Você está na página 1de 10

DIOCESE DE BENGUELA

SEMINÁRIO MAIOR DO BOM PASTOR


SECÇÃO DE FILOSOFIA

Trabalho de História de Filosofia Medieval

Resumo: “Fides et Ratio”

Benguela, 2022
Membros do grupo

Aristófanes Matias Clemente Mbulica ………………………………..11


Eliseu Cardoso Matepo ……………………………………………….28
ÍNDICE

Dedicatória…………………………………………………………….
Agradecimento…………………………………………………………
Pensamento……………………………………………………………
Introdução……………………………………………………………..
Desenvolvimento………………………………………………………
Conclusão………………………………………………………………
DEDICATÓRIA
Dedicamos o presente trabalho aos estudantes de Filosofia, de modo
peculiar à turma do primeiro ano, motivada pelo Reverendo Pe. Paulo Vicente
na incansável busca do saber.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus, fonte da nossa iluminação cognitiva, ao professor
da presente cadeira por nos ter ajudado a mergulhar nas lustrais águas do
saber filosófico e a todos quantos nos ajudaram a realizar o tão maravilhoso
trabalho.
PENSAMENTO
Só é digno do pódio quem usa as derrotas para alcança-lo. Só é digno
da sabedoria quem usa as lágrimas para irrigá-la.
“Augusto Cury”
INTRODUÇÃO
Fides et Ratio “Fé e a Razão” é a décima segunda Encíclica do Santo
Padre João Paulo II, lançada no dia 14 de setembro de 1998 e a mesma trata
de questões relacionadas à fé e a razão, sendo elas as duas asas através das
quais o espírito humano se eleva para a conhecimento da verdade. O Papa
constata que as ideologias filosóficas modernas, no encantamento das
descobertas científicas, tendem a separar a fé da razão. A Encíclica “fides et
ratio” a fé e razão trata da importância do pensamento filosófico para a teologia,
e a necessidade teológica no pensamento filosófico. Ela entende o binômio fé e
razão não como oposição, mas como conciliação, para a busca e
contemplação da verdade absoluta.
DESENVOLVIMENTO
O documento em ampla reflexão aborda diversos pensamentos, no compromisso e
na missão de nos levar ao conhecimento da verdade. Desta feita, é de carácter relevante
salientar que, o conhecimento da fé não anula o mistério, antes pelo contrário ordena-o
apenas mais evidente e apresenta-o como um facto essencial para a vida do homem. O
homem não pode compreender o mistério de Deus pelo eixo racional, embora a razão
leve o homem a investigar e compreender certas realidades, mas sim pela razão.

Sendo assim, existe uma ligação muito forte entre a fé e a razão; pois, certas
coisas conhecemo-las por intermédio da razão, mas aceitámo-las e compreendemo-las
por meio da fé. O carácter peculiar do texto bíblico consiste na convicção de que haja
uma unidade profunda e indivisível entre a fé e a razão. O querer conhecer é uma
característica comum dos seres humanos; fazendo o uso da razão, saciam suas cedes
cognitivas nas águas profundas do saber. Não há motivos que exijam comparação e
distinção absoluta entre a fé e a razão, pois, uma implica a outra e cada uma delas tem
um valor de grande relevância na vida do homem. Por isso há diferentes maneiras de
conhecer, mas ambas buscam alcançar a verdade.

Para se lograr o conhecimento o texto apresenta a necessidade do bom uso da


razão que permite a observação, a análise e os julgamentos e da fé como auxiliar desse
processo. A fé intervém na razão, mas não para humilhá-la ou tirar a sua autonomia. A
fé vai ajudar a conhecer profundamente o mundo e os fatos da história. Para melhor
entender isso, o texto é ilustrado com a seguinte analogia: à luz da razão o homem pode
reconhecer sua estrada, mas percorrê-la com prudência é algo concedido pela luz da fé
que se estabelece no horizonte do homem que pensa.

A unidade entre fé e razão possibilita um conhecimento adequado de si mesmo,


do outro, do mundo e de Deus. Há uma maneira de compreender a revelação
apresentada pela “Fides et Ratio”, olhando o livro da natureza que lido com
instrumentos humanos, no caso a razão, leva-nos ao conhecimento do Criador, Deus por
intermédio da fé.

Fazendo jus ao Antigo Testamento, a razão é liberta pela fé, na medida em que
lhe permite atingir, alcançar seu objecto de conhecimento. Dito isto, é através da razão
que o homem alcança a verdade, porque sendo iluminado pela fé, descobre o sentido
profundo das coisas, de modo concreto da própria existência. Com a razão, podemos
alcançar o Sumo Bem e a suma verdade na pessoa do verbo encarnado, mas pela fé
depositamos crença a suma verdade em outrora descoberta pela razão.

De acordo com o Concílio Vaticano I, a fé e a razão são dois elementos que


estão fortemente interligados e inseparáveis; porque uma razão que não tenha pela
frente uma fé adulta, não é estimulada a fixar o olhar sobre a novidade e radicalidade do
ser. Assim, a fé aperfeiçoa o olhar interior, abrindo novos horizontes de descobertas da
razão; mostra plenamente o caminho a uma razão em busca sincera da verdade.

Uma consequência importante do texto é a valorização da razão, mas não a sua


superexaltação. A razão alcança o seu objeto de conhecimento com o auxílio da fé. O
sentido do saber é a verdade. A busca pela verdade é o que move a razão sóbria e por
diversos meios a humanidade buscou essa verdade, mas, sobretudo, a filosofia tomou-a
para si sua objetividade.
CONCLUSÃO

Em suma, depois do resumo por nós feito, achamos por bem afirmar que
tanto a luz da fé como a da razão, ambas provêm de Deus; por isso, não se
podem contradizer entre si, tal como nos postula São Tomás d’Aquino. O
conhecimento racional pode e deve dar à fé um importante contributo para o
conhecimento e descoberta da verdade, de maneira que a nossa adesão a
Deus seja feita de maneira consciente e não cega. Porém, embora a fé esteja
acima da razão, não poderá existir uma verdadeira divergência entre fé e
razão, porque o mesmo Deus que revela os mistérios e comunica a fé, é o
mesmo que colocou no espírito humano a luz da razão. E Deus não poderia
negar-Se a Si mesmo, pondo a verdade em contradição com a verdade. É a fé
que incita a razão a sair de qualquer isolamento e a abraçar de bom grado
qualquer risco que seja de natureza bela e verdadeira. Não obstante, a fé
torna-se advogada convicta e convincente da razão

Você também pode gostar