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EDUARDO O C CHAVES2
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Este artiguete é resumo, feito em 1998, de um livreto, Administração do Tempo, que escrevi em
1992. O texto foi levemente revisado dez anos depois, em 2008. De tudo o que escrevi este é o
texto que mais repercussão teve. Já foi reimpresso dezenas de vezes em revistas, jornais e sites –
e já fui chamado a dar uma dezena de entrevistas sobre o tema, até para revistas do porte de
Você S/A.
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Eduardo Chaves, Professor Titular aposentado da UNICAMP, onde trabalhou por mais de 32 anos,
é consultor de empresas e organizações não-governamentais. Concluiu seu Ph.D. em 1972 na
Universidade de Pittsburgh, em Pittsburgh, PA, EUA, na área de filosofia. Na UNICAMP foi professor
de teoria do conhecimento, filosofia política e filosofia da educação. Ele completa 65 anos em 2008,
mora em Campinas e em Salto, é casado, e tem quatro filhos e sete netos.
1) Administrar o tempo não é uma questão de ficar contando os
minutos dedicados a cada atividade em que nos envolvemos: é
uma questão de definir prioridades. Provavelmente (numa sociedade
complexa como a nossa), NUNCA vamos ter tempo para fazer
tudo o que precisamos e desejamos fazer. Administrar o tempo é
ter clareza sobre o que, para nós, é mais prioritário, dentre as
várias coisas que precisamos e desejamos fazer, e tomar
providências para que o mais prioritário seja feito – com plena
consciência de que o resto provavelmente nunca vai ser feito (mas
tudo bem: as coisas que compõem o resto não são prioritárias).
12) Quem tem tempo não é quem não faz nada: é quem
consegue administrar o tempo que tem de modo a poder fazer
aquilo que precisa e que deseja fazer. Por outro lado, ser
produtivo não é equivalente a estar ocupado. Há muitas pessoas
que ficam ocupadas o dia inteiro exatamente porque são
improdutivas – não sabem onde concentrar seus esforços e, por
isso, ciscam aqui, ciscam ali, mas nunca produzem nada. Ser
produtivo é, em primeiro lugar, saber administrar o tempo, ter
sentido de direção, saber aonde se vai.
14) Mas tudo começa com uma verdade tão simples que parece
uma platitude: se você não sabe aonde quer chegar, provavelmente
nunca vai chegar lá – por mais tempo que tenha.