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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

PÓS-GRADUAÇÃO EM
ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO
TRABALHO

Resenha Crítica do Artigo – “Quase o pior cenário”:


O incêndio no túnel de Baltimore em 2001

Pedro Henrique Cavalcanti de Arruda Filho

Trabalho da disciplina:
Administração Aplicada á
Engenharia de Segurança

Recife/PE
2020
Resenha crítica do artigo “Quase o pior cenário”: o incêndio no túnel
de Baltimore em 2001

O texto relata a ocorrência de um acidente ferroviário em um túnel localizado


sob uma região bastante movimentada na cidade de Baltimore em julho de 2001. Na
ocasião o corpo de bombeiros foi acionado devido à aparição de fumaça densa em uma
das extremidades do túnel, entretanto a população costumava confundir a fumaça gerada
pela queima do óleo diesel com incêndio, implicado apenas em alarmes falsos. Contudo,
neste dia mais tarde se confirmaria a ocorrência real de um incêndio fruto do acidente.
O trem pertencente à CSX Corporation descarrilhou e pegou fogo dentro do túnel, além
disso, o mesmo estava transportando em alguns de seus vagões, substâncias químicas
altamente prejudiciais à saúde.
Os bombeiros não estavam familiarizados com os produtos químicos no trem, o
que contribuía para difícil tomada de decisões deixando os profissionais em uma
posição desconfortável e com uma sensação de impotência.
Para piorar a situação vale ressaltar que o túnel estava situado em um lugar de
grande movimentação de pessoas e veículos, além da existência de vários edifícios,
escolas, empresas e o estádio de Beisebol, onde naquele momento estaria dando início a
realização de um grande evento, envolvendo aproximadamente de 2500 a 5000 fãs.
Além disso, o túnel era desconhecido pela maioria da população e até mesmo pelo atual
prefeito da ocasião, o que talvez tenha levado a não inclusão de disposições relativas a
possíveis acidentes com cargas químicas no túnel no plano emergencial da cidade.
Diante desse cenário extremamente adverso, como se aproximavam das 18:00
hrs, sabiam que o horário de pico se aproximava e que o fluxo de pessoas e veículos
aumentaria bastante. O que preocupava o chefe do 6º Batalhão para materiais perigosos
do corpo de bombeiros, que cogitava o possível risco de algum ácido ou corrosivo se
envolver com o fogo e ser lançado em uma nuvem de vapor entrando em contato com a
população e matando o maior número de pessoas possíveis.
No ano de ocorrência do incêndio, não existia uma especificação no plano de
emergência da cidade de quem assumiria o comando do incidente. No entanto,
estipulava que o primeiro a responder assumiria a liderança, neste caso o bombeiro, era
uma responsabilidade que os seus membros se sentiam preparados para assumir.
Contudo, existiu uma grande colaboração por parte dos órgãos envolvidos em
contribuir para o sucesso da operação, mesmo com a existência do Escritório de
Gerenciamento de Emergência que não tinha muita força e moderadamente utilizado
mais para simulações do que emergências da vida real.
Diante de um cenário perigoso, de incêndio em ambiente confinado juntamente
com substâncias químicas, só restavam às autoridades e os devidos órgãos competentes
reunirem suas equipes de emergência com a finalidade de apresentarem as melhores
estratégias de atuação diante do ocorrido.
Contudo, é importante salientar a boa administração na distribuição de
responsabilidades, o que contribuiu para potencializar o avanço nas atividades de
segurança no combate ao incidente. Além de atribuir responsabilidades e funções,
contribuindo para formação de uma cadeia hierárquica tanto horizontal quanto vertical,
o que facilita na hora da execução das diversas atribuições. Não sendo menos
importante ressaltar o trabalho em equipe.
O treinamento dos profissionais envolvidos no plano de emergência, um vasto
campo de profissionais especialistas e a simulação de situações mais adversas possíveis,
podem minimizar ou eliminar os danos ocasionados em situações de emergência. No
caso apresentado, a falta de conhecimento e simulação de combate a situações de
acidentes envolvendo trem de carga de produtos químicos no túnel poderiam ter
causado uma catástrofe.

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