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Sumário
DIREITO ADMINISTRATIVO ................................................................................................................................ 5

A RT
1. DIREITO ADMINISTRATIVO: CONCEITO, EVOLUÇÃO HISTÓRICA, FONTES, MÉTODOS E CRITÉRIOS

UL
INTERPRETATIVOS, RELAÇÃO COM OUTROS RAMOS DO DIREITO ................................................................... 5

GO
1.1 Conceito: Critérios Da Administração Para Definição Do Direito Administrativo ................................... 5

L LI
1.2 Evolução Histórica ................................................................................................................................... 5

RE
1.3 Fontes Do Direito Administrativo............................................................................................................ 6

MO
2. PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO ................................................................................................... 6

UE
3. A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA: ENTIDADES E ÓRGÃOS. CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS

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PÚBLICOS. DESCONCENTRAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVAS. ENTIDADES INTEGRANTES DA

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DESCENTRALIZADA ................................................................................................ 9

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3.1 Descentralização X Desconcentração ..................................................................................................... 9

65
38
3.2 Órgãos Públicos ..................................................................................................................................... 10
95
3.3 Administração Indireta .......................................................................................................................... 11
38
11

3.3.1 Autarquias .............................................................................................................................................. 12


4. ENTIDADES EM COLABORAÇÃO COM O ESTADO E TERCEIRO SETOR. SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS.
RT

ORGANIZAÇÕES SOCIAIS. ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE 21934 CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO ............................. 15


LA
OU

5. SERVIDORES PÚBLICOS ................................................................................................................................ 17


IG

5.1 Agentes Públicos ................................................................................................................................... 17


LL

5.2 Servidores Públicos (Agentes Administrativos)..................................................................................... 18


RE

5.2.1 Servidores Temporários ......................................................................................................................... 18


MO

5.2.2 Celetistas ................................................................................................................................................ 18


E

5.2.3 Servidores estatutários ........................................................................................................................... 19


QU

5.3 Provimento e Vacância do Cargo Público .................................................................................................. 19


I

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5.4 Estabilidade e Vitaliciedade ....................................................................................................................... 20


M

5.5 Remuneração............................................................................................................................................. 21
56

5.6 Regime Disciplinar ..................................................................................................................................... 22


3 86

6. PODERES ADMINISTRATIVOS ...................................................................................................................... 22


95
38

6.1 Poder Normativo (Ou Regulamentar) ................................................................................................... 22


11

6.2 Poder Hierárquico ................................................................................................................................. 23


RT

6.3 Poder Disciplinar .............................................................................................................................. 23


U LA

6.4 Poder De Polícia .................................................................................................................................... 23


GO

7. ATOS ADMINISTRATIVOS ............................................................................................................................. 24


I
LL

7.1 Elementos Ou Requisitos Do Ato Administrativo – COM FI FO M OB .................................................. 24


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7.2 Atributos Do Ato Administrativo ........................................................................................................... 26

RT
7.3 Fases De Constituição Do Ato Administrativo ....................................................................................... 27

A
7.5 Espécies De Atos Administrativos ......................................................................................................... 27

UL
GO
7.5 Extinção Dos Atos Administrativos ....................................................................................................... 28

LI
8. LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS ................................................................................... 28

L
RE
8.1 Tipos De Licitação – Critério De Julgamento Das Propostas ................................................................. 30

MO
8.2 Desempate Na Licitação E Margem De Preferência ............................................................................. 30

UE
8.3 Agente De Contratação E Comissão De Contratação ............................................................................ 31

IQ
8.4. Modalidades Licitatórias ...................................................................................................................... 31

ON
8.5 Procedimentos Licitatórios ................................................................................................................... 32

6M
8.6 Dispensa E Inexigibilidade Da Licitação ................................................................................................. 35

65
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9. SERVIÇOS PÚBLICOS .................................................................................................................................... 36
95
9.1 Usuário Do Serviço Público ................................................................................................................... 36
38
11

9.2 Concessão De Serviços Públicos ............................................................................................................ 36


RT

9.3 Parceria Público Privada – PPP .............................................................................................................. 37


LA

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9.4 Permissão De Serviço Público ............................................................................................................... 38
OU

10. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO ...................................................................................................... 39


IG

10.1 Evolução Histórica ............................................................................................................................... 39


LL
RE

10.2 Responsabilidade Objetiva .................................................................................................................. 39


MO

10.3 Responsabilidade Por Omissão ........................................................................................................... 40


E

Responsabilidade Do Agente ...................................................................................................................... 41


QU

10.5 Prazo Prescricional .............................................................................................................................. 41


I
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21934
10.6 Responsabilidade Por Atos Legislativos E Jurisdicionais ..................................................................... 42
M
56

11. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (Lei 8.429/92)....................................................................................... 43


86

11.1 Sujeitos ................................................................................................................................................ 43


3
95

11.2 Condutas típicas ...................................................................................................................................... 44


38

11.2 Sanções ............................................................................................................................................... 45


11

11.3 Procedimento (art. 17) ........................................................................................................................ 47


RT
LA

3. Acordo de não persecução cível (art. 17-B): ....................................................................................... 48


U

4. Petição Inicial: Deve existir individualização da conduta; apontamento dos elementos probatórios
GO

mínimos que demonstrem os atos de improbidade; ...................................................................................... 48


5. Curso Processual:................................................................................................................................. 48
I
LL

11.4 Prescrição ............................................................................................................................................ 49


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CRIMINOLOGIA ................................................................................................................................................ 50

RT
1. CONCEITO, MÉTODO, OBJETO E FINALIDADE DA CRIMINOLOGIA .............................................................. 50

A
1.1 Conceito ................................................................................................................................................ 50

UL
GO
1.2 Método .................................................................................................................................................. 50

LI
1.3 Objetos .................................................................................................................................................. 51

L
RE
1.3.1 Delito ...................................................................................................................................................... 51
1.3.2 Criminoso ................................................................................................................................................ 51

MO
1.3.3 Vítima ..................................................................................................................................................... 52

UE
Controle Social ................................................................................................................................................. 54
1.4. Finalidade ............................................................................................................................................. 54

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ON
2. CRIMINOLOGIA DO CONSENSO E DO CONFLITO ......................................................................................... 55

6M
2.1 Escola de Chicago e Ecologia Criminal .................................................................................................. 55

65
2.2 Teoria da Associação Diferencial........................................................................................................... 56
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95
2.3 Teoria da Anomia .................................................................................................................................. 57
38

2.4 Teoria da Subcultura Delinquente ........................................................................................................ 58


11

2.5 Teoria do Labelling Approach (Interacionismo Simbólico, Etiquetamento, Rotulação ou Reação Social)
RT

..................................................................................................................................................................... 58
LA

21934

2.6 Teoria Crítica ......................................................................................................................................... 59


OU
IG

3. CRIMINALIDADE DE MASSA, MODERNA E ORGANIZADA ........................................................................... 59


LL

3.1 Crime Organizado .................................................................................................................................. 59


RE

4. NOVA CRIMINOLOGIA ................................................................................................................................. 59


MO

4.1 Criminologia Feminista ..........................................................................................................................


21934 59
E
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4.2 Criminologia Queer ............................................................................................................................... 61


I
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4.3 Criminologia Racial ................................................................................................................................ 62


M

4.4 Criminologia Verde ................................................................................................................................ 63


56

4.5 Criminologia Cultural e Clínica .............................................................................................................. 64


3 86

5. MODELOS DE PREVENÇÃO E REAÇÃO AO FENÔMENO CRIMINAL.............................................................. 65


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5.1 Modelos de Prevenção .......................................................................................................................... 65


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5.2 Modelos de Reação Social ..................................................................................................................... 66


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DIREITO ADMINISTRATIVO

RT
1. DIREITO ADMINISTRATIVO: CONCEITO, EVOLUÇÃO HISTÓRICA, FONTES, MÉTODOS E CRITÉRIOS

A
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INTERPRETATIVOS, RELAÇÃO COM OUTROS RAMOS DO DIREITO

GO
1.1 Conceito: Critérios Da Administração Para Definição Do Direito Administrativo

LI
L
RE
1. Corrente Legalista/Exegética/Empírica: Conjunto da legislação administrativa existente no país.

MO
Limitava-se a fazer compilação de leis e desconsiderava doutrina e jurisprudência.
2. Critério do Poder Executivo/Italiano/Subjetivista: Toda a atuação do Poder Executivo.

UE
3. Critério das Relações Jurídicas: Relações jurídicas entre a Administração e o particular.

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4. Critério do Serviço Público (França): Instituição, organização e prestação do serviço público.
● Sentido amplo (Leon Duguit): todas as atividades21934do Estado;

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● Sentido estrito (Gaston Jeze): apenas atividades materiais (satisfação das necessidades coletivas).

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5. Critério Teleológico/Finalístico: Atuação do Estado com finalidade pública.
38
6. Critério Negativista: Conceito por exclusão, abrangendo tudo que não era função legislativa e
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jurisdicional.
38

7. Critério Funcional: Função administrativa, esteja ela sendo exercida pelo Executivo, Legislativo,
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Judiciário ou por delegação estatal.


RT
LA

21934

Distinguem-se os seguintes conceitos relativos ao Direito Administrativo:


OU

1. Direito administrativo: pode ser definido como conjunto harmônico de princípios que regem os
IG

órgãos, os agentes e a atividade pública para realização dos fins desejados pelo Estado de forma
LL

DIRETA, CONCRETA e IMEDIATA.


RE
MO

1. Administração Pública:
• Em sentido amplo: compreende a função política + função administrativa.
E
QU

• Em sentido estrito: envolve tão somente a função administrativa propriamente dita.


I
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2. Administração Pública Extroversa e Introversa


• Introversa: corresponde à atividade-meio da Administração. É instrumental, atende ao interesse
M

público secundário e não diretamente os cidadãos. Atribuída a todos os órgãos administrativos.


56


86

Extroversa: corresponde à atividade-fim da Administração. É finalística, atende ao interesse


3

público primário e diretamente os cidadãos. Logo, envolve as relações entre a Administração e os


95

particulares. É atribuída apenas aos entes políticos.


38
11

1.2 Evolução Histórica


RT
LA

1. Administração Patrimonialista: Não havia diferença entre os interesses pessoais dos agentes
U
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públicos e os interesses da própria administração.


2. Administração Burocrática: Superou o patrimonialismo ao adotar o princípio da impessoalidade.
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Foram criados rígidos controles sobre a atuação dos agentes públicos.


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3. Administração Gerencial: É o modelo adotado na Administração moderna. Busca superar o modelo
burocrático por meio da adoção do princípio da eficiência, que tem as seguintes consequências

RT
principais: utilização do controle de resultados substituindo o controle de meios; maior autonomia

A
UL
dos agentes/órgãos/entidades públicas; serviço orientado para o cidadão; utilização de indicadores

GO
de desempenho.
Obs.: Administração Pública Dialógica (Ronny Charles): É uma tendência identificada em algumas

LI
L
atividades administrativas, que consiste na abertura de diálogo com os administrados, permitindo que eles

RE
colaborem com a atividade.

MO
UE
1.3 Fontes Do Direito Administrativo

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FONTE PRIMÁRIA 1) Lei - em sentido material/amplo: qualquer espécie normativa

6M
1) Jurisprudência 21934

FONTES 2) Doutrina

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SECUNDÁRIAS 3) Costumes - secundum legem e praeter legem
38
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4) Princípios Gerais do Direito
38
11

1) Constituição
RT

FONTES FORMAIS 2) Lei


3) Regulamento e21934outros atos normativos da Administração
LA

Pública.
OU

5) Jurisprudência (sem efeito vinculante)


IG

FONTES MATERIAIS 6) Doutrina


LL

7) Costumes - secundum legem e praeter legem


RE

8) Princípios Gerais do Direito


MO
E

2. PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO


I QU
ON

PRINCÍPIOS EXPRESSOS PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS


M

● Legalidade ● Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade


56

● Impessoalidade ● Princípio da Supremacia do Interesse Público Sobre o


86

● Moralidade Privado (Princípio da Finalidade Pública)


3
95

● Publicidade ● Princípio da Autotutela ou Sindicabilidade


38

● Eficiência ● Princípio Da Continuidade Do Serviço Público


11

● Princípio da Motivação
RT

● Princípio da Ampla Defesa e Contraditório


● Princípio da Segurança Jurídica e Legítima Confiança
LA

● Princípio da Intranscendência Subjetiva das Sanções


U
GO

1. LEGALIDADE (JURIDICIDADE): A atuação da administração pública subordina-se à lei, de modo que o


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agente público somente poderá fazer o que proclama a lei. Assim, não havendo previsão legal, está
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proibida a atuação do ente público e qualquer conduta praticada de forma arbitrária por ele.
Desdobramentos do princípio da legalidade:

RT
• Supremacia da lei: A lei prevalece e tem preferência sobre os atos da Administração. Relaciona-

A
UL
se com a doutrina da NEGATIVE BINDUNG (VINCULAÇÃO NEGATIVA), segundo a qual a lei

GO
representa uma limitação à vontade do Administrador.
• Reserva de lei: o tratamento de certas matérias deve ser formalizado necessariamente pela

LI
L
legislação. Relaciona-se com a POSITIVE BINDUNG (VINCULAÇÃO POSITIVA), que condiciona a

RE
validade da atuação dos agentes públicos à prévia autorização legal.

MO
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ATENÇÃO AOS CONCEITOS:

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I) Juridicidade: Compatibilidade com todo ordenamento jurídico;

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II) Legalidade: Compatibilidade com as exigências formais ou padrões materiais da lei;

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III) Legitimidade: Exige não só as formalidades prescritas ou não defesas em lei, mas a adequação aos
princípios da boa administração, dentro de padrões razoáveis e morais, e aos princípios constitucionalmente

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reconhecidos;
38
IV) Economicidade: Foco no binômio custo/ benefício em face do meio utilizado para satisfação social, junto
95
38

ao controle de eficiência da gestão financeira, para atingir melhor índice de resultado.


11

O que é o PRINCÍPIO DA RESPONSIVIDADE? Determina que, ao atuar, a Administração não obedeça apenas
RT

à legalidade, mas também à legitimidade e ao princípio


21934democrático, ou seja, que atue de modo a atender
LA

os anseios da população.
OU
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2. IMPESSOALIDADE: A atuação da administração pública deve ser imparcial, não visando beneficiar ou
LL

prejudicar pessoa determinada, tendo em vista que a sua atuação está voltada à busca do interesse
RE

público em geral. O princípio da impessoalidade possui duas acepções:


MO

• Igualdade ou Isonomia.
E

• Proibição de promoção pessoal.


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ON

3. MORALIDADE: Exige a honestidade, legalidade, boa-fé de conduta no exercício da função


M

administrativa, ou seja, a atuação não corrupta dos gestores públicos, ao tratar com a coisa de
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titularidade do Estado.
86
3

4. PUBLICIDADE: Impõe a divulgação e exteriorização dos atos do poder público, guardando relação com
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38

o princípio democrático, ao possibilitar o controle social sobre os atos públicos. A publicidade também
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representa condição de eficácia dos atos administrativos, de modo que estes só começam a produzir
efeitos a partir de sua publicidade.
RT
LA

5. EFICIÊNCIA (inserido pela EC 19/98): Exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza,
U
GO

perfeição e rendimento funcional. Sua aplicação orienta e serve de fundamento para a construção de
uma concepção de Administração Pública Gerencial.
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➢ Obs.: A concretização dos resultados deve ser realizada por meio de processo político-participativo.
A implementação da eficiência administrativa depende, por exemplo, da adoção de medidas de

RT
desburocratização, de inovação, de transformação digital e da participação do cidadão, na forma

A
UL
indicada na Lei 14.129/2021 que dispõe princípios, regras e instrumentos para o Governo Digital e

GO
para o aumento da eficiência pública.

LLI
6. PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE: Para os administrativistas, o princípio da

RE
proporcionalidade está embutido no princípio da razoabilidade, pois prevalece a tese de fungibilidade

MO
dos princípios. A proporcionalidade subdivide-se em 03 subprincípios:
• Adequação ou idoneidade;

UE
• Necessidade ou exigibilidade;

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• Proporcionalidade em sentido estrito.

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7. PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA OU SINDICABILIDADE: A administração pública tem a prerrogativa de rever

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os seus próprios atos independentemente de provocação, seja para revogá-los ou para anulá-los.
38
Cuidado: Não confundir autotutela com tutela!
95
● Autotutela: Autoriza a administração a realizar controle dos seus atos, podendo anular os ilegais e
38
11

revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de decisão do Poder Judiciário.


● Tutela: A administração exerce controle sobre pessoa jurídica por ela instituída, com o objetivo de
RT

garantir a observância de suas finalidades 21934


institucionais. (= supervisão ministerial = controle
LA

finalístico).
OU
IG

8. PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PRIVADO: Há o interesse público


LL

primário, que consiste na necessidade de satisfação das necessidades coletivas e o interesse público
RE

secundário que é o do próprio Estado, enquanto sujeito de direitos e obrigações, ligando-se à noção de
MO

interesse do erário.
E
QU

9. PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO: Impõe à Administração Pública o dever de indicação dos pressupostos de


I
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fato e de direito que determinaram a prática do ato (art. 2º, parágrafo único, VII, da Lei n. 9.784/99),
sendo condição de validade do ato. Trata-se de um mecanismo de controle sobre a legalidade e
M

legitimidade das decisões da Administração Pública.


56

• A motivação deve ser apresentada simultaneamente ou no instante seguinte à prática do ato.


386

Motivação intempestiva (posterior) ou extemporânea (anterior) causa nulidade do ato


95

administrativo.
38

• O princípio da motivação comporta exceção, por exemplo, nomeação ou exoneração (exoneração


11

"ad nutum") de cargos comissionados. No entanto, se mesmo essa motivação sendo “desnecessária”,
RT

a Administração optar por motivá-la, estará vinculada aos motivos que explicitou no ato, em
LA

decorrência da chamada: TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES. Isso porque os motivos vinculam
U
GO

todo o ato, e se não forem respeitados, o ato torna-se nulo.


• Motivo x Motivação x Móvel: fato que autoriza a realização do ato administrativo X exigência de
I
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enunciação dos motivos X intenção declarada pelo agente como justificativa para a prática do ato.
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10. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA E LEGÍTIMA CONFIANÇA: Estabilização do ordenamento jurídico

RT
(proteção à coisa julgada, ao direito adquirido e ao ato jurídico perfeito – sentido objetivo. Proteção à

A
UL
confiança das pessoas em relação às expectativas geradas por promessas e atos estatais. É princípio

GO
autônomo – sentido subjetivo.
a) Segurança jurídica x Legítima confiança:

LI
• Segurança jurídica: possui caráter amplo, aplicado às relações públicas e privadas.

L
RE
• Legítima confiança: tutela apenas a esfera jurídica do particular, protegendo-o da atuação

MO
arbitrária do Estado.

UE
b) Quando NÃO se aplica o princípio da confiança legítima:
● Hipóteses de má-fé do administrado;

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● Quando existir mera expectativa de direitos pelo interessado (ex. concessão de liminar, de
caráter precário, que possa ser revista).

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11. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO (art. 6º, §1º, Lei 8987/95): Em regra, a atuação
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administrativa, buscando atender da melhor forma o interesse público, deve ser prestada de forma
95
21934

contínua, ou seja, sem interrupções, motivo pelo qual o princípio da continuidade veda a interrupção
38
11

na prestação dos serviços públicos. EXCEÇÃO: É possível o corte no fornecimento do serviço em caso
de emergência ou, após prévio aviso, nas hipóteses de: razões de ordem técnica ou de segurança das
RT

instalações; e inadimplemento do usuário.


LA

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OU

3. A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA: ENTIDADES E ÓRGÃOS. CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS


IG

PÚBLICOS. DESCONCENTRAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVAS. ENTIDADES INTEGRANTES DA


LL

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DESCENTRALIZADA


RE
MO

3.1 Descentralização X Desconcentração


E
QU

3.1.1. DESCONCENTRAÇÃO: Consiste na distribuição de competência dentro da mesma pessoa jurídica


I
ON

(criam centros de competência em seu interior). Ou seja: O Estado distribui e especializa as funções e
atividades estatais dentro da sua própria estrutura.
M

• Pode ocorrer tanto na Administração Direta quanto na Administração Indireta.


56

• Criação de órgãos públicos: A desconcentração acarreta a criação de órgãos estatais, sem que haja
86
3

a criação de uma nova pessoa jurídica, pois se trata de mera divisão interna.
95
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3.1.2. DESCENTRALIZAÇÃO: O Estado transfere a execução da atividade para outra pessoa, seja física ou
jurídica, integrante ou não da Administração. Enquanto a desconcentração ocorre dentro de apenas uma
RT

pessoa jurídica, na descentralização há mais de uma pessoa envolvida.


LA

1. Características da Descentralização:
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GO

● Deslocamento para uma nova pessoa (física ou jurídica);


● Transferência para pessoa da Administração indireta ou particulares;
I
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● NÃO existe hierarquia, mas se submetem a um controle finalístico (supervisão ministerial).


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2. Espécies de Descentralização:
a) Descentralização por Outorga (descentralização legal, por serviços ou funcional): transfere a

RT
execução e a titularidade (doutrina majoritária); destina-se às pessoas jurídicas de direito público

A
UL
especializadas; requer lei específica; dá origem às entidades da Administração Indireta.

GO
b) Descentralização por Delegação (por colaboração): só transfere a execução (e não a titularidade);
entidades de direito privado; formalizada por ato unilateral ou contrato; dá origem às concessionárias

LLI
e permissionárias.

RE
Obs.: É importante conhecer as formas de controles administrativos: Tutela x Hierarquia.

MO
TUTELA ADMINISTRATIVA HIERARQUIA ADMINISTRATIVA

UE
21934
▪ NÃO se presume. Depende de Lei. ▪ Inerente à organização interna dos entes
federativos. NÃO depende de previsão legal.

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ON
▪ Pressupõe a existência de duas pessoas ▪ Existe no interior de uma mesma pessoa (fruto
jurídicas, onde uma exerce controle sobre da desconcentração).

6M
a outra (fruto da descentralização).

65
▪ Condicionada pela lei. ▪ Incondicionada, sendo-lhe inerente uma série de
38
poderes administrativos.
95
38
11

3.2 Órgãos Públicos


RT

1. Conceito: São centros de atribuições que resultam 21934da desconcentração administrativa. Sua criação se
LA

justifica pela necessidade de especializar as funções, com o intuito de tornar a atuação estatal mais
OU

eficiente. A principal característica dos órgãos é que eles NÃO possuem personalidade jurídica própria.
IG

A competência do órgão é intransferível e irrenunciável, mas pode ser delegada ou avocada.


LL

● NÃO possuem patrimônio próprio.


RE

● NÃO podem ser sujeitos de direitos ou de obrigações (pois não possuem personalidade jurídica).
MO

● NÃO celebram contrato, contudo, o órgão realiza licitação, gestão e exercício do contrato,
E

ficando a cargo do ente personalizado a celebração do contrato. EXCEÇÃO: Contrato de gestão/de


QU

desempenho (art. 37, §8º da CF/88) - entre órgãos públicos e administradores ou entes.
I
ON

● NÃO possuem capacidade processual. EXCEÇÕES:


▪ Previsão legal. Ex.: Órgão público na defesa dos consumidores (art. 82, inc. III, CDC).
M
56

▪ Órgãos titulares de direitos subjetivos, o que lhes confere capacidade processual para a defesa
86

das prerrogativas, bem como competências para defesa de atribuições institucionais. Ex.:
3

Órgãos independentes e autônomos podem figurar em juízo, desde que (i) sejam órgãos de
95

cúpula de hierarquia administrativa; (ii) atuem na defesa de suas prerrogativas institucionais.


38
11

Nesse sentido: SUM 525-STJ.


RT

2. Teorias sobre os órgãos:


LA

a) Teoria do Mandato: O agente público é mandatário da pessoa jurídica, sendo a relação construída em
U
GO

função de um contrato de mandato.


b) Teoria da Representação: O agente público seria representante do Estado por força de lei,
I
LL

equiparando-se ao tutor ou curador, representando os incapazes.


RE

10
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E
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MO
IQ
ON
DELEGADO SÃO PAULO

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95
38
11
c) Teoria do Órgão (Teoria da Imputação Volitiva): A manifestação do órgão público é atribuída à pessoa
jurídica à qual ele pertence. Ou seja: quando um agente público, integrante de um órgão público,

RT
manifesta a sua vontade, na realidade, é a própria pessoa estatal que está agindo.

A
UL
GO
3. Criação e Extinção de Órgãos Públicos: A regra é que os órgãos públicos sejam criados e extintos por lei
ordinária. E, em regra, a lei será de iniciativa do chefe do Executivo. Essa exigência aparece na CF em

LLI
(art. 61, §1º; art. 84). No entanto, existem algumas exceções em relação à iniciativa da lei: iniciativa do

RE
Congresso Nacional (art. 48, XI, CF/88); para a criação de órgãos no Poder Judiciário, a iniciativa será

MO
do presidente do próprio TJ (art. 96, II, “c” e “d”, CF/88); no âmbito do MP, a iniciativa para a criação
de órgãos será do chefe da instituição, ou seja, PGJ ou PGR (art. 127, §2º).

UE
IQ
ON
4. Classificação dos Órgãos
21934
a) Quanto à hierarquia:

6M
● Independentes: NÃO estão hierarquicamente subordinados a nenhum outro órgão. Ex.:

65
Presidência da República, Congresso Nacional, STF.
38
● Autônomos: órgãos imediatamente subordinados aos órgãos independentes. Possuem
95
autonomia administrativa e financeira (NÃO possuem autonomia política). Ex.: Ministério da
38

Fazenda, Secretaria do Estado, AGU.


11

● Superiores: NÃO possuem autonomia e independência, embora conservem o poder de decisão.


RT

Ex.: Secretaria da Receita Federal, Polícias, 21934


Procuradorias.
LA

● Subalternos: órgãos com reduzido poder de decisão, destinado à mera execução de atividades
OU

administrativas. Ex.: zeladoria, almoxarifado, etc.


IG

b) Quanto à atuação funcional/manifestação de vontade:


LL

● Singular: atua pela manifestação de vontade de um único agente. Ex.: Prefeitura, juízo de 1º grau.
RE

● Colegiado (ou pluripessoais): a tomada de decisão é feita de forma coletiva. Ex.: STF.
MO

c) Quanto à estrutura:
● Simples (ou unitário): atua sozinho (um único centro de competência), sem subdivisões em seu
E
QU

interior. Ex.: Gabinete.


I

● Composto: há mais de um órgão atuando em sua estrutura. Ex.: Congresso Nacional (CD + SF).
ON
M

3.3 Administração Indireta


56
86

Características dos Entes da Administração Indireta:


3
95

• Gozam de personalidade jurídica própria.


38

• Possuem patrimônio próprio. No momento da sua criação, a entidade responsável transfere parte de
11

seu patrimônio ao novo ente, o qual terá liberdade para usá-lo.


RT

• Possuem capacidade de autoadministração (autonomia técnica + administrativa).


LA

• Devem ter finalidade pública.


U


GO

Sujeitas à supervisão ministerial (e NÃO ao poder hierárquico). Forma de controle que pode ocorrer
por meio de 3 hipóteses: controle finalístico - deve-se assegurar que as entidades da Administração
I
LL

Indireta não estão se desviando dos fins previstos nas leis instituidoras; controle político - a
RE

11
MO
E
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95
38
11
Administração Direta pode nomear e exonerar livremente os dirigentes das entidades administrativas.
Exceção: dirigentes das agências reguladoras; controle financeiro - exercido pelo Poder Legislativo

RT
com auxílio do TCU.

A
UL
• Necessidade de lei específica
21934 para criação das autarquias e autorização para criação dos demais entes

GO
da administração indireta, neste caso, sendo imprescindível o registro dos atos constitutivos no
cartório de pessoas jurídicas ou na junta comercial para empresas estatais.

LI

L
Criação de subsidiárias também exige lei. NÃO precisa ser lei específica, pois a própria lei que institui

RE
a entidade pode autorizar. Contudo, a lei deve ser minuciosa, trazendo todas as áreas de atuação da

MO
entidade de forma específica (princípio da especialidade). Já a organização pode ser feita através de

UE
ato administrativo.

IQ
ON
3.3.1 Autarquias

6M
1. Conceito: São pessoas jurídicas de direito público interno, pertencentes à Administração Indireta,

65
criadas por lei específica para o exercício de atividades típicas, próprias do Estado.
2. Características: 38
95
● NÃO possuem autonomia política, mas possuem autonomia financeira e de autorregulação.
38
11

● Possuem regime jurídico de Direito Público e são CRIADAS por lei específica (descentralização
por outorga ou descentralização legal).
RT

● Praticam atos administrativos.


LA

21934

● Possuem bens públicos (impenhorabilidade, imprescritibilidade e inalienabilidade relativa).


OU

● Precisam fazer licitação quando firmarem contratos administrativos.


IG

● Sujeitas ao controle financeiro do Tribunal de Contas.


LL

● Sujeitas ao regime estatutário: exigência de concurso público, submissão ao teto remuneratório


RE

e proibição de acumulação de cargos.


MO

● Submetem-se ao regime de precatórios, SALVO os conselhos profissionais.


● Possuem imunidade tributária recíproca em relação aos IMPOSTOS.
E
QU

● Possuem prerrogativas processuais. Ex.: prazo em dobro, reexame necessário.


I
ON

● Possuem responsabilidade civil objetiva, com fundamento na Teoria do Risco Administrativo


(art. 37, §6º, CF/88). Há responsabilidade subsidiária do ente criador.
M
56
86

3. Espécies de autarquias:
3

a. Autarquias profissionais (autarquias corporativas, conselhos profissionais): Exercem atividade


95

tipicamente pública de fiscalização sobre determinadas categorias profissionais.


38

b. Autarquias em regime especial: Subdividem-se nas seguintes espécies:


11

b.1. Agências reguladoras: Criadas para controlar e fiscalizar as atividades de interesse da sociedade e
RT

executadas por particulares ou até mesmo por entidades privadas da Administração Indireta.
LA

b.2. Autarquias culturais: Universidades Públicas.


U

• Parte da doutrina menciona Agências executivas e Associações públicas como espécies de autarquia:
GO

▪ Agências executivas: São as autarquias e fundações públicas que celebram contrato de gestão
I
LL

com o intuito de melhorar sua eficiência e reduzir custos (art. 51 e 52 da Lei 9649/98).
RE

12
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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA

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95
38
11
▪ Associações públicas: Os consórcios públicos (art. 241, CF/88), quando se constituem na forma
de pessoa jurídica de direito público, assumem a forma de autarquia integrante da Administração

RT
Indireta dos entes federativos consorciados.

A
UL
GO
A) AGÊNCIAS REGULADORAS
1. São autarquias com regime jurídico especial, dotadas de autonomia reforçada em relação ao ente

LLI
central, com base em dois fundamentos: Despolitização (desgovernamentalização) e Necessidade de

RE
celeridade na regulação de determinadas atividades técnicas.

MO
2. Funções: Exercem funções executivas, normativas e judicantes de Estado, NÃO desempenhando
funções de governo.

UE
3. Características:

IQ
ON
a) AUTONOMIA ADMINISTRATIVA:
● Nomeação diferenciada dos dirigentes – Nomeados pelo Presidente da República após

6M
aprovação prévia do Senado para cumprir mandato certo (demais autarquias: demissíveis ad

65
nutum e comissionados);
38
● Período de quarentena dos dirigentes – Durante o prazo de 6 meses ficam impedidos de exercer
95
atividade no setor regulado, contados da exoneração ou término do mandato, sendo assegurada
38

remuneração compensatória.
11

● Estabilidade forçada dos dirigentes - Possuem mandato certo de 5 anos, vedada a recondução.
RT

b) AUTONOMIA DECISÓRIA: Impossibilidade de manejar recurso hierárquico impróprio.


LA

21934

c) AUTONOMIA FINANCEIRA: Possuem recursos próprios e recebem dotações orçamentárias.


OU

d) AUTONOMIA NORMATIVA: Gozam de poder normativo/regulatório. O fundamento do poder


IG

normativo das agências reguladoras baseia-se na técnica da deslegalização ou delegificação.


LL
RE

B) AGÊNCIAS EXECUTIVAS
MO

1. É uma autarquia ou fundação que recebeu esta qualificação por ter celebrado um contrato de gestão
21934
com a Administração Pública (art. 37, §8º, CF/88) e por possuir um plano de reestruturação (art. 51
E
QU

da Lei nº 9.649/98). São exemplos de agências executivas: INMETRO e SUDENE.


I

● O Presidente da República expede decreto, concedendo a qualidade de agência executiva.


ON

● A desqualificação da fundação como agência executiva é realizada por decreto, por iniciativa do
M

Ministério Supervisor.
56

2. Requisitos: i) deve ter plano estratégico de reestruturação e desenvolvimento em andamento; ii)


86
3

celebração de contrato de gestão com Ministério Supervisor com periodicidade mínima de 01 ano.
95

3. Características: pode ter natureza de autarquia ou de fundação pública; é uma autarquia ou fundação
38

que temporariamente será agência executiva, enquanto durar o contrato de gestão; busca mais
11

eficiência e redução de custos; gozam de dispensa de licitação para celebração de contratos nos limites
RT

de valor estabelecidos no art. 75, I e II c/c §2º, Lei 14.133/21, cujos limites de valor são duplicados em
LA

relação aos do art. 75, I e II, da Lei 14133/21, cf. §2º do mesmo artigo.
U
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LL
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38
11
C) FUNDAÇÕES PÚBLICAS
1. Pessoas jurídicas sem fins lucrativos, cujo elemento essencial é a utilização do patrimônio para a

RT
satisfação de objetivos sociais, definidos pelo instituidor. A fundação instituída pelo Estado pode

A
UL
estar sujeita ao regime público ou privado, a depender do estatuto da fundação e das atividades

GO
21934
por ela prestadas.

LLI
FUNDAÇÃO PÚBLICA DE DIREITO PÚBLICO FUNDAÇÃO PÚBLICA DE DIREITO PRIVADO

RE
Autarquias fundacionais. Fundações governamentais.

MO
Estão sujeitas ao regime público. Estão sujeitas ao regime privado.

UE
São criadas por lei específica (são uma espécie de Deve ser editada uma lei específica autorizando que

IQ
autarquia, por isso também chamadas de o Poder Público crie a fundação. Em seguida, será

ON
“fundações autárquicas”). necessário fazer a inscrição do estatuto dessa
fundação no Registro Civil de Pessoas Jurídicas,

6M
quando, então, ela adquire personalidade jurídica.

65
Atividades típicas de Estado. Atividades de conteúdo econômico passíveis de
38
delegação.
95
38

Bens públicos. Bens privados (em regra). Obs.: Bens privados


11

afetados ao serviço público, ou seja, empregados


diretamente na prestação de serviços públicos,
RT

sujeitam-se às regras de direito público.


LA

21934

Regime estatutário. Regime celetista.


OU
IG

2. Observações importantes:
LL

● Tanto as fundações públicas de direito público quanto as de direito privado possuem imunidade
RE

tributária de impostos sobre rendas, bens ou serviços.


MO

● As fundações estatais NÃO se submetem ao controle do MP, pois a previsão do art. 66 do CC


E

refere-se, exclusivamente, às fundações privadas, instituídas por particulares, bem como o DL


QU

200/67 afasta a aplicação do CC às fundações estatais.


I
ON

● Somente as fundações públicas de direito público: possuem prerrogativas processuais;


M

submetem-se ao regime de precatório; fazem jus à isenção das custas processuais.


56
86

D) EMPRESAS ESTATAIS (LEI 13.303/2016)


3

1. As empresas estatais englobam as empresas públicas (EP) e Sociedades de Economia Mista (SEM).
95
38

São pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública Indireta. São regidas
11

por um regime predominantemente privado, chamado por alguns de regime híbrido, sui generis. Isso
porque, por mais que sejam influenciadas pelo regime privado, possuem características do regime
RT

de direito público.
LA

2. Criação das Estatais: Em regra, a estatal precisa de lei autorizativa para a sua criação, bem como
U
GO

para a criação de suas subsidiárias e participação em outras empresas privadas.


3. Finalidades: Pode ter duas finalidades: prestadora de serviço público; exploradora de atividade
I
LL

econômica.
RE

14
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11
EMPRESAS PÚBLICAS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA

RT
Capital 100% público. Capital misto (maior parte público).

A
UL
Qualquer forma societária. Inclusive com um único Somente sociedade anônima.

GO
sócio ou na forma de sociedade anônima.
Competência: Competência:

LI
L
 EP Estadual: Justiça Estadual.  SEM Estadual: Justiça Estadual.

RE
 EP Federal: Justiça Federal.  SEM Federal: Justiça Estadual. Exceções

MO
(serão processadas na Justiça Federal): a) Se

UE
a União intervier como assistente ou

IQ
opoente (Sum. 517, STF); b) Para processar

ON
e julgar MS contra ato ou omissão do

6M
dirigente da sociedade de economia mista
federal, investido em função

65
administrativa.
38
95
38

4. Regime de pessoal: Celetista (CLT), mas, por possuírem um regime jurídico híbrido, se sujeitam à
11

algumas prerrogativas e regras da Administração Pública.


5. Administradores: cidadãos de reputação ilibada e notório conhecimento; possuir tempo mínimo de
RT

experiência profissional; ter formação acadêmica 21934 compatível; não ser inelegível.
LA

3. Patrimônio: Bens privados, mas sofre modulações de direito público, especificamente no tocante à
OU

alienação, que depende do cumprimento das exigências da Lei 14.133/21.


IG

4. Controle: Sujeição ao controle do Tribunal de Contas.


LL

5. Licitação e contratos: Necessidade de realizar licitação, independentemente da natureza da


RE

atividade desempenhada. Os contratos terão prazo máximo de 5 anos.


MO

6. Imunidade tributária: Se atuarem em regime concorrencial: NÃO gozam de imunidade. Se


E

prestadoras de serviços públicos não remunerados por preços públicos ou tarifas OU se estatais que
QU

exercem atividades monopolizadas gozam de imunidade.


I
ON

7. Precatório: Somente as empresas públicas e sociedades de economia mista que prestam serviços
públicos submetem-se ao regime de precatórios!
M
56

8. Falência: A lei de falências exclui as estatais, mas a doutrina é divergente.


86
3

ATENÇÃO! ECT, embora seja empresa pública, possui tratamento diferenciado, uma vez que: i)
95
38

submetem-se ao regime de Fazenda Pública; ii) possuem imunidade tributária; iii) submetem-se ao
11

regime de precatório; iv) seus bens são impenhoráveis.


RT

4. ENTIDADES EM COLABORAÇÃO COM O ESTADO E TERCEIRO SETOR. SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS.


LA

ORGANIZAÇÕES SOCIAIS. ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO


U
GO

1. As entidades do 3º Setor são particulares em colaboração, sem fins lucrativos, que atuam ao lado do
Estado na21934
prestação de serviços públicos e atividades de interesse social, mediante vínculo formal de
I
LL

parceria com o Estado.


RE

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38
11
2. Características
● São criadas pela iniciativa privada (“particulares em colaboração”);

RT
● Não integram formalmente a Administração Pública;

A
UL
● A criação depende de lei autorizativa;

GO
● Possuem vínculo legal ou negocial com o Estado;
● Não possuem finalidade lucrativa;

LLI
● Recebem benefícios públicos;

RE
● Possuem regime jurídico de direito privado;

MO
● Adquirem personalidade jurídica com a inscrição do estatuto em cartório próprio;
● Prestam atividades privadas de interesse social (serviços não exclusivos de Estado).

UE
3. Espécies/ Subdivisões do 3º Setor:

IQ
ON
● Sistema ‘S’: Serviços sociais autônomos, tais como o SESI, SESC, SENAI e SENAC;
● Sistema ‘OS’: Organizações sociais, regidas pela Lei 9.637/98;

6M
● OSCIP’s: Organizações da sociedade civil de interesse público, regidas pela Lei 9.790/99;

65
● OSC’s: Organizações da sociedade civil, regidas pela Lei 13.019/14;
● Fundações de apoio. 38
95
4. Foro processual:
38

● É a Justiça Estadual, inclusive para as entidades que formalizam parcerias com a União.
11

● Serviços Sociais autônomos que recebem recursos 21934 federais: Justiça Estadual (SUM 516 STF).
RT

5. Regime de Pessoal: Empregados celetistas (submetem-se à CLT). NÃO se aplica as regras de concurso
LA

21934

público. No entanto, doutrina majoritária e STF entendem que deve haver um processo seletivo
OU

público, objetivo e impessoal, de modo que a contratação obedeça aos princípios constitucionais da
IG

impessoalidade e moralidade.
LL

6. Patrimônio: Bens privados. No entanto, os bens privados adquiridos com recursos públicos sofrerão
RE

influxos do regime de direito público.


MO

7. Licitação
● Licitação entre o Estado e as entidades do 3º setor: Doutrina majoritária entende que não há
E
QU

necessidade de licitação. Contratos de gestão e termos de parceria firmados entre o 3º Setor e a


I

Administração possuem natureza jurídica de convênio, e não de contrato administrativo.


ON

● Licitação entre o 3º setor e a contratação com terceiros utilizado dinheiro público: Há forte
M

divergência doutrinária. No entanto, as leis das OS (art. 17) e OSCIP (art. 14) adotaram a posição
56

segundo a qual não exige licitação, mas é necessário um procedimento simplificado e objetivo
86
3

para as contratações realizadas com dinheiro público.


95

8. Responsabilidade civil das entidades do 3º setor: divergência doutrinária.


38
11

ORGANIZAÇÕES SOCIAIS OSCIP


RT

ENTIDADES Entidades privadas sem fins Entidades privadas sem fins


LA

lucrativos. lucrativos em regular


U
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funcionamento há pelo menos 3


anos.
I
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11
QUALIFICAÇÃO Ato discricionário do Poder Ato vinculado do Poder Público
Público.

RT
COMPETÊNCIA PARA A Ministério ou Órgão Ministério da Justiça.

A
UL
QUALIFICAÇÃO regulador responsável pela

GO
área de atuação da entidade
ÓRGÃO DE DELIBERAÇÃO Presença obrigatória do Presença facultativa de servidor

LLI
SUPERIOR DA ENTIDADE representante do Poder público na composição do

RE
Público. Conselho da entidade.

MO
VÍNCULO JURÍDICO Contrato de gestão. Termo de parceria.

UE
(PARCERIA)

IQ
É mais ampla do que a das
Ensino, pesquisa científica,

ON
organizações sociais, porque
desenvolvimento

6M
ÁREA DE ATUAÇÃO abrange, além de todo o campo de
tecnológico, proteção e
atuação destas últimas, diversas

65
preservação do meio
outras áreas previstas no art. 3.º
ambiente, cultura e saúde. 38 da Lei 9.790/1999.
95
38

Perde-se a qualificação de OS Perde-se a qualificação de OSCIP,


11

a pedido ou se descumprido a pedido ou mediante decisão


o contrato de gestão, proferida em processo
RT

DESQUALIFICAÇÃO mediante 21934 processo administrativo ou judicial, de


LA

administrativo, em que seja iniciativa popular ou do Ministério


OU

assegurado o direito ao Público, em que sejam


IG

contraditório e à ampla assegurados o contraditório e a


LL

defesa. ampla defesa.


RE
MO

5. SERVIDORES PÚBLICOS
E
QU

5.1 Agentes Públicos


I
ON

1. Agentes públicos de fato x Agentes públicos de direito:


M
56

● Agente público de direito - É aquele que exerce a função pública com vínculo jurídico, formal, válido
86

com o Estado. Há investidura regular nos cargos, empregos e funções públicas. Dividem-se em: agente
3

político, particulares em colaboração com o Estado e servidores públicos.


95

● Agentes públicos de fato - É aquele que exerce a função pública SEM vínculo jurídico, formal, válido
38
11

estabelecido com o Estado, buscando atender o interesse público. INEXISTE investidura prévia em
cargo, emprego ou função pública. Dividem-se em: agente de fato putativo - é aquele que exerce a
RT

função pública numa situação de normalidade; agente de fato necessário - é aquele que exerce a
LA

função pública em situações excepcionais.


U

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IGO
LL
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21934

11
2. Agentes políticos: Agentes públicos que atuam no exercício da função política de Estado. São servidores
estatutários, que NÃO possuem vínculo contratual com o Estado. Seriam os detentores de mandato

RT
eletivo, secretários e Ministros de Estado.

A
UL
Obs.: Tem crescido no STF interpretação no sentido de que, embora os agentes políticos não se submetam

GO
à vedação ao nepotismo, é necessário analisar, se o agente nomeado possui a qualificação técnica
necessária ao seu desempenho e se não há nada que desabone sua conduta.

LI
L
RE
3. Particulares em colaboração com o poder público: Todos aqueles que, sem perder a qualidade de

MO
particulares, atuam em nome do Estado, mesmo em caráter temporário ou ocasional. Dividem-se em:
designados, voluntários, delegados e credenciados.

UE
IQ
ON
5.2 Servidores Públicos (Agentes Administrativos)

6M
5.2.1 Servidores Temporários

65
38
Contratados para atendimento, em caráter excepcional, de necessidades NÃO permanentes dos
95
órgãos públicos, devendo cumprir os seguintes requisitos (art. 37, IV, CF/88):
38

a) SERVIÇO TEMPORÁRIO - Lei de contratação temporária não pode prever hipóteses genéricas nem a
11

prorrogação indefinida dos contratos (Info 858, STF).


RT

Obs.: O STF decidiu que os servidores temporários podem ser contratados para o desempenho de
LA

21934

atividades de caráter regular e permanente, desde que indispensáveis ao atendimento de necessidade


OU

temporária de excepcional interesse público.


IG

b) INTERESSE PÚBLICO, devidamente justificado pela autoridade pública responsável pela contratação;
LL

c) EXCEPCIONALIDADE DA CONTRATAÇÃO.
RE
MO

5.2.2 Celetistas
E
QU

Salvo em casos excepcionais, esse tipo de contratação se limita aos entes de direito privado
I

(empresas estatais e fundações de direito privado).


ON

● Aprovados em concurso, assinam contrato de emprego e submetem-se a um regime jurídico híbrido,


M

pois apesar de eminentemente privado, o regime celetista não será pautado exclusivamente na CLT.
56

● Os empregados públicos são agentes públicos e, por isso, devem observância aos princípios e regras
3 86

constitucionais relativas aos agentes públicos em geral, tais como: submissão ao concurso público;
95

possuem vínculo permanente com o Estado, por prazo indeterminado; proibição de acumular seus
38

empregos com outros cargos ou empregos públicos, salvo permissivo constitucional; responsabilidade
11

por atos de improbidade administrativa; controle judicial de seus atos pelos remédios constitucionais;
RT

submissão ao teto constitucional.


LA

● Características:
U

▪ Unicidade normativa: a União detém competência privativa para legislar sobre direito do trabalho,
GO

logo, lei estadual que proibiu dispensa sem justa causa de empresa estatal estadual é
I
LL

inconstitucional, pela falta de competência do Estado para legislar sobre direito do trabalho.
RE

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MO
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38
11
▪ Vínculo contratual: os empregados públicos assinam contrato de trabalho.
▪ Competência para processo e julgamento:
21934 Justiça do Trabalho. Cabe à Justiça Comum (estadual

RT
ou federal) julgar ações contra concurso público realizado por órgãos e entidades da

A
UL
Administração Pública para contratação de empregados celetistas. (Info 968, STF). Igualmente cabe

GO
à Justiça Comum julgar ação ajuizada por servidor celetista em que se pleiteia parcela de natureza
administrativa. (Info 1102, STF)

LLI
RE
5.2.3 Servidores estatutários

MO
Possuem vínculo permanente com a Administração, decorrente da lei, de natureza profissional e

UE
prazo indeterminado.

IQ
ON
a) Regime Estatutário:

6M
● É o regime jurídico aplicável aos servidores que ocupam cargos públicos inseridos nas pessoas jurídicas

65
de Direito Público.
38
● STF: NÃO há direito adquirido a regime jurídico. Logo, os direitos instituídos pelo estatuto dos
95
servidores público NÃO se incorporam ao patrimônio jurídico desses agentes.
38

● O servidor inserido no cargo efetivo é o estatutário.


11
RT

b) Características:
LA

21934

● Pluralidade normativa: Cada ente federativo possui autonomia para disciplinar normas estatutárias
OU

que regem os seus respectivos servidores, sendo a iniciativa das leis do chefe do executivo.
IG

● Vínculo legal: NÃO há contrato de trabalho, mas termo de posse. A ausência de vínculo contratual,
LL

segundo o STJ, demonstra a inexistência do direito à inalterabilidade da situação funcional, por


RE

predominar o interesse público na relação estatutária.


MO

● Competência para processo e julgamento: Justiça comum.


E
QU

ATENÇÃO: Função de Confiança X Cargo em Comissão


I

1. Função de Confiança: É uma função sem cargo, função isolada dentro do serviço público, somente
ON

podendo ser exercida por quem já esteja investido em cargo efetivo.


M

2. Cargo em Comissão: É o cargo comissionado, podendo ser exercido também por servidores de cargo
56
86

efetivo. Cada entidade deverá estabelecer, por lei, um percentual mínimo de cargos em comissão que
3

necessariamente serão preenchidos por servidores efetivos. É possível atribuir cargo em comissão ao
95

servidor ocupante de outro cargo em comissão, desde que de forma interina, caso em que o sujeito
38

receberá apenas a maior remuneração.


11
RT

5.3 Provimento e Vacância do Cargo Público


ULA
GO

1. Provimento Originário: Ocorre quando o indivíduo passa a ocupar o cargo público sem que existisse
qualquer vínculo anterior com o Estado. A única forma de provimento originário é a NOMEAÇÃO em
I
LL

concurso público. Consiste em ato administrativo que materializa o provimento originário.


RE

19
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MO
IQ
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2. Provimento Derivado: Ocorre quando o indivíduo passa a ocupar determinado cargo público em virtude
do fato de ter um vínculo anterior com a Administração Pública. Formas de provimento derivado:

RT
a) Promoção: Deslocamento do servidor de um cargo público de classe inferior para ingressar em outro

A
UL
cargo de classe mais elevada, dentro da mesma carreira, quando atendidos os requisitos legais.

GO
b) Readaptação: Deslocamento do servidor de um cargo para outro cargo com o intuito de compatibilizar
o exercício da função pública com a limitação sofrida na capacidade física ou psíquica do servidor

LI
L
público, verificada por perícia.

RE
c) Reversão: Retorno do servidor público aposentado ao cargo, à ativa.

MO
d) Aproveitamento: É o retorno do servidor público estável colocado em disponibilidade para cargo com
atribuições, vencimentos e responsabilidades compatíveis com o cargo anteriormente ocupado.

UE
e) Reintegração: É o retorno do servidor demitido quando comprovada a ilegalidade da sua demissão no

IQ
ON
âmbito de um processo judicial ou administrativo. Se o cargo tiver sido extinto, ficará em
disponibilidade. Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo

6M
de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em

65
disponibilidade.
38
f) Recondução: É o retorno do servidor estável ao cargo de origem tendo em vista a sua inabilitação
95
(inapto ou não obteve a estabilidade) em estágio probatório de outro cargo ou a reintegração de um
38

outro servidor a esse mesmo cargo.


11
RT

1. Vacância: É o fato administrativo que demonstra21934


a ausência de ocupação de determinado cargo. São
LA

hipóteses de vacância: exoneração, demissão, promoção, readaptação, aposentadoria, posse em outro


OU

cargo inacumulável, falecimento.


IG

2. O desligamento dos empregados públicos é feito por dispensa, que precisa ser motivada. Já o
LL

desligamento dos servidores estatutários ocorre por exoneração ou demissão.


RE

● Exoneração: desligamento do servidor público estatutário que NÃO configura penalidade;


MO

● Demissão: constitui uma penalidade que rompe o vínculo funcional do servidor público que
cometeu um ilícito administrativo grave.
E
I QU

5.4 Estabilidade e Vitaliciedade


ON
M

1. A EFETIVIDADE é atributo do cargo público, definido por lei no momento de sua criação, sendo requisito
56

indispensável para a aquisição da estabilidade. É prerrogativa constitucional atribuída aos servidores


86

21934
3

públicos detentores de cargo em provimento efetivo de permanência no serviço público.


95

2. A aquisição da ESTABILIDADE pressupõe o efetivo exercício da função pelo período de 03 anos. Doutrina
38

e jurisprudência entendem que a avaliação pode ser expressa ou tácita, pois se passados 03 anos de
11

exercício e a avaliação não for realizada pelo Poder Público, presume-se que o servidor foi avaliado e
RT

aprovado.
LA

3. O servidor em estágio probatório, uma vez que ainda NÃO adquiriu a estabilidade, NÃO possui a
U

garantia de permanência no serviço. Todavia, a perda do cargo depende necessariamente do respeito


GO

ao princípio do contraditório e ampla defesa, conforme súmula 21 do STF: Funcionário em estágio


I
LL
RE

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IQ
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11
probatório não pode ser exonerado nem demitido sem inquérito ou sem as formalidades legais de
apuração de sua capacidade.

RT
4. Os servidores estáveis só perderão o cargo nas seguintes hipóteses: sentença judicial transitada em

A
UL
julgado; processo administrativo; procedimento de avaliação periódica de desempenho; exoneração

GO
para corte de gastos (hipótese do art. 169 CF).
5. A VITALICIEDADE é prerrogativa conferida em função dos cargos que exercem e grau de

LLI
responsabilidade. É garantida a permanência no serviço público, somente sendo possível a perda do

RE
cargo por sentença judicial transitada em julgado. Aplica-se ao MP, magistratura e Ministros e

MO
conselheiros dos Tribunais de Contas. Alcance da vitaliciedade: Ministros e Conselheiros dos Tribunais
de Contas; Magistrados; Membros do MP.

UE
6. A maioria dos ocupantes de cargos vitalícios só adquirem a vitaliciedade após estágio de vitaliciamento

IQ
ON
de 2 anos. Porém, a vitaliciedade será concedida automaticamente
21934 a determinado servidores a partir da
investidura no cargo, a exemplo de advogado investido magistrado pelo quinto.

6M
65
5.5 Remuneração
38
95
1. O vencimento ou remuneração deve ser definido mediante lei específica, sendo igualmente necessária
38

para revisão ou alteração do valor remuneratório das carreiras em geral. A iniciativa para a edição de lei
11

é de cada um dos poderes do Estado, para os seus agentes.


RT

2. Valores recebidos por servidores públicos por 21934 força de decisão judicial precária, posteriormente
LA

reformada, devem ser restituídos ao erário. (Info 735, STJ).


OU

3. Irredutibilidade de Remuneração: A remuneração do servidor público é irredutível. No entanto, a


IG

irredutibilidade é nominal, não havendo garantia da irredutibilidade real. Logo, não é assegurada a
LL

remuneração dos servidores das perdas decorrentes dos aumentos inflacionários.


RE

4. Revisão geral anual: O art. 37, X da CF define o direito à revisão geral anual dos vencimentos pagos aos
MO

servidores estatais, devendo ser feita na mesma data e sem distinção de índices. Trata-se de norma de
eficácia limitada, pois exige lei específica. Além disso, a revisão necessita de previsão na LDO, nos moldes
E
QU

da CF e LRF. Assim, a ausência de lei a fixar a revisão geral anual dos vencimentos do servidor configura
I

inconstitucionalidade por omissão.


ON

● STF: Entendeu que, não sendo concedida a revisão, por meio de lei, NÃO compete ao Poder
M

Judiciário condenar o poder público ao pagamento de indenização.


56

● STF: O não encaminhamento de projeto de lei de revisão anual dos vencimentos dos servidores
86
3

públicos, previsto no inciso X do art. 37 da CF/88, não gera direito subjetivo a indenização.
95

5. Vinculação e Equiparação de Remunerações: As diferenças de vencimentos para servidores públicos


38

serão embasadas por critérios objetivos, não sendo possível a discriminação de determinada carreira
11

em benefício de outras. NÃO se admite a equiparação ou vinculação de espécies remuneratórias entre


RT

carreiras no serviço público.


LA

6. O subsídio é a forma de pagamento feito em parcela única, não aceitando nenhum acréscimo
U

patrimonial, a fim de tornar mais clara a retribuição de determinados cargos. É VEDADO aos que
GO

recebem subsídio o acréscimo fixado de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
I
LL

representação ou outra espécie remuneratória. O regime de subsídio é obrigatório para: membros de


RE

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poder; detentor de mandato eletivo; Ministros e Secretários Estaduais e Municipais; integrantes da
AGU, Procuradores do Estado e Defensores Públicos; Ministros do TCU e servidores públicos policiais.

RT
7. Teto remuneratório:

A
UL
NÃO SE SUBMETEM AO TETO REMUNERATÓRIO:

GO
(1) Verbas de natureza indenizatória: NÃO possuem natureza de acréscimo patrimonial, mas de
reparação ou devolução de valores gastos pelo servidor. Ex.: valores de diárias.

LLI
(2) Direitos Sociais. Ex.: férias, 13º salário, adicional noturno, etc.

RE
(3) Abono de Permanência: destina-se ao servidor que tenha completado as exigências para

MO
aposentadoria voluntária integral.

UE
(4) Remuneração da atividade de magistério: orientação jurisprudencial e doutrinária.

IQ
ON
5.6 Regime Disciplinar

6M
O regime disciplinar é regulamentado pelas leis de cada ente federativo que tratam do regime

65
jurídico de seus servidores, uma vez que envolve o âmbito de autonomia dos entes federativos.
38
95
ATENÇÃO: Legislação Específica do Estado de São Paulo
38

21934
11

Previstas do Edital, cuja leitura é indispensável para a realização da prova:


1. Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado de São Paulo (Lei Complementar no 207/1979).
RT

2. Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (Lei no 10.261/1968).


LA

21934
OU

6. PODERES ADMINISTRATIVOS
IG
LL

6.1 Poder Normativo (Ou Regulamentar)


RE
MO

1. É a prerrogativa reconhecida à Administração Pública para editar atos administrativos gerais para a fiel
E

execução das leis, sem inovar no Ordenamento Jurídico. Seu fundamento para a competência do
QU

Presidente encontra-se no art. 84, IV, da CF/88 estende-se, por simetria, a Governadores e Prefeitos.
I
ON

2. Espécies de Regulamentos: São as duas as espécies de regulamento existentes no Ordenamento Jurídico


brasileiro:
M
56

REGULAMENTOS EXECUTIVOS REGULAMENTOS AUTÔNOMOS


86

Explicita a lei para a sua fiel execução. Trata de questão ainda não prevista em lei.
3

Art. 84, IV da CF. Art. 84, VI da CF – alterado com o advento da EC de 32.


95
38

NÃO inova na ordem jurídica. INOVA na ordem jurídica.


11

Ato normativo secundário. Ato normativo primário.


Não Admite delegação. Admite delegação.
RT
LA

Obs.1: Cuidado para não confundir Poder Regulamentar com Poder Regulatório!
U
GO

PODER REGULAMENTAR PODER REGULATÓRIO


I

Competência privativa do chefe do Competência atribuída às entidades administrativas,


LL

executivo; com destaque para as agências reguladoras;


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Envolve a edição de normas gerais para Engloba o exercício de atividades normativas,
fiel cumprimento da lei; executivas e judicantes;

RT
Conteúdo político. Conteúdo técnico.

A
UL
GO
Obs.2: Deslegalização: Consiste na possibilidade do Poder Legislativo, através de lei, transferir para a

LI
Administração Pública a competência para editar normas sobre assuntos cuja complexidade e velocidade de

L
RE
transformação exigem uma nova dinâmica normativa, que possibilita inclusive, o exercício de
discricionariedade técnica. A questão deixa de ser tratada pela lei e passa a ser tratada pelo ato

MO
administrativo. O STF admite, desde que ocorra dentro dos parâmetros estabelecidos na lei.

UE
IQ
6.2 Poder Hierárquico

ON
6M
1. É poder de estruturação interna da atividade pública (dentro da mesma pessoa jurídica), de modo que

65
NÃO existe manifestação de hierarquia externa. Trata-se, portanto, de relação de subordinação
38
administrativa entre agentes públicos, que pressupõe o escalonamento vertical de funções no interior
95
da organização administrativa.
38
11

6.3 Poder Disciplinar


RT
LA

1. Consiste na possibilidade de a Administração aplicar


21934
punições àqueles que possuem algum vínculo
OU

específico com a Administração, seja de natureza funcional ou contratual. Engloba duas situações: a)
relações funcionais travadas com agentes públicos, independentemente da natureza do vínculo – legal
IG

ou negocial; b) particulares inseridos em relações jurídicas especiais com a administração, mas que não
LL

são considerados agentes públicos.


RE
MO

6.4 Poder De Polícia


E
QU

1. Prerrogativa que tem o Estado de restringir, frenar, limitar a atuação do particular em razão do interesse
I
ON

público. É fruto da compatibilização do interesse público em face do privado. (Ler a definição do art. 78
M

do CTN!). Decorre da supremacia do interesse público, não dependendo 21934para sua manifestação de
56

nenhum vínculo especial (ao contrário do que exige o poder disciplinar).


86

2. Sentidos do Poder de Polícia:


3
95

a) Sentido amplo: compreende toda e qualquer atuação estatal restritiva à liberdade e propriedade;
38

b) Sentido restrito: diretamente relacionada ao exercício da função administrativa. Pode ser: preventiva,
11

repressiva ou fiscalizadora.
RT

3. Ciclos do Poder de Polícia: O Poder de Polícia compreende 4 ciclos:


1) ORDEM DE POLÍCIA
LA

2) CONSENTIMENTO DE POLÍCIA
U
GO

3) FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA
4) SANÇÃO DE POLÍCIA
I
LL
RE

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4. Limites ao poder de polícia: princípio da legalidade, princípio da proporcionalidade (necessário,
adequado e proporcional em sentido estrito), núcleo essencial dos direitos individuais, o limite do limite

RT
(limitação de liberdades públicas).

A
UL
5. O poder de polícia pode ser delegado?

GO
• O Poder de Polícia é considerado atividade típica de Estado e, portanto, somente pode ser exercido
pelas pessoas jurídicas de direitos público componentes da Administração Direta ou da

L LI
Administração Indireta.

RE
• Nesse sentido, para o STJ e doutrina, as atividades de ordem de polícia e de aplicação de sanções

MO
derivam de indiscutível poder coercitivo do Estado e, justamente por isso, NÃO poderiam ser

UE
delegadas a pessoas jurídicas de direito privado. Por outro lado, as atividades de consentimento e
fiscalização (2º e 3º ciclos do Poder de Polícia) seriam compatíveis com a natureza de uma

IQ
ON
sociedade de economia mista, sendo, em tese, passíveis de delegação.
• O Plenário do STF, no bojo (RE) 633782, com repercussão geral reconhecida (Tema 532) fixou a

6M
seguinte tese: “É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, à pessoas

65
jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital social
38
majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do
95
Estado e em regime não concorrencial”. Nesse sentido, para o STF, além da fiscalização e do
38
11

consentimento, no âmbito do ciclo de polícia, a sanção também pode ser delegada!


6. Atributos do Poder de Polícia:
RT

• DISCRICIONARIEDADE
LA

21934

• AUTOEXECUTORIEDADE
OU

• COERCIBILIDADE (OU EXIGIBILIDADE)


IG
LL

7. ATOS ADMINISTRATIVOS
RE
MO

1. Conceito: É a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos,
E

com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário.
QU

2. Atos vinculados x discricionários:


I
ON

● ATOS VINCULADOS - Se preenchidos os requisitos objetivamente definidos no texto legal, o ato


administrativo deve ser praticado pelo Poder Público, não havendo qualquer possibilidade e emissão
M
56

de juízo de valor pela autoridade estatal.


86

● ATOS DISCRICIONÁRIOS - É aquele ato determinado em lei, em que o dispositivo confere margem
3

de escolha ao administrador público mediante análise das razões de oportunidade e conveniência.


95
38
11

7.1 Elementos Ou Requisitos Do Ato Administrativo – COM FI FO M OB


RT

7.1.1 COMPETÊNCIA: É elemento vinculado do ato, que decorre SEMPRE da lei.


LA

1. Características da competência: imprescritível; improrrogável; irrenunciável.


U

21934
GO

2. Delegação de competência: é extensão de competência, de forma temporária; envolve entes de


mesma hierarquia ou de nível hierárquico inferior; deve ser feita de forma específica, estabelecendo
I
LL

os limites de atuação do agente delegado - atos de delegação genérica são NULOS.


RE

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11
Cláusula de Reserva
21934 – Como regra geral, o agente delegante NÃO transfere a competência, mas apenas
a amplia, mantendo-se competente após a delegação ao agente delegado. (SUM. 510, STF).

RT
• Vedação à delegação de competência (art. 13, Lei nº 9784/99): DICA: CE NO RA

A
UL
 Competência exclusiva, definida em lei – no entanto, é admitida a delegação para a prática de atos

GO
decorrentes de competências privativas de determinado agente público;
 Edição de atos normativos – no entanto, o art. 84 CF permite a delegação de algumas atribuições do

LLI
Presidente da República aos Ministros de Estado, AGU e PGR.

RE
 Decisão de recurso administrativo;

MO
3. Avocação de competência (art. 15, Lei n° 9784/99): Ocorre quando o agente chama para si a

UE
competência de outro agente, devendo haver a subordinação; decorre da hierarquia; caráter

IQ
temporário e restrito, possuindo como objetivo evitar decisões contraditórias; exige caráter

ON
excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados.

6M
4. Vícios que podem atacar o elemento competência do ato:
a) POR INCOMPETÊNCIA: ocorre por excesso de poder, usurpação de função ou função de fato.

65
b) POR INCAPACIDADE: Tanto nos casos de impedimento (art. 18) como nos de suspeição (art. 20), os
38
atos serão anuláveis, passíveis de convalidação por autoridade que não esteja na mesma situação de
95
38

impedimento ou suspeição.
11

7.1.2 FINALIDADE
1. É o efeito jurídico MEDIATO do ato administrativo, isto é, aquilo que o administrador público quer
RT

buscar em um momento posterior à prática do ato,21934 qual seja, a finalidade pública.


LA

2. Todo ato administrativo possui DUAS FINALIDADES: Genérica - Presente em todos os atos, é o
OU

atendimento ao interesse público; Específica - É definida em lei e estabelece qual a finalidade de cada
IG

ato especificamente.
LL

3. É SEMPRE elemento vinculado do ato quanto à finalidade específica, podendo ser discricionário se
RE

analisada a finalidade genérica que é o interesse público (conceito jurídico indeterminado).


MO

7.1.3 FORMA
E

1. É a exteriorização do ato, determinada por lei, decorrente do princípio da solenidade. A ausência de


QU

forma importa a inexistência do ato administrativo, já que a forma é instrumento de projeção do ato.
I
ON

O desrespeito às formalidades específicas NÃO gera a inexistência do ato, mas a sua ilegalidade,
devendo ser anulado.
M
56

2. Princípio do Informalismo ou do Formalismo moderado (art. 22, Lei nº 9.784/99). De acordo com o
86

dispositivo legal, os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão
3

quando a lei expressamente a exigir. Por sua vez, o SILÊNCIO ADMINISTRATIVO, diante de
95

determinada situação, NÃO produz qualquer efeito, salvo as hipóteses previstas no próprio texto legal.
38
11

3. Em regra, a forma é sempre elemento vinculado, mesmo nos atos administrativos discricionários,
SALVO se a lei estabelecer mais de uma forma possível para o ato ou for silente quanto à forma a
RT

ser obedecida para a prática de determinado ato, quando então será discricionária.
LA

7.1.4 MOTIVO
U
GO

1. São as razões de fato e de direito que justificam a prática do ato. O motivo é elemento do ato
administrativo que pode ser discricionário. Para que o motivo do ato seja válido, e consequentemente
I
LL
RE

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11
não haja irregularidades, exige-se que o fato narrado no ato praticado seja real e efetivamente tenha
ocorrido da forma como descrita na conduta estatal (subsunção da norma à situação de fato).

RT
Obs.: MOTIVO X MOTIVAÇÃO: Motivo NÃO é sinônimo de motivação.

A
UL
a) Motivo é um elemento do ato administrativo, a motivação integra a formalização do ato.

GO
b) Motivação é a exposição dos motivos do ato, ou seja, a fundamentação do ato administrativo. Assim, o
ato sem motivação possui um vício no elemento forma.

LI
• O art. 50 da Lei nº 9.784/99 preconiza que a motivação

L
21934
é obrigatória para determinados atos

RE
administrativos.

MO
• A motivação deve ser apresentada anterior ou concomitantemente à prática do ato. Contudo, para o

UE
STJ, é possível a motivação expressa em momento posterior (como na prestação de informações em
mandado de segurança), desde que os motivos sejam idôneos e preexistentes.

IQ
• Segundo a Teoria dos Motivos Determinantes, adotada pelo STJ, a Administração, ao justificar o ato

ON
administrativo, fica vinculada às razões ali expostas, para todos os efeitos jurídicos.

6M
• A motivação aliunde consiste na possibilidade de se adotar a motivação de outro ato administrativo.

65
Na motivação do ato que se pratica, remete-se a outro ato. É admitida no ordenamento jurídico.
38
• Vício consistente na falta de motivação: é vício de forma e pode ser convalidado mediante a
95
38

exposição, em momento posterior, dos motivos idôneos e preexistentes que justificaram o ato.
11

7.1.5 OBJETO
1. É aquilo que o ato dispõe, é o efeito causado pelo ato administrativo no mundo jurídico, em virtude
RT

de sua prática. É o efeito jurídico IMEDIATO do 21934


ato administrativo, isto é, aquilo que a Administração
LA

Pública quer no momento em que se pratica o ato administrativo.


OU

2. Pode possuir feição discricionária nos atos administrativos discricionários.


IG
LL

7.2 Atributos Do Ato Administrativo


RE
MO

São prerrogativas de Poder Público presentes no ato administrativo em decorrência do princípio da


E

supremacia do interesse público sobre o privado. São eles:


QU

1. Presunção de Veracidade: Os atos administrativos gozam de fé pública e presumem-se verdadeiros


I
ON

(presunção juris tantum). Ocorre inversão do ônus da prova dos fatos alegados pelo particular.
2. Presunção de Legitimidade: presume-se que o ato foi editado em conformidade com a lei e o
M
56

ordenamento jurídico (presunção juris tantum). Esse atributo NÃO diz respeito a fatos, mas à
86

adequação da conduta com a norma jurídica posta.


3

3. Imperatividade ou Coercibilidade: consiste na possibilidade de estabelecer obrigação aos particulares,


95

desde que dentro dos limites da Lei. NÃO se aplica aos atos ampliativos de direito. NÃO incide para
38
11

atos negociáveis e enunciativos.


4. Exigibilidade: Possibilidade de o Estado se valer de meios indiretos de coação. O exercício desse
RT

atributo não dispensa o respeito ao devido processo legal, com contraditório e ampla defesa.
LA

5. Autoexecutoriedade ou Executoriedade: Possibilidade de o Estado se valer de meios diretos de


U
GO

coação, sem que haja participação deste e auxílio do Poder Judiciário.


6. Tipicidade (Di Pietro): exigência de que todo ato administrativo esteja previsto em lei.
I
LL
RE

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7.3 Fases De Constituição Do Ato Administrativo

RT
1. Perfeição (ou existência): cumprimento das etapas previstas em lei, necessárias à formação do ato. O

A
UL
ato perfeito NÃO é retratável, mas pode ser revisado ou anulado (princípio da autotutela).

GO
2. Validade (ou regularidade): é a compatibilidade entre o ato jurídico e o disposto na norma legal. É o
segundo plano de análise dos atos administrativos.

LI
L
3. Eficácia: Consiste na aptidão para a produção de efeitos concedida ao ato administrativo.

RE
• Atos Administrativos Pendentes são os atos perfeitos e válidos que ainda não estão aptos a produzir

MO
efeitos em decorrência da pendência de alguma condição ou termo.
• Efeitos dos atos administrativos:

UE
21934

a) Próprios (típicos) – Relacionados o objeto ou conteúdo da conduta estatal.

IQ
ON
b) Impróprios (atípicos) – Decorrem, de forma indireta, da prática do ato administrativo, embora
não esteja estipulado em sua redação nem seja sua intenção inicial. Podem ser:

6M
I – Efeito Reflexo: atingem uma relação jurídica estranha à tratada no bojo da conduta estatal,

65
gerando consequências a terceiros não previstos diretamente no ato praticado.
38
II – Efeito Prodrômico (efeito preliminar): Efeito por meio do qual se impõe uma nova atuação
95
administrativa diante do início do ato praticado. Logo, quando o primeiro órgão manifesta a sua vontade,
38
11

dando início à formação do ato administrativo, esta conduta tem como efeito impróprio obrigar a
manifestação de vontade do segundo órgão.
RT
LA

21934

7.5 Espécies De Atos Administrativos


OU
IG

1. ATOS NORMATIVOS: São atos gerais e abstratos que geram obrigações para uma quantidade
LL

indeterminada de pessoas. Enseja a produção de normas gerais NÃO podendo inovar no ordenamento
RE

jurídico. Exemplos: regulamentos; avisos; instruções normativas; regimento; deliberações; resolução.


MO

2. ATOS ORDINATÓRIOS: São atos de ordenação e organização interna que decorrem do poder
hierárquico, destinados a produzir efeitos apenas no âmbito da Administração Pública (não atingem
E
QU

particulares). Não geram direitos adquiridos aos seus destinatários, podendo ser revogados a qualquer
I
ON

tempo por quem os expediu. Exemplos: portaria; circular; ordem de serviço; despacho; memorando;
ofícios.
M

3. ATOS NEGOCIAIS: NÃO se trata de contrato administrativo, por emanar de vontade unilateral do poder
56
86

público, mesmo que em situação de interesse do destinatário. NÃO gozam de imperatividade ou


3

coercibilidade. É ato administrativo ampliativo. Exemplos: autorização; permissão; licença; admissão;


95

aprovação; homologação.
38

4. ATOS PUNITIVOS: Atos por meio dos quais o Poder Público determina a aplicação de sanções em face
11

do cometimento de infrações administrativas pelos servidores públicos ou particulares.


RT

5. ATOS ENUNCIATIVOS: Certificam ou atestam uma situação existente, NÃO contendo manifestação de
LA

vontade da Administração. NÃO produzem efeitos e NÃO podem ser revogados. Exemplos: atestado;
U
GO

certidão; apostila ou averbação; parecer - pode ser facultativo ou obrigatório e, em ambos os casos, o
parecer NÃO possui natureza vinculante.
I
LL
RE

27
MO
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QU
NI
MO
IQ
ON
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65
DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA

38
95
38
11
7.5 Extinção Dos Atos Administrativos

RT
1. RENÚNCIA: É forma de extinção que se aplica somente para atos ampliativos, que geram direitos a

A
UL
particulares, por não ser possível renunciar a obrigações.

GO
2. RETIRADA: É forma de extinção precoce do ato administrativo e ocorre quando a edição de um ato
concreto desfaz uma determinada conduta estatal. Para alguns doutrinadores, é chamada de TEORIA

LLI
DAS NULIDADES.

RE
3. ANULAÇÃO: É a retirada do ato administrativo por motivo de ilegalidade, operando efeitos ex-tunc,

MO
ressalvados os direitos adquiridos de terceiros de boa-fé. Prazo decadencial de 5 anos (contados da
data em que foram praticados). Exceção: comprovada má-fé ou inconstitucionalidade manifesta. Obs.:

UE
esse prazo pode ser aplicado de forma subsidiária, aos Estados e Municípios, se inexistente norma local

IQ
ON
e específica que regule a matéria. Para o STF a Administração pode anular seus próprios atos, quando
ilegais (autotutela).

6M
4. REVOGAÇÃO: Extinção do ato administrativo por motivo de oportunidade e conveniência (razões de

65
mérito). Competência exclusiva da Administração Pública. O Judiciário NÃO possui competência para
38
examinar o mérito do ato administrativo. Possui efeitos ex nunc, mantendo os atos já produzidos. O
95
ato revocatório é secundário, constitutivo e discricionário (revogação é 21934
poder e não dever). NÃO há
38

previsão de limite temporal para a revogação dos atos administrativos.


11

5. CASSAÇÃO: Ocorre quando o beneficiário do ato deixa de cumprir os requisitos de quando teve o ato
RT

deferido. É hipótese de ilegalidade superveniente21934


por culpa do beneficiário.
LA

6. CADUCIDADE: Trata-se da extinção do ato administrativo por lei superveniente que impede a
OU

manutenção do ato inicialmente válido.


IG

7. CONTRAPOSIÇÃO (DERRUBADA): Trata-se da extinção do ato administrativo por ato administrativo


LL

superveniente. Ocorre com a expedição de um segundo ato, fundado em competência diversa, cujos
RE

efeitos são contrapostos aos do ato inicial, produzindo sua extinção.


MO

8. LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS


E
IQU

1. A Lei 14.133/21, em seu art. 2º, dispõe sobre a sua aplicação. Seus termos se aplicam a: alienação e
ON

concessão de direito real de uso de bens; compra, inclusive por encomenda; locação; concessão e
M

permissão de uso de bens públicos; prestação de serviços, inclusive os técnico-profissionais


56

especializados; obras e serviços de arquitetura e engenharia; contratações de tecnologia da


86
3

informação e comunicação.
95

2. Por outro lado, NÃO se aplica o regime previsto na Lei 14.133/21 a: contratos que tenham por objeto
38

operação de crédito, interno ou externo, e gestão de dívida pública, incluídas as contratações de


11

agente financeiro e a concessão de garantia relacionadas a esses contratos; contratações sujeitas a


RT

normas previstas em legislação própria.


LA

3. Importante ressaltar que a Lei 14.133/21 trouxe novas definições, além de alterar definições constantes
U

da Lei 8.666/93, dentre as quais destacamos:


GO

• Obras, serviços e fornecimentos de grande vulto: aqueles cujo valor estimado supera
I
LL

R$228.833.309,04 → ATENÇÃO! Valor atualizado pelo Decreto nº 11.317/2022, em vigor desde 1º de


RE

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MO
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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA

38
95
38
11
janeiro de 2023 (como o Decreto não pode modificar a lei, da redação da Lei 14.133/21 consta o valor
antigo de R$200 milhões).

RT
• Termo de referência: documento necessário para a contratação de bens e serviços.

A
UL
• Anteprojeto: peça técnica com todos os subsídios necessários à elaboração do projeto básico.
21934

GO
• Matriz de riscos: cláusula contratual definidora de riscos e de responsabilidades entre as partes e
caracterizadora do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, em termos de ônus financeiro

LLI
decorrente de eventos supervenientes à contratação.

RE
• Contratação integrada: regime de contratação de obras e serviços de engenharia em que o contratado

MO
é responsável por elaborar e desenvolver os projetos básico e executivo, executar obras e serviços de

UE
engenharia, fornecer bens ou prestar serviços especiais e realizar montagem, teste, pré-operação e as

IQ
demais operações necessárias e suficientes para a entrega final do objeto.

ON
• Contratação semi-integrada: regime de contratação de obras e serviços de engenharia em que o

6M
contratado é responsável por elaborar e desenvolver o projeto executivo, executar obras e serviços
de engenharia, fornecer bens ou prestar serviços especiais e realizar montagem, teste, pré-operação

65
e as demais operações necessárias e suficientes para a entrega final do objeto.
• 38
Fornecimento e prestação de serviço associado: regime de contratação em que, além do
95
38

fornecimento do objeto, o contratado responsabiliza-se por sua operação, manutenção ou ambas, por
11

tempo determinado.
• Credenciamento: processo administrativo de chamamento público em que a Administração Pública
RT

convoca interessados em prestar serviços ou 21934 fornecer bens para que, preenchidos os requisitos
LA

necessários, credenciem-se no órgão ou na entidade para executar o objeto quando convocados.


OU

• Contrato de eficiência: contrato cujo objeto é a prestação de serviços, que pode incluir a realização de
IG

obras e o fornecimento de bens, com o objetivo de proporcionar economia ao contratante, na forma


LL

de redução de despesas correntes, remunerado o contratado com base em percentual da economia


RE

gerada.
MO

• Sobrepreço: preço orçado para licitação ou contratado em valor expressivamente superior aos preços
E

referenciais de mercado, seja de apenas 1 (um) item, se a licitação ou a contratação for por preços
QU

unitários de serviço, seja do valor global do objeto, se a licitação ou a contratação for por tarefa,
I
ON

empreitada por preço global ou empreitada integral, semi-integrada ou integrada.



M

Superfaturamento: dano provocado ao patrimônio da Administração, caracterizado, entre outras


56

situações, por: a) medição de quantidades superiores às efetivamente executadas ou fornecidas; b)


86

deficiência na execução de obras e de serviços de engenharia que resulte em diminuição da sua


3
95

qualidade, vida útil ou segurança; c) alterações no orçamento de obras e de serviços de engenharia


38

que causem desequilíbrio econômico-financeiro do contrato em favor do contratado; d) outras


11

alterações de cláusulas financeiras que gerem recebimentos contratuais antecipados, distorção do


cronograma físico-financeiro, prorrogação injustificada do prazo contratual com custos adicionais para
RT

a Administração ou reajuste irregular de preços;


LA

• Reajustamento em sentido estrito: forma de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro de


U
GO

contrato consistente na aplicação do índice de correção monetária previsto no contrato, que deve
retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais.
I
LL
RE

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38
95
38

11
Repactuação: forma de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro de contrato utilizada para
serviços contínuos com regime de dedicação exclusiva de mão de obra ou predominância de mão de

RT
obra, por meio da análise da variação dos custos contratuais, devendo estar prevista no edital com

A
UL
data vinculada à apresentação das propostas, para os custos decorrentes do mercado, e com data

GO
vinculada ao acordo, à convenção coletiva ou ao dissídio coletivo ao qual o orçamento esteja vinculado,
para os custos decorrentes da mão de obra.

LI
L
RE
8.1 Tipos De Licitação – Critério De Julgamento Das Propostas

MO
UE
PRAZOS MÍNIMOS PARA APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS E LANCES
CRITÉRIOS DE JULGAMENTO ou REGIME DE PRAZO MÍNIMO

IQ
ON
EXECUÇÃO
Menor preço Para AQUISIÇÃO de bens: 8 dias úteis

6M
Maior desconto Para OBRAS E SERVIÇOS COMUNS: 10 dias úteis

65
Para OBRAS E SERVIÇOS ESPECIAIS: 25 dias úteis
Melhor técnica ou conteúdo artístico 38
95
38

Técnica e preço SE para AQUISIÇÃO de bens: 15 dias úteis


11

Maior retorno econômico


Regime de execução for de contratação integrada SE serviços e obras: 60 dias úteis
RT

Regime de execução for o de contratação semi-


LA

21934

integrada SE serviços e obras: 35 dias úteis


OU

Melhor técnica ou conteúdo artístico


IG

Técnica e preço
LL

Maior retorno econômico


RE

Maior lance 15 dias úteis


MO

Técnica e preço 35 dias úteis


E

21934
Melhor técnica ou conteúdo artístico
QU

• Na Lei 14.133/21, os prazos só são em dias úteis se a lei assim disser. No mais, são corridos. Exclui o dia
I
ON

de início e inclui o dia final. Se o dia final não for útil, prorroga para o primeiro dia útil subsequente.
M

• Os prazos de intervalo mínimo poderão, mediante decisão fundamentada, ser reduzidos até a metade
56

nas licitações realizadas pelo Ministério da Saúde, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
3 86
95

8.2 Desempate Na Licitação E Margem De Preferência


38
11

1. A lei estabelece critérios sucessivos de desempate nas situações em que os critérios de escolha
RT

previamente definidos no edital não são suficientes para a seleção de uma única proposta vencedora.
LA

Ações de equidade Programa de


U

Avaliação do entre homens e integridade


Disputa final (novas
GO

desempenho mulheres no (compliance para


propostas)
contratual prévio ambiente de evitar ilícitos da Lei
trabalho Anticorrupção)
I
LL
RE

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95
38
11
2. Em igualdade de condições, se não houver desempate, passam-se aos critérios sucessivos de

RT
preferência, a partir da análise de quem produz/presta os bens e serviços:

A
UL
Empresa Empresa que invista Empresa que adote

GO
estabelecida no em pesquisa e prática de mitigação
Empresa brasileira
respectivo ente desenvolvimento de (redução de gases

LI
federado tecnologia no Brasil poluentes)

L
RE
MO
1. Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida margem de preferência, conforme dispõe o art. 26

UE
da Lei 14.133/21, em relação a: bens manufaturados e serviços nacionais que atendam a normas

IQ
técnicas brasileiras; bens reciclados, recicláveis ou biodegradáveis, conforme regulamento.

ON
2. A margem de preferência não se aplica aos bens manufaturados nacionais e aos serviços nacionais se a
capacidade de produção desses bens ou de prestação desses serviços no País for inferior: à quantidade

6M
a ser adquirida/contratada; aos quantitativos fixados em razão do parcelamento do objeto (art. 26, §5º).

65
8.3 Agente De Contratação E Comissão De Contratação 38
95
38
11

1. Com a Lei 14.133/21, o responsável pela condução da licitação passou a ser o AGENTE DE
CONTRATAÇÃO, isto é, um servidor público especialmente designado pela autoridade, responsável
RT

pelos trâmites do procedimento. Lembre-se que, 21934


pelo princípio da segregação das funções, não será o
LA

mesmo em todas as etapas.


OU

2. No entanto, em21934
alguns casos, o agente de contratação dará lugar à comissão de contratação. São eles:
IG

licitação que envolva bens ou serviços especiais, (art. 8º, §2º); licitação na modalidade diálogo
LL

competitivo art. 32, §1º, XI).


RE

3. Comissão de contratação: Ela será formada por, no mínimo, 3 membros, que responderão
MO

solidariamente por todos os atos praticados pela comissão, ressalvado o membro que expressar posição
E

individual divergente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que houver sido tomada
QU

a decisão.
I
ON

8.4. Modalidades Licitatórias


M
56
86

QUADRO-RESUMO
3

Concorrência a) Bens e serviços especiais; Quaisquer interessados - Menor preço


95

b) Obras e serviços comuns e - Melhor técnica


38
11

especiais de engenharia - Técnica e preço


- Maior desconto
RT

- Maior retorno
LA

econômico
U
GO

Concurso Escolha de trabalho técnico, Edital indicará a - Melhor técnica ou


científico ou artístico qualificação exigida dos conteúdo artístico
I
LL

(desenvolvimento cultural) participantes, diretrizes


RE

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38
11
para o trabalho e o prêmio
ou remuneração devido

RT
Leilão Alienação de bens imóveis ou Dispensa fase de - Maior lance, desde que

A
UL
móveis inservíveis ou habilitação e admite igual ou superior ao da

GO
legalmente apreendidos multiplicação das propostas avaliação
pelo interessado.

LI
L
Conduzido pelo leiloeiro

RE
Pregão Aquisição de bens e serviços Não há limitação de valor - Menor preço

MO
comuns (padrões mínimos de nem designação de - Maior desconto

UE
qualidade estipulados no comissão. Conduzido pelo
edital) (com expressão usual pregoeiro. Admite lances

IQ
ON
de mercado) verbais e visa à contratação
de menor custo

6M
Diálogo Obras, serviços e compras em A negociação se limita à

65
competitivo que a AP queira dialogar o fase inicial de negociação
desenvolvimento de 38
do objeto. Uma vez
95
38

alternativas às suas definido, segue-se


11

necessidades (objeto procedimento objetivo


complexo) para escolha do licitante
RT

21934
LA

21934

1. Consulta – É modalidade licitatória específica de determinadas agências reguladoras. Surgiu como


OU

modalidade de licitação da Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel.


IG

2. Consórcios Públicos – É possível a participação de consórcios públicos nas licitações. Contudo, o edital
LL

deve exigir, no que toca à habilitação econômico-financeira, de 10% a 30% do valor exigido do licitante
RE

individual, salvo justificação. Tal acréscimo não se aplica aos consórcios compostos, em sua totalidade,
MO

de ME e EPP. Havendo justificativa técnica aprovada pela autoridade competente, o edital poderá
E

estabelecer limite máximo ao número de empresas consorciadas.


QU

3. Cooperativas - Segundo a Lei 14.133/21 (art. 16), os profissionais organizados sob a forma de
I
ON

cooperativa poderão participar de licitação se preencherem alguns requisitos.


4. Com a Lei 14.133/21, a regra para todos os procedimentos de contratação passou a ser a CONTRATAÇÃO
M
56

ELETRÔNICA - princípio da virtualização dos atos da licitação. Por esse princípio os atos físicos devem
86

ser evitados e, mesmo que praticados, devem ser digitalizados posteriormente. Nesse sentido, também
3

foi criado o PORTAL NACIONAL DE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS – PNCP, que tem a missão de divulgar
95

todas as licitações dos órgãos e entidades da administração direta, autárquica e fundacional da União,
38
11

dos Estados, do DF e dos Municípios.


RT

8.5 Procedimentos Licitatórios


ULA
GO

1. A doutrina majoritária aponta no sentido de que o início da licitação se dá com o ato que instaura o
procedimento administrativo, dando origem ao que se convencionou chamar de fase
I
LL
RE

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38
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11
interna/preparatória da licitação. Nesse momento, o procedimento licitatório já está formalmente
iniciado, tendo sido atribuído um número ao processo administrativo.

RT
A
UL
2. A fase preparatória do processo licitatório é caracterizada pelo planejamento e compreende:

GO
a) Designar comissão ou agente responsável pelo certame.
b) Exposição de motivos da contratação.

LLI
c) Definição do objeto para o atendimento da necessidade, por meio de termo de referência (contratação

RE
de BENS E SERVIÇOS), anteprojeto, projeto básico (contratação de OBRAS E SERVIÇOS, embora haja

MO
exceção) ou projeto executivo, conforme o caso.
• Termo de Referência: Documento necessário para a contratação de BENS E SERVIÇOS.

UE
• Anteprojeto: Peça técnica com todos os subsídios necessários à elaboração do projeto básico.

IQ
• Projeto Básico: Conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado

ON
para definir e dimensionar A OBRA OU O SERVIÇO.

6M
• Projeto Executivo: Conjunto de elementos necessários e suficientes à execução completa da obra,

65
com o detalhamento das soluções previstas no projeto básico, a identificação de serviços, de
38
materiais e de equipamentos a serem incorporados à obra, bem como suas especificações técnicas,
95
38

de acordo com as normas técnicas pertinentes.


11

d) Declaração de adequação orçamentária: A Lei NÃO exige a real disponibilidade financeira antes do
início da licitação, mas apenas a disponibilidade de recursos orçamentários.
RT

e) Elaboração de minuta de edital, do contrato e dos anexos (art. 25).


LA

21934

f) Audiência Pública: Com a Lei 14.133/21, a disposição foi ampliada e a audiência pública deixou de ser
OU

obrigatória a partir de certo valor (art. 21).


IG

g) Encaminhamento do Procedimento ao Órgão de Consultoria Jurídica para emissão de parecer (art.


LL

53).
RE
MO

3. Fase Externa:
E

a) Publicação do edital no Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP), no Diário Oficial e em


QU

Jornal de Grande Circulação.


I

• Qualquer cidadão ou licitante pode impugnar o edital em até 03 dias úteis antes da data fixada para
ON

abertura do certame.
M

• De acordo com o disposto no art. 25, § 9º, da Lei 14.133/2021, a Administração Pública poderá, o
56
86

edital poderá, na forma disposta em regulamento, exigir que percentual mínimo da mão de obra
3

responsável pela execução do objeto da contratação seja constituído por: I - mulheres vítimas de
95

violência doméstica; II - oriundos ou egressos do sistema prisional.


38
11

b) Apresentação de propostas e lances:


• Os prazos mínimos para apresentação de propostas e lances, contados a partir da data de divulgação
RT

do edital de licitação, variam conforme o objeto e o critério de julgamento


21934
LA

• O modo de disputa poderá ser, isolada ou conjuntamente, aberto ou fechado. É VEDADA a utilização
U
GO

isolada do modo de disputa fechado quando adotados os critérios de julgamento de menor preço ou
de maior desconto. E, também, será VEDADA a utilização do modo de disputa aberto quando
I
LL

adotado o critério de julgamento de técnica e preço.


RE

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No momento da apresentação da proposta, poderá ser exigida a comprovação do recolhimento de
quantia a título de garantia de proposta, como requisito de pré-habilitação. A garantia de proposta

RT
não poderá ser superior a 1% do valor estimado para a contratação e será devolvida aos licitantes

A
UL
no prazo de 10 dias úteis, contado da assinatura do contrato ou da data em que for declarada

GO
fracassada a licitação.
• Formas de garantia da proposta: caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública emitidos sob

LLI
a forma escritural; seguro-garantia; fiança bancária emitida por banco ou instituição financeira

RE
devidamente autorizada a operar no País pelo Banco Central do Brasil.

MO
c) Julgamento e Classificação: Em regra, a fase de julgamento precede à fase de habilitação, de modo que

UE
somente se verificará a habilitação do licitante vencedor. Contudo, podem tais fases ser invertidas por
determinação do edital, caso haja justificativa idônea, quando serão habilitados os licitantes e, só

IQ
ON
depois, classificadas as propostas.
d) Habilitação:

6M
Habilitação Capacidade de o - Existência jurídica da pessoa;

65
jurídica licitante exercer direitos - Autorização para o exercício da atividade, quando cabível
e obrigações 38
95
38

Qualificação Capacidade de cumprir o - Profissional, registrado no Conselho respectivo e detentor


11

técnica contrato de de atestado de responsabilidade técnica por obra/serviço


conformidade com as similar;
RT

exigências de qualidade - Certidões 21934 ou atestados, emitidos pelo Conselho, de


LA

impostas pela AP capacidade operacional em serviços similares com


OU

complexidade tecnológica equivalente ou superior;


IG

- Indicação do pessoal técnico, das instalações e do


LL

aparelhamento disponíveis e da qualificação de cada membro


RE

da equipe técnica;
MO

- Atendimento dos requisitos de lei especial;


E

- Registro ou inscrição na entidade profissional;


QU

- Ciência das informações e condições locais para


I
ON

cumprimento das obrigações.


Qualificação Demonstração de - Balanço patrimonial, resultado do exercício e demais
M
56

econômico- idoneidade financeira e 21934


demonstrações contábeis dos últimos 2 anos;
86

financeira capacidade para arcar - Certidão negativa de falência;


3

com os custos da - Declaração de profissional contábil que ateste o


95

contratação atendimento pelo licitante de índices econômicos previstos


38
11

no edital;
- Relação dos compromissos assumidos que importem
RT

diminuição da capacidade econômico-financeira.


LA

Regularidade Demonstração de que - Inscrição no CPF/CNPJ e no cadastro de contribuintes


U
GO

fiscal, social não possui débitos (ou estadual/municipal;


e trabalhista de sua suspensão) com a - Regularidade perante a Fazenda federal, estadual e
I
LL

Fazenda Pública e com a municipal e perante à seguridade social e ao FGTS


RE

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38
95
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11
Justiça do Trabalho e - Regularidade perante a Justiça do Trabalho
que não explora - Cumprimento do art. 7º, XXXIII, da CF (não exploração de

RT
trabalho infantil trabalho infantil)

A
UL
GO
e) Recursal: Poderá haver a interposição de recurso hierárquico, no prazo de 3 dias úteis, contado da data
de intimação ou de lavratura da ata.

LLI
f) Adjudicação e Homologação: Adjudicação é o ato pelo qual se atribui ao vencedor o objeto da licitação.

RE
Homologação é o ato administrativo que atesta a validade do procedimento e confirma o interesse na

MO
contratação. (art. 71). Há direito do licitante vencedor ser contratado? R.: A homologação e adjudicação

UE
NÃO geram direito à celebração do contrato, pois a Administração pode, mesmo após esses atos,
revogar ou anular o certame por fatos supervenientes. A celebração do contrato dependeria de análise

IQ
ON
discricionária. – Di Pietro, Diógenes Gasparini e STJ.

6M
Observações: Especificidades de certos procedimentos:

65
1. O pregão é a modalidade de licitação prevista originariamente na Lei 10.520/2002 para aquisição de
38
bens e serviços comuns, independentemente do valor estimado do futuro contrato. Com a Lei nº
95
14.133/2021, passou-se a adotar o mesmo procedimento da concorrência (art. 29).
38
11

2. As licitações nas SEM e EP agora são reguladas pela Lei 13.303/16, a chamada Lei das Estatais. Desse
modo, a Lei 14.133/21 só tem aplicação quando houver remissão expressa do diploma específico. Tal
RT

fenômeno só se dá em 2 situações: Crimes contra21934as licitações e Critérios de desempate. (art. 41).


LA

3. São de grande vulto as obras, serviços e fornecimentos cujo valor estimado supera R$ 228.833.309,04
OU

(duzentos e vinte e oito milhões, oitocentos e trinta e três mil, trezentos e nove reais e quatro centavos)
IG

– ATENÇÃO! Valor atualizado pelo Decreto nº 11.317/2022 e em vigor a partir de 1º/01/2023 (como o
LL

Decreto não pode modificar a lei, na redação da Lei 14.133/21


21934 consta o valor antigo de R$200 milhões).
RE

Nesse caso, o edital deve:


MO

• Obrigatoriamente contemplará matriz de alocação de riscos entre o contratante e o contratado.


• Prever a obrigatoriedade de implantação de programa de integridade pelo licitante vencedor, no
E
QU

prazo de 6 meses.
I

• Nas contratações de obras e serviços de engenharia de grande vulto, poderá ser exigida a prestação
ON

de garantia, na modalidade seguro-garantia, em percentual equivalente a até 30% do valor inicial do


M
56

contrato. (art. 99)


86

4. Registro de preços: Procedimento administrativo pelo qual a Administração seleciona as propostas mais
3

vantajosas, mediante concorrência ou pregão, que ficarão registradas perante autoridade estatal para
95

futuras contratações. Segundo a Lei 14.133/21, o SRP é uma espécie de instrumento auxiliar.
38

• Licitação carona: Ocorre quando um órgão ou entidade pública que não participou da licitação
11

pretende contratar com o licitante vencedor por meio de adesão à ata de registro de preços feita
RT

pelo outro órgão. A licitação carona deve ser devidamente justificada e ter prévia anuência do
LA

órgão gerenciador.
U
GO

8.6 Dispensa E Inexigibilidade Da Licitação


I
LL
RE

35
MO
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QU
NI
MO
IQ
ON
DELEGADO SÃO PAULO

6M
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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA

38
95
38
11
1. Inexigibilidade21934
da licitação – pressupõe a inviabilidade de competição. Rol NÃO taxativo: art. 74. É
vedada a inexigibilidade de licitação para serviços de divulgação e publicidade.

RT
2. Licitação dispensada - os casos de dispensa de licitação não podem ser ampliados, já que traduzem uma

A
UL
exceção à regra geral que exige licitação, quando haja possibilidade de competição, devendo a sua

GO
interpretação ser feita em sentido estrito. Nessas situações, é possível licitar, mas a lei dispõe ser
desnecessário, de modo que o administrador estará vinculado.

LI
• Objeto do contrato é restrito: alienação de bens.

L
RE
• Ausência de discricionariedade do administrador, pois o próprio legislador dispensou previamente

MO
a licitação.

UE
3. Licitação dispensável - Prevista no art. 75, comporta uma atuação discricionária do administrador. A
licitação é viável, haja vista a possibilidade de competição, mas pode ser afastada, a critério do

IQ
ON
administrador, para se atender o interesse público de forma mais célere e eficiente.
LICITAÇÃO DESERTA X LICITAÇÃO FRACASSADA

6M
a) Licitação deserta – Quando não há interessados – é caso de dispensa;

65
b) Licitação fracassada – Quando comparecem interessados, mas todos são inabilitados – pode haver a
38
concessão de prazo para novas propostas ou a realização de uma nova licitação.
95
38
11

9. SERVIÇOS PÚBLICOS
RT

9.1 Usuário Do Serviço Público


LA

21934

1. A prestação dos serviços públicos, segundo legislação vigente, encontra-se submetida ao CDC. No
OU

entanto, discute-se a amplitude da aplicação do CDC aos serviços públicos. Segundo o STJ, só é possível
IG

se conceber um serviço público no regime de proteção do CDC se ele for uti singuli e remunerado por
LL

tarifa, em razão da natureza jurídica de direito privado (embora no CDC fale que é direito público).
RE

2. Lei do Usuário de Serviço Público - Lei 13.460/17 - Legislação federal, que dispõe sobre normas básicas,
MO

destinadas aos usuários dos serviços públicos prestados direta ou indiretamente pela administração,
E

não afastando a aplicação de legislações específicas, bem como permitindo a incidência, de forma
QU

subsidiária, aos serviços públicos prestados por particulares (art. 1º). ATENÇÃO: Legislação Específica
I
ON

do Estado de São Paulo: Lei 10.294/99 (Proteção e Defesa do Usuário do serviço Público).
M
56

9.2 Concessão De Serviços Públicos


86

1. Segundo a Lei 8.987/95, é a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante
3

licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre


95

capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado. É a delegação da
38
11

atividade, sem transferir a titularidade.


2. A concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra pública, será formalizada
RT

mediante contrato, que deverá observar os termos da Lei 8.987/95, das normas pertinentes e do edital
LA

de licitação, realizada na modalidade concorrência ou diálogo competitivo. Nesses contratos, a


U
GO

concessionária será remunerada pelas tarifas cobradas dos usuários, NÃO sendo devida qualquer
contraprestação ao ente estatal.
I
LL

3. A concessão comum pode ser dividida em duas espécies:


RE

36
MO
E
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MO
IQ
ON
DELEGADO SÃO PAULO

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REVISÃO DE VÉSPERA

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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA

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38
11
a) Concessão simples (de mero serviço): Contratos cujo objeto se resume à transferência da execução
do serviço público para o particular, que o executará por sua conta e risco, mediante a cobrança de

RT
tarifas dos usuários.

A
UL
21934
b) Concessão precedida de obra: Contrato de concessão no qual o ente público determina ao particular

GO
que se realize uma obra pública de relevância para a sociedade e indispensável à prestação do serviço
público delegado. O particular executa a obra as suas expensas, sendo remunerado, posteriormente

LLI
pela exploração do serviço decorrente da obra.

RE
4. Intervenção: O Estado nomeia um agente público que atuará como interventor, o qual ficará

MO
responsável pela gestão da empresa, enquanto instaura o processo administrativo a fim de apurar
irregularidades (no prazo de 30 dias, assegurado o direito de ampla defesa), possuindo este

UE
procedimento duração máxima de 180 dias. Cessada a intervenção, se não for verificada nenhuma

IQ
ON
irregularidade na empresa concessionária, a administração do serviço será devolvida, precedida da
prestação de contas pelo interventor, que responderá pelos atos praticados durante a sua gestão. Caso

6M
contrário, será decretada a caducidade.

65
5. Subconcessão: previsão da possibilidade no contrato de concessão; autorização do poder concedente;
realização de licitação, sob a modalidade de concorrência. 38
95
6. Extinção do contrato:
38

• Advento do termo contratual: Escoamento do prazo contratual.


11

• Encampação (ou resgate do serviço público): Ocorre todas as vezes em que não há mais interesse
RT

público na manutenção do contrato, sendo uma 21934cláusula exorbitante.


LA

• Caducidade: Rescisão unilateral justificada pelo inadimplemento do particular contratado. Se dá pela


OU

edição de um DECRETO, pelo Chefe do Executivo, em que se instaura processo administrativo, em


IG

respeito ao contraditório e ampla defesa, para que a concessionária justifique as suas faltas.
LL

• Rescisão: Descumprimento de normas contratuais pelo poder concedente. Pode ser consensual
RE

(acordo firmado entre as partes) ou judicial (requerida pela concessionária, diante de


MO

inadimplemento do poder público).


• Anulação: Extinção do contrato administrativo em virtude de ilegalidade originária, ou seja,
E
QU

ilegalidade na licitação ou no respectivo contrato de concessão.


I

• Falência ou extinção da concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, se empresa


ON

individual: Decorre do caráter intuito personae dos contratos administrativos.


M
56
86

9.3 Parceria Público Privada – PPP


3

1. São espécies de concessão de serviços públicos, criadas pela Lei 11.079/04, sendo acordo firmado
95

entre o particular e o poder público com o objetivo de prestação de serviços de forma menos
38
11

dispendiosa que o normal, podendo admitir-se o fornecimento de bens ou execução de obras. Podem
ser na modalidade patrocinada ou administrativa. É VEDADA a celebração de PPP:
RT

• Cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais);


LA

• Cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou


U
GO

• Que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação de


equipamentos ou a execução de obra pública.
I
LL
RE

37
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DELEGADO SÃO PAULO

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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA

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95
38
11
2. Espécies de Parceria:
a) Concessão Patrocinada: É contrato de concessão de serviços públicos, podendo ser precedida ou não

RT
de obra pública em que, além da tarifa paga pelos usuários, há uma contraprestação do Poder Público

A
UL
ao parceiro privado (a intenção é garantir a modicidade das tarifas). A contraprestação do Poder Público

GO
NÃO pode ultrapassar 70%, SALVO se estabelecida por lei específica.
b) Concessão Administrativa: É espécie de concessão de serviço público em que a própria administração

LLI
pública é usuária direta ou indireta e fica responsável pelo pagamento das tarifas, ainda que envolva

RE
a execução de obras públicas ou o fornecimento de bens. Pode ser a execução de serviços públicos ou

MO
serviços administrativos prestados ao Estado.
• Concessão administrativa de serviço público - coletividade é a usuária direta. A concessão

UE
administrativa de serviço público, tal qual a concessão patrocinada, pressupõe remuneração

IQ
ON
obrigatória do parceiro público necessariamente através prestação pecuniária. Isso está
expressamente previsto na lei (art. 6º - chega à conclusão a contrário sensu).

6M
• Concessão administrativa de serviços administrativos – Estado/Administração é o usuário direto. A

65
concessão administrativa de serviço administrativo pode ser remunerada de outras formas que não
a pecuniária. 38
95
38
11

3. Cláusulas dos contratos de PPP:


• O prazo de vigência deve ser compatível com a amortização dos investimentos, NÃO podendo ser
RT

celebrado por prazo inferior a 05 anos, nem superior a 35 anos, incluindo eventual prorrogação.
LA

21934

• Os contratos de parceria devem ser celebrados no valor mínimo de R$ 10 milhões (conforme a Lei
OU

nº 13.529/2017), NÃO sendo admitidas contratações em valores mais baixos.


IG
LL

4. Sociedade de Propósito Específico: A PPP deve ser gerida por uma sociedade de propósito específico,
RE

21934
a qual deve ter sido criada ANTES da celebração do contrato, ficando responsável, além da gestão, pela
MO

implantação da parceria. O Poder Público NÃO pode deter a maioria de capital social votante dessa
E

entidade específica, para que não se comprometa a imparcialidade, SALVO nos casos de aquisição da
QU

maioria daquele capital por instituição financeira controlada pelo Poder Público, quando houver
I
ON

implemento de contratos de financiamento.


9.4 Permissão De Serviço Público
M
56
86

1. É forma de delegação de serviço público a particulares, que executarão a atividade por sua conta e risco,
3

mediante cobrança de tarifas ao usuário, que será responsável pela remuneração.


95

2. O contrato poderá ser firmado com qualquer pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para
38
11

o seu desempenho, após a prévia licitação


3. É tratada na Lei 8.987/95 como contrato de adesão, possuindo natureza precária.
RT

4. STF: Entende que NÃO há qualquer distinção entre concessão e permissão, quanto à sua natureza,
LA

podendo ambos serem considerados contratos administrativos. Doutrina: Afirma que possuem
U
GO

naturezas jurídicas diferentes e aponta certas diferenças:


CONCESSÃO PERMISSÃO
I
LL

Somente celebrada com pessoas jurídicas ou Pode ser celebrada com pessoa física ou jurídica.
RE

38
MO
E
QU
NI
MO
IQ
ON
DELEGADO SÃO PAULO

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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA

38
95
38
11
consórcios de empresas.
Depende de autorização legislativa expressa. Dispensa lei específica, SALVO algumas permissões

RT
de natureza especial.

A
UL
GO
10. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

LLI
10.1 Evolução Histórica

RE
MO
1. Teoria da Irresponsabilidade do Estado

UE
2. Responsabilidade com Previsão Legal
3. Responsabilidade Subjetiva (Teoria Civilista)

IQ
ON
4. Culpa do serviço (Faute du servisse = Culpa anônima)
5. Responsabilidade Objetiva

6M
65
10.2 Responsabilidade21934
Objetiva
38
95
1. Fundamentos:
38

• TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO: É a teoria adotada como regra para os casos de


11

responsabilidade civil objetiva do Estado e prevê que aquele que desempenha uma atividade de risco
RT

responde de forma objetiva. Responsabiliza o21934ente público, objetivamente, pelos danos que seus
LA

agentes causarem a terceiros, mas admite a exclusão se ausente um dos elementos dessa
OU

responsabilidade.
IG

• TEORIA DO RISCO INTEGRAL: Há a responsabilização absoluta do Estado por danos ocorridos em seu
LL

território, de modo que a teoria do risco integral NÃO admite as hipóteses de excludentes de nexo
RE

causal. Exemplos: atividade nuclear (art. 21, XXIII, “d”, da CF/88); danos ao meio ambiente (art. 225,
MO

§ 3º da CF/88); crimes a bordo de aeronaves no espaço aéreo brasileiro e danos decorrentes de


E

ataques terroristas.
QU

• TEORIA DA REPARTIÇÃO DOS ENCARGOS SOCIAIS: Em apreço à isonomia, a coletividade que se


I
ON

beneficia com as atividades administrativas desenvolvidas tem o ônus de ressarcir aqueles que
sofreram danos em razão da mesma atividade. É utilizado pela doutrina majoritária para legitimar a
M
56

responsabilização objetiva do Estado pelos danos decorrentes de um ato lícito estatal.


86

• PRINCÍPIO REPUBLICANO: Um dos principais fundamentos da responsabilidade objetiva é o princípio


3

republicano, o qual prevê que não existem atos pelos quais o Estado não pode ser
95
38

responsabilizado.
11

2. Elementos da responsabilidade civil objetiva:


RT

1) CONDUTA (fato administrativo): A conduta que enseja a responsabilidade objetiva é a conduta


LA

comissiva. A conduta pode ser ilícita ou lícita (causadora de danos desproporcionais).


U
GO

2) DANO: É indispensável o dano jurídico, ou seja, dano tutelado pelo direito, ainda que exclusivamente
moral. Na hipótese de danos decorrentes de atos lícitos, é necessário comprovar que os danos são
I
LL

anormais e específicos.
RE

39
MO
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REVISÃO DE VÉSPERA

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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA

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95
38

11
Teoria do duplo efeito dos atos administrativos: ocorre quando um mesmo ato administrativo
causa dano específico, anormal à uma pessoa e para a outra NÃO causa dano passível de

RT
indenização.

A
UL
3) NEXO DE CAUSALIDADE: Em regra, o Brasil adotou a teoria da causalidade adequada, em que o Estado

GO
responde desde que a sua conduta tenha sido determinante para o dano causado ao agente. A
responsabilidade civil do Estado pressupõe: previsibilidade do evento danoso; evitabilidade do evento

LI
L
danoso. Interrupção do nexo causal:

RE
a) Fato Exclusivo da vítima;

MO
b) Fato de terceiro que não possui vínculo com o Estado;

UE
c) Caso fortuito e força maior: A doutrina vem diferenciando o fortuito externo (risco estranho à
atividade) do fortuito interno (risco inerente ao exercício da própria atividade). Assim, apenas no

IQ
ON
fortuito externo o Estado NÃO será responsabilizado. Ou seja: há exclusão do nexo causal no caso
fortuito externo.

6M
d) Causas excludentes e atenuantes: Fala-se em culpa concorrente da vítima e do Estado. Nesse caso,

65
ainda há responsabilidade estatal, mas que deve ser graduada no caso concreto.
38
95
10.3 Responsabilidade Por Omissão
38
11

A doutrina diverge sobre a natureza da responsabilidade civil nos casos de omissão estatal. Também há
RT

oscilação na jurisprudência. Vejamos:


LA

21934

● 1ª Corrente: responsabilidade objetiva, pois o art. 37 NÃO faz distinção entre condutas comissivas e
OU

omissivas. Assim, para essa corrente, as duas espécies de ato (comissivos e omissivos) estariam sob a égide
IG

a responsabilidade objetiva, independente de culpa.


LL

● 2ª Corrente: responsabilidade subjetiva, com presunção de culpa do poder público, tendo em vista que na
RE

omissão o Estado NÃO é causador do dano (ou seja: a omissão não causa nada), mas atua de forma ilícita
MO

(com culpa) quando descumpre o dever legal de impedir a ocorrência do dano. Para essa corrente, deve-se
demonstrar que o agente que se omite viola o dever objetivo de cuidado.
E
QU

● 3ª Corrente: diferencia omissão genérica e específica.


I
ON

OMISSÃO GENÉRICA OMISSÃO ESPECÍFICA


Responsabilidade Subjetiva Responsabilidade Objetiva
M

● ●
Há o descumprimento de um dever
56

São as omissões juridicamente relevantes. O


86

genérico de agir. Estado tem o dever de agir em relação a


3


Casos em que não há previsibilidade e
21934
determinadas pessoas ou determinadas
95

evitabilidade do dano. situações.


38
11

● ●
Não há nexo causal, não há Há previsibilidade e evitabilidade do dano.

responsabilidade do Estado. Surge um dever jurídico de evitar o dano.
RT

● ●
Estado não pode ser segurador universal – Há responsabilidade objetiva pautada no
LA

não há previsibilidade e evitabilidade. art. 37, §6º.


U
GO


A regra é a adoção do Risco Administrativo
e não Risco Integral.
I
LL
RE

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NI
MO
IQ
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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA

38
95
38
11
Análise de casos concretos:
• Responsabilidade por omissão e teoria do risco criado (risco suscitado) quando o Estado cria situações de

RT
risco que levam à ocorrência do dano: O Estado responde objetivamente, ainda que não se demonstre

A
UL
conduta direta de um agente público ou que haja situação de caso fortuito, bastando a comprovação de

GO
que este fortuito só foi possível ante a custódia do ente estatal (fortuito interno ou caso fortuito). Ex.: O
Estado é responsável pela guarda e segurança das pessoas submetidas a encarceramento, enquanto ali

LLI
permanecerem detidas. Assim, é dever do Poder Público mantê-las em condições carcerárias com mínimos

RE
padrões de humanidade estabelecidos em lei, bem como, se for o caso, ressarcir os danos que daí

MO
decorrerem.

UE
Responsabilidade civil do Estado por morte de detento (caso peculiar que depende das circunstâncias do
caso concreto e passou por evolução jurisprudencial): Em regra, o Estado é objetivamente responsável

IQ
ON
pela morte de detento. Isso porque houve inobservância de seu dever específico de proteção previsto no
art. 5º, inciso XLIX, da CF/88. Contudo, excepcionalmente, o Estado poderá ser dispensado de indenizar se

6M
ele conseguir provar que a morte do detento não podia ser evitada. Neste caso, rompe-se o nexo de

65
causalidade entre o resultado morte e a omissão estatal pois não há previsibilidade e evitabilidade.
• 38
Responsabilidade civil do Estado por Fuga do preso e prática de crimes: Para o STJ o Estado NÃO responde
95
civilmente por atos ilícitos praticados por foragidos do sistema penitenciário, SALVO quando os danos
38
11

decorrem direta ou imediatamente do ato de fuga. De acordo com a teoria da causalidade


direta/imediata, para que haja responsabilidade civil decorrente da fuga do preso, é necessário que esta
RT

esteja imediata e diretamente ligada com o resultado.


LA

21934

• Responsabilidade civil do Estado por danos causados em obras públicas:


OU

 Execução direta - o Estado responde objetivamente.


IG

 Execução indireta - a doutrina majoritária entende que deve ser feita uma distinção entre dano
LL

21934
causado pelo simples fato de a obra existir (responsabilidade direta e objetiva do Estado) e o dano
RE

oriundo da má execução da obra (responsabilidade direta e objetiva do Estado quando por ele má
MO

executada ou responsabilidade subjetiva da contratada que executou mal a obra).


E
QU

Responsabilidade Do Agente
I
ON

1. Teoria da dupla garantia: 1) a vítima deve ser ressarcida pelos danos causados pelo Estado; e 2) os
agentes públicos só podem ser responsabilizados pelo próprio Estado.
M
56

2. Denunciação à lide: Doutrina majoritária NÃO admite, pois geraria ampliação subjetiva do mérito,
86

acarretando ao autor manifesto prejuízo à celeridade. STJ: Admite a denunciação, mas o Estado NÃO está
3

obrigado a fazê-la. Assim, a denunciação à lide é uma faculdade do Estado, de modo que a sua ausência
95

ou o indeferimento NÃO acarreta a nulidade do processo, nem impede a propositura da ação regressiva
38
11

em caso de condenação do Poder Público.


RT

10.5 Prazo Prescricional


ULA
GO

1. Para a cobrança do particular em face do Estado:


I
LL
RE

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MO
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MO
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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA

38
95
38

11
1ª Corrente (doutrina majoritária e STJ): Tradicionalmente 05 anos (Dec. 20.910/32 + art. 1º da Lei
9.494/97), em razão do critério da especialidade para resolver o conflito normativo. É a posição do

RT
STJ (deve ser levada para prova objetiva).

A
UL
 2ª Corrente: 3 anos (previsto no CC), por ser mais benéfico à Fazenda.

GO
OBS.1: TERMO INICIAL DO PRAZO PRESCRICIONAL:

LLI
● STJ: O termo inicial do prazo prescricional para o ajuizamento de ação de indenização contra ato do

RE
Estado ocorre no momento em que constatada a lesão e os seus efeitos, conforme o princípio da

MO
actio nata. (Info 507).

UE
● STJ: Caso o Poder Público tenha reconhecido administrativamente o débito, o termo inicial do prazo
prescricional de 5 anos para que servidor público exija seu direito será a data desse ato de

IQ
ON
reconhecimento. (Info 509).
● STJ: Termo inicial da prescrição de pretensão indenizatória decorrente de tortura e morte de preso.

6M

Se tiver sido ajuizada ação penal contra os autores do crime: o termo inicial da prescrição

65
será o trânsito em julgado da sentença penal.
● 38
Se o inquérito policial tiver sido arquivado (não foi ajuizada ação penal): o termo inicial da
95
prescrição da ação de indenização é a data do arquivamento do IP.
38
11

OBS.2: IMPRESCRITIBILIDADE:
RT

● Súmula 647-STJ: São imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e materiais
LA

21934

decorrentes de atos de perseguição política com violação de direitos fundamentais ocorridos durante
OU

o regime militar.
IG

● STJ: São imprescritíveis as ações de reintegração em cargo público quando o afastamento se deu em
LL

razão de perseguição política praticada na época da ditadura militar. STJ. 1ª Turma. REsp 1.565.166-
RE

PR, Rel. Min. Regina Helena Costa, julgado em 26/06/2018 (Info 630).
MO

2. Para a cobrança do Estado em face do particular:


E
QU

● 1ª Corrente (Rafael Oliveira, José Santos Carvalho Filho e STF): 3 anos, com base no art. 206, § 3º, V,
21934
I
ON

do CC (prescreve em três anos a pretensão de reparação civil).


● 2ª Corrente (STJ): 5 anos, aplicando-se, com base no princípio da isonomia, o prazo trazido pelo
M

Decreto 20.910/32.
56
86
3

10.6 Responsabilidade Por Atos Legislativos E Jurisdicionais


95
38

1. Atos Jurisdicionais: Em se tratando de exercício da função jurisdicional, descabe falar em


11

responsabilidade do Estado por três argumentos: recorribilidade das decisões judiciais e a coisa julgada;
RT

soberania; independência do magistrado. A responsabilidade do Estado por atos judiciais pode ocorrer,
LA

de forma excepcional, em três hipóteses:


U
GO

● Erro Judiciário: deve ser erro substancial e inescusável. (art. 5º, LXXV, CF/88);
● Prisão além do tempo fixado na sentença;
I
LL
RE

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MO
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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA

38
95
38
11
● Demora na prestação jurisdicional: erro judiciário praticado por omissão, que causa dano
desproporcional.

RT
2. Atos Legislativos: Em regra, a atuação legislativa NÃO acarreta responsabilidade civil do Estado, já que o

A
UL
caráter genérico e abstrato das normas jurídicas afasta a configuração dos efeitos (danos)

GO
individualizados, principal óbice à responsabilidade civil. A responsabilidade civil pode surgir em quatro
situações excepcionais:

LLI
● Leis com danos desproporcionais;

RE
● Leis de efeitos concretos;

MO
● Leis inconstitucionais;
● Omissão legislativa.

UE
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ON
11. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (Lei 8.429/92)
1. A improbidade é uma violação a todo e qualquer princípio aplicável à Administração Pública. É o que

6M
a doutrina tem chamado de princípio da juridicidade, segundo o qual a Administração não deve apenas

65
observar a letra da lei, mas o direito como um todo, incluindo os princípios. Para a 1ªT do STJ, o conceito
38
de ato de improbidade é INELÁSTICO, ou seja, não pode ser ampliado para abranger situações que não
95
tenham sido contempladas no momento de sua criação.
38

2. Natureza Jurídica: Trata-se de ação própria de improbidade administrativa (não mais uma ação cível)
11

– art. 17-D.
RT

3. Irretroatividade da Lei 14.230/21: No julgamento do ARE 843.989, o STF fixou teses acerca da
LA

21934

(ir)retroatividade da Lei 14.230/21. A Corte decidiu pela IRRETROATIVIDADE da lei de improbidade


OU

administrativa para os casos já encerrados, com decisão transitada em julgado. Para a maioria do
IG

Plenário, a retirada da modalidade culposa é uma opção legislativa legítima que beneficia os acusados
LL

por ato de improbidade, razão pela qual NÃO pode retroagir para aplicação no caso de decisões
RE

definitivas e processos em fase de execução das penas. No entanto, para os atos de improbidade
MO

culposos praticados antes da lei que não tenham condenação transitada em julgado a norma pode ser
aplicada.
E
QU

• O novo regime prescricional previsto na Lei 14.230/2021 é IRRETROATIVO aplicando-se os novos


I

marcos temporais a partir da publicação da lei.


ON

4. Independência das instâncias: Uma mesma conduta pode dar origem a três ações diferentes (civil, penal
M

e processo disciplinar). Em regra, uma decisão não influencia a outra, em razão da independência das
56
86

instâncias.
• A apuração do ato de improbidade independe do resultado nos processos civil, penal e administrativo.
3
95

Isso porque, em regra, as diferentes instâncias punitivas são independentes entre si, de modo que o
38

resultado em uma independe das demais (art. 12 da LIA).


11

• Ressalte-se que a Lei nº 14.230/21 reformou a Lei 8.429/92, e tratou de trazer algumas hipóteses de
RT

21934
interferência de instâncias: art. 21, §4º, art. 17-B, §3º e art. 21, §3º.
LA

11.1 Sujeitos
U
I GO
LL
RE

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MO
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NI
MO
IQ
ON
DELEGADO SÃO PAULO

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95
38
11
a) Sujeito Passivo: É a vítima, quem sofre do ato de improbidade administrativa. É o legitimado ativo, junto
com o MP, para propor a ação de improbidade administrativa.

RT
b) Sujeito Ativo: São os responsáveis pela prática o ato de improbidade administrativa (arts. 2º e 3º). É o

A
UL
legitimado passivo, o réu no processo coletivo de improbidade administrativa.

GO
• Com a reforma na Lei, o artigo 2º passou a trazer agente político como sujeito ativo de improbidade
administrativa, acabando com a divergência que existia na doutrina e jurisprudência.

LI
 Os Agentes políticos se submetem a um duplo regime sancionatório, à exceção do Presidente da

L
RE
República.

MO
 De acordo com o art. 12, §9º, da Lei 8.429/92, as sanções de improbidade somente poderão ser

UE
executadas após o trânsito em julgado da sentença condenatória.

IQ
c) Terceiros/Particulares: Segundo o art. 3º, os particulares que concorrerem ou induzirem dolosamente

ON
para a prática do ato de improbidade podem ser responsabilizados, desde que vinculados aos agentes
públicos. A aplicação das penalidades de improbidade administrativa aos terceiros pressupõe a

6M
comprovação do dolo, ou seja, a intenção de participar, de induzir ou concorrer para a prática da

65
improbidade ou dela se beneficiar de forma direta ou indireta. Cuidado! A ação pode ser proposta
38
apenas em face do agente público, em face do agente público e do particular, mas não somente em face
95
do particular.
38
11

d) Responsabilidade do sucessor do autor de ato de improbidade: Considera-se que o sucessor ou o


herdeiro daquele que causar dano ao erário ou que se enriquecer ilicitamente estão sujeitos apenas à
RT

obrigação de repará-lo até o limite do valor da herança ou do patrimônio transferido.


LA

21934
OU

11.2 Condutas típicas


IG

1. Enriquecimento Ilícito - Art. 9º:


LL

• Recebimento de qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida;


RE

• Conduta dolosa (dolo específico);


MO

• Nexo causal entre recebimento da vantagem e o exercício da função pública;


21934

• Independente de prejuízo ao erário (Info 580, STJ).


E
I QU
ON

2. Dano ao Erário - Art. 10:


• Lesão ao erário;
M
56

• Conduta dolosa (dolo específico), comissiva ou omissiva;


86

• Nexo de causalidade entre a ação ou omissão e o respectivo dano ao erário;


3

• É irrelevante se houve ou não enriquecimento ilícito do agente ou do terceiro;


95
38

• Precisa ensejar efetiva e comprovada perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou


11

dilapidação dos bens ou haveres das entidades. Nos casos em que não implicar perda patrimonial
RT

efetiva, não ocorrerá imposição de ressarcimento, sendo vedado o enriquecimento sem causa;
• A mera perda patrimonial decorrente da atividade econômica não acarretará improbidade
U LA

administrativa, salvo se comprovado ato doloso praticado com essa finalidade.


GO

3. Atos que Violem os Princípios da Administração Púbica - Art. 11


I
LL
RE

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MO
IQ
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DELEGADO SÃO PAULO

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REVISÃO DE VÉSPERA

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95
38

11
Taxatividade do rol do art. 11 (à luz da Lei nº 14.230/2021): diferentemente do art. 9 e art. 10, o caput
do dispositivo não traz a expressão “e notadamente”, que teria o condão de conferir o caráter

RT
exemplificativo das condutas enumeradas no inciso.

A
UL
• A conduta seja praticada por agente público (ou a ele equiparado), atuando no exercício de seu munus

GO
público conduta ilícita.
• É dispensável a prova de dano para a configuração do ato de improbidade previsto no art. 11 da Lei

LLI
n° 8.249/1992 (STJ. REsp 1286466/RS).

RE
• Com a reforma na LIA, foi introduzido §4º estabelecendo que os atos de improbidade previstos no artigo

MO
11 “exigem lesividade relevante ao bem jurídico tutelado para serem passíveis de sancionamento e

UE
independem do reconhecimento da produção de danos ao erário e de enriquecimento ilícito dos

IQ
agentes públicos.”

ON
● Também não é necessário que se prove que o agente teve enriquecimento ilícito com o ato. Então,

6M
necessária a prova do fim de obter proveito ou benefício indevido (§1º) e a ocorrência de lesão
relevante (§4º).

65
11.2 Sanções 38
95
38
11

a) Perda de Bens e Valores: Cuida-se da perda dos bens ilicitamente acrescidos com a prática do ato de
improbidade. Os bens têm que ser decorrentes de ato ilícito e acrescidos APÓS a prática da improbidade
RT

(diferentemente do que ocorre na indisponibilidade).


LA

21934

b) Ressarcimento Integral do Dano: O caput do art. 12 prevê que: “Independentemente do ressarcimento


OU

integral do dano patrimonial, se efetivo, e das sanções penais comuns e de responsabilidade, civis e
IG

administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às
LL

seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a
RE

gravidade do fato:” Para fins de ressarcimento, até mesmo os bens do agente ANTERIORES ao ato de
MO

improbidade ficam sujeitos à penhorabilidade. A doutrina majoritária admite a indenização do dano


moral.
E
QU

● STJ: O ressarcimento do dano deve ser aplicado em conjunto com uma ou mais medidas
I

sancionatórias, pois isoladamente NÃO tem caráter de sanção.


ON

● Ressalte-se que ao artigo 12 da LIA foi incluído21934 o §6º, o qual assevera que, no caso de lesão ao
M

patrimônio público, a reparação do dano deverá deduzir o ressarcimento ocorrido nas instâncias
56
86

criminal, civil e administrativa que tiver por objeto os mesmos fatos.


3

c) Perda da Função Pública: A punição se aplica exclusivamente aos agentes públicos, não se estendendo
95

ao terceiro.
38

● O art. 12 da Lei nº 8.429/92 não prevê a cassação de aposentadoria como sanção. Diante disso,
11

surgiu divergência na jurisprudência quanto a sua aplicabilidade: 1ª corrente (STJ. 1ª Turma. AgInt
RT

no REsp 1643337/MG): NÃO. 2ª corrente (STJ. 2ª Turma. AgInt no REsp 1628455/ES): SIM.
LA

• A perda da função vai atingir, como regra, apenas o vínculo de mesma qualidade e natureza que o
U
GO

agente público detinha no momento do cometimento da infração. Todavia, especificamente, no


caso de enriquecimento ilícito, de modo EXCEPCIONAL, é possível o magistrado estender a sanção
I
LL
RE

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38
95
38
11
aos demais vínculos, consideradas as circunstâncias do caso e a gravidade da infração. DISPOSITIVO
SUSPENSO em liminar concedida pelo Min. Alexandre de Moraes na ADI 7236.

RT
d) Suspensão dos Direitos Políticos: A sentença tem que ser expressa para decretar essa suspensão. Não

A
UL
é efeito automático. O marco da suspensão dos direitos políticos é o trânsito em julgado da ação civil de

GO
improbidade administrativa condenatória. O PAD apenas condena o réu em penas pecuniárias,
advertência, demissão e suspensão do cargo. Com a recente reforma
21934 na LIA, foi incluído ao artigo 12 o

LLI
§10, que afirma que “Para efeitos de contagem do prazo da sanção de suspensão dos direitos políticos,

RE
computar-se-á retroativamente o intervalo de tempo entre a decisão colegiada e o trânsito em julgado

MO
da sentença condenatória” DISPOSITIVO SUSPENSO em liminar concedida pelo Min. Alexandre de
Moraes na ADI 7236.

UE
e) Multa Civil: Sanção civil (não-penal) e não tem natureza indenizatória. A Indenização consuma-se pela

IQ
ON
sanção de reparação integral do dano. O montante da multa deve ser destinado à pessoa jurídica que
sofreu o dano.

6M
f) Proibição de Contratar e Receber Benefícios: Em caráter excepcional e por motivos relevantes

65
devidamente justificados, a sanção de proibição de contratação com o poder público pode extrapolar
38
o ente público lesado pelo ato de improbidade, observados os impactos econômicos e sociais das
95
sanções, de forma a preservar a função social da pessoa jurídica.
38
11

Atos que geram enriquecimento Atos que geram Atos que atentam contra
RT

ilícito danos ao erário princípios


LA

21934
OU

Art. 9º LIA Art. 10º LIA Art. 11º LIA


IG

DOLO DOLO DOLO


LL
RE

Perda da função pública (atinge Perda da função pública (atinge apenas -----
MO

apenas o vínculo de mesma o vínculo de mesma qualidade e


qualidade e natureza que o agente natureza que o agente público ou
E
QU

público ou político detinha com o político detinha com o poder público


I

poder público na época do na época do cometimento da infração -


ON

cometimento da infração, podendo §1º do art. 12). DISPOSITIVO


M

o magistrado, nesse caso, e em SUSPENSO em liminar concedida pelo


56

caráter excepcional, estendê-la aos Min. Alexandre de Moraes na ADI


86
3

demais vínculos, consideradas as 7236.


95

circunstâncias do caso e a
38

gravidade da infração - §1º do art.


11

12). DISPOSITIVO SUSPENSO em


RT

liminar concedida pelo Min.


LA

Alexandre de Moraes na ADI 7236.


U
IGO
LL
RE

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38
95
38
11
Perda dos bens e valores acrescidos Perda dos bens ou valores acrescidos -----

RT
ilicitamente ilicitamente ao patrimônio, se

A
concorrer esta circunstância.

UL
21934

GO
Multa civil equivalente ao valor do Multa civil equivalente ao valor do Multa civil de até 24 (vinte e
acréscimo patrimonial. dano. quatro) vezes o valor da

LI
(pode ser aplicada de forma (pode ser aplicada de forma dobrada - remuneração percebida

L
RE
dobrada - §2º do art. 12) §2º do art. 12) pelo agente. *

MO
(pode ser aplicada de forma
dobrada - §2º do art. 12)

UE
IQ
Suspensão dos Direitos Políticos Suspensão dos Direitos Políticos ATÉ 12 -----

ON
ATÉ 14 ANOS. ANOS.

6M
Impossibilidade de contratar com Impossibilidade de contratar com Impossibilidade de

65
poder público e receber benefícios poder público e receber benefícios contratar com poder público
fiscais pelo prazo não superior a 14 38
fiscais pelo prazo não superior a 12 e receber benefícios pelo
95
ANOS. ANOS. prazo não superior a 4
38

ANOS.
11
RT

Observações importantes sobre a aplicação das sanções:


LA

21934

• Independe da efetiva ocorrência do dano ao patrimônio público (em sentido econômico), salvo quanto
OU

à pena de ressarcimento.
IG

• Independe da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo tribunal ou
LL

conselho de contas. Assim, é possível a propositura de ação de improbidade mesmo após a aprovação
RE

das contas pelo Tribunal de Contas (art. 21, II. §1º). No entanto, há a necessidade de consideração das
MO

provas produzidas perante os órgãos de controle (§2º do art. 21).


E
QU

11.3 Procedimento (art. 17)


I
ON
M

1. A Lei 14.230/21 alterou a legitimidade ativa da ação de improbidade administrativa. Pela literalidade da
56

lei, apenas o Ministério Público seria parte legítima para a propositura da ação. Todavia, o Supremo
86

Tribunal Federal, na ADI 7043 conferiu interpretação conforme ao caput e §§ 6º-A, 10-C e 14, do artigo
3

17 da Lei nº 8.429/92, com a redação dada pela Lei nº 14.230/2021, estabelecendo a existência de
95
38

legitimidade ativa concorrente entre o ministério público e as pessoas jurídicas interessadas para a
11

propositura da ação por ato de improbidade administrativa; suspendeu os efeitos do § 20, do artigo 17
da Lei nº 8.429/92, ou seja, suspendeu o efeito da obrigatoriedade de advogados públicos realizarem a
RT

defesa dos agentes públicos por atos de improbidade; suspendeu os efeitos do artigo 3º da Lei nº
LA

14.230/2021, ou seja, suspendeu o prazo de 1 ano em que o Ministério Público deveria manifestar a
U
GO

continuidade ou não da ação ajuizada pela Fazenda.


I
LL
RE

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MO
IQ
ON
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REVISÃO DE VÉSPERA

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95
38
11
2. Indisponibilidade de Bens – medida cautelar que visa garantir a integral recomposição do erário ou do
acréscimo patrimonial resultante de enriquecimento ilícito.

RT
• Pode ser em caráter antecedente ou incidente - houve mudança no regime de indisponibilidade de

A
UL
bens: tutela de urgência;

GO
• Deve haver demonstração no caso concreto de perigo de dano irreparável ou de risco ao resultado
útil do processo;

LI
• A indisponibilidade de bens de terceiro dependerá da demonstração da sua efetiva concorrência para

L
RE
os atos ilícitos apurados ou, quando se tratar de pessoa jurídica, da instauração de incidente de

MO
desconsideração da personalidade jurídica;
• A indisponibilidade recairá sobre bens que assegurem exclusivamente o integral ressarcimento do

UE
IQ
dano ao erário (há uma limitação), não incidindo sobre os valores a serem eventualmente aplicados

ON
a título de multa civil ou sobre acréscimo patrimonial decorrente de atividade lícita;
• Bloqueio de contas bancárias como a última possibilidade. Deve ser observada a ordem legal: carros,

6M
imóveis, móveis em geral, animais, navios e aeronaves, ações, pedras e metais preciosos

65
21934
3. Acordo de não persecução cível (art. 17-B):
38
• Requisitos para o ANPC: oitiva do ente lesado; homologação pelo Conselho Superior do MP em até 60
95
38

dias; homologação judicial, em todos os casos.


11

• Existe a obrigatoriedade da oitiva do Tribunal de Contas acerca do valor do dano a ser ressarcido,
devendo sua manifestação se dar em até 90 dias, evidenciando-se, assim, a interferência da instância
RT

administrativa na cível (§3º do art. 17-B) – DISPOSITIVO SUSPENSO em liminar concedida pelo Min.
LA

21934

Alexandre de Moraes na ADI 7236.


OU

• É possível a celebração do ANPC em qualquer fase, inclusive após o trânsito em julgado (§4º do art.
IG

17-b) (Info 728, STJ)


LL

• Não poderá haver novo ANPC no prazo de 5 anos, se houver descumprimento de acordo anterior (§7º).
RE

4. Petição Inicial: Deve existir individualização da conduta; apontamento dos elementos probatórios
MO

mínimos que demonstrem os atos de improbidade;


E
QU

5. Curso Processual:
I
ON

• Aplica-se o procedimento comum previsto no CPC.


• São inaplicáveis os efeitos materiais da revelia na ação de improbidade.
M
56

• Existe a tipicidade única, ou seja, para cada ato de improbidade, deverá obrigatoriamente ser
86

indicado apenas um tipo, dentre os previstos na LIA (§10-C, do art. 17). Obs.: Atenção a tendência de
3
95

imputação do art. 10, de forma subsidiária, inclusive, em conjunto com os outros dispositivos, o que
38

fica vedado diante da nova normativa.


11

• É necessário instaurar o incidente de desconsideração da personalidade jurídica quando se objetivar


RT

a indisponibilidade de bens de PJ).


• Inexistindo ato de improbidade, o magistrado poderá converter a ação por ato de improbidade
ULA

administrativa em ação civil pública. Dessa decisão, caberá agravo de instrumento.


GO

• Se houver litisconsórcio passivo, a sentença condenará cada um dos réus no limite da participação e
I

dos benefícios diretos, vedada a SOLIDARIEDADE. (§2º do art. 17-C)


LL
RE

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REVISÃO DE VÉSPERA

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38
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38

11
O art. 18-A traz a possibilidade de unificação de sanções, em caso de continuidade, em prol dos
condenados, sendo que “as sanções de suspensão de direitos políticos e de proibição de contratar

RT
ou de receber incentivos fiscais ou creditícios do poder público observarão o limite máximo de 20

A
UL
anos.

GO
• IMPOSSIBILIDADE de remessa necessária.

LLI
11.4 Prescrição

RE
MO
1. Prazo unificado de 8 anos. Súmula 634, STJ: Ao particular aplica-se o mesmo regime prescricional previsto

UE
na Lei de Improbidade Administrativa para o agente público.
2. Suspensão do prazo prescricional por, no máximo, 180 dias corridos (quando de instauração de inquérito

IQ
ON
civil ou de processo administrativo para apuração dos ilícitos referidos), recomeçando a correr após a sua
conclusão ou, caso não concluído o processo, esgotado o prazo de suspensão.

6M
21934
3. Prazo máximo para o ICP: 2 anos, há necessidade de revisão do despacho de prorrogação pelo CSMP.

65
Encerrado tal prazo, a ação deverá ser proposta no prazo de 30 dias, se não for caso de arquivamento do
inquérito civil. 38
95
4. Causas de interrupção foram previstas expressamente (§4º do art. 23):
38
11

5. Prescrição intercorrente com prazo pela metade: 4 anos.


6. Prazo prescricional para as ações de ressarcimento ao erário - o ressarcimento integral do dano é, em
RT

regra, imprescritível, com base no § 5º do art. 37 da21934


CF/88. No entanto, o STF havia feito uma “exigência”
LA

a mais no sentido de que somente seriam imprescritíveis as ações de ressarcimento envolvendo atos de
OU

improbidade administrativa praticados DOLOSAMENTE, o que agora passou a ser a única hipótese de
IG

ato de improbidade com a reforma na LIA.


LL
RE
MO
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IQU
ON
M
56
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11
RT
ULA
IGO
LL
RE

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REVISÃO DE VÉSPERA

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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA

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95
38
11
CRIMINOLOGIA

RT
1. CONCEITO, MÉTODO, OBJETO E FINALIDADE DA CRIMINOLOGIA

A
UL
GO
1.1 Conceito
21934

LLI
1. A Criminologia é a ciência empírica e interdisciplinar que tem por objeto o crime, o delinquente, a vítima

RE
e o controle social do comportamento delitivo. É uma ciência do “ser”, empírica, na medida em que seu

MO
objeto é visível no mundo real.

UE
CONCEITO TRADICIONAL CONCEITO MODERNO

IQ
ON
Estudo do crime e do Incorpora o estudo da vítima e do controle social
OBJETO
delinquente

6M
ORIENTAÇÃO Orientação repressiva Orientação “prevencionista”

65
- Intervenção no cenário do crime
INTERVENÇÃO Tratamento do criminoso 38
- Delito nasce na comunidade e deve ser enfrentado
95
38

no âmbito da comunidade
11

Análise dos modelos de reação ao delito (processos de


Análise etiológica: estuda as
PARADIGMA criminalização), sem renunciar à análise etiológica do
RT

causas/raízes da criminalidade
crime
LA

21934
OU

2. A Criminologia, o Direito Penal e a Política Criminal são os três pilares de sustentação das Ciências
IG

Criminais. No entanto, precisamos ter cuidado para não confundir os institutos:


LL
RE

DIREITO PENAL CRIMINOLOGIA POLÍTICA CRIMINAL


MO

Analisa os fatos humanos Ciência empírica que Trabalha as estratégias e


E

indesejados, define quais estuda o crime, o meios de controle social da


QU

devem ser rotulados como criminoso, a vítima e o criminalidade.


I
ON

crime ou contravenção comportamento da


M

anunciando as penas. sociedade.


56

Ocupa-se do crime enquanto Ocupa-se do crime Ocupa-se do crime


86

norma. enquanto fato. enquanto valor.


3
95

Exemplo: define como crime Exemplo: quais fatores Exemplo: estuda como
38

lesão no ambiente doméstico e contribuem para a violência diminuir a violência


11

familiar. doméstica e familiar. doméstica e familiar.


RT
LA

CUIDADO PARA NÃO CONFUNDIR!


U

CRIMINOLOGIA → MÉTODO INDUTIVO, EMPÍRICO.


GO

DIREITO PENAL → MÉTODO DEDUTIVO, LÓGICO, ABSTRATO.


I
LL
RE

1.2 Método
50
MO
E
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REVISÃO DE VÉSPERA

65
DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA

38
95
38
11
1. Como ciência empírica e experimental que é, a Criminologia utiliza-se da metodologia experimental,

RT
naturalística e indutiva para estudar o delinquente. No entanto, tal método não é suficiente para

A
UL
delimitar as causas da criminalidade, motivo pelo qual busca auxílio dos métodos estatísticos,

GO
históricos, sociológicos e biológicos.
2. Como a criminologia moderna se baseia no método empírico e interdisciplinar, a análise do seu objeto

LI
L
exige se aventurar em leituras pouco comuns aos bacharéis em direito e dominar conceitos filosóficos,

RE
sociológicos, biológicos entre outros.

MO
21934
3. Além disso, a doutrina (Molina) aponta técnicas de investigação:
• Quantitativas: Estatística (método por excelência), questionário, métodos de medição, que explicam

UE
a etiologia, a gênese e o desenvolvimento. Por si só, é insuficiente.

IQ
• Qualitativas: Observação participante e entrevista, com interpretações valorativas e relacionais.

ON
• Transversais: Tomam uma única medição da variável ou do fenômeno examinado (ex.: dados

6M
estatísticos).

65
• Longitudinais: Tomam várias medições, em diferentes momentos temporais → relevância para a
criminologia atual (ex.: biografias criminais, case studies).38
95
38

1.3 Objetos
11
RT

1.3.1 Delito
LA

21934
OU

1. Para o Direito Penal, é considerado como ação ou omissão típica, ilícita e culpável. Tem como base o
IG

juízo de subsunção de um fato individualmente considerado perante a norma. Já para a Criminologia,


LL

interessa o delito do ponto de vista coletivo, como um fenômeno comunitário, questionando os


RE

parâmetros (“critérios”) para a sociedade estabelecer que determinada conduta mereça ser taxada
MO

como criminosa.
2. Segundo Shecaria (2014), os critérios para que o fato seja considerado crime são:
E
QU

• Incidência massiva na população (a conduta rejeitada não é fato isolado): Não basta que um fato
I

ocorra uma única vez, ainda que gere sofrimento, ele precisa se repetir.
ON

• Incidência aflitiva do fato (a conduta rejeitada tem relevância social): Quando o legislador quer
M

criminalizar algo isto deve gerar sofrimento, ofender alguma pessoa.


56

• Persistência espaço-temporal do fato: É necessário que essa conduta se repita ao longo do tempo e
386

não só em uma determinada região ou período, mas em todo território.


95

• Inequívoco consenso a respeito de que a criminalização do fato é o meio mais eficaz para repressão
38

da conduta: Para ser considerado crime, teria que gozar de consenso na relevância desse tipo penal.
11
RT

1.3.2 Criminoso
U LA

O conceito de criminoso pode ser dividido em perspectivas:


IGO
LL
RE

51
MO
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IQ
ON
DELEGADO SÃO PAULO

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REVISÃO DE VÉSPERA

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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA

38
95
38
11
ESCOLA CONCEITO DE CRIMINOSO

RT
Examina a pessoa do infrator como alguém que fez mau uso da sua liberdade,

A
ESCOLA CLÁSSICA embora devesse respeitar a lei. O criminoso é um pecador que escolheu o mal

UL
(atuação do criminoso pautada no livre arbítrio).

GO
Criminoso é um prisioneiro de sua própria patologia (determinismo biológico)

LI
ESCOLA POSITIVISTA ou de processos causais alheios (determinismo social). Não foi aceita a tese da

L
RE
Escola clássica do livre-arbítrio, mas sim a ideia do criminoso nato

MO
(determinismo biológico de Lombroso) e do determinismo social de Ferri e
Garófalo.

UE
Criminoso é um ser inferior, incapaz de guiar livremente a sua conduta, por

IQ
ESCOLA haver debilidade em sua vontade, de modo a merecer intervenção estatal para

ON
CORRECIONALISTA corrigi-la. Para a escola correcionalista, o criminoso não é um ser forte e

6M
embrutecido, como diziam os positivistas, mas sim um débil, cujo ato precisa

65
ser compreendido e cuja vontade necessita ser direcionada.
ESCOLA 38
Criminoso como vítima da sociedade e das estruturas econômicas. A
95
MARXISTA/ESCOLA responsabilidade do crime é da sociedade e o delinquente é convertido em
38

CRÍTICA vítima, pois este é produto da estrutura econômica do Estado.


11

Criminoso é homem real e normal que viola a lei penal por razões diversas
RT

ESCOLA ATUAL (elementos biológicos, psicológicos e sociais), que merecem ser investigadas e
LA

21934
nem sempre são compreendidas.
OU
IG

1.3.3 Vítima
LL
RE

1. Conceito: “vítima é a pessoa que sofre diretamente a ofensa ou ameaça ao bem tutelado pelo Direito.”
MO

2. Vitimologia: Pode ser definida como o estudo científico da extensão, natureza e causas da vitimização
criminal, suas consequências para as pessoas envolvidas e as reações àquela pela sociedade, em
E
QU

21934
particular pela polícia e pelo sistema de justiça criminal, assim como pelos trabalhadores voluntários e
I

colaboradores profissionais.
ON

3. A vitimologia é, hoje, um campo de estudo orientado para a ação ou formulação de políticas públicas, e
M

não deve ser definida em termos de direito penal, mas de direitos humanos.
56

4. Evolução histórica da vitimologia: A vítima passou por três principais fases na história da civilização
86
3

ocidental:
95

• 1ª fase: “idade de ouro”: A fase de ouro vai desde os primórdios da civilização até o fim da Idade
38

Média, período em que se destaca a autotutela e a vingança privada. Em um contexto de vingança


11

privada, a vítima era muito valorizada e tinha para si a persecução penal. A “justiça” possuía caráter
RT

essencialmente privado e todo delito produzia um dano à vítima, considerada não apenas aquele
LA

atingido diretamente, mas toda a coletividade.


U

• 2ª fase: neutralização do poder da vítima: O Estado, assumindo o monopólio da aplicação da


GO

pretensão punitiva, diminuiu a importância da vítima no conflito. As ciências criminológicas passaram


I
LL

a centrar a investigação na figura do criminoso, enquanto o direito penal conduziu a vítima a um papel
RE

52
MO
E
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MO
IQ
ON
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6M
REVISÃO DE VÉSPERA

65
DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA

38
95
38
11
meramente neutro e figurativo no cenário da resolução do conflito. Nesse período, inclusive,
importantes institutos foram suprimidos, a exemplo da legítima defesa.

RT
• 3ª fase: revalorização da vítima: Possui como marco o fim da 2ª Guerra Mundial, quando aparecem

A
UL
os primeiros estudos sobre vitimologia, com destaque aos realizados por Benjamim Mendelsohn

GO
(1947) e Hans Von Hentig (1948).
5. Classificação das vítimas

LI
• Vítima completamente inocente ou vítima ideal: é a vítima inconsciente que nada fez ou nada

L
RE
provocou para desencadear a situação criminal, pela qual se vê danificada. Em outras palavras: não

MO
tem responsabilidade ou culpa no acontecimento criminoso.
• Vítima de culpabilidade menor ou vítima por ignorância: há um certo impulso involuntário ao delito.

UE
O sujeito, por certo grau de culpa, ou por meio de um ato pouco reflexivo, causa sua própria

IQ
21934

ON
vitimização.
• Vítima tão culpável como o infrator ou vítima voluntária: aquelas que, ao mesmo tempo, atuam

6M
como vítima e como criminoso, de modo que sua participação ativa é imprescindível para a

65
caracterização do crime.
• Vítima mais culpável que o infrator: 38
95
a) Vítima provocadora: por sua própria conduta incita o infrator a cometer a infração.
38

b) Vítima por imprudência: é a que determina o acidente por falta de cuidados.


11

• Vítima mais culpável ou unicamente culpável:


RT

a) Vítima infratora: cometendo uma infração o agressor torna-se vítima, se trata do caso de
LA

21934

legitima defesa, em que o acusado deve ser absolvido.


OU

b) Vítima simuladora: o acusador que premedita e irresponsavelmente joga a culpa ao acusado.


IG
LL

6. Vitimização primária, secundária e terciária:


RE

• VITIMIZAÇÃO PRIMÁRIA: É normalmente entendida como aquela provocada pelo cometimento do


MO

crime, pela conduta violadora dos direitos da vítima – pode causar danos variados, materiais, físicos,
psicológicos, de acordo com a natureza da infração, a personalidade da vítima, sua relação com o
E
QU

agente violador, a extensão do dano etc.


I

• VITIMIZAÇÃO SECUNDÁRIA (REVITIMIZAÇÃO / SOBREVITIMIZAÇÃO): É o sofrimento adicional que


ON

a dinâmica da Justiça Criminal (Poder Judiciário, Ministério Público, Polícias e sistema penitenciário),
M

com suas mazelas, provoca normalmente nas vítimas.


56

• VITIMIZAÇÃO TERCIÁRIA: Decorre da falta de amparo dos órgãos públicos (além das instâncias de
86
3

controle) e da ausência de receptividade social em relação à vítima. Especialmente diante de certos


95

delitos considerados estigmatizadores, que deixam sequelas graves, a vítima experimenta um


38

abandono, não só por parte do Estado, mas, muitas vezes, também por parte do seu próprio grupo
11

social.
RT
LA

OBS.: VITIMIZAÇÃO QUATERNÁRIA: Refere-se aos impactos negativos produzidos pelos veículos de
U

imprensa e pelas redes sociais, consubstanciando na sensação de medo que atinge a sociedade.
IGO
LL

Em acréscimo à classificação tradicional, Sumariva (2007) fala ainda em:


RE

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38
95
38

11
VITIMIZAÇÃO INDIRETA – Sofrimento suportado por pessoas relacionadas intimamente à vítima do
delito, que, embora não sejam diretamente lesadas pela conduta criminosa, partilham do sofrimento

RT
em razão da relação de afeto mantida com a vítima.

A
UL
• HETEROVITIMIZAÇÃO – Corresponde à “autorecriminação da vítima” pelo crime, que busca razões

GO
que poderiam responsabilizá-la pela prática delituosa.

LI
L
Controle Social

RE
MO
Pode ser definido como “o conjunto de mecanismos e sanções sociais que pretendem submeter o
indivíduo aos modelos e normas comunitárias”, e é dividido em duas espécies: controle social informal e

UE
controle social formal.

IQ
ON
CONTROLE SOCIAL INFORMAL CONTROLE SOCIAL FORMAL

6M
Família, escola, religião, clubes Polícia, Ministério Público, Poder

65
AGENTES recreativos, opinião pública etc. Judiciário, administração
38 penitenciária.
95
Disciplina o indivíduo por meio de um Entra em funcionamento quando as
38
11

MOMENTO largo e sutil processo de socialização. instâncias informais de controle


falham.
RT

Distintas estratégias (prevenção, Atua de modo coercitivo (violento) e


LA

21934

repressão, ressocialização etc.) e impõe sanções mais


OU

ESTRATÉGIAS diferentes modalidades de sanções estigmatizantes, (status de


IG

(positivas, como recompensas, e desviado, perigoso ou delinquente).


LL

negativas, como punições).


RE

- Costuma ser mais efetivo, porque é - A eficaz prevenção do crime não


MO

ininterrupto e onipresente. depende tanto da maior


E

efetividade do controle social


QU

EFETIVIDADE
formal, senão da melhor
I
ON

integração do controle social


formal e informal.
M
56
86

1.4. Finalidade
3
95

1. Os fins básicos (por vezes confundidos com suas funções) da criminologia são: informar a sociedade e
38

os poderes constituídos acerca do crime, do criminoso, da vítima e dos mecanismos de controle social;
11

lutar contra a criminalidade (controle e prevenção criminal).


RT

2. Dentro das finalidades declaradas da criminologia está a prevenção de crimes. A Prevenção divide-se
LA

em (i) primária; (ii) secundária e (iii) terciária.


U
GO

a) Prevenção primária: Medidas de médio e longo prazo que atingem a raiz do conflito
criminal. Investimentos em educação, trabalho, bem-estar social.
I
LL

21934
RE

54
MO
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REVISÃO DE VÉSPERA

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95
38
11
b) Prevenção secundária: Atua onde o crime se manifesta ou se exterioriza. As chamadas “zonas
quentes de criminalidade”. Tem suas principais manifestações na atuação policial.

RT
c) Prevenção terciária: Possui um destinatário específico, o recluso. Possui objetivo

A
UL
certo: ressocialização do preso, evitando a reincidência

GO
2. CRIMINOLOGIA DO CONSENSO E DO CONFLITO

LI
L
RE
Teoria do consenso Teoria do conflito

MO
(funcionalista / conservadoras) (argumentativas ou explicativas /

UE
progressistas)

IQ
Contexto: início da década de 60, no pós Contexto: fim da década de 60, com os

ON
Guerra, com a ascensão dos EUA como movimentos de ruptura (raciais, feministas,

6M
potência mundial econômica (“Sonho políticos, sociais e greves).
Americano”) e a expansão do fluxo

65
migratório para os EUA em busca de
38
95
melhores condições de vida, com
38

destaque para Chicago, cidade em


11

constante crescimento na qual o Estado


RT

não consegue acompanhar o ritmo


expansionista.
LA

21934
OU

Parte da ideia de um conjunto de valores A coesão se funda na coação que alguns


e ideais comuns a todos os membros da membros exercem sobre os outros. Com isto se
IG

sociedade, que baseia e fundamenta a determina por meio de normas penais, a criação
LL

ordem social. de dispositivos que assegurem tal ordem e, por


RE

conseguinte, o triunfo da classe dominante.


MO

Cunho funcionalista Cunho argumentativo


E

Teoria conservadorista Teoria progressista


QU

Caráter ontológico da criminalidade, a Caráter definitorial da criminalidade, visto que


I
ON

partir da ideia de que o crime existe por si os crimes são um status social atribuído por meio
M

só, em razão de valores homogêneos que de processos de definição e mecanismos de


56

necessitam de tutela. reação, daqueles que tem competência para


86

21934
estabelece-los.
3
95

Principais teorias: Principais teorias:


38

I. Escola de Chicago I. Labelling Aproach (Interacionismo,


11

II. Anomia Etiquetamento)


RT

III. Associação Diferencial II. Teoria Crítica


IV. Subcultura Delinquente
U LA
GO

2.1 Escola de Chicago e Ecologia Criminal


I
LL
RE

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11
1. É considerada uma teoria do consenso e, para a doutrina, a Escola de Chicago representa o início da
criminologia americana moderna.

RT
2. Contexto: A cidade de Chicago foi uma das cidades norte-americanas que experimentaram um rápido

A
UL
crescimento econômico, e, concomitantemente, populacional. Essa explosão demográfica foi

GO
acompanhada por um crescimento urbano desordenado, com graves problemas urbanísticos, familiares,
trabalhistas, morais e culturais. Nesse contexto, a Escola de Chicago criou a Teoria da Ecologia Criminal

LI
L
ou Teoria da Desorganização Social.

RE
3. Divisão das cidades em zonas: Com o crescimento da cidade, esta passa a ser dividida em diferentes

MO
bairros, zonas, diferenciando-se, não só pela infraestrutura, mas também culturalmente. Afirma-se que
a cidade de Chicago era entendida como formada por cinco grandes zonas divididas em círculos

UE
concêntricos, indo do centro (loop) até as quatros zonas periféricas, sendo dotadas de características

IQ
ON
específicas, inclusive por índices de criminalidade distintos.
• 1ª zona (Loop): zona mais central onde há grandes bancos, armazéns, lojas de departamento, etc.

6M
• 2ª zona (zona de transição): situa-se exatamente entre zonas residenciais (3ª zona) e a (1ª zona).

65
Como zona intersticial, está sujeita à invasão do crescimento e, por isso, é objeto de degradação
constante, inclusive favorecendo a criação de guetos. 38
95
• 3ª zona: mostra-se como lugar de moradia de trabalhadores pobres e imigrantes.
38

• 4ª zona: destina-se aos conjuntos habitacionais da classe média.


11

• 5ª zona: compõe-se da mais alta camada social.


RT
LA

21934

4. A teoria da ecologia criminal tem dois conceitos básicos: desorganização social e áreas de delinquência.
OU

5. Diante desses fatores, a Escola de Chicago afirma que a forma correta de tratar e prevenir (reduzir) a
IG

criminalidade é através de uma macrointervenção sobre a comunidade, através da criação de


LL

programas comunitários que incluam a intensificação de atividades recreativas.


RE

6. Escola de Chicago é dotada de certo determinismo ecológico: desorganização social é vetor


MO

criminológico. Porém isso não explica o que porquê haver crimes21934


onde há organização social (criminoso
E

pode cometer crime no local onde mora, ou fora dele), ou em sociedades mais estáveis ou estratificadas.
IQU
ON

2.2 Teoria da Associação Diferencial


M
56

1. Foi iniciada por Edwin Sutherland e é considerada uma teoria do consenso. Considerada também uma
86

das teorias da aprendizagem social (social learning). Também denominada Teoria do Reforço
3

Diferencial, da Identificação Diferencial, da Neutralização ou do Aprendizado.


95

2. Definição: Segundo Edwin Sutherland, a associação diferencial é o processo de aprender alguns tipos
38
11

de comportamento desviante, que requer conhecimento especializado e habilidade. O homem


aprende a conduta desviada e associa-se com referência nela.
RT

3. Segundo Molina e Gomes, a teoria da associação diferencial de Sutherland é resumida com nove
LA

proposições:
U

• A conduta criminal se aprende, do mesmo modo que o comportamento virtuoso ou qualquer outra
GO

atividade.
I
LL
RE

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REVISÃO DE VÉSPERA

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11
A conduta criminal se aprende na interação com outras pessoas, mediante um processo de
comunicação, que requer uma manifestação ativa por parte do indivíduo.

RT
• As associações e contatos diferenciais do indivíduo podem ser distintas, de modo que contatos

A
UL
duradouros e frequentes devem ter maior influência pedagógica, do mesmo modo o impacto nos

GO
primeiros anos de vida do homem costuma ser mais significativo; o modelo mais convincente para
o indivíduo quanto maior seja o prestígio que este atribui à pessoa ou grupos cujas definições e

LLI
exemplos aprende.

RE
• Precisamente porque o crime se aprende, isto é, não se imita, o processo de aprendizagem do

MO
comportamento criminal mediante contato diferencial do indivíduo com modelos delitivos e não

UE
delitivos implica a aprendizagem de todos os mecanismos inerentes a qualquer processo deste tipo.

IQ
ON
2.3 Teoria da Anomia

6M
A) Teoria da anomia – Emile Durkheim

65
1. Para o autor Durkhein, as explicações sobre crises sociais, conflitos e crimes se assenta na ausência
38
ou na desintegração de normas que governem as relações sociais.
95
2. Quanto à criminologia, podemos resumir o pensamento de Durkheim da seguinte forma:
38

• o crime é um fenômeno social normal, pois presente em todas as sociedades;


11

• a punição do crime também é normal, pois almejada em todas as sociedades;


RT

• a anomia (crise de valores, ausência21934 de normas e da solidariedade) é catalisadora21934


do
LA

aumento da criminalidade.
OU
IG

B) Teoria da anomia – Robert Merton


LL

1. Para Merton, a anomia fomenta a criminalidade na medida em que uma sociedade sofra uma
RE

dissociação entre estrutural cultural (conjunto de valores e objetivos promovidos pela sociedade) e
MO

a estrutura social (capacidade efetiva da sociedade viabilizar a realização desses valores e objetivos).
E

2. Nesse sentido, Merton afirma que essa tensão acarreta 5 (cinco) tipos de comportamentos:
QU

a) Conformismo: comportamento da pessoa que se adequa aos objetivos e meios da sociedade.


I
ON

Consiste na maioria da população, pois é ela que sustenta a estrutura cultural;


b) Ritualismo: pessoa que se adequa aos meios, mas não aos objetivos da sociedade, pois ela se vê
M
56

incapaz de alcançá-los.
86

c) Retraimento: pessoa que renuncia os objetivos e as normas sociais. Ex.: mendigos, viciados,
3

ébrios habituais etc. São marcados pelo derrotismo, pela introspecção e pela resignação,
95

expressados por um afastamento da sociedade e suas regras;


38
11

d) Inovação: pessoa que adere aos objetivos culturalmente impostos (riqueza e poder), mas que
decide alcançá-los por meios ilícitos (meio inovadores). Este é o criminoso, inclusive o do tipo do
RT

“colarinho branco”;
LA

e) Rebelião: pessoa que contesta os valores e objetivos da sociedade, defendendo novas metas e
U
GO

restruturação da social.
I
LL
RE

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MO
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3. Em resumo, Merton defende que a discrepância entre estruturas culturais e sociais (estipulação de
metas sociais, sem meios para que a maioria possa alcançá-la) gera anomia, o que incentiva o

RT
comportamento inovador (criminoso).

A
UL
GO
2.4 Teoria da Subcultura Delinquente

LI
L
1. Três ideias básicas sustentam a subcultura definida por Albert Cohen: o caráter pluralista e atomizado

RE
da ordem social; a cobertura normativa da conduta desviada; as semelhanças estruturais, na gênese,

MO
dos comportamentos regulares e irregulares.
2. A existência de subculturas criminais se mostra como forma de reação necessária de algumas minorias

UE
desfavorecidas diante das exigências sociais de sobrevivência. Segundo Cohen, a subcultura

IQ
21934

ON
delinquente se caracteriza por três fatores:
(1) não utilitarismo da ação: muitos não possuem motivação racional (ex.: alguns jovens furtam

6M
roupas que não vão usar).

65
(2) malícia da conduta: consiste no prazer em prejudicar o outro (ex.: atemorização que gangues
fazem em jovens que não as integram) 38
95
(3) negativismo: mostra-se como um polo oposto aos padrões da sociedade.
38
11

2.5 Teoria do Labelling Approach (Interacionismo Simbólico, Etiquetamento, Rotulação ou Reação Social)
RT
LA

21934

1. A teoria do etiquetamento rompeu paradigmas. Ela deu um giro profundo na forma de se analisar o
OU

crime. Deixou de centrar estudos no fenômeno delitivo em si e passou a focar suas atenções na reação
IG

social, no efeito criminógeno do sistema de repressão penal, em especial das prisões (como eles são
LL

catalizadoras da delinquência secundária e reincidência).


RE

2. Os principais representantes dessa linha de pensamento são Erving Goffman e Howard Becker.
MO

Segundo Becker, os processos de desvios podem ser considerados primários e secundários.


• Desvio primário - corresponde à primeira ação delitiva do sujeito
E
QU

• Desvio secundário – refere-se à repetição dos atos delitivos, especialmente a partir da associação
I
ON

forçada do indivíduo com outros sujeitos delinquentes.


3. O Labelling Approach privilegia, na análise do comportamento desviado, o funcionamento das
M

instâncias de controle social (criminalização secundária), ou seja, a reação social aos comportamentos
56
86

assim etiquetados. Crime e reação social são, segundo esse enfoque, manifestações de uma só
3

realidade: a interação social.


95

4. O que os delinquentes têm em comum, o que verdadeiramente os caracteriza, é apenas a resposta das
38

agências de controle. Ou seja, não é o crime em si que vai ser o ponto central da visão criminológica,
11

mas sim a respectiva reação social que é deflagrada com a prática do ato pelo delinquente. Temos um
RT

giro nos sistemas que sai do crime para a reação social ao mesmo.
LA

5. Com as teorias da criminalidade e da reação penal baseadas sobre o Labelling Approach, e com as
U
GO

teorias conflituais, tem lugar no âmbito da sociologia criminal contemporânea a passagem da


criminologia liberal para a Criminologia Crítica.
I
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11
2.6 Teoria Crítica

RT
1. É considerada uma teoria do conflito. É também chamada de Teoria Radical ou Nova Criminologia.

A
UL
2. Trata-se de uma vertente que, como o nome diz, se propõe a criticar a própria criminologia, seguindo

GO
os ditames das teorias do conflito. Ela se propõe a questionar, antes de tudo, a sociedade capitalista
como substrato do fenômeno criminal.

LLI
3. O ponto central da teoria crítica, é como dito, criticar da criminologia tradicional, que não compreende

RE
o fenômeno criminal em sua totalidade, pois não se percebe que o crime é uma decorrência lógica do

MO
21934
método de produção do capitalismo.

UE
3. CRIMINALIDADE DE MASSA, MODERNA E ORGANIZADA

IQ
ON
3.1 Crime Organizado

6M
65
1. A criminalidade organizada pressupõe uma potencialidade destruidora e lesiva de extrema relevância,
38
pior para a sociedade do que as infrações individuais, daí a justa preocupação dos Estados com a
95
repressão de delitos relacionados com essa espécie de criminalidade, como o tráfico de drogas e
38

pessoas, o terrorismo, o contrabando etc.


11

2. No âmbito penal são conhecidas duas espécies de criminalidade organizada, com reflexos evidentes
RT

para os estudos criminológicos: a do tipo mafiosa e21934


a do tipo empresarial.
LA

3. Criminalidade organizada do tipo empresarial:


OU

• Tem uma estrutura empresarial que visa apenas o lucro econômico de seus sócios. Trata-se de uma
IG

empresa voltada para a atividade delitiva.


LL

• Não possui apadrinhados nem rituais de iniciação.


RE

• Busca o anonimato e NÃO lança mão da intimidação ou violência.


MO

• Seus criminosos são empresários, comerciantes, políticos, hackers etc.


• As vítimas também são difusas, mas, quando individualizadas, muitas vezes nem sequer sabem que
E
QU

sofreram os efeitos de um crime.


I
ON

4. Criminalidade organizada do tipo mafiosa:


• Atividade delituosa se baseia no uso da violência e da intimidação.
M

• Estrutura hierarquizada, baseada na distribuição de tarefas e planejamento de lucros.


56
86

• Possui clientela.
3

• Impõe a lei do silêncio.


95

• Seus integrantes vão desde agentes do Estado até os executores dos delitos.
38
11

• As vítimas são difusas.


• O controle social encontra sério óbice na corrupção governamental.
RT
LA

4. NOVA CRIMINOLOGIA
U
GO

4.1 Criminologia Feminista


I
LL
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REVISÃO DE VÉSPERA

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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA

38
95
38
11
1. É necessário primeiro olhar de forma crítica o que já foi produzido na criminologia para demonstrar que
os discursos criminológicos produzidos
21934 são androcêntricos. Nesse contexto, percebe-se duas posições

RT
das mulheres dentro dos conflitos penais: enquanto vítimas de crimes (e pensar o que esta posição

A
UL
demanda de atenção) e enquanto autoras de crimes.

GO
2. Escolas criminológicas a partir da epistemologia feminista.
2.1 Inquisição:

LI
L
● Perversidade, à malícia, à fraqueza física e mental, à pouca fé das mulheres:

RE
● Nessa época, mulheres eram pessoas biologicamente inferiores.

MO
● Caça às bruxas é elemento histórico marcante enquanto prática misógina de perseguição. As
mulheres identificadas enquanto bruxas são as mulheres que colocavam em questão os papeis de

UE
gênero.

IQ
ON
● A Inquisição é uma das faces do processo de perseguição e repressão das mulheres, que se inicia de
forma orgânica a partir do período medieval.

6M
2.2 Escola Clássica:

65
● Não havia pensamento criminológico sobre a condição de repressão e perseguição das mulheres,
38
de modo que toda a liberdade e o garantismo da escola clássica em nada se refletiram para
95
significativa parcela da humanidade.
38

● Os ideais de igualdade e liberdade que fundamentaram o pensamento criminológico clássico não


11

incluem mulheres como “sujeitos de direito".


RT

2.3 Positivismo:
LA

21934

● Lombroso, em parceria com Giovanni Ferrero, escreveu La donna delinquente, obra que aplica às
OU

mulheres os estudos que ele havia realizado com os homens. Em síntese, ao estudar a mulher
IG

criminosa, Lombroso reúne o discurso jurídico, médico e moral.


LL

● A mulher seria fisiologicamente inerte e passiva, sendo mais adaptável e mais obediente à lei do que
RE

o homem, sendo certo que o grave problema das mulheres é de que seriam engenhosas, frias,
MO

calculistas, sedutoras, malévolas, características que não impulsionam as mulheres instintivamente


ao delito, mas fazem-nas cair na prostituição.
E
QU

● Para Lombroso, as características comuns das criminosas: assimetria craniana e facial, mandíbula
I

acentuada, estrabismo, dentes irregulares e, assim como os médicos medievais, chegou a


ON

conclusões a partir do clitóris, dos pequenos e grandes lábios vaginais.


M

● Retoma as ideias inquisitoriais da inferioridade da mulher;


56

● A prostituta é o melhor exemplo de delinquente feminina, sendo certo que a prostituição, para
86
3

Lombroso, decorre de uma inevitável predisposição orgânica à loucura moral decorrente de


95

processos degenerativos nas linhas hereditárias antecedentes da prostituta.


38

● Mulheres seriam perigosas por sua similitude com o homem e por ter rompido com o padrão de
11

comportamento tradicional feminino.


RT

2.4 Teoria da reação social e Criminologia crítica:


LA

● São promovidos estudos sobre as diferentes formas como o sistema de justiça criminal atua sobre a
U

mulher, nos marcos da ideologia capitalista e patriarcal.


GO

● A criminalização incide de forma seletiva e estigmatizante sobre a pobreza e a exclusão social,


I
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majoritariamente masculina e apenas residualmente feminina.


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● A criminologia crítica faz uma denúncia do sexismo e androcentrismo nas análises criminológicas,
além da reivindicação de uma epistemologia feminista, pensando nas formas de se concretizar a

RT
reflexão sobre o sistema de opressão sexo-gênero para pensar nas situações vividas por mulheres

A
UL
enquanto sujeitos ativo e passivo de crimes.

GO
1. Mulheres enquanto vítimas

LLI
● Os movimentos feministas como um todo têm como semelhança a proposta de nomear a violência de

RE
gênero, no sentido de não ser uma violência qualquer, mas sim uma violência de gênero que tem

MO
matrizes estruturais e tem a ver com a dominação masculina.
● Além da nomeação, alguns movimentos de mulheres reivindicam pelo incremento da punição destes

UE
crimes, convocando o direito penal para resolver ou contornar a situação de violência de gênero.

IQ
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2. Mulheres enquanto autoras.
● No que se refere ao sistema de presídios femininos no Brasil, é possível perceber que existe um sistema

6M
de dominação singular no aprisionamento de mulheres.

65
● A criminalização das mulheres também estava marcada pela seletividade, porque as mulheres que
38
compunham estes espaços eram sobretudo negras, trabalhadoras, prostitutas, refletindo o racismo, o
95
classismo e o controle de sexualidade na forma como o sistema penal opera.
38

21934

● A criminologia feminista, tratando da epistemologia que discute as relações de poder colocadas dentro
11

do sistema sexo-gênero, propõe-se a pensar na condição particularizada de mulheres previstas


RT

enquanto autores de crimes, não para traçar um perfil da dona delinquente, como se fazia na produção
LA

21934

de Lombroso, mas para discutir porque a reação social se conduz contra essas mulheres jovens, negras,
OU

solteiras, com filhos e baixíssima escolaridade que estão fazendo o varejo de pequeníssima
IG

quantidade de droga.
LL
RE

4.2 Criminologia Queer


MO

1. Emerge nos Estados Unidos no final da década de 1990. Os movimentos sociais operam na dupla
E
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perspectiva: (i) política, como movimento orgânico e representativo, na defesa de pautas


I

emancipatórias positivas e negativas; e (ii) teórica, como tendência acadêmica na construção de um


ON

sistema crítico de interpretação capaz de compreender os processos de violência e de exclusão da


M

intolerância em todas as suas especificidades: misoginia, homofobia e racismo.


56

2. Pode ser identificado como um movimento acadêmico com forte inserção política, cujo foco de análise
3 86

reside nos processos pelos quais a heterossexualidade manteve-se silente, mas salientemente, como
95

norma dominante (heteronormatividade) que estabelece privilégios, promove desigualdades e


38

legitima violências e opressão.


11

3. Resistência à heteronormatividade: A teoria queer procura desestabilizar algumas zonas de conforto


RT

culturais criadas pelo heterossexismo, que se estabelecem historicamente como dispositivos de


LA

regulação e de controle social.


U

• O heterossexismo é a discriminação e a opressão baseada em uma distinção feita em relação à


GO

orientação sexual, tomando como dado que todo mundo é heterossexual.


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A naturalização da norma heterossexual cria automaticamente mecanismos de saber e de poder
nos quais a diferença é exposta como um desvio ou uma anomalia.

RT
• Definido o comportamento ou o modo de ser desviante a partir da regra heterossexual, o controle

A
UL
social formal é instrumentalizado nos processos de criminalização e de patologização da diferença.

GO
3. Níveis de violência heterossexista: O complexo processo de violência heterossexista pode ser
decomposto em três níveis fundacionais que configuram as culturas heteromoralizadoras e

L LI
heteronormalizadoras:

RE
● Violência simbólica (cultura homofóbica) - Construção social de discursos de inferiorização da

MO
diversidade sexual e de orientação de gênero.

UE
● Violência das instituições (homofobia de Estado) - Criminalização e a patologização das identidades
não heteronormativas.

IQ
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● Violência interpessoal (homofobia individual) - Tentativa de anulação da diversidade por meio de
atos brutos de violência real.

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4.3 Criminologia Racial
38 21934
95
1. O sistema é estruturalmente formulado para punir pessoas pobres, mas, sobretudo, para punir pessoas
38
11

negras.
2. Criminologia racial no Brasil:
RT

● De acordo com Nina Rodrigues, o Brasil era21934dividido em graus de pureza racial, segundo as
LA

características das raças e a possibilidade de civilização destas raças relacionada aos climas. Com base
OU

na composição demográfica das regiões do Brasil, percebeu que havia uma distribuição diferente
IG

entre as regiões, havia mais negros e índios no nordeste e mais pessoas brancas na região sul.
LL

● Concluiu que existe uma divisão de raças no Brasil, sendo esta divisão determinada pelo clima: pessoas
RE

brancas têm mais afinidade ao clima menos quente.


MO

● A inferioridade do negro em relação ao branco era, para Nina Rodrigues, absolutamente natural,
sendo um produto da marcha desigual do desenvolvimento filogenético da humanidade nas suas
E
QU

diversas divisões ou seções.


I
ON

● A mestiçagem era um fato que não extinguia a pureza das raças, de modo que existiam diferentes
graus de mestiçagem que conviviam com os tipos puros (branca, negra, indígena). Havia uma ampla
M

tipologia das raças (ex. índios selvagens, negros tomados às hordas, mestiço, mulato, cabra).
56
86

● A mestiçagem apaga os elementos físicos e morais positivos das raças inferiores. Ou seja, as raças
3

não brancas eram inferiores e o cruzamento das raças inferiores com as raças brancas só faz com que
95

as pessoas mestiças somente carreguem as qualidades negativas das raças inferiores. A conclusão é
38

de que pessoas mestiças têm uma maior propensão ao cometimento de crimes.


11

● A inferioridade das raças, que tem causas múltiplas, explica a criminalidade brasileira. Os mestiços
RT

não são todos criminosos, mas aqueles que são, o são por conta da degenerescência causada pela
LA

mestiçagem.
U
GO

● Além disto, Nina Rodrigues sustenta que o controle social é importante para defender as raças
superiores, à luz de uma defesa social de que existe uma camada da população que precisa se defender
I
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destes seres marcados pelo atavismo.


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1. Criminologia racial à luz da Criminologia crítica
● Os trabalhos da criminologia crítica concentram seus esforços de análise nas assimetrias reproduzidas

RT
pelo aparato de controle penal a partir das categorias de classe e, mais recentemente e ainda de

A
UL
maneira mais tímida, gênero, secundarizando-se a categoria da raça.

GO
● Tanto o racismo quanto o patriarcalismo são sistemas de opressão que antecedem e se distinguem da
opressão classista, devendo ser analisados de maneira específica. O racismo, por certo, está

LLI
intimamente relacionado aos processos de hierarquização da força de trabalho, convertendo-se no

RE
pilar de justificação das assimetrias instauradas no interior de uma sociedade de classes.

MO
● Nesse sentido, analisar as funções desempenhadas pelo sistema penal exclusivamente pelo viés da
classe implica em negligenciar outras dimensões de opressão, a exemplo do patriarcado e do racismo,

UE
que instrumentalizam inclusive as relações classistas, em especial em um país com uma formação

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histórica tão atrelada e dependente destas condicionantes como o Brasil.
● A clientela do sistema penal está originalmente conformada pelo racismo, que aparece como grande

6M
âncora da seletividade.

65
● A obsessão pelo controle dos corpos negros e o projeto de extermínio que com a abolição da
38
escravatura passa a compor a agenda política do Estado são os vetores mestres que ainda hoje balizam
95
a atuação do sistema penal.
38

● Nesse sentido, é pelo fundamento de elaborações de uma criminologia racista, que enxerga o
11

segmento negro pela sua inferioridade e periculosidade, que se dá a sobrevivência dos suplícios e das
RT

arbitrariedades nas alcovas do sistema penal. 21934


LA
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4.4 Criminologia Verde


IG
LL

1. Origens remontam à década de 1990, sobretudo a partir do trabalho de Michael Lynch. O foco principal
RE

é o estudo dos danos ambientais desde uma definição de “verde” proveniente dos movimentos de
MO

justiça ambiental (movimentos ecofeministas, antirracistas e comunistas).


2. A criminologia crítica é a base epistemológica da criminologia verde: Na construção social do crime
E
QU

ambiental enquanto objeto de estudo estão incluídas as estruturas que atravessam a economia política
I

do crime, por um lado, e as dinâmicas raciais, coloniais e patriarcais que envolvem o domínio do capital
ON

sobre a natureza, por outro.


M

3. Assim, a criminologia verde possui como bases de sustentação: (i) a denúncia ao sistema capitalista
56

com os conflitos ambientais; e (ii) a aplicação da punição.


3 86

4. Conflito ambiental: Não se fala em desastre ou dano ambiental, mas sim em conflito ambiental. Isto
95

porque, enquanto desastres ou danos são efeitos da força da natureza, os conflitos ambientais são
38

consequências de atos de pessoas humanas, sobretudo capitalistas, que têm responsabilidade.


11

● Os sujeitos passivos são as massas exploradas e dominadas historicamente.


RT

● A pauta é de denunciar que o desastre é, em verdade, um conflito social praticado por certos sujeitos
LA

ativos em desfavor de certos sujeitos passivos historicamente marginalizados, razão pela qual se
U

reivindica o aumento da punição destes atos e, por isto, tem relação com a criminologia crítica.
GO

● Para esta corrente da criminologia verde, é necessário inverter a lógica do poder punitivo: Se
I
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historicamente o poder punitivo recai sobre as classes subalternas, dentro do que o capitalismo produz
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em termos de marginalização, a criminologia verde – assim como a criminologia crítica – defende que
a criminalização deve recair sobre os exploradores, pautando uma lei de crimes ambientais que

RT
possa atingir corporações, entidades, Estado e, ao mesmo tempo, minimizar os efeitos em desfavor

A
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das pessoas socialmente mais atingidas pelos conflitos.

GO
4.5 Criminologia Cultural e Clínica

LLI
RE
• Criminologia cultural – Jeff Ferrel, Clinton Sanders, Keith Havward, Mike Presdee e Jock Young

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1. Essa abordagem teórica olha para o crime e as agências de controle como produtos culturais. Eles
acreditam que a cultura é fluida e em constante mudança, e, portanto, o crime e a repressão ao delito

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são processos culturais. Isso significa que o significado do crime é construído com base em símbolos
compartilhados e interpretações coletivas.

6M
2. Alguns livros importantes sobre esse assunto são:

65
• "Crimes of Styles" (1993)
• "Urban Graffiti: Crime, Control and Resistance" (1995) 38
95
• "Cultural Criminology" (1995)
38

• "Cultural Criminology" (2008).


11

3. Uma das críticas dos teóricos da criminologia cultural refere-se ao fundamentalismo metodológico da
RT

criminologia ortodoxa, em que há a prevalência21934de pesquisas quantitativas, haja vista a ênfase na


LA

produção de dados estatísticos sobre o crime e o controle social ter provocado a desumanização
21934 dessas
OU

experiências humanas. Dessa forma, a criminologia cultural sustenta a adoção de metodologias de


IG

aproximação do pesquisador com o crime e o controle social.


LL

• Principais métodos de pesquisa: etnografia e a observação participante.


RE

• Abordagem essencialmente interdisciplinar, valendo-se de um variado instrumental de análise,


MO

oriundo da interlocução não apenas entre a Criminologia, a Sociologia e o Direito Penal, mas
também com estudos culturais, midiáticos e urbanos, filosofia, teoria crítica pós-moderna, geografia
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humana e cultural, antropologia, estudos dos movimentos sociais e abordagens de pesquisa ativa.
I

4. Essa vertente criminológica afirma ser necessária uma consciência crítica da dinâmica cultural das
ON

sociedades moderna.
M

• A criminologia cultural não restringe sua análise ao crime e à justiça criminal, abarcando a
56
86

representação que o crime apresenta na mídia, desvios não criminalizados de políticos e das elites
3

financeiras, exploração pela mídia de desvios emocionais de vítimas, etc.


95

• A mídia e as redes sociais ostentam grande impacto na construção da imagem do crime, na medida
38

em que são responsáveis por difundir as percepções sobre o fenômeno criminal, de sorte a fazer
11

com que a cultura do crime passe a ser o próprio crime.


RT
LA

• Criminologia Clínica
U
GO

1. A criminologia clínica ou microcriminologia é uma abordagem que se concentra em entender o


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criminoso em um nível pessoal. Utiliza conceitos, conhecimentos e métodos de investigação médica,


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psicológica e sociológica para analisar a conduta criminosa, personalidade e o chamado "estado
perigoso" do indivíduo.

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• Busca prever o que pode acontecer no futuro – prognóstico

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• Propõe estratégias de intervenção - têm como objetivo ajudar a pessoa a superar ou conter suas

GO
tendências criminosas e evitar a reincidência através do tratamento.
2. Em resumo, essa abordagem busca conhecer profundamente o criminoso, compreender as razões

LLI
que o levaram a cometer crimes e, mais importante, foca no tratamento do preso durante o cumprimento

RE
de sua pena para promover sua ressocialização na sociedade.

MO
5. MODELOS DE PREVENÇÃO E REAÇÃO AO FENÔMENO CRIMINAL

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5.1 Modelos de Prevenção

6M
PREVENÇÃO PRIMÁRIA PREVENÇÃO SECUNDÁRIA PREVENÇÃO TERCIÁRIA

65
38
Atuam na raiz do problema, antes Atua onde o crime se manifesta, se
95 Medidas de execução penal.
da sua ocorrência. exterioriza, após a ocorrência do crime
38

ou em sua iminência → zonas quentes


11

de criminalidade, ou seja, de forma


concentrada.
RT

Destinadas a conscientização de Dirigidas a grupos 21934


que apresentam Incide sobre o apenado, visando
LA

toda a sociedade, assegurando aos maior risco de sofrer ou praticar o impedir a reincidência e permitir a
OU

cidadãos direitos e garantias delito. sua ressocialização.


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fundamentais.
LL

Medidas de longo prazo. Medidas de médio e curto prazo


RE
MO

No âmbito da prevenção da pena (Direito Penal), ainda cabe a seguinte classificação:


E

PREVENÇÃO GERAL PREVENÇÃO ESPECIAL


QU

A pena se dirige à sociedade, intimidando os Atenta para o fato de que o delito é instado por
I
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propensos a delinquir. fatores endógenos e exógenos, de modo que


M

busca alcançar a reeducação do indivíduo e sua


56

recuperação.
86

✓ Negativa: função de dissuadir os ✓ Negativa: voltadas à eliminação ou


3

possíveis delinquentes da prática de neutralização do delinquente perigoso.


95

21934
delitos futuros através da ameaça de
38

pena, ou predicando com o exemplo do


11

castigo eficaz.
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✓ Positiva: que assume a função de ✓ Positiva: dirigidas à reeducação do


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reforçar a fidelidade dos cidadãos à delinquente.


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ordem social a que pertencem.


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5.2 Modelos de Reação Social

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A ocorrência de ação criminosa gera uma reação social (estatal) em sentido contrário, no mínimo,

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proporcional àquela. Da evolução das reações sociais ao crime prevalecem hodiernamente três modelos:

GO
dissuasório, ressocializador e restaurador (integrador).
1. Modelo Dissuasório (Direito Penal Clássico): repressão por meio da punição ao agente criminoso,

LI
mostrando a todos que o crime não compensa e gera castigo. Aplica-se a pena somente aos imputáveis

L
RE
e semi-imputáveis, pois aos inimputáveis se dispensa tratamento psiquiátrico.
21934

MO
2. Modelo Ressocializador: intervém na vida e na pessoa do infrator, não apenas lhe aplicando uma
punição, mas também lhe possibilitando a reinserção social. Aqui a participação da sociedade é

UE
relevante para a ressocialização do infrator, prevenindo a ocorrência de estigmas.

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3. Modelo Restaurador (Integrador): recebe também a denominação de “Justiça Restaurativa” e

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procura restabelecer, da melhor maneira possível, o status quo ante, visando a reeducação do infrator,

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a assistência à vítima e o controle social afetado pelo crime. Gera sua restauração, mediante a
reparação do dano causado.

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