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INSTRUÇÃO Código : I-CP-MD/BR-05

Edição : 1
Data : 23/08/04
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Instrução para Elaboração de PPAP pelo Fornecedor

REGISTRO DE REVISÕES

Edição Data Descrição da Alteração Iniciais

1 23/08/04 Edição WDT

INDICE
I.- Introdução
II.- Alcance
III.- Documentos Relacionados
IV.- Procedimento
V.- Anexos
VI.- Formatos Relacionados

I.- Introdução

Devido a importância em assegurar a qualidade dos produtos fornecidos por nossos fornecedores e
as exigências do capitulo de qualidade (HOMOLOGAÇÃO DE PEÇAS DE COMPRA) dentro do
setor automobilístico, anexamos instruções para a homologação de componentes e materiais
fornecidos por nossos fornecedores.

Esta instrução tem como objetivo definir o procedimento para a HOMOLOGAÇÃO DE PEÇAS
E/OU COMPONENTES DE COMPRA, com o objetivo de assegurar que os envíos em série das
peças e/ou componentes solicitados por empresas do grupo Ficosa Int. sejam fornecidos por
fornecedores dentro do prazo e qualidade requerida.

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2.0- Alcance

Esta instrução afeta a todos os fornecedores que fornecem material produtivo à FICOSA DO
BRASIL e será aplicada nos seguintes casos:

 Novo fornecedor
 Peça nova
 Amostras corrigidas
 Alteração dimensional
 Alteração material
 Condições de fabricação modificadas
 Novo lugar de fabricação
 Fabricação suspendida por período superior a 12 meses
 Outro motivo

Este procedimento aplica-se a itens nacionais e importados.

3.0 - Documentos relacionados

P-CP-XX/XX-02 Procedimento seleção de Fornecedores e processo de Homologação Peças


Compradas

4.0 - Procedimento

4.1 – DOCUMENTAÇÃO ENVIADA AO FORNECEDOR

Os documentos obrigatórios para envio ao fornecedor pelo Comprador para desenvolvimento de


novos itens conforme listado no item 2.0.

a) CRT – Quality Standard


b) Desenho último nível
c) Cópia do pedido de compras com a data do desenho último nível
d) Normas técnicas (caso aplicável)
e) Condições Gerais de Compras
f) Etiqueta padrão de amostras

OBS.: Esta instrução orienta os fornecedores para a adequada elaboração e apresentação


do PPAP. Para maiores detalhes do fluxo da documentação, vide I-CP-MD/BR/04 –
Homologação de amostra inicial.

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4.2- DOCUMENTAÇÃO FORNECIDA PELO FORNECEDOR (PPAP)

O fornecedor apresentará ao Departamento de Qualidade/Compras (STA), junto com as


amostras para seu validação/homologação, a seguinte documentação:

Nota: O fornecedor pode utilizar formatos próprios desde que atendam integralmente as
exigências desta instrução e/ou manual PPAP 4ª edição.

a) Folha de apresentação de dados: Seu principal objetivo é identificar e dar


características a peça a ser homologada: Fornecedor, referencia, nivel do desenho da peça,
motivo da apresentação, fabricação, material, etc.... Neste formato será registrado
posteriormente o resultado da homologação por parte da Ficosa. P-CP-XX/XX-02-B
b
b) Informe dimensional: Seu objetivo principal é realizar um estudo das dimensões
indicadas no desenho e as obtidas sobre componentes que formam a amostra. Deverão ser
medidas 100% das cotas indicadas no desenho e registradas no informe.
P-CP-XX/XX-02-I

c) Informe de materiais: Seu objetivo é comprovar e verificar que o material utilizado


para as amostras corresponde com o especificado em desenho e cumpre todas suas
características. Devido a grande variedade de materis existente, FICOSA realizou um formato
para conseguir facilitar e generalizar ao máximo todos os possivies dados necessários.
Formato: P-CP-XX/XX-02-C

Obs.: Cada fornecedor, segundo sua especialidade, deve preencher, os pontos indicados no
informe de materiais:

É exigido o certificado de materiais da materia prima utilizada, deve estar anexado ao informe.

Por outra parte, qualquer ensaio ou teste realizado específico para cada peça (camara salina,
dureza, ensaios de tração, etc...) o fornecedor deve enviar fotocopia do correspondente
informe.

d) Informe de ensaios funcionais: Neste informe será registrado os resultados dos ensaios
funcionais que o desenho solicite. Formato: P-CP-XX/XX-02-P (Caso aplicável e é requerido
no CRT.)

e) FMEA de PROCESSO: É uma técnica analítica para assegurar que foi considerado e
estudado cada uma das falhas potenciais de um projeto ou processo. Identifica ações a tomar
para prevenir ou detectar defeitos ou problemas potenciais com base: Ocorrência, Gravidade,
Detecção.

Nota Importante:

Em relação as cotas definidas como CRT (Críticas/Significativas ou Relevantes) DEVERÃO SER


SEMPRE MARCADAS NO FMEA COM O SIMBOLO “CC / CS / CR “

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1.- Em caso de existencia de cotas CRÍTICAS (CC) em desenho (Segurança) a pontuação do


FMEA ficará definida da seguiente maneira:

Gravidade = 10 ou 9
Probabilidade = 1 ou 2
Detecção = 1 ( se a probabilidade é = 2 )

Será exigido na Auditoria de Processos um sistema de fabricação isento da posibilidade de


erro ( Poka.Yoke ), além de um sistema de controle 100 % confiável (automático ou similar).

2.- No caso de existencia de cotas SIGNIFICATIVAS (CS) em desenho e/ou CRT,s a


pontuação do FMEA ficará definida da seguiente maneira:

Gravidade = 8 ou 7 com um IPR < ou igual a 36

Será exigido na auditoria de processo, ou um sistema de produção isento de erro (Poka Yoke)
=1, ou um sistema de fabricação muito confiável = 2 (automático ou similar ) e que a
Probabilidade ou a Detecção não sejam superiores a 2 .

Gravidade Probabilidade Detecção


8 2 ( PPK > 1,67 ) 2 ( sistema controle muito confiável) = 32

7 2 ( PPK > 1.67 ) 2 ( sistema controle muito confiável ) = 28

3.- Em caso de existencia de cotas RELEVANTES (CR) em desenho e Standard de Qualidade,


a pontuação do FMEA ficará definida da seguinte maneira:
Gravidade = 1 a 6

4.- Para as demais Características a controlar pelo fornecedor, este poderá definir livremente
sua gravidade, sua probabilidade, e sua detecção sempre que o IPR não supere a pontuação
máxima definida em seus procedimentos ( nunca > 100 ). Para cada ítem que supere a
puntuação de 100 o fornecedor deverá definir um plano de ações associado.

O STA verificará e comprovará a adequação da pontuação ao processo existente no fornecedor.


O fornecedor dispõe de liberdade para realizar e utilizar seu formato. No caso de que não
disponha de formato próprio pode utilizar o formato da Ficosa.

f) Plano de controle ou vigilancia: Ajuda a planificação da qualidade na fase de


fabricação e assegura que o controle dos produtos esteja de acordo com os requisitos dos
clientes.

Um plano de controle é uma descrição escrita e resumida dos métodos que se deve utilizar para
o controle dos produtos antes da serie de produção. Para isto descreve os sistemas de controle

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que utilizaremos para minimizar a variação do processo e ter um controle das características
significativas/críticas assim como outras características indicadas.

Neste plano de controle deve aparecer obrigatoriamente as cotas definidas como CRT, estas
deverão ser identificadas tal como foram realizadas no FMEA “ CC/CS/CR “ com os controles
a realizar seguindo a definição realizada no FMEA.

Deve incluir os calibres, equipamentos de controle e ensaio. O fornecedor dispõe de liberdade


para realizar e utilizar seu formato.

Nota: A não definição de características ou dimensões na lista das Cotas CRT, e que
aparecem no desenho, não eximem do cumprimento por parte do fornecedor, o que não
será desculpas para a não aceitação de uma Não conformidade para este item.

g) Capacidade de máquina processo: É una medida na que se indica a variabilidade de um


processo ou máquina em relação a tolerancia dos componentes, ou seja, o processo está sobre
controle estatístico.

O tratamento se realizará mediante estudo PP/PPK

Nas cotas significativas para a fase de amostras iniciais, preseries e series é requerido um
índice de capacidade de processo superior a 1.67 para sua aprovação.

Somente se realizará este estudo estatístico para todas aquelas caraterísticas significativas
ou críticas definidas no desenho e CRT. Este estudo deve realizar-se com uma amostra
mínima de 125 peças consecutivas. Estes gráficos devem ser anexados ao resto do informe, e
deverão ser verificados pelo SQE “in loco” no Fornecedor durante a Auditoria de Produto.

É responsabilidade do STA a decisão de exigir que o fornecedor envíe uma certificação


mensal dos valores estatísticos da característica definida, mediante os seguintes tipos de
evidencia:

Estudos de Capacidade (CP/CPK > ou igual 1,33)


Gráficos X-R com revisão mensal dos limites de controle
Outros gráficos

Toda documentação da planificação avançada da qualidade (DOSSIER AQP / PPAP DA


PEÇA) terá que ser revisada e aprovada pelo STA na Auditoria de Processo / Run &
rate.

No caso de reprovação, a informação chegará ao STA e PPL para pedir novas amostras ao fornecedor
com a ação corrigida do problema gerado.

h) Para peças de estilo, é obrigatório a realização de 2 peças padrão MINIMO.

1 Peça ficará em poder do fornecedor

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1 Peça ficará em poder da planta receptora das peças (inspeção de recebimento)

i) Plano de Manutenção Preventiva

Todo dispositivo ou molde construído a partir de uma necessidade da Ficosa deverá ser
registrado como um ativo da empresa, é por este número que se exigirá do fornecedor um
plano para a manutenção deste dispositivo/molde. No caso de que este dispositivo ou molde
seja propriedade do fornecedor, tambem se exigirá um plano de manutenção.

Este plano deverá conter:


.- Características de controle / manutenção
.- Método ou instrução particular de manutenção.
.- Frequencia de controle / manutenção
.- Armazenamento específico do dispositivo
.- Responsavel

Nota importante : O fornecedor é obrigado a avisar qualquer alteração de localização,


modificação técnica, ou conserto do dispositivo / molde, e esperar a aprovação por parte
do Depto. de Compras para realizar estas ações.

j) Informe garantia de Materiais Perigosos.

Se exigirá do fornecedor segundo Normativa exigida por nossos Clientes ou para efeito o que
digam as Leis emitidas pelo Brasil. Sempre que a peça seja fabricada pelo fornecedor no Brasil
e o cliente final esté no Brasil.

Caso contrario, se exigirá que o fabricante cumpra as exigencias do País de origem e País onde
esteja o cliente.

Toda declaração de composição referente a materiais perigosos/tóxicos será realizado e será


enviado junto com a documentação da peça à atenção do SQE, ou cópia do que foi declarado
pelo fornecedor da materia prima para fabricar esta peça/componente no sistema IMDS.

k) Fluxograma de Processo (Sinóptico)

Sistema de seguimento do fluxo de materiais desde a entrada da materia prima até o envio do
produto ao cliente, mediante simbología específica.

Esta simbología deve atender os seguintes aspectos minimos:

1.- Processo
2.- Decisão
3.- Arquivamento
4.- Controle / Autocontrole / Controle frequencia/ Controle com Calibre
5.- Poka -Yokes ou sistemas anti-error
6.- Armazenamento

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O fluxograma de processo deverá atender os processos internos e externos, e deverá ser


coerente totalmente com o FMEA e com o Plano de controle.

l) Definição e realização de calibres

No caso de necesidade de realização de calibres, estes deverão ter um desenho específico de


calibração.

Deverão ser validados pelo STA mediante um controle por atributos tendo como referencia
peças homologadas.

Estas peças homologadas serão marcadas individualmente , e serão registradas na lista de peças
etalon. Serão usadas em caso de litigio frente a problemas na Planta.

Os calibres deverão estar identificados, e deverão ter um controle de revisões ou calibrações


específicas ( calibre específicos ), ou gerais para calibres standards.

A exigencia para a revisão de calibres será definida em relação ao próprio calibre e deverá ser
aprovada pelo STA.

V.- Anexos

Não há

VI.- Formatos Relacionados

Informe apresentação amostras F-CP-XX/XX-02-B


Informe Materiales F-CP-XX/XX-02-C
Informe Cotas CRT’s F-CP-XX/XX-02-D
Informe QSTD F-CP-XX/XX-02-E
Factibilidade F-CP-XX/XX-02-F
Ordem de Compras F-CP-XX/XX-02-G
Planning APQP F-CP-XX/XX-02-H
Informe Dimensional F-CP-XX/XX-02-I
Informe Validação F-CP-XX/XX-02-J
Auditoria Processo F-CP-XX/XX-02-L
Run & Rate F-CP-XX/XX-02-M
Informe Homologação F-CP-XX/XX-02-N
Informe Funcional F-CP-XX/XX-02-P
Etiqueta identificação de amostras I-CP-MD/BR-04-A

F-004/2

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