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Norma Portuguesa NP Iso 2631 1 PDF
Norma Portuguesa NP Iso 2631 1 PDF
Portuguesa
Vibrações mecânicas e choque - Avaliação da exposição do corpo
inteiro a vibrações
Parte 1 - Requisitos gerais (ISO 2631-1:1997)
CDU HOMOLOGAÇÃO
DESCRITORES ELABORAÇÃO
CT 28
CORRESPONDÊNCIA EDIÇÃO
ISO 2631-1:1997
CÓDIGO DE PREÇO
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Índice Página
1 Objectivo ................................................................................................................................................6
3 Definições ...............................................................................................................................................6
6.1 - Método básico de avaliação usando o valor eficaz ponderado da aceleração ....................................12
6.3 - Avaliação adicional da vibração quando o método básico de avaliação não é suficiente..................13
7 Saúde ......................................................................................................................................................21
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D.2 Guia para o efeito dos valores da dose de enjoo ao movimento ........................................................ 39
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Anexo E .....................................................................................................................................................40
(informativo) ..............................................................................................................................................40
Bibliografia ...............................................................................................................................................40
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1 Objectivo
A presente parte da norma define métodos para a medição de vibrações periódicas, aleatórias e
transientes no corpo inteiro. Indica os principais factores que se combinam para determinar o grau
para o qual a exposição à vibração será aceitável. Os anexos informativos indicam a opinião actual
e fornecem orientações sobre os possíveis efeitos das vibrações na saúde, no conforto e percepção e
no enjoo ao movimento. A gama de frequências considerada é
A presente parte da norma é aplicável a movimentos transmitidos ao corpo inteiro, como um todo,
através das superfícies de apoio: os pés de uma pessoa em pé, as ancas, as costas e os pés de uma
pessoa sentada ou a área de apoio de uma pessoa deitada. Este tipo de vibração encontra-se em
veículos, em maquinaria, em edifícios e na proximidade de maquinaria em funcionamento.
2 Referências normativas
As normas seguintes contêm disposições, que ao serem referidas neste texto, constituem disposições
desta parte da norma. À data da publicação, as edições indicadas eram válidas. Todas as normas
estão sujeitas a revisão e as partes interessadas em acordos baseadas nesta Norma são encorajadas a
investigar a possibilidade de aplicar as edições mais recentes das normas abaixo indicadas. Os
membros da IEC e da ISO possuem registos das normas em vigor.
3 Definições
No âmbito da presente Norma, aplicam-se os termos e definições dados na ISO 2041 e ISO 5805.
4 Símbolos e índices
4.1 Símbolos
a Aceleração da vibração. Aceleração de translação é expressa em metro por segundo
quadrado (m/s2) e a aceleração de rotação é expressa em radiano por segundo quadrado
(rad/s2). Os valores são indicados como valor eficaz, a menos que seja referido de outro
modo.
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W Ponderação em frequência
4.2 Índices
c, d, e, f, j, k Referem-se às várias curvas de ponderação em frequência recomendadas para a
avaliação relativa à saúde, conforto, percepção e enjoo ao movimento (ver quadros
1 e 2).
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Quadro 2 – Guia para a aplicação das curvas de ponderação em frequência para os factores
de ponderação adicionais
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Rotação (rz)
Galope (ry)
Encosto
Superfície de
assento
Berço (rx)
Pés
c) Posição deitado
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5 Medição de vibrações
5.1 Generalidades
A grandeza primária da amplitude da vibração deve ser a aceleração (ver 4.1).
No caso de frequências muito baixas e de valores reduzidos da amplitude de vibração, por exemplo,
em edifícios ou navios, podem ser feitas medições de velocidade e convertidas em aceleração.
NOTA1. Quando as medições directas não são praticáveis, a vibração pode ser medida numa parte rígida do veículo ou da
estrutura do edifício, como o centro de rotação ou o centro de gravidade. A avaliação desses dados em termos de resposta humana
requer cálculos adicionais e conhecimento da dinâmica estrutural do sistema em avaliação.
NOTA2. As medições nas costas do assento devem ser feitas, de preferência, na interface com o corpo. Quando isto for difícil, as
medições podem ser feitas na estrutura por trás das costas do assento. Se as medições forem feitas neste ponto, têm de ser corrigidas
com a transmissibilidade do material almofadado.
NOTA3. As vibrações transmitidas ao corpo por superfícies rígidas podem ser medidas nesta superfície de suporte, em local
imediatamente adjacente à área de contacto entre o corpo e a superfície (usualmente a menos de 10 cm do centro dessa área).
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5.3.2 A vibração que é transmitida ao corpo por um material não rígido ou resiliente (por ex. almofadas de
assento) deve ser medida com o transdutor interposto entre a pessoa e as principais áreas de contacto da
superfície. Isto deve ser conseguido fixando os transdutores com uma montagem adequada. A montagem não
deve alterar grandemente a distribuição de pressão na superfície do material resiliente. Para medições em
superfícies não rígidas, a pessoa deve adoptar a sua posição habitual.
NOTA: O desenho de uma montagem para acelerómetro usada vulgarmente em vibração de assento está na ISO 10326-1.
A gama dinâmica do equipamento de condicionamento de sinal deve ser adequada para os valores
mais baixo e mais alto do sinal a medir. Os sinais a gravar para posterior análise devem ser filtrados
por um filtro passa-baixo com uma atenuação de -3 dB na frequência de corte, esta
aproximadamente 1,5 vezes a frequência de interesse mais alta, a fim de maximizar a relação
sinal/ruído, e com uma característica de fase linear na gama de frequências especificada nas secções
relevantes desta parte da norma.
Quando a exposição completa consistir em vários períodos de diferentes características, deve ser
realizada uma análise separada de cada um deles.
NOTA: Para sinais aleatórios estacionários, a exactidão da medição depende da largura de banda do filtro e da duração da
medição. Por exemplo, quando a análise em frequência é feita por bandas de 1/3 de oitava, para obter um erro na medição inferior
a 3 dB, com um nível de confiança de 90%, é necessária uma duração mínima de 108 s para uma frequência limite inferior de 1 Hz e
de 227 s para uma frequência limite inferior de 0,5 Hz. O tempo de medição é normalmente muito maior de modo a ser
representativo da vibração.
Havendo métodos alternativos descritos nesta parte da norma é importante que os métodos usados
sejam claramente indicados no relatório.
Os utilizadores desta parte da norma devem registar a amplitude e a duração de qualquer exposição
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à vibração em avaliação. Se forem usados métodos adicionais de avaliação de acordo com 6.3 (i. e.
quando o factor de crista for superior a 9) devem ser registados os valores resultantes da aplicação
de ambos os métodos (básico e adicional). Se o factor de crista for determinado, o tempo
correspondente à medição deve ser referido.
É conveniente, e muitas vezes essencial, que a severidade de uma vibração complexa seja
especificada através de um ou mais parâmetros. Contudo é desejável que seja disponibilizada
informação mais pormenorizada sobre as características da vibração. O relatório deve incluir
informação sobre o conteúdo em frequência (i. e. o espectro da vibração), direcções da vibração,
variação das características ao longo do tempo, e quaisquer outros factores que tenham influência
nos seus efeitos.
NOTA: Outros factores que podem afectar a resposta humana à vibração: características das pessoas (idade, género, altura, peso,
etc.); experiência, expectativa, motivação (por exemplo, dificuldade na realização de trabalho); posição do corpo; actividade (por
exemplo, condutor ou passageiro); envolvimento financeiro.
6 - Avaliação da vibração
A avaliação da vibração, de acordo com a presente parte da norma, deve incluir sempre medições
do valor eficaz (r.m.s.) ponderado da aceleração, tal como é definido nesta subsecção.
O valor eficaz (r.m.s.) ponderado da aceleração é expresso em metros por segundo quadrado (m/s2)
para a aceleração linear (de translação) e em radianos por segundo quadrado (rad/s2) para a
aceleração angular (de rotação). A aceleração eficaz ponderada deve ser calculada de acordo com a
seguinte equação ou com a sua equivalente no domínio da frequência
1
⎡1 T ⎤2
aw = ⎢ ∫ aw2 (t )dt ⎥ ... (1)
⎣T 0 ⎦
onde
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NOTA: O factor de crista não indica necessariamente a severidade da vibração (ver 6.3).
6.2.2 - Aplicabilidade do método básico de avaliação de vibrações com factor de crista elevado
O factor de crista pode ser usado para determinar se o método básico de avaliação é adequado para
descrever a severidade da vibração relativamente aos seus efeitos nos seres humanos. Para uma
vibração, com um factor de crista igual ou inferior a 9, o método básico de avaliação é normalmente
suficiente. A subsecção 6.3 define métodos aplicáveis quando o método básico de avaliação não é
suficiente.
NOTA: Para certos tipos de vibrações, especialmente os que contêm choques ocasionais, o método básico de avaliação pode
subestimar a severidade relativamente ao desconforto, mesmo quando o factor de crista é inferior a 9. Em casos de dúvida é assim
recomendado o uso e o registo de avaliações adicionais, também para factores de crista inferiores ou iguais a 9, de acordo com 6.3.
A subsecção 6.3.3 indica relações entre valores avaliados por métodos adicionais e pelo método básico, acima das quais é
recomendado o uso de um dos métodos adicionais, como mais uma base para avaliação da influência nos seres humanos
6.3 - Avaliação adicional da vibração quando o método básico de avaliação não é suficiente
Nos casos em que o método básico pode subestimar os efeitos da vibração (factores de crista
elevados, choques ocasionais, vibração transitória), um dos métodos alternativos descritos em
seguida deve também ser determinado - o valor eficaz em contínuo ou o valor de quarta potência da
dose de vibração.
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1
⎧⎪ 1 t0 ⎫⎪ 2
aw (t0 ) = ⎨ ∫ [aw (t )] dt ⎬
2
..(2)
⎪⎩τ t0 −τ ⎪⎭
onde
A equação que define uma integração linear pode ser aproximada por uma integração exponencial
como definido na ISO 8041:
1
⎧⎪ 1 t 0 ⎡ t − t0 ⎤ ⎫⎪ 2
aw (t0 ) = ⎨ ∫ [aw (t )] exp ⎢
2
⎪⎩τ − ∞ ⎥ dt ⎬ .. (3)
⎣ τ ⎦ ⎪⎭
A diferença dos resultados é muito pequena quando as fórmulas são aplicadas a choques de curta
duração (comparada com o tempo τ ), e algo maior (até 30%) quando aplicadas a choques e
vibrações transientes de maior duração.
É recomendado usar τ = 1 s quando se mede MTVV ( este valor corresponde a uma constante de
tempo de integração, “slow”, em sonómetros).
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1
⎧T ⎫4
VDV = ⎨∫ [aw (t )] dt ⎬
4
... (5)
⎩0 ⎭
Onde
NOTA: Quando a exposição às vibrações consiste em dois ou mais períodos, i, de diferentes amplitudes, o valor da dose da
vibração para a exposição total deve ser calculado pela raiz quarta da soma da quarta potência das doses individuais de vibração:
1
⎛ ⎞4
VDVtotal = ⎜ ∑ VDVi 4 ⎟ ... (6)
⎝ i ⎠
MTVV
= 1,5 ... (7)
aw
VDV
= 1,75 ... (8)
awT 1 / 4
O método de avaliação básico deve ser usado para a avaliação da vibração. Nos casos onde um dos
métodos adicionais é também utilizado, ambos os valores da avaliação básica e o da avaliação
adicional devem ser indicados no relatório.
O modo como a vibração afecta a saúde, o conforto, a percepção e o enjoo devido ao movimento é
dependente do conteúdo em frequência da vibração. São requeridas diferentes ponderações em
frequência para os diferentes eixos de vibração. Uma ponderação em frequência especial está
incluída para avaliação de vibrações de baixa frequência que afectem o enjoo devido ao movimento.
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No quadro 1 são indicadas duas ponderações principais em frequência, relacionadas com a saúde,
com o conforto e com a percepção:
No quadro 2 são indicadas ponderações, em frequência, adicionais para os casos especiais de:
As ponderações em frequência podem ser implementadas por métodos analógicos ou digitais. São
definidas de uma forma matemática semelhante à dos filtros, no Anexo A.
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Ponderação em frequência, dB
Frequência, f, Hz
Frequência, f, Hz
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6.4.1.2 Tolerâncias
Dentro das bandas de frequências nominais e a um terço de oitava dos limites de frequência, a
tolerância da combinação da ponderação em frequência e da limitação de banda deverá ser ± 1dB.
Fora desta gama, a tolerância deverá ser ± 2 dB. Uma oitava fora das bandas de frequência nominal,
a atenuação pode-se estender ao infinito ( Ver também a ISO 8041 no referente a tolerâncias.)
Para a conversão de dados de banda de terço de oitava são utilizados os factores de ponderação
dados nos quadros 3 e 4. A aceleração global ponderada é determinada em conformidade com a
seguinte equação ou o seu equivalente digital no domínio do tempo ou frequência.
1
⎡ 2⎤
aw = ⎢∑ (Wi ai ) ⎥
2
... (9)
⎣ i ⎦
onde
aw é a aceleração ponderada em frequência;
Wi é o factor de ponderação para a banda de terço de oitava i indicada nos quadros 3 e 4;
ai é o valor eficaz da aceleração para a banda de terço de oitava i.
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(
av = k x2 awx
2
+ k y2 awy
2
+ k z2 awz
2
)
1/ 2
... (10)
em que
awx , awy , awz são os valores eficazes das acelerações ponderadas relativas aos eixos ortogonais
x, y, z respectivamente;
kx , ky , kz , são factores multiplicativos.
NOTA1. O valor exacto do factor multiplicativo que se aplica depende da ponderação em frequência e está especificado nas
secções 7 e 8.
NOTA2. O valor total da vibração ou soma vectorial foi também proposta para avaliação em relação à saúde e segurança no caso
de não existir um eixo dominante de vibração.
7 Saúde
7.1 Aplicação
Esta secção diz respeito aos efeitos da vibração periódica, aleatória e transiente em pessoas
saudáveis, expostas a vibrações no corpo inteiro durante viagens, no trabalho e actividades de lazer.
Aplica-se principalmente a pessoas sentadas, já que não são conhecidos os efeitos da vibração sobre
a saúde de pessoas em pé, inclinadas ou deitadas.
Esta orientação aplica-se à vibração na gama de frequências entre 0,5 Hz e 80 Hz que é transmitida,
através do assento, ao corpo sentado como um todo.
NOTA: Se se estabelecer que a gama de frequências abaixo de 1 Hz não é relevante nem importante, pode substituir-se por uma
gama de frequências entre 1 Hz e 80 Hz.
A literatura relevante, sobre os efeitos da vibração de longa duração e de elevada amplitude sobre o
corpo, indica um aumento do risco de saúde da coluna dorsal e do sistema nervoso dos segmentos
afectados. Isto pode dever-se ao comportamento biodinâmico da coluna: deslocamento horizontal e
torção dos segmentos da coluna vertebral. Uma tensão mecânica excessiva e/ou distúrbio da
nutrição e difusão para o tecido do disco pode contribuir para processos degenerativos nos
segmentos lombares (espondilose deformante, osteocandrose intervertebral, artroses deformante). A
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exposição do corpo à vibração pode também piorar certos distúrbios patológicos endógenos da
coluna vertebral. Embora se admita geralmente uma relação dose-efeito não se dispõe actualmente
de nenhuma relação quantitativa.
Com uma menor probabilidade, também se admite que o sistema digestivo, o sistema
genital/urinário, e os órgãos reprodutivos femininos sejam afectados.
Geralmente, as alterações na saúde causadas pela vibração no corpo inteiro levam anos a
processar-se. Torna-se portanto importante que as medidas da exposição sejam representativas de
todo o período de exposição.
7.2.2 A avaliação do efeito da vibração na saúde deve ser feita independentemente segundo cada
eixo. A avaliação da vibração deve ser feita em relação à aceleração, ponderada em frequência,
mais elevada determinada segundo qualquer eixo sobre o assento.
NOTA: Quando a vibração segundo dois ou mais eixos for comparável, utiliza-se por vezes a soma vectorial para estimar o risco
para a saúde.
7.2.3 As ponderações em frequência devem ser aplicadas a pessoas sentadas com os factores multiplicativos
que a seguir se indicam
eixo x: Wd , k = 1,4
eixo y: Wd , k = 1,4
eixo z: Wk , k = 1
NOTA: É recomendado a medição segundo o eixo x no encosto utilizando uma ponderação em frequência Wc com k = 0,8.
Contudo, tendo em conta a pouca evidência do efeito deste movimento na saúde, não é incluído na avaliação da severidade da
vibração dada no Anexo B.
8 Conforto e percepção
8.1 Aplicação
Esta secção diz respeito à estimativa do efeito da vibração no conforto de pessoas saudáveis cujos
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corpos estão expostos a vibração periódica, aleatória e transiente durante as viagens, no trabalho ou
em actividades de lazer.
Para o conforto de pessoas sentadas esta secção aplica-se a vibração periódica, aleatória e transiente
na gama de frequências de 0,5 Hz a 80 Hz que ocorre em todas as seis coordenadas sobre o assento
(três de translação: eixo x, eixo y e eixo z e três de rotação: rotação rx, rotação rx e rotação rz).
Aplica-se também aos três eixos de translação (x, y e z) no encosto e nos pés de pessoas sentadas
(ver figura 1).
Para o conforto de pessoas em pé ou deitadas é dada orientação para a vibração periódica, aleatória
e transiente que ocorre segundo os três eixos de translação (x, y e z) na superfície principal que
suporta o corpo.
NOTA: Para aplicações específicas, outras normas podem incluir uma dependência no tempo da amplitude e duração da vibração.
8.2 Conforto
8.2.1 Não existe evidência conclusiva que suporte a dependência universal no tempo dos efeitos da
vibração no conforto.
A aceleração eficaz ponderada (ver secção 6) deve ser determinada para cada eixo de vibração de
translação (eixos x, y e z) na superfície que apoia a pessoa.
NOTA: Quando as condições de vibração são variáveis (tal como em veículos sobre carris) o conforto pode também ser avaliado a
partir da estatística resultante das distribuições de valores eficazes de sinais com ponderação apropriada em frequência.
8.2.2 As ponderações em frequência usadas para a previsão dos efeitos da vibração no conforto são
Wc, Wd, We, Wj e Wk. Estas ponderações deverão ser aplicadas com os factores multiplicativos k
como se mostra em seguida.
NOTA1. Para objectivos específicos de projecto que tenham a ver com o conforto, devem usar-se curvas de ponderação
apropriadas baseadas na experiência.
NOTA2. Uma parte adicional da ISO 2631 (actualmente em preparação) sobre a aplicação em veículos sobre carris utiliza uma
outra curva de ponderação para o conforto, designadamente Wb (ver C.2.2.1).
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NOTA3. Em alguns ambientes, o conforto de uma pessoa sentada pode ser afectado pela vibração angular do assento, pela
vibração do encosto ou pela vibração nos pés. A vibração nestas posições pode ser avaliada usando as seguintes ponderações em
frequência:
rotação rx na superfície do assento: We, k = 0,63 m/rad
rotação ry na superfície do assento: We, k = 0,4 m/rad
rotação rz na superfície do assento: We, k = 0,2 m/rad
eixo x no encosto: Wc, k = 0,8
eixo y no encosto: Wd, k = 0,5
eixo z no encosto: Wd, k = 0,4
eixo x nos pés: Wk, k = 0,25
eixo y nos pés: Wk, k = 0,25
eixo z nos pés: Wk, k = 0,4
em que k é o factor multiplicativo.
Os factores multiplicativos para a vibração angular são expressos em metro por radiano (m/rad) de
modo a poderem ser aplicados de acordo com a nota 2 em 8.2.3.
eixo horizontal: Wd , k = 1
eixo vertical: Wk , k = 1
NOTA: Quando não existir almofada, recomenda-se que sejam efectuadas medições também debaixo da cabeça e que se utilize a
ponderação em frequência Wj com k=1, embora não estejam incluídas no Anexo C orientações específicas para o uso desta medição
na previsão do conforto/percepção.
Para cada ponto de medição o valor total da vibração no ponto deverá ser então calculado através de
raiz da soma dos quadrados, ver 6.5. Os valores da vibração total no ponto podem ser comparados
separadamente com valores análogos definidos em outros ambientes e com algumas especificações
(por exemplo limites) para o sistema.
Quando o conforto é afectado por vibrações em mais de um ponto o valor total global da vibração
pode ser determinado a partir da raiz da soma dos quadrados dos valores totais da vibração (por
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NOTA1. Em alguns ambientes podem existir combinações de pessoas sentadas, em pé e deitadas. Pode então ser necessário
considerar o efeito de todas as posições e posturas (ver ISO 2631-2).
NOTA2. Em alguns casos as vibrações angulares são importantes para a avaliação do conforto. Em tais casos, o valor total da
vibração angular no ponto pode ser incluído na raiz da soma dos quadrados dos valores quando se calcula o valor total global da
vibração [o valor total da vibração angular no ponto pode ser calculado através de uma expressão análoga à equação (10)].
NOTA3. Se o valor ponderado determinado segundo qualquer eixo (ou coordenada angular) for menor do que 25% do valor
máximo determinado no mesmo ponto, mas segundo outro eixo (ou coordenada angular), pode-se então excluí-lo. Analogamente, se
o valor total da vibração num ponto for menor do que 25% do valor total máximo da vibração, pode ser excluído.
NOTA4. A vibração horizontal no encosto do banco em veículos pode afectar significativamente o conforto. Se por razões técnicas
não se puder medir a vibração no encosto, deve usar-se um factor multiplicativo de 1,4 em vez de 1 para os eixos x e y na superfície
de apoio do banco a fim de avaliar o conforto.
8.3 Percepção
8.3.1 Aplicação
Para a percepção da vibração por pessoas em pé, sentadas ou deitadas, apresentam-se orientações
para a vibração periódica e aleatória que ocorre segundo os três eixos (x, y e z) de translação sobre a
superfície principal de apoio do corpo.
NOTA: Recomenda-se o registo do valor eficaz da aceleração não ponderada para além dos valores ponderados.
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9 Enjoo ao movimento
9.1 Aplicação
Esta secção diz respeito aos efeitos do movimento oscilatório na incidência das vertigens ou enjoo
ao movimento.
Outras secções desta parte da Norma estão principalmente relacionadas com a vibração em
frequências acima dos 0,5 Hz. O movimento que ocorre a frequências abaixo de 0,5 Hz pode
ocasionar vários efeitos indesejáveis que incluem o desconforto e interferência em variadas
actividades. Contudo, na maior parte das vezes, produz enjoo ao movimento, principalmente nas
posições de pé e sentada.
NOTA: O factor de crista de movimentos de baixa frequência ( isto é, após a ponderação em frequência segundo 6.2.1) é tal que em
todos os casos, a aceleração eficaz do movimento deve ser determinada por integração e registada.
9.2.2. A vibração deve ser avaliada apenas em relação à aceleração global ponderada segundo o eixo
z.
NOTA1. Existe alguma evidência de que o movimento de berço e de galope do corpo (ver figura 1) pode também contribuir para os
sintomas de enjoo ao movimento. Quando estiverem disponíveis dados suficientes sobre os efeitos de outras direcções pode indicar-
se um procedimento para a soma em todas as direcções.
NOTA2. Nas baixas frequências o movimento de todas as partes do corpo tende a ser semelhante. Contudo, ocorrem
frequentemente movimentos voluntários ou involuntários da cabeça. Admite-se geralmente que o enjoo ao movimento pode reduzir-
se através da redução de tais movimentos da cabeça. Na prática isto consegue-se geralmente através da fixação, ou encosto, da
cabeça numa estrutura que se desloca com o assento (por exemplo, encostos de cabeça).
NOTA3. A orientação dada nesta secção aplica-se apenas a pessoas na posição sentada ou de pé. É possível que a probabilidade
de enjoo ao movimento se possa reduzir nas posturas recumbentes. Não é clara a razão porque acontece: se pelo facto do
movimento vertical ser segundo o eixo x do corpo ou se porque ocorre menor movimento da cabeça nesta posição.
NOTA1. Recomenda-se que seja registada a informação adicional acerca das condições do movimento. Esta deve incluir a
composição em frequência, duração e direcções dos movimentos.
NOTA2. Existe alguma evidência de que movimentos que tenham frequências e valores eficazes da aceleração semelhantes, mas
diferentes formas de onda, possam ter efeitos distintos.
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Anexo A
(normativo)
Os parâmetros das funções de transferência em frequência são indicados nos quadros A.1 e A.2
As frequências f1,…f6 e os factores de qualidade das ressonâncias Q4,…Q6 são parâmetros das
funções de transferência que determinam a ponderação global da frequência ( referida à aceleração
como grandeza de entrada). A função de transferência é expressa como o produto de vários factores
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como se segue.
1 f4
H h ( p) = = ... (A.1)
1 + 2ω1 / p + (ω1 / p) 2 f 4 + f14
em que
ω1 = 2πf1;
f1 = frequência de vértice (“corner”) (intercepção de assimptotas).
Passa-baixo;
4
1 f2
H l ( p) = = ...(A.2)
1 + 2 p / ω 2 + ( p / ω 2 )2 f + f 24
4
onde
ω2 = 2πf2;
f2 = frequência de vértice (“corner”).
1 + p /ω3 f 2 + f3
2
f 44 .Q42
H t ( p) = = . ... (A.3)
1 + p /(Q4ω 4 ) + ( p / ω 4 ) 2 f 32 f 4 .Q42 + f 2 . f 42 (1 − 2Q42 ) + f 44 .Q42
em que
ω3 = 2πf3;
ω4 = 2πf4.
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onde
ω5 = 2πf5;
ω6 = 2πf6.
O produto Hh(p)·Hl(p) representa o limite da banda da função de transferência; é o mesmo para
todas as ponderações excepto para Wf.
O produto Ht(p)·Hs(p) representa a função de transferência ponderada para uma dada aplicação.
Estas funções estão representadas nos quadros por uma infinidade de frequências e ausência de
factores de qualidade.
d
NOTA: Por vezes o símbolo s é utilizado em vez de p. Se a equação é interpretada no domínio do tempo (operador diferencial),
dt
d Δ
conduz directamente à realização digital da ponderação ( aproximadamente por se o intervalo de amostragem Δt for
dt Δt
suficientemente pequeno). Alternativamente, p pode ser interpretado como a variavel da transformada de Laplace.
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Anexo B
(informativo)
B.1 Introdução
Este guia fornece orientações para a avaliação dos efeitos de vibrações do corpo inteiro na saúde.
Aplica-se a pessoas em estado normal de saúde e que são regularmente expostas a vibrações.
Aplica-se a vibrações rectilíneas ao longo dos eixos basicêntricos -x, -y e -z do corpo humano. Não
se aplica a transientes simples de elevada amplitude como os que podem resultar de um acidente
rodoviário e com efeitos traumáticos.
NOTA: A maior parte das orientações constantes deste anexo é baseada em dados disponíveis resultantes de trabalho de
investigação sobre a resposta humana a vibrações ao longo do eixo -z em pessoas sentadas. A experiência existente é limitada no
que se refere à aplicação desta parte da norma a vibrações ao longo dos eixos -x e -y em pessoas sentadas e para todas as direcções
(-x, -y e -z) em pessoas de pé, reclinadas ou deitadas.
Por um lado, o aumento dos períodos de exposição às vibrações (ao longo do dia de trabalho, ou
diariamente, ao longo dos anos) e o aumento da amplitude significam o incremento da dose de
exposição às vibrações, considerando que aumentam os riscos; por outro lado, considera-se que os
períodos de descanso podem reduzir esse risco.
Não existem dados suficientes para demonstrar uma relação quantitativa entre a exposição às
vibrações e o risco de efeitos perniciosos na saúde. Nestas condições, não é possível avaliar a
exposição do corpo inteiro a vibrações em termos da probabilidade de risco para diferentes
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Partindo do princípio de que a resposta vibratória se relaciona com a energia, duas exposições
diárias diferentes a vibrações podem considerar-se equivalentes quando:
em que
aw1 e aw2 são os valores eficazes ponderados das acelerações para a primeira e segunda
exposições, respectivamente;
T1 e T2 são as correspondentes durações para a primeira e segunda exposições.
Para exposições abaixo da zona indicada, não foram claramente documentados e/ou objectivamente
observados efeitos na saúde; a zona tracejada indica a necessidade de se tomarem precauções no
que se refere a potenciais riscos para a saúde e acima daquela zona são de prever efectivos riscos
para a saúde. Esta recomendação baseia-se fundamentalmente em exposições numa gama de 4 a 8
horas como se indica para a zona tracejada na figura B.1. Períodos menos longos devem ser tratados
com extrema cautela.
Outros estudos apontam para uma dependência do tempo de acordo com a seguinte expressão:
A correspondente zona orientadora de precauções com a saúde é indicada pelas linhas a ponteado
na figura B.1. (As zonas orientadoras de precauções com a saúde decorrentes das equações (B.1) e
(B.2) coincidem para períodos de 4 a 8 horas, que são aqueles para os quais existe a maioria das
observações ocupacionais).
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Aceleração ponderada, m/s2
Equação (B.1)
Equação (B.2)
Duração da exposição, h
O valor eficaz da aceleração, ponderado em frequência, pode ser comparado com a zona indicada
na figura B.1 para uma duração correspondente à duração diária expectável.
NOTA1. Quando a exposição a vibrações decorre durante dois ou mais períodos de tempo com diferentes amplitudes e durações, o
equivalente energético da amplitude de vibração correspondente à duração total da exposição pode ser avaliado de acordo com a
seguinte expressão:
1
⎡ ∑ awi
2
⋅ Ti ⎤ 2
a w ,e =⎢ ⎥ ...(B.3)
⎢⎣ ∑ Ti ⎥⎦
onde
aw,e é a amplitude da vibração equivalente (valor eficaz da aceleração em m/s2);
awi é a amplitude da vibração (valor eficaz da aceleração em m/s2) para uma exposição de duração Ti.
Alguns estudos indicam um valor diferente da amplitude de vibração equivalente, o qual é dado pela expressão:
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1
⎡ ∑ awi
4
⋅ Ti ⎤ 4
aw , e =⎢ ⎥ ...(B.4)
⎣⎢ ∑ Ti ⎦⎥
Estas duas definições de amplitude equivalente foram utilizadas como orientadoras de riscos de saúde de acordo com a figura B.1.
NOTA2. Um valor estimado de dose de exposição a vibrações (eVDV) tem sido também utilizado em alguns estudos
onde:
Os valores estimados de dose de exposição a vibrações correspondentes aos limites inferior e superior da zona definida pela
equação (B.2) na figura B.1, são 8,5 e 17 respectivamente.
Reconhece-se correntemente que os problemas de saúde são influenciados pelos valores de pico e
são possivelmente subestimados por métodos baseados somente em médias de valores eficazes.
Portanto, em determinadas condições ambientais tais como, por exemplo, quando o factor de crista
se encontra acima de 9 (ver 6.2.1 e 6.3.3), o método desta parte da norma apresentado em 6.3.1 e
6.3.2 pode ser aplicado.
NOTA: Reconhece-se que o factor de crista é um procedimento incerto para decidir se o valor eficaz da aceleração pode ser usado
para avaliar a resposta humana às vibrações. Em caso de dúvida recomenda-se que se use o critério descrito em 6.3.3.
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Anexo C
(Informativo)
C.1 Introdução
Este anexo refere o actual consenso de opinião sobre a relação entre a amplitude das vibrações e o
conforto. O anexo fornece um método uniforme e adequado de avaliação da severidade subjectiva
da vibração, mas não indica limites.
C.2 Conforto
A interferência das vibrações com diversas actividades (por exemplo, ler, escrever ou beber) pode
ser considerada uma causa do desconforto. Estes efeitos são muitas vezes fortemente dependentes
do detalhe da actividade (por exemplo, o suporte utilizado para escrever ou o utensílio utilizado
para beber) e ultrapassam o âmbito das orientações aqui dadas.
NOTA: Para a avaliação do conforto em determinados ambientes, por exemplo, veículos ferroviários, considera-se como adequada
uma curva de ponderação em frequência, designada por Wb, que se desvia ligeiramente, principalmente abaixo dos 4 Hz, de Wk,
fundamentalmente para a direcção -z (ver nota 2 em 8.2.2.1). A ponderação em frequência Wb pode ser utilizada como uma
aproximação aceitável de Wk apesar do seu desvio em relação a Wk abaixo dos 5 Hz e acima dos 10 Hz (veja-se o quadro A.1: f3 e f4
seriam 16 Hz para Wb comparados com 12,5 Hz para Wk ).
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NOTA1. Quando a exposição a vibrações compreende dois ou mais períodos de exposição a diferentes amplitudes e durações, a
amplitude equivalente de vibração correspondente à duração total da exposição pode ser avaliada de acordo com qualquer uma das
expressões seguintes:
1
⎡ ∑ awi2 ⋅ Ti ⎤ 2
aw , e =⎢ ⎥ ...(C.1)
⎣⎢ ∑ Ti ⎦⎥
ou
1
⎡ ∑ a wi4 ⋅ Ti ⎤ 4
a w,e =⎢ ⎥ ... (C.2)
⎢⎣ ∑ Ti ⎥⎦
em que
NOTA2. Embora, tal como referido em 8.2.1, não seja evidente que o efeito das vibrações no conforto seja dependente do tempo,
uma ponderação, ao longo da frequência, do valor eficaz da aceleração, tem sido usado para calcular a dose de vibração que será
recebida durante uma exposição diária. A estimativa do valor dessa dose de vibração, em metro por segundo elevado a 1,75
(m/s1,75), é dada por:
em que
A estimativa do valor da dose de vibração obtida por este processo pode ser comparada com outra, calculada num ambiente
alternativo, por forma a comparar o desconforto dos dois ambientes.
Em certos ambientes, por exemplo quando o factor de crista é superior a 9, não é possível estimar a
resposta humana às vibrações usando o valor eficaz da aceleração ponderado em frequência. O
desconforto pode ser significativamente influenciado por valores de pico e subestimado por
métodos envolvendo o cálculo do valor eficaz médio. Nestes casos, devem ser aplicadas as medidas
descritas em 6.3.
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Os valores de vibrações obtidos num dado ambiente podem ser comparados com valores obtidos
num outro ambiente de forma a comparar o desconforto.
NOTA: É sabido que o factor de crista é um método pouco preciso para decidir se o valor eficaz da aceleração pode ser usado
para avaliar a resposta humana às vibrações. Em caso de dúvida ver 6.3.3.
Contudo, e como anteriormente foi afirmado, as reacções relativas às várias amplitudes dependem
da susceptibilidade do passageiro ao tipo de conforto que espera encontrar, o que pode depender da
duração da viagem, do tipo de actividade que o passageiro tem (por exemplo, ir a ler, a comer, a
escrever, etc.) e de muitos outros factores (ruído, temperatura, etc.).
No que diz respeito às reacções ao conforto e/ou desconforto causado por vibrações em edifícios
comerciais e residenciais, deve-se consultar a norma ISO 2631-2. A experiência mostra que, em
muitos países, é frequente os ocupantes de edifícios residenciais queixarem-se das amplitudes de
vibração desde que estas ultrapassem um pouco o limiar de percepção.
C.3 Percepção
Cinquenta por cento das pessoas (atentas e em boa forma física) conseguem detectar uma vibração
ponderada com peso Wk com uma amplitude de pico igual a 0,015 m/s2.
Há uma variação muito grande de pessoa para pessoa na capacidade de percepção de vibrações.
Quando o limiar de percepção mediano é aproximadamente igual a 0,015 m/s2, a gama de respostas
pode variar de cerca de 0,01 m/s2 até 0,02 m/s2 (amplitude de pico).
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Anexo D
(informativo)
Um valor para a dose de enjoo ao movimento é definido para que valores mais elevados
correspondam a uma maior incidência do enjoo ao movimento.
Existem dois métodos alternativos para calcular o valor da dose de enjoo ao movimento:
a) Quando possível, o valor da dose de enjoo ao movimento deve ser determinado a partir de
medições do movimento ao longo de todo o período de exposição. O valor da dose de enjoo ao
movimento, MSDVz, em metro por segundo elevado a 1,5 (m/s1,5), é dado pela raiz quadrada do
integral do quadrado da aceleração segundo a direcção z, após ter sido ponderado em frequência:
1
⎧T ⎫2
MSDVz = ⎨∫ [aw (t )] dt ⎬
2
...(D.1)
⎩0 ⎭
em que
Este método é equivalente a calcular o valor eficaz por integração ao longo do período T e
multiplicar por T1/2.
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NOTA: Quando se usar o método b) acima descrito, o período de medição não deve, normalmente, ser inferior a 240 s.
NOTA: Nalguns casos, a percentagem de pessoas que podem vomitar pode exceder o valor calculado pela fórmula anterior,
quando aw excede 0,5 m/s2.
NP ISO 2631-1
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Anexo E
(informativo)
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