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PREFÁCIO

Gosto de pensar em um texto técnico como algo que será sempre mutável.
Sempre gostei de ler sobre Karl Popper e suas opiniões sobre o princípio indutivo do
método científico. Para Popper uma proposição científica não deve ser considerada
verdadeira pela sua verificabilidade, mas tão somente por sua falseabilidade. Em outras
palavras, a postura do investigador/analista/engenheiro não é achar elementos que
provem sua teoria, mas sim achar elementos que a falsifique.
O texto dessa apostila não tem pretensões de apresentar verdades absolutas.
Boa parte do que foi escrito aqui foi baseado em experiências dos autores. Depois de
centenas de projetos elaborados, alguns filtros foram aplicados e a metodologia
apresentada aqui foi formada. Tenha em mente que não há um único jeito de se
projetar uma estrutura, não há uma única forma correta. A depender da sua concepção
estrutural os esforços mudam e o resultado final (detalhamento) também mudará. Em
projeto de estruturas a decisão de “o que é melhor” nunca é simples e nunca tem a ver
como uma única variável. Existe sempre uma combinação de variáveis, entre elas:
segurança, custo, estética, velocidade de construção, disponibilidade de material e mais
recentemente sustentabilidade.
Apesar dos esforços de seus autores, é possível e muito provável que alguns erros
existam neste texto. Se achar alguma passagem que você acredita precisar de uma
correção, por favor, entre em contato conosco. Nos ajude. A ideia é que haja outras
versões deste texto e claro você terá acesso a ela. A presente apostila tem 8 capítulos.
Você aprenderá desde aspectos básicos como definição de geometria das escadas até
questões mais complexas como detalhamento final da estrutura.
Já no Capítulo 1 apresentamos várias questões colocadas pela NBR6050 sobre as
dimensões mínimas de uma escada. No Capítulo 2 discutimos sobre as principais ações
que ocorrem nas escadas. Falamos de peso próprio, revestimento e pavimentação,
sobrecarga e cargas de parapeito. No Capítulo 3 abordamos os aspectos da análise
estrutural de escadas. Tratamos de como estimar os esforços e quais esforços são
importantes na consideração do dimensionamento deste tipo de elemento estrutural.
No Capítulo 4 fazemos uma breve apresentação sobre os tipos de escada.
No 5, discutimos o dimensionamento. Abordamos assuntos como Estádios do
concreto e Domínios de Deformação. No Capítulo 6 abordamos o Estado Limite de
Serviço – Deformação Excessiva. Mostramos como calcular a flecha nas escadas de
concreto armado. No Capítulo 7 apresentamos uma discussão sobre o cálculo do
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comprimento de ancoragem e emendas por traspasse. Mostramos como essas
estimativas são feitas. Finalmente no Capítulo 8 mostramos como o detalhamento dos
diversos tipos de escadas devem ser feitos.

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