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DUROSELLE, Jean-Baptiste. Todo Império Perecerá: teoria das relações internacionais.

Brasilia:
Editora da UNB,2000.

Pag FICHAMENTO
17-21 INTRODUÇÃO

Fala da dificuldade de enquadramento da historia dentro da ideia de ciência, pois ela


trata de temas bem singulares, chamados de acontecimentos, que dificilmente dos
fenômenos precisam de uma certa ligação com o homem, ele precisa ser observado,
por isso, questiona a expressão “história de acontecimentos” que há tempos atrás
tentou denegrir a disciplina e, ao mesmo tempo, passou a ideia de que existe história
sem acontecimentos.
-acontecimentos passados podem ser evocados pelos guardiãs da memória como o
fotografo, o arquivista, o bibliotecário, as cinematecas, as fonotecas, etc.
- “paralelamente aos que conservam a memória, estão aqueles que, a partir desses
traços, reconstituem os acontecimentos e a sua sequncia. Se sua única preocupação
é a procura desse aspecto da verdade objetiva que é o passado congelado
edesaparecido, podemos classificá-los de historiadore (...). em numerosas profissões,
o conhecimento dos acontecimentos passados é uma necessidade constante”. (21)
- (...) “as ciências humanas não devem seguir o modelo das ciências nturais; e que se
deve procurar para elas um método próprio. A verdade cientifica, qualquer que seja
o objeto, é racional. Devemos, pois, estudar cientificamente o homem; este, porém,
é uma mistura de racional e irracional”.
22 O autor parte do pressuposto da impossibilidade de se estudar as relações
internacionais sem se basear na História. Caso contrário, incorre-se num jogo de
situações imaginárias, abstratas, artificiais totalmente distanciadas dos processos
reais.
Parte I – Os componentes (fundamentos)
44-47 Afirma que o estudo das relações internacionais deve ser trabalhado em dois
ângulos: o da finalidade e o da causalidade
-trata de diferentes aspectos da natureza humana
Cap 1: O Estrangeiro
50 “o estrangeiro representa a diferença, mas não toda diferença e nem sempre as
mesmas diferenças”. A diferença pode ter origem na raça, na língua, na religião
embora haja muitos povos que convivem diuturnamente com estas diferenças
51-52 Lembra que historicamente há dois tipos de estrangeiros: o desconhecido, bárbaro,
distante e; o próximo, conhecido. Vai à antiguidade para lembrar a figura dos
metecos
54 Século XX: o estrangeiro é o não-cidadão já que juridicamente não é
naturalizado;aquele que é perseguido por uma característica marcante; os que
desejam soberania de um território maior;
56 “ as relações internacionais são o conjunto dos acontecimentos no qual um dos
partidos – individual ou coletivo – é estrangeiro ao outro partido”.
57-58 Discute como decisões internas podem afetar a política externa e, vice-versa;
59 “resulta do que acaba de ser dito que toda teoria de relações internacionais implica
um estudo aprofundado da política interna. Contudo, esta última não é suficiente,
como acreditam alguns. A existência do estrangeiro introduz um elemento
irredutível aos esquemas de política interna”.
Cap 2: as fronteiras
63 A palavra “fronteira” deriva de origens e preocupações diversas. O autor conclui isto
a partir da análise da origem desta palavra em diversas línguas estrangeiras.
67 “antes da época em que floresceu a ideia de nação, as populações não se opunham
tanto a mudar de soberano, com a condição de que o novo príncipe mantivesse os
privilégios adquiridos no passado”.
70 Caracteriza os diversos tipos de fronteira. Dentre elas existe a “fronteira linear” que
é a mais simples e a que gera menos problema e, dificilmente, respeita os limites
naturais. Cita o caso da fronteira entre Port. E Esp.
73 “as fronteiras, sendo fenômenos que o homem impõe à natureza, não ficam nunca
inertes, mesmo quando os homens não as modificam. Esta vida das fronteiras tem
dois aspectos. Podemos distinguir uma vida passiva (ela desempenha o papel que lhe
é dado quando é criada), mas (...) as fronteiras também tem uma vida ativa, quer
dizer, elas aumentam as diferenças entre os territórios por elas separados”. Dá o
exemplo de vários países europeus e africanos ligando às suas disputas fronteiriças;
Cap 3: Dos pequenos grupos ao Estado
81 O autor parte do pressuposto que nenhum homem existe sozinho.
82 Quer estudar a essência dos pequenos grupos, das comunidades intermediárias e
das comunidades transnacionais.
Pequenos grupos: família, trabalho, amigos, times, célula de um partido político, etc.
86 Comunidades intermediárias: “grupo muito mais numeroso em que cada membro
pouco conhece – e de longe – todos os outros”. Podem ser encontros ocasionais
(ônibus, metrô, rua), com finalidade determinada (igrejas, sindicatos, partidos
políticos,com organização estruturada.

87 “´claro que, quando mais um Estado for livre, mais florescem as associações
voluntárias. Quanto mais um estado é próximo do totalitarismo, mais predominam
as comunidades estruturadas”.
89 Estado e a Unidade Política:
Refletindo sobre a natureza do poder o autor conclui que ele pode ser assegurado
por meio do consenso ou da força
91 “para a potência dominante, que deseja sua unidade, toda revolta é uma guerra civil
(...). Os insurgentes são chamados de “Rebeldes”, algumas vezes até mesmo de
“bandidos””. Enquanto estes se auto intitulam de “nacionalistas” ou “patriotas”.
92 Oficialmente não existe soberania superior ao Estado.
As comunidades plurinacionais
“são as reuniões de Estados ou de homens, universais ou regionais, religiosas,
ideológicas, políticas ou econômicas (...). no conjunto, essas comunidades
plurinacinais ou procuram diminuir os poderes dos Estados ou tendem a substituí-los
por outros poderes”.
PARTE II – O CALCULO (SISTEMA DE FINALIDADE)
Cap 4: Os agentes das relações internacionais
102 “ativamente trata-se de todos que se ocupam ativamente do estrangeiro”. Destaca a
pouca preocupação da população com os problemas externos de seu país, a não ser
quando ela a atinge. Entre os que atuam diretamente no exterior o autor distingue
dois grupos básicos: os que detem o poder de decisão e os executores. Diplomatas,
chefes militares, propagandistas estão neste segundo grupo.
103 Destaca a estreiteza relação entre o diplomata e o militar que podem continuamente
fazer parte da mesma missão no exterior o que pode gerar uma qualidade particular
de informação. Mostra ainda vários casos de militares que se tornaram diplomatas.
110 Trata da relação entre diplomatas, políticos e financistas bem como sua pressão
sobre acordos econômicos.
113 As ligações diplomatas-propagandistas
“o embaixador tem um papel de representação e procura mostrar uma visão
agradável de seu país. Ele faz amigos, relações, aos quais ele transmite mensagens
favoráveis. Alguns de seus assessores fazem uma propaganda de alto nível sobre a
cultura e o idioma de seu país”.
114 “ao lado dos adidos culturais, os adidos de imprensa e os adidos científicos
representam papéis análogos. Os conselheiros e os adidos comerciais, encarregados
de encontrar mercados, devem tornar conhecida a qualidade dos produtos que seus
países poderão exportar, etc”.
“Quanto mais o diplomata cultiva o segredo, mais os propagandistas procuram
desvendá-lo”.
Cap 5: a informação
As fontes de informação sobre o estrangeiro:
Constatamos que a informação sobre o estrangeiro tem quatro formas principais: a
informação aberta, a informação diplomática, a informação clandestina e a
informação por satélite.
118 A informação aberta: é a que permite ou tolera o Estado estrangeiro.
119 Informação diplomática: “ela se beneficia de um encaminhamento secreto, graças
aos telegramas cifrados e à mala diplomática. A regra é que o diplomata informe,
porém ele não é um espião”.
Informação clandestina:penetra em domínios mantidos secretos por um Estado.
123 Existem ainda as informações de caráter quantitativo, técnico e qualitativo.
125 Acessibilidade da informação: “devem existir também serviços especializados para a
coleta de informações pelos informantes, tão diversos quanto possível, e para a
elaboração de uma reconstituição objetiva”. É preciso que o lider do governo seja
bem informado e que tenha notícias de diversas naturezas.
131 Cap 6: cálculo estratégico: objetivos, meios e riscos
132 Os objetivos do líder: “o interesse nacional”

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