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Oficina de Escritaleya PDF
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0_LÍNGUA PORTUGUESA_6º_PROF A5 148x210 mm 3/1 ( Pantone 389c+ Pantone Red 032+ Black6) + Plastificação Brilhante
oficinas
de escrita NPPEB
Entre Palavras 7
António Vilas-Boas
Exclusivo do professor
Língua Portuguesa
7.º ANO
978-888-889-447-8
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Índice
Comentário pág. 28
Conclusão pág. 29
Anexos
Anexo 1
Anexo 2
Apresentação e enquadramento 3
Apresentação e enquadramento
Desde 1999 o autor tem vindo a desenvolver trabalho de formação – orientado, princi-
palmente, para a renovação das práticas do ensino e da aprendizagem da escrita – em
muitas dezenas de escolas.
No ano em que entra em vigor o NPPEB, esta brochura vem confirmar que desde há mui-
tos anos o autor defende e leva à prática os princípios didáticos agora nele preceituados.
(1) Ensinar e aprender a escrever – por uma prática diferente, edições Asa, Porto, 2001.
Oficinas de escrita – modos de usar, edições Asa, Porto, 2003.
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Os vários inquéritos2 respondidos pelos alunos no final das oficinas comprovam que
apreciam este método de aprender a escrever, pela primeira vez experimentado. Pela pri-
meira vez!
Uma verdadeira aprendizagem da escrita necessita, hoje, de ser assistida por um pro-
fessor que cumpra a função de mediador, entendendo-se essa mediação como um dispo-
sitivo ao mesmo tempo pedagógico e didático3.
Neste capítulo encontra-se uma série de princípios pedagógicos e didáticos que estiveram
subjacentes na planificação, concretização e avaliação das oficinas. Há princípios gerais, apli-
cáveis a qualquer outra disciplina, e princípios específicos de uma oficina de escrita de Língua
Portuguesa. Ambos relevam de uma conceção construtivista de ensino-aprendizagem.
(3) Maria Luísa Álvares Pereira, “Viver a escrita em Português”, in Noesis, 59, Lisboa, IIE, Julho/Setembro 2001, p. 41.
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Como lembra Maria Luísa Álvares Pereira, «as dimensões didática e pedagógica devem
misturar-se harmoniosamente de modo a propiciar a motivação dos alunos».4
Para muitos professores, estas são propostas completamente novas. É o que se tem
verificado quando apresentadas pelo formador. Alguns dizem que este tipo de trabalho
não é exequível devido às dimensões das turmas, à enorme falta de bases dos alunos, à
falta de hábitos de trabalho e de estudo, ao desinteresse, etc., etc. Tudo isto é possível:
estas perspetivas nortearam as oficinas orientadas desde 2002 até hoje. Não são princí-
pios abstratos, pelo contrário, têm vindo a ter aplicação concreta no trabalho com os alu-
nos e hoje estão presentes no NPPEB.
3. Apresentar aos alunos, a cada aluno individualmente, atividades que eles sejam ca-
pazes de desenvolver. Diversificar, pois, essas tarefas, de acordo com o conhecimento
prévio das suas dificuldades e capacidades. Não se trata de um trabalho diferente para
cada um – como lembra Isabel Solé: «Tão errado seria pensar numa tarefa diferente para
cada criança como pensar que todos deveriam fazer a mesma coisa»5.
(4) Ibidem.
(5) A investigadora lembra ainda que mesmo que todos se envolvam numa só tarefa, esta pode ser também diferenciada – vide
«Bases psicopegadógicas de la pratica educativa».
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– Criar “pares de escrita” desde o primeiro ano do ciclo, de modo a ter um número
de textos a acompanhar que seja exequível: ambos escrevem, ambos colaboram
para escrever o mesmo texto, cada um escreve o seu.
7. Avaliar numa perspetiva eminentemente formativa, que passa pela observação con-
tínua do trabalho em curso: «realiza-se ao mesmo tempo que se ensina”, “permite ir ajus-
tando o ensino ao processo de construção dos alunos”, ligando-se deste modo “à
individualização do ensino”, pois permite que “o professor intervenha segundo as neces-
sidades do aluno»8.
(6) Está de tal modo enraizado entre os professores o hábito de aulas esporádicas para escrever, sem continuação, que esta pro-
posta é das que mais resistência oferece.
(7) Também aqui a experiência do formador pode dar testemunho da dificuldade que tantos professores apresentam em admitir
que durante uma aula podem deixar trabalhar, autonomamente, um grupo de alunos, de modo a poderem ocupar-se dos mais
atrasados. Se planificarem uma sequência, a aula seguinte pode resolver o problema, se é que existe.
(8) Solé, Isabel, Art. cit., p. 85.
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Na página seguinte encontra alguns exemplos mais específicos deste tipo de trabalho.
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A experiência mostra que as observações orais não são, por regra, suficientes:
os alunos esquecem-nas e chamam novamente o professor. Nestes casos deve re-
correr-se às indicações escritas, necessariamente curtas, claras e objetivas.
1. Atenção à pontuação!
2. Cuidado com os parágrafos!
Etc., etc.
(9) O uso de um código de correção é muito eficaz, mas não basta. É conveniente o acompanhamento do professor. Sobre a elabo-
ração de um código de correção e sua utilização, ver, do autor, Ensinar e aprender a escrever – por uma prática diferente, Porto,
Edições Asa, 2001, pp. 25 a 29.
(10) Em apêndice podem ver-se casos de reescrita de um só aspeto.
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Se no início do texto se detetam vários tipos de erro relativos, por exemplo, a ortografia,
pontuação, articulação entre frases, etc., a experiência mostra que não se devem dar logo
indicações de reescrita para todos estes aspetos, deve operar-se por etapas, principal-
mente com os alunos mais renitentes em escrever. Uma prática didática inteligente e
ponderada contribui para a motivação do aluno.
Uma boa estratégia para utilizar junto dos alunos com mais dificuldades consiste em
selecionar pequenas secções do texto onde ocorre determinado erro. Seleciona-se, por
exemplo, delimitando uma parte com dois traços verticais ou parênteses retos. Pede-se
ao aluno que isole esse pequeno excerto, copiando-o para a folha de rascunho.
Refletiu-se, até agora, sobre os alunos que escrevem com alguma facilidade. Mas há
também os que apresentam imensas dificuldades em começar a escrever: estes neces-
sitam, antes de mais, de escrever textos de cariz simples e com componente lúdica. Nes-
tes casos sugere-se que o professor escreva a primeira palavra ou frase. Assim os alunos
seguem-no sempre!
As sequências são fulcrais para que os alunos tenham tempo de praticar o aperfeiçoamento
dos seus textos, escrevendo-os e rescrevendo-os, depois de os planificarem. Uma sequên-
cia tem número variável de aulas e pode, e deve, ocorrer várias vezes ao longo do ano. O
número de aulas escolhido para uma oficina varia em função de vários fatores. Tudo de-
pende dos alunos envolvidos, das suas dificuldades, do grau de diversificação, etc.
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Na oficina apresentada na página 18, os alunos pediram mais aulas para além das que
estavam planificadas e a professora aceitou, tanto mais que o pedido foi realizado por al-
guns que, antes da oficina, eram notórios adversários da escrita.
Foi-lhe lembrado que podia aproveitar as sextas-feiras para permitir a reescrita da com-
posição anterior, não iniciando uma nova. Concordou imediatamente: a sequência pode
ser de aulas alternadas, o essencial é dar tempo para aperfeiçoar, a partir de indicações
de aperfeiçoamento de reescrita.
O facto de, nas oficinas, não ser conveniente que os materiais sejam levados para casa,
prende-se também com a noção de sequência. Deste modo, garante-se que na aula se-
guinte todos os têm. Por outro lado, o professor pode, em casa, se assim o entender, de-
bruçar-se sobre os textos mais problemáticos para apontar erros e dar indicações escritas
de revisão para a aula seguinte da sequência. Ganha deste modo tempo.
• A leitura não deve ser passiva, isto é, não se trata somente de ler os textos e nada mais. O
professor deve encorajar os alunos a explicarem que tipo de texto escreveram, a exibirem
os rascunhos, apontando os principais problemas de estruturação com que se depararam.
Este trabalho de análise dos textos intermédios é muito importante, cria na turma a cons-
ciência de que todos passam pelo mesmo tipo de dificuldades na construção do conhecimento11.
(11) Esta prática poderá ser esporádica, não tem de ser levada a cabo com caráter sistemático. Por vezes os alunos mais fracos ou
os que escrevem em oficina pela primeira vez têm dificuldade em expor o seu trabalho. Neste caso, o professor poderá auxiliar.
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• Outro aspeto relacionado com a leitura dos textos produzidos é o seguinte: no início
da oficina de oitavo ano, a professora avisou os alunos que os textos lidos seriam alvo
de avaliação pelos colegas e que seriam escolhidos os três melhores. E assim foi: fez-
-se um concurso e houve prémios. Os textos podem também ser divulgados junto da
comunidade escolar: através de um jornal (jornal de escola); de uma exposição; etc.,
tal como sucedeu com algumas cartas, incluindo os rascunhos, escrita para anos do
quinto ano no Colégio de Nossa Senhora de Lurdes – Porto. A divulgação dos textos
escritos pelos alunos pode motivar outras turmas.
A experiência mostra que nada disto sucede. Daí a importância de planificar o início da
sequência. Assim, naturalmente, os alunos trabalham com materiais apropriados ao seu
nível. Tudo lhes deve ser bem explicado! O trabalho planificado pelo professor deve surgir
como tendo sido elaborado a pensar neles, nos seus problemas concretos.
Não houve tempo para se fazer o que se fará em futuras oficinas: o docente mostrará
o seu texto, os seus rascunhos, falará das suas dificuldades. Se o professor optar por es-
crever também, não tem que o fazer necessariamente sozinho: pode integrar-se num
grupo, pode escrever com um aluno, etc. O que importa é que a turma sinta que o profes-
sor vive, ao escrever, hesitações, alterações, dúvidas, num trabalho que é de todos.
8. Avaliar formativamente.
Na oficina, o professor observa continuamente os escritos dos alunos, detetando as suas
dificuldades, necessidades, valorizando a sua evolução e competência no emprego, cada
vez mais autónomo, das operações de aperfeiçoamento (acrescentar, retirar, subs-
tituir e deslocar). Trata-se de uma avaliação que privilegia o aluno enquanto indivíduo, en-
quadrando-se deste modo numa perspetiva de diferenciação pedagógica.
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A criação de pares de alunos nas oficinas de escrita é fundamental – tal como defendido
também pela Professora Ivone Niza à DREN no âmbito da formação do NPPEB/DGIDC.
A minha prática vai frequentemente nesse sentido. Ambos escrevem, mas primeiro de-
cide-se qual é o autor que vai ser acompanhado.
O professor deve dirigir-se aos alunos só para avaliar um texto sob a atenção dos dois.
Avaliar = observar o texto e verificar se está a ser elaborado de acordo com os objetivos.
Num segundo momento, pode intervir, se necessário, através de uma rápida «entrevista»
acompanhada de indicações de reescrita na margem da folha, depois de indicar com cla-
reza (delimitando) o segmento textual em questão. Um elogio, mesmo escrito, também
é uma forma de avaliação.
(12) Este texto resulta de uma entrevista que António Vilas-Boas deu aos professores do 2.° e 3.° ciclos do agrupamento de Beiriz -
– Póvoa de Varzim, Novembro de 2010.
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A planificação permite, sem dúvida, ajudar quer a iniciar o texto, quer a continuá-lo.
Mas mesmo com planificação na frente, encontramos alunos que necessitam da mão do
professor. Ou de um colega.
O início da textualização é, sem dúvida, o momento crucial da oficina, por isso o pro-
fessor deve estar muito atento e observar quem já começou a escrever e quem está a
«pensar». Para tal, o professor tem de girar, rodopiar, não parar, estar bem presente junto
dos alunos e não os deixar a «pensar».
Esta atitude pode desbloquear a escrita em alguns alunos, pois permite-lhes captar
uma ideia, um modo de começar.
A socialização dos textos não se faz apenas no final da oficina (entendendo aqui oficina
como, preferencialmente, um conjunto de duas aulas sequenciais de 90 minutos). Nessa
altura há sempre tempo para serem lidos os textos editados, mas no decurso da oficina
há, de certeza, momentos em que se leem segmentos de textos.
Muitos professores dizem que não têm tempo para ensinar a escrever, porque têm de
cumprir o programa. Não concordo com esta posição: o programa estipula o ensino desta
competência com um tempo idêntico ao das outras. O que se verifica é que há um predo-
mínio forte da leitura – prática tradicional induzida pelos manuais escolares. Devíamos
refletir sobre isto – tanta leitura… Felizmente há sinais de que a situação está a mudar!
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> Objetivos
• Conhecer as etapas a ter em conta no processo da escrita.
• Despertar o interesse pela escrita.
• Desenvolver o gosto pelo ato de escrever.
• Promover a criatividade.
• Utilizar, com progressiva autonomia, técnicas de
revisão/aperfeiçoamento.
• Proporcionar situações de auto e heterocorrecção.
• Possibilitar a leitura na aula dos textos escritos pelos alunos.
> Conteúdos
• O texto narrativo: o conto – categorias da narrativa.
> Estratégias/atividades
Realizarão estas propostas seis grupos constituídos, cada um deles, por dois
alunos.
As atividades são três: Palavras obrigatórias, Os números e Criando uma
personagem. Todos as farão na totalidade e pela ordem apresentada (ver na
páginas 24 a 27 em que consistem estas atividades).
> Materiais
– Ficha informativa: “As etapas do processo da escrita”.
– Imagens e passagens do conto “O pescador e a tartaruga”.
– Envelopes contendo pequenas cartolinas nas quais estão coladas imagens
do referido conto.
– Folha com estas imagens apresentadas pela ordem em que os aconteci-
mentos se deram, com legendas em cada imagem.
– Um guião de elaboração de um texto narrativo.
– Papel para escrever (folhas A4 brancas).
– Capas de plástico para colocar todo o material produzido (este material
nunca abandona a escola).
– Esferográfica.
– Dicionários: de Língua Portuguesa e de verbos.
– Máquina de filmar.
– Televisão.
– Vídeo.
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> Avaliação
> Observação direta:
– do empenho dos alunos na realização das atividades propostas, da perti-
nência e qualidade das intervenções;
– da capacidade de aplicar conhecimentos adquiridos;
– da capacidade de autocorreção;
– do poder de cooperação e entreajuda;
– da criatividade;
– da progressão na produção escrita.
> Tempo
– Durante 10 tempos letivos – de 9 a 23 de abril.
(Nota: Na realidade, esta oficina prolongou-se a pedido dos alunos, alguns
dos quais eram, no início, dos mais renitentes em escrever...).
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Neste momento deverás tentar detetar, com a ajuda da professora e/ou colegas, as im-
perfeições ou os erros e os defeitos do teu texto e reformulá-los de modo a aperfeiçoar
a tua produção escrita.
Esta etapa será o momento de entreajuda, de cooperação, de reescrita. Tem como fi-
nalidade tornar o texto mais coerente e correto. Será, então, uma tarefa de auto e
heterocorrecção.
Poderás, também, ler os teus textos para os teus colegas depois de completamente
revistos.
4ª.etapa – Classificação
Será a resposta qualitativa do professor ao trabalho realizado por ti e pelos teus colegas.
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II
Atividades de escrita propostas aos alunos com mais dificuldades e, por norma, renitentes
em escrever.
• Palavras obrigatórias13
Primeira etapa
Escreve vinte palavras de que gostes:
Segunda etapa
Coloca as palavras referidas na primeira etapa por ordem alfabética:
(13) Adaptado a partir de Balazard, Sophie e Gentet-Ravasco, Élisabeth, L’Atelier d’Expression et d’Écriture au Collège,Paris, Ar-
mand Colin, 1998, p. 20.
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Terceira etapa
Elabora um texto que contenha as palavras da segunda etapa na ordem em que surgem.
• Os números14
Com esta atividade, pretende-se que o aluno escreva um texto livre que
contenha a maior quantidade de números possível.
(Encontrarás aqui a versão original do texto em cima apresentado; compara-a com a tua. )
Faltavam dois minutos para as duas e trinta e cinco, nem há dois segundos, talvez
quatro, que eu tinha entrado no meu T três com os meus dois gatos, quando ouvi dois ba-
rulhos provenientes do sexto andar. Eu moro no quinto, portanto, por baixo. Uma, não,
duas pessoas, desciam em quarta as escadas, saltando quatro degraus de cada vez. Três
dias antes, o meu vizinho do sexto, que vive sozinho, tinha-me avisado que ia de férias por
(cont.)
(14) Adaptado a partir de Balazard, Sophie e Gentet-Ravasco, Élisabeth, L’Atelier d’Expression et d’Écriture au Collège, Paris, Ar-
mand Colin, 1998, p. 29. No apêndice 2 desta brochura, podem ver-se os rascunhos, as indicações de reescrita e o texto final rela-
tivo a esta atividade escrito por dois alunos.
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quinze dias. Este barulho não era normal. Segui os dois indivíduos depois de fechar em
casa os meus dois gatos. Moro no número 60 da rua 25 de Abril de 1974. O prédio está
em frente a um grande jardim por onde os dois patifes fugiram.
1. Regista, numa folha à parte, uma resposta para cada uma das seguintes perguntas.
(15) Adaptado a partir de Miranda, Simão de, Escrever é Divertido – Atividades Lúdicas de Criação Literária, S. Paulo, Papirus Edi-
tora, 1999, pp. 39 a 41: proposta com grande sucesso e aceitação nos alunos a partir do sétimo ano.
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2. Transcreve para cada uma das seguintes perguntas as respostas que deste no exercício
anterior.
FIM16
(16) Não se apresentam aqui as outras duas atividades. A primeira, para o grupo intermédio de alunos, está descrita atrás. A se-
gunda, para os alunos mais desenvolvidos, com base num guião, deu origem a um conto com dezassete páginas manuscritas,
quando passado a limpo.
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Comentário
Indicações de reescrita
deslocar
dentro
3. Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing do segmento
elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore.
(17) Todas as oficinas foram filmadas, mas só nesta, por questões de tempo, os alunos viram os filmes.
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Conclusão 29
Conclusão
• Para a grande maioria dos docentes constituirá uma novidade empenhar-se, jun-
tamente com os alunos, numa ou várias oficinas de escrita. A experiência indica
que os professores desconhecem, em geral, como elas se organizam, e nem sem-
pre dominam os princípios didático e pedagógicos que as comportam.
• O programa dispõe, e muito bem, que a atividade de escrever se deve desenvolver
em três fases: planificação, textualização e revisão/aperfeiçoamento dos textos
e divulgação.
• Estas etapas não podem ocorrer numa aula, são necessárias várias. A experiência
mostra que os professores são muito renitentes em organizar as aulas de escrita
em sequências. Duas aulas (sequências de 90 minutos): por exemplo, numa oficina
dedicada à descrição (8.º ano) permitem:
• leitura de modelos;
• planificação;
• textualização/revisão;
• divulgação – leitura dos textos na parte final da segunda aula.
• O programa aponta, com pertinência, para o facto de os professores assessorarem
os alunos quando eles estão a escrever, promovendo correções imediatas e rees-
critas contínuas. A experiência comprova que muitos docentes não têm o hábito
de acompanhar os alunos em interação estreita; na aula de escrita eles redigem,
frequentemente sozinhos, e o professor leva o texto para “corrigir” em casa.
(18) Para esta atualização dever-se-ão ter em conta, principalmente, os conteúdos que o programa designa como “processuais”.
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Anexo 1
Podem ler-se opiniões de alunos dos segundo e terceiro ciclos sobre as atividades em que
participaram.
5. É escrever em conjunto com colegas. Fazer um plano do texto antes de o escrever. En-
quanto fazemos os professores ajudam-nos. Não podemos levar os materiais para casa.
Discutimos com os colegas o que havemos de escrever.
8. A oficina de escrita é um trabalho que nos ajuda a melhorar a escrita, que nos puxa pela
imaginação, e em que é preciso ter atenção, paciência, esforço e orgulho pela apresentação.
(19) Recolhidas por escrito em inquérito lançado no final das oficinas do quinto, sexto e sétimo anos. Além destes inquéritos, em al-
gumas oficinas fizeram-se entrevistas filmadas. As respostas e as entrevistas têm vindo a ser lidas e visionadas nas sessões orien-
tadas pelo autor.
(20) A maior parte dos alunos desta turma de quinto ano insiste na questão da caligrafia e da ortografia. Quase todos a referem.
Por vezes, dá a impressão que a ela reduzem a oficina. Ora estes aspetos quase não foram trabalhados. Deu-se muito mais impor-
tância a aspetos como a planificação e a estruturação do texto. Portanto, isto vem de trás... e revela muita coisa sobre o passado
escolar. A ênfase colocada na caligrafia e na ortografia, mas principalmente na primeira, não aparece nos outros inquéritos de tur-
mas do segundo ciclo.
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10. Uma oficina de escrita é um conjunto de aulas onde trabalhamos com os colegas (um
ou mais) e fazemos atividades diferentes das aulas. É muito fixe trabalharmos em grupo
e também é fixe o professor ajudar-nos. Xau! Até logo.
11. A oficina de escrita é um local de trabalho onde existem grupos, cada um com o nível
da sua dificuldade. Cada grupo está constituído por dois alunos e eles têm que elaborar
um texto. E assim, nós discutimos mas chegamos a um acordo. É deste modo que melho-
ramos as nossas dúvidas.
12. Oficina de escrita é uma nova área em que os alunos escrevem e fazem várias ativi-
dades sobre textos com ajuda de uma ou mais pessoas. Podemos escrever com colegas,
corrigir erros, ler os nossos textos, aprender novo vocabulário e trocar ideias.
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Anexo 2
Em apêndice, reproduzem-se textos escritos pelos alunos, com incidência nos inter-
médios, nos quais é visível o processo de reescrita.
Apêndice 1
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Apêndice 2
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