entre estes e os eletrodos.

• Convecção

O transporte de íons ou moléculas por meio de


uma solução como resultado da agitação,
vibração ou de gradientes de temperatura.
 POLARIZAÇÃO CINÉTICA

Em uma célula cineticamente polarizada, a corrente é controlada pela


velocidade de transferência de elétrons em vez da velocidade de
transporte de massa.

 É mais comumente encontrada quando o reagente ou produto de


uma célula eletroquímica for um gás;

 A polarização cinética pode ser desprezível para as reações que


envolvam a deposição de metais tais como Cu, Ag, Zn, Cd e Hg.
 ELETRODEPOSIÇÃO ANALÍTICA

SEM CONTROLE DO POTENCIAL DO CÁTODO


Não é exercido qualquer controle no potencial do eletrodo de trabalho e o
potencial de célula aplicado é mantido em um nível mais ou menos constante
durante a eletrólise.

• Utilizam equipamentos simples e de baixo custo;


• Requer pouca atenção do operador;
• O processo deve ser realizado sob agitação
constante para garantir um depósito homogêneo e
aderente.
 ELETRODEPOSIÇÃO ANALÍTICA DE COBRE
 PROPRIEDADES FÍSICAS DE PRECIPITADOS ELETROLÍTICOS

Um metal depositado eletroliticamente deve ser:


• Fortemente aderente;
• Denso;
• Uniforme;
• Podendo ser lavado, seco e pesado sem perda mecânica ou por
reação com o ar atmosférico.

 Bons depósitos metálicos são finamente granulados e têm um brilho


metálico.

Precipitados esponjosos são frequentemente menos puros e menos


aderentes que depósitos finamente granulados.
 PROPRIEDADES FÍSICAS DE PRECIPITADOS ELETROLÍTICOS

Os principais fatores que influenciam as características físicas de


depósitos:

 Densidade de corrente;
 Temperatura;
 Presença de agentes complexantes (complexos de cianeto e de
amônia).
 Uma agitação suave normalmente melhora a qualidade do depósito.
 ELETRODEPOSIÇÃO SEM CONTROLE DO POTENCIAL

Exemplo: Determinação de cobre (II) em uma solução contendo um excesso de


ácido sulfúrico.
• No ponto B, o cátodo torna-se despolarizado
pela redução dos íons hidrogênio;
• Metais que se depositam nos pontos A e D
interferem no cobre por causa da co-deposição;
• Um metal que se deposita no ponto C não
interfere.

Eaplicado = Ecélula - IR - Π
 ELETROGRAVIMETRIA DE POTENCIAL CONTROLADO
 Utilizado para separar espécies com potenciais de eletrodo que diferem
apenas por uns poucos décimos de um volt.
Bibliografia
HOLLER, J. F.; SKOOG, D. A.; CROUCH, S. R. Princípios de Análise
Instrumental. 6 ed., Bookman, 2009.

SKOOG, D.A.; WEST, D. M.; HOLLER, J. F.; CROUCH, S. R. Fundamentos


de Química Analítica. 1 ed. Cengage Learning, 2010.

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