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Apostila Cefalometria PDF
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CEFALOMETRIA RADIOGRÁFICA
INTRODUÇÃO
com a face nas três dimensões do espaço. Estas máscaras faciais constituíam
a reprodução da face do paciente pelo método de impressão e vazamento
subsequente com o gesso. Felizmente esse método foi logo abolido em
função do incomodo e mão-de-obra que acarretava para o paciente e
profissional.
Antes da invenção do cefalostato em 1931, alguns pesquisadores
como Paul Simon, o argentino Carrea, Dreyfus e Izard lançaram mão da
radiografia cefalométrica com finalidade ortodôntica, porém sem
padronização.
Em 1925, Broadbent começou a trabalhar com o craniostato
desenvolvido por Tood, em 1920, tentando elaborar um dispositivo que
mantivesse a cabeça do paciente fixa, portanto, reproduzível nas diversas
tomadas radiográficas, uniformizando as telerradiografias.
O ano de 1931 foi considerado um marco histórico na evolução da
Ortodontia como ciência, uma vez que Broadbent (EUA) e Hofrath
(Alemanha) aperfeiçoaram o método do cefalostato, possibilitando a
padronização das telerradiografias em norma lateral, muito importantes para
os estudos de crescimento e desenvolvimento craniofacial.
Dois tubos de Raios-X completam Cefalostato. Um é fixado
lateralmente (para telerradiografias de norma lateral) e outro atrás (para
telerradiografias de norma frontal – póstero-anteriores), ambos a uma
distância determinada de 5 pés (1,52 m). Os dois tubos de raio X são
acomodados de tal modo, para que os raios centrais se cruzem em um ângulo
reto num ponto central do “dispositivo cefalométrico”.
Incontável é o número de pesquisadores que, após a invenção do
cefalostato, contribuíram de modo expressivo, para que a cefalometria
tomasse um impulso considerável em dois campos: o primeiro, apresenta-se
como o aprimoramento dos procedimentos técnicos radiográficos, com a
finalidade de melhorar a nitidez da imagem radiográfica (tecidos duros e
moles), permitindo uma avaliação bastante precisa e confiável das condições
esqueléticas, dentárias e tegumentares de uma telerradiografia; o segundo
campo diz respeito a diversas análises preconizadas com vistas ao
diagnóstico ortodôntico e planificação do tratamento. Esta melhoria técnico-
científica induziu os clínicos a usufruírem de todos os benefícios
proporcionados pela cefalometria radiográfica, que hoje, incontestavelmente,
constitui um método auxiliar no diagnóstico e no planejamento dos casos
tratados ortodonticamente, inseparável do acervo ortodôntico.
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CEFALOGRAMA
perfil mole
desenho anatômico dentes
estrutura óssea
Cefalograma
linhas grandezas
lineares
traçado de orientação e
angulares
planos
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1 - Perfil Mole:
Inicia-se na altura do osso frontal, ao nível superior da glabela, e se
prolonga inferiormente até a mandíbula, completando o contorno do mento.
Por questão de estética, o perfil deve ser retratado por uma linha
contínua única, evitando-se a quebra ou a sobreposição da mesma. Quando
impraticável, pelo menos levá-las para áreas dissimuláveis como: base do
nariz com lábio superior e linha média de união dos lábios.
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2 - Sela Túrcica:
3 – Sutura Fronto-Nasal:
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5- Fissura Pterigomaxilar:
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7 - Maxila:
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8 – Mandíbula:
Apresenta uma imagem radiográfica bastante nítida em sua totalidade,
de tal forma que possamos definir a sua morfologia e conseqüentemente, o
padrão de crescimento mandibular. No entanto, embora seja imprescindível
essa interpretação da mandíbula no cefalograma, nos restringimos a traçar o
suficiente para obtermos as grandezas cefalométricas lineares e ângulares
que empregamos clinicamente.
O contorno da sínfise é traçado desde a cortical da crista alveolar,
descendo numa linha sinuosa e contornado toda a sínfise até atingir o lado
interno da mesma, onde levamos a linha até o quanto podemos visualizá-la
radiograficamente. Depois de traçada a sínfise passamos para a base da
mandíbula, a qual inicia-se no ponto mais inferior do contorno do mento
prossegue em direção posterior, contorna o ângulo mandibular e acompanha
a linha radiopaca que delimita o contorno posterior do ramo e por final o
desenho do processo condilar.
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9 – Dentes:
11 – Dentes Posteriores:
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Ponto S (sela):
Foi usado inicialmente na crâniometria em 1918, por Schuller, como
o centro da sela túrcica e pode ser definido cefalometricamente como o
ponto médio da concavidade óssea da sela túrcica. Pela sua relativa
estabilidade e localização na base craniana média, é tido como ponto de
referência central na sobreposição de traçados cefalométricos.
Ponto N (násio):
Como o ponto S, este ponto veio diretamente da craniometria onde era
definido como a intersecção da sutura internasal com a sutura frontonasal.
Na cefalometria ele é definido como o ponto mais anterior na linha de união
do osso frontal com os ossos próprios do nariz. É interessante relembrar que
o traçado do perfil anterior do osso frontal com os ossos próprios do nariz é
interrompido exatamente neste ponto da sutura para facilitar a localização do
ponto N.
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Ponto Or (orbitário):
Ponto mais inferior da margem infraorbitária. Em conseqüência da sua
localização já foi encontrado na literatura como cognome de ponto
infraorbitário. Geralmente as margens órbitas não estão superpostas na
telerradiografia, nestes casos o ponto Or será intermediário entre os limites
inferiores das órbitas.
Ponto Po (pório):
Ponto mais superior do meato acústico externo, devido a sua
localização torna-se um pouco difícil sua identificação e geralmente
apresentam superposição de imagem; imagem dupla, tendo necessidade de
se desenhar a estrutura mediana.
Ponto A (subespinhal):
Usado inicialmente por Dows em 1948, é o ponto mais profundo da
concavidade anterior do maxilar, entre os ponto ENA (espinha nasal
anterior) e próstio ou alveolar superior (ponto mais anterior e inferior do
rebordo alveolar e o osso basal), razão pela qual é bastante influenciável
pela movimentação ortodôntica dos incisivos. Pode ser determinado da
seguinte maneira: com uma régua centrada no ponto N, gire até roçar a
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Ponto B (supramentoniano):
Definido como seu predecessor craniométrico, é o ponto mais
profundo da concavidade anterior da mandíbula, entre os pontos Pog
(pogônio) e infradentário ou alveolar inferior (ponto mais anterior e superior
do rebordo alveolar inferior. Craniometricamente situa-se entre os incisivos
centrais). É considerado o ponto limítrofe entre o osso alveolar e o osso
basal, sendo alterado pela movimentação ortodôntica dos incisivos
inferiores, porém em menor intensidade que o ponto A. Pode ser
determinado da seguinte maneira: com uma régua centrada no ponto N,
gire até roçar a superfície mais posterior da concavidade anterior da
mandíbula. Com um lápis de ponta afinada marque o ponto B.
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Ponto Go (gônio):
Representa o ponto mais inferior e mais posterior do contorno do
ângulo goníaco, definido teoricamente como o ponto médio entre os pontos
mais inferior e mais posterior do contorno do ângulo goníaco. É
determinado pela bissetriz do ângulo formado pela tangente à borda
inferior do corpo da mandíbula e outra tangente à borda do ramo
ascendente. Onde a bissetriz cortar a mandíbula temos demarcado o
ponto Go.
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Ponto Me (mentoniano):
Ponto mais inferior do contorno da sínfise mentoniana. Geralmente
ponto de confluência da margem inferior da sínfise com a linha da base
mandibular.
Ponto Gn (gnátio):
Representa o ponto mais inferior e mais anterior do contorno do
mento, definido teoricamente como o ponto médio entre os pontos mais
inferior e mais anterior do contorno do mento ósseo. É determinado pela
bissetriz do ângulo formado pela linha NP (linha facial) e pela linha da
borda inferior do corpo da mandíbula (plano mandibular GoMe); onde
a bissetriz deste ângulo cortar a sínfise temos o ponto Gn.
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Ponto P’:
Ponto proposto por Interlandi para traçado da linha I. Onde a linha
NA o assoalho das fossas nasais, temos o ponto P’.
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Ponto D :
Porção central da sinfise mentoniana.
Ponto ENA:
Espinha Nasal Anterior. Ponto mais anterior do palato duro
no plano sagital.
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Ponto ENP:
Espinha Nasal Posterior. Ponta mais posterior do palato duro.
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Linha SN:
Linha que passa pelos pontos S e N, situados no plano mediosagital e
na base do crânio Desfrutam, portanto da primazia de serem facilmente
detectados na telerradiografia e de estarem numa região de relativa
estabilidade, ou seja, sofrem alterações pouco apreciáveis durante o
crescimento em relação as estruturas faciais. Em virtude dessa relativa
estabilidade serve muito bem como linha de referência para relação espacial
das estruturas faciais quando estas são relacionadas com a base do crânio. A
linha SN corresponde ao limite comensurável superior do cefalograma.
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Plano Oclusal:
Existem vários planos oclusais na literatura cefalométrica, o nosso
plano oclusal adotado, inicia-se tomando o ponto que se encontra na incisal
do incisivo central inferior, passando pelo ponto médio da oclusal médio da
superfície de intercuspidação dos primeiros molares.
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Plano Mandibular:
Representação da base da mandíbula, por meio de uma linha que corta
2 pontos na extremidade posterior da base e outro representado o extremo
anterior. Na literatura existem três planos mandibulares que são: plano
mandibular GoGn (Reidel e Steiner), régua tangente as bordas
inferiores do corpo da mandíbula (Downs), e o que é mais utilizado por
nós GoMe, que também é utilizado por Tweed na construção de seu
triângulo e por Interlandi para o traçado da linha I.
Linha NA:
Linha que une os pontos N e A. Inicia-se no ponto N sem tocá-lo, e é
levado cerca de 5mm abaixo da borda incisal superior.
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Linha NB:
Linha que une os pontos N e B. Inicia-se no ponto N sem tocá-lo,
prossegue inferiormente passando pelo ponto B até alcançar o ponto
mandibular.
Linha ND:
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Linha H (Holdaway):
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Linha I:
Corresponde ao segmento de reta de cerca de 1cm que corta o plano
oclusal. Delineada a partir dos pontos P’ e E.
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GRANDEZAS CEFALOMÉTRICAS
D) Perfil Mole
H-NB
H-Nariz
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1. Ângulo SNA:
Ângulo formado pela intersecção das linhas SN e NA, nos define a
disposição ântero-posterior da maxila, representada pelo ponto A, em
relação a base do crânio (linha SN).
2. Ângulo SNB:
Ângulo formado pela intersecção das linhas SN e NB, este ângulo nos
define a disposição ântero-posterior da mandíbula, representada pelo ponto
B, em relação a base do crânio (linha SN).
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3. Ângulo ANB:
Ângulo formado pelas linhas NA e NB, representa a diferença entre os
ângulos SNA e SNB, estabelece a relação ântero-posterior entre a maxila e a
mandíbula através do ponto N.
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2. Ângulo SN.GoGn:
Ângulo formado pela linha SN e o plano mandibular GoGn. Esse
ângulo elucida o comportamento da base mandibular em relação a base do
crânio, o que significa dizer o tipo de crescimento facial predominante, se
horizontal ou vertical, ou, ainda uma indicação da relação entre a altura
facial anterior e altura facial posterior.
3. Ângulo Sn.Gn:
Ângulo formado pela intersecção das linhas SN e SGn. Define a
resultante vetorial de crescimento anterior e inferior da mandíbula.
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4. Ângulo SN.Mx:
Ângulo formado pelo plano maxilar (linha que une a espinha nasal
anterior com a posterior) e a linha SN. Determina o posicionamento da
maxila em relação a base do crânio no sentido de sua rotação (horário e anti
horário).
1. Ângulo 1.NA:
Ângulo formado pela linha do longo eixo do incisivo superior com a
linha NA. Determina o posicionamento, quanto a inclinação (para vestibular
ou palatino) do incisivo superior.
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2. Distância 1-NA:
Maior distância da coroa dos incisivos superiores que ultrapassa a
linha NA. Determina o posicionamento, quanto a protusão e retrusão do
incisivo superior.
3. Ângulo 1.NB:
Ângulo formado pela linha do longo eixo do incisivo inferior com a
linha NB. Determina o posicionamento, quanto a inclinação (para vestibular
ou lingual) do incisivo inferior.
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4. Distância 1-NB:
Maior distância da coroa dos incisivos inferiores que ultrapassa a linha
NB. Determina o posicionamento, quanto a protusão e retrusão do incisivo
inferior.
5. Distância P-NB:
Distância linear mensurada do ponto Pog a linha NB. Determina a
quantidade de mento. Os trabalhos mostram que em cada faixa etária há uma
mensuração: início da dentadura mista (P-NB = 0,5mm), dentadura
permanente completa (P-NB = 1,5mm) e após a adolescência (P-NB =
2,5 mm), variando um pouco devido ao sexo.
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6. Ângulo Inter-Incisivos:
Ângulo formado pelas linhas do longo eixo dos incisivos superior e
inferior. Não devemos tirar conclusões apenas com este ângulo. O ângulo de
cada um deles com suas respectivas linhas, NA e NB, nos mostra onde está o
desvio.
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ANÁLISE COMPLEMENTAR
1. Distância l – linha I:
Pequena linha que corta o plano oclusal funcional, passando pelos
pontos P’ e E. Determina a posição ântero-posterior da borda incisal do
incisivo central inferior em relação a mandíbula e a maxila.
2. Distância Wits:
Formado por uma perpendicular ao plano oclusal, passando pelo ponto
A e uma perpendicular passando pelo ponto B. Determina a relação inter-
maxilar.
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ANÁLISE FACIAL
1. Distância H-Nariz:
Corresponde a distância perpendicular à linha H e a parte mais
afastada da ponta do nariz. Se a linha passar tangente a borda do nariz é
nula, se passar a frente é negativa e se cortar o nariz é positiva.
2. Ângulo násio-labial:
É o ângulo formado por uma linha tangente a base do nariz e outra
formada pela linha que vai de LS até Sn (sub-nasal). É a medida que varia
muito com o posicionamento do incisivo superior.
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