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MÁQUINAS ELÉTRICAS I
Belo Horizonte/MG
2010
Pág. 1
Sumário
Pág. 2
Capítulo I – Conceitos Básicos
fmm
H
l
Pág. 3
Capítulo I – Conceitos Básicos
I (A) Φ corrente I
(entrando no papel)
a
C
Seção AA do condutor
Pág. 4
Capítulo I – Conceitos Básicos
condutor: 1 I I 1
I 2
condutor: 2
F2
Pág. 5
Capítulo I – Conceitos Básicos
7 I1 xI 2
F 2,04 x10
D
2
7 I1
F 2,04 x10
D
Pág. 6
Capítulo I – Conceitos Básicos
eCD .l.v.sen
A
eCD B.l.v.sen
eCD B.l.v
Podemos demonstrar que a mesma expressão eCD B.l.v pode ser transformada
e explicitada em função do fluxo como segue:
ds dA d
eCD B.l. B
dt dt dt
Se tivermos N condutores
d
eCD N
dt
Pág. 7
Capítulo I – Conceitos Básicos
Esta expressão demonstra que a tensão induzida e gerada tanto pela movimento
do condutor diante do fluxo ( eCD B.l.v ) ou pela variação do fluxo com o condutor
d
estacionário ( eCD N ).
dt
Pág. 8
Capítulo I – Conceitos Básicos
F B.l.i.sen
Pág. 9
Capítulo II – Circuito Magnético
N Φ S
V
Φ/2
Pág. 10
Capítulo II – Circuito Magnético
O meio físico no qual se dá o trajeto do fluxo para esse caso (fig. 3) é o ar. Mas,
poderíamos instalar um material ferroso, como por exemplo, um arame de aço de
seção circular, conforme fig. 4.
Φ
Arame
de aço
Φd
l
R
A
Pág. 11
Capítulo II – Circuito Magnético
fmm NI
R R
r x 0 .
Grandeza Unidade
: fluxo magnético Wb : Weber
: densidade de campo Wb/m2 = T : Tesla
H: intensidade de campo Ae/m : Ampère espira por metro
fmm : força magnetomotriz Ae : Ampère x espira
R: Relutância Ae/Wb : Ampère espira por Weber
: Permeabilidade Tm/Ae : Tesla x metro por Ampère espira
ou Wb/Ae.m Weber por Ampère espira x metro
Pág. 12
Capítulo II – Circuito Magnético
Pág. 13
Capítulo II – Circuito Magnético
(Wb)
fmm (Ae)
Fig. 6 – Curva de magnetização (materiais não magnéticos)
B saturação
A
Bp
proporcionalidade
Hp fmm
H
m
Fig. 7 – Curva de magnetização (materiais ferromagnéticos)
Pág. 14
Capítulo II – Circuito Magnético
B
H
Os circuitos magnéticos podem ser constituídos por um único material, por dois
ou mais materiais, ou seja, podem conter trechos de núcleo com diferentes
permeabilidades, comprimentos e seções. Quando um dos trechos é o ar,
intercalado entre dois materiais sólidos, o mesmo recebe o nome de entreferro.
Na fig. 8a), temos um núcleo com 3 materiais diferentes, formando três trechos
em série, todos com a mesma seção transversal, porém com diferentes
comprimentos e permeabilidades. Sendo assim, esse circuito magnético é
composto por três relutâncias distintas colocadas em série: R1, R2 e R3. A fmm
será produzida por uma bobina de N espiras, instalada sobre o montante da
esquerda, na qual circula uma corrente I. A fig. 8b) representa o circuito
magnético simplificado.
NI
R1 R2 R3
Pág. 15
Capítulo II – Circuito Magnético
Φ1 Φ2
Φ1 Φ2
R0
Pág. 16
Capítulo II – Circuito Magnético
Questão 1:
l 7 Wb
R r x 0 0 4 10
A Ae.m
0,10 x10 2 Ae
Refd 1.273.885,4
4 10 7 x 2,5 x 2,5 x10 4
Wb
0,05 x10 2 Ae
Refe 636.942,7
4 10 7 x 2,5 x 2,5 x10 4
Wb
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Capítulo II – Circuito Magnético
Ae
RD R aço direito Refd 158.598,7 1.273.885,4 1.432.484,1
Wb
10 x10 2 Ae
RC 31.847,1
2000 x 4 10 7 x 2,5 x5 x10 4
Wb
Ae
RE R aço esquerdo R efe 158.917,2 636.942,7 795.859,9
Wb
RDxRE 1.432.484,1x795.859,9 Ae
Req 511.616,1
RD RE 1.432.484,1 795.859,9 Wb
fmm
R
NI 200
c 0,00037Wb
Req Rc 511.616,1 31.847,1
D RE 795.859,9
0,555
E RD 1.432.484,1
0,00037
E 0,00024Wb
1,555
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Capítulo II – Circuito Magnético
Contra prova:
- A fmm na perna central vale: fmmC C xRc 0,00037 x31.847,1 11,78 Ae
- A fmm disponível nas relutâncias em paralelo será: fmmD fmmE
fmm fmmC 200 11,78 188,22 Ae
fmmD 188,22
D 0,00013Wb
RD 1.432.484,1
fmmE 188,22
E 0,00024Wb
RE 795.859,9
Resumo: C 0,00037Wb
D 0,00013Wb
E 0,00024Wb
B
A
C 0,00037
BC 0,296T
A 2,5 x5 x10 4
D 0,00013
BD 4
0,208T
A 2,5 x2,5 x10
E 0,00024
BE 4
0,384T
A 2,5 x2,5 x10
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Capítulo III – A Bobina (Solenóide)
Além disso, surge nos terminais da bobina (H1 e H2) uma grandeza adicional,
denominada tensão induzida (e). Temos então numa seqüência o aparecimento
das seguintes grandezas: tensão aplicada (V) corrente (I) força
magnetomotriz (fmm) fluxo magnético ( ) tensão induzida (e).
A produção de tensão induzida é baseada na Lei de Faraday que diz: “Quando
existe um movimento relativo entre um condutor elétrico e um fluxo magnético,
aparece no condutor uma força eletromotriz (tensão elétrica)”.
movimento
Φ
S N
Pág. 20
Capítulo III – A Bobina (Solenóide)
Pág. 21
Capítulo III – A Bobina (Solenóide)
O sinal (-) menos dessa expressão indica que essa tensão induzida (e) é contrária
à tensão aplicada (V) já que o fluxo Φ é função da corrente I e esta por sua vez é
função de V. Trata-se, portanto de uma força contra-eletromotriz.
Para o nosso estudo, vamos considerar o fluxo total produzido pela bobina e o
fluxo concatenado ou enlaçante que pode ser calculado pela expressão abaixo:
É importante saber diferenciar uma tensão aplicada (V) de uma fem induzida (e). A
primeira é oriunda de uma fonte de tensão, enquanto a segunda “nasce” no
condutor, nas entranhas do mesmo e situa-se nos terminais de entrada da bobina.
Cálculo da tensão induzida:
d
e N como: max sen wt
dt
d
temos: e N max senwt Nw max cos wt
dt
Vemos que a tensão de auto indução é uma cosenóide estando portanto em
atraso de 90º relativamente ao fluxo.Na figura 11d vemos a onda de tensão V
adiantada de 90º em relação ao fluxo. A tensão e esta atrasada de 90º em
relação ao fluxo. Conclui-se que e está defasado de 180º em relação a V. Portanto
e é uma onda oposta à V (tensão da fonte).
Fig. 11d)
Pág. 22
Capítulo III – A Bobina (Solenóide)
produzida pela tensão aplicada (V), segue-se que a tensão induzida (e) opõe-se a
tensão aplicada (V), conforme visto linhas atrás.
Conforme a expressão e Nw max cos wt Nw max sen ( wt ) , o valor máximo do
2
módulo da tensão induzida ocorre para sen ( wt ) 1 ou wt=0, e será dado pela
2
expressão: e max Nw max 2 fN max .
V (tensão e (tensão de
aplicada) auto indução)
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Capítulo III – A Bobina (Solenóide)
N
N como L temos L vimos anteriormente que
i i
Ni N2 l
então L substituindo o valor da relutância R
R R A
teremos:
N2 A
L
l
Fig. 12b)
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Capítulo III – A Bobina (Solenóide)
VF VC 0 V E e 0 V E e VC e ER
F R F R
2
A energia na resistência produz calor por efeito joule R RI O
A reatância produz energia magnética a ser gasta para produzir o fluxo. Conforme
1 2
vamos deduzir mais adiante o seu valor é: L LI O
2
O diagrama fasorial correspondente está indicado na figura 12c abaixo
Fig. 12c)
A tensão ER está em fase com Io. A soma fasorial de ER com (-e ) dá o valor da
tensão da fonte( VF), que agora está adiantada de um ângulo menor que /2
devido a introdução da resistência.
Se a resistência é desprezível, R=0, ER=O. Temos então VF=e O circuito passa a
ser conforme figura 12d:
Fig. 12d)
Neste caso não existe energia térmica (Joule) e apenas energia magnética
destinada à produção de fluxo. Considerando a excitação em DC, temos que a
N2
indutância L sempre existe já que depende do número de espiras e da
R
relutância do núcleo; portanto apenas da construção da bobina.
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Capítulo III – A Bobina (Solenóide)
Fig. 12e)
Fig. 12e1)
Em DC:
Posição R L XL IO fmm R m
(l/µA ) N2 (2 f V ( NI O ) NI O RI02 1 2
( ) ( ) ( ) 2
LT
R L) R R
X=d 0 constante constan consta
te nte
X=0 0 constante constan consta
te nte
Em AC:
Posição R L XL IO fmm R m
X=d *
X=0 *
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Capítulo III – A Bobina (Solenóide)
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Capítulo IV – Indutância Mútua
Vamos estudar agora a influência que uma bobina (1) exerce sobre uma outra
bobina (2), ambas instaladas sobre o mesmo núcleo magnético.
A bobina (1) tem N1 espiras enquanto a bobina (2) tem N2 espiras. Excita-se a
bobina (1) com uma fonte AC. A bobina (1) vai produzir um fluxo 1 variável com o
tempo. Esse fluxo, por sua vez, gera uma tensão de auto-indução (e1) na própria
bobina (1), contrária à tensão aplicada V1 pela fonte AC. Por outro lado, este fluxo
também enlaça as N2 espiras da bobina (2) conforme fig. 13a). Na fig. 13b) é
apresentado o diagrama fasorial, indicando a posição relativa das grandezas.
1
w
I1
V1 e1 e12
Como esse fluxo é variável no tempo, será induzida uma tensão de mútua (e 12)
nos terminais da bobina (2). Trata-se de uma tensão induzida em uma bobina por
um fluxo gerado por outra bobina. Esse fenômeno é chamado de mútua indução
e a tensão induzida chama-se tensão de mútua indução.
Por convenção indica-se a polaridade instantânea considerando como positivo o
terminal onde a corrente deixa a bobina para o circuito externo.
d
O valor de (e12) será conforme lei de Faraday: e12 N 2 1 4,44 fN2 1. max .
dt
Analisando essa expressão, verifica-se que as espiras são da bobina 2 (N2) e o
fluxo 1 é produzido pela bobina (1). A bobina (1) que foi excitada por uma fonte
externa, chama-se primário e a bobina (2), onde a tensão foi mutuamente
induzida, tem o nome de secundário. No primário temos: tensão aplicada (V1),
corrente primaria (I1), fluxo produzido ( 1), e tensão de auto indução (e1). Na
bobina secundaria, temos apenas a tensão de mútua indução (e 12) produzida pelo
fluxo ( 1) originado no primário.
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Capítulo IV – Indutância Mútua
d 1
Como se vê: e12 N2 4,44 fN2 1. max
dt
N1 N 2
L1 L2 M
R
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Capítulo V – Energia do Circuito Magnético
1 2
L.i.di L i.di , temos que: Li J
2
b) Energia armazenada no núcleo
Resulta uma expressão em função de duas grandezas pertencentes ao núcleo:
fluxo e relutância.
1 2 1 2
1 2 1 N2 2
1 2
Li L.N 2 2 , temos que: J . J R J
2 2 L 2 L 2 L 2
1 2 2 1 2 B 2 A2 1 1 l 1 l 2
N N RB 2 A 2 B 2 A2 B A
2 L 2 L 2 2 A 2
1 v 2
Chamando “v” o volume do núcleo, temos que : B J
2
Enfatizamos que, uma bobina com resistência desprezível, converte a energia
elétrica que lhe é entregue para energia magnética. Entretanto, não há conversão
desta última em trabalho mecânico ou em calor; ou seja, a energia não é ativa. No
primeiro semiciclo da corrente, a energia elétrica flui da fonte para bobina sendo
convertida em energia magnética e fica armazenada na bobina nesta forma. No
semiciclo negativo da corrente, a energia armazenada anteriormente, flui da
bobina para fonte de tensão. Esta energia cíclica, que vai e volta chama-se
energia reativa. Para ser possível a conversão desta energia magnética na forma
de energia ativa, mecânica, por exemplo, que é a mais comum, esta energia
magnética deve ser variada. Para isto, pode-se manter constante a amplitude da
corrente no circuito elétrico DC, variando-se a relutância do núcleo. Teríamos
então dois estados de funcionamento, caracterizados por duas relutâncias
diferentes R1 e R2. Na fig. 14ª, a relutância R1 é representada pela curva de
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Capítulo V – Energia do Circuito Magnético
O trabalho gasto para movimentar a parte superior (parte móvel) do núcleo vale:
dWmec Fdx
d d
como e vem i dt dWm dWmec então:
dt dt
dWm id Fdx (equação 1)
dWm id
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Capítulo V – Energia do Circuito Magnético
Portanto temos:
Wm f ( , x)
Wm Wm
dWm d dx
x
Wm ( , x )
id d
Wm ( , x )
Fdx dx ou
x
Wm ( , x )
i
Wm ( , x )
F
x
Wm i ( )d
0
Assim, conhecendo-se a variação de energia magnética, pode-se determinar o
valor da corrente no circuito elétrico e a força produzida no dispositivo conversor.
Questão 1:
2
fmm 2
x2
N
Solução:
2 2
Ni 2
x2 i 3
x2
N N
2
Wm i ( )d 3
x 2d
0 0 N
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Capítulo V – Energia do Circuito Magnético
x2 2 x2 3
1 3
d x2
N3 0 N3 3 3
3
( 3
x2 )
F 3N
x
3
F 2x
3N 3
3
2
F x
3 3N 3
2 N3 3
F x
3 N3
2 3
F x
3
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Capítulo V – Energia do Circuito Magnético
Eef F lef
1
v B2
Eef 2 1 1 1 1 A B2 B2 A
F A lef B2 A B2
lef lef 2 lef 2 2 4 10 7 8 10 7
B2 A
F
8 10 7
F – Newton
B – Tesla
A – m2
Questão 2:
Calcular a corrente no eletroímã da figura a seguir, de modo a permitir o
levantamento da peça inferior, de ferro fundido, que pesa 65Kg. Considerando a
excitação AC em 60Hz e resistência desprezível:
B2 A
F
8 10 7
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Capítulo V – Energia do Circuito Magnético
B2 A
324 B2 1.02
8 10 7
B 1.00 T
4
B A 1 10 2 4 0,0008 wb
50 10 2 Ae
Raço 248805
2000 4 10 7 2 4 10 4
wb
30 10 2 Ae
Rff o 106631
700 4 10 7 8 4 10 4
wb
2 0,5 10 2 Ae
Re ntreferro 2 4.976.114 9.952.229
4 10 7 2 4 10 4
wb
Ae
Re q 10307665
wb
8246
i 16.5 A
500
Ae
Re 248.805 106631 355436
wb
5002
Lb 0,703H
355436
Pág. 35
Capítulo V – Energia do Circuito Magnético
149,16
ib 0,56 A
264,89
8246
aberto 0,000799 wb
10307665
0,56 x500
fechado 0,000787 wb
355436
Fig. 14d
Pág. 36
Capítulo V – Energia do Circuito Magnético
Pág. 37
Capítulo V – Energia do Circuito Magnético
Questão 3:
Solução:
1 v 2
B
2
Pág. 38
Capítulo VI – Perdas Magnéticas nos Materiais Ferromagnéticos
Pág. 39
Capítulo VI – Perdas Magnéticas nos Materiais Ferromagnéticos
f
pH k B2
100
onde k é uma constante para cada material (coeficiente de perdas por histerese).
Para chapa magnética de aço silício de baixa liga, k 4.5 e para aço de alta liga k
2,70.
W Wb
Unidades: p H : ; B: 2 ; f : Hz .
kg m
Fisicamente, estas perdas representam a energia gasta pelos dipolos para
mudar de sentido dentro do material.
b) Perdas por correntes de Foulcaut: Na fig. 16, está representado um
núcleo ferromagnético e seção AA da culatra superior.
i
i
seção AA
Vê-se que, o núcleo sendo metálico, pode ser um condutor elétrico, e mais, está
estacionado dentro de um fluxo magnético variável com o tempo. Aplica-se então
a Lei de Faraday, e uma tensão elétrica é induzida no núcleo. O material do
núcleo forma um circuito elétrico fechado e esta tensão induzida faz circular
corrente no sentido indicado pela regra da mão direita. A função precípua do
núcleo é conduzir fluxo e não corrente elétrica. Estas correntes irão aquecer o
núcleo devido ao efeito Joule e são, portanto indesejáveis.
Pág. 40
Capítulo VI – Perdas Magnéticas nos Materiais Ferromagnéticos
A determinação quantitativa destas perdas pode ser feita pela fórmula a seguir:
2
f
pF k B2
100
Descrição Espessura K
Chapa de baixa liga 1mm 22,40
Chapa de baixa liga 0,5mm 5,60
Chapa de baixa liga 0,35mm 3,20
Chapa de alta liga 0,5mm 1,20
Chapa de alta liga 0,35mm 0,60
Pág. 41
Capítulo VI – Perdas Magnéticas nos Materiais Ferromagnéticos
B
Nota: os valores de já estão multiplicados por o = 4 10-7.
H
Pág. 42
Capítulo VII – Transformador Ideal
m
w
I0
e1 e12
V1
Pág. 43
Capítulo VII – Transformador Ideal
já que o circuito do mesmo está aberto. Portanto, não há potência, nem energia
sendo entregue pelo secundário à carga. A energia que entra pelo primário é
gasta para:
produzir o fluxo ( m);
suprir as perdas por histerese e Foulcaut (PHF) situadas no núcleo.
I I
onde m N1 0 e 1a N1 1a . No núcleo o fluxo 1a surgiu para neutralizar o
R R
fluxo 2 oriundo da carga. Segue-se que o transformador em carga passa a manter
o fluxo m, suprir as perdas e atender a carga adicional do secundário.
Pág. 44
Capítulo VII – Transformador Ideal
Pág. 45
Capítulo VII – Transformador Ideal
Temos que:
d 1 d 1
a) e1 N1 e e12 N2 . A relação entre as tensões será:
dt dt
e1 N1
a que representa a relação de transformação do transformador.
e12 N2
I1 e12 N2 1
b) S1 S 2 então e1 I 1 e12 I 2 . Vem então:
I2 e1 N1 a
c) Do item b) tiramos: N1 I 1 N2 I2 fmm1 fmm2
e1 e12 Z1 e1 I2
d) Chamando Z 1 e Z2 vem a a a 2 . Podemos
I1 I2 Z2 e12 I1
Pág. 46
Capítulo VIII – Transformador Real
Pág. 47
Capítulo VIII – Transformador Real
N2 N2
valores diferentes. As indutâncias correspondentes são Lm e Ld ,
Rm Rd
sendo Rm a relutância correspondente ao circuito magnético (ferro) e R d a
relutância correspondente ao circuito de dispersão (meio circundante da bobina).
O circuito equivalente do transformador real é apresentado nas fig. 20a) e 20b).
Na fig.20a) estão representados os dois enrolamentos isoladamente, enquanto na
fig.20b) está representado o primário e o secundário com todas as suas grandezas
refletidas (referidas) para o primário.
Pág. 48
Capítulo VIII – Transformador Real
Pág. 49
Capítulo VIII – Transformador Real
Io w
Im
α e1 e12
V1
IHF o
Fig. 21a) Diagrama fasorial do transformador real a vazio
Pág. 50
Capítulo VIII – Transformador Real
corrente I1. A tensão aplicada no primário V1 = -e1 + I1R1 + I1jXd1 também é uma
soma fasorial.
Determinação de I1.
I2
X I0 cos cos I1 X2 Y2
a
I2 Y
Y I 0 sen sen arctg
a X
Determinação de e1.
X e1 I 1 R1cos I 1 Xd 1cos( )
2
Y 0 I 1 R1sen I 1 Xd 1sen( )
2
Pág. 51
Capítulo VIII – Transformador Real
Exercício:
Pede-se:
Solução
a)
b)
Pág. 52
Capítulo VIII – Transformador Real
c)
d)
2 50000
S V1 V1 I0 2400 2400 0,42 1008VA
100 2400
e)
PHF 40
cos 0,0396
SV 1008
87 0 ,73
f)
g)
Im I 0 sen 0,42 sen 87 0 ,73 0,42 0,999 0,419 0,42 2 0,0166 2 0,419 A
h)
PFH 40
R FH 2
145158
I HF 0,0166 2
2400
145158
0,0166
i)
2400
Xm 5727
0,419
Pág. 53
Capítulo VIII – Transformador Real
Exercício:
a) Fazer o diagrama fasorial em carga. Posicionar I2, V2, VR2, VXd2, e12.
Solução
a)
Pág. 54
Capítulo VIII – Transformador Real
VR2 0,2V
VX d2 0,3V
e12 240V
I1 10,27A
I 2 100A
V2 236,59V
0,280
I2
10A
a
37,280
e1 2363V
0,26 0
Z C 2,3659
R C 1,89
X C 1,432
VR1 20,54V
VX 1 30,81V
arccos0,8 37 0
39 0
87,730
b)
VX d2 I 2 X d2 100 0,03 3V
e12 240V
I2 100A
c)
X V2 VR 2 cos VX d2 cos( )
2
X V2 2 cos37 0 3 cos530
Pág. 55
Capítulo VIII – Transformador Real
Y 0 2sen 37 0 3sen53 0
e12 240 X2 Y2
240 2 X2 Y2
V2 3,4 57598
V2 3,4 239,99
V2 236,59V
Y
tg
X
1,195
tg 0,005
239,99
0,28 0
d)
I2 100 A
I2 100
10 A
a 10
I2
I1 I0
a
I2
X I 0 cos cos
a
X 0,42 0,0396 10 cos 37,28 0
Pág. 56
Capítulo VIII – Transformador Real
Y
tg
X
6,479
tg 0,813
7,97
390
e)
X e1 I 1 R 1 cos 39 0 I 1 X d1 cos 51 0
X e1 35,33
2
V1 X2 Y2
Pág. 57
Capítulo VIII – Transformador Real
e1 35,33 5759998
e1 2399 35,33
e1 2363V
Y
tg
X
11
tg 0,000458
2399
0,0267 0
f)
VX 1 10,27 3 30,81V
g)
V2 236,59
ZC 2,3659
I2 100
2 2
XC ZC RC 2,3659 2 1,89 2 1,432
j)
Pág. 58
Capítulo VIII – Transformador Real
Regulação de tensão:
Exercício:
Resolução:
240 236,59
a) R% 100 1,42%
240
I2R2 50 0,02 1V
I 2 X d2 50 0,03 1,5V
X V2 1 cos 45,57 0 1,5 cos 44,43 0
Pág. 59
Capítulo VIII – Transformador Real
Y 0,71 1,050
Y 0,34
240 2 X2 Y2
240 2 X2 Y2
V2 1,752 239,9
V2 238,24V
240 238,24
R% 100 0,73%
240
Pág. 60
Capítulo IX – Ensaios de Características
Ensaio em vazio:
m
w
Io
Im
S
Qm
0
PHF
V1 0 e1 Fig. 22d) Triângulo de potência
IHF
Fig. 22c) Diagrama fasorial do ensaio a vazio
Pág. 61
Capítulo IX – Ensaios de Características
PHF W
Sendo: I HF I 0 cos 0 cos 0
Im I 0 sen 0
S VA
V1 PHF
A resistência RHF vale: R HF 2
I HF I HF
V1
A reatância: Xm
Im
Pág. 62
Capítulo IX – Ensaios de Características
d
Vf m R.1 I 0 N1 (1) onde:
dt
d
Vf m N1 (2)
dt
Vf m 2Vrms sen wt
d
2Vrms sen wt N1 (3)
dt
2
Vrms cos wt t
w.N1
Pág. 63
Capítulo IX – Ensaios de Características
r m cos t0 (5)
m
Para = /2:
r m
m
cos t0
0 (6), resultando:
Pág. 64
Capítulo IX – Ensaios de Características
m cos t0 0 e t0 0
m
2 m
Para =0
m cos 0 t0 0 e t0 m
Fig. 22f)
t0 m m 2 m
Para t=0 e = /2
t0 0 e o fluxo total será m
Pág. 65
Capítulo IX – Ensaios de Características
Fig. 22g)
Pág. 66
Capítulo IX – Ensaios de Características
Pág. 67
Capítulo IX – Ensaios de Características
Pág. 68
Capítulo IX – Ensaios de Características
Zeq
Xeq
Req
Sendo assim o wattímetro vai registrar apenas as perdas por Joule nos
enrolamentos:
2
2 2 I2
W PCC R1 I 1 a R2
a
A tensão reduzida lida pelo voltímetro nada mais é do que a queda de tensão na
impedância do transformador, ou seja, podemos considerar que I 1 é
I
aproximadamente 2 , já que a corrente no ramo paralelo (núcleo) é desprezível:
a
V I 1 R1 a 2 R2 I 1 Xd1 a 2 Xd 2 I1 Z1 a2Z2
VCC PCC 2 2
Z eq e Req 2
então: X eq Z eq R eq
I1 I1
As perdas de curto circuito dividem-se igualmente entre o primário e o
secundario.Com efeito, temos:
2 2
W I 1 R1 I2 R2
2
2 I2
W I 1 R1 2
a 2 R2
a
2 2
W I 1 R1 I 1 a 2 R2 (equação 1)
2 2
W I 1 R1 a 2 R2 ou W I1 Req (equação 2)
R1
Temos também R1 a 2 R2 ou R2
a2
2
Podemos escrever, considerando a equação 1 que : W I 1 .2 R1 (equação 3)
Req
Comparando as equações 2 e 3 temos: R1
2
Pág. 69
Capítulo IX – Ensaios de Características
2 2
W I 1 R1 I2 R2 ou W 20,83 2.0,71 208,3 2.0,0071 617 w ( contra prova )
Rendimento:
O rendimento será:
PS
% 100
PS PHF PCC
234,5 75
RCC 75º R onde é a temperatura na qual o transformador foi
234,5
ensaiado.
2
Z CC 75 RCC 75 X 2CC e WCC RCC 75 I N2
Pág. 70
Capítulo IX – Ensaios de Características
Exercício Resolvido:
Questão 1:
PS 5 10 3 0,80
% 100 100 85,1%
PS PHF PCC 5 10 3 0,80 200 500
Questão 2:
Determinar:
Para identificar em qual lado foi realizado o ensaio de curto circuito precisamos
dividir a potência aparente do transformador pela corrente aplicada no mesmo
durante o ensaio.
S 50 10 3
V 2400V
I 20,8
Portanto, concluímos que o transformador foi ensaiado pelo lado de AT (alta
tensão).
Pág. 71
Capítulo IX – Ensaios de Características
PHF 186
Sendo : I HF I 0 cos 0 e Im I 0 sen 0 cos 0 0,14
S0 240 5,4
V1 PHF 186
Logo: R HF 2
322
I HF I HF 0,76 2
V0 240
Xm 44,86
Im 5,35
PCC 617
Req( AT ) 2
1,42
I cc 20,8 2 Zeq
Xeq
VCC 48
Z eq( AT ) 2,31 Req
I cc 20,8
Fig. 24 – Triângulo de impedância
2 2
X eq( AT ) Z eq Req 2,312 1,42 2 1,82
Pág. 72
Capítulo IX – Ensaios de Características
Z eq( AT ) 2,31
Z eq( BT ) 2 2
0,0231
a 2400
240
N1 e1
Estamos considerando a ou a . Caso o transformador seja elevador
N2 e1 2
essa relação é fracionária (a 1), e no caso de ser abaixador: a 1.
A corrente I2(BT) será:
S 50 10 3
I 2 ( BT ) 208 A . Esta corrente será o fasor básico para o traçado
V BT 240
do diagrama da fig. 26.
Y
o 240V
V2
φ2
I2Xd2
I2R2
Y X
I2
Pág. 73
Capítulo IX – Ensaios de Características
Temos agora um problema trigonométrico para resolver. Para tanto, vamos adotar
dois eixos ortogonais, sendo que um deles coincide com o fasor V 2. Vamos
projetar os vetores nos dois eixos e somá-los conforme Teorema de Carnot. Vem:
240 237,68
A regulação será: R% 100 0,96%
240
50000 0,8
O rendimento será: % 100 0,98 100 98%
50000 0,8 186 617
Pág. 74
Capítulo IX – Ensaios de Características
Polaridade:
Fig. 27a) Tendência de circulação de corrente Fig. 27b) Sentido real das correntes nos
(circuito aberto) enrolamentos carregados
Pág. 75
Capítulo IX – Ensaios de Características
Pág. 76
Capítulo IX – Ensaios de Características
Pág. 77
Capítulo X – Autotransformador
CAPITULO X - AUTOTRANSFORMADOR
Pág. 78
Capítulo X – Autotransformador
Pág. 79
Capítulo X – Autotransformador
50.000 50.000
i1 20,8 A i2 208 A
2.400 240
Pág. 80
Capítulo X – Autotransformador
449280
S2 S1 2160 x208 449280VA e IE 187,20 A .
2400
2400
Fazendo por relação de transformação onde a 10
240
208
vem I E 208 208 20,8 187,20 A ( contraprova).
10
Pág. 81
Capítulo X – Autotransformador
Pág. 82
Capítulo XI – Sistema de Percentual e Por Unidade
Sbase 50000
Ibase 208 A
Vbase 240
Vbase 240
Zbase 1,153
Ibase 208
Calculando:
Vbase 240
Zbase 1,153
Ibase 208
Calculando:
S 240 X 5 1200VA
W 186
cos 0,16 80,790
S 1200
I HF I 0 cos 5 0,16 0,8 A
Im I 0 sen 5 0,987 4,93 A
186
RHF 290,6
0,82
240
Xm 48,68
4,93
Pág. 83
Capítulo XI – Sistema de Percentual e Por Unidade
1200 2,4
S 100 2,4 0 0 OU 0,024 pu
50000 100
186 0,372
W 100 0,372 0 0 OU 0,0037 pu
50000 100
240 100
V 100 100 0 0 OU 1 pu
240 100
5 2,40
I0 100 2,40 0 0 OU 0,024 pu
208 100
0,80 0,384
I HF 100 0,384 0 0 OU 0,00384 pu
208 100
4,93 2,37
Im 100 2,37 0 0 OU 0,0237 pu
208 100
290,6 25203
RHF 100 25203 0 0 OU 252 pu
1,153 100
48,68 4222
Xm 100 4222 0 0 OU 42,22 pu
1,153 100
Pág. 84
Capítulo XI – Sistema de Percentual e Por Unidade
V 2400V
5 5 5
I0 0,5 A
a 2400 10
240
186
RHF 29062
0,08 2
2400
Xm 4868
0,493
Sbase 50000
Ibase 20,85 A
Vbase 2400
Vbase 2400
Zbase 115,21
Ibase 20,83
Explicitando:
0,5
I0 0,024 pu
20,8
0,08
I HF 0,00384 pu
20,8
4,93
Im 0,0237 pu
20,8
29062
RHF 252 pu
115,21
4868
Xm 42,25 pu
115,21
Pág. 85
Capítulo XI – Sistema de Percentual e Por Unidade
Nota-se que os valores das grandezas, quando explicitados para “pu” são os
mesmos independentemente do lado do transformador.
Para o ensaio de curto circuito:
O ensaio foi feito pelo lado de AT então vem:
617
Raqcc 1,426
20,82
48
Z aqcc 2,31
20,8
X eqc 2,312 1,426 2 1,82
Transformando em pu:
Vbase = 2400V
Sbase 50.000VA
50000
Ibase 20,8 A
2400
Zbase 115,3
48
Vcc 0,02 pu
2400
1,426
Rccpuc 0,012 pu
115,3
1,82
xccpu 0,016 pu
115,3
Transformando em pu:
Vbase = 2400V
Sbase 50.000VA
50000
Ibase 20,8 A
2400
Zbase 115,3
48
Vcc 0,02 pu
2400
1,426
Rccpuc 0,012 pu
115,3
Pág. 86
Capítulo XI – Sistema de Percentual e Por Unidade
1,82
X ccpu 0,016 pu
115,3
2,31
Z ccpu 0,020 pu
115,3
20,8
Inccpu 1,0 pu
20,8
Sbase 50.000VA
50000
Ibase 208 A
240
240
Zbase 1,153
208
48
Vcc 10 0,02 pu
240
Pág. 87
Capítulo XI – Sistema de Percentual e Por Unidade
1,426
Rccc 10 2 0,012 pu
1,153
1,82
X cc a2 0,016 pu
1,153
2,31
Z cc a2 0,020 pu
1,153
Pág. 88
Capítulo XII – Transformador Trifásico
IS
IR
Pág. 89
Capítulo XII – Transformador Trifásico
Desenho esquemático
Desenho esquemático
Pág. 90
Capítulo XII – Transformador Trifásico
BP – Bobina do primário
Fig. 32a-1)
BS – Bobina do secundário
Pág. 91
Capítulo XII – Transformador Trifásico
NR NS NT N
Mas:
IR IS IT 0
Então:
1 N
NRIR NS IS NT IT IR IS IT 0
R R
Esta configuração de núcleo central único é denominada de transformador
trifásico.
núcleo
BT
canal
Pág. 92
Capítulo XII – Transformador Trifásico
Do mesmo modo que no banco trifásico, temos seis enrolamentos, três de alta
tensão e três de baixa tensão que podem ser ligados em triângulo ou estrela,
conforme mostrado nas figs. 32c), 32d) e 32e). Em ambos os casos, são válidas
as leis fundamentais dos sistemas trifásicos equilibrados.
S
T
S
T
S
T
Pág. 93
Capítulo XII – Transformador Trifásico
Ligação Zig-Zag
Pág. 94
Capítulo XII – Transformador Trifásico
Pág. 95
Capítulo XII – Transformador Trifásico
Exercício:
Seja um transformador trifásico 60Hz, 1000kVA, 24000/380-220V, ligação -Y
com os seguintes parâmetros:
Ensaio a vazio:
Leitura do wattímetro: 2800W
Leitura do amperímetro: 24,3A
Leitura do voltímetro: 380V
Temperatura ambiente: 28ºC
VL 380
VF 220V
3 3
IF IL 24,3A
P3 2800
P1 933W
3 3
Pág. 96
Capítulo XII – Transformador Trifásico
P1 933
Cos 0,1747
VF I L 220 24,3
2 2
Im I0 I HF 24,3 2 4,2 2 23,93A
P1 933
R HF 2
51,89
I HF 4,24 2
VF 220
Xm 9019
I m 23,93
Para o sistema
IL 24,05
IF 13,88A
3 3
VF 1500
Z 108,07
IF 13,88
Z 108,07
ZY 36,02
3 3
Pág. 97
Capítulo XII – Transformador Trifásico
VL 1500
VF 866V
3 3
P3 2500
P1 833W
3 3
P1 833
R eq 2
1,44
IL 24,05 2
VF 866
Z eq 36 (contra prova)
IL 24,05
X eq Z eq R eq 36 2 1,44 2 35,97
Pág. 98
Capítulo XII – Transformador Trifásico
R eq 1,44
R1 0,72
2 2
R1 0,72
R2 0,00018
a2 63 2
X eq 35,97
X d1 17,98
2 2
X d1 17,98
Xd2 0,0045
a2 632
Contra prova
2 2
P1 R 1 I1 R2 I2 0,72 24,05 2 0,00018 1519 2 832 W
1000000
Sb 333333VA
3
24000
Vb 13856V
3
333333
Ib 24,05A
13856
13856
Zb 576,13
24,05
36
Z eq 0,062pu
576,13 (contra prova)
1,44
R eq 0,0025pu
576,13
35,97
X eq 0,061pu
576,13
Pág. 99
Capítulo XII – Transformador Trifásico
866
Vcc 0,062pu
13856
24,05
In 1pu
24,05
Para 75%:
In 1 0,75 0,75pu
Pág. 100
Capítulo XII – Transformador Trifásico
V2 0,0259 0,9993
V2 0,9993 0,0259
V2 0,9734 pu
13856 13487
R% 100 2,66%
13856
13856
VBT 0,9734 214,1V
63
219,94 214,1
R% 100 2,66%
219,94
Regulação em pu
1 0,9734
R% 100 2,66%
1
Pág. 101
Capítulo XII – Transformador Trifásico
PHF3 2800 W
PJ 3 3 624,67 1874 W
585501,61
% 100 99,2%
585501,61 2800 1874
Deslocamento angular:
B1 B2 b1 b2
CARGA
C1 C2 c1 c2
VC1A1 Vc1a1
VB1C1 Vb1c1
C2
c2
A2 B2
a2 b2
A1 VA1B1 B1 Va1b1
a1 b1
Fig. 34b) Diagrama fasorial dos lados de alta e baixa tensão
Pág. 102
Capítulo XII – Transformador Trifásico
Na fig. 35 vamos inverter o centro estrela da baixa tensão, conectando agora a1-
b1-c1, deixando livre os terminais a2, b2, c2 para serem conectados à carga. O
lado de alta continua inalterado recebendo alimentação pelos terminais A1-B1-C1.
Analisando as tensões de linha VA1B1 e Va1b1 verifica-se que são fasores de
mesma direção e sentidos opostos, portanto, estão na mesma direção e em
sentidos contrários, portanto com um deslocamento angular de 180º. O
mesmo pode-se dizer em relação às tensões VB1C1 e Vb1c1 e VC1A1 e Vc1a1. Pode-se
observar que as tensões induzidas na baixa tensão estão agora invertidas em
relação à alta tensão. As tensões de linha da baixa tensão estão deslocadas de
1800 em relação às de alta tensão. Compare a1b1 com A1B1. Agora, com a
mesma convenção do ponto, a corrente vem da carga e vai para o centro estrela.
Na fig. 35, é mostrada a representação horária. Considerando o sentido anti-
horário, a1 está 180º adiantado em relação à A1.
Pág. 103
Capítulo XII – Transformador Trifásico
Yy6 – 180º
A1 A2 a1 a2
B1 B2 b1 b2
CARGA
C1 C2 c1 c2
c1
A1 VA1B1 B1 a2 Va2b2 b2
12
11 1
C1
A1B1//a1b1
Sentidos opostos 2
10
A1 posição 8 horas
a1 posição 2 horas b1 Va1b1 a1
Diferença: 6 x 30º
Deslocamento = 180º 9 3
c1
8 A1 VA1B1 B1 4
Fig. 35 – Deslocamento angular de 180º
7 5
6
Pág. 104
Capítulo XII – Transformador Trifásico
Apresentamos nas figs. 36, 37, 38 e 39 os grupos de ligação Dd-0, Dd-6, Yd-11 e
Yd-5.
Dd0 – 0º
A1 A2 a1 a2
H1
H2 B1 B2 b1 b2
CARGA
H3 C1 C2 c1 c2
ABC abc
B1 C2 b1 c2
VB1A1 Vb1a1
VC1B1 Vc1b1
B C b c
b2 c1
B2 C1
A a
A1 VA1C1 = VA1A2 A2 a1 a2
Va1c1 = -Va1a2 = Va2a1
B1 12
11 1
10 2
A1A2//a1a1 b1
a1 e A1 posição 8 horas
b1 e B1 posição 12 horas 9 3
c1 e C1 posição 4 horas a1 c1
Deslocamento = 0º Va1c1= Va1a2
A1 defronte a1 C1
B1 defronte b1 8 4
A1 VA1C1
C1 defronte c1
7 5
6
Pág. 105
Capítulo XII – Transformador Trifásico
Dd6 – 180º
A1 A2
a1 a2
B1 B2
b1 b2
CARGA
C1 C2
c1 c2
ABC abc
B1 C2 b2 c1
VB1A1 Vb2a2
VC1B1 Vc2b2
B C b c
b1 c2
B2 A C1 a
B1 12
11 1
10 2
c1
9 b1 3
A2A1//a1a2 a1
a2 Va2a1
C1
8 A2 4
A1 VA1A2
7 5
6
Pág. 106
Capítulo XII – Transformador Trifásico
Yd1 – 30º
A1 A2 a1 a2
B1 B2 b1 b2
CARGA
C1 C2 c1 c2
C1 c1 cba
CBA b2 Vb1c1
VC1A1 b
VB1C1 Vc1a1 c b1
C2
a a2
A B
A2 B2 c2 Va1b1
30º
A1 VA1B1 B1 a1
A1 em frente 8 horas 10 2
a1 em frente 7 horas
Diferença: 1 x 30º c1
Deslocamento = 30º
.Caso se considere o sentido anti-horário o deslocamento é 9 b1 3
de 330º
a1
8 A1 B1 4
7 5
6
Pág. 107
Capítulo XII – Transformador Trifásico
Yd5 – 150º
A1 A2 a1 a2
B1 B2 b1 b2
CARGA
C1 C2 c1 c2
c2 cba
C1
CBA b1
Vb1a1
b 150º
VC1A1 a
VB1C1 Vc1b1 c b2
C2
a a1
A2 B2 c1 Va1c1
A1 VA1B1 B1 a2
12
11 1
C1
c1
8 A1 B1 4
7 5
6
Pág. 108
Capítulo XII – Transformador Trifásico
Pág. 109
Capítulo XII – Transformador Trifásico
IL=IA + IB
Se ZA>ZB teremos IB>IA resultando que a maior parte da corrente da carga (I L)
circulará através do transformador B de menor impedância.
Condições de paralelismo:
II. Mesma polaridade dos terminais a serem ligados entre si. Polaridades
diferentes provocam curto circuito;
III. Mesma impedância percentual com variação menor que 7,5%; entre si
IV. Mesma relação entre resistência e reatância de curto cicuito, ou seja, mesmo
fator de potência de curto circuito (cos cc);
YY Y Y
YY Sim Não Não Sim
Y Não Sim Sim Não
Y Não Sim Sim Não
Sim Não Não Sim
Pág. 110
Capítulo XIII – Transformador Inserido no Sistema Trifásico
Questão 1:
Três transformadores monofásicos de 100kVA, 2400/120V, são ligados para
formar um banco trifásico, -AT e Y-BT.
Dados do ensaio de curto circuito para cada transformador monofásico:
V = 52V I=41,6A P=400W
Este banco deverá ser alimentado por uma LT de 2400V cuja impedância vale
Z=0,08 + j0,30.
No secundário o banco alimenta uma carga com corrente de 70% da corrente
nominal e com fator de potência em atraso de 0,8.
Pede-se:
a) Determinar a tensão na saída do secundário do banco.
b) Desenhar o diagrama fasorial referido ao lado de AT.
Pág. 111
Capítulo XIII – Transformador Inserido no Sistema Trifásico
Solução:
VL=2400V VFN=120V
VL=207V
Transformador trifásico equivalente
Diagrama unifilar
CARGA
VL=2400V FP=0,8
atraso
Diagrama trifilar
Pág. 112
Capítulo XIII – Transformador Inserido no Sistema Trifásico
0,23+j1,23
VL=2400V 0,23+j1,23 FP=0,8
29,19A
0,23+j1,23 atraso
1
Transformando o em uma Y equivalente: ZY Z
3
0,23
Ry 0,076
3
1,23
XY 0,41
3
100.000
0,7 xIn 0,7 x 583 A
0,08 j0,30 50,56A 120
0,076+j0,41
VFN=1385V VFN=120V
0,076 FP=0,8
+j0,41 atraso
0,076
+j0,41
VL=2400V VL=207V
FP=0,8
VFN=1385V Vcarga
ind
Pág. 113
Capítulo XIII – Transformador Inserido no Sistema Trifásico
I=50,56A
0,156 j0,71
FP=0,8
VFN=1385V aV2
V ind
aV2 V 1385
V I ar cos 0,8 Z
2 2
aV 2 27,90 23,91 1385 2
2 2
aV 2 27,90 1385 2 23,91 1.917.653,31
1356 1356
V2 FN 117,49V
a 1385
120
V2 Linha 117 3 203,48V
Pág. 114
Capítulo XIII – Transformador Inserido no Sistema Trifásico
Contra-prova:
23,91 3 3
23,91 1385 sen sen 17,2 10 arcsen 17,2 10 0,99º
1385
Solução da letra b)
o 1385V
0,99º
37º 1356V 35,89V
7,89V
50,56A
Diagrama fasorial
Questão 2:
Pág. 115
Capítulo XIII – Transformador Inserido no Sistema Trifásico
Solução:
VFN=120V
VL=2400V
VL=208V
Transformador trifásico
Diagrama Unifilar
2,79A I carga=32,24A
120
2,79A 1,61
VL=208V
10+j5
2,79A
Diagrama Trifilar
Pág. 116
Capítulo XIII – Transformador Inserido no Sistema Trifásico
VL=208V 3,33+j1,66
VL=2400V
3,33+j1,66 3,33+j1,66
VFASE 120 j 0
I CARGA 28,86 j14,38 32,24 26,49º A .
ZY 3,33 j1,66
I=32,24A
Pág. 117
Capítulo XIII – Transformador Inserido no Sistema Trifásico
S BT S AT 11.615 VA
S AT 11.615
I L ( AT ) 2,79 A
3 VL ( AT ) 3 2400
Pág. 118
Capítulo XIV –Resolução de Circuitos Trifásicos Utilizando PU
S3 VL
S1 e e V fn
3 3
d) Escolher os valores base para referência:
VL
Vbase = VFN =
3
S3
Sbase
3
Sbase
Ibase
Vbase
Vbase
Zbase
Ibase
Mudança de base:
Pág. 119
Capítulo XIV –Resolução de Circuitos Trifásicos Utilizando PU
S1 S2
Zpu1 Zpu2
na base S1, Vbase na base S2, Vbase
S1base
Z Z I1base Vbase S1base
Z pu 1 Z Z Z pu1 Z
Z base Vbase Vbase Vbase V 2 base
I1base
Analogamente,
S 2 base
Z pu 2 Z
V 2 base
S 2 base
Z pu 2 V 2 base S 2 base V 2 base S 2 base
ks
Z pu1 S1 base V 2 base S1 base S1 base
V 2 base
S 2 base
Z pu 2 Z pu 1 K S Z pu 2 Z pu1
S1base
Pág. 120
Capítulo XIV –Resolução de Circuitos Trifásicos Utilizando PU
V1 base
V2 base
S base
Z 1 I1base V1base S base
Z pu 1 Z Z Z Z pu1 Z
Z base V1base V1base V1base V 21base
I1base
Analogamente,
Sbase
Z pu 2 Z
V 2 2 base
Pág. 121
Capítulo XIV –Resolução de Circuitos Trifásicos Utilizando PU
S base
Z pu 2 V 2 2 base S base V 21 base V 21base
kv
Z pu1 S base V 21 base S base V 2 2base
V 21 base
V 21base
Z pu 2 Z pu1 Z pu 2 Z pu 1 K V
V 2 2 base
Qualquer elemento diferente que vier a ser inserido no sistema, por exemplo, a
impedância de uma rede ou de uma linha, esta impedância em ohm deverá ser
referenciada na base de tensão onde estiver localizada, para ser transformada em
¨pu¨
Pág. 122
Capítulo XIV –Resolução de Circuitos Trifásicos Utilizando PU
240
Zb 1,152
208,33
0,13
X pu 0,113 pu 2
1,152
Pág. 123
Capítulo XIV –Resolução de Circuitos Trifásicos Utilizando PU
Vb 2400V
SB 50000VA
50000
Ib 20,83 A
2400
2400
Zb 115,20
20,83
Transformando em¨pu ¨:
7
R 0,06 pu 1ª
115,2
Pág. 124
Capítulo XIV –Resolução de Circuitos Trifásicos Utilizando PU
13
X 0,113 pu 2ª
115,2
Questão 1
Pág. 125
Capítulo XIV –Resolução de Circuitos Trifásicos Utilizando PU
DIAGRAMA UNIFILAR
Solução:
5000
ZF 0,0066 pu
3 31500 13,8
ZF 0,0066 pu
WCC 39.000W
Z 6,79% 0,0679 pu
Pág. 126
Capítulo XIV –Resolução de Circuitos Trifásicos Utilizando PU
X CC 0,0679 2 0,0078 2
X CC 0,674 pu
DE 29,5mm
di 14,25mm
2 De
L 0,06 0,46 log
di
2 29,5
L 0,06 0,46 log
14,25
L 0,000344 H / km
Para l 30m
30
L 0,000344 0,000010 H
1000
XL 2 fL 6,28 60 0,000010
XL 0,0038
234,5 60
R60 0,124 0,143 / KM
234,5 20
Para l 30m
30
R60 0,143 0,0043
1000
Pág. 127
Capítulo XIV –Resolução de Circuitos Trifásicos Utilizando PU
Na base de 2400 V:
0,0038 5000
XL 0,0033 pu
2,4 2 1000
0,0043 5000
R60 0,0037 pu
2,4 2 1000
0,0033 50
XL 0,0055 pu
30
0,0037 50
R60 0,0060 pu
30
Pág. 128
Capítulo XIV –Resolução de Circuitos Trifásicos Utilizando PU
Pág. 129
Capítulo XIV –Resolução de Circuitos Trifásicos Utilizando PU
500
Sb 1666 KVA 1666.666VA
3
2400
Vb 1385V
3
1666666
Ib 1203 A
1385
1385
Zb 1,151
1203
375
IM 0,312 pu
1203
Pág. 130
Capítulo XIV –Resolução de Circuitos Trifásicos Utilizando PU
R 0,0146 pu
X 0,0837 pu
1,00 X2 Y2
2
1,00 VM 0,009 0,0083 2
2
1,00 VM 0,009 0,0083 2
2
VM 0,009 0,9917
VM 0,009 0,9958
Pág. 131
Capítulo XIV –Resolução de Circuitos Trifásicos Utilizando PU
VM 0,9868 pu
VM 3 1366 3 2365V
2400 2365
V% 100
2400
V% 1,458%
cos 0,12
83º
Pág. 132
Capítulo XIV –Resolução de Circuitos Trifásicos Utilizando PU
2 2
1,00 VM 0,1501 0,0078
2
1,00 VM 0,1501 0,00006
2
VM 0,1501 0,99994
VM 0,1501 0,9999
VM 0,8498 pu
VM 3 1177 3 2038V
2400 2038
V% 100
2400
V% 15%
Questão 2:
Um sistema elétrico é formado por 2 (dois) bancos de transformadores
monofásicos interligados por uma LT. No final do sistema existe uma carga
alimentada pelo mesmo.
Pede-se calcular a tensão nos terminais de carga.
São dados:
a) carga – trifásica, tensão de linha 240V, 60kW fator de potência 0,80 em atraso.
b) Banco I – 3 (três) transformadores monofásicos, 100kVA, 24000/2400V,
ligação .
Dados do ensaio de curto-circuito, de cada transformador:
W=700W
V=330V
I=4,16ª
c) Banco II – 3 (três) transformadores monofásicos, 50kVA, 2400/240V, ligação
.
Pág. 133
Capítulo XIV –Resolução de Circuitos Trifásicos Utilizando PU
Solução:
2) Correntes do circuito
60000
SCARGA 75.000VA
0,80
75.000
I 240 180 A em 240V
3 240
75.000
I 2400 18 A em 2400V
3 2400
75.000
I 24000 1,8 A em 24000V
3 24000
3) Parâmetros do banco I
700
Req 40 referida a 100 kva -24000V
4,162
330
Z eq 80 idem
4,16
X eq 802 40 2 69 idem
Pág. 134
Capítulo XIV –Resolução de Circuitos Trifásicos Utilizando PU
4) Parâmetros do banco II
600
Req 1,386 referida a 50kva – 2400V
20,832
50
Z eq 2,40 idem
20,83
5) Diagrama trifilar
Pág. 135
Capítulo XIV –Resolução de Circuitos Trifásicos Utilizando PU
7) Representação do sistema em Y.
Pág. 136
Capítulo XIV –Resolução de Circuitos Trifásicos Utilizando PU
9.1) LT
Z=0,8+j1,2
Vamos referenciar este valor a 2400V e 50kVA porque a impedância em
questão está instalada em 2400V
150
Sbase 50kVA
3
2400
Vbase V 1386V
3
Sbase 50.000
Ibase 36,07 A
Vbase 1.386
Vbase 1.386
Zbase 38,42
Ibase 36,07
A impedâncuia de LT em “pu” será:
0,8 j1,2
Zpu 0,021 j 0,031
38,42
100
Ks 2
50
150
Sbase 50kVA
3
2.400
Vbase 1.386V
3
Pág. 137
Capítulo XIV –Resolução de Circuitos Trifásicos Utilizando PU
0,46 j 0,65
Zpu 0,012 j 0,016
38,42
9.3) Banco I
300.000
Sbase 100 kVA
3
24.000
Vbase 13.860V
3
100.000
Ibase 7,21A
13.860
13.860
Zbase 1.921
7,21
40 j 69
Zpu 0,021 j 0,036
1.921
Pág. 138
Capítulo XIV –Resolução de Circuitos Trifásicos Utilizando PU
13.860
Vpu 1,0 pu
13.860
1,8
Ipu 0,25 pu
7,21
12) Verificações:
12.1) Banco II
R = 0,024x1.921=46
X = 0,034x1.921=65,31
Estes são os valores da equação 1.anterior
12.2) LT
R = 0,042x1.921=80,68 = 46
X = 0,062x1.921=120
Estes são os valores indicados no enunciado do exercício.
13) Resolução do circuito do ítem 10.
Pág. 139
Capítulo XIV –Resolução de Circuitos Trifásicos Utilizando PU
V2 + 0,0224 = 0,9999
V2 = 0,977pu
Tensão na carga:
13.860
a 100
138,6
13.541
VCARGA 135,41V
100
Pág. 140