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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE - UNIBH

CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA

FLEBITE JUGULAR EQUINA

Professor: Luiz Flávio Telles


Alunos: Anna Luiza Rezende
Carolina Hach
Carolina Menezes
Clarissa Lustosa
Lorraine Torquette
Luca Santi Engel
Marco Antônio Souza
Priscilla Menezes

BELO HORIZONTE
2019
I. INTRODUÇÃO

A flebite é uma afecção vascular, onde ocorre um processo inflamatório na parede do


vaso e gera obstrução parcial ou completa do fluxo sanguíneo. Ocorre ainda como uma
sequela comum de desordens gastrintestinais graves, e secundariamente a medicações
intravenosas, tempo de permanência do acesso venoso, inadequação no quesito de sepsia
local, ocorrendo com maior frequência em cavalos com coagulação intravascular
comprometida ou com endotoxemia.

Os principais sinais clínicos da flebite é o aumento de volume dos tecidos proximais a


área da obstrução. Podendo ser caracterizada como unilateral ou bilateral, tendo o
desenvolvimento de um edema menor podendo evoluir e acometer a faringe, laringe e a
língua. Na flebite mecânica, temos um trauma na parede da veia sendo ocasionado pelo
calibre do cateter ou manipulação do mesmo na veia. A química, ocorre pela utilização de
medicação irritante mais conhecido como “Glucanato de Cálcio”,” Fenilbutazona” ou até
mesmo a infusão da medicação mais rápida. Na infecciosa, desenvolve-se por uma má sepsia
do local, fixações infectadas e até mesmo curativos. O diagnóstico é confirmado perante o
aspecto clinico e físico da veia, tendo a presença de sangue arterial no interior da veia.

No caso da Flebite causada por medicação irritante, pode ser administrado DMSO no
local sem atrito, 2 ou 3 vezes ao dia. E em outros casos pode ser utilizado a associação de
aplicações com heparina e antiflamatorios como o Flunixin ou o Dmso. Tendo que evitar o
uso de Fenilbutazona intravenoso devido ao fato de irritar a parede do endotélio vascular.

A flebite pode ser evitada com uma higienização das mãos correta do Medico
veterinário ou estudante que irá manusear o animal, uma escolha correta do calibre do cateter,
a limpeza adequada do local, curativos específicos e estéreis e um acompanhamento de 6 em
6 horas.

Como exemplo, afecções do trato gastrointestinal de equinos podem causar distúrbios


de coagulação devido à concentração elevada de mediadores inflamatórios que estimulam a
hemostasia e inibem a fibrinólise, gerando um estado de hipercoagulação.
II. CASO CLÍNICO

Um animal da espécie equina, fêmea, foi internada no Hospital Veterinário da


faculdade UniBH em Belo Horizonte, com o quadro de síndrome cólica, e permaneceu
internada durante dias. Dentro desses dias, ela foi colocada no acesso intravenoso, e
permaneceu 72 horas nele. Na retirada do acesso, desenvolveu uma flebite, que gerou um
abscesso local. O tratamento foi feito com massagem local, compressas frias e quentes, e
pomada de Dimesol, e havia a opção de realizar a drenagem desse abscesso, porém foi
desnecessário tendo em vista a regressão do mesmo.

Imagem 1 e 2: Arquivo pessoal.


III. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BALIELO et al., 2007. Tromboflebite Jugular Equina (TJE). Revista Científica Eletrônica
de Medicina Veterinária – ISSN 1679-7353 Publicação Científica da Faculdade de Medicina
Veterinária e Zootecnia de Garça/Famed; Ano IV, Número, 09. janeiro de 2007.

MONTANHIM G.L., et al. Tromboflebite Jugular em Equinos Submetidos à


Laparotomia para o Tratamento de Afecção Gastrointestinal. Pesquisa Veterinária
Brasileira 38(5):862-869. Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária, Faculdade de
Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Via de Acesso Prof. Paulo
Donato Castellane s/n, Jaboticabal, SP 14884-900, Brasil. 2008.

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