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AO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR
PRESIDENTE DE DIRECÇÃO DO
COFRE DE PREVIDÊNCIA DO
DO PESSOAL DA POLÍCIA NACIONAL

LUANDA

Ref. n.º: 34-GJGC


ASSUNTO: INTERPELEÇÃO PARA DEVOLUÇÃO DE IMÓVEL AO
LEGÍTIMO
PROPRIETÁRIO

Cordiais Saudações.
Grupo C, S.A., sociedade comercial de direito angolano, com sede na Av. Comandante
Valódia, prédio n.º 192, 10º andar, município de Luanda, criada ao abrigo da Lei das
Sociedades Comerciais, com o número de identificação fiscal 5417118982, representada
pela sua Mandatária, a Sra. Dra. Maria Ludmila Sebastião Cortez Dinis, Advogada
com o N.I.F 000204480LA036, Titular da Cédula Profissional n.º 2061, emitida pela
A.O.A, com o Escritório Profissional sito na Rua Cónego Manuel Das Neves, Edifício
n.º 284, segundo andar, Apt. 23-C, Distrito de Luanda com poderes amplos para o acto;

Vem, na sequência do vosso ofício n.º 523/GAB.PDCPPPN/019, datado de 2 de


Outubro do ano em curso, relativamente ao assunto em epígrafe, apresentar a sua
resposta, que o faz nos termos e fundamentos seguintes:
1. Em primeira instância, gostavamos de lembrar que o CPPPN é nada mais, nada
menos que o accionista mairitário do Grupo C, com 50% das acções desse grupo
empresarial.
2. Abordar as questões de forma musculada e de certa forma pouco cautelosa com um
ente jurídico, e nesse caso empresarial, do qual o CPPPN faz parte, parece não ser uma
atitute sensata, se não vejamos:
3. Convém recordar, o que legitima a condição de arrendatário do Grupo C, não é o
Contrato de Prestação de Serviços, mas o Contrato de Arrendamento celebrado na
vigência da Direcção cessante. (Vide anexo I).
4. Atendendo que esses contratos foram elaborados pelo Gabinete Jurídico do CPPPN,
não se compreende os fundamentos de razão aduzidos para justificar a vontade do
CPPPN em reaver a fracção autonóma em causa. Há aqui claramente, um erro sobre o
objecto, ou uma manifesta atitude de má-fé.
5. Mesmo havendo vontade expressa do senhorio em rescindir o Contrato de
Arrendamento, essa manifestação de vontade deve ser feita nos marcos da lei de
arrendamento urbano para fins comerciais, isto é, o inquilino tem direito a uma
compensação em dinheiro, sempre que por facto seu, o prédio tenha aumentado de valor
locativo, como é o caso. Nesses termos, quando o arrendamento tiver durado um ou
mais anos e cessar por motivo de denúncia do senhorio, o inquilino só é obrigado a
desocupar o prédio decorrido um ano após o termo do contrato ou da sua renovação
(vide art.º 123º e 124.º da Lei n.º 26/15, de 23 de Outubro- Lei do Arrendamento).
6. Desse modo, achamos ser o diálogo a melhor via para resolução de divergências, até
porque, como já dissemos algures, o CPPPN enquanto accionista maioritário do Grupo
C, não deve tomar decisões contraditórias e contraproducentes, e que em última análise
recaiam em prejuízo da sua própria esfera jurídica.
7. Por último, mas não menos importante, manifestamos a nossa forte vontade de
abrirmos um vasto campo de diálogo permanente, única via que, é nossa convicção,
representa o melhor espaço para podermos esclarecer algumas inquietações, dúvidas e
antagonismos que parecem pairar no seio da nova Direcção do CPPPN.

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