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Material Teórico
Projeto de uma Instalação Industrial –
Arranjo Físico e Sistema de Produção
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Projeto de uma Instalação Industrial –
Arranjo Físico e Sistema de Produção
• Introdução;
• Tipos de Arranjo Físico;
• Sistemas de Produção.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Apresentar ao aluno os tipos de Arranjo Físico existentes e que podem
ser implementados em uma Instalação Industrial e os Sistemas de
Produção que podem ser aplicados em uma Instalação Industrial.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Projeto de uma Instalação Industrial –
Arranjo Físico e Sistema de Produção
Introdução
Após um empresário escolher a localização de uma nova instalação industrial
para iniciar a produção de um produto, uma tarefa muito importante ainda precisa
ser executada: planejar como será o formato do prédio da fábrica e a divisão
desse prédio em áreas e departamentos. Finalmente, deve-se distribuir máquinas,
equipamentos e colaboradores nesses departamentos, de forma a garantir a
execução de todas as tarefas de forma segura e produtiva.
A seguir, serão apresentados os principais tipos de arranjo físico que podem ser
utilizados em uma instalação industrial e, em seguida, os sistemas de produção que
podem ser aplicados nessas instalações.
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Tipos de Arranjo Físico
Existem diversas formas de se classificar os arranjos físicos existentes nas empresas.
Porém, existem quatro tipos de Arranjo Físico ou Layout que são os mais comuns:
• Layout Linear ou por produto;
• Layout por Processo;
• Layout por Posição Fixa;
• Layout Celular.
POSTOS DE TRABALHO
OPERADORES
Figura 1 – Layout Linear ou por Produto
Fonte: Acervo do Conteudista
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• Baixa quantidade de estoques em processo, devido à pequena movimentação
de materiais em processamento. Como todas as máquinas e equipamentos
estão próximos, não há a necessidade de estocar uma grande quantidade para
movimentar para o próximo posto de trabalho.
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Produto 2
Produto 3
Montagem 3 Montagem 4
MONTAGEM FINAL
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O layout por processo é indicado, principalmente, para as seguintes situações:
• Empresa que possui diversos produtos com pequenas quantidades a serem
produzidas de forma intermitente;
• Empresa que possui um ou mais produtos com várias versões diferentes.
https://youtu.be/TMcmbOrX2iA
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Traçagem Corte
Produto:
NAVIO
Dobra Furadeira
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O layout por posição fixa possui, principalmente, as seguintes desvantagens:
• Devido ao processo ser, na maioria das vezes, artesanal, um produto sempre
sai diferente do outro;
• São exigidas grandes habilidades das pessoas que trabalharão na fabricação
desse produto.
Quais outros produtos também podem ou devem ser fabricados através de um Layout por
Explor
Posição Fixa?
Layout Celular
Esse tipo de layout tem como característica principal um arranjo físico similar ao
do layout linear, mas não necessariamente a linha de produção é dedicada a apenas
um produto, ou a uma família deles; esse layout pode ser utilizado para produzir
materiais que advêm de processos de fabricação similares, que são processados em
uma linha sequencial.
Esse arranjo físico permite, em alguns casos, aproveitar melhor a mão de obra
disponível, aumentando-se assim a eficiência da linha de produção.
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POSTOS DE TRABALHO
ET
AP
A4
Fu
raç
ão
POSTOS DE TRABALHO
OPERADORES
Reparação
ETAPA 5
OPERADOR MULTI-FUNCIONAL
OPERADORES
ua o
Vis peçã
l
Ins
A6
Estoque de
AP
Inspeção
ET
produtos Acabamento Dobra
Final
acabados
ETAPA 9 ETAPA 8 ETAPA 7
POSTOS DE TRABALHO
Sistemas de Produção
Apesar de existirem diversas possíveis classificações dos sistemas de produção,
nesta unidade, abordaremos os sistemas de produção considerando que podem ser
classificados em três tipos:
• Produção Artesanal;
• Produção em Massa;
• Produção Enxuta.
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Figura 6 – Exemplo de um veículo automotor produzido artesanalmente
Fonte: Wikimedia Commons
Por esse motivo, o veículo recebido pelo comprador era único – mesmo que outro
cliente solicitasse o mesmo veículo, com as mesmas características, ainda assim esse
veículo viria com dimensões diferentes, devido ao processo artesanal de montagem.
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Arranjo Físico e Sistema de Produção
O maior custo por unidade de produto fabricado ocorre devido ao fato de que os
custos de produção (fixos e variáveis) devem ser diluídos em uma quantidade menor
de produtos fabricados. Dessa forma, o custo por produto aumenta.
Deve-se frisar que, nos dias atuais, ainda se encontram diversos produtos que
são fabricados através do Sistema de Produção Artesanal – inclusive automóveis,
veja na Figura 7 um veículo que é produzido em pequenas quantidades e com
itens personalizados de acordo com a solicitação do cliente. Pode-se incluir como
exemplos aqui ainda navios e alguns modelos de aviões.
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Sistema de Produção em Massa
Em meados do início do Século XX, o empresário Henry Ford foi o principal
responsável pela idealização e implementação do sistema de produção conhecido
como Sistema de Produção em Massa.
Grande quantidade
Produzida
Custo total
por unidade
produzida menor
Porém, para que esse objetivo fosse atingido, era necessário que o automóvel
fosse fácil de montar. Sendo assim, surge então a criação do chamado depar-
tamento de Engenharia Industrial. Esse departamento seria responsável pelas
seguintes atividades:
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Dessa forma, como as células seriam dedicadas a executar operações similares, não
se necessitava de operadores extremamente qualificados. Uma vez que esses operado-
res eram treinados, iriam executar a mesma operação continuamente. À medida que
eles adquiriam prática, executariam a tarefa com maior velocidade e perfeição.
Além dessas células dedicadas, havia uma esteira na qual o chassi do automóvel
era colocado no início e os demais componentes eram montados nesse chassi, à
medida que o carro se deslocava por essa esteira. Dessa forma, haviam diversos
operadores aguardando o carro se deslocar, para efetuar a montagem do
componente sob sua responsabilidade.
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Na Figura 10, é possível visualizar um exemplo de fabricação e montagem de
componentes na linha de produção da Ford no ano de 1913.
Conheça detalhes de como era a Linha de montagem do automóvel Ford Modelo T aces-
Explor
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Nos dias atuais, além dos automóveis, também se encontram diversos outros
produtos que são fabricados através do Sistema de Produção em Massa. Fábricas
que operam com células dedicadas a processos específicos (Layouts por processo)
são exemplos típicos de empresas que adotam o sistema de produção em Massa.
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• Estoques Reduzidos: fabricava-se somente o que era solicitado pelo cliente,
reduzindo-se, assim, movimentação de estoques;
• Fluxo de uma peça só (one-piece-flow): sempre que possível, evitar o
estoque intermediário de peças entre um posto de trabalho e outro;
• Jidoka (Autonomação): cada vez que o operador encontrava um problema
no processo de produção, ele tem autoridade (autonomia) para, literalmente,
parar a linha e solicitar uma equipe multifuncional composta por profissionais
das áreas de engenharia, qualidade, entre outras especialidades que deveriam
analisar o problema e encontrar a causa raiz e implementar uma solução
definitiva para esse. Em um primeiro momento, ocorriam diversas paradas na
produção, porém, à medida que os problemas foram resolvidos, as paradas de
produção passaram a ser mais esporádicas;
• KanBan: trata-se de uma espécie de supermercado estabelecido na linha de
produção onde são colocados cartões em um painel solicitando a produção de
um determinado componente. Dessa forma, só podem ser produzidos itens
que forem solicitados através desses cartões colocados no painel. Esse sistema
é conhecido como sistema de “puxar a produção”;
• Setup Rápido: trata-se da implementação de ferramentas que possibilitem a
troca rápida de ferramentas e/ou a preparação rápida para a produção. Com
um setup rápido, é possível efetuar mais trocas de modelos produzidos em
uma linha de produção, ou seja, podem ser produzidos lotes menores, já que
não se perde tempo com a preparação para a produção. Com isso, também é
possível reduzir-se os estoques em processo;
• Dispositivos Poka-yoke: são também conhecidos como dispositivos a prova
de erro. Consiste em implementar ferramentas na linha de produção, de forma
a evitar erros do operador;
• Melhoria Contínua: consiste na implementação de uma mentalidade de busca
incessante da melhoria de todos os processos, de forma a se obter sempre a
redução de custos e a melhoria da qualidade.
Conheça mais sobre o Sistema de Produção em Células assistindo ao vídeo disponível neste
Explor
link: https://youtu.be/blEHhWuy3z8
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Gestão da Produção – Uma Abordagem Introdutória
Leia o capítulo 4 (p. 113-120) da obra de Délvio Idalberto Chiavenato, intitulada Ges-
tão da Produção – Uma Abordagem Introdutória, disponível na Biblioteca Virtual
da Universidade, no item “Minha Biblioteca”. Nesse texto, serão apresentados outros
exemplos e abordagens sobre os tipos de arranjo físico de uma empresa.
Sistemas de Produção – Conceitos e Práticas para Projeto e Gestão da Produção Enxuta
Leia o capítulo 9 (p. 286-317) da obra de Junico Antunes et al., intitulada Sistemas
de Produção – Conceitos e Práticas para Projeto e Gestão da Produção Enxuta,
disponível na Biblioteca Virtual chamada Minha Biblioteca. Nesse texto, serão apre-
sentados alguns exemplos de aplicação da Manufatura Enxuta.
Vídeos
Aula 01 - Organização do Trabalho - Profissionalizante - Telecurso
Um vídeo bem interessante que trata da organização do trabalho, incluindo o arranjo físico.
https://youtu.be/dpI5I8zj5yw
Sistemas de Produção – Aula 13 – Produção em Célula Manufatura Enxuta ou Sistema Toyota
Um vídeo bem interessante que trata do Sistema de Produção Enxuta.
https://youtu.be/blEHhWuy3z8
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Referências
ANTUNES, J.; ALVARES, R.; KLIPPEL, M.; PELLEGRIN, I.; BORTOLOTTO, P.
Sistemas de Produção – Conceitos e Práticas para Projeto e Gestão da Produção
Enxuta. Porto Alegre, RS: Bookman, 2008.
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