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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA - A POLITÉCNICA

INSTITUTO POLITÉCNICO E UNIVERSITÁRIO DE NACALA -ISPUNA

Licenciatura em Contabilidade e Auditoria

O FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE GESTÃO FINANCEIRA NAS


GRANDES EMPRESAS, CASO DA EMPRESA RAJAHUSSEN GULAMO
INDUSTRIAS (2014-2017).

Crimilda Romeu Bilardo Canate

Nampula, 2019
Crimilda Romeu Bilardo Canate

O FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE GESTÃO FINANCEIRA NAS


GRANDES EMPRESAS, CASO DA EMPRESA RAJAHUSSEN GULAMO INDUSTRIAS
(2014-2017).

Trabalho de fim de curso a ser apresentado ao


ISPUNAUniverdidade Politécnica como requisito
parcial para a obtenção do Grau de Licenciatura em
Contabilidade e Auditoria.
Supervisor: dr. Robath Joseph

Nampula, 2019
FOLHA DE APROVAÇÃO

CRIMILDA ROMEU BILARDO CANATE

O fluxo de caixa como ferramenta de gestão financeira nas grandes Empresas, caso da
Empresa Rajahussen Gulamo Industrias (2014-2017).

Esta Monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do grau académico de


Licenciatura em Contabilidade e Auditoria pelo Instituto Politécnico e Universitário de
Nacala –ISPUNA, tendo sido atribuida a nota de:

Por ser verdade vai ser assinado pelo Corpo Jurado

O Corpo Jurado:

Presidente da Mesa de Júri

_______________________________

Tutor

_______________________

Arguente

__________________________

Nampula, aos 23/ 08/ 2019


DECLARAÇÃO DE HONRA

Eu, Crimilda Romeu Bilardo Canate, declaro que esta monografia com o tema …….é
resultado da minha investigação pessoal, sob orientação do meu Supervisor e do Guião do
Instituto Politécnico e Universitário de Nacala –ISPUNA, pelo que o seu conteúdo é original
e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas ao longo do trabalho, nas notas
de rodapé e na Bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra Instituição para
obtenção de qualquer Grau Académico.

Nampula, 2019

Licenciando

____________________________________________

Crimilda Romeu Bilardo Canate


DEDICATÓRIA
Deus, que até aqui tem demonstrado Seu grande amor para comigo, através de suas
bênçãos maravilhosas nesta longa caminhada aqui na terra;
Aos meus pais Romeu Ali Bilardo e Dionisia Henriques, que sempre me incentivaram e
apoiaram para que eu atingisse este objetivo de vida, bem como pela educação moral, e aos
meus irmãos, por me proporcionarem a alegria. Aos parentes e amigos, que contribuíram de
forma direta e indireta ao longo desta jornada.
Ao meu esposo Ivanisio Johon Pumle, por estar ao meu lado, me incentivado e me dando
forças para conclusão do curso.
AGREDECIMENTO
Um trabalho de pesquisa comummente representa um elevado investimento tanto
epistemológico como financeiro significando deste modo, um grande esforço que acaba sendo
um produto de intervenção de várias individualidades. É por isso importante reconhecer e
agradecer o valor da participação de cada pessoa neste trabalho.
Agradeço em primeiro lugar a Deus pela vida, saúde e por iluminar os meus caminhos durante
esse percurso académico.
Agradecimento ao dr. Robath Joseph orientador dessa monografia. Sua paciência, atenção,
intervenção oportuna e sabedoria que generosamente me concedeu.
A todos os meus docentes do Instituto Politécnico e Universitário de Nacala –ISPUNA,
Especial agradecimento a minha família e amigos, pelo apoio incondicional e pela confiança
que depositara em mim durante os estudos e na elaboração desta monografia. A todos aqueles
que directas ou indirectamente contribuíram para que este trabalho fosse concretizado, com
muito respeito, dirijo o meu muito obrigado.
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS

RGI---------------------------------Rajahussen Gulamo Industrias


DRE--------------------------------Demonstrativo Resultativo de Exercícios
DFC -------------------------------Demonstração do Fluxo de Caixa
ÍNDICE DE TABELA

Tabela 1: Distribuiçao da amostra.....................................................................................28


Tabela 2:Resposta da amostra em relação a questão nº 1..................................................34
Tabela 3:Resposta da amostra em relação a questão nº 2..................................................35
Tabela 4:Resposta da amostra em relação a questão nº 3..................................................35
Tabela 5:Resposta da amostra em relação a questão nº 4..................................................36
Tabela 6:Resposta da amostra em relação a questão nº 5..................................................37
Tabela 7:Resposta da amostra em relação a questão nº 6..................................................37
RESUMO
A abordagem sobre o Fluxo de Caixa como ferramenta de Gestão Financeira nas Grandes Empresas,
Caso da Empresa Rajahussen Gulamo Industrias (2014-2017) constitui o cerne dessa pesquisa. Para a
pesquisa levantou-se a seguinte questão: Até que ponto o fluxo de caixa contribui na gestão financeira
da Empresa Rajahussen Gulamo Industrias? Teve como finalidade compreender o contributo do fluxo
de caixa na gestão financeira da Empresa Rajahussen Gulamo Industrias. É uma pesquisa de carácter
quantitativo-explicativo que se situa na tipologia do estudo de caso. Entrevista semi-estruturada,
questionário e observação participante foram as técnicas de recolha de dados aplicadas. A entrevista
foi aplicada aos membros da direcçao da Empresa Rajahussen Gulamo Industrias e o questionário foi
dirigido aos funcionário da empresa em estudo. A interpretação do material recolhido seguiu a técnica
de análise de conteúdo. Da análise realizada e através das entrevistas, questionário e observação
constatou-se que o fluxo de caixa constitui uma ferramenta de extrema importância na gestão
financeira, proporcionando ao gestor financeiro uma visão clara de ingressos e desembolsos de
recursos financeiros. Ficou igualmente claro que o fluxo de caixa, ajuda o gestor financeiro a
fazer acompanhamento permanente de seus resultados, de maneira a avaliar seu desempenho,
bem como proceder aos ajustes e correções necessários. Os testemunhos dos entrevistados
coadjuvados com os documentos consultados e a observação realizada demonstram que a esta
ferramenta proporciona ao gestor financeiro uma visão estratégica da situação da Empresa,
demonstrando em que período a empresa precisa capitar recursos ou aplicá-los quando existir
excedente de caixa, visualizando o volume de venda da Empresa Portanto, sugere-se que a
Empresa Rajahussen Gulamo Industrias avalie criteriosamente seu ciclo operacional, de maneira
a sincronizar as características de sua actividade com o desempenho do caixa.

Palavras-Chave: Fluxo de Caixa; Gestão Financeira; Grandes Empresas, Empresa Rajahussen


Gulamo Industrias.
ABSTRACT
The approach of the Cash Flow as Financial Management tool in Large Enterprises, Company Case
Rajahussen Gulamo Industrias (2014-2017) is the core of this research. The research raised the
following question: To what extent does cash flow contribute to the financial management of
Rajahussen Gulamo Industrias? Its purpose was to understand the contribution of cash flow in the
financial management of Rajahussen Gulamo Industrias Company. A quantitative-explanatory
research is situated in the typology of the case study. Semi-structured interview, questionnaire and
participant observation were the applied data collection techniques. The interview was applied to the
directors of Rajahussen Gulamo Industrias Company and the questionnaire was addressed to
employees of the company under study. The interpretation of the collected material followed the
technique of content analysis. From the analysis performed and through interviews, questionnaire and
observation it was found that cash flow is an extremely important tool in financial management,
providing the financial manager with a clear view of inflows and disbursements of financial resources.
It was also clear that cash flow helps the financial manager to permanently monitor his results in order
to evaluate their performance, as well as make the necessary adjustments and corrections. The
testimonies of the interviewees assisted with the consulted documents and the observation made show
that this tool provides the financial manager with a strategic view of the Company's situation,
demonstrating in which period the company needs to raise funds or apply them when there is excess
cash, visualizing Therefore, it is suggested that the Rajahussen Gulamo Industrias Company carefully
evaluate its operating cycle, in order to synchronize the characteristics of its activity with cash
performance.

Keywords: Cash Flow; Financial management; Big Business, Company Rajahussen Gulamo
Industrias.
1. Introdução
As constantes mudanças no cenário económico global, vem desafiando as
empresas/organizações a adequar suas actividades de gestão financeira à nova realidade do
mercado. Essas mudanças estão ocorrendo no campo político, social, ambiental, económico,
financeiro entre outros, exigindo das empresas um perfil de aperfeiçoamento dinâmico e
contínuo de seus processos funcionários através de ferramentas ou instrumentos confiáveis de
obter informações imprescindíveis por um lado, no processo de tomada de decisão e por outro
no gerenciamento e controle de recursos financeiros….
O ambiente globalizado, a frequente escassez de recursos, exige das empresas uma atitude
pró-activa na gestão de suas actividades. Administrar estrategicamente é condição
indispensável para a gestão financeira contemporânea. À medida que uma organização evolui
atingindo um determinado porte, é natural que a alta gerência não tenha mais condições de
acompanhar de perto as actividades com a mesma eficiência, e a ausência de visão gerencial
pode repercutir negativamente nos resultados.
A Gestão financeira compreende um conjunto de acções e procedimentos administrativos, que
envolve o planeamento, a análise e controle das actividades financeiras da empresa. Visa
maximizar os resultados esperados, tanto económicos como financeiros que são decorrentes
das actividades operacionais e minimizar os custos. As análises, decisões e actuações
relacionadas aos meios financeiros, são necessárias para as actividades da empresa.
A actividade financeira de uma empresa requer acompanhamento permanente dos resultados
no sentido de avaliar seu desempenho. Além disso, a captação, aplicação e alocação de
recursos de maneira eficiente exigem dos executivos maior conhecimento financeiro e maior
sensibilidade às informações viabilizadas pelas ferramentas de gestão financeira.
A utilização de ferramentas de gerenciamento e controle na gestão financeira, tem se
mostrado importante para as empresas no sentido de apoiar a alta gerência no processo de
controlo e avaliação de resultados e para manter o domínio dos negócios, podendo ser
aplicada por diversas organizações, independentemente de seu tamanho ou natureza.
A implementação de ferramentas de Gestão financeira nas empresas pode constituir uma
alternativa de avaliação, sob o foco gerencial, do desempenho das operações das empresas,
propiciando condições para o aprimoramento da eficácia e eficiência operacionais,
administrativas e estratégicas, optimizando o uso de recursos, além de avaliar o cumprimento
das “regras” da organização e se estas são pertinentes.
O presente trabalho está estruturado da seguinte maneira: no capítulo I, apresenta-se o estudo
no seu conjunto; é constituído pela Introdução que contempla a formulação do tema e sua
delimitação, problematização onde se aborda o surgimento do problema colocado,
justificativa na qual aborda-se a relevância do estudo, objectivos e as hipóteses do trabalho.
No capítulo II, inicia-se o enquadramento teórico e conceptual do estudo relativamente a
conceitos relacionados com o tema exposto e esferas temáticas de diversos autores. No
capítulo III refere-se aos procedimentos metodológicos, destacam-se o método de
procedimento, o tipo de pesquisa efectuada, as técnicas de recolha de dados empregues o
universo e a respectiva amostra. No capitulo IV são abordados aspectos relacionados a
apresentação, análise e interpretação dos resultados, contendo ainda nesse capítulo as secções
relativas as Conclusões e Sugestões do trabalho. E finalmente a apresenta-se a secção de
referências bibliográficas onde se encontra todas fontes bibliográficas usadas para
materialização do presente trabalho de Investigação Aplicada (TIA), Apêndices e Anexos do
trabalho.
1.1 Tema e sua delimitação:
O tema "é uma dificuldade, ainda sem solução, que é mister determinar com precisão, para
intentar, em seguida, seu exame, avaliação crítica e solução" (Asti Vera, 1976:97 citado por
Lakatos e Marconi 2003: 44).
O tema é o assunto que se deseja provar ou desenvolver. O presente projecto tem como tema:
O Fluxo de Caixa como Ferramenta de Gestão Financeira nas Grandes Empresas, Caso da
Empresa Rajahussen Gulamo Industrias (2014-2017).

1.2 Problematização.
Presentemente, o planeamento financeiro dentro das empresas passou a ser obrigatório, pois,
sem o mesmo não há como se analisar o desempenho e a saúde financeira de um
empreendimento. Nesse sentido, o acirramento da concorrência e a crescente complexidade
do mercado têm levado as organizações a buscar ferramentas que auxiliem a tomada de
decisões com mais rapidez, eficiência e segurança.
As pequenas e grandes empresas contam com as ferramentas de gestão financeiras, com o
objectivo de controlar as suas activiadades financeiras, pois o cenário do mercado actual está
cada vez mais competitivo e exigente, fazendo com que os processos administrativos e
financeiros se tornem mais complexos. Assim, o fluxo de caixa surge como um dos principais
instrumentos de auxílio à gestão financeira, contribuindo de maneira expressiva para o
entendimento e interpretação da realidade nas empresas.
Nesta vertente surge a necessidade de analisar o fluxo de caixa como ferramenta de Gestão
financeira que suprima as falhas que maioritariamente levam as empresas a falência e auxilie
o gestor financeiro na tomada de decisão. O adequado controlo do fluxo de caixa ajuda as
pequenas e grandes empresas na continuidade das suas actividades, pois gera informações que
encaminhe as mesmas para um controlo eficaz do seu fluxo financeiro.
No ambiente atual, onde a competitividade está presente em vários cenários, se faz necessário
que as empresas tenham um maior controle de suas informações financeiras, ou seja, o quanto
se gasta e o quanto se tem em caixa. Desta forma, o administrador necessita de ferramentas
que possam auxiliá-lo nessa análise, para que se tenha uma visão detalhada sobre os recursos
financeiros que a organização dispõe. Portanto, perante este cenário, a proponente levantou a
seguinte questão: Até que ponto o fluxo de caixa contribui na gestão financeira da Empresa
Rajahussen Gulamo Industrias?
1.3 Justificativa
Certamente toda empresa precisa gerenciar, controlar e organizar seus recursos financeiros,
seja ela macro, media, micro ou pequena empresa, visto que o gerenciamento e controle são
elementos imprescindíveis para o sucesso das organizações ou seja a inexistência destes
factores pode levar qualquer empresa à falência e ao desequilíbrio financeiro, diminuindo
desta forma suas oportunidades de crescimento no mercado.
Actualmente, a competitividade do mercado exigem das empresas maior eficiência na gestão
de recursos financeiros. Um dos objectivos da actividade financeira prover a empresa de
recursos de caixa suficientes, de modo a respeitar os compromissos assumidos e promover a
maximização de seus lucros e minimização de custos. Neste contexto, se destaca o fluxo de
caixa como ferramenta ou instrumento que possibilita o planeamento e o controle dos
recursos financeiros de uma empresa.
A inspiração para este estudo tem a ver fundamentalmente com os seguintes factores: o
contacto que a proponente terá com diversas abordagens teóricas sobre a importância do fluxo
de caixa na gestão de empresa, consubstanciado a isso, a dificuldade encontrada pela
proponente durante o estágio na empresa Movitel, outrossim a importância que fluxo de caixa
pode trazer na gestão de Empresas no caso específico da Rajahussen Gulamo industria.
Administrar estrategicamente o fluxo de caixa constitui uma ferramenta ou instrumento
fundamental e imprescindível para o sucesso das organizações/empresa no contexto
financeiro. Estas componentes suscitaram desta forma a vontade de compreender a
contribuição do fluxo de caixa na gestão financeira nas grandes empresas.
O tema colocado tem uma relevância académica dado que irá contribuir para a produção de
mais um olhar crítico construtivo e a medida do possível dar uma contribuição inovadora
nesta área do conhecimento como forma de criar sinergias para o aperfeiçoamento da gestão
financeira da Empresa Rajahussen Gulamo Industrias, possibilitando aos académicos a
obtenção de dados adicionais relacionados com o tema em estudo.

1.4. Objectivos
Todo trabalho de pesquisa tem um objectivo a alcançar, para elucidar o que se vai procurar e
qual é a meta que se espera atingir com a pesquisa.
Bello (2005: 21) citado por Lourenço (2011: 16) afirma que o objectivo é “o propósito geral e
estratégico de investigação, representa a meta a alcançar que geralmente corresponde-se com
a solução do problema científico. Este divide-se em geral e especifico”.
1.4.1. Objectivo Geral
Segundo Lakatos e Marconi (2003:219) “o objectivo geral está ligado a uma visão global e
abrangente do tema. Relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenómenos e eventos,
quer das ideias estudadas ”. Tomando como base o conceito acima, há que referir que o
problema formulado nesta pesquisa, tem como objectivo geral:
 Compreender o contributo do fluxo de caixa na gestão financeira da Empresa
Rajahussen Gulamo Industrias.

1.4.2. Objectivos Específicos


“Os objectivos específicos apresentam um carácter mais concreto. Têm função intermediária e
instrumental, permitindo, de um lado, atingir o objectivo geral e, de outro, aplicá-lo a
situações particulares” (Lakatos e Marconi, 2003:219).
Com base no enunciado acima, os objectivos específicos são etapas ou caminhos predefinidos
pelo pesquisador para atingir o objectivo principal.
Aliado a isso, o presente trabalho tem seguintes objectivos específicos:
 Identificar a ferramenta de Gestão financeira usadas pela Empresa Rajahussen Gulamo
Industrias;
 Descrever as ferramentas de Gestão financeira;
 Avaliar a influência do fluxo de caia na tomada de decisão no contexto financeiro;
 Sugerir formas que visam melhorar a gestão financeira da Empresa Rajahussen
Gulamo Industrias.

1.5 Hipóteses
Para Gil (2002: 31) “hipótese é uma solução possível, mediante uma proposição, ou seja, uma
expressão verbal susceptível de ser declarada verdadeira ou falsa”.
Bello (2009) afirma que hipótese é uma afirmação categórica ou suposição, que tenta
responder ao problema levantado pelo tema escolhido para pesquisa.
Segundo Silva e Menezes (2001: 82) “hipóteses são suposições colocadas como respostas
plausíveis e provisórias para o problema de pesquisa”. No dizer de Goode e Hatt (1969, p. 75)
citado por Gil (2008: 41) “ hipótese é uma proposição que pode ser colocada a prova para
determinar sua validade”.
Partindo dos enunciados acima citados, hipóteses são respostas provisórias de um
determinado assunto ou problema a ser abordado de modo a se apurar a veracidade dos factos,
que estas podem ser aceites ou refutadas dependendo das respostas colhidas no campo de
pesquisa. E para alicerçar a questão base, foram formuladas três suposições que nortearão a
proeminência do tema em estudo:

1.5.1 Hipóteses
 O fluxo de caixa ajuda a Empresa a estabelecer metas e desenvolver estratégias que
facilitam os ingressos e desembolsos de recursos financeiros.
 O fluxo de caixa contribui na tomada de decisão, gerenciamento e no controlo de
recursos financeiros.
 O fluxo de caixa ajuda o gestor financeiro a comprovar o caixa de empreendimento.
 O fluxo de caixa embaraça o gestor financeiro a fazer previsões futuras da Empresa.

Tabela 1.1 - Hipóteses e variáveis


Hipóteses Variáveis (X e Y)
O fluxo de caixa ajuda a Empresa a (X) independentes
estabelecer metas e desenvolver estratégias O fluxo de caixa ajuda a Empresa.
que facilitam os ingressos e desembolsos de
recursos financeiros.
(Y) dependente
A estabelecer metas e desenvolver estratégias
que facilitam os ingressos e desembolsos de
recursos financeiros.
O fluxo de caixa contribui na tomada de (X) independente
decisão, gerenciamento e no controlo de O fluxo de caixa contribui.
recursos financeiros.
(Y) dependente
Na tomada de decisão, gerenciamento e no
controlo de recursos financeiros.
O fluxo de caixa ajuda o gestor financeiro a (X) independente
comprovar o caixa de empreendimento. O fluxo de caixa ajuda o gestor financeiro

(Y) dependente
A comprovar o caixa de empreendimento.
O fluxo de caixa embaraça o gestor (X) independente
financeiro a fazer previsões futuras da O fluxo de caixa embaraça o gestor
Empresa. financeiro
(Y) dependente
A fazer previsões futuras da Empresa.
Fonte: Autora 2019.

CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


Esta parte do trabalho está reservada a apresentação do referencial teórico do tema em análise,
onde se fundamenta o assunto com base no entendimento de vários autores que abordam o
mesmo. Como acontece com qualquer tema, se quisermos entendê-lo melhor, bem como tirar
conclusões e ou sugestões de forma a melhor o assunto em causa e no sentido de aprendermos
as várias facetas de um determinado fenómeno, e quais as acções que são aconselháveis ou
mesmo obrigatórias a adoptar no futuro. Precisamos observar, analisar e pensar em várias
esferas temáticas que se intersectam.
Conforme Bello (2007) a fundamentação teórica é a localização e obtenção de documentos
para avaliar a disponibilidade de material que subsidiará o tema do trabalho de pesquisa. Este
levantamento é realizado junto às bibliotecas ou serviços de informações existentes.
Severino (2001: 162) citado por Gonçalves (2003: 40) enfatiza que “o quadro
teórico, constitui um aspecto importante na elaboração de pesquisa e serve como
directriz para a reflexão e o entendimento do assunto. Deve ser consistente e
coerente, de forma a desenvolver uma unidade lógica sobre a questão”.

Portanto, neste capítulo o autor do trabalho fará uma análise comentada dos trabalhos já
realizados sobre o tema da pesquisa com a utilização de citações directas e principalmente
indirectas, observando a ordem cronológica da publicação dos livros e artigos utilizados e
usados de preferência um título próprio, baseado no assunto estudado.

2.1 Caixa
Caixa corresponde às disponibilidades da empresa (caixa e bancos). Todavia, seu conceito
deve ser ampliado de forma a contemplar também os investimentos de altíssima liquidez que
podem ser chamados de equivalentes-caixa. Assim, Iudícibus (2000: 352), elucida que “as
disponibilidades compreendem o caixa puro (dinheiro à mão ou em conta corrente em bancos)
e as aplicações de liquidez imediata”.
De acordo com Frezatti (2006) caixa seria o objectivo final do investidor ao optar por
uma alternativa de alocação de recursos. Quando este investidor se dispõe a aplicar seus
recursos em uma organização ele está interessado na obtenção de um retorno
compensatório, que não é o resultado constante nas demonstrações financeiras da
empresa investida, mas sim, o quanto deste resultado irá efectivamente voltar para o seu
caixa.

2.1.2 Fluxo de Caixa


Fluxo, serve para expressar movimento. Portanto o fluxo de caixa é a maneira na qual o
dinheiro passa ou passara através dos caixas e contas da empresa.
O fluxo de caixa é um instrumento ou ferramenta que possibilita o planeamento, controlo e
gerenciamento de recursos financeiros de uma organização/empresa. E uma ferramenta
indispensável em todo o processo de tomada de decisões financeiras.
Para Araújo (2012: 15) “o fluxo de caixa é um instrumento que relaciona os ingressos e
saídas de recursos monetários no âmbito de uma empresa em determinado intervalo de
tempo. A partir da elaboração do fluxo de caixa é possível prognosticar eventuais
excedentes ou escassez de caixa, determinando-se medidas saneadoras a serem tomadas” .

O fluxo de caixa é de estrema importância para as empresas, constituindo-se numa


indispensável sinalização dos rumos financeiros dos negócios. Para se manterem em
operação, as empresas devem liquidar correctamente seus vários compromissos, devendo
como condição básica apresentar o respectivo saldo em seu caixa nos momentos dos
vencimentos. A insuficiência de caixa pode determinar cortes nos créditos, suspensão de
entregas de materiais e mercadorias, bem como ser causa de uma séria descontinuidade em
suas operações.

2.1.3 Administração do fluxo de caixa


A demonstração dos fluxos de caixa permite o administrador financeiro e outras pessoas
interessadas analisar o passado e possivelmente o futuro fluxo de caixa da empresa.
Araújo (2012) enfatiza que:
O administrador deve dedicar atenção especial tanto às principais categorias
do fluxo de caixa quanto aos itens individuais de entradas e saídas de caixa,
para detectar a ocorrência de quaisquer desvios em relação às políticas
financeiras da empresa. Adicionalmente, a demonstração pode ser usada para
avaliar se as metas projectadas foram alcançadas.

O administrador financeiro pode elaborar e analisar demonstrações dos fluxos de caixa


desenvolvidas a partir de demonstrações financeiras projectadas ou pró-forma. Essa
abordagem pode ser usada para determinar se as acções planeadas são desejáveis do ponto de
vista dos fluxos de caixa resultantes.
Conforme Neto e Silva (2002) citado por Araújo (2012), o conflito básico da
administração financeira resume-se no conhecido dilema risco x retorno. A manutenção
de saldos de caixa propicia folga financeira imediata à empresa, resultando numa melhor
capacidade de pagamento das suas obrigações. Neste posicionamento, a administração
não deve manter suas reservas de caixa em níveis elevados, como forma de maximizar a
liquidez. Ao contrário, deve buscar um volume mais adequado de caixa, sob pena de
incorrer em custos de oportunidades crescentes.

É indispensável que a empresa avalie criteriosamente seu ciclo operacional, de maneira a


sincronizar as características de sua actividade com o desempenho do caixa. É importante que
se avalie também que as limitações de caixa não constituem característica exclusiva de uma
empresa que convive com o prejuízo.
A melhor capacidade de geração de recursos de caixa promove, entre outros benefícios,
menor necessidade de financiamento dos investimentos em giro, reduzindo os seus custos
financeiros (Araújo, 2012).

2.1.4 Objectivos do fluxo de caixa


O objectivo fundamental para o gerenciamento dos fluxos de caixa é atribuir maior rapidez às
entradas de caixa em relação aos desembolsos ou, da mesma forma, optimizar a
compatibilização entre a posição financeira da empresa e suas obrigações correntes.
O fluxo de caixa descreve as diversas movimentações financeiras da empresa em
determinado período de tempo, e sua administração tem por objectivo preservar uma
liquidez imediata, essencial à manutenção das actividades da empresa. Por não incorporar
explicitamente um retorno operacional, seu saldo deve ser o mais baixo possível, o
suficiente para cobrir as várias necessidades associadas aos fluxos de recebimentos e
pagamentos (Neto e Silva, 2002 citado por Araújo, 2012).

Deve-se ter em conta que saldos mais reduzidos de caixa podem provocar, entre outras
consequências, perda de descontos financeiros vantajosos pela incapacidade de efectuar
compras a vista junto aos fornecedores, por outro lado, posições de mais elevada liquidez
imediata, ao mesmo tempo em que promovem segurança financeira para a empresa, apuram
um maior custo de oportunidade. Em essência, este é o dilema risco e rentabilidade presente
nas finanças das empresas.

2.1.5 A Importância do Fluxo de Caixa


O Fluxo de Caixa assume importante papel no planeamento financeiro das empresas.
Portanto, constitui-se num exercício dinâmico, que deve ser constantemente revisto,
actualizado, e utilizado na tomada de decisões. Normalmente a análise é realizada através de
indicadores específicos, de acordo com cada projecto ou situação analisada, tais como: Valor
Presente (Valor Atual Líquido), Taxa Interno de Retorno, Payback e Taxa Média de Retorno
(Campos, 1997).
O fluxo de caixa, possibilita ainda, a avaliação da capacidade de financiamento do seu capital
de giro ou se depende de recursos externos, permitindo conhecer a capacidade de crescimento
com recursos próprios, gerados a partir de suas próprias operações a aferir o potencial
efectivo das organizações para programar com antecedência se a empresa deve tomar recursos
ou aplicá-los, e ainda, avalia e controla ao longo do tempo as decisões importantes que são
tomadas na empresa e seus reflexos monetários.
Para Campo (1997), o Fluxo de Caixa constitui ferramenta de fundamental importância para a
boa administração e avaliação das organizações. A sua adopção possibilita uma boa gestão
dos recursos financeiros, evitando situações de insolvência ou falta de liquidez que
representam sérias ameaças à continuidade das organizações.
Informações sobre fluxo de caixa são relevantes, à medida que permitem a investidores e
credores projectar a capacidade que a empresa terá de distribuir dividendos, pagar juros e
amortizar dívidas. Em última análise, procura compreender o processo de formação de
liquidez na empresa.
É através do fluxo financeiro que as empresas planeiam e tomam decisões importantes de
investimentos, financiamentos, distribuição de recursos, etc. fundamentais para a
continuidade das operações normais do empreendimento, (Neto, 1995).

2.2 Formas de apresentação da demonstração do fluxo de caixa (DFC)


No dizer de Garrison e Noreen (2001) a demonstração do fluxo de caixa é um instrumento
analítico valioso tanto para gerentes quanto para investidores e credores, embora os gerentes
sejam mais propensos a se interessar pelos demonstrativos projetados do fluxo de caixa,
elaborados como parte do processo orçamentário.
Ribeiro (2005) explica que para fins da DFC o conceito de Caixa engloba todas as
disponibilidades da empresa existentes nas contas: Caixa (dinheiro em poder da própria
entidade); Banco conta Movimento (dinheiro da entidade em poder de estabelecimentos
bancários, depositados em contas correntes) e Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata
(dinheiro da empresa investido em aplicações de altíssima liquidez). Essas três contas
integram o grupo das disponibilidades no activo circulante do Balanço Patrimonial.
Há dois métodos de apresentação e elaboração do Demonstrativo de Fluxo de Caixa. São eles
o método direto e o método indireto.
Existem diferenças entre eles. Para Marion (2003) o Fluxo de Caixa pelo método direto é
também denominado Fluxo de Caixa no sentido restrito. Muitos se referem a ele como o
“verdadeiro Fluxo de Caixa”, porque nele são demonstrados todos os recebimentos e
pagamentos que efetivamente concorreram para a variação das disponibilidades no período. Já
o Método Indireto é estruturado por meio de um procedimento semelhante ao da doar
podendo mesmo ser considerado como uma ampliação da mesma.
2.2.1 Método direto
No método direto as entradas e saídas operacionais são apresentadas de forma direta. Chinget
(2003) enfatiza que no método direto, as entradas e saídas operacionais são apresentadas de
forma simples e direta, sendo primeiro as entradas e depois as saídas, ou seja, a apresentação
do método direto é de fácil compreensão mesmo por aqueles que têm pouco ou nenhum
treinamento em contabilidade financeira.
A empresa simplesmente classifica as entradas e as saídas de caixa em sua conta bancária de
um período como atividades operacionais, de investimento ou de financiamento e relata
o saldo como movimentação ou geração de caixa, podendo ser positiva ou negativa.
Com a DFC pelo método direto é possível visualizar e compreender melhor as transações
fundamentais de entrada e saída do caixa, haja vista que o referido método projeta o
disponível em função dos orçamentos de vendas, produção e despesas operacionais, segundo
confirma o modelo a seguir.

2.2.1.1 Actividades operacionais:


 (+) Recebimentos de clientes
 (-)Pagamentos de fornecedores de estoques
 (-) Pagamentos de impostos sobre vendas
 (-) Pagamentos de despesas financeiras
 (+) Dividendos recebidos de sociedades investidas
 (-) Pagamentos de impostos de renda e contribuição social
 (=) Fluxo de Caixa das atividades operacionais

2.2.1.2 Actividades investimentos:


 (+) Valor da venda de investimentos
 (+) Valor da venda de ativos imobilizados
 (-) Aquisição de investimentos
 (-) Aquisição de ativos imobilizados
 (-) Empréstimos concedidos
 (+) Recebimentos de empréstimos concedidos
 (-) Aplicação em renda fixa e renda variável
 (+) Recebimento de aplicação em renda fixa e renda variável
 (=) Fluxo de Caixa das atividades de investimento
2.2.1.3 Actividades de financiamentos:
 (+) Recebimentos de empréstimos e financiamentos
 (-) Pagamentos de empréstimos e financiamentos
 (+) Recebimentos de integralização de capital
 (-) Dividendos pagos
 (-) Compras de ações em tesouraria
 (=) Fluxo de Caixa das atividades de financiamento

O método de fluxo de caixa direto tem como sua principal importância analisar e classificar o
fluxo das receitas e despesas, e também permite a verificação de informação com base
técnica.

2.2.2 Método indireto


O método indireto começa com o lucro líquido do Demonstrativo de Resultados e
reconcilia com o caixa líquido das operações. Os itens das linhas intermediárias como
depreciação, aumento nas contas a receber e aumento nos estoques explicam
por que o lucro difere do caixa resultante das operações. Esse é o ponto forte do método
indireto.
Por outro lado, esse método não demonstra os detalhes operacionais, como cobrança dos
clientes e pagamento aos fornecedores, impostos e outros. A elaboração da DFC pelo método
indireto encontra-se evidenciada no modelo a seguir.

2.2.2.1 Actividades operacionais:


Lucro Líquido do período: Aumento (diminuição) dos itens que não afetam o caixa:
 (+) Depreciação e amortização
 (+) Amortização de ágio
 (+) Variações monetárias líquidas devedoras
 (+/-) Resultado de equivalência patrimonial
 (+) Dividendos recebidos de sociedades investidas
 (-) Lucro na venda de investimentos
 (-) Lucro na venda de ativos mobilizados
 (-) Aumento de contas a receber de cliente
 (-) Aumento dos estoques
 (+) Aumento de fornecedores de estoques
 (+) Aumento de contas a pagar
 (+) Aumento de impostos sobre vendas
 (+) Aumento de impostos sobre lucro
 (-) Aumento de despesas antecipadas
 (=) Fluxo de Caixa das atividades operacionais

2.2.2.2 Actividades de investimentos:


 (+) Valor da venda de investimentos
 (+) Valor da venda de ativos imobilizados
 (-) Aquisição de investimentos
 (-) Aquisição de ativos imobilizados
 (-) Empréstimos concedidos
 (+) Recebimentos de empréstimos concedidos
 (-) Aplicação em renda fixa e renda variável
 (+) Recebimento de aplicação em renda fixa e renda variável
 (=) Fluxo de Caixa das atividades de investimento

2.2.2.3 Actividades de financiamentos:


 (+) Recebimentos de empréstimos e financiamentos
 (-) Pagamentos de empréstimos e financiamentos
 (+) Recebimentos de integralização de capital
 (-) Dividendos pagos
 (-) Compras de ações em tesouraria
 (=) Fluxo de Caixa das atividades de financiamento

2.3. Gestão financeira


Para Gitman (2003), a gestão financeira:
Fornece directrizes de orientação, coordenação e controle de forma a
atingir os objectivos estabelecidos pela empresa. O controlo de entradas
e saídas de caixa, nesse aspecto, deve ser elaborado de maneira eficaz e
objectiva. Para tal, a empresa deve utilizar o orçamento de caixa ou
previsão de caixa.
2.3.1 Ferramentas de Gestão financeira
As ferramentas de gestão financeira são imprescindíveis para os gestores iniciarem um
planeamento de acções para baseado em informações confiáveis que diminuam o risco nos
empreendimentos.
Segundo Mores e Oliveira (2011) citado por Bertoletti (2015) a sincronia entre o sector de compras, o
sector comercial, o de contas a pagar e a receber bem como o controle da produção é de suma
importância para o desenvolvimento e controle financeiro da empresa. Para fazer a ligação sistémica
entre estes sectores existem ferramentas importantes como: o fluxo de caixa, o demonstrativo de
resultados de exercícios, Balanço do património e orçamento.

2.3.1.1 Demonstrativo de Resultado de Exercício (DRE)


A Demonstração do Resultado do Exercício é uma demonstração contábil que apresenta o
fluxo de receitas e despesas, que resulta em aumento ou redução do património líquido ente
duas datas (Hoji, 2009 citado por Bertoletti, 2015). Marion (2009) citado por Martins (2014:
29) conceitua a demonstração do resultado do exercício como sendo “um resumo das receitas
e despesas da empresa em um determinado período”.
O objectivo deste demonstrativo é apresentar o resultado do exercício, explicando a
composição de sua verificação e determinando o valor do resultado por quota ou acção do
capital integrado, permitindo ao gestor a demonstração dos aumentos e reduções
causados no património líquido pelas operações da empresa. (Pinto, Bianchini, Yoshino,
Motta e Trulha, 2009).

A Demonstração do Resultado do Exercício deve ser apresentada de forma dedutiva, isto é,


inicia-se com a receita operacional bruta e dela deduzem-se custos e despesas, para apurar o
lucro líquido” (hoji, 2009: 267 citado por Bertoletti, 2015). A demonstração do resultado do
exercício tem como finalidade apurar o lucro ou prejuízo de exercício, e transferir esse
resultado para lucros ou prejuízos acumulados.
Para Souza (2009) Martins (2014: 30) “as contas de receita registam as variações patrimoniais
positivas, elas aumentam o património líquido. As contas de despesa registam as variações
patrimoniais negativas, diminuindo o património líquido”. O demonstrativo de resultado de
exercício é “uma poderosa ferramenta para a tomada de decisão, pois retrata o confronto entre
receitas e despesas do período, ou seja, é a ferramenta que mostra o resultado do período em
análise”(Carlberg, 2005 citado por Martins, 2014: 30).
2.3.1.2 Balanço patrimonial
O balanço patrimonial é um instrumento fundamental nas tomadas de decisões e seus
resultados demonstram as operações da empresa e as transacções que terão realização futura.
Ele retrata uma situação da empresa ou organização em uma determinada data.
Marion (2009) citado por Martins (2014: 26) considera o balanço patrimonial como sendo “o
relatório mais importante gerado pela contabilidade, pois é através dele que se pode ver a
situação real económica e financeira da empresa em determinado período”.
O balanço patrimonial representa a demonstração financeira e patrimonial de uma
determinada empresa, quando as actividades do período-base se encerram.
Pelo balanço patrimonial são fornecidos alguns instrumentos para a gestão, que reduzem os
impactos financeiros de manutenção de investimentos no capital de giro e, reduzem, também,
os desperdícios em investimentos pouco viáveis.

2.3.1.3 Orçamento
Gitman (1997) citado por Martins (2014: 35) elucida que orçamento é “o processo que
consiste em avaliar e seleccionar investimentos a longo prazo, que sejam coerentes com os
objectivos da empresa, para maximizar a riqueza de seus proprietários”.Conforme Martins
(2014) o orçamento é uma repetição de todos os relatórios gerenciais actuais, porém, suas
alterações decorrem da melhor perspectiva que a empresa tem do mercado no momento de
sua elaboração.
Esta ferramenta, por ser utilizada para planear e controlar as actividades operacionais e de
capital da empresa, deve possuir uma estrutura flexível para alterações e de fácil
entendimento. Segundo Gomes (2009) citado por Martins (2014) as vantagens que as
empresas têm quando possuem um orçamento bem elaborado são:
 Fornecer um meio de transmitir os planos da administração a toda à organização;
 Forçar os administradores a pensar no futuro e planeá-lo;
 Revelar os potenciais gargalos ou problemas que a empresa pode vir a encontrar antes
que eles ocorram; e
 Definir metas que servirão de níveis de referência para a subsequente avaliação de
desempenho.
O objectivo do orçamento é de direccionaras metas de cada área da empresa. Ressalta
ainda que não existem parâmetros para que o orçamento seja formulado, sendo que o mesmo
pode variar dependendo da necessidade de cada empresa (Corrêa, 2010 citado por Martins,
2014).
2.4 Empresa
A empresa pode ser conceituada na vertente sociológica, jurídica e económica. Na concepção
económica a empresa é vista como “uma unidade de produção, composta por factores de
produção (capital, pessoas e técnicas), organizados de forma, a gerar valor acrescentado, sob
forma de produtos e serviços com o objectivo final de obtenção de lucro” (Madeira, 2001).
“Empresa é uma unidade económica organizada, que combinando o capital e trabalho,
produz ou faz circular bens ou presta serviços com finalidade de lucro. Adquire
personalidade jurídica pela inscrição de seus actos constitutivos nos órgãos de registo
próprio, adquirindo dessa forma capacidade jurídica para assumir direitos e obrigações. A
empresa deve ter sua sede, ou seja, deve ter um domicílio, local onde exercerá seus
direitos e responderá as suas obrigações” (Fabretti, 2003: 36 citado por Henrique, 2008:
19).

2.4.1. Caracterização das grandes Empresas


Conforme Chér (1991: 17) citado por Henrique (2008: 20) “existem muitos parâmetros para
definir as empresas, muitas vezes dentro de um país”. Para caracterizar as empresas, algumas
variáveis são tradicionalmente utilizadas, tais como: mão-de-obra empregada, capital
registado, quantidade produzida, etc. Tomazoni (2006) classifica as empresas utilizando o
critério quantitativo baseado no número de empregados e também a sua receita.
Conforme a classificação baseada na mão-de-obra ou número de empregados, Sebrae (2008)
citado por Araújo (2012), enfatiza que, considera-se microempresa aquela com até 19
empregados na indústria e até 09 no comércio e no sector de serviços; as pequenas empresas
são as que possuem na indústria de 20 a 99 empregados e, no comércio e serviços, de 10 a 49
empregados; as médias empresas possuem de 100 a 499 empregados nas indústrias e de 50 a
99 no comércio e serviços. Portanto, as grandes empresas possuem 500 ou mais empregados
na indústria e 100 ou mais no comércio e no sector de serviços.
CAPÍTULO III: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A metodologia é a parte do trabalho que aposta para a descrição de forma breve e precisa os
procedimentos, técnicas e material a serem utilizados na pesquisa, bem como a dimensão
teórica da investigação, de acordo com o problema enunciado e os objectivos pretendidos pelo
pesquisador (Castilho, Borges e Pereira, 2011). Para atender os objectivos propostos neste
estudo, e com base na fundamentação teórica, serão apresentados os seguintes procedimentos
metodológicos do presente trabalho.

3.1 TIPO DE PESQUISA

3.1.1 Quanto à naturesa


Quanto à natureza, optou-se na pesquisa aplicada, visto que, esta caracteriza-se por gerar
conhecimentos para aplicação prática, dirigindo à solução de problemas específicos, no caso
vertente gerar conhecimento acerca do contributo do fluxo de caixa na gestão financeira da
Empresa Rajahussen Gulamo Industrias.
Como dizem o Castilho, et, al., (2011) a pesquisa aplicada objectiva solucionar problemas que
surgem no dia-a-dia, que resultam na descoberta de princípios científicos que promovem o
avanço do conhecimento nas diferentes áreas.
Ela se empenha em desenvolver, testar e avaliar produtos e processos, encontrando
fundamentos nos princípios estabelecidos pela pesquisa básica e desenvolvendo uma
tecnologia de natureza utilitária e finalidade imediata.
Para a proponente a pesquisa aplicada tem como intuito produzir discernimentos para
aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos, impulsionando o avanço do
conhecimento científico. Portanto, os conhecimentos adquiridos servirão para a aplicação
prática no sentido de solucionar os problemas concretos da vida moderna.

3.1.2 Quanto à forma de abordagem


No que concerne a forma de abordagem é pesquisa quantitativa, pois, pretende-se quantificar
os resultados obtidos na Empresa Rajahussen Gulamo Industrias, isto é, traduzir em números
as opiniões e informações para classificá-las e analisá-las.
Conforme a abordagem de Silva e Menezes (2001, 20) “requer o uso de recursos e de técnicas
estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação,
análise de regressão, etc.) ”.
No modelo de investigação quantitativa, o investigador parte do conhecimento teórico
existente ou de resultados empíricos anteriores, pelo que a teoria antecede o objecto de
investigação; as hipóteses são derivadas da teoria e são formuladas com a maior
independência possível em relação aos casos concretos que se estudam” (Duarte, 2009).

Na pesquisa quantitativa o investigador usa primariamente alegações pós-positivistas para


desenvolvimento de conhecimento ou seja, raciocínio de causa e efeito, redução de variáveis
específicas e hipóteses e questões, uso de mensuração e observação e teste de teorias,
emprega estratégias de investigação como experimentos, levantamentos e colecta de dados,
instrumentos predeterminados que geram dados estatísticos (Creswell: 2007).

3.1.3 Quanto aos Objectivos


Do ponto de visto dos objectivos, esta pesquisa baseou-se na pesquisa explicativa, pois esse
tipo de pesquisa é a mais complexa pois regista, analisa, interpreta os fatos e identifica as suas
causas.
A maioria das pesquisas explicativas é experimental, em que se manipula e se controla as
variáveis (Castilho, et, al, 2011). Para (Gil, 2008:29) a pesquisa explicativa objectiva
“identificar os factores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenómenos.
Este é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a
razão, o porquê das coisas”.
A explicativa visa identificar os agentes que ocasionam ou colaboram para a ocorrência dos
factos. Examina o conhecimento da realidade porque explica a motivo, o “porquê” das coisas.
Quando realizada nas ciências naturais, requer o uso do método experimental, e nas ciências
sociais requer o uso do método obrigacional (Gil, 1991 citado por Silva e Menezes, 2001).

3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos


No que tange aos procedimentos técnicos o trabalho orientou-se na pesquisa bibliográfica e
estudo de caso, porque, por um lado, a pesquisa será desenvolvida com base no material já
elaborado, constituído principalmente de livros, monografias e artigos científicos. Em
conformidade com abordagem de Gil (1991) citado por Silva e Menezes (2001:20) a pesquisa
bibliográfica “consiste no uso de fontes secundárias, constituídas principalmente de livros,
artigos de periódicos e actualmente com material disponibilizado na Internet”. Nesta
perspectiva Fontelles et al. (2009) afirmam que:
A pesquisa bibliográfica é utilizada para compor a fundamentação teórica a partir da
avaliação atenta e sistemática de livros, periódicos, documentos, textos, mapas, fotos e
manuscritos. Este tipo de pesquisa fornece o suporte a todas as fases de um protocolo de
pesquisa, pois auxilia na escolha do tema, na definição da questão da pesquisa, na
determinação dos objectivos, na formulação das hipóteses, na fundamentação da
justificativa e na elaboração do relatório final.

Martins (2009: 12) citando Cervo e Bervian (1976, p. 69) diz que “qualquer tipo de pesquisa
em qualquer área do conhecimento, supõe e exige pesquisa bibliográfica prévia, quer para o
levantamento da situação em questão, quer para a fundamentação teórica”. Por outro, o
trabalho será desenvolvido com base num estudo exaustivo e profundo.

3.2 METODOS DE PESQUIZA


Para a concretização da presente pesquisa usou-se por um lado, o método hipotético-dedutivo
(como método de abordagem) herdeira da corrente epistemológica, denominada positivismo,
sendo que esta opção justifica-se pelo facto de permitir que o pesquisador proponha hipóteses
para que, através da dedução comprove os factos permitindo ainda que os dados colectados
sejam codificados em categorias numéricas e visualizados em gráficos ou tabelas.
Conforme Gil (1999) citado por Silva e Menezes (2001) o método hipotético-dedutivo
consiste na adopção da seguinte linha de raciocínio: quando os conhecimentos
disponíveis sobre determinado assunto são insuficientes para a explicação de um
fenómeno, surge o problema. Para tentar explicar a dificuldades expressas no problema,
são formuladas conjecturas ou hipóteses. Das hipóteses formuladas, deduzem-se
consequências que deverão ser testadas ou falseadas .

No método hipotético – dedutivo formula-se hipóteses, testando a ocorrência de fenómenos


abrangidos pela hipótese. São as variáveis que persistem como válidas resistindo as tentativas
de falseamento (Castilho atal, 2011). Por outro, basear-se-á no método estatístico (como
método de procedimentos) que se associa ao método hipotético-dedutivo, com o principal
objectivo de quantificar os resultados colectados e interpretação dos inquéritos e das consultas
documentais, com posterior representação em percentagens e produção de tabelas, com vista a
clarificar melhor os resultados.

3.3 TÉCNICAS DE COLECTA DE DADOS


Para a realização de uma pesquisa científica há necessidade de levantamento dos dados e
colecta por meio das técnicas de pesquisa. Nessa perspectiva para atingir os objectivos
propostos neste trabalho usou-se essencialmente a entrevista semi-estruturada e o questionário
como métodos principais de colecta de dados coadjuvados pela observação participativa.
3.3.1 Entrevista semi-estruturada
Conforme Medeiros (2009) citado por Greia (2013) esse tipo de entrevista pode fazer emergir
informações de forma mais livre e as respostas não estão condicionadas a uma padronização
de alternativas. Na visão da proponente, a entrevista semi-estruturada, contém perguntas mais
abertas, com mais liberdade, e, em geral, podem ser respondidas dentro de uma conversação
informal, além de ampla gama de possíveis entrevistados.
Esta técnica de colecta de dados foi dirigida aos Funcionários da Empresa Rajahussen
Gulamo industria. A escolha desse grupo alvo foi por um lado, ouvir alguém que tivesse
vivenciado directamente o fenómeno que se pretende analisar e por outro, escolher
participantes com relevância relacionada com estrutura administrativa da área em estudo.
Optou-se por esta técnica, porque por um lado, oferece dados para comparar evidências
recolhidas entre várias fontes de modo a ampliar a confiabilidade do estudo e por outro,
permite a grande flexibilidade nas perguntas, obtenção de dados não encontrados em fontes
documentais, possibilidade de obter informações mais precisas, podendo ser confrontadas e
comprovadas de imediato, e, porque fornece mais riqueza para obter o contexto.

3.3.2 Questionário
Como elucidam Silva e Menezes (2001, 33) o questionário “é uma série ordenada de
perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo informante. O questionário deve ser
objectivo, limitado em extensão e estar acompanhado de instruções”.
Neste trabalho esta técnica foi dirigido aos funcionários que foi constituído por uma série de
perguntas, que foram respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador. A vantagem
do questionário é de permitir que os respondentes se sintam mais à vontade e confiantes, para
além de obter a informação, também permite observar as características dos sujeitos
envolvidos na pesquisa.
Gil (2008) sugere que a construção de um questionário precisa ser reconhecida como um
procedimento técnico cuja elaboração requer uma série de cuidados, tais como: constatação de
sua eficácia para verificação dos objectivos; determinação da forma e do conteúdo das
questões; quantidade e ordenação das questões; construção das alternativas; apresentação do
questionário e pré-teste do questionário

3.3.3 Observação participativa


No que se refere à esta técnica, a proponente integrou-se no grupo em estudo, de modo a
observar e identificar as formas ou ferramentas de gestão financeira usadas pela empresa
Rajahussen Gulamo Industrias. Gil (1999,113) aponta que esta técnica consiste na
“participação real do conhecimento na vida da comunidade, do grupo ou de uma situação
determinada”. Neste caso, o observador assume, pelo menos até certo ponto, o papel de
membro do grupo.
Para Mann (1970:96) citado Lakatos e Marconi (2003: 194) a observação participante é uma
“tentativa de colocar o observador e o observado do mesmo lado, tomando-se o observador
um membro do grupo de molde a vivenciar o que eles vivenciam e trabalhar dentro do sistema
de referência deles”. Nesta técnica há mais vantagem no anonimato.

3.4 Universo/População
De acordo com abordagem de Silva e Menezes (2001:32) universo “é a totalidade de
indivíduos que possuem as mesmas características definidas para um determinado estudo”.
Para a pesquisadora o universo ou população é o conjunto de seres que apresentam pelo
menos uma característica em comum.
Conforme Gil (1999) a determinação do universo consiste em elucidar que pessoas ou coisas,
fenómenos serão pesquisados, enumerando as suas características comuns como por exemplo:
sexo, faixa etária, organização a que pertence, comunidade onde vive.
Para a presente pesquisa, o universo foi constituído por 547 funcionários da Empresa
Rajahussen Gulamo Industrias. A escolha deste universo ou população deve-se ao facto de
que, eles desempenham várias funções nos sectores de Administração na área em estudo.

3.4.1 Amostra
Gil (2007:100) afirma que “Amostra é o subconjunto do universo ou da população, por meio
do qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo ou população”. A
escolha dos sujeitos para este estudo foi não-probabilística e intencional. A selecção
intencional é aquela que o pesquisador faz a selecção por juízo particular, como
discernimento do tema ou representatividade subjectiva (Duarte 2011 citado por Greia 2013).
No caso vertente foram escolhidos ao todo 15 (quinze) funcionários da Empresa
Rajahussen Gulamo Industrias correspondentes a 2.74% do universo, por serem sujeitos que
directamente se relacionam com a dinâmica das actividades financeiras da Empresa em estudo
e outrossim por serem membros da direcção da Empresa têm um olhar e experiências
diferentes sobre a manifestação desses fenómenos.
O critério de escolha desses sujeito foi por um lado, ouvir alguém que tivesse vivenciado
directamente o fenómeno que se pretendeu analisar e por outro, escolher participantes com
relevância relacionada com estrutura administrativa da área em estudo.

Tabela 1: Distribuiçao da amostra.

Local de pesquisa População Técnica de colecta Amosra


de dados

Membros da direcção Entrevista 02


Empresa da Empresa
Rajahussen Gulamo
Industrias
Funcionários da Questionário 13
Empresa

Total 15
Fonte: Autora da pesquisa (2019).

3.5 Caracterização dos sujeitos da pesquisa


“Uma boa pesquisa exige fontes que sejam capazes de ajudar a responder sobre o problema
proposto. Elas deverão ter envolvimento com o assunto, disponibilidade e disposição em
falar” (Duarte, 2011:5 citado por Greia 2013: 131).
Para a materialização deste trabalho constituíram sujeitos da pesquisa, os funcionários da
Empresa Rajahussen Gulamo Industrias.
Conforme Duarte (2002) citado por Greia (2013):
Numa pesquisa o número de sujeitos que virão a compor o quadro do estudo
dificilmente pode ser ou não determinado a priori, tudo dependendo da
qualidade das informações obtidas em cada depoimento, assim como da
profundidade e do grau de convergência e divergência destas informações.
Por isso, é importante considerar que uma pessoa somente deve ser escolhida
como sujeito de estudo se realmente pode contribuir para ajudar a responder à
questão de pesquisa colocada.

Nesta perspectiva, a escolha dos sujeitos para este estudo foi não-probabilística e intencional.
A selecção intencional é aquela que o pesquisador faz a selecção por juízo particular, como
discernimento do tema ou representatividade subjectiva (Duarte 2011 citado por Greia 2013).
Neste caso foram escolhidos ao todo 15 (quinze) pessoas que trabalham na Empresa
Rajahussen Gulamo Industrias. De entre eles, os membros da direcção e funcionários da
Empresa, por serem sujeitos que directamente se relacionam com a dinâmica das actividades
financeiras da Empresa em estudo e outrossim por serem membros da direcção da Empresa
têm um olhar e experiências diferentes sobre a manifestação desses fenómenos.
Um total de 15 (quinze) pessoas seleccionadas equivalente a 100%, 02 (dois) equivalente a
13.33% são membros da direcção que foram entrevistados,13 (vinte) pessoas equivalentes a
86.67% são funcionários da Empresa que foram questionados.
O critério de escolha desses sujeito foi por um lado, ouvir alguém que tivesse vivenciado
directamente o fenómeno que se pretendeu analisar e por outro, escolher participantes com
relevância relacionada com estrutura administrativa da área em estudo.
CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
É neste capítulo, onde se faz a apresentação, análise e interpretação dos dados recolhidos no
campo de pesquisa, mediante os instrumentos de colecta de dados escolhidos pelo
pesquisador conforme os métodos que lhe guiam.
Na abordagem de Lakatos & Marconi (2000: 35) na apresentação, análise e interpretação de
dados “ o pesquisador entra em detalhes dos dados colectados a fim de conseguir as hipóteses
suas indagações e procurar estabelecer as relações necessárias entre os dados obtidos e as
formuladas”.
Gil (1999) elucida que não existem normas que indiquem os procedimentos a serem
adoptados no processo de interpretação dos dados e, sim, recomendações acerca dos cuidados
que os pesquisadores devem tomar, para que a interpretação não comprometa a pesquisa.
Neves e Domingues (2007: 103) citado por Greia (2013: 158) aconselham que “a análise seja
feita para atender aos objectivos da pesquisa e para comparar e confrontar dados e provas, a
fim de confirmar ou rejeitar as hipóteses ou responder às questões de estudo”.
Deste modo, com vista a dar maior visibilidade da investigação realizada, o presente capítulo
apresenta uma organização que vai primeiro privilegiar a apresentação dos resultados, seguido
do apoio bibliográfico do material revisado e depois interpretação e a sua respectiva
inferência e cruzamento de dados.
Este capítulo, é comummente conhecido como etapa de organizar e sumariar os dados de
forma a possibilitar o fornecimento de respostas ao problema proposto. É uma etapa que foi
antecedida por um conjunto de procedimentos que visava em transformar a descrição das
entrevistas colhidas dos informantes, que constitui um conjunto amplo e complexo de dados,
para chegar a elementos manipuláveis e que permitem estabelecer relações e obter conclusões.

4.1 Apresentação de dados


Este subcapítulo é reservado a apresentação dos dados recolhidos a partir das técnicas de
colecta de dados mencionados no capítulo anterior, onde foram colocadas as questões e
respondidas na totalidade. No entanto, importa referir que através dos dados recolhidos no
campo de pesquisa, mediante os instrumentos de colecta dos mesmos, faz-se a avaliação das
questões de pesquisa em relação a realidade notada no terreno, seguindo-se da conclusão e
síntese do que foi observado e analisado.
4.1.1 Apresentação dos resultados da entrevista direccionada aos membros da direcção
da Empresa
De forma a colectar dados nos membros da direcção daquela instituição, elaborou-se uma
entrevista dirigida ao director e outros membros da direcção. Foram entrevistados num total
de quatro (02) pessoas que correspondem a 13.33% da amostra.

4.1.1.1 Ferramenta (s) de gestão financeira na Empresa Rajahussen Gulamo Industrias


(RGI) e sua influência na tomada de decisão, nos ingressos e desembolsos de recursos
financeiros.
Para identificar as ferramentas de gestão financeira usadas pela Empresa Rajahussen Gulamo
Industrias e avaliar a sua influência na tomada de decisão, nos ingressos e desembolsos de
recursos financeiros, colocou-se para os membros da direcçao as seguintes questoes:
1. Que ferramenta (s) de gestão a Empresa Rajahussen Gulamo Industrias (RGI) usa na
Gestão financeira?
Em relação a questão acima mencionada é consensual entre os 02 entrevistados da Empresa
Rajahussen Gulamo Industrias correspondentes à 13,33% da amostra a afirmação de que a
Empresa Rajahussen Gulamo Industrias usa o demostrativo de resultados de exercicios,
balanço e o fluxo de caixa como ferramentas de gestão financeira.
Como admitiu o Tecnico de conta da empresa a respeito da questão em análise: “ a Empresa
Rajahussen Gulamo Industrias usa o demostrativo de resultados de exercicios, balanço e o
fluxo de caixa como ferramentas de gestão financeira”.

2. Será que o fluxo de caixa ajuda a Empresa a estabelecer metas que facilitam os ingressos
e desembolsos de recursos financeiros?
Paralelamente a esta questão, os 02 entrevistados correspondentes à 13.33% foram unánimes
em afirmar que o fluxo de caixa constitui uma ferramenta de gestão financira que auxilia a
Empresa Rajahussen Gulamo Industrias a estabelecer metas que facilitam os ingressos e
desembolsos de recursos financeiros.
O Tesoreiro da empresa respondeu a mesma questão nos sequentes termos: “ ao elaborar o
fluxo de caixa, o empresário terá uma visão do presente e do futuro, o fluxo de caixa é uma
excelente ferramenta para avaliar a dispinibilidade de caixa e a liquidez da empresa,
permetindo que a empresa estabeleça metas que facilitam os ingressos e desembolsos de
recursos financeiros”.
Os depoimentos dos entrevistados deixam claro que o fluxo de caixa como ferramenta de
gestão financira auxilia o gestor financeiro a estabelecer metas que facilitam os ingressos e
desembolsos de recursos financeiros.

3. Qual é influência do fluxo de caixa na tomada de decisão do gestor financeiro?


No que concerne a questão acima referenciada, importa realçar que os 02 entrevistados
correspondentes à 13.33% foram unânimes em afirmar que o fluxo de caixa contribui na
tomada de decisão do gestor financeiro, como admitiu o adjunto chefe da Empresa
“...conhecer a situação financeira ou de liquidez da empresa através do fluxo de caixa,
contribui fundamentalmente no processo de tomada de decisão...”.

4.1.1.2 Fluxo de caixa no gerenciamento e controlo de recursos financeiros e na previsão


do futuro financeiro da Empresa
Com o intuito de saber se o fluxo contribui no gerenciamento e controlo de recursos
financeiros fez-se aos entrevistados a seguinte questão:

4.Será que o fluxo de caixa contribui no gerenciamento e controlo de recursos financeiros?


Relativamente a esta questão, dos 02 entrevistados correspondentes à 13.33%, 01 equivalente
a 6.67% da amostra afirmou que o fluxo de caixa é de extrema importância de gerenciamento
e controlo desde os pagamentos e recebimentos de recursos financeiros. E o outro 01
entrevistado equivalente 6.67% da amostra de forma contraditória afirmou que o fluxo de
caixa nao contriui no gerenciamento e controlo de recursos financeiros porque esta ferramenta
dificulta visualizar os demostrativos de resultados cobrados e pagos num determinado
período.

De forma a compreender se o fluxo de caixa dificulta o gestor financeiro a prever o futuro


financeiro da Empresa, colocou-se aos entrevistados a seguinte questão:
5.Na sua opinião, a ferramenta “fluxo de caixa” dificulta o gestor financeiro a prever o futuro
financeiro da Empresa?
Relativamente a esta questão, os 02 entrevistados correspondentes a 13.33% da amostra de
forma consensual afirmaram que o fluxo de caixa como ferramenta de gestão financeira não
dificulta o gestor financeiro a fazer a previsão do futuro financeiro da Empresa.
Como opinou o Tecnico de contas da Empresa no que tange a questão acima mecionada “...
esta ferramenta proporciona ao gestor financeiro uma visão estratégica da situação da
Empresa, pois demonstra em que período a empresa precisa captar recursos ou aplicá-los
quando existir excedente de caixa, visualizando o volume de venda da Empresa...”.

4.1.1.3 Contribuição do fluxo de caixa na comprovacao do caixa de empreendiento


De forma a perceber se o fluxo de ciaxa auxilia o gestor financeiro a compravar o caixa de
empreendimento, a proponente colocou aos entrevistados a seguinte questão:
6. Será que o fluxo de caixa auxilia o gestor financeiro a comprovar o caixa de
empreendimento?
No que tange à questão acima referenciada, os 02 entrevistados equivalentes a 13.33% da
amostra foram unânimes em afirmar que o fluxo de caixa facilita o gestor financeiro a
comprovar o caixa de empreendimento, porporcionando ao gestor uma visão ampla dos
aspectos financeiros da empresa, dando a ele maior respaldo para efetuar seus investimentos,
pois essa ferramenta deixa claro a origem e o destino dos valores.
O Tesoreiro da empresa foi franca em afirmar que “.... o fluxo de caixa como ferramenta de
aferição e interpretação de variações dos saldos do disponível da empresa, visualiza o
produto final da integração das contas a receber com as contas a pagar, ou cotas recebidas
com as contas pagas, o que ajuda o gestor a comprovar as operações financeiras que serão
conseguidas pela empresa ...”.

4.1.2 Apresentação dos resultados do questionário dirigido aos funcionários da Empresa


Rajahussen Gulamo Industrias (RGI)
De forma a consolidar uma síntese mais robusta, elaborou-se um questionário dirigido aos
funcionários da Empresa Rajahussen Gulamo Industrias. Foram questionados 13 (treze)
funcionários que correspondem a 86.67% da amostra, onde os dados foram tabelados e
analisados de acordo com a percentagem obtida nas respostas dadas.

4.1.2.1 Ferramenta (s) de gestão financeira na Empresa Rajahussen Gulamo Industrias


(RGI)
Para identificar as ferramentas de gestão financeira usadas pela Empresa Rajahussen Gulamo
Industrias, colocou-se aos funcionarios a seguinte questão:
1. Que ferramenta (s) de gestão a Empresa Rajahussen Gulamo Industrias (RGI) usa na
Gestão financeira?
Em relação a questão mencionada, obteve-se dos questionados os resultados abaixo tabelados.
Tabela 2: Resposta da amostra em relação a questão nº 1.

Pergunta Opção Frequência Percentagem


a)Fluxo de caixa 08 53.34%

Que ferramenta (s) de gestão b)Demonstrativo de 03 20%


a Empresa Rajahussen Resultados de Exercícios
Gulamo Industrias (RGI) usa c) Balanço Patrimonial 02 13.33%
na Gestão financeira?
d) Orçamento. 00 00%

Total 04 13 86.67%
Fonte: Autora da pesquisa (2019).
Dos 13 (treze) funcionários questionados, 08 correspondentes a 53.34% da amostra
responderam que a Empresa Rajahussen Gulamo Industrias (RGI) usa o fluxo de caixa como
ferramenta de gestão financeira. Em torno da mesma questão 03 funcionários equivalentes a
20% da amostra responderam de forma unânime que a Empresa Rajahussen Gulamo
Industrias (RGI) usa o Demonstrativo de Resultados de Exercícios como ferramenta de gestão
financeira. E 02 funcionários corespondentes a 13.33% da amostra foram uniformes em
afirmar que a Empresa Rajahussen Gulamo Industrias (RGI) usa o balanço patrimonial como
feramenta de gestão financeira.

4.1.2.2 Influência do fluxo de caixa nos ingressos e desembolsos de recursos financeiros e


na tomada de decisão.
A fim de perceber se o contributo do fluxo de caixa nos ingressos e desembolsos de recursos
financeiros, fez-se a seguinte pergunta:
1. Na sua opinião, o fluxo de caixa facilitam os ingressos e desembolsos de recursos
financeiros? Relativamente a questão acima mencionada, obteve-se dos inqueridos os
resultados abaixo tabelados.
Tabela 3: Resposta da amostra em relação a questão nº 2.
Pergunta Opção Frequência Percentagem

Na sua opinião, o fluxo de caixa facilita SIM 10 66.67%


os ingressos e desembolsos de recursos
financeiros? NÃO 03 20%

Total 2 13 86.67%
Fonte: Autors da pesquisa (2019).
Dos 13 (treze) funcionários questionados, 10 correspondentes a 66.67% da amostra
responderam que o fluxo de caixa facilta os ingressos e desembolsos de recursos financeiros.
Em torno da mesma questão 03 funcionários equivalentes a 20% da amostra foram unânimes
em responder que o fluxo de caixa não facilita os ingressos e desembolsos de recursos
financeiros, argumentando que esta ferramenta dada a sua complexidade, compromete a
visualização entrada e saida de rugursos financeiros distorcendo os valores projectados.
Com o propósito de saber se o fluxo de caixa contribui na tomada de decisão do gestor
financeiro, colocou-se aos funcionários a seguinte questão:
1. O fluxo de caixa contribui na tomada de decisão no contexto financeiro? Em relaçao a esta
questão acima referenciada, obteve-se dos questionados resultados da tabela abaixo.
Tabela 4: Resposta da amostra em relação a questão nº 3.

Pergunta Opção Frequência Percentagem


SIM 13 86.67%
O fluxo de caixa contribui na tomada de
decisão no contexto financeiro? NÃO 00 00%

Total 2 13 86.67%

Fonte: Autora de pesquisa (2019).


Como ilustra a tabela acima, os 13 (treze) funcionários questionados correspondentes a
86.67% da amostra responderam de forma uniforme que fluxo de caixa contribui na tomada
de decisão no contexto financeiro, enfatizando que o fluxo de caixa como ferramenta de
gestão que visualiza a situação financeira da empresa, contribui fundamentalmente no
processo de tomada de decisão, por parte do gestor financeiro.

4.1.2.3 Contribuição do Fluxo de caixa no gerenciamento e controlo de recursos


financeiros e na previsão do futuro financeiro da Empresa
Com o intuito de saber dos questionados se o fluxo caixa contribui no gerenciamento e
contrlo de recursos financeiros, colocou-se a seguinte questao:
1.Será que o fluxo de caixa contribui no gerenciamento e controlo de recursos financeiros?
No que concerne a esta questao, obteve-se os resultados ilustrados na tabela 5.
Tabela 5: Resposta da amostra em relação a questão nº 4.

Pergunta Opção Frequência Percentagem


Será que o fluxo de caixa contribui no SIM 11 73.34%
gerenciamento e controlo de recursos
financeiros? NÃO 02 13.33%

Total 02 13 86.67%

Fonte: Autora de pesquisa (2019).


Dos 13 (treze) funcionários questionados 11 correspondentes a 73.34% da amostra
responderam que o fluxo de caixa contribui grandemente no gerenciamento e controlo de
recursos financeiros. Em torno da mesma questão 02 equivalentes a 13.33% da amostra
responderam que o fluxo de caixa não contribui no gerenciamento e controlo de recursos
financeiros.

4.1.2.3 Fluxo de caixa na previsão do futuro financeiro da Empresa e na comprovação


do caixa de empreendimento
Na tentantiva de perceber se o fluxo de caixa como ferramenta de gestão financeira dificulta o
gestor a prever o futuro financeiro da Empresa, fez-se a seguinte questão aos funcionarios da
Empresa em estudo:
1.Na sua opinião, a ferramenta “fluxo de caixa” dificulta o gestor financeiro a prever o futuro
financeiro da Empresa? No que tange a esta questao, obteve-se os resultados abaixo
tabulados.
Tabela 6: Resposta da amostra em relação a questão nº 5.

Pergunta Opção Frequência Percentagem

Na sua opinião, a ferramenta “fluxo SIM 02 13.37%


de caixa” dificulta o gestor financeiro
a prever o futuro financeiro da NÃO 11 73.34%
Empresa?
Total 02 13 86.67%

Fonte: Autora de pesquisa (2019).


Dos 13 (treze) funcionários questionados, 02 correspondentes a 13.37% da amostra de forma
uniforme responderam que a ferramenta “fluxo de caixa” dificulta o gestor financeiro a prever
o futuro financeiro da Empresa. Em torno da mesma questão, 11 equivalentes a 73.34% da
amostra responderam que a ferramenta fluxo de caixa não dificulta o gestor financeiro a
prever o futuro financeiro da Empresa, pois esta ferramenta proporciona ao gestor financeiro
uma visão estratégica da situação da Empresa, demonstrando o volume de venda da Empresa.
Na perspectiva de saber o cotributo do fluxo de caixa na comprovacao do caixa de
empreendimento, questionou-se aos funcionarios da Empresa da seguinte maneira:
Será que o fluxo de caixa auxilia o gestor financeiro a comprovar o caixa de
empreendimento? Paralelamente a questao supracitada obteve-se dos questionados os
resuldados ilustrados na tabela abaixo.
Tabela 7: Resposta da amostra em relação a questão nº 6.

Pergunta Opção Frequência Percentagem

6. Será que o fluxo de caixa auxilia o gestor SIM 09 60%


financeiro a comprovar o caixa de
empreendimento? NÃO 04 26.67%

Total 02 13 86.67%

Fonte: Autora de pesquisa (2019).


Dos 13 (treze) funcionários questionados, 09 correspondentes a 60% da amostra responderam
de forma unânimes que o fluxo de caixa ajuda o gestor financeiro a comprovar o caixa de
empreendimento. Em torno da mesma questão 04 equivalentes a 26.67% da amostra
respondera que o fluxo de caixa não auxilia o gestor financeiro a comprovar o caixa de
empreendimento.

4.1.3 Apresentação de dados observados no campo de pesquisa


Dos aspectos observados destacam-se recursos humanos existentes na Empresa Rajahussen
Gulamo Industrias (RGI). Relativamente aos recursos humanos, a proponente observou que
na Empresa Rajahussen Gulamo Industrias (RGI), existe funcionários que trabalham na área
de contabilidade e noutras áreas manufatureiras, mas de referir que não foi possivel
quantificá-los.

4.2 Triangulação dos dados


Uma das formas de assegurar a validade dos resultados obtidos é através do recurso à
triangulação dos dados. A triangulação também permite avaliar a fiabilidade duma
investigação.
Na visão da proponente a triangulação é a combinação de metodologias no estudo de factos
similares. Por meio da combinação de diferentes métodos no mesmo estudo, os observadores
podem, parcialmente, superar as deficiências que emanam de um único indagador ou método.
Conforme a abordagem de Greia (2013) a triangulação consiste em ajustar dois ou mais
pontos de vista, fontes de dados, abordagens teóricas ou métodos de colecta de dados numa
mesma pesquisa para que possam obter como produto final um retrato mais fidedigno da
realidade ou uma percepção mais completa do fenómeno a analisar.
O uso de múltiplas fontes de evidência na pesquisa permite que o pesquisador aborde uma
variação maior de aspectos históricos e comportamentais, desenvolvendo linhas convergentes
de investigação. Segundo Jensen e Jankowski (1993) citado por Figaro (2014: 128), há quatro
tipos de triangulação:
“Triangulação de dados, de investigador, de teoria e de métodos. A triangulação de dados
trata das diferentes dimensões de tempo, de espaço e de nível analítico a partir dos quais
o pesquisador busca as informações para sua pesquisa. A triangulação de pesquisadores é
a construção de equipa composta por investigadores de diferentes áreas do saber. A
triangulação de teoria pressupõe a abordagem do objecto empírico por perspectivas
conceituais e teóricas diferentes. A triangulação metodológica é adoptada quando se
utilizam diferentes métodos de investigação para a recolha de dados e a análise do
objecto em estudo”.

No presente trabalho optou-se pela triangulação metodológica por ter recorrido a três
diferentes métodos de recolha de dados. Concretamente usou-se a entrevista semi-estruturada
e o questionário como métodos principais de colecta de dados coadjuvados pela observação
participativa.
Neste sentido, o principal objectivo da integração de métodos seria a convergência de
resultados de investigação, resultados que seriam válidos se conduzissem às mesmas
conclusões. Assim, os dados relativos às entrevistas, o questionário e a observação feita na
Empresa Rajahussen Gulamo Industrias (RGI) constituem a quinta-essência dessa
triangulação. Com efeito, os métodos aplicados no presente trabalho apresentam os seguintes
resultados:
Quanto à entrevista, nas questões referentes a influência do fluxo de caixa nos ingressos e
desembolsos de recursos financeiros e na tomada de decisão por parte do gestor financeiro, na
previsão do futuro financeiro e na comprovação do caixa de empreendimento, importa
destacar que os depoimentos dos entrevistados deixaram claro que o fluxo de caixa como
ferramenta de gestão financeira auxilia o gestor financeiro a estabelecer metas que facilitam
os ingressos e desembolsos de recursos financeiros. Todos entrevistados correspondentes à
13.33% da amostra afirmaram que o fluxo de caixa é uma excelente ferramenta para avaliar a
dispinibilidade de caixa da empresa, permetindo que a empresa estabeleça metas que facilitam
os ingressos e desembolsos de recursos financeiros
Ficou igualmente claro que o fluxo de caixa contribui na tomada de decisão do gestor
financeiro, visto que os 02 entrevistados correspondentes a 13.33% da amostra
consensualmente afirmaram que conhecer a situação financeira da empresa através do fluxo
de caixa, contribui grandemente no processo de tomada de decisão.
Indagados os funcionários da Empresa Rajahussen Gulamo Industrias (RGI), em forma de
entrevista sobre a ferramenta “fluxo de caixa” dificulta o gestor financeiro a prever o futuro
financeiro da Empresa, os 02 entrevistados correspondentes a 13.33% da amostra de forma
consensual afirmaram que o fluxo de caixa como ferramenta de gestão financeira não dificulta
o gestor financeiro a fazer a previsão do futuro financeiro da Empresa, enfatizando que esta
ferramenta proporciona ao gestor financeiro uma visão estratégica da situação da Empresa,
pois demonstra em que período a empresa precisa capitar recursos ou aplicá-los.
Ainda na entrevista, ficou evidente que o fluxo de caixa facilita o gestor financeiro a
comprovar o caixa de empreendimento, pois todos entrevistados equivalentes a 13.33% da
amostra foram unânimes em afirmar que o fluxo de caixa ajuda o gestor financeiro a
comprovar o caixa de empreendimento, porporcionando ao gestor uma visão ampla dos
aspectos financeiros da empresa, dando a ele maior respaldo para efetuar seus investimentos,
pois essa ferramenta deixa claro a origem e o destino dos valores.
No que concerne ao questionário, nos aspectos inerentes a influência do fluxo de caixa nos
ingressos e desembolsos de recursos financeiros e na tomada de decisão por parte do gestor
financeiro, na previsão do futuro financeiro e na comprovação do caixa de empreendimento,
importa dizer que o fluxo de caixa como ferramenta de gestão financira auxilia o gestor
financeiro a estabelecer metas que facilitam os ingressos e desembolsos de recursos
financeiros, visto que os dados representados na tabela 3 da questão nº 2 do questionário
mostram que dos 13 (treze) funcionários questionados, 10 correspondentes a 66.67% da
amostra responderam que o fluxo de caixa facilta os ingressos e desembolsos de recursos
financeiros. Contrariamente a 03 funcionários equivalentes a 20% da amostra que foram
unânimes em responder que o fluxo de caixa não facilita os ingressos e desembolsos de
recursos financeiros, argumentando que esta ferramenta dada a sua complexidade,
comprometea visualização a entrada e saida de rugursos financeiros distorcendo os valores
projectados.
No que tange à influência o fluxo de caixa na tomada de decisão, convém realçar que os
dados ilustrados na tabela 4 da questão nº 3 do questionário evidenciam que, os 13 (treze)
funcionários questionados correspondentes a 86.67% da amostra responderam de forma
uniforme que fluxo de caixa contribui na tomada de decisão no contexto financeiro,
enfatizando que o fluxo de caixa como ferramenta de gestão que visualiza a situação
financeira da empresa, contribui fundamentalmente no processo de tomada de decisão, por
parte do gestor financeiro.
Relativamente a questão inerente a influência do fluxo de caixa na previsão do futuro
financeiro, importa dizer que os dados representados na tabela 6 da questão nº 5 do
questionário mostram que dos 13 (treze) funcionários questionados, 02 correspondentes a
13.37% da amostra de forma uniforme responderam que a ferramenta “fluxo de caixa”
dificulta o gestor financeiro a prever o futuro financeiro da Empresa. Contrariamente a 11
equivalentes a 73.34% da amostra responderam que a ferramenta fluxo de caixa não dificulta
o gestor financeiro a prever o futuro financeiro da Empresa, pois esta ferramenta proporciona
ao gestor financeiro uma visão estratégica da situação da Empresa, demonstrando o volume
de venda da Empresa.
Atinente a influência do fluxo de caixa na comprovação do caixa de empreendimento,
convém referir que os resultados representados na tabela 7 da questão nº 6 do questionário
evidenciam que os 13 (treze) funcionários questionados, 09 correspondentes a 60% da
amostra responderam de forma unânimes que o fluxo de caixa ajuda o gestor financeiro a
comprovar o caixa de empreendimento. Em torno da mesma questão 04 equivalentes a
26.67% da amostra respondera que o fluxo de caixa não auxilia o gestor financeiro a
comprovar o caixa de empreendimento.
No que se refere a observação participativa feita pela proponente nesta Empresa durante o
período de recolha de dados constatou-se claramente que na Empresa Rajahussen Gulamo
Industrias (RGI), existe funcionários que trabalham na área de contabilidade e outros
trabalham noutras áreas manufatureiras, mas de referir que não foi possivel quantificá-los.
Assim, os resultados das duas (02) técnicas (entrevista semi-estruturada e o questionário)
usadas, coadjuvadas com a observação participativa mostraram francamente a convergência
dos entrevistados e questionados em afirmar a o fluxo de caixa como ferramenta de gestão
financira auxilia o gestor financeiro a estabelecer metas que facilitam os ingressos e
desembolsos de recursos financeiros.Todos entrevistados correspondentes à 13.33% da
amostra afirmaram que o fluxo de caixa é uma excelente ferramenta para avaliar a
dispinibilidade de caixa da empresa, permetindo que a empresa estabeleça metas que facilitam
os ingressos e desembolsos de recursos financeiros, pois todos todos entrevistados
correspondentes à 13.33% da amostra afirmaram que o fluxo de caixa é uma excelente
ferramenta para avaliar a dispinibilidade de caixa da empresa, permetindo que a empresa
estabeleça metas que facilitam os ingressos e desembolsos de recursos financeiros. E de
acordo com os dados representados representados na tabela 3 da questão nº 2 do questionário,
fica claro que dos 13 (treze) funcionários questionados, 10 correspondentes a 66.67% da
amostra responderam que o fluxo de caixa facilta os ingressos e desembolsos de recursos
financeiros. Contrariamente a 03 funcionários equivalentes a 20% da amostra que foram
unânimes em responder que o fluxo de caixa não facilita os ingressos e desembolsos de
recursos financeiros. É evidente que os 02 entrevistados correspondentes a 13.33% da amostra
com os 10 questionados equivalentes a 66.67% da amostra completam um total de 12
elementos que correspondem a 80% da amostra e que foram unânimes em afirmar que o fluxo
de caixa ajuda a empresa a estabelecer metas e desenvolver estratégias que facilitam os
ingressos e desembolsos de recursos financeiros.
Como se pode notar, ao comparar os resultados obtidos através da entrevista e do
questionário, torna-se evidente a convergência de que o fluxo de caixa ajuda a empresa a
estabelecer metas e desenvolver estratégias que facilitam os ingressos e desembolsos de
recursos financeiros.
Quanto ao contributo do fluxo de caixa na tomada de decisão, importar dizer que os
resultados das duas (02) técnicas (entrevista semi-estruturada e o questionário) usadas,
coadjuvadas com a observação participativa mostraram igualmente a convergência dos
entrevistados e questionados em dizer que o fluxo de caixa contribui na tomada de decisão do
gestor financeiro, visto que os 02 entrevistados correspondentes a 13.33% da amostra
consensualmente afirmaram que conhecer a situação financeira da empresa através do fluxo
de caixa, contribui grandemente no processo de tomada de decisão. E de acordo com os dados
ilustrados na tabela 4 da questão nº 3 do questionário é evidente que, os 13 (treze)
funcionários questionados correspondentes a 86.67% da amostra responderam de forma
uniforme que fluxo de caixa contribui na tomada de decisão no contexto financeiro,
enfatizando que o fluxo de caixa como ferramenta de gestão que visualiza a situação
financeira da empresa, contribui fundamentalmente no processo de tomada de decisão, por
parte do gestor financeiro.
É notório que os 02 entrevistados correspondentes a 13.33% da amostra com os 13
questionados correspondentes a 86.67% da amostra completam um total de 15 elementos que
correspondem a 100% da amostra que consensualmente responderam que fluxo de caixa
contribui na tomada de decisão do gestor financeiro. Como se pode observar, ao comparar os
resultados obtidos através da entrevista e do questionário, torna-se evidente que o fluxo de
caixa como ferramenta de gestão que visualiza a situação financeira da empresa, contribui
fundamentalmente no processo de tomada de decisão, por parte do gestor financeiro.
Paralelamente a influência do fluxo de caixa na previsão do futuro financeiro, de referir que
os resultados das duas (02) técnicas (entrevista semi-estruturada e o questionário) usadas,
coadjuvadas com a observação participativa mostraram nitidamente a convergência dos
entrevistados e questionados em admitir que o fluxo de caixa como ferramenta de gestão
financeira não dificulta o gestor financeiro a fazer a previsão do futuro financeiro da Empresa,
pois os 02 entrevistados correspondentes a 13.33% da amostra de forma consensual
afirmaram que o fluxo de caixa como ferramenta de gestão financeira não dificulta o gestor
financeiro a fazer a previsão do futuro financeiro da Empresa, enfatizando que esta ferramenta
proporciona ao gestor financeiro uma visão estratégica da situação da Empresa. E com base
nos dados representados na tabela 6 da questão nº 5 do questionário, dos 13 (treze)
funcionários questionados, 02 correspondentes a 13.37% da amostra de forma uniforme
responderam que a ferramenta fluxo de caixa dificulta o gestor financeiro a prever o futuro
financeiro da Empresa. Contrariamente a 11 equivalentes a 73.34% da amostra responderam
que a ferramenta fluxo de caixa não dificulta o gestor financeiro a prever o futuro financeiro
da Empresa, pois esta ferramenta proporciona ao gestor financeiro uma visão estratégica da
situação da Empresa, demonstrando o volume de venda da Empresa.
É evidente que os 02 entrevistados correspondentes a 13.33% da amostra com os 11
questionados equivalentes a 73.34% da amostra completam um total de 13 elementos que
correspondem a 86.67% da amostra que unanimemente afirmaram que o fluxo de caixa não
dificulta o gestor financeiro a prever o futuro financeiro da Empresa.
Como se pode constatar no enuciado acima referenciado, ao comparar os resultados obtidos
através da entrevista e questionário, torna-se claro que a ferramenta fluxo de caixa não
dificulta o gestor financeiro a prever o futuro financeiro da Empresa, pois esta ferramenta
proporciona ao gestor financeiro uma visão estratégica da situação da Empresa, demonstrando
o volume de venda da Empresa.
Finalmente, os resultados das duas (02) técnicas (entrevista semi-estruturada e o questionário)
usadas, coadjuvadas com a observação participativa mostraram nitidamente a convergência
dos entrevistados e questionados em admitir que o fluxo de caixa ajuda o gestor financeiro a
comprovar o caixa de empreendimento, pois todos entrevistados equivalentes a 13.33% da
amostra foram unânimes em afirmar que o fluxo de caixa ajuda o gestor financeiro a
comprovar o caixa de empreendimento, porporcionando ao gestor uma visão ampla dos
aspectos financeiros da empresa, dando a ele maior respaldo para efetuar seus investimentos,
pois essa ferramenta deixa claro a origem e o destino dos valores. E segundo os resultados
representados na tabela 7 da questão nº 6 do questionário, é notório que os 13 (treze)
funcionários questionados, 09 correspondentes a 60% da amostra responderam de forma
unânimes que o fluxo de caixa ajuda o gestor financeiro a comprovar o caixa de
empreendimento. Em torno da mesma questão 04 equivalentes a 26.67% da amostra
responderam que o fluxo de caixa não auxilia o gestor financeiro a comprovar o caixa de
empreendimento.
É evidente que os 02 entrevistados correspondentes a 13.33% da amostra com os 09
questionados equivalentes a 60% da amostra completam um total de 11 elementos que
correspondem a 73.33% da amostra que unanimemente afirmaram que o fluxo de caixa ajuda
o gestor financeiro a comprovar o caixa de empreendimento. Como se pode constatar no
enuciado acima referenciado, ao comparar os resultados obtidos através da entrevista e
questionário, torna-se claro que o fluxo de caixa ajuda o gestor financeiro a comprovar o
caixa de empreendimento, porporcionando ao gestor uma visão ampla dos aspectos
financeiros da empresa.

4.3 Discussão ou confrontação das hipóteses


Após a apresentação e triangulação dos dados colhidos, segue-se a fase da verificação das
hipóteses que foram levantadas como prováveis respostas do problema proposto, onde estas
serão comprovadas ou refutadas.
Hipótese 1: O fluxo de caixa ajuda a Empresa a estabelecer metas e desenvolver
estratégias que facilitam os ingressos e desembolsos de recursos financeiros.
Da apresentação e triangulação feita dos resultados da entrevista e questionário sobre o
contributo do fluxo de caixa nos ingressos e desembolsos de recursos financeiros e com
auxílio da tabela 3 da questão nº 2 do questionário, fica comprovada a hipótese segundo a
qual “O fluxo de caixa ajuda a Empresa a estabelecer metas e desenvolver estratégias que
facilitam os ingressos e desembolsos de recursos financeiros”. Esta hipótese é comprovada
na questão nº 2 da entrevista e do questionário, na medida em que 12 funcionários (02
entrevistados e 10 questionados) correspondentes a 80% da amostra afirmaram que o fluxo de
caixa ajuda a Empresa a estabelecer metas e desenvolver estratégias que facilitam os ingressos
e desembolsos de recursos financeiros. Cerca de 03 funcionários questionados
correspondentes a 20% da amostra afirmaram que o fluxo de caixa não ajuda a Empresa a
estabelecer metas e desenvolver estratégias que facilitam os ingressos e desembolsos de
recursos financeiros. Portanto, os 80% dos 100% foram unânimes em afirmar que o fluxo de
caixa ajuda a Empresa a estabelecer metas e desenvolver estratégias que facilitam os ingressos
e desembolsos de recursos financeiros, com isto valida-se a hipótese.

Hipótese 2: O fluxo de caixa contribui na tomada de decisão e no gerenciamento e


controle de recursos financeiros.
Dos resultados obtidos na tabela 4 da questão nº 3 do questionário e da análise e
triangulação feita dos resultados dos entrevistados e questionados sobre a influência do fluxo
de caixa contribui na tomada de decisão e no gerenciamento e controle de recursos
financeiros, fica comprovada a hipótese segundo a qual “O fluxo de caixa contribui na
tomada de decisão e no gerenciamento e controle de recursos financeiros.”. Esta hipótese é
comprovada na questão nº 3 da entrevista e do questionário, na medida em que 15
funcionários ( 02 entrevistados e 13 questionados) correspondentes a 100% da amostra
consensualmente afirmaram que a o fluxo de caixa contribui na tomada de decisão e no
gerenciamento e controle de recursos financeiros. Este enfatizaram que conhecer a situação
financeira da empresa através do fluxo de caixa, contribui grandemente no processo de
tomada de decisão por parte do gestor financeiro. Assim os 15 fucionários equivalentes a
100% da amostra validam a hipótese.

Hipótese 3: O fluxo de caixa embaraça o gestor financeiro a fazer previsões sobre o


futuro financeiro da empresa.
Da apresentação e triangulação feita dos resultados dos entrevistados e questionados
sobre o fluxo de caixa na previsão do futuro financeiro da empresa, com base na tabela 6 da
questão nº 5 do questionário, fica refutada a hipótese segundo a qual “o fluxo de caixa
dificulta o gestor financeiro a fazer previsões sobre o futuro financeiro da empresa”. Esta
hipótese é refutada na questão nº 5 da entrevista e do questionário, na medida em que 13
funcionários (02 entrevistados e 11 questionados) equivalentes a 86.67% da amostra
consensualmente admitiram que o fluxo de caixa não dificulta o gestor financeiro a fazer
previsões sobre o futuro financeiro da empresa. E 02 funcionários questionados
correspondentes a 13.33% da amostra foram unânimes em admitir que o fluxo de caixa
dificulta o gestor financeiro a fazer previsões sobre o futuro financeiro da empresa. Portanto,
os 86.67% dos 100% refutam a hipótese.
Hipótese 4: O fluxo de caixa ajuda o gestor financeiro a comprovar o caixa de
empreendimento.
Dos resultados obtidos na tabela 7 da questão nº 6 do questionário e da análise e
triangulação feita dos resultados dos entrevistados e questionados sobre o fluxo de caixa ajuda
a comprovar o caixa de empreendimento, fica comprovada a hipótese segundo a qual “fluxo
de caixa ajuda o gestor financeiro a comprovar o caixa de empreendimento”. Esta hipótese é
comprovada na questão nº 6 da entrevista e do questionário, na medida em que 11
funcionários (02 entrevistados e 09 funcionários questionados) correspondentes a 73.33% da
amostra consensualmente afirmaram que o fluxo de caixa ajuda o gestor financeiro a
comprovar o caixa de empreendimento. Este enfatizam que o fluxo de caixa porporciona ao
gestor uma visão ampla dos aspectos financeiros da empresa, dando a ele maior respaldo para
efetuar seus investimentos, pois essa ferramenta deixa claro a origem e o destino dos valores.
Contrariamente a 04 funcionários questionados equivalentes a 26.67% da amostra disseram
que o fluxo de caixa não ajuda o gestor financeiro a comprovar o caixa de empreendimento.
Assim a luz dos 73.33% da amostra, a hipótese é aprovada.
CONCLUSÃO
A abordagem feita sobre o fluxo de caixa como ferramenta de gestão financeira nas
grandes Empresas, caso da Empresa Rajahussen Gulamo Industrias (2014-2017), objectivou-
se em compreender o contributo do fluxo de caixa na gestão financeira da Empresa Rajahussen
Gulamo Industrias. Para o efeito foram apresentados e discutidos os dados quantitativos
resultantes da análise feita às diferentes opiniões dos sujeitos entrevistados e questionados e
análise documental.
Para melhor abordar o assunto, teve-se como ponto de orientação a seguinte questão de
estudo: Até que ponto o fluxo de caixa contribui na gestão financeira da Empresa Rajahussen
Gulamo Industrias? E para alicerçar a questão base, foram formuladas quatro (04) suposições
que nortearam a proeminência do tema em estudo.
Em conformidade com as hipóteses do formuladas, o estudo evidenciou que o fluxo de
caixa ajuda a empresa e o gestor finaneiro a estabelecer metas e desenvolver estratégias que
facilitam os ingressos e desembolsos de recursos financeiros, contribuindo de forma
significativa na tomada de decisão e no controlo de recursos financeiros, pois esta ferramenta
nortea o gestor financeiro a comprovar o caixa de empreendimento, porporcionando ao
mesmo uma visão ampla dos aspectos financeiros da empresa, dando a ele maior clareza para
efetuar seus investimentos.
Igualmente ficou claro que esta ferramenta possibilita o conhecimento do
grau de independência financeira da empresa, com base na avaliação do seu potencial
para geração de recursos no futuro para saldar seus compromissos e para pagar a remuneração
dos seus empreendedores. Os enunciados acima apresentados mostram evidentemente que o
fluxo de caixa, ajuda o gestor financeiro a fazer acompanhamento permanente de seus
resultados, de maneira a avaliar seu desempenho, bem como proceder aos ajustes e correções
necessários.
Com este estudo, concluiu-se que o fluxo de caixa como ferramenta de gestão financeira
na Empresa Rajahussen Gulamo Industrias contribui significativamente na medida em que,
esta ferramenta proporciona ao gestor uma radiografia permanente das entradas e saídas de
recursos financeiros da empresa, pois o fluxo de caixa evidencia tanto o passado como o
futuro, o que permite projetar, dia a dia, a evolução do disponível, de forma que se possam
tomar com a devida antecedência, as medidas cabíveis para enfrentar a escassez ou o excesso
de recursos.
SUGESTÕES
Como corolário do trabalho de investigação, apresentam-se seguidamente as principais
linhas mestras e vectores de actuação, que poderão representar valor acrescentado na melhoria
da gestão financeira da Empresa Rajahussen Gulamo Industrias tendo em conta a
competitividade dos mercados:
 A empresa deve examinar criteriosamente seu ciclo operacional, de maneira a
sincronizar as características de sua actividade com o desempenho do caixa;
 A Empresa Rajahussen Gulamo Industrias, deve definir as necessidades e os
objectivos das receitas e despesas através dos mapas financeiros;
 O gestor deve buscar estratégias que as auxiliem no planeamento e controlo de
recursos financeiros, para que estes sejam usados de maneira adequada, a fim de
salvaguardar a atividade empresarial e alcançar o objetivo almejado pela empresa.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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de Minas – MG.
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Marion, José Carlos. (1997). Contabilidade empresarial. 10 ed. São Paulo; Atlas.

1
A Lista da bibliografia aqui descrita refere as diferentes leituras feitas, contudo não formalmente
referenciadas no texto, mas que constituíram horizonte referencial do trabalho.
APÊNDICES
Apêndice 1:

Entrevista dirigida aos funcionários da Empresa Rajahussen Gulamo Industrias (RGI),


para sustentar a elaboração do trabalho de fim de curso, requisito parcial para a
obtenção do título de Licenciatura em Contabilidade e Auditoria pelo Instituto Superior
Politécnico e Universitário de Nacala.

Instituição:...............................Cargo/função:…………………….....data......../.........../2019 Nº
de entrevista..........Entrevistador .........................

1. Que ferramenta (s) de gestão a Empresa Rajahussen Gulamo Industrias (RGI) usa na
Gestão financeira?
2. Será que o fluxo de caixa ajuda a Empresa a estabelecer metas que facilitam os
ingressos e desembolsos de recursos financeiros?
3. Qual é influencia do fluxo de caixa na tomada de decisão do gestor financeiro?
4. Será que o fluxo de caixa contribui no gerenciamento e controlo de recursos
financeiros?
5. Na sua opinião, a ferramenta “fluxo de caixa” dificulta o gestor financeiro a prever o
futuro financeiro da Empresa?
6. Será que o fluxo de caixa auxilia o gestor financeiro a comprovar o caixa de
empreendimento?
7. Na sua opinião, o que deve-se fazer de forma a melhorar a gestão financeira da
Empresa Rajahussen Gulamo Industrias?
Apêndice 2:
Questionário dirigido aos funcionários da Empresa Rajahussen Gulamo Industrias (RGI),
para sustentar a elaboração do trabalho de fim de curso, requisito parcial para a obtenção do
título de Licenciatura em Contabilidade e Auditoria pelo Instituto Superior Politécnico e
Universitário de Nacala.
O questionário é composto por oito (08) perguntas. Para responder as perguntas
fechadas, basta marcar com “X” a alternativa que lhe convier e use letras maiúsculas
nas perguntas abertas e nos comentários. Agradeço antecipadamente a sua especial
colaboração de modo a responder as perguntas abaixo mencionadas com muita
sinceridade e clareza.

1. Que ferramenta (s) de gestão a Empresa Rajahussen Gulamo Industrias (RGI) usa na
Gestão financeira?
a)Fluxo de caixa b) Demonstrativo de Resultados de Exercícios c) Balanço
Patrimonial d) Orçamento.
2. Será que o fluxo de caixa ajuda a Empresa a estabelecer metas que facilitam os
ingressos e desembolsos de recursos financeiros? a) SIM____ b) NÃO___. Justifique.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________.
3. Na sua opinião, o fluxo de caixa facilitam os ingressos e desembolsos de recursos
financeiros? a) SIM____ b) NÃO______.
4. O fluxo de caixa contribui na tomada de decisão no contexto financeiro? a) SIM____
b) NÃO______. Justifique
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________.
5. Será que o fluxo de caixa contribui no gerenciamento e controlo de recursos
financeiros? a) SIM____ b) NÃO______. Sustente a sua opção.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________.
6. Na sua opinião, a ferramenta “fluxo de caixa” dificulta o gestor financeiro a prever o
futuro financeiro da Empresa? a) SIM____ b) NÃO______.
7. Será que o fluxo de caixa auxilia o gestor financeiro a comprovar o caixa de
empreendimento? a) SIM____ b) NÃO_____. Justifique.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________.
8. Na sua opinião, o que deve-se fazer de forma a melhorar a gestão financeira da
Empresa Rajahussen Gulamo Industrias?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
________________________.

Muito Obrigado.

N.B: este trabalho esta mais ao menos bem e para estar bem, requer um trabalho muito
dedicado por sua parte, isto é:
 Deves paginar;
 Fazer uma leitura cuidadosa convista a ultrapassar as situações de pontuações, citações
(sobretudo maiores, deve obedecer a regra de recuar 4 centimetros) e separação entre
linhas;
 Diminuir os autores desconhecidos, pois assim mostra que grande parte do trabalho
vem da internet;
 Não corra para remeter antes de certificar de que estão ultrapassadas as dificuldades
acima referidas.

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