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Disciplina: Pesquisa Operacional

Disciplina
Introdução à Pesquisa Operacional
Prof. Emanuel Alvares Calvo

Bibliografia: Introdução à pesquisa operacional /


André Andrade Longaray. – 1. ed. – São Paulo:
Saraiva, 2013

Este material é destinado ao


acompanhamento das aulas. Para estudo
recomenda-se utilizar a bibliografia indicada.
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Planejamento da Disciplina

1. Introdução ao estudo da Pesquisa Operacional


2. O processo de definição e modelagem de um problema
3. Modelos matemáticos de otimização
4. Modelos de programação linear
5. Resolução de modelos de programação linear: o método
gráfico

Capítulo 1 – Introdução ao estudo da Pesquisa


Operacional (PO)

Formalmente, pesquisa operacional pode ser definida como o


conjunto de técnicas que faz uso do método científico para
auxiliar as pessoas a tomarem decisões.

Entretanto, mais do que uma disciplina acadêmica, lecionada em


cursos de graduação e pós-graduação, a pesquisa operacional
tem sido amplamente empregada como abordagem gerencial de
resolução de problemas nos mais diversos setores da sociedade
mundial.

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Capítulo 1 – Introdução ao estudo da Pesquisa Operacional


(PO)

Uma das explicações para o sucesso da pesquisa operacional no


âmbito empresarial reside na objetividade das técnicas que
conformam seu arcabouço metodológico, instrumentalizadas na
prática por meio de modelos que tem a potencialidade de traduzir,
de forma clara, objetiva e estruturada, as situações problemáticas
vivenciadas no dia a dia organizacional.

1.1 A Pesquisa Operacional como a ciência das decisões

O curso da existência de qualquer pessoa é decorrência das


decisões tomadas por ela e pelas consequências das decisões
que são tomadas por outros indivíduos, mas, ainda assim, podem
afetá-la direta ou indiretamente.

A importância dessas decisões pode ser evidenciada pela


diversidade de situações com as quais o indivíduo defronta-se
rotineiramente, envolvendo as mais variadas questões, com
diferentes níveis de complexidade, e cujo desfecho depende de
algum tipo de intervenção humana.

1.1 A Pesquisa Operacional como a ciência das decisões

Apesar de as decisões estarem inseridas no dia a dia do homem,


ainda são poucas as pessoas que, em algum momento da vida,
procuram usar os conhecimentos advindos da ciência para
desenvolver a habilidade de decidir.

Tão significativo quanto à decisão, é o processo que a antecede e


que gera as ações que podem promover a melhoria da situação
problemática. E é esse processo, usualmente chamado processo
decisório, que pode ser evolutivamente aperfeiçoado e
proporcionar o aprendizado organizado e estruturado em cada
decisão, permitindo ao decisor aprimorar suas escolhas com o
uso adequado de recursos como tempo, energia e dinheiro.
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1.1 A Pesquisa Operacional como a ciência das decisões

A perspectiva desse ciclo evolutivo de aprendizado reforça a


relevância do processo decisório e faz perceber que uma situação
decisional envolve bem mais do que a tomada de decisão
propriamente dita. Exige uma maneira dinâmica e abrangente de
lidar com o cenário, as ações, as pessoas envolvidas e com as
mudanças no decorrer do processo decisório.

O ramo da ciência que se dedica exclusivamente ao


desenvolvimento de modelos para auxiliar as pessoas e
organizações em seus processos decisórios é chamado de
pesquisa operacional. A pesquisa operacional é uma ciência
multidisciplinar, envolvendo conhecimentos das áreas de ciências
exatas e ciências sociais aplicadas. 7

1.2 Origens da Pesquisa Operacional

A cronologia da PO pode ser descrita como ponto de partida a


Segunda Guerra Mundial. A expressão pesquisa operacional,
conforme relatam Sawyer T al., foi cunhada em meados de 1938,
por A.P. Rowe, para designar o grupo de estudos de Watson-Watt
que, no âmbito do Comitê de Estudos de Defesa Aérea Britânico,
passou a ser denominada Seção de Pesquisa Operacional.

Segundo Molinero, com o término das hostilidades do ano de


1945, a PO teve seus horizontes ampliados. A partir da década de
1950, a propagação do uso da pesquisa operacional nas
indústrias foi beneficiada pelos avanços na teoria da otimização e
pela descoberta de um algoritmo (SIMPLEX) para resolver
problemas de programação linear. 8

1.3 Os modelos na Pesquisa Operacional

A pesquisa operacional usa modelos como aporte científico para


a estruturação das decisões. Um modelo pode ser entendido
como a representação matemática, simbólica ou descritiva, de um
conjunto de eventos físicos, ou aspectos subjetivos, considerados
importantes para determinado decisor em um contexto específico.

As variáveis de um problema podem ser classificadas em


controláveis e não controláveis. As variáveis controláveis são
aquelas sobre as quais o decisor pode atuar para atingir seus
objetivos; as variáveis não controláveis são aquelas sobre as
quais não é possível ter controle, mas que, ainda assim, afetam
as consequências ou resultados de uma decisão.
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1.3 Os modelos na Pesquisa Operacional

O objetivo do modelo é uma função matemática que indica o que


se quer alcançar com determinada decisão. As restrições
expressam as relações matemáticas existentes entre as variáveis
do problema e as limitações identificadas no cenário do processo
decisório. Um critério é uma função matemática que mede o
desempenho de uma possível ação ou preferência.

A estrutura lógica que expressa as relações matemáticas entre as


variáveis e constantes do problema, composta pelo objetivo, pelas
restrições e pelo critério do modelo, é chamada algoritmo.

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1.3.1 Modelo de otimização

Um modelo de otimização, na pesquisa operacional, é a


representação matemática de uma dada situação problemática,
com o objetivo de determinar o melhor resultado possível para a
decisão.

A função-objetivo é a parte do modelo que explicita o que se


pretende atingir com a decisão. Usualmente, é expressa em
termos de maximização ou minimização.

A restrição de um modelo de otimização é formada pela relação


matemática do que se quer quantificar com o que as limita.

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1.3.2 Modelos de simulação

Um modelo de simulação, na pesquisa operacional, é a


representação matemática de um sistema físico ou abstrato, com
a finalidade de verificar o comportamento desse sistema quando
os valores ou o ordenamento das variáveis que o compõem são
alterados.

Ao contrário dos modelos de otimização, um modelo de simulação


não fornece a melhor alternativa, mas sim um conjunto de
alternativas, todas viáveis para a resolução do problema.

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1.4 Etapas para a resolução de problemas usando a Pesquisa


Operacional

Como ciência multidisciplinar, a pesquisa operacional possui uma


diversidade de possibilidades metodológicas à disposição dos
interessados em empregá-la para fundamentar cientificamente
suas decisões. A sequência lógica das fases sugeridas na
utilização de uma técnica da pesquisa operacional é:

a) Determinação do problema;
b) Elaboração do modelo;
c) Resolução do modelo;
d) Legitimação do modelo;
e) Implementação da solução.
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1.5 Introdução à modelagem com planilhas eletrônicas

Os avanços na área da informática foram de fundamental para a


disseminação do uso da pesquisa operacional no meio
empresarial.

Se no início da década de 1950 eram necessários softwares


especialistas para a resolução dos modelos, os anos 1980
marcaram o desenvolvimento das planilhas eletrônicas, o que
ajudou a difundir amplamente as técnicas da PO.

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1.5 Introdução à modelagem com planilhas eletrônicas

O gerenciador de cenários é um recurso do Excel que permite


realizar a comparação de resultados diferentes para um mesmo
tipo de dado.
É bastante útil na elaboração de modelos, pois admite que sejam
executados cruzamentos de valores sem a necessidade de gravar
diversas versões de dados em diferentes planilhas, impedindo,
assim, a existência de informações redundantes, desconexas ou
a perda de dados.

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