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Máscaras de Lankhmar
Por Michael Curtis
 Máscaras de Lankhmar
Por Michael Curtis
Artista da capa e cartógrafo: Doug Kovacs • Editor: Rev. Dak J. Ultimak
Artes Internas: Doug Kovacs, Brad McDevitt
Direção de Arte e Layout: Joseph Goodman

CRÉDITOS DA EDIÇÃO NACIONAL

Editora: Sagen Editora • Editores chefes: Gabriel “Vicio” Martins Iricevolto, Pedro Barbosa
Mello Dumont, Tiago “Kinver” Pereira Malheiro • Tradução: Maria Luiza Pinto Ribeiro
Preparação de texto: Diogo Siqueira Nogueira , Pedro Ivo “Kálix” Martins dos Santos
Diagramação: R. Rodrigues • Revisão de prova: Maria Luiza Pinto Ribeiro,
Pedro Ivo “Kálix” Martins dos Santos • Consultora de arte e layout: Amarílis Caccia Buoso

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Todos os direitos desta edição são reservados à Sagen Editora

DCC RPG é copyright © Goodman Games. Dungeon Crawl Classics é uma marca comercial da Goodman Games.
 Dados internacionais de catalogação na publicação:

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Curtis, Michael
Máscaras de Lankhmar / Michael Curtis; tradução de Maria Luiza Pinto Ribeiro. – 1ª Ed. – Barueri, SP:
Sagen Editora, 2019.

24 p. : il.

Tradução de: Masks of Lanhkmar

ISBN: 000-00-00000-00-0

1. Jogos de fantasia. 2. Jogos de aventura. 3. “Roleplaying games”. 4. DCC RPG.

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 em-vindo à fantástica cidade de Lankhmar, a maior e
B mais velha metrópole no mundo de Nehwon, criação
do lendário autor Fritz Leiber. Essa aventura é a ter-
ceira publicação da linha Lankhmar da Goodman Games de
suplementos para o Dungeon Crawl Classics RPG. Máscaras de
Lankhmar fornece ao juiz um cenário inicial para começar a sua
campanha na Cidade das Cento e Quarenta Mil Fumaças.
Máscaras de Lankhmar é uma aventura inicial para o DCC RPG
Lankhmar e foi desenvolvida para ser jogada com um grupo
pequeno (2 a 3 jogadores). Entretanto, a aventura contém des-
crições alternativas para conduzir grupos maiores (4 a 6 joga-
dores), permitindo seu uso independentemente do tamanho
do seu grupo. Máscaras de Lankhmar pode ser iniciada em qual-
CENÁRIO
uzentos anos atrás, a cidade de Lankhmar foi o lar dos
D Mistérios de Djil, uma seita de adoradores da deusa
com este mesmo nome. Os Mistérios de Djil abraçavam
a crença de aliviar os seus seguidores de seus pecados munda-
nos, e assim garantir aos seus devotos um lugar no paradisíaco
pós-mundo do Sexto Céu. Com um único beijo de uma das sa-
cerdotisas mascaradas de Djil, as irmãs ocultas iriam remover
os pecados e culpas das almas penitentes dos indivíduos, dei-
xando-os imaculados e merecedores do paraíso.
A seita era popular entre os ricos em Lankhmar, já que os ritos
desta fé os limpavam de seus numerosos pecados acumulados
durante sua busca por dinheiro, deixando-os livres para ad-
quirir ainda mais em nome da ganância. Os cofres dos Misté-
rios de Djil cresceram pelos dízimos pagos pela alta sociedade
de Lankhmar, e a seita construiu um enorme templo próximo
ao Rio Hlal. O templo não apenas serviu como bastião da fé na
Cidade da Toga Negra, mas também como um armazém para
as relíquias mais veneradas da Seita: as Máscaras Douradas
de Djil. Estas sete máscaras douradas e cobertas de joias eram
usadas quando as irmãs conduziam o ritual sagrado do Beijo
de Djil, que removia os pecados mundanos.
Cem anos atrás, os sacerdotes do Grande Deus, conspirando
junto com um número de nobres-comerciantes de Lankhmar,
tornaram-se invejosos ao ver a influência dos Mistérios de Djil
sobre o povo de Lankhmar, além da crescente riqueza da seita.
Através de meios tanto justos quanto sujos, essa conspiração de
poder antigo e eclesiástico convenceu o Soberano a banir a fé
e expulsar as irmãs ocultas da cidade. Sua expulsão foi rápida,
acelerada pelas lanças e espadas dos soldados de Lankhmar,
além das tochas arremessadas por incendiários encapuzados
contratados pelos inimigos da Seita. Muitas das irmãs ocultas
faleceram nas chamas ou foram expulsas dos templos antes de
conseguirem recuperar as relíquias sagradas, escondidas em
um cofre santificado dentro do templo. As Máscaras Douradas
permanecem trancadas dentro do templo, e as irmãs ocultas de
Djil, praticamente exterminadas durante o decorrer dos eventos,
incapazes de recuperar as relíquias.
Agora, um século depois, novas formas de recuperar essa re-
compensa escondida se revelam.
Igrik do Leste é um rico mestre de caravanas que vive em
Lankhmar. Nativo das Terras do Leste, Igrik viveu em
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quer momento dentro da linha do tempo de Fafhrd e de Gray
Mouser, já que não está interligada aos eventos das histórias de
Leiber. Os PJs devem possuir um mago e um ladrão entre eles,
ou um personagem que tenha certo treinamento em feitiçaria e
ladinagem.
Nessa aventura, os PJs encontram-se durante um furto no
meio da noite e são forçados a reunir suas habilidades para
recuperar uma coleção de tesouros antigos composta pelas
máscaras douradas há muito tempo esquecidas em um
templo abandonado de Lankhmar. Antes que eles recuperem
estas relíquias douradas, entretanto, inimigos mortais devem
ser vencidos e a magia corrupta das máscaras deve ser
derrotada.
Lankhmar por duas décadas, acumulando uma riqueza gra-
ças ao seu negócio lucrativo com caravanas comerciais entre
Lankhmar e Horborixen. Mas a condição de Igrik como cidadão
do Leste o privou da aceitação social entre as nobres famílias
da Cidade da Toga Negra, e ele permanece determinado em
usar sua riqueza para chegar até os círculos sociais mais altos da
cidade. Para isso, Igrik acumulou uma coleção de raros objetos
de arte e tesouros únicos para expor em sua mansão. Entre es-
sas riquezas existe uma estranha chave de ouro, adornada com
gemas estranhamente lapidadas. Fato desconhecido para Igrik,
esta chave abre o relicário secreto de Djil.
Essa noite, Igrik está sediando um baile de máscaras em sua
mansão para celebrar a aquisição de outra peça de tesouro artís-
tico. Enquanto o anfitrião e seus participantes estão distraídos
com sua nova diversão, um grupo de ladrões – trabalhando in-
dependentes um do outro – decidem entrar na mansão e adqui-
rir a chave com joias lapidadas para si. Mas eles estão prestes a
descobrir que existem outros que desejam essa chave para seus
próprios propósitos.
INICIANDO A AVENTURA
Máscaras de Lankhmar é uma aventura desenvolvida para ser jo-
gada no início de uma campanha em Lankhmar para Dungeon
Crawl Classics RPG. Ela é, no linguajar dessa linha de suple-
mentos, “O Encontro”, um evento que reúne os PJs e dá a eles
uma origem como um grupo de aventureiros e um objetivo em
comum para ser alcançado. No final de Máscaras de Lankhmar,
os jogadores devem ter forjado um elo e ter adquirido algumas
riquezas para gastar, além de alguns inimigos que os dê uma
razão para continuarem com sua relação.
Aventuras-encontro no DCC Lankhmar têm a intenção de cap-
turar o tom e o estilo das histórias de Fafhrd e Gray Mouser
escritas por Fritz Leiber: aceleradas, frenéticas e divertidas. As-
sim, a ação começa in media res (no meio da história), com os
PJs lançados dentro da ação logo no começo. Os jogadores não
devem se preocupar com detalhes de como eles caíram de para-
quedas nessa situação ainda, mas o juiz é encorajado a permiti-
los detalhar a ocasião de seu personagem e talvez ganhar um
ponto de Sorte nesse processo.
Máscaras de Lankhmar é uma aventura urbana e, portanto, mais
aberta às inovações dos jogadores e suas ações inesperadas.
Alguns dos eventos detalhados nessa aventura podem ou não
ocorrer baseados nas ações e decisões dos PJs, e não menos do
que três possíveis pontos decisivos são detalhados para essa
aventura! Não é necessário que os jogadores experienciem to-
dos os eventos aqui descritos, apenas que eles tenham momen-
tos memoráveis enquanto alcançam o final da aventura.

PARTE UM: O FURTO A IGRIK

primeira seção de Máscaras de Lankhmar faz com que os Irmandade dos Assassinos, desesperados para ganhar dinheiro

A PJs se encontrem pela primeira vez. Esse evento ocor-

re de forma que cada personagem independentemente
decide roubar o cofre do mestre de caravanas, na noite de um
e respeito dentro dos níveis mais importantes da organização.
Assim, eles têm a intenção de matar ou capturar os PJs sem au-
xílio e sem fazer alarde.
grande baile que celebra a aquisição de uma nova peça de arte
Antes que a batalha comece com seriedade, se certifique de que
valiosa. Os PJs devem trabalhar juntos para violar o cofre e der-
os jogadores estão familiarizados com as regras de Sorte nas
rotar aqueles que roubariam seu saque ilícito. Uma vez que esse
campanhas em Lankhmar (especialmente o seu papel na cura) e
capítulo seja concluído, esperançosamente os jogadores irão
com a disposição do porão (veja a área 1-1 abaixo).
perceber que um tesouro ainda mais valioso os espera se eles
continuarem a sua aliança. Assassinos Contratados (3): Iniciativa +0; Ataques Espada Curta
+1 corpo a corpo (1d6); CA 12; DV 1d8; PV 4; Movimentação 9 m;
Ação 1d20; Poderes Especiais nenhum; Jogadas de Proteção For-
EVENTO 1: O ENCONTRO titude +1, Reflexos +0, Vontade +0; AL N (Alinhamento Neutro).
Encontro Alternativo para Grupos Maiores: O número de as-
sassinos contratados é igual à quantidade de integrantes do
Esse encontro reúne os jogadores em uma batalha, forçando-os
grupo menos um.
a colaborar para derrotar os guardas contratados de Igrik do
Leste. Leia o seguinte e então faça com que os jogadores rolem Os assassinos lutam selvagemente, sem coordenar suas táticas
iniciativa. ou demonstrar criatividade de luta além de cortar seus inimi-
gos. Eles devem apresentar pouca ameaça aos jogadores.
É meia noite entre o Dia da Cobra e o Dia do Leopardo, um excelente
momento para um furto na Cidade da Toga Negra. Hoje à noite, o rico
mestre de caravanas Igrik do Leste está sediando um generoso baile em
sua elegante mansão, próxima à região aristocrata de Lankhmar. O
DEPOIS DA BATALHA
propósito dessa festa mascarada é revelar um novo objeto de arte que
Igrik adquiriu para a sua coleção, construída como uma aposta deses-
Assim que os assassinos forem derrotados, tire um momento
perada de comprar seu lugar na alta sociedade de Lankhmar. Com os
para permitir que os jogadores descrevam a aparência de seus
olhos de seu anfitrião, seus convidados, e mais importante, seus guar-
personagens e narrem como eles chegaram até o porão. O juiz
das contratados vigiando a sua nova aquisição cintilante, é o momento
deve dar aos jogadores a liberdade de brevemente descrever os
perfeito para violar o seu cofre em busca de outro tesouro: a tão famosa
seus planos para roubar Igrik e recompensá-los com um ponto
Chave da Irmandade Oculta. Diz-se que esse objeto feito de ouro e
de Sorte para aqueles que contarem histórias interessantes aos
electro é incrustrado com curiosas gemas lapidadas, joias que podem
seus companheiros. Se o jogador aparentar estar com bloqueio
valer uma pequena fortuna se arrancadas e vendidas nos submundos
de ideias, o juiz pode sugerir algumas das opções que se se-
obscuros de Lankhmar.
guem para auxiliá-lo:
Infelizmente, parece que cada um de vocês não foi o único a perceber
• O PJ roubou um convite destinado a um dos nobres de
que hoje é uma noite perfeita para roubar a Chave. Você agora se en-
Lankhmar e chegou com uma fantasia que esconde sua
contra em um porão que antecede o cofre de Igrik, não sozinho como
identidade. Mais tarde, ele escapou para os porões. Peça
você esperava, mas na presença uns dos outros. Olhares rápidos tor-
ao PJ que descreva a fantasia e se ele ainda está vestindo-a
nam óbvio que vocês estão ali com objetivos semelhantes e suas mãos
(essa pode ser a sua vantagem quando eles encontrarem os
repousam sobre as empunhaduras de suas adagas, e magias estão sen-
ladrões no Evento #2).
do preparados debaixo da sua respiração.
• O PJ entrou na mansão escondido na escuridão, escalando a pa-
Entretanto, antes que vocês tenham chance de reagir à presença ines-
rede da propriedade e furtivamente entrando no lar de Igrik.
perada uns dos outros, um outro grupo chega. O som estrondoso de
Ele quase não conseguiu passar despercebido pelos guardas
botas no piso descendo até o porão anuncia a chegada de guardas con-
do mestre de caravanas, mas conseguiu chegar até o porão.
tratados da Irmandade dos Assassinos de Lankhmar, empregados por
Igrik para reforçar a segurança essa noite. “Ladrões no porão!” um • O PJ se disfarçou de um dos numerosos entregadores que
dos guardas contratados vestido em couro exclama ao se deparar com traziam alimentos, álcool, ou outros itens festivos para a
vocês. “Vamos ganhar nossas moedas, irmãos!”, ele grita, e então ele e mansão. Quando ninguém estava olhando, ele se escondeu
seus companheiros de aço empunham suas armas e avançam. em um armário ou local igualmente capaz de escondê-lo até
que o baile estivesse em andamento. Ele, então, se esgueirou
Os guardas contratados são membros de uma posição menor na
para dentro do porão.

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Assim que as apresentações terminarem, os PJs esperançosa-
mente percebem os benefícios de reunir suas habilidades pelo
menos por curto prazo. Deixe no ar que existem outros tesouros
no cofre de Igrik além da Chave, caso os PJs discutam sobre a
posse desse item.
Área 1-1 — O Porão: Um lance de escadas de madeira dá acesso a
esse quarto de teto baixo, construído com tijolos cimentados. Caixas
e barris se alinham nas paredes leste e oeste, sujos e sem uso. Nichos
nas paredes sustentam grossas e crepitantes velas que fornecem uma
luz fraca e certa quantidade de fumaça a esse quarto. Na parede norte
existe uma grande porta circular de ferro. Uma fechadura aparente-
mente complicada está localizada na face do portal. Símbolos estranhos
formam um anel ao redor da circunferência da porta.
A porta do cofre é composta de ferro sólido e grosso, de 15 cm
de espessura. Os símbolos ao redor da margem da porta são
glifos mágicos das Terras ao Leste que interferem nas tentativas
mágicas de abri-la. Magias como arrombar sofrem uma penali-
dade de -2d em jogadas de conjuração quando conjuradas sobre
a porta do cofre. Um teste de Inteligência de CD 12 identifica os
símbolos e suas propriedades. Conjuradores rolam 1d20 quan-
do realizando esse teste, e todos os outros rolam 1d10 como des-
crito no livro de regras do Dungeon Crawl Classics.
A fechadura é de um trabalho engenhoso do Leste, e Igrik pos-
sui a única chave. Arrombar a fechadura requer um teste de
habilidade de CD 20, provavelmente exigindo um gasto de Sor-
te para destrancá-la. O juiz deve lembrar aos jogadores sobre a
rápida e furiosa natureza da Sorte em DCC Lankhmar se eles
parecerem hesitantes em gastar Sorte nessa ocasião.
Escutar pela porta exige que um PJ role um d30 ao fazer seu
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teste de Sorte, devido à espessura da porta. Se bem-sucedido,
o ouvinte escuta fracamente o rosnado de um gato grande (os
jaguares do deserto no próximo quarto).
As caixas contêm toalhas de mesa corroídas, alguns poucos cá-
lices e utensílios de jantar, vinagre, e outros objetos domésticos
ordinários e inúteis.
Área 1-2 — Gatos Guardiões: Rosnados baixos e raivosos sibilos
ecoam na câmara de pedra, junto com o avanço de grandes gatos pinta-
dos que se aproximam com seus rabos balançando no ar furiosamente.
Atrás das bestas amareladas existe uma porta misteriosa.
Os gatos são jaguares do deserto, importados das Terras ao Les-
te para guardar as riquezas de Igrik.
Jaguares do Deserto (2): Iniciativa +1; Ataques Mordida +2 cor-
po a corpo (1d4+1) ou Garra +1 corpo a corpo (1d4); CA 13;
DV 2d8; PV 10 cada; Movimentação 12 m; Ação 1d20; Poderes
Especiais nenhum; Jogadas de Proteção Fortitude +1, Reflexos
+2, Vontade +0; AL N (Alinhamento Neutro).
Encontro Alternativo para Grupos Maiores: Como descrito acima.
A sala contém apenas restos de carne ensanguentada, uma cai-
xa de areia contendo necessidades fisiológicas dos gatos, e um
balde de argila com uma corda amarrada e cheio de água fresca.
O teto dessa sala tem uma abertura quadrada de 90 cm que se-
gue por 6 m até o primeiro andar da mansão de Igrik. A abertu-
ra fica a 3 metros do chão e a parte de cima da abertura é selada
com uma grade de metal trancada (teste para abrir fechaduras
de CD 15 para arrombar). A abertura se localiza no chão da des-
pensa da mansão e os empregados de Igrik descem a carne e a
água para alimentar os jaguares uma vez por dia. Mesmo que
seja uma fraqueza na segurança do cofre, Igrik acredita que os
jaguares e a porta interna do cofre são suficientes para afastar
todos que desejarem seus tesouros.
Essa abertura pode ser útil caso os PJs fiquem presos no cofre
quando a Guilda dos Ladrões chegar (veja o evento #2). Escalar a
abertura sem uma corda exige um teste de Força de CD 10 ou um
teste de escalar superfícies. A grade pode ser arrombada (veja
acima) ou quebrada com força bruta (teste de Força de CD 20).
Area 1-3 – A Porta do Cofre: Uma forte porta de bronze de uma
tonalidade curiosamente carmesim barra a passagem para o cofre de
Igrik. A face da porta está gravada com padrões semelhantes a chamas,
e estranhos símbolos se alinham nas margens dela. Um único buraco
de fechadura se localiza no centro da porta.
Essa porta foi especialmente criada pelos magos do fogo do Leste.
Ela pode ser seguramente aberta com a chave apropriada (que Igrik
possui) ou por meio de uma combinação de furtividade e magia.
Arrombar a porta requer um teste de abrir fechaduras de CD
15, mas abrir a porta sem a chave aciona uma segunda medida
de proteção: a porta de bronze desaparece e é substituída por
uma parede de chamas. A fechadura permanece flutuando no
centro das chamas. Inserir a chave apropriada ofusca as cha-
mas, mas sem isso, magia deve ser invocada ou o fogo deve ser
enfrentado.
Um teste de Inteligência de CD 14 (magos automaticamente
são bem-sucedidos) faz com que um PJ perceba que as chamas
da porta podem ser extinguidas se for desfeita a magia que as
criou. Realizar tal façanha é como conjurar uma contramágica.
Um conjurador deve ser bem-sucedido em conjurar qualquer
magia não ofensiva para construir um condutor mágico. Devi-
do à modificação da magia, a jogada de conjuração sofre uma
penalidade de -1d, mas quaisquer resultados acima de 12 inde-
pendentemente do nível da magia serão bem-sucedidos. Uma
vez que isso seja realizado, o conjurador pode tentar desfazer a
magia que mantém as chamas intactas.
Desfazer a magia da porta é um ato realizado por ambos, o PJ e
o juiz, rolando dados e comparando o resultado. O PJ faz uma
jogada de conjuração normal e o juiz rola 1d20+2. Se o mago
rolar mais que o juiz, as chamas são reduzidas em intensidade
e seu potencial de dano é reduzido em 1d (veja abaixo). Três
tentativas bem-sucedidas extinguem as chamas. Esses sucessos
não precisam ser consecutivos.
Se o juiz rolar um valor maior do que o PJ, o mago sofrerá 1d4 de
dano de queimadura (jogada de proteção de Fortitude com CD
12 para receber metade do dano). Se o PJ for reduzido a zero pon-
tos de vida, o condutor falha. Todos os sucessos alcançados são
perdidos. Um novo condutor deve ser construído e o processo
para desfazer a magia será reiniciado. Se o resultado for um em-
pate, nenhum progresso é alcançado e nenhum dano é sofrido.
As chamas causam 3d6 pontos de dano em qualquer um que
entre nelas. Uma jogada de proteção de Reflexos de CD 10 re-
duz o dano pela metade. Cada tentativa bem-sucedida de des-
fazer a magia reduz a intensidade das chamas e o seu dano em
-1d6. As chamas também reduzem sua força baseado em cada
pessoa que as atravessem por -1d6. Três PJs atravessando o
fogo extinguirá as chamas.
Jogar uma quantidade significante de água nas chamas (como
a água do balde dos gatos) reduz o dano base das chamas em
-1d6, mas essa medida só afeta as chamas uma única vez. A sua
natureza mágica queima muito intensamente para ser extinta
completamente por algo tão simples como água.
Área 1-4 — O Interior do Cofre: Além da porta de bronze gravada
com chamas, existe uma surpreendentemente pequena câmara quadra-
da medindo menos que 3 metros. Linhas de estantes quase vazias se
alinham pelas paredes. Uma pequena arca, um saco de correntes e uma
caixa de madeira são os únicos objetos visíveis.
Uma inspeção mais precisa revela que existem locais limpos nas
estantes empoeiradas, indicando que a maioria dos conteúdos
desse cofre foi removida (alguns estão expostos na festa, outros
foram vendidos para pagar a festa e para adquirir o ultimo te-
souro de Igrik). Mesmo que sem várias das suas grandes rique-
zas, o cofre ainda possui alguns itens de valor.
A caixa de madeira contém escrituras, contratos, e outros regis-
tros de negócios das operações das caravanas de Igrik. Mesmo
que não tenham valor por si próprios, os registros podem ser
úteis para os rivais de mercado de Igrik e chantagistas. Um PJ
que encontre um comprador pode ganhar 100 rilks de ouro...
assumindo que o comprador não esteja enganando-o.
O saco de malha de corrente guarda os fundos econômicos da
mansão. Esvaziada pelos gastos do baile, a sacola contém 50
rilks de ouro, 157 smerduks de prata, 186 centavos de cobre, e
14 tiks de ferro.
A arca contém a Chave da Irmandade Oculta, aninhada em
uma cama de cetim negro. A Chave é feita de ouro, com três
ametistas lapidadas incomuns, de uma tonalidade roxa escu-
ra, incrustradas ao longo de sua extensão. Estas pedras foram
cortadas em formato de um losango, de uma meia lua, e de um
trapézio. A Chave mede 20 cm e vale 100 rilks de ouro.
Qualquer um que examine a Chave e faça um teste de Inteligên-
cia de CD 10 (ladrões irão automaticamente ser bem-sucedidos)
percebe que o item é na verdade composto por três partes encai-
xadas, habilidosamente desenhadas para serem imperceptíveis
(Igrik não percebeu isso). Uma vez que esse fato seja descober-
to, a Chave pode ser desmembrada para revelar uma cavidade
escura em seu interior, que contém um pedaço pequeno de per-
gaminho que cheira fracamente a incensos de templo.
O pedaço de pergaminho está inscrito com uma linguagem es-
trangeira e em Alto Lankhmarês
O texto escrito na língua estrangeira está no idioma Ottishif,
uma língua desértica obscura usada nos rituais dos Mistérios
de Djil. Os PJs podem ser aptos a deduzir algumas coisas sobre
a passagem:
• Um teste de Inteligência de CD 12 identifica a texto, mas não
o seu significado.
• Se o manuscrito for identificado, um teste de Inteligência de
CD 15 faz perceptível o fato de que a língua tem uma cone-
xão com uma religião do Leste dedicada a deusa Djil, mas
nada mais específico.
• Um teste de inteligência de CD 10 ou uma Dádiva apropria-
da permite que o PJ se recorde que existe um sábio escri-
ba chamado Semrik que faz negócios na Praça dos Desejos
Obscuros. Consultá-lo pode clarear as ideias a respeito da
mensagem e de seu conteúdo (veja Parte Dois abaixo).
Em Alto Lankhmarês está escrito:
Nem abaixo do Cálice, da Corrente ou da Lua eu me encontro
Mas debaixo do olhar do rosto secreto, esperando com a mão um reencontro
É onde nosso lugar de descanso encontrarão
Seguro do cão farejador, herege ou ladrão.
Os versos indicam a localização da entrada secreta para o Piná-
culo (veja Parte Três). Os versos não têm significado para os PJs
agora, mas em contexto com os símbolos no templo-cortiço, eles
revelam onde a entrada para o Reliquário pode ser encontrada.
EVENTO 2: A FUGA!
Uma vez que os PJs tenham adquirido a Chave, eles precisarão
sair sem serem notados. Isso é mais difícil do que chegar até o
Cofre. Sem eles saberem, um grupo de ladrões de baixa patente
na Guilda dos Ladrões também tem a intenção de roubar o cofre
de Igrik enquanto o baile está em andamento. Estes assaltantes
chegam no momento em que os jogadores estão partindo.
O grupo pode flagrar os ladrões se estiverem sendo atenciosos.
Com a aproximação do grupo na área 1-1 em seu caminho para
escapar, faça com que o PJ com a melhor pontuação em Sorte
faça um teste de Sorte para perceber os ladrões. Se o jogador
for bem-sucedido, ele percebe um movimento nas sombras na
área 1-1 assim que o grupo atinge a área 1-2, alertando-o sobre
os ladrões. O grupo é surpreendido se o PJ falhar no teste e é
emboscado assim que entra na área 1-1.
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Membros da Guilda dos Ladrões (3): Iniciativa +2; Ataques Adaga
+1 corpo a corpo (1d4); CA 13; DV 1d6+1; PV 5 cada; Movimentação
9 m; Ação 1d20. Poderes Especiais nenhum; Jogadas de Proteção
Fortitude +1, Reflexos +2, Vontade +0; AL C (Alinhamento Caótico).
Encontro alternativo para grupos maiores: Aumente o número
de ladrões igual ao número de PJs menos um.
Os ladrões estão determinados a derrotar os PJs e adquirirem a
Chave. Eles não aliviam seus punhos e lutam até que somente
restem um ou dois. Esses sobreviventes tentam fugir, facilmen-
te despistando os PJs caso consigam alcançar o topo das escadas
na saída na área 1-1. Esteja atento se qualquer um dos PJs esti-
ver com o rosto visível durante a luta ou possuir algum traço
físico incomum que possa ser facilmente lembrado. Esses PJs
serão reportados aos membros de maior patente da Guilda dos
Ladrões, e eles serão marcados como autônomos.
Depois de derrotar os membros da Guilda dos Ladrões, os joga-
dores ainda devem escapar da casa. Abaixo estão as três rotas
mais prováveis a serem usadas pelo grupo:
• As Cozinhas: Se o grupo subir as escadas ou escalar a aber-
tura na área 1-2, os personagens podem escapar se inva-
direm a cozinha, como indicado no mapa. A cozinha está
cheia de servos, cozinheiros, escravos, e outros indivíduos
que mantêm os convidados de Igrik alimentados. É um lo-
cal cheio de atividade, com o ar rico de cheiros de carnes
cozidas e água ensaboada, e o tilintar de pratos. Todos os
PJs que desejarem escapar pela porta dos fundos passando
despercebidos no caos, devem fazer testes de Sorte. Se o
teste de cada um dos membros do grupo for bem-sucedido,
eles alcançam a porta dos fundos que é vigiada por 2 assas-
sinos contratados (use as estatísticas do evento #1 acima)
que eles devem derrotar. Se um dos PJs falhar no teste de
Sorte, os escravos da cozinha percebem o grupo e gritam,
alertando os guardas na porta que agem imediatamente.
Existem também 1d4 guardas na área marcada como “Pos-
to dos Guardas” no mapa da área térrea. Esses guardas da
casa vêm correndo se uma luta ocorrer na cozinha!
• O Corredor da Área Térrea: O grupo pode se esgueirar pelo
corredor e escapar por qualquer uma das janelas nos quartos
de hóspedes. Não importa qual quarto eles escolham, eles irão
ser surpreendidos com encontros particulares em andamento,
já que alguns dos convidados de Igrik escolheram se deslocar
para um local mais reservado. O quarto está sendo utilizado
por um jovem espadachim aristocrata e um par de senhoras
nobres entediadas. As mulheres gritam e o espadachim puxa
sua lâmina, tentando impressionar suas acompanhantes com
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demonstração de habilidade com a espada. Ele possui as es-
tatísticas de um Nobre (veja o livro de regras Dungeon Crawl
Classics.) mas sua CA é 11 devido ao seu atual estado de nudez.
As duas senhoras têm as estatísticas de Camponeses (veja o
livro de regras Dungeon Crawl Classics.), mas não entrarão di-
retamente no combate. Elas arremessam vasos freneticamente,
raridades e outros objetos pequenos no grupo (dano de porre-
te) e continuam a gritar. Três guardas da casa (estatísticas de
assassinos contratados) chegam em 2d4 rodadas.
• Pela Porta da Frente: A mais descarada das rotas, os PJs ga-
nham 1 ponto de Sorte cada, caso eles consigam escapar com
sucesso dessa forma. Deixar o ambiente pela porta da frente
potencialmente funciona apenas se os PJs estiverem disfar-
çados de uma maneira adequada ao baile. Se não, eles são
imediatamente percebidos pelos guardas da casa de Igrik
e devem lutar pela sua liberdade contra 1d4+2 guardas ar-
mados (use as estatísticas da área 1-1). Um grupo disfarçado
pode andar pela multidão no salão, mas o PJ com a menor
pontuação de Sorte deve realizar um teste de Sorte. Se o teste
falhar, o grupo se depara com uma complicação. Role 1d4:
1. Um convidado bêbado do baile confunde um dos PJs
com um conhecido e começa uma conversa em alto
volume com ele. Um teste de Personalidade de CD 12
é necessário para calmamente convencê-lo de que ele
confundiu a identidade do PJ. Se falhar, o bêbado causa
uma cena que atrai a atenção de 1d4 guardas da casa.
2. Um escravo da casa está furtando objetos de valor dos
convidados da festa. Cada PJ deve realizar um teste de
Inteligência de CD 10. Qualquer sucesso irá ser o su-
ficiente para perceber a tentativa de crime. Um teste
de Personalidade de CD 8 irá assustar o escravo sem
chamar nenhuma atenção. Se todos os PJs falharem nos
seus testes de Inteligência, o escravo rouba uma quan-
tidade aleatória de dinheiro deles.
3. Um dos PJs desperta o interesse de um dos convida-
dos, e ele ou ela se aproxima do PJ escolhido com a in-
tenção de flertar. Um teste de Personalidade de CD 10
rejeita a tentativa de sedução sem atrair atenção. Caso
falhe, o convidado reclama em em voz alta, atraindo a
atenção de 1d4 guardas da casa.
4. Os PJs se deparam com o próprio Igrik durante a sua ten-
tativa de fuga. Um teste de Personalidade de CD 15 com-
binado com um pouco de bajulação é o suficiente para
convencer o anfitrião que eles são convidados que estão
partindo. Se o teste falhar, ele identifica o grupo como
sendo invasores de festa (no mínimo) e imediatamente
invoca 2d4 guardas da casa. Trate Igrik como possuindo
as estatísticas de Rei (verificar livro de regras Dungeon
Crawl Classics) se necessário em caso de combate.
Os PJs podem escolher deixar a casa por diferentes rotas para
tornar a sua captura mais difícil. Avalie a taxa de sucesso de
cada rota individualmente. Qualquer PJ capturado dentro da
Mansão acaba na Grande Prisão de Lankhmar e, a menos que
seus novos aliados encontrem maneiras de resgatá-lo, o jogador
deve começar a preparar outro personagem para a campanha.
Uma vez que o grupo consiga fugir da mansão, eles podem es-
capar pela névoa da noite de Lankhmar sem outros obstáculos.
Como recompensa por sua fuga, cada PJ recebe 2 pontos de Sorte.
 PARTE DOIS: MISTÉRIOS SOMBRIOS E
ENCANTOS AINDA MAIS SOMBRIOS (OPCIONAL
OPCIONAL)
Se os PJs não conseguirem decifrar a estranha mensagem na pá-
gina dentro da Chave, eles podem procurar ajuda em outros
lugares para decodificá-la. Com sorte, tal assistência está facil-
mente disponível em Lankhmar! Semrik, um escriba de reputa-
ção levemente questionável, oferece seus serviços na Praça dos
Desejos Obscuros, traduzindo linguagens obscuras para magos,
filósofos, invasores de tumbas e semelhantes.
O caminho que leva até Semrik pode ser direto, caso um dos
PJs saiba da existência dele e da disponibilidade de seus servi-
ços, ou através de uma troca de informação dentro do próprio
grupo. Por exemplo, um dos PJs pode identificar a linguagem
Ottishif, enquanto um segundo reconhece que a língua foi usa-
da por uma seita religiosa em específico, mas não se lembra de
outros detalhes: um terceiro PJ, talvez um nativo de Lankhmar
ou um com uma Dádiva apropriada percebe que Semrik pode
ajudar em seu objetivo, sugerindo uma viagem para a Praça dos
Desejos Obscuros. Este segundo método é recomendado se o
furto uniu o grupo, enfatizando os benefícios de trabalharem
juntos para construírem sua fama na Cidade da Toga Negra.
A Praça dos Desejos Obscuros é um lugar infame de negócios,
aberto apenas durante as primeiras horas da noite. Margeada
pela Fonte da Abundância Sombria em um lado e o Santuário
da Virgem Negra no outro, é um mercado noturno de servi-
ços e objetos focado no comércio clandestino. Entre as simples
barracas e cobertores espalhados no paralelepípedo escuro, está
localizado o posto de trabalho de Semrik.
A Praça dos Desejos Obscuros é uma longa praça pública cheia de
sombras e formas indistintas. Indivíduos vagam pelas luzes fracas dos
vagalumes aprisionados, raposas de fogo engarrafadas, e jarros bri-
lhando com brasas vermelhas. O sussurro suave das ofertas, negocia-
ções abafadas e murmúrio de encontros amorosos rodopiam pela noite
como fragmentos de conversas de um sonho meio esquecido.
Em um dos cantos, perto da arquitetura negra e barroca do Santuá-
rio da Virgem Negra, existe uma moldura de madeira simples coberta
por um leve tecido vermelho escuro. Dentro deste modesto espaço se
encontra um magro e esguio homem vestido em uma túnica cinza e
calções. Sua pele parece couro polido e seu cabelo negro é aparado em
um corte erudito. Ele se senta sobre uma alta banqueta em frente a
uma mesa entretido em papéis e pergaminhos espalhados sobre ela.
Semrik é um escriba profissional, tradutor e decodificador, que
sabe que sua chave para longevidade comercial e corpórea é a
sua reputação por sua precisão e discrição. Ele já provou suas
habilidades para a Guilda dos Ladrões e a Guilda dos Feiticei-
ros de Lankhmar no passado, e se aproveitou da proteção de
ambos os grupos. Ele conduz os seus negócios em uma voz sus-
surrada e com um leve sotaque, e identifica o texto pelo custo de
2 rilks de ouro. Ele fornece a seguinte informação se for pago:
• O idioma do texto é Ottishif, uma rara língua do Leste que
veio para Lankhmar com os Mistérios de Djil, uma seita de-
sértica que se aproveitou de uma breve popularidade na
cidade há uns 200 anos atrás.
• Os Mistérios de Djil foi uma religião de sacerdotisas conhe-
cidas como as Irmãs Ocultas. Elas obtiveram esse título pelo
uso de máscaras religiosas que escondiam sua identidade.
As Irmãs Ocultas eram conhecidas pelo rumor de serem ca-
pazes de limpar qualquer um de seus pecados mundanos
com um ritual de beijo.
• Suas máscaras eram supostamente feitas de ouro e ador-
nadas com gemas extraordinárias. Existem sete Máscaras
Douradas no total.
• A seita foi expulsa da cidade cem anos atrás por uma alian-
ça de figuras religiosas que invejavam a sua influência e
riqueza. A seita foi expulsa com violência repentina, tirada
de seu grande templo no meio da noite. As sacerdotisas,
dizem os rumores, foram obrigadas a deixar suas relíquias
e tesouros para trás, cuja maioria foi roubada pelos seus
inimigos.
• As sete Máscaras Douradas, entretanto, não foram desco-
bertas e, apesar de muitas tentativas de localizá-las, elas
permanecem perdidas.
• O antigo templo de Djil é agora um grande cortiço ocupado
por alguns dos residentes mais pobres da cidade, vagabun-
dos sem lar e posseiros fora da lei. Ele se localiza em uma
vizinhança pobre perto do rio Hlal, ao sul da Estrada dos
Deuses.
Semrik vagamente dá a entender que ele sempre está disposto
a fornecer mais informações sobre histórias obscuras ou alfa-
betos antigos. Caso as atividades futuras dos PJs descubram
tais materiais, ele alegremente pagaria o valor de mercado por
eles. As negociações do grupo com Semrik faz dele um contato
que eles (ou o juiz) podem utilizar em aventuras seguintes em
Lankhmar.
EVENTO 3: SHEELBA DO
ROSTO SEM OLHOS (OPCIONAL
OPCIONAL)
Um juiz que deseje introduzir um dos magos mais importan-
tes de Nehwon na aventura, talvez para servir como um futuro
patrono ou gancho de aventura, pode incluir este evento após
os jogadores finalizarem seus negócios com Semrik. Sheelba,
sentindo que os personagens podem ser agentes adequados em
Lankhmar (especialmente devido aos constantes sumiços de
Gray Mouser), se aproxima do grupo na escuridão da Praça dos
Desejos Obscuros. Leia o seguinte:
Enquanto vocês se movem para sair do interior assombrado da Praça,
um repentino “Psiu!” chama sua atenção. Girando em direção à ex-
clamação, primeiramente vocês não veem ninguém. Então, como um
fantasma emergindo da névoa da noite, uma sombra de coloração mais
escura do que as trevas do ambiente entra em seu campo de visão.
Em um beco estreito entre duas construções depredadas aparece uma
figura encapuzada vestida com um manto negro. Um círculo total-
mente escuro e de formas indefinidas preenche o capuz da figura, não
11
fornecendo nenhuma identificação de sua identidade e nem mesmo seu
gênero. Um braço coberto pelo manto acena para que vocês se aproxi-
mem, com a longa extensão do manto cobrindo todo o membro, a mão
da figura também fica escondida pelo tecido.
Se trata de Sheelba, e ele deseja falar com o grupo. Qualquer
desperdício de tempo é respondido com um rugido áspero de
irritação e um afiado “Vocês poderiam estar mortos se eu quisesse.
Agora, venham aqui!”. Ele se move de volta para a escuridão do
beco. Se o grupo o seguir, ele para quando eles estiverem sufi-
cientemente ocultos.
“Vocês procuram pelas Máscaras Douradas de Djil. Eu também as
desejo. Viria a calhar para ambos se nós chegássemos a um trato”,
Sheelba fala. “Eu sou Sheelba do Rosto sem Olhos, o mais formidável
mago de Nehwon e dos outros mundos além. As Máscaras me intri-
gam de certa maneira e eu desejo uma para meus propósitos. Busquem
para mim o principal – ou eu diria, a principal, dada a sua origem da
ginarquia. – Máscara, e vocês ganharão a minha gratidão. A gratidão
de um mago que vale mais do que ouro e joias.”
Em termos de jogo, Sheelba está disposto a oferecer assistência
ao grupo se eles conseguirem e entregarem para ele a Máscara
PARTE TRÊS: O TEMPLO-CORTIÇO
E PINÁCULO DE DJIL
Templo de Djil permaneceu abandonado por muitos
O anos depois da expulsão da seita. Então, lentamente, al-
guns dos mais corajosos entre os cidadãos mais pobres
da cidade começaram a viver no interior do templo obscureci-
do pelas chamas. Diferente de outros templos abandonados em
Lankhmar, como o antigo templo de Tyaa Alada, não existia ne-
nhum decreto que proibisse a entrada no lar vazio de Djil. De
fato, o Soberano e o Conselho Interno de Lankhmar aprovaram
os posseiros, porque o templo abrigava os mais pobres sem ne-
nhum custo aos cofres da cidade.
Nas décadas seguintes, o antigo templo foi dividido em nume-
rosos, úmidos e escuros quartos, cubículos e câmaras pelos seus
habitantes. Instáveis corredores e plataformas de madeira que
foi recuperada do lixo ou roubada se entrecruzam na constru-
ção, criando espaços habitáveis adicionais acima do chão de laje.
O cortiço é imundo, fedorento e repleto de pragas, roedores e
dos mais pobres dos homens. Essa comunidade se ergue entre a
entrada e a grande coluna na parte dos fundos do templo. Essa
coluna, a base do Pináculo que atravessa a construção, possui
uma entrada secreta para o Reliquário que abriga as Máscaras
Douradas.
O cortiço é liderado por uma gangue de valentões, brigões de
rua, possíveis cafetões e membros aspirantes da Guilda dos
Ladrões que se autodenominam Reis Aranha. Os lordes sem
oposição do templo-cortiço exigem tributo daqueles que va-
gam abaixo de seu teto. Apesar da maioria dos Reis Aranha
serem lutadores sem treinamento, seu poder é reforçado por
Yohmanus, um mago alcoólatra que passa por dificuldades
por causa do álcool. Ele conjura magias para a gangue em tro-
ca de vinho.
Dourada da Alta Sacerdotisa. Ele a identifica como tendo sete
gemas de um roxo escuro fixadas na testa dela. Essa Máscara
é a única que ele deseja, e Sheelba não tem nenhum desejo pe-
las outras. Se os PJs obtiverem a Máscara para Sheelba, o mago
pode usá-los em futuras atividades, até mesmo concordando em
se tornar seu patrono, ou solicitando que eles se tornem seus
agentes. Falhar em recuperar a Máscara Dourada intacta implica
em receber o desdém do mago. PJs que desejam posteriormente
procurar pela patronagem sobrenatural de Sheelba vão enfren-
tar dificuldades em se provarem dignos frente a sua falha.
PJs que se recusem a obter a Máscara para Sheelba são recebi-
dos com um resmungado de desgosto e um rosnado. “Idiotas!
Não conseguem ver uma oportunidade nem quando aparece bem de-
baixo do seu nariz. Melhor sem vocês, então, e que as Máscaras sejam
seu fim!”. Ele desaparece abruptamente.
Sheelba deixa claro que ele saberá caso os jogadores sejam bem-
sucedidos em recuperar o tesouro, e que entrará em contato
com eles para coletar o que lhe foi prometido quando a hora
chegar. Ele então desaparece no beco escuro, mas se foi por
meios mundanos ou sobrenaturais, fica difícil de determinar.
Leia o seguinte quando o grupo se aproximar do templo-cortiço:
O antigo templo de Djil se ergue em uma das vizinhanças mais atin-
gidas pela pobreza de Lankhmar. As construções ao redor estão em
vários estados de depredação e os negócios aqui estão obviamente pas-
sando por dificuldades. Dominando a vizinhança está o grande templo,
agora transformado em um cortiço. As paredes de pedra do templo se
erguem 15 metros no ar, sustentados por robustos contrafortes. Nos
fundos do templo existe um largo pináculo que se estende por 9 metros
para cima. Essa grande torre é coroada por uma construção oval que
lembra uma moeda achatada e esticada como se tivesse sido pisada por
um behemoth. Fumaça dos fogões onde estão sendo cozinhados alimen-
tos e tecidos esfarrapados secando podem ser vistos pelas janelas sem
vidro do templo, e o barulho de uma multidão pode ser ouvido pelas
portas frontais que estão abertas.
A decoração oval coroando o pináculo foi um dia uma máscara
esculpida, mas o tempo, os elementos e os vândalos a corro-
eram até que ficasse irreconhecível. Além dos poucos olhares
curiosos aos PJs jogados pelas pessoas vagando nas ruas, ou
dos residentes do cortiço sentados nas escadas da frente, o gru-
po é ignorado pela vizinhança. Dentro do templo, os PJs se de-
param com um interior imundo e lotado.
O cheiro de corpos sujos, comida cozinhando, restos fisiológicos, e do-
enças velhas chega até suas narinas quando vocês entram nos confins
obscurecidos do templo abandonado. O antigo santuário, que um dia
foi coroado com as riquezas dos seus adoradores, agora está cheio de
casebres e dormitórios formados por paredes cruamente erguidas com
madeira roubada e lençóis esfarrapados. Sob suas cabeças vocês veem
uma grande varanda cobrindo a frente do templo. Um número de cor-
redores desorganizados e plataformas se penduram dos pilares de su-
porte, formando um serpenteante e inseguro segundo andar no cortiço.
13
 PERIGOS NO TEMPLO-CORTIÇO
Apesar dos residentes do antigo templo evitarem os PJs, existe
sempre a chance de algo inesperado acontecer. O PJ com a pior
pontuação de Sorte deve realizar um teste. Em um teste falho,
um encontro com algum dos habitantes do templo-cortiço acon-
tece. Role 1d3 para determinar o evento.
1. Criança de Rua: Uma criança suja se aproxima dos PJs pe-
dindo esmola. O garoto de rua implora por um resto de
comida, uma moeda, ou uma peça de roupa indesejada,
pedindo com sua voz desesperada e olhos grandes. Se os
PJs se negarem, os deuses percebem e cada um dos per-
sonagens perde um ponto de Sorte. Dar à criança alguma
coisa, entretanto, faz com que eles sejam marcados como
“possuidores de um bom coração” e eles são logo cercados
por outras crianças e adultos pedintes. Um teste de Perso-
nalidade de CD 12 os assusta e os manda embora. Se os PJs
resolverem o encontro com violência, eles perdem 2 pontos
de Sorte cada um.
2. Praga: Um febril ocupante do cortiço dobra em uma esquina
e inesperadamente tosse uma chuva de saliva sanguinolenta
no rosto de um PJ aleatório. O PJ deve realizar uma joga-
da de proteção de Fortitude com CD 10 ou contrair a Tosse
Sangrenta. Essa doença se manifesta em 1d4 dias e resulta
em uma perda de 1 ponto de Vigor a cada dia por 2d7 dias.
No fim desse tempo, o PJ faz outra jogada de proteção de Se os PJs demonstrarem uma quantidade apropriada de respei-
Fortitude com CD 10 para se recuperar. Se falhar, a doença to pela gangue, respondendo as suas ameaças com uma atitude
continua por mais 2d7 dias. Um PJ que reduzir seu Vigor a mansa ou tratando-os como oponentes superiores, permita que
0, morre. Os cirurgiões-barbeiros de Lankhmar podem tra- eles realizem um teste de Personalidade de CD 10. Um teste
tar essa doença com uma chance de 50% de sucesso na cura. bem-sucedido convence os Reis Aranha que os PJs estão sufi-
3. Cabana Frágil: Uma frágil parede de madeira se quebra cientemente intimidados. PJs abertamente bajuladores só preci-
quando um PJ aleatório passa por ela, talvez causada pelo sam ser bem-sucedidos em um teste de Personalidade de CD 8,
tempo ou pela descoordenação do próprio PJ. Os ocupan- cujo sucesso convence a gangue que eles não são ameaça e nem
tes, uma família de quatro indivíduos, surgem para repre- mesmo são dignos de uma surra. PJs atrevidos que desafiarem
ou insultarem os Reis Aranha são imediatamente atacados.
ender os PJs, exigindo dinheiro pelos danos.
A gangue exige que o grupo pague tributo aos Reis Aranha se
eles quiserem permanecer em sua propriedade. O pedágio é de
EVENTO 4: AS TEIAS DOS ARANHAS um rilk de ouro por cada um (2, se os PJs aparentarem melhores
condições). Falhas em pagar a taxa são punidas com violência
com a intenção de roubar totalmente o grupo.
A menos que os PJs estejam sobrenaturalmente escondidos, sua Membros da Gangue dos Reis Aranha (2): Iniciativa +1; Ata-
presença é eventualmente notada pelos Reis Aranha. A gangue os ques Espada Curta +1 corpo a corpo (1d6) ou Clava +1 corpo a
confronta antes que eles alcancem o Pináculo no fundo do templo. corpo (1d4); CA 12; DV 1d4+2; PV 4 cada; Movimentação 9 m;
Ação 1d20; Poderes Especiais nenhum; Jogadas de Proteção For-
Os desesperados e destituídos residentes do cortiço abruptamente de-
titude +2, Reflexos +1, Vontade -1; AL C (Alinhamento Caótico).
saparecem das vistas, deslizando para dentro de seus casebres e desa-
parecendo na escuridão como uma presa que sente o cheiro do seu pre- Gravak, o líder dos Reis Aranha: Iniciativa +2; Ataques Espada
dador. Aparecendo ao redor de vocês tão subitamente quanto o sumiço Curta +2 corpo a corpo (1d6+2); CA 14; DV 2d6; PV 9; Movimenta-
dos residentes, indivíduos de aparência severa surgem em quantidade. ção 9 m; Ação 1d20; Poderes Especiais nenhum; Jogadas de Proteção
Desembainhando porretes e espadas, cada um possui uma tatuagem Fortitude +3, Reflexos +3, Vontade +1; AL C (Alinhamento Caótico).
de uma aranha escalando sua bochecha. Atrás do maior dos tatuados Yohmanus, Mago Alcoólatra: Iniciativa +0, Ataques Adaga
existe um alto e magro homem vestido com mantos manchados de vi- +0 corpo a corpo (1d4) ou Magia; CA 11; DV 3d4; PV 6; Movi-
nho. Seus olhos sobrenaturais e enlouquecidos não piscam em sua face. mentação 9 m; Ação 1d20; Poderes Especiais magias (+2 para
O líder, Gravak (o homem à frente do mago), exige saber por- jogadas de conjuração: ampliar, escudo mágico), spray de aranhas
que os PJs estão no território dos Reis Aranha sem permissão, (efeito mágico: +2 ataque à distância [1d5 de dano, afeta até dois
alvos adjacentes], alcance de 9 m); Jogadas de Proteção Fortitu-
enquanto o resto da gangue os ameaça com suas armas. A gan-
de +0, Reflexos +1, Vontade +2; AL C (Alinhamento Caótico).
gue está em busca de duas coisas do grupo: 1) uma demonstra-
ção de respeito e 2) dinheiro. Falhas em fornecer qualquer um Encontro Alternativo para Grupos Maiores: Aumente o núme-
destes desejos acabarão em espancamento. ro de Membros da Gangue para quatro.

14
Uma luta com a gangue alerta mais dos Reis Aranha sobre a
confusão, e mais 1d4 membros da gangue chegam em três ro-
dadas. Se Gravak for morto, os membros sobreviventes da gan-
gue fogem e o grupo ganha uma grande brecha de tempo pelo
restante da sua permanência no templo-cortiço. Os Reis Aranha
não irão ajudar os PJs com boa vontade sem compulsão mágica.
Cada membro da gangue possui 1d10 peças de prata. Gravak
tem um adicional de 2d4 peças de ouro. Yohmanus carrega ape-
nas uma garrafa de vinho.
O PINÁCULO
O pináculo ascendente que se projeta do topo da construção per-
manece acima de uma base grossa dentro do templo. Essa estrutu-
ra está localizada perto do fundo do templo-cortiço e é decorada
com um número de gravuras em baixo-relevo. Esses ícones reli-
giosos estão obscurecidos pela sujeira e por grafite, mas fornecem
pistas sobre a entrada secreta para os tesouros dentro do pináculo.
Área 2-1 — A Entrada do Pináculo: Um grande pilar se ergue
próximo ao fundo do antigo templo, subindo do chão até o teto. Medin-
do cerca de 18 metros quadrados, o suporte de pedra está desfigurado
pela sujeira, fuligem e grafite deixados pelas gerações de pobres mora-
dores. Fracamente visíveis sob a sujeira que os obscurecem, existem
baixos-relevos localizados 3 metros acima do pilar.
Existem quatro figuras em baixo-relevo no pilar. Elas são, em
sentido horário para o leste, um cálice, elos de correntes, uma
lua crescente e uma caveira usando uma máscara de estilo do-
minó. A entrada secreta para o interior do Pináculo é localizada
abaixo da caveira. PJs que especificamente procurarem essa se-
ção na parede automaticamente descobrem a passagem secreta;
de outra forma, um teste de Inteligência de CD 15 é necessário
para achar a entrada.
A porta secreta é uma parte da parede que se move para trás
quando suas pedras são pressionadas simultaneamente. Fecha-
da e sem os devidos cuidados pelos séculos, a parede range ao
ser aberta, jogando uma nuvem de poeira e teias de aranha nos
rostos dos PJs. Depois de abrir apenas alguns centímetros, o
som de metal estalando e de contrafortes se quebrando são ou-
vidos no interior da parede. O mecanismo que permite a porta
se abrir está quebrado, deixando-a entreaberta. Os PJs podem
se espremer pela abertura, mas não existe maneira de fechar
a porta novamente, ou esconder o seu ponto de entrada. Isso
deve convencê-los a agir rápido antes que os outros descubram
o caminho escondido!
Área 2-2 — A Escadaria do Tesouro: Além da entrada secreta
existe uma câmara quadrada e empoeirada. Toda a superfície está co-
berta por um grosso tapete de poeira. Uma escada de pedra ascende
nas paredes da câmara, erguendo-se no meio da escuridão. Além das
suas respirações, o quarto é silencioso, mas vocês têm a desconfortável
sensação de que existe alguma coisa ali.
A escadaria não tem corrimão e é construída com placas de pedra
diretamente fincadas nas paredes. Espaços entre os degraus fazem
as escadas parecerem mais com linhas de dentes quebrados do que
com uma escadaria, mas essa aparência não impede sua subida.
A escada termina em uma porta trancada que dá para a área 2-3.
Área 2-3 — Closet: Vestimentas cobertas de poeira estão pendura-
das nos ganchos das paredes dessa pequena câmara. Tochas apagadas
podem ser vistas em arandelas de bronze nas paredes norte e leste.
Também nessas paredes, existem duas fileiras de máscaras esculpidas
em algum tipo de madeira escura. Um tapete antigo e mofado atraves-
sa o chão sob uma camada de poeira cinza. Uma porta guia a saída da
sala na parede sul.
A abertura da porta despertou a consciência sombria que ha-
bita nas Máscaras Douradas de Djil, fazendo com que elas en-
viassem seu poder para sondar aqueles que as perturbam. Estes
poderes invisíveis se infiltram nas vestes antigas dentro dessa
sala e as manipulam para enfrentar os PJs. Quando o grupo en-
tra, algumas das vestes sacodem a poeira e escorregam de seus
ganchos, aproximando-se dos PJs com seus capuzes vazios os
encarando e suas mangas flácidas estendidas para alcançá-los.
Vestes Animadas (2): Iniciativa +1; Ataques Sufocamento +2
corpo a corpo (1d3); CA 10; DV 1d5+2; PV 7 cada; Movimenta-
ção 9 m; Ação 1d20; Poderes Especiais sufocamento (se enrola
no rosto da vítima e causa 1d3 de dano a cada rodada; exige um
teste de Força de CD 10 para ser removida, mas a vítima sofre
uma penalidade de -1d na tentativa. Outros podem auxiliar sem
nenhuma penalidade); sofre dano dobrado causado por fogo;
recebe metade do dano em ataques não letais, imune a danos
perfurantes, imune a magias que afetem a mente, incluindo
sono; Jogadas de Proteção Fortitude +2, Reflexos +1, Vontade
+0; AL N (Alinhamento Neutro).
Encontro Alternativo para Grupos Maiores: O número de Vestes
Animadas é igual a quantidade de integrantes do grupo menos um.
Existem doze máscaras de madeira organizadas em duas linhas
de seis. Elas estão penduradas em parafusos de ferro. Cada
máscara representa uma face feminina angular e é esculpida
com grande habilidade em ébano de Klesh, dando a elas uma
cor de um profundo índigo. Inspecionar o interior da máscara
revela que a boca e o nariz são cobertos por um tecido denso,
também de uma tonalidade púrpura e escura. Esses filtros de
tecido protegem o usuário da inalação das especiarias na área
2-4. Cada máscara vale 10 smerducks para compradores e cole-
cionadores de parafernálias religiosas.
Área 2-4 — A Cripta da Irmandade: As portas para essa câ-
mara estão emperradas, exigindo um empurrão do visitante
(nenhum teste de força é necessário, entretanto). Qualquer um
que inspecione a porta percebe que a parte de baixo do portal
possui uma faixa de tecido que tampa a abertura entre a porta e
o chão do corredor, criando uma barreira. Esse tecido mantém
as especiarias da próxima sala retidas dentro dela.
Silêncio e um ar coberto de poeira preenchem a câmara atrás da porta.
Como abaixo, essa câmara é coberta por uma intocada camada de poeira
cinzenta. Oito caixões de pedra, arrumados em duas linhas de quatro,
ocupam essa câmara, que se trata aparentemente de uma cripta. Acima
de cada um dos incolores blocos de pedra existe uma forma humanoide
coberta de uma mortalha cinza. Um brilho é fracamente visível através
da poeira nos tecidos. O ar tem um cheiro de fragrâncias exóticas e po-
eira. Uma porta leva até uma saída no outro lado da câmara.
As exaltadas irmãs dos Mistérios de Djil foram enterradas aqui
após suas mortes. Cada corpo passou por preparações funerá-
rias para preservá-los. Para atrasar a decomposição dos restos
mortais, especiarias exóticas e psicoativas foram usadas nos ri-
tuais funerários. Qualquer invasor de tumbas que entre nessa
cripta estará exposto a esses químicos.
15
 Cada PJ que não esteja usando uma das máscaras da área 2-3 ou
de outra forma tomando precauções contra o veneno inalado
deve realizar uma jogada de proteção de Fortitude com CD 10,
depois de ficar mais do que um minuto nessa sala. Falhar na
jogada de proteção indica que o indivíduo é afetado pelas espe-
ciarias, o que intensifica um de seus defeitos morais ou pecados.
O juiz pode escolher um efeito mais apropriado para o PJ (Ira
para um PJ berserker, por exemplo), ou rolar 1d7 para determi-
nar um efeito aleatoriamente.
Tabela de Efeitos das Especiarias da Cripta
d7 Pecado Intensificado pela Exposição às Especiarias
1 Inveja: O PJ fica com inveja de um membro aleató-
rio do grupo, invejando suas habilidades, aparência,
equipamento, etc. O indivíduo afetado vai se esforçar
para tentar superar o indivíduo em questão, arriscan-
do ações muito além de suas capacidades em um es-
forço para impressionar.
2 Gula: O PJ desenvolve um apetite voraz por comida
e bebida, deixando de lado todas as outras atividades
para ceder a esse instinto pecador. O indivíduo afe-
tado consome toda a comida e bebida que carrega, se
recusando a realizar qualquer outra ação. Uma vez
que a refeição tenha sido terminada (ou caso o PJ não
possua mais comida e bebida), existe uma chance de
50% de que ele não se sinta satisfeito e tente adquirir
mais comida, até mesmo fazendo uso de violência fí-
sica para roubá-la de um outro indivíduo.
3 Ganância: O PJ se torna louco por tesouros luxuo-
sos, procurando sempre adquirir a maior parte dos
tesouros. Toda vez que um objeto de valor estiver ao
seu alcance, existe uma chance de 50% de que o PJ
diretamente tome-o para si, inclusive apelando para
violência se for necessário.
4 Luxúria: O PJ passa a ser atraído fisicamente por ou-
tro indivíduo e fará grandes sacrifícios para ganhar
sua afeição, tomando riscos imprudentes, desenvol-
vendo comportamentos debochados, oferecendo pre-
sentes, e até mesmo cegamente obedecendo aos co-
mandos do alvo da afeição.
5 Preguiça: O PJ se recusa a fazer qualquer coisa além
de descansar e deixar todo o resto do grupo fazer o
trabalho pesado. Nem mesmo ameaças ou violência
física são suficientes para fazê-lo se mover de sua lo-
calização atual.
6 Orgulho: O PJ se considera superior aos seus companhei-
ros, emitindo ordens como um lorde e esperando que
seus comandos sejam obedecidos. Falhar em realizar as
atribuições ordenadas resulta ou em uma fúria (50% de
chance) ou em uma atitude irritada de “Se você quiser
algo bem feito, faça você mesmo” (50% de chance).
7 Ira: O PJ é dominado por uma raiva não direciona-
da e facilmente ataca a primeira pessoa ou objeto que
atrair a sua atenção. Essa fúria continua até que o alvo
seja derrubado ou o indivíduo furioso o seja.
O efeito permanece por uma hora ou até que seja dissipado. Su-
perar os efeitos das especiarias pode ser um feito a ser tentado
com teste de Sorte, como se o personagem estivesse curando
um ferimento e recebendo o valor de 5 ou mais ou por incapa-
citação. Um indivíduo afetado que seja derrubado ou colocado
para dormir (seja por meio de magia ou por uma pancada na
cabeça) acordará com a mente limpa.
16
A cripta pode ser limpa de seu ar debilitante se ambas as portas
forem deixadas abertas por uma hora, ou por meio de interven-
ções que acelerem a ventilação (agitando capas ou lençóis para
arejar o espaço, por exemplo). Entretanto, se a cripta for ventila-
da, os agentes da Guilda dos Ladrões terão mais facilidade para
surpreender os PJs (veja o Evento #4 abaixo).
O brilho debaixo das mortalhas é uma gargantilha decorada
com joias que está adornando cada um dos corpos mumifica-
dos. As pedras são ametistas roxo-escuras, quase pretas. Cada
uma vale 10 rilks, mas remover as pedras exige uma segunda
exposição para as debilitantes especiarias e uma penalidade de
-2d para a jogada de proteção. A concentração de especiarias é
tão alta nas mortalhas que até os PJs usando as máscaras devem
realizar a jogada de proteção, mas sem a penalidade.
Área 2-5 — A Porta do Reliquário: Uma porta aparentemente
sólida, feita de ferro negro, permanece margeada por uma moldura de
pedra grossa. A face da porta é decorada com sete máscaras, cada uma
representando uma face feminina angular. Elas estão posicionadas em
um padrão de espiral. No centro do espiral, em vez de uma máscara,
existe uma placa de bloqueio oval com uma fechadura embutida.
A porta está trancada e possui uma armadinha. A Chave des-
tranca a porta, mas, em adição às precauções tomadas contra
ladrões, a armadilha é desativada apenas se a Chave for girada
em sentido horário (em direção as Terras do Leste, onde Djil se
originou). Se for girada em sentido anti-horário, a armadilha é
ativada como detalhado abaixo.
A armadinha é formada por uma série de tubulações que joga
um jato de uma solução altamente corrosiva em uma área de
3 metros quadrados na frente da porta. Essas tubulações são
escondidas atrás dos olhos das máscaras na porta. Um teste de
Inteligência de CD 12 para encontrar armadilhas (habilidade de
Ladrão) percebe que os olhos das máscaras possuem abas mó-
veis de ferro. Essas abas se abrem quando a armadilha é ativada.
Um teste de Inteligência de CD 15 ou encontrar armadilhas (ha-
bilidade de Ladrão) descobre que o buraco da fechadura possui
pinos que não deveriam estar ali. Esses pinos são conectados à
armadilha. Evitar esses botões com um teste de encontrar arma-
dilhas (habilidade de Ladrão) de CD 12 mantém a armadilha
inativa independente do lado do giro da chave.
Se a armadilha for ativada, todos dentro da área do jato devem
realizar uma jogada de proteção de Reflexos de CD 11 ou sofrer
1d5 pontos de dano ácido. Colocar um obstáculo na frente das
abas nos olhos das máscaras (um escudo, por exemplo) previne
que os jatos atinjam a área de efeito, mas dissolverá a obstrução,
tornando-a inútil. A armadilha funciona uma única vez, já que
os reservatórios da solução estão exauridos.
Área 2-6 — O Reliquário: A câmara além da porta tem um teto bai-
xo e é sombria. A poeira que preenche os ambientes no interior do Piná-
culo parece ser menos pesada aqui, como se as brisas tivessem espalhado
a poeira durante os longos anos de abandono do templo. As sombras pa-
recem mais cinzas do que pretas nessa câmara, possivelmente por causa
das teias de aranha. Na escuridão cinzenta, sete faces douradas brilham.
Essa câmara é o lar das Máscaras Douradas de Djil. Por um
século elas ficaram adormecidas aqui, sonhando seus sonhos
tingidos com os pecados que elas absorveram. Agora, alguém
chegou para libertá-las.
As sombras cinzentas não são teias de aranha, mas fios empoei-
rados de ectoplasma, uma substância sobrenatural tecida com
os pecados absorvidos pelas Máscaras e excretados ao longo
dos anos. Este visco cobre as paredes e as seções do chão abaixo
das Máscaras, e se acumulam nos cantos. Qualquer persona-

gem que se mova pela câmara e deseje evitar o material cin-
zento deve gastar um ponto de Sorte para evitar o contato com
a substância. Aqueles que não desejarem queimar Sorte e que
pisem ou encostem na substância, se tornam momentaneamen-
te presos (-1 dado de penalidade para a próxima rolagem que
o PJ realize). O PJ também experiencia uma breve alucinação
de algum pecado antigo, como um assassinato brutal, um caso
amoroso ilícito, um roubo descarado, etc.) – ele absorve a me-
mória de um pecado antigo que foi tecido na substância.
As Máscaras Douradas são animadas e possuem uma astúcia
maléfica. Apesar de um dia terem sido instrumentos da deusa
Djil, elas se corromperam pelos pecados que absorveram e pelo
seu longo abandono. Elas buscam escapar da sua prisão e dis-
seminar sua mácula sobre Lankhmar. Uma vez que pelo menos
metade do grupo entre na sala, as Máscaras se livram de suas
amarras e flutuam no ar procurando pela saída.
Máscara Dourada (3): Iniciativa +2; Ataques Esmagar +2 cor-
po a corpo (1d3) ou Raio +1 ataque à distância (1d5+1 Perso-
nalidade); CA 14; DV 2d6+2; PV 9 cada; Movimentação 12 m
voar; Ação 1d20; Poderes Especiais ataque de raio (causa dano
psíquico ao alvo; a vítima que sofre dano igual ou maior que a
sua pontuação de Personalidade se torna escravizada pela Más-
cara, agindo como se estivesse enfeitiçada), imune a magias que
afetem a mente; Jogadas de Proteção Fortitude +1, Reflexos +5,
Vontade +0; AL C (Alinhamento Caótico).
Máscara da Alta Sacerdotisa (1): Iniciativa +3; Ataques Esma-
gar +2 corpo a corpo (1d4) ou Raio +2 ataque à distância (1d6+1
Personalidade); CA 14; DV 4d6+2; PV 14; Movimentação 12 m
voar; Ação 1d20; Poderes Especiais ataque de raio (causa dano
psíquico ao alvo; a vítima que sofre dano igual ou maior que a
sua pontuação de Personalidade se torna escravizada pela Más-
cara, agindo como se estivesse enfeitiçada), imune a magias que
afetem a mente; Jogadas de Proteção Fortitude +2, Reflexos +5,
Vontade +0; AL C (Alinhamento Caótico).
Encontro Alternativo para Grupos Maiores: As Máscaras Douradas
restantes podem ser animadas, fazendo todas as sete serem ativas.
As Máscaras tentam primeiramente escravizar os PJs, concen-
trando seus raios em um ou dois alvos em uma tentativa de
rapidamente sobrecarregar suas mentes. As Máscaras fazem
com que um alvo escravizado ceda a um dos sete pecados (veja
a área 2-4 para possíveis reações do PJ), mas também ativa a
sua Ira para atacar seus companheiros em defesa das Máscaras.
Uma vez que os ladrões chegam (veja Evento #5 abaixo), eles
também serão alvos viáveis e as Máscaras irão atacá-los da mes-
ma maneira durante a batalha.
Se as Máscaras sofrerem mais de 50% de baixas durante a batalha,
elas procurarão servos menos formidáveis. Elas saem pelas portas
e descem as escadas, se dirigindo para o térreo do templo-cortiço.
Cada uma das Máscaras vale 200 rilks de ouro, mas apenas se
estiverem intactas. Uma Máscara quebrada tem seu valor redu-
zido para 50 rilks de ouro. A Máscara da Alta Sacerdotisa vale
500 rilks de ouro, mas apenas 100 rilks se estiver danificada.
EVENTO 5: A GUILDA
DOS LADRÕES CHEGA
As coisas irão ficar muito interessantes para os PJs agora (e um
pouco complexas para o juiz, então preste atenção). A Guilda dos
Ladrões tem seguido os PJs com intenção de adquirir as Másca-
ras Douradas para eles. A Guilda não teria problemas em deixar
com que os PJs sofram os maiores riscos, e então roubá-los depois
de adquirirem o tesouro. Um grupo de ladrões está seguindo os
jogadores desde que eles escaparam da mansão de Igrik.
Os Ladrões seguiram o grupo até o templo-cortiço, permanecen-
do atrás deles com alguma distância desde que entraram no Pi-
náculo. A menos que os PJs tenham tomado precauções para pro-
teger sua retaguarda de acordo com o seu avanço pelo Pináculo,
é esperado que os ladrões permaneçam indetectados. Os agentes
da Guilda alcançam a área 2-1 assim que a luta no Reliquário
começa. Cada ladrão deve realizar uma jogada de proteção de
Fortitude com CD 10 enquanto atravessam a cripta, potencial-
mente sucumbido às especiarias que preenchem o ar do ambien-
te. Se assim o fizerem, os PJs podem detectá-los enquanto eles
lutam uns contra os outros. Se isso acontecer, um teste de Sorte
realizado por qualquer PJ perto da porta do Reliquário detecta a
presença dos ladrões, permitindo que eles se preparem.
Se não forem detectados, os ladrões alcançam o Reliquário três
rodadas depois das Máscaras se animarem. Eles se movem para
dentro da câmara, usando seus ataques de porrete e ataques furti-
vos para dominar os PJs antes de tentar capturar as Máscaras em
seus sacos. A intenção dos ladrões é de capturar quantas Máscaras
forem possíveis antes de fugir. Se os PJs (e as Máscaras) se prova-
rem ser um desafio maior do que o esperado, a Guilda interrompe
os esforços e foge de mãos vazias ou com quaisquer Máscaras que
eles tenham conseguido capturar nos sacos. Essa ação pode levar
a uma Perseguição nos Telhados (veja o Evento #6).
Membros da Guilda dos Ladrões (3): Iniciativa +2; Ataques Es-
pada Curta +1 corpo a corpo (1d6) ou Porrete +1 corpo a corpo
(1d3/2d6 dano não letal); CA 13; DV 1d6+1; PV 7 cada; Movi-
mentação 9 m; Ação 1d20; Poderes Especiais saco raptor (veja
abaixo); Jogadas de Proteção Fortitude +1, Reflexos +2, Vontade
+0; AL C (Alinhamento Caótico).
17
 Encontro Alternativo para Grupos Maiores: Existe um ladrão
para cada personagem.
Cada ladrão carrega consigo um saco de tecido com um cordão
que é grande o suficiente para caber uma cabeça humana. Os sa-
cos são mergulhados em ervas soníferas que induzem a inconsci-
ência se o saco for envolvido sobre a cabeça de uma vítima (ata-
que +1 corpo a corpo, jogada de proteção de Fortitude com CD
10 ou o indivíduo cai inconsciente por 1d10 minutos). Os ladrões
tentam usar esses sacos para capturar as Máscaras animadas. Um
ataque bem-sucedido contra as Máscaras as captura dentro do
saco, aprisionando-as. Enquanto aprisionadas no saco, o raio das
Máscaras é inútil e não produz força suficiente para escapar do
saco de tecido. Apenas a destruição do saco ou deliberadamente
libertar as Máscaras aprisionadas permite que elas escapem.
EVENTO 6: A FUGA
DAS MÁSCARAS
Se o combate se tornar desfavorável às Máscaras, elas voam para
a porta e escapam do Pináculo (todas as portas entre a área 2-6 e a
saída foram deixadas abertas pelos ladrões para garantir uma fuga
rápida). Uma vez que as Máscaras alcancem o andar do térreo do
templo-cortiço, elas usam seus raios para afetar a maior quanti-
dade possível de residentes. Como a maioria dos oprimidos re-
sidentes possuem mente fraca, as Máscaras rapidamente reúnem
muitos deles sob seus comandos. Aqueles que sucumbirem para
os raios das Máscaras cedem aos seus mais obscuros pecados.
Os PJs encontram o cortiço em um estado de caos total, com
os residentes dominados pelas Máscaras sendo maculados por
muitos pecados. Assassinato, gula, luxúria, inveja, orgulho e fú-
ria estão espalhados pela multidão de residentes do nível térreo
do cortiço. Leia o seguinte:
18
O interior do cortiço se tornou um sanatório. As Máscaras que escapa-
ram se movimentam sobre as cabeças dos habitantes enfurecidos, com
seus raios de poder da cor de hematomas atingindo todos os lugares,
enviando os alvos para um frenesi de atividade pecaminosa. Lares em
ruínas estão sendo derrubados por vizinhos invejosos, almas seminu-
as riem enquanto procuram por amores carnais, vítimas de violentos
roubos estão caídos nas lajes sujas enquanto gritam e sangram, e mul-
tidões cheias de ira derramam seu ódio em qualquer um que chegue
perto demais. Para o seu choque, parece que as Máscaras estão indo
em direção à saída do cortiço, com a intenção de jorrar a sua influência
corrompida nas ruas da cidade. Elas devem ser impedidas!
Destruir as Máscaras coloca um fim a sua dominação sobrena-
tural sobre os residentes do cortiço, mas antes que esse objeti-
vo possa ser alcançado, os PJs devem atravessar a loucura dos
pecados. Cada PJ realiza um teste de Sorte. Caso falhe, eles se
deparam com uma das seguintes situações:
1. Multidão libertina: Um grupo seminu de indivíduos ten-
tam trazer o PJ para dentro de suas excentricidades. Encare
como um ataque de agarrão (veja o livro de regras Dungeon
Crawl Classics). O grupo tem um bônus de +8 em seu ataque
de agarrão devido a quantidade de seus membros. Se agar-
rado, o personagem se torna preso pelo grupo e deve que-
brar o agarrão para escapar. Outros personagens podem au-
xiliar; cada um que auxilie garante para a vítima um bônus
de +2 para a rolagem na tentativa de quebrar o agarrão.
2. Multidão furiosa: Um enxame de residentes, domina-
dos pela ira, ataca o PJ. Trate a multidão como um úni-
co monstro, que se for reduzido a zero pontos de vida
se dispersará e não irá mais ameaçar o jogador.
Multidão Furiosa (1): Iniciativa +3; Ataques Armas Improvisa-
das +3 corpo a corpo (1d4); CA 9; DV 4d8; PV 18; Movimentação
9 m; Ação 1d20; Poderes Especiais ataca todos os alvos em uma
área de 3 m quadrados, imune a todos os danos críticos, não pode
causar danos críticos aos oponentes; Jogadas de Proteção Fortitu-
de +4, Reflexos -2, Vontade -3; AL N (Alinhamento Neutro).
3. Bando de ladrões: Uma horda gananciosa de residentes tenta
roubar todas as posses mundanas do PJ. Encare como um ata-
que de agarrão (veja #1 acima). Caso agarrado, o PJ é contido
e a cada rodada ele perde 1d4 de suas posses, tais como ar-
mas, armaduras, bolsa de moedas, etc. É possível escapar do
agarrão como citado acima ou dispersar a multidão com vio-
lência (trate como CA 9 e com PV 10. Reduzir a multidão para
0 pontos de vida faz com que os ladrões corram para longe
com uma chance de 50% de derrubar os objetos roubados).
As Máscaras estão a 18 m de distância dos PJs quando o grupo
sai do Pináculo, mas as condições da multidão e dos pecadores
furiosos dificultam a perseguição. A velocidade dos PJs é redu-
zida em -3 metros por rodada a menos que eles possam abrir
seu caminho pelos numerosos pecadores. Fazer isso exige uma
espetacular demonstração de magia (automaticamente bem-su-
cedida), ou que as armas sejam empunhadas de uma maneira
ameaçadora (um teste de Personalidade com CD 10 enquanto
brandindo as armas irá abrir o caminho) ou por empurrões e
ameaças proferidas (o que abre um caminho com um teste de
Força ou Personalidade de CD 15). As Máscaras não são afetadas
pela multidão ou pelo interior confuso do cortiço, mas estão in-
tencionadas a espalhar sua corrupção com seus ataques de raios,
o que reduz a velocidade delas em 6 metros a cada rodada.
As Máscaras flutuantes estão a 24 metros de distância das por-
tas quando os PJs chegam, dando ao grupo quatro rodadas pra
alcançar e/ou impedir que as máscaras alcancem as ruas de
Lankhmar.
Máscara Dourada (pode variar): Iniciativa +2; Ataques Esma-
gar +2 corpo a corpo (1d3) ou Raio +1 ataque à distância (1d5
Personalidade); CA 14; DV 2d6+2; PV 9 cada; Movimentação
9 m voar; Ação 1d20; Poderes Especiais ataque de raio (causa
dano psíquico ao alvo; a vítima que sofre dano igual ou maior
que a sua pontuação de Personalidade se torna escravizada pela
Máscara, agindo como se estivesse enfeitiçada), imune a magias
que afetem a mente; Jogadas de Proteção Fortitude +1, Reflexos
+5, Vontade +0; AL C (Alinhamento Caótico).
Máscara da Alta Sacerdotisa (se aplicável): Iniciativa +3; Ata-
ques Esmagar +2 corpo a corpo (1d4) ou Raio +2 ataque à dis-
tância (1d6+1 Personalidade); CA 14; DV 4d6+2; PV 14; Movi-
mentação 12 m voar; Ação 1d20; Poderes Especiais ataque de
raio (causa dano psíquico ao alvo; a vítima que sofre dano igual
ou maior que a sua pontuação de Personalidade se torna escra-
vizada pela Máscara, agindo como se estivesse enfeitiçada), imu-
ne a magias que afetem a mente; Jogadas de Proteção Fortitude
+2, Reflexos +5, Vontade +0; AL C (Alinhamento Caótico).

PERSEGUIÇÕES
Perseguições pelas ruas da cidade e pelos telhados são eventos comuns em uma campanha urbana. Regras completas para orientar
essas eletrizantes atividades irão aparecer em futuros lançamentos da linha Lankhmar para DCC RPG. Até lá, use o seguinte sistema
se os PJs acabarem perseguindo os ladrões através dos telhados.
• Cada participante de uma perseguição deve realizar um teste de Força ou Agilidade a cada rodada. Nessa perseguição pelos
telhados, o teste tem CD 13. Os ladrões têm um modificador de +1 para o seu teste, independentemente do tipo. Eles começam a
perseguição com 2 sucessos devido a sua posição frontal na perseguição.
• Se os ladrões realizarem seis testes bem-sucedidos, eles alcançam o Beco do Cachorro Morto e desaparecem no labirinto que é
formado pelos becos de Lankhmar. Se um PJ realizar mais testes bem-sucedidos do que os ladrões, ele os captura antes que eles
escapem e o combate acontece.
• Se um participante rolar um 5 ou menos em seu teste, uma complicação acontece. Veja abaixo as possíveis complicações.
• Um participante cuja velocidade seja o dobro da velocidade daqueles que estejam sendo perseguidos ou daqueles que o perse-
guem, automaticamente ganha um sucesso a cada rodada e pode realizar um teste de Força/Agilidade para acumular outro.
• Um participante pode se negar a realizar seu teste por uma rodada para aumentar a dificuldade do teste de qualquer perseguidor.
Em vez de continuar a correr, o indivíduo perseguido realiza uma manobra para aumentar a sua probabilidade de escapar. A
ação exata é deixada ao critério do juiz, mas possíveis métodos de evasão incluem derrubar uma tábua que faz uma ponte entre
os telhados de duas construções, derrubar um objeto para criar um obstáculo, atravessar um varal de roupas para ocultar a visão
dos perseguidores, etc. Isso aumenta o CD do próximo teste de Força ou Agilidade do perseguidor para 15.
• Um ladrão pode parar de fugir e entrar em combate com o PJ. Se o PJ escolher lutar com o ladrão, ele não pode realizar o teste
de Força ou Agilidade para ganhar sucessos na perseguição até que o combate termine. Um PJ pode também escolher fugir do
ladrão, seja realizando uma jogada de proteção de Reflexos contra o dado de ataque do ladrão, ou com um Feito Extraordinário
de Combate. Se bem-sucedido, o PJ ultrapassa o ladrão e continua a perseguição sem interrupção, realizando um teste de Força
ou Agilidade normalmente naquela rodada. O ladrão pode perseguir ou tentar interceptar outros PJs.
Complicações
1. Os pés do participante ficam presos por um ponto enfraquecido do telhado. Ele deve gastar uma rodada libertando a si mesmo,
além de perder um sucesso dos adquiridos no total, se possuir algum.
2. O participante passa por com um conjunto de telhas escorregadias e deve realizar uma jogada de proteção de Reflexos com CD 8.
Se falhar, o indivíduo cai e sofre 1d4 pontos de dano. Se o resultado da jogada de Reflexos for um “1” natural, o participante cai
do telhado e sofre 2d6 pontos de dano.
3. Os passos do participante fazem uma instável cisterna, pombal ou chaminé desabar. A pessoa responsável deve realizar uma
jogada de proteção de Reflexos com CD 10 ou receber 1d3 pontos de dano e ser derrubado no chão pelos detritos. Todos os parti-
cipantes da perseguição atrás da pessoa têm o seu CD nos testes de Força/Agilidade aumentados para 15 por uma rodada já que
eles precisam manobrar pelos detritos espalhados.
4. O participante derruba um objeto que está sendo carregado quando ele quase perde seu equilíbrio, e deve agir rapidamente para
evitar cair. Um PJ derruba sua arma se estiver carregando uma, enquanto um ladrão pode derrubar sua arma (50% de chance) ou
o saco que guarda a Máscara (50% se aplicável). Um saco derrubado colide contra o chão abaixo, quebrando a Máscara e redu-
zindo seu valor para 50 rilks.

19
 Destruir as Máscaras antes que elas deixem o cortiço previne a
catástrofe na cidade, mas infelizmente prejudica os rendimentos
financeiros. Quando as Máscaras se quebram, seus fragmentos
dourados caem no chão. Os residentes necessitados agem rapi-
damente para capturar os fragmentos valiosos e depois desa-
parecem nas multidões. Por fim, os personagens só conseguem
recuperar fragmentos que valem 20 rilks, uma mera porção do
potencial valor das Máscaras.
EVENTO 7: A FUGA DOS LADRÕES
Esse evento ocorrerá se a Guilda dos Ladrões conseguiu adqui-
rir uma ou mais das Máscaras, e escolheu fugir em vez de ficar
FINALIZANDO A AVENTURA
provável que os PJs, forçados pela ameaça que as Másca-
E ras Douradas implicam à Lankhmar, destruam a maior
parte das relíquias douradas, tornando-as impotentes e
com grande perda de seu valor comercial. Dependendo do nú-
mero de PJs na aventura, algumas ou todas as Máscaras podem
ter sido danificadas. O grupo pode se confortar sabendo que eles
evitaram que a cidade de Lankhmar fosse mergulhada em um
turbilhão caótico de pecados, mas esse pensamento não conse-
gue comprar vinho ou alojamentos durante a noite. O grupo es-
perançosamente aprendeu que suas habilidades combinadas se
complementam, e sua união é promissora para futuras aventu-
ras em Lankhmar como um grupo. Contemplem! Um grupo de
aventureiros (e uma campanha) acabou de nascer!
Sheelba aparece pouco tempo após o grupo deixar o templo-
cortiço, procurando pela Máscara da Alta Sacerdotisa. Se o
grupo a recuperou, ele aparenta estar quase alegre, arrancando
rapidamente a Máscara de suas mãos e informando-os que em
qualquer dificuldade eles podem procurá-lo no Grande Pânta-
no Salino. Ele então imediatamente desaparece. Caso o grupo
falhe em adquirir (ou tenha quebrado a Máscara durante os
eventos), os personagens são recebidos com maldições murmu-
radas e Sheelba desaparece, aborrecido.
Se os PJs falharem em destruir as Máscaras e elas escaparem
do templo-cortiço, elas derramam sua corrupção pela cidade
como um fogo selvagem. Tumultos nascem na metade oeste de
Lankhmar enquanto as Máscaras correm desenfreadas. A tropa
de soldados de Lankhmar e a Guilda dos Magos são convoca-
dos para a ação. Leva três dias até que a última Máscara seja
rastreada e destruída. A Guilda dos Ladrões usa o caos como
vantagem, organizando vários assaltos impressionantes em
toda a cidade. Até mesmo Igrik do Leste não é poupado do fur-
to generalizado, com seus últimos tesouros desaparecendo no
meio da noite. Ele por fim retorna para as Terras do Leste como
um homem pobre e amargo.
20
e lutar. Enquanto existir pelo menos um PJ vivo e consciente,
existe uma chance de que os Ladrões sejam impedidos antes de
escaparem com as Máscaras Douradas sob sua posse.
Os ladrões correm para fora do Pináculo e sobem a escada em
espiral no canto norte do templo-cortiço. Eles usam os cami-
nhos de tábua para atravessar até a plataforma mais próxima,
e alcançar o par de janelas mais próximo na parede norte da
construção. Daqui, os ladrões deixam o templo-cortiço e saltam
até um telhado próximo. Eles então avançam através dos telha-
dos das vizinhanças até atingir o Beco do Cachorro Morto (veja
o mapa para conhecer a rota). Se os PJs falharem em capturar os
ladrões antes que cheguem a esse local, eles facilmente desapa-
recem nos becos serpenteantes de Lankhmar, e então as Másca-
ras Douradas são perdidas (veja Finalizando a Aventura para
informações adicionais sobre esse desenvolvimento).
Um grupo de PJs que foi identificado como autônomo pela
Guilda pode também se tornar um alvo cuja morte pode acon-
tecer durante o caos, forçando o grupo a fugir da Cidade em
busca de terras mais amigáveis além do território de Lankhmar.
Caso o grupo não esteja disposto a fugir, ele deve demonstrar
que é formidável demais para que a Guilda dos Ladrões bus-
que vingança (não é tarefa simples!), ou comprar o perdão da
Guilda, provavelmente fornecendo à irmandade de ladrões os
seus exemplares das Máscaras Douradas ou partes delas com as
quais eles possam ter finalizado a aventura.
O último desenvolvimento possível após a abertura do Piná-
culo e da descoberta das Máscaras Douradas é caso a Guilda
dos Ladrões acabe com um ou mais exemplares delas sob seu
poder. As Máscaras se provam um desafio muito além do espe-
rado para a Guilda. Uma vez que sejam removidas dos sacos,
as Máscaras se animam novamente e rapidamente utilizam seu
poder para mergulhar a Guilda em um turbilhão de pecados.
Isso leva a roubos desenfreados, batalhas internas, esgotamen-
to dos tesouros e outros atos que ameaçam a própria estrutura
da Guilda. Um punhado dos membros da Guilda consegue es-
capar do efeito corruptor das Máscaras e procura por auxílio
para destruí-las. Eles podem solicitar ajuda dos PJs, sabendo de
seu primeiro encontro com as máscaras, garantindo ao grupo
o perdão por seus crimes ou até mesmo garantindo a eles os
benefícios de se tornarem membros caso destruam as Máscaras.
Não importa o que aconteça no final de Máscaras de Lankhmar,
esta é apenas uma pequena pausa antes que a próxima aventu-
ra empolgante, crime descarado ou fuga emocionante aconteça
com o grupo. A vida de um herói no mundo de Nehwon nunca
é monótona, e nem o jogo de Dungeon Crawl Classics!
PORAO/COFRE
NOTA: A ESCALA MAIOR QUE QUARTO DE QUARTO DE QUARTO DE
A ESCALA DA REA T RREA HÓSPEDES HÓSPEDES HÓSPEDES COZINHA

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24