Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
catolicos-
online.com
pr.gonet.biz/kb_read.php
Os que assim falam, costumam exprimir-se também nos seguintes termos : “Cremos em
fatos, não em dogmas!”
Aos que adotam essa posição, será preciso lembrar dois pontos de importância capital:
Em última análise, uma religião sem dogmas deixaria de ser Religião ; tornar-se-ia
sistema de sabedoria meramente humana que não nos elevaria acima de nós, até Deus.
A religião que realmente atinja a Deus tem de apresentar aspecto dogmático; é mesmo a
existência de dogmas (devidamente credenciados) que de certo modo garante a
autenticidade da Religião.
Quem rejeita os dogmas, professa um certo positivismo, que desvirtua a Religião. Em tal
caso, é o homem que cria o seu Deus (conforme as suas dimensões humanas) para fugir
ao verdadeiro Deus e não se deixar plasmar por Ele. Não é de admirar que o espiritismo
se baseie nesse positivismo. Allan Kardec escreveu seu código em meados do século
passado; a mentalidade da época, se não era de todo ateia, concebia tal distância entre
Deus e os homens que Julgavam não dever preocupar-se muito com Deus; toda a
religião de Allan Kardec se desenrola preponderantemente num intercâmbio com os
espíritos, que se manifestam aos sentidos do homem ; é o homem quem se salva, não é
Deus quem salva o homem, no espiritismo.
b) Note-se, porém, que a religião dos dogmas de modo nenhum exclui os fatos. O
catolicismo pode apontar em sua história recente (para não mencionarmos épocas
anteriores) numerosos fenômenos extraordinários, fatos milagrosos (curas, aparições,
comunicações preternaturais..,) rigorosamente comprovados; basta recordar Lourdes e
Fátima. É Deus quem suscita tais prodígios a fim de dar estímulo à fé, inculcando assim a
autenticidade dos dogmas. Os católicos, portanto, admitem também fatos milagrosos ;
contudo afirmam que essas intervenções sobrenaturais não podem ser desencadeadas
por fórmulas, ritos, processos mediúnicos, mas são dons gratuitos que Deus dispensa
soberanamente, quando o julga oportuno.
“Pois que me viste, ó Tomé, acreditas; bem-aventurados, porém, os que acreditarem sem
ter visto” (Jo 20,29).
2/3
3/3