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Sumário
DIREITO ADMINISTRATIVO ................................................................................................................................ 5
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1. DIREITO ADMINISTRATIVO: CONCEITO, EVOLUÇÃO HISTÓRICA, FONTES, MÉTODOS E CRITÉRIOS
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INTERPRETATIVOS, RELAÇÃO COM OUTROS RAMOS DO DIREITO ................................................................... 5
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1.1 Conceito: Critérios Da Administração Para Definição Do Direito Administrativo ................................... 5
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1.2 Evolução Histórica ................................................................................................................................... 5
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1.3 Fontes Do Direito Administrativo............................................................................................................ 6
MO
2. PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO ................................................................................................... 6
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3. A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA: ENTIDADES E ÓRGÃOS. CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS
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PÚBLICOS. DESCONCENTRAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVAS. ENTIDADES INTEGRANTES DA
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DESCENTRALIZADA ................................................................................................ 9
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3.1 Descentralização X Desconcentração ..................................................................................................... 9
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3.2 Órgãos Públicos ..................................................................................................................................... 10
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3.3 Administração Indireta .......................................................................................................................... 11
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5.5 Remuneração............................................................................................................................................. 21
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7.2 Atributos Do Ato Administrativo ........................................................................................................... 26
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7.3 Fases De Constituição Do Ato Administrativo ....................................................................................... 27
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7.5 Espécies De Atos Administrativos ......................................................................................................... 27
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7.5 Extinção Dos Atos Administrativos ....................................................................................................... 28
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8. LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS ................................................................................... 28
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8.1 Tipos De Licitação – Critério De Julgamento Das Propostas ................................................................. 30
MO
8.2 Desempate Na Licitação E Margem De Preferência ............................................................................. 30
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8.3 Agente De Contratação E Comissão De Contratação ............................................................................ 31
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8.4. Modalidades Licitatórias ...................................................................................................................... 31
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8.5 Procedimentos Licitatórios ................................................................................................................... 32
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8.6 Dispensa E Inexigibilidade Da Licitação ................................................................................................. 35
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9. SERVIÇOS PÚBLICOS .................................................................................................................................... 36
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9.1 Usuário Do Serviço Público ................................................................................................................... 36
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9.4 Permissão De Serviço Público ............................................................................................................... 38
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10.6 Responsabilidade Por Atos Legislativos E Jurisdicionais ..................................................................... 42
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4. Petição Inicial: Deve existir individualização da conduta; apontamento dos elementos probatórios
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CRIMINOLOGIA ................................................................................................................................................ 50
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1. CONCEITO, MÉTODO, OBJETO E FINALIDADE DA CRIMINOLOGIA .............................................................. 50
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1.1 Conceito ................................................................................................................................................ 50
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1.2 Método .................................................................................................................................................. 50
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1.3 Objetos .................................................................................................................................................. 51
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1.3.1 Delito ...................................................................................................................................................... 51
1.3.2 Criminoso ................................................................................................................................................ 51
MO
1.3.3 Vítima ..................................................................................................................................................... 52
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Controle Social ................................................................................................................................................. 54
1.4. Finalidade ............................................................................................................................................. 54
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2. CRIMINOLOGIA DO CONSENSO E DO CONFLITO ......................................................................................... 55
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2.1 Escola de Chicago e Ecologia Criminal .................................................................................................. 55
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2.2 Teoria da Associação Diferencial........................................................................................................... 56
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2.3 Teoria da Anomia .................................................................................................................................. 57
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2.5 Teoria do Labelling Approach (Interacionismo Simbólico, Etiquetamento, Rotulação ou Reação Social)
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..................................................................................................................................................................... 58
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DIREITO ADMINISTRATIVO
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1. DIREITO ADMINISTRATIVO: CONCEITO, EVOLUÇÃO HISTÓRICA, FONTES, MÉTODOS E CRITÉRIOS
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INTERPRETATIVOS, RELAÇÃO COM OUTROS RAMOS DO DIREITO
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1.1 Conceito: Critérios Da Administração Para Definição Do Direito Administrativo
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1. Corrente Legalista/Exegética/Empírica: Conjunto da legislação administrativa existente no país.
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Limitava-se a fazer compilação de leis e desconsiderava doutrina e jurisprudência.
2. Critério do Poder Executivo/Italiano/Subjetivista: Toda a atuação do Poder Executivo.
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3. Critério das Relações Jurídicas: Relações jurídicas entre a Administração e o particular.
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4. Critério do Serviço Público (França): Instituição, organização e prestação do serviço público.
● Sentido amplo (Leon Duguit): todas as atividades21934do Estado;
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● Sentido estrito (Gaston Jeze): apenas atividades materiais (satisfação das necessidades coletivas).
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5. Critério Teleológico/Finalístico: Atuação do Estado com finalidade pública.
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6. Critério Negativista: Conceito por exclusão, abrangendo tudo que não era função legislativa e
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jurisdicional.
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7. Critério Funcional: Função administrativa, esteja ela sendo exercida pelo Executivo, Legislativo,
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1. Direito administrativo: pode ser definido como conjunto harmônico de princípios que regem os
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órgãos, os agentes e a atividade pública para realização dos fins desejados pelo Estado de forma
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1. Administração Pública:
• Em sentido amplo: compreende a função política + função administrativa.
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1. Administração Patrimonialista: Não havia diferença entre os interesses pessoais dos agentes
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3. Administração Gerencial: É o modelo adotado na Administração moderna. Busca superar o modelo
burocrático por meio da adoção do princípio da eficiência, que tem as seguintes consequências
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principais: utilização do controle de resultados substituindo o controle de meios; maior autonomia
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dos agentes/órgãos/entidades públicas; serviço orientado para o cidadão; utilização de indicadores
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de desempenho.
Obs.: Administração Pública Dialógica (Ronny Charles): É uma tendência identificada em algumas
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atividades administrativas, que consiste na abertura de diálogo com os administrados, permitindo que eles
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colaborem com a atividade.
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1.3 Fontes Do Direito Administrativo
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FONTE PRIMÁRIA 1) Lei - em sentido material/amplo: qualquer espécie normativa
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1) Jurisprudência 21934
FONTES 2) Doutrina
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SECUNDÁRIAS 3) Costumes - secundum legem e praeter legem
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4) Princípios Gerais do Direito
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1) Constituição
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Pública.
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● Princípio da Motivação
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agente público somente poderá fazer o que proclama a lei. Assim, não havendo previsão legal, está
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proibida a atuação do ente público e qualquer conduta praticada de forma arbitrária por ele.
Desdobramentos do princípio da legalidade:
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• Supremacia da lei: A lei prevalece e tem preferência sobre os atos da Administração. Relaciona-
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se com a doutrina da NEGATIVE BINDUNG (VINCULAÇÃO NEGATIVA), segundo a qual a lei
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representa uma limitação à vontade do Administrador.
• Reserva de lei: o tratamento de certas matérias deve ser formalizado necessariamente pela
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legislação. Relaciona-se com a POSITIVE BINDUNG (VINCULAÇÃO POSITIVA), que condiciona a
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validade da atuação dos agentes públicos à prévia autorização legal.
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ATENÇÃO AOS CONCEITOS:
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I) Juridicidade: Compatibilidade com todo ordenamento jurídico;
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II) Legalidade: Compatibilidade com as exigências formais ou padrões materiais da lei;
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III) Legitimidade: Exige não só as formalidades prescritas ou não defesas em lei, mas a adequação aos
princípios da boa administração, dentro de padrões razoáveis e morais, e aos princípios constitucionalmente
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reconhecidos;
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IV) Economicidade: Foco no binômio custo/ benefício em face do meio utilizado para satisfação social, junto
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O que é o PRINCÍPIO DA RESPONSIVIDADE? Determina que, ao atuar, a Administração não obedeça apenas
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os anseios da população.
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2. IMPESSOALIDADE: A atuação da administração pública deve ser imparcial, não visando beneficiar ou
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prejudicar pessoa determinada, tendo em vista que a sua atuação está voltada à busca do interesse
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• Igualdade ou Isonomia.
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administrativa, ou seja, a atuação não corrupta dos gestores públicos, ao tratar com a coisa de
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titularidade do Estado.
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4. PUBLICIDADE: Impõe a divulgação e exteriorização dos atos do poder público, guardando relação com
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o princípio democrático, ao possibilitar o controle social sobre os atos públicos. A publicidade também
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representa condição de eficácia dos atos administrativos, de modo que estes só começam a produzir
efeitos a partir de sua publicidade.
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5. EFICIÊNCIA (inserido pela EC 19/98): Exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza,
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perfeição e rendimento funcional. Sua aplicação orienta e serve de fundamento para a construção de
uma concepção de Administração Pública Gerencial.
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➢ Obs.: A concretização dos resultados deve ser realizada por meio de processo político-participativo.
A implementação da eficiência administrativa depende, por exemplo, da adoção de medidas de
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desburocratização, de inovação, de transformação digital e da participação do cidadão, na forma
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indicada na Lei 14.129/2021 que dispõe princípios, regras e instrumentos para o Governo Digital e
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para o aumento da eficiência pública.
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6. PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE: Para os administrativistas, o princípio da
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proporcionalidade está embutido no princípio da razoabilidade, pois prevalece a tese de fungibilidade
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dos princípios. A proporcionalidade subdivide-se em 03 subprincípios:
• Adequação ou idoneidade;
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• Necessidade ou exigibilidade;
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7. PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA OU SINDICABILIDADE: A administração pública tem a prerrogativa de rever
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os seus próprios atos independentemente de provocação, seja para revogá-los ou para anulá-los.
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Cuidado: Não confundir autotutela com tutela!
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● Autotutela: Autoriza a administração a realizar controle dos seus atos, podendo anular os ilegais e
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finalístico).
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primário, que consiste na necessidade de satisfação das necessidades coletivas e o interesse público
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secundário que é o do próprio Estado, enquanto sujeito de direitos e obrigações, ligando-se à noção de
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interesse do erário.
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fato e de direito que determinaram a prática do ato (art. 2º, parágrafo único, VII, da Lei n. 9.784/99),
sendo condição de validade do ato. Trata-se de um mecanismo de controle sobre a legalidade e
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administrativo.
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"ad nutum") de cargos comissionados. No entanto, se mesmo essa motivação sendo “desnecessária”,
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a Administração optar por motivá-la, estará vinculada aos motivos que explicitou no ato, em
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decorrência da chamada: TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES. Isso porque os motivos vinculam
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enunciação dos motivos X intenção declarada pelo agente como justificativa para a prática do ato.
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10. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA E LEGÍTIMA CONFIANÇA: Estabilização do ordenamento jurídico
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(proteção à coisa julgada, ao direito adquirido e ao ato jurídico perfeito – sentido objetivo. Proteção à
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confiança das pessoas em relação às expectativas geradas por promessas e atos estatais. É princípio
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autônomo – sentido subjetivo.
a) Segurança jurídica x Legítima confiança:
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• Segurança jurídica: possui caráter amplo, aplicado às relações públicas e privadas.
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• Legítima confiança: tutela apenas a esfera jurídica do particular, protegendo-o da atuação
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arbitrária do Estado.
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b) Quando NÃO se aplica o princípio da confiança legítima:
● Hipóteses de má-fé do administrado;
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● Quando existir mera expectativa de direitos pelo interessado (ex. concessão de liminar, de
caráter precário, que possa ser revista).
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11. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO (art. 6º, §1º, Lei 8987/95): Em regra, a atuação
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administrativa, buscando atender da melhor forma o interesse público, deve ser prestada de forma
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contínua, ou seja, sem interrupções, motivo pelo qual o princípio da continuidade veda a interrupção
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na prestação dos serviços públicos. EXCEÇÃO: É possível o corte no fornecimento do serviço em caso
de emergência ou, após prévio aviso, nas hipóteses de: razões de ordem técnica ou de segurança das
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(criam centros de competência em seu interior). Ou seja: O Estado distribui e especializa as funções e
atividades estatais dentro da sua própria estrutura.
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• Criação de órgãos públicos: A desconcentração acarreta a criação de órgãos estatais, sem que haja
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a criação de uma nova pessoa jurídica, pois se trata de mera divisão interna.
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3.1.2. DESCENTRALIZAÇÃO: O Estado transfere a execução da atividade para outra pessoa, seja física ou
jurídica, integrante ou não da Administração. Enquanto a desconcentração ocorre dentro de apenas uma
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1. Características da Descentralização:
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2. Espécies de Descentralização:
a) Descentralização por Outorga (descentralização legal, por serviços ou funcional): transfere a
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execução e a titularidade (doutrina majoritária); destina-se às pessoas jurídicas de direito público
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especializadas; requer lei específica; dá origem às entidades da Administração Indireta.
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b) Descentralização por Delegação (por colaboração): só transfere a execução (e não a titularidade);
entidades de direito privado; formalizada por ato unilateral ou contrato; dá origem às concessionárias
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e permissionárias.
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Obs.: É importante conhecer as formas de controles administrativos: Tutela x Hierarquia.
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▪ NÃO se presume. Depende de Lei. ▪ Inerente à organização interna dos entes
federativos. NÃO depende de previsão legal.
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▪ Pressupõe a existência de duas pessoas ▪ Existe no interior de uma mesma pessoa (fruto
jurídicas, onde uma exerce controle sobre da desconcentração).
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a outra (fruto da descentralização).
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▪ Condicionada pela lei. ▪ Incondicionada, sendo-lhe inerente uma série de
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poderes administrativos.
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1. Conceito: São centros de atribuições que resultam 21934da desconcentração administrativa. Sua criação se
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justifica pela necessidade de especializar as funções, com o intuito de tornar a atuação estatal mais
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eficiente. A principal característica dos órgãos é que eles NÃO possuem personalidade jurídica própria.
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● NÃO podem ser sujeitos de direitos ou de obrigações (pois não possuem personalidade jurídica).
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● NÃO celebram contrato, contudo, o órgão realiza licitação, gestão e exercício do contrato,
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desempenho (art. 37, §8º da CF/88) - entre órgãos públicos e administradores ou entes.
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▪ Órgãos titulares de direitos subjetivos, o que lhes confere capacidade processual para a defesa
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das prerrogativas, bem como competências para defesa de atribuições institucionais. Ex.:
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Órgãos independentes e autônomos podem figurar em juízo, desde que (i) sejam órgãos de
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a) Teoria do Mandato: O agente público é mandatário da pessoa jurídica, sendo a relação construída em
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c) Teoria do Órgão (Teoria da Imputação Volitiva): A manifestação do órgão público é atribuída à pessoa
jurídica à qual ele pertence. Ou seja: quando um agente público, integrante de um órgão público,
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manifesta a sua vontade, na realidade, é a própria pessoa estatal que está agindo.
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3. Criação e Extinção de Órgãos Públicos: A regra é que os órgãos públicos sejam criados e extintos por lei
ordinária. E, em regra, a lei será de iniciativa do chefe do Executivo. Essa exigência aparece na CF em
LLI
(art. 61, §1º; art. 84). No entanto, existem algumas exceções em relação à iniciativa da lei: iniciativa do
RE
Congresso Nacional (art. 48, XI, CF/88); para a criação de órgãos no Poder Judiciário, a iniciativa será
MO
do presidente do próprio TJ (art. 96, II, “c” e “d”, CF/88); no âmbito do MP, a iniciativa para a criação
de órgãos será do chefe da instituição, ou seja, PGJ ou PGR (art. 127, §2º).
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4. Classificação dos Órgãos
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a) Quanto à hierarquia:
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● Independentes: NÃO estão hierarquicamente subordinados a nenhum outro órgão. Ex.:
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Presidência da República, Congresso Nacional, STF.
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● Autônomos: órgãos imediatamente subordinados aos órgãos independentes. Possuem
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autonomia administrativa e financeira (NÃO possuem autonomia política). Ex.: Ministério da
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● Subalternos: órgãos com reduzido poder de decisão, destinado à mera execução de atividades
OU
● Singular: atua pela manifestação de vontade de um único agente. Ex.: Prefeitura, juízo de 1º grau.
RE
● Colegiado (ou pluripessoais): a tomada de decisão é feita de forma coletiva. Ex.: STF.
MO
c) Quanto à estrutura:
● Simples (ou unitário): atua sozinho (um único centro de competência), sem subdivisões em seu
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● Composto: há mais de um órgão atuando em sua estrutura. Ex.: Congresso Nacional (CD + SF).
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• Possuem patrimônio próprio. No momento da sua criação, a entidade responsável transfere parte de
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Sujeitas à supervisão ministerial (e NÃO ao poder hierárquico). Forma de controle que pode ocorrer
por meio de 3 hipóteses: controle finalístico - deve-se assegurar que as entidades da Administração
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Indireta não estão se desviando dos fins previstos nas leis instituidoras; controle político - a
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Administração Direta pode nomear e exonerar livremente os dirigentes das entidades administrativas.
Exceção: dirigentes das agências reguladoras; controle financeiro - exercido pelo Poder Legislativo
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com auxílio do TCU.
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• Necessidade de lei específica
21934 para criação das autarquias e autorização para criação dos demais entes
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da administração indireta, neste caso, sendo imprescindível o registro dos atos constitutivos no
cartório de pessoas jurídicas ou na junta comercial para empresas estatais.
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•
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Criação de subsidiárias também exige lei. NÃO precisa ser lei específica, pois a própria lei que institui
RE
a entidade pode autorizar. Contudo, a lei deve ser minuciosa, trazendo todas as áreas de atuação da
MO
entidade de forma específica (princípio da especialidade). Já a organização pode ser feita através de
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ato administrativo.
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3.3.1 Autarquias
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1. Conceito: São pessoas jurídicas de direito público interno, pertencentes à Administração Indireta,
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criadas por lei específica para o exercício de atividades típicas, próprias do Estado.
2. Características: 38
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● NÃO possuem autonomia política, mas possuem autonomia financeira e de autorregulação.
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● Possuem regime jurídico de Direito Público e são CRIADAS por lei específica (descentralização
por outorga ou descentralização legal).
RT
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3. Espécies de autarquias:
3
b.1. Agências reguladoras: Criadas para controlar e fiscalizar as atividades de interesse da sociedade e
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executadas por particulares ou até mesmo por entidades privadas da Administração Indireta.
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• Parte da doutrina menciona Agências executivas e Associações públicas como espécies de autarquia:
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▪ Agências executivas: São as autarquias e fundações públicas que celebram contrato de gestão
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com o intuito de melhorar sua eficiência e reduzir custos (art. 51 e 52 da Lei 9649/98).
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▪ Associações públicas: Os consórcios públicos (art. 241, CF/88), quando se constituem na forma
de pessoa jurídica de direito público, assumem a forma de autarquia integrante da Administração
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Indireta dos entes federativos consorciados.
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A) AGÊNCIAS REGULADORAS
1. São autarquias com regime jurídico especial, dotadas de autonomia reforçada em relação ao ente
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central, com base em dois fundamentos: Despolitização (desgovernamentalização) e Necessidade de
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celeridade na regulação de determinadas atividades técnicas.
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2. Funções: Exercem funções executivas, normativas e judicantes de Estado, NÃO desempenhando
funções de governo.
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3. Características:
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a) AUTONOMIA ADMINISTRATIVA:
● Nomeação diferenciada dos dirigentes – Nomeados pelo Presidente da República após
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aprovação prévia do Senado para cumprir mandato certo (demais autarquias: demissíveis ad
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nutum e comissionados);
38
● Período de quarentena dos dirigentes – Durante o prazo de 6 meses ficam impedidos de exercer
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atividade no setor regulado, contados da exoneração ou término do mandato, sendo assegurada
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remuneração compensatória.
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● Estabilidade forçada dos dirigentes - Possuem mandato certo de 5 anos, vedada a recondução.
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B) AGÊNCIAS EXECUTIVAS
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1. É uma autarquia ou fundação que recebeu esta qualificação por ter celebrado um contrato de gestão
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com a Administração Pública (art. 37, §8º, CF/88) e por possuir um plano de reestruturação (art. 51
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● A desqualificação da fundação como agência executiva é realizada por decreto, por iniciativa do
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Ministério Supervisor.
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celebração de contrato de gestão com Ministério Supervisor com periodicidade mínima de 01 ano.
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3. Características: pode ter natureza de autarquia ou de fundação pública; é uma autarquia ou fundação
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que temporariamente será agência executiva, enquanto durar o contrato de gestão; busca mais
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eficiência e redução de custos; gozam de dispensa de licitação para celebração de contratos nos limites
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de valor estabelecidos no art. 75, I e II c/c §2º, Lei 14.133/21, cujos limites de valor são duplicados em
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relação aos do art. 75, I e II, da Lei 14133/21, cf. §2º do mesmo artigo.
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C) FUNDAÇÕES PÚBLICAS
1. Pessoas jurídicas sem fins lucrativos, cujo elemento essencial é a utilização do patrimônio para a
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satisfação de objetivos sociais, definidos pelo instituidor. A fundação instituída pelo Estado pode
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estar sujeita ao regime público ou privado, a depender do estatuto da fundação e das atividades
GO
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por ela prestadas.
LLI
FUNDAÇÃO PÚBLICA DE DIREITO PÚBLICO FUNDAÇÃO PÚBLICA DE DIREITO PRIVADO
RE
Autarquias fundacionais. Fundações governamentais.
MO
Estão sujeitas ao regime público. Estão sujeitas ao regime privado.
UE
São criadas por lei específica (são uma espécie de Deve ser editada uma lei específica autorizando que
IQ
autarquia, por isso também chamadas de o Poder Público crie a fundação. Em seguida, será
ON
“fundações autárquicas”). necessário fazer a inscrição do estatuto dessa
fundação no Registro Civil de Pessoas Jurídicas,
6M
quando, então, ela adquire personalidade jurídica.
65
Atividades típicas de Estado. Atividades de conteúdo econômico passíveis de
38
delegação.
95
38
21934
2. Observações importantes:
LL
● Tanto as fundações públicas de direito público quanto as de direito privado possuem imunidade
RE
1. As empresas estatais englobam as empresas públicas (EP) e Sociedades de Economia Mista (SEM).
95
38
São pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública Indireta. São regidas
11
por um regime predominantemente privado, chamado por alguns de regime híbrido, sui generis. Isso
porque, por mais que sejam influenciadas pelo regime privado, possuem características do regime
RT
de direito público.
LA
2. Criação das Estatais: Em regra, a estatal precisa de lei autorizativa para a sua criação, bem como
U
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econômica.
RE
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EMPRESAS PÚBLICAS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
RT
Capital 100% público. Capital misto (maior parte público).
A
UL
Qualquer forma societária. Inclusive com um único Somente sociedade anônima.
GO
sócio ou na forma de sociedade anônima.
Competência: Competência:
LI
L
EP Estadual: Justiça Estadual. SEM Estadual: Justiça Estadual.
RE
EP Federal: Justiça Federal. SEM Federal: Justiça Estadual. Exceções
MO
(serão processadas na Justiça Federal): a) Se
UE
a União intervier como assistente ou
IQ
opoente (Sum. 517, STF); b) Para processar
ON
e julgar MS contra ato ou omissão do
6M
dirigente da sociedade de economia mista
federal, investido em função
65
administrativa.
38
95
38
4. Regime de pessoal: Celetista (CLT), mas, por possuírem um regime jurídico híbrido, se sujeitam à
11
experiência profissional; ter formação acadêmica 21934 compatível; não ser inelegível.
LA
3. Patrimônio: Bens privados, mas sofre modulações de direito público, especificamente no tocante à
OU
prestadoras de serviços públicos não remunerados por preços públicos ou tarifas OU se estatais que
QU
7. Precatório: Somente as empresas públicas e sociedades de economia mista que prestam serviços
públicos submetem-se ao regime de precatórios!
M
56
ATENÇÃO! ECT, embora seja empresa pública, possui tratamento diferenciado, uma vez que: i)
95
38
submetem-se ao regime de Fazenda Pública; ii) possuem imunidade tributária; iii) submetem-se ao
11
1. As entidades do 3º Setor são particulares em colaboração, sem fins lucrativos, que atuam ao lado do
Estado na21934
prestação de serviços públicos e atividades de interesse social, mediante vínculo formal de
I
LL
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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA
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2. Características
● São criadas pela iniciativa privada (“particulares em colaboração”);
RT
● Não integram formalmente a Administração Pública;
A
UL
● A criação depende de lei autorizativa;
GO
● Possuem vínculo legal ou negocial com o Estado;
● Não possuem finalidade lucrativa;
LLI
● Recebem benefícios públicos;
RE
● Possuem regime jurídico de direito privado;
MO
● Adquirem personalidade jurídica com a inscrição do estatuto em cartório próprio;
● Prestam atividades privadas de interesse social (serviços não exclusivos de Estado).
UE
3. Espécies/ Subdivisões do 3º Setor:
IQ
ON
● Sistema ‘S’: Serviços sociais autônomos, tais como o SESI, SESC, SENAI e SENAC;
● Sistema ‘OS’: Organizações sociais, regidas pela Lei 9.637/98;
6M
● OSCIP’s: Organizações da sociedade civil de interesse público, regidas pela Lei 9.790/99;
65
● OSC’s: Organizações da sociedade civil, regidas pela Lei 13.019/14;
● Fundações de apoio. 38
95
4. Foro processual:
38
● É a Justiça Estadual, inclusive para as entidades que formalizam parcerias com a União.
11
● Serviços Sociais autônomos que recebem recursos 21934 federais: Justiça Estadual (SUM 516 STF).
RT
5. Regime de Pessoal: Empregados celetistas (submetem-se à CLT). NÃO se aplica as regras de concurso
LA
21934
público. No entanto, doutrina majoritária e STF entendem que deve haver um processo seletivo
OU
público, objetivo e impessoal, de modo que a contratação obedeça aos princípios constitucionais da
IG
impessoalidade e moralidade.
LL
6. Patrimônio: Bens privados. No entanto, os bens privados adquiridos com recursos públicos sofrerão
RE
7. Licitação
● Licitação entre o Estado e as entidades do 3º setor: Doutrina majoritária entende que não há
E
QU
● Licitação entre o 3º setor e a contratação com terceiros utilizado dinheiro público: Há forte
M
divergência doutrinária. No entanto, as leis das OS (art. 17) e OSCIP (art. 14) adotaram a posição
56
segundo a qual não exige licitação, mas é necessário um procedimento simplificado e objetivo
86
3
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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA
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11
QUALIFICAÇÃO Ato discricionário do Poder Ato vinculado do Poder Público
Público.
RT
COMPETÊNCIA PARA A Ministério ou Órgão Ministério da Justiça.
A
UL
QUALIFICAÇÃO regulador responsável pela
GO
área de atuação da entidade
ÓRGÃO DE DELIBERAÇÃO Presença obrigatória do Presença facultativa de servidor
LLI
SUPERIOR DA ENTIDADE representante do Poder público na composição do
RE
Público. Conselho da entidade.
MO
VÍNCULO JURÍDICO Contrato de gestão. Termo de parceria.
UE
(PARCERIA)
IQ
É mais ampla do que a das
Ensino, pesquisa científica,
ON
organizações sociais, porque
desenvolvimento
6M
ÁREA DE ATUAÇÃO abrange, além de todo o campo de
tecnológico, proteção e
atuação destas últimas, diversas
65
preservação do meio
outras áreas previstas no art. 3.º
ambiente, cultura e saúde. 38 da Lei 9.790/1999.
95
38
5. SERVIDORES PÚBLICOS
E
QU
● Agente público de direito - É aquele que exerce a função pública com vínculo jurídico, formal, válido
86
com o Estado. Há investidura regular nos cargos, empregos e funções públicas. Dividem-se em: agente
3
● Agentes públicos de fato - É aquele que exerce a função pública SEM vínculo jurídico, formal, válido
38
11
estabelecido com o Estado, buscando atender o interesse público. INEXISTE investidura prévia em
cargo, emprego ou função pública. Dividem-se em: agente de fato putativo - é aquele que exerce a
RT
função pública numa situação de normalidade; agente de fato necessário - é aquele que exerce a
LA
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IGO
LL
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2. Agentes políticos: Agentes públicos que atuam no exercício da função política de Estado. São servidores
estatutários, que NÃO possuem vínculo contratual com o Estado. Seriam os detentores de mandato
RT
eletivo, secretários e Ministros de Estado.
A
UL
Obs.: Tem crescido no STF interpretação no sentido de que, embora os agentes políticos não se submetam
GO
à vedação ao nepotismo, é necessário analisar, se o agente nomeado possui a qualificação técnica
necessária ao seu desempenho e se não há nada que desabone sua conduta.
LI
L
RE
3. Particulares em colaboração com o poder público: Todos aqueles que, sem perder a qualidade de
MO
particulares, atuam em nome do Estado, mesmo em caráter temporário ou ocasional. Dividem-se em:
designados, voluntários, delegados e credenciados.
UE
IQ
ON
5.2 Servidores Públicos (Agentes Administrativos)
6M
5.2.1 Servidores Temporários
65
38
Contratados para atendimento, em caráter excepcional, de necessidades NÃO permanentes dos
95
órgãos públicos, devendo cumprir os seguintes requisitos (art. 37, IV, CF/88):
38
a) SERVIÇO TEMPORÁRIO - Lei de contratação temporária não pode prever hipóteses genéricas nem a
11
Obs.: O STF decidiu que os servidores temporários podem ser contratados para o desempenho de
LA
21934
b) INTERESSE PÚBLICO, devidamente justificado pela autoridade pública responsável pela contratação;
LL
c) EXCEPCIONALIDADE DA CONTRATAÇÃO.
RE
MO
5.2.2 Celetistas
E
QU
Salvo em casos excepcionais, esse tipo de contratação se limita aos entes de direito privado
I
pois apesar de eminentemente privado, o regime celetista não será pautado exclusivamente na CLT.
56
● Os empregados públicos são agentes públicos e, por isso, devem observância aos princípios e regras
3 86
constitucionais relativas aos agentes públicos em geral, tais como: submissão ao concurso público;
95
possuem vínculo permanente com o Estado, por prazo indeterminado; proibição de acumular seus
38
empregos com outros cargos ou empregos públicos, salvo permissivo constitucional; responsabilidade
11
por atos de improbidade administrativa; controle judicial de seus atos pelos remédios constitucionais;
RT
● Características:
U
▪ Unicidade normativa: a União detém competência privativa para legislar sobre direito do trabalho,
GO
logo, lei estadual que proibiu dispensa sem justa causa de empresa estatal estadual é
I
LL
inconstitucional, pela falta de competência do Estado para legislar sobre direito do trabalho.
RE
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▪ Vínculo contratual: os empregados públicos assinam contrato de trabalho.
▪ Competência para processo e julgamento:
21934 Justiça do Trabalho. Cabe à Justiça Comum (estadual
RT
ou federal) julgar ações contra concurso público realizado por órgãos e entidades da
A
UL
Administração Pública para contratação de empregados celetistas. (Info 968, STF). Igualmente cabe
GO
à Justiça Comum julgar ação ajuizada por servidor celetista em que se pleiteia parcela de natureza
administrativa. (Info 1102, STF)
LLI
RE
5.2.3 Servidores estatutários
MO
Possuem vínculo permanente com a Administração, decorrente da lei, de natureza profissional e
UE
prazo indeterminado.
IQ
ON
a) Regime Estatutário:
6M
● É o regime jurídico aplicável aos servidores que ocupam cargos públicos inseridos nas pessoas jurídicas
65
de Direito Público.
38
● STF: NÃO há direito adquirido a regime jurídico. Logo, os direitos instituídos pelo estatuto dos
95
servidores público NÃO se incorporam ao patrimônio jurídico desses agentes.
38
b) Características:
LA
21934
● Pluralidade normativa: Cada ente federativo possui autonomia para disciplinar normas estatutárias
OU
que regem os seus respectivos servidores, sendo a iniciativa das leis do chefe do executivo.
IG
● Vínculo legal: NÃO há contrato de trabalho, mas termo de posse. A ausência de vínculo contratual,
LL
1. Função de Confiança: É uma função sem cargo, função isolada dentro do serviço público, somente
ON
2. Cargo em Comissão: É o cargo comissionado, podendo ser exercido também por servidores de cargo
56
86
efetivo. Cada entidade deverá estabelecer, por lei, um percentual mínimo de cargos em comissão que
3
necessariamente serão preenchidos por servidores efetivos. É possível atribuir cargo em comissão ao
95
servidor ocupante de outro cargo em comissão, desde que de forma interina, caso em que o sujeito
38
1. Provimento Originário: Ocorre quando o indivíduo passa a ocupar o cargo público sem que existisse
qualquer vínculo anterior com o Estado. A única forma de provimento originário é a NOMEAÇÃO em
I
LL
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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA
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2. Provimento Derivado: Ocorre quando o indivíduo passa a ocupar determinado cargo público em virtude
do fato de ter um vínculo anterior com a Administração Pública. Formas de provimento derivado:
RT
a) Promoção: Deslocamento do servidor de um cargo público de classe inferior para ingressar em outro
A
UL
cargo de classe mais elevada, dentro da mesma carreira, quando atendidos os requisitos legais.
GO
b) Readaptação: Deslocamento do servidor de um cargo para outro cargo com o intuito de compatibilizar
o exercício da função pública com a limitação sofrida na capacidade física ou psíquica do servidor
LI
L
público, verificada por perícia.
RE
c) Reversão: Retorno do servidor público aposentado ao cargo, à ativa.
MO
d) Aproveitamento: É o retorno do servidor público estável colocado em disponibilidade para cargo com
atribuições, vencimentos e responsabilidades compatíveis com o cargo anteriormente ocupado.
UE
e) Reintegração: É o retorno do servidor demitido quando comprovada a ilegalidade da sua demissão no
IQ
ON
âmbito de um processo judicial ou administrativo. Se o cargo tiver sido extinto, ficará em
disponibilidade. Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo
6M
de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em
65
disponibilidade.
38
f) Recondução: É o retorno do servidor estável ao cargo de origem tendo em vista a sua inabilitação
95
(inapto ou não obteve a estabilidade) em estágio probatório de outro cargo ou a reintegração de um
38
2. O desligamento dos empregados públicos é feito por dispensa, que precisa ser motivada. Já o
LL
● Demissão: constitui uma penalidade que rompe o vínculo funcional do servidor público que
cometeu um ilícito administrativo grave.
E
I QU
1. A EFETIVIDADE é atributo do cargo público, definido por lei no momento de sua criação, sendo requisito
56
21934
3
2. A aquisição da ESTABILIDADE pressupõe o efetivo exercício da função pelo período de 03 anos. Doutrina
38
e jurisprudência entendem que a avaliação pode ser expressa ou tácita, pois se passados 03 anos de
11
exercício e a avaliação não for realizada pelo Poder Público, presume-se que o servidor foi avaliado e
RT
aprovado.
LA
3. O servidor em estágio probatório, uma vez que ainda NÃO adquiriu a estabilidade, NÃO possui a
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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA
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probatório não pode ser exonerado nem demitido sem inquérito ou sem as formalidades legais de
apuração de sua capacidade.
RT
4. Os servidores estáveis só perderão o cargo nas seguintes hipóteses: sentença judicial transitada em
A
UL
julgado; processo administrativo; procedimento de avaliação periódica de desempenho; exoneração
GO
para corte de gastos (hipótese do art. 169 CF).
5. A VITALICIEDADE é prerrogativa conferida em função dos cargos que exercem e grau de
LLI
responsabilidade. É garantida a permanência no serviço público, somente sendo possível a perda do
RE
cargo por sentença judicial transitada em julgado. Aplica-se ao MP, magistratura e Ministros e
MO
conselheiros dos Tribunais de Contas. Alcance da vitaliciedade: Ministros e Conselheiros dos Tribunais
de Contas; Magistrados; Membros do MP.
UE
6. A maioria dos ocupantes de cargos vitalícios só adquirem a vitaliciedade após estágio de vitaliciamento
IQ
ON
de 2 anos. Porém, a vitaliciedade será concedida automaticamente
21934 a determinado servidores a partir da
investidura no cargo, a exemplo de advogado investido magistrado pelo quinto.
6M
65
5.5 Remuneração
38
95
1. O vencimento ou remuneração deve ser definido mediante lei específica, sendo igualmente necessária
38
para revisão ou alteração do valor remuneratório das carreiras em geral. A iniciativa para a edição de lei
11
2. Valores recebidos por servidores públicos por 21934 força de decisão judicial precária, posteriormente
LA
irredutibilidade é nominal, não havendo garantia da irredutibilidade real. Logo, não é assegurada a
LL
4. Revisão geral anual: O art. 37, X da CF define o direito à revisão geral anual dos vencimentos pagos aos
MO
servidores estatais, devendo ser feita na mesma data e sem distinção de índices. Trata-se de norma de
eficácia limitada, pois exige lei específica. Além disso, a revisão necessita de previsão na LDO, nos moldes
E
QU
da CF e LRF. Assim, a ausência de lei a fixar a revisão geral anual dos vencimentos do servidor configura
I
● STF: Entendeu que, não sendo concedida a revisão, por meio de lei, NÃO compete ao Poder
M
● STF: O não encaminhamento de projeto de lei de revisão anual dos vencimentos dos servidores
86
3
públicos, previsto no inciso X do art. 37 da CF/88, não gera direito subjetivo a indenização.
95
serão embasadas por critérios objetivos, não sendo possível a discriminação de determinada carreira
11
6. O subsídio é a forma de pagamento feito em parcela única, não aceitando nenhum acréscimo
U
patrimonial, a fim de tornar mais clara a retribuição de determinados cargos. É VEDADO aos que
GO
recebem subsídio o acréscimo fixado de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
I
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poder; detentor de mandato eletivo; Ministros e Secretários Estaduais e Municipais; integrantes da
AGU, Procuradores do Estado e Defensores Públicos; Ministros do TCU e servidores públicos policiais.
RT
7. Teto remuneratório:
A
UL
NÃO SE SUBMETEM AO TETO REMUNERATÓRIO:
GO
(1) Verbas de natureza indenizatória: NÃO possuem natureza de acréscimo patrimonial, mas de
reparação ou devolução de valores gastos pelo servidor. Ex.: valores de diárias.
LLI
(2) Direitos Sociais. Ex.: férias, 13º salário, adicional noturno, etc.
RE
(3) Abono de Permanência: destina-se ao servidor que tenha completado as exigências para
MO
aposentadoria voluntária integral.
UE
(4) Remuneração da atividade de magistério: orientação jurisprudencial e doutrinária.
IQ
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5.6 Regime Disciplinar
6M
O regime disciplinar é regulamentado pelas leis de cada ente federativo que tratam do regime
65
jurídico de seus servidores, uma vez que envolve o âmbito de autonomia dos entes federativos.
38
95
ATENÇÃO: Legislação Específica do Estado de São Paulo
38
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11
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6. PODERES ADMINISTRATIVOS
IG
LL
1. É a prerrogativa reconhecida à Administração Pública para editar atos administrativos gerais para a fiel
E
execução das leis, sem inovar no Ordenamento Jurídico. Seu fundamento para a competência do
QU
Presidente encontra-se no art. 84, IV, da CF/88 estende-se, por simetria, a Governadores e Prefeitos.
I
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Explicita a lei para a sua fiel execução. Trata de questão ainda não prevista em lei.
3
Obs.1: Cuidado para não confundir Poder Regulamentar com Poder Regulatório!
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Envolve a edição de normas gerais para Engloba o exercício de atividades normativas,
fiel cumprimento da lei; executivas e judicantes;
RT
Conteúdo político. Conteúdo técnico.
A
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GO
Obs.2: Deslegalização: Consiste na possibilidade do Poder Legislativo, através de lei, transferir para a
LI
Administração Pública a competência para editar normas sobre assuntos cuja complexidade e velocidade de
L
RE
transformação exigem uma nova dinâmica normativa, que possibilita inclusive, o exercício de
discricionariedade técnica. A questão deixa de ser tratada pela lei e passa a ser tratada pelo ato
MO
administrativo. O STF admite, desde que ocorra dentro dos parâmetros estabelecidos na lei.
UE
IQ
6.2 Poder Hierárquico
ON
6M
1. É poder de estruturação interna da atividade pública (dentro da mesma pessoa jurídica), de modo que
65
NÃO existe manifestação de hierarquia externa. Trata-se, portanto, de relação de subordinação
38
administrativa entre agentes públicos, que pressupõe o escalonamento vertical de funções no interior
95
da organização administrativa.
38
11
específico com a Administração, seja de natureza funcional ou contratual. Engloba duas situações: a)
relações funcionais travadas com agentes públicos, independentemente da natureza do vínculo – legal
IG
ou negocial; b) particulares inseridos em relações jurídicas especiais com a administração, mas que não
LL
1. Prerrogativa que tem o Estado de restringir, frenar, limitar a atuação do particular em razão do interesse
I
ON
público. É fruto da compatibilização do interesse público em face do privado. (Ler a definição do art. 78
M
do CTN!). Decorre da supremacia do interesse público, não dependendo 21934para sua manifestação de
56
a) Sentido amplo: compreende toda e qualquer atuação estatal restritiva à liberdade e propriedade;
38
b) Sentido restrito: diretamente relacionada ao exercício da função administrativa. Pode ser: preventiva,
11
repressiva ou fiscalizadora.
RT
2) CONSENTIMENTO DE POLÍCIA
U
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3) FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA
4) SANÇÃO DE POLÍCIA
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4. Limites ao poder de polícia: princípio da legalidade, princípio da proporcionalidade (necessário,
adequado e proporcional em sentido estrito), núcleo essencial dos direitos individuais, o limite do limite
RT
(limitação de liberdades públicas).
A
UL
5. O poder de polícia pode ser delegado?
GO
• O Poder de Polícia é considerado atividade típica de Estado e, portanto, somente pode ser exercido
pelas pessoas jurídicas de direitos público componentes da Administração Direta ou da
L LI
Administração Indireta.
RE
• Nesse sentido, para o STJ e doutrina, as atividades de ordem de polícia e de aplicação de sanções
MO
derivam de indiscutível poder coercitivo do Estado e, justamente por isso, NÃO poderiam ser
UE
delegadas a pessoas jurídicas de direito privado. Por outro lado, as atividades de consentimento e
fiscalização (2º e 3º ciclos do Poder de Polícia) seriam compatíveis com a natureza de uma
IQ
ON
sociedade de economia mista, sendo, em tese, passíveis de delegação.
• O Plenário do STF, no bojo (RE) 633782, com repercussão geral reconhecida (Tema 532) fixou a
6M
seguinte tese: “É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, à pessoas
65
jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital social
38
majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do
95
Estado e em regime não concorrencial”. Nesse sentido, para o STF, além da fiscalização e do
38
11
• DISCRICIONARIEDADE
LA
21934
• AUTOEXECUTORIEDADE
OU
7. ATOS ADMINISTRATIVOS
RE
MO
1. Conceito: É a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos,
E
com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário.
QU
● ATOS DISCRICIONÁRIOS - É aquele ato determinado em lei, em que o dispositivo confere margem
3
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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA
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•
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Cláusula de Reserva
21934 – Como regra geral, o agente delegante NÃO transfere a competência, mas apenas
a amplia, mantendo-se competente após a delegação ao agente delegado. (SUM. 510, STF).
RT
• Vedação à delegação de competência (art. 13, Lei nº 9784/99): DICA: CE NO RA
A
UL
Competência exclusiva, definida em lei – no entanto, é admitida a delegação para a prática de atos
GO
decorrentes de competências privativas de determinado agente público;
Edição de atos normativos – no entanto, o art. 84 CF permite a delegação de algumas atribuições do
LLI
Presidente da República aos Ministros de Estado, AGU e PGR.
RE
Decisão de recurso administrativo;
MO
3. Avocação de competência (art. 15, Lei n° 9784/99): Ocorre quando o agente chama para si a
UE
competência de outro agente, devendo haver a subordinação; decorre da hierarquia; caráter
IQ
temporário e restrito, possuindo como objetivo evitar decisões contraditórias; exige caráter
ON
excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados.
6M
4. Vícios que podem atacar o elemento competência do ato:
a) POR INCOMPETÊNCIA: ocorre por excesso de poder, usurpação de função ou função de fato.
65
b) POR INCAPACIDADE: Tanto nos casos de impedimento (art. 18) como nos de suspeição (art. 20), os
38
atos serão anuláveis, passíveis de convalidação por autoridade que não esteja na mesma situação de
95
38
impedimento ou suspeição.
11
7.1.2 FINALIDADE
1. É o efeito jurídico MEDIATO do ato administrativo, isto é, aquilo que o administrador público quer
RT
2. Todo ato administrativo possui DUAS FINALIDADES: Genérica - Presente em todos os atos, é o
OU
atendimento ao interesse público; Específica - É definida em lei e estabelece qual a finalidade de cada
IG
ato especificamente.
LL
3. É SEMPRE elemento vinculado do ato quanto à finalidade específica, podendo ser discricionário se
RE
7.1.3 FORMA
E
forma importa a inexistência do ato administrativo, já que a forma é instrumento de projeção do ato.
I
ON
O desrespeito às formalidades específicas NÃO gera a inexistência do ato, mas a sua ilegalidade,
devendo ser anulado.
M
56
2. Princípio do Informalismo ou do Formalismo moderado (art. 22, Lei nº 9.784/99). De acordo com o
86
dispositivo legal, os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão
3
quando a lei expressamente a exigir. Por sua vez, o SILÊNCIO ADMINISTRATIVO, diante de
95
determinada situação, NÃO produz qualquer efeito, salvo as hipóteses previstas no próprio texto legal.
38
11
3. Em regra, a forma é sempre elemento vinculado, mesmo nos atos administrativos discricionários,
SALVO se a lei estabelecer mais de uma forma possível para o ato ou for silente quanto à forma a
RT
ser obedecida para a prática de determinado ato, quando então será discricionária.
LA
7.1.4 MOTIVO
U
GO
1. São as razões de fato e de direito que justificam a prática do ato. O motivo é elemento do ato
administrativo que pode ser discricionário. Para que o motivo do ato seja válido, e consequentemente
I
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não haja irregularidades, exige-se que o fato narrado no ato praticado seja real e efetivamente tenha
ocorrido da forma como descrita na conduta estatal (subsunção da norma à situação de fato).
RT
Obs.: MOTIVO X MOTIVAÇÃO: Motivo NÃO é sinônimo de motivação.
A
UL
a) Motivo é um elemento do ato administrativo, a motivação integra a formalização do ato.
GO
b) Motivação é a exposição dos motivos do ato, ou seja, a fundamentação do ato administrativo. Assim, o
ato sem motivação possui um vício no elemento forma.
LI
• O art. 50 da Lei nº 9.784/99 preconiza que a motivação
L
21934
é obrigatória para determinados atos
RE
administrativos.
MO
• A motivação deve ser apresentada anterior ou concomitantemente à prática do ato. Contudo, para o
UE
STJ, é possível a motivação expressa em momento posterior (como na prestação de informações em
mandado de segurança), desde que os motivos sejam idôneos e preexistentes.
IQ
• Segundo a Teoria dos Motivos Determinantes, adotada pelo STJ, a Administração, ao justificar o ato
ON
administrativo, fica vinculada às razões ali expostas, para todos os efeitos jurídicos.
6M
• A motivação aliunde consiste na possibilidade de se adotar a motivação de outro ato administrativo.
65
Na motivação do ato que se pratica, remete-se a outro ato. É admitida no ordenamento jurídico.
38
• Vício consistente na falta de motivação: é vício de forma e pode ser convalidado mediante a
95
38
exposição, em momento posterior, dos motivos idôneos e preexistentes que justificaram o ato.
11
7.1.5 OBJETO
1. É aquilo que o ato dispõe, é o efeito causado pelo ato administrativo no mundo jurídico, em virtude
RT
(presunção juris tantum). Ocorre inversão do ônus da prova dos fatos alegados pelo particular.
2. Presunção de Legitimidade: presume-se que o ato foi editado em conformidade com a lei e o
M
56
ordenamento jurídico (presunção juris tantum). Esse atributo NÃO diz respeito a fatos, mas à
86
desde que dentro dos limites da Lei. NÃO se aplica aos atos ampliativos de direito. NÃO incide para
38
11
atributo não dispensa o respeito ao devido processo legal, com contraditório e ampla defesa.
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7.3 Fases De Constituição Do Ato Administrativo
RT
1. Perfeição (ou existência): cumprimento das etapas previstas em lei, necessárias à formação do ato. O
A
UL
ato perfeito NÃO é retratável, mas pode ser revisado ou anulado (princípio da autotutela).
GO
2. Validade (ou regularidade): é a compatibilidade entre o ato jurídico e o disposto na norma legal. É o
segundo plano de análise dos atos administrativos.
LI
L
3. Eficácia: Consiste na aptidão para a produção de efeitos concedida ao ato administrativo.
RE
• Atos Administrativos Pendentes são os atos perfeitos e válidos que ainda não estão aptos a produzir
MO
efeitos em decorrência da pendência de alguma condição ou termo.
• Efeitos dos atos administrativos:
UE
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IQ
ON
b) Impróprios (atípicos) – Decorrem, de forma indireta, da prática do ato administrativo, embora
não esteja estipulado em sua redação nem seja sua intenção inicial. Podem ser:
6M
I – Efeito Reflexo: atingem uma relação jurídica estranha à tratada no bojo da conduta estatal,
65
gerando consequências a terceiros não previstos diretamente no ato praticado.
38
II – Efeito Prodrômico (efeito preliminar): Efeito por meio do qual se impõe uma nova atuação
95
administrativa diante do início do ato praticado. Logo, quando o primeiro órgão manifesta a sua vontade,
38
11
dando início à formação do ato administrativo, esta conduta tem como efeito impróprio obrigar a
manifestação de vontade do segundo órgão.
RT
LA
21934
1. ATOS NORMATIVOS: São atos gerais e abstratos que geram obrigações para uma quantidade
LL
indeterminada de pessoas. Enseja a produção de normas gerais NÃO podendo inovar no ordenamento
RE
2. ATOS ORDINATÓRIOS: São atos de ordenação e organização interna que decorrem do poder
hierárquico, destinados a produzir efeitos apenas no âmbito da Administração Pública (não atingem
E
QU
particulares). Não geram direitos adquiridos aos seus destinatários, podendo ser revogados a qualquer
I
ON
tempo por quem os expediu. Exemplos: portaria; circular; ordem de serviço; despacho; memorando;
ofícios.
M
3. ATOS NEGOCIAIS: NÃO se trata de contrato administrativo, por emanar de vontade unilateral do poder
56
86
aprovação; homologação.
38
4. ATOS PUNITIVOS: Atos por meio dos quais o Poder Público determina a aplicação de sanções em face
11
5. ATOS ENUNCIATIVOS: Certificam ou atestam uma situação existente, NÃO contendo manifestação de
LA
vontade da Administração. NÃO produzem efeitos e NÃO podem ser revogados. Exemplos: atestado;
U
GO
certidão; apostila ou averbação; parecer - pode ser facultativo ou obrigatório e, em ambos os casos, o
parecer NÃO possui natureza vinculante.
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7.5 Extinção Dos Atos Administrativos
RT
1. RENÚNCIA: É forma de extinção que se aplica somente para atos ampliativos, que geram direitos a
A
UL
particulares, por não ser possível renunciar a obrigações.
GO
2. RETIRADA: É forma de extinção precoce do ato administrativo e ocorre quando a edição de um ato
concreto desfaz uma determinada conduta estatal. Para alguns doutrinadores, é chamada de TEORIA
LLI
DAS NULIDADES.
RE
3. ANULAÇÃO: É a retirada do ato administrativo por motivo de ilegalidade, operando efeitos ex-tunc,
MO
ressalvados os direitos adquiridos de terceiros de boa-fé. Prazo decadencial de 5 anos (contados da
data em que foram praticados). Exceção: comprovada má-fé ou inconstitucionalidade manifesta. Obs.:
UE
esse prazo pode ser aplicado de forma subsidiária, aos Estados e Municípios, se inexistente norma local
IQ
ON
e específica que regule a matéria. Para o STF a Administração pode anular seus próprios atos, quando
ilegais (autotutela).
6M
4. REVOGAÇÃO: Extinção do ato administrativo por motivo de oportunidade e conveniência (razões de
65
mérito). Competência exclusiva da Administração Pública. O Judiciário NÃO possui competência para
38
examinar o mérito do ato administrativo. Possui efeitos ex nunc, mantendo os atos já produzidos. O
95
ato revocatório é secundário, constitutivo e discricionário (revogação é 21934
poder e não dever). NÃO há
38
5. CASSAÇÃO: Ocorre quando o beneficiário do ato deixa de cumprir os requisitos de quando teve o ato
RT
6. CADUCIDADE: Trata-se da extinção do ato administrativo por lei superveniente que impede a
OU
superveniente. Ocorre com a expedição de um segundo ato, fundado em competência diversa, cujos
RE
1. A Lei 14.133/21, em seu art. 2º, dispõe sobre a sua aplicação. Seus termos se aplicam a: alienação e
ON
concessão de direito real de uso de bens; compra, inclusive por encomenda; locação; concessão e
M
informação e comunicação.
95
2. Por outro lado, NÃO se aplica o regime previsto na Lei 14.133/21 a: contratos que tenham por objeto
38
3. Importante ressaltar que a Lei 14.133/21 trouxe novas definições, além de alterar definições constantes
U
• Obras, serviços e fornecimentos de grande vulto: aqueles cujo valor estimado supera
I
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janeiro de 2023 (como o Decreto não pode modificar a lei, da redação da Lei 14.133/21 consta o valor
antigo de R$200 milhões).
RT
• Termo de referência: documento necessário para a contratação de bens e serviços.
A
UL
• Anteprojeto: peça técnica com todos os subsídios necessários à elaboração do projeto básico.
21934
GO
• Matriz de riscos: cláusula contratual definidora de riscos e de responsabilidades entre as partes e
caracterizadora do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, em termos de ônus financeiro
LLI
decorrente de eventos supervenientes à contratação.
RE
• Contratação integrada: regime de contratação de obras e serviços de engenharia em que o contratado
MO
é responsável por elaborar e desenvolver os projetos básico e executivo, executar obras e serviços de
UE
engenharia, fornecer bens ou prestar serviços especiais e realizar montagem, teste, pré-operação e as
IQ
demais operações necessárias e suficientes para a entrega final do objeto.
ON
• Contratação semi-integrada: regime de contratação de obras e serviços de engenharia em que o
6M
contratado é responsável por elaborar e desenvolver o projeto executivo, executar obras e serviços
de engenharia, fornecer bens ou prestar serviços especiais e realizar montagem, teste, pré-operação
65
e as demais operações necessárias e suficientes para a entrega final do objeto.
• 38
Fornecimento e prestação de serviço associado: regime de contratação em que, além do
95
38
fornecimento do objeto, o contratado responsabiliza-se por sua operação, manutenção ou ambas, por
11
tempo determinado.
• Credenciamento: processo administrativo de chamamento público em que a Administração Pública
RT
convoca interessados em prestar serviços ou 21934 fornecer bens para que, preenchidos os requisitos
LA
• Contrato de eficiência: contrato cujo objeto é a prestação de serviços, que pode incluir a realização de
IG
gerada.
MO
• Sobrepreço: preço orçado para licitação ou contratado em valor expressivamente superior aos preços
E
referenciais de mercado, seja de apenas 1 (um) item, se a licitação ou a contratação for por preços
QU
unitários de serviço, seja do valor global do objeto, se a licitação ou a contratação for por tarefa,
I
ON
contrato consistente na aplicação do índice de correção monetária previsto no contrato, que deve
retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais.
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38
•
11
Repactuação: forma de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro de contrato utilizada para
serviços contínuos com regime de dedicação exclusiva de mão de obra ou predominância de mão de
RT
obra, por meio da análise da variação dos custos contratuais, devendo estar prevista no edital com
A
UL
data vinculada à apresentação das propostas, para os custos decorrentes do mercado, e com data
GO
vinculada ao acordo, à convenção coletiva ou ao dissídio coletivo ao qual o orçamento esteja vinculado,
para os custos decorrentes da mão de obra.
LI
L
RE
8.1 Tipos De Licitação – Critério De Julgamento Das Propostas
MO
UE
PRAZOS MÍNIMOS PARA APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS E LANCES
CRITÉRIOS DE JULGAMENTO ou REGIME DE PRAZO MÍNIMO
IQ
ON
EXECUÇÃO
Menor preço Para AQUISIÇÃO de bens: 8 dias úteis
6M
Maior desconto Para OBRAS E SERVIÇOS COMUNS: 10 dias úteis
65
Para OBRAS E SERVIÇOS ESPECIAIS: 25 dias úteis
Melhor técnica ou conteúdo artístico 38
95
38
21934
Técnica e preço
LL
21934
Melhor técnica ou conteúdo artístico
QU
• Na Lei 14.133/21, os prazos só são em dias úteis se a lei assim disser. No mais, são corridos. Exclui o dia
I
ON
de início e inclui o dia final. Se o dia final não for útil, prorroga para o primeiro dia útil subsequente.
M
• Os prazos de intervalo mínimo poderão, mediante decisão fundamentada, ser reduzidos até a metade
56
nas licitações realizadas pelo Ministério da Saúde, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
3 86
95
1. A lei estabelece critérios sucessivos de desempate nas situações em que os critérios de escolha
RT
previamente definidos no edital não são suficientes para a seleção de uma única proposta vencedora.
LA
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2. Em igualdade de condições, se não houver desempate, passam-se aos critérios sucessivos de
RT
preferência, a partir da análise de quem produz/presta os bens e serviços:
A
UL
Empresa Empresa que invista Empresa que adote
GO
estabelecida no em pesquisa e prática de mitigação
Empresa brasileira
respectivo ente desenvolvimento de (redução de gases
LI
federado tecnologia no Brasil poluentes)
L
RE
MO
1. Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida margem de preferência, conforme dispõe o art. 26
UE
da Lei 14.133/21, em relação a: bens manufaturados e serviços nacionais que atendam a normas
IQ
técnicas brasileiras; bens reciclados, recicláveis ou biodegradáveis, conforme regulamento.
ON
2. A margem de preferência não se aplica aos bens manufaturados nacionais e aos serviços nacionais se a
capacidade de produção desses bens ou de prestação desses serviços no País for inferior: à quantidade
6M
a ser adquirida/contratada; aos quantitativos fixados em razão do parcelamento do objeto (art. 26, §5º).
65
8.3 Agente De Contratação E Comissão De Contratação 38
95
38
11
1. Com a Lei 14.133/21, o responsável pela condução da licitação passou a ser o AGENTE DE
CONTRATAÇÃO, isto é, um servidor público especialmente designado pela autoridade, responsável
RT
2. No entanto, em21934
alguns casos, o agente de contratação dará lugar à comissão de contratação. São eles:
IG
licitação que envolva bens ou serviços especiais, (art. 8º, §2º); licitação na modalidade diálogo
LL
3. Comissão de contratação: Ela será formada por, no mínimo, 3 membros, que responderão
MO
solidariamente por todos os atos praticados pela comissão, ressalvado o membro que expressar posição
E
individual divergente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que houver sido tomada
QU
a decisão.
I
ON
QUADRO-RESUMO
3
- Maior retorno
LA
econômico
U
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REVISÃO DE VÉSPERA
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para o trabalho e o prêmio
ou remuneração devido
RT
Leilão Alienação de bens imóveis ou Dispensa fase de - Maior lance, desde que
A
UL
móveis inservíveis ou habilitação e admite igual ou superior ao da
GO
legalmente apreendidos multiplicação das propostas avaliação
pelo interessado.
LI
L
Conduzido pelo leiloeiro
RE
Pregão Aquisição de bens e serviços Não há limitação de valor - Menor preço
MO
comuns (padrões mínimos de nem designação de - Maior desconto
UE
qualidade estipulados no comissão. Conduzido pelo
edital) (com expressão usual pregoeiro. Admite lances
IQ
ON
de mercado) verbais e visa à contratação
de menor custo
6M
Diálogo Obras, serviços e compras em A negociação se limita à
65
competitivo que a AP queira dialogar o fase inicial de negociação
desenvolvimento de 38
do objeto. Uma vez
95
38
21934
LA
21934
2. Consórcios Públicos – É possível a participação de consórcios públicos nas licitações. Contudo, o edital
LL
deve exigir, no que toca à habilitação econômico-financeira, de 10% a 30% do valor exigido do licitante
RE
individual, salvo justificação. Tal acréscimo não se aplica aos consórcios compostos, em sua totalidade,
MO
de ME e EPP. Havendo justificativa técnica aprovada pela autoridade competente, o edital poderá
E
3. Cooperativas - Segundo a Lei 14.133/21 (art. 16), os profissionais organizados sob a forma de
I
ON
ELETRÔNICA - princípio da virtualização dos atos da licitação. Por esse princípio os atos físicos devem
86
ser evitados e, mesmo que praticados, devem ser digitalizados posteriormente. Nesse sentido, também
3
foi criado o PORTAL NACIONAL DE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS – PNCP, que tem a missão de divulgar
95
todas as licitações dos órgãos e entidades da administração direta, autárquica e fundacional da União,
38
11
1. A doutrina majoritária aponta no sentido de que o início da licitação se dá com o ato que instaura o
procedimento administrativo, dando origem ao que se convencionou chamar de fase
I
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REVISÃO DE VÉSPERA
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interna/preparatória da licitação. Nesse momento, o procedimento licitatório já está formalmente
iniciado, tendo sido atribuído um número ao processo administrativo.
RT
A
UL
2. A fase preparatória do processo licitatório é caracterizada pelo planejamento e compreende:
GO
a) Designar comissão ou agente responsável pelo certame.
b) Exposição de motivos da contratação.
LLI
c) Definição do objeto para o atendimento da necessidade, por meio de termo de referência (contratação
RE
de BENS E SERVIÇOS), anteprojeto, projeto básico (contratação de OBRAS E SERVIÇOS, embora haja
MO
exceção) ou projeto executivo, conforme o caso.
• Termo de Referência: Documento necessário para a contratação de BENS E SERVIÇOS.
UE
• Anteprojeto: Peça técnica com todos os subsídios necessários à elaboração do projeto básico.
IQ
• Projeto Básico: Conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado
ON
para definir e dimensionar A OBRA OU O SERVIÇO.
6M
• Projeto Executivo: Conjunto de elementos necessários e suficientes à execução completa da obra,
65
com o detalhamento das soluções previstas no projeto básico, a identificação de serviços, de
38
materiais e de equipamentos a serem incorporados à obra, bem como suas especificações técnicas,
95
38
d) Declaração de adequação orçamentária: A Lei NÃO exige a real disponibilidade financeira antes do
início da licitação, mas apenas a disponibilidade de recursos orçamentários.
RT
21934
f) Audiência Pública: Com a Lei 14.133/21, a disposição foi ampliada e a audiência pública deixou de ser
OU
53).
RE
MO
3. Fase Externa:
E
• Qualquer cidadão ou licitante pode impugnar o edital em até 03 dias úteis antes da data fixada para
ON
abertura do certame.
M
• De acordo com o disposto no art. 25, § 9º, da Lei 14.133/2021, a Administração Pública poderá, o
56
86
edital poderá, na forma disposta em regulamento, exigir que percentual mínimo da mão de obra
3
responsável pela execução do objeto da contratação seja constituído por: I - mulheres vítimas de
95
• O modo de disputa poderá ser, isolada ou conjuntamente, aberto ou fechado. É VEDADA a utilização
U
GO
isolada do modo de disputa fechado quando adotados os critérios de julgamento de menor preço ou
de maior desconto. E, também, será VEDADA a utilização do modo de disputa aberto quando
I
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33
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REVISÃO DE VÉSPERA
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38
•
11
No momento da apresentação da proposta, poderá ser exigida a comprovação do recolhimento de
quantia a título de garantia de proposta, como requisito de pré-habilitação. A garantia de proposta
RT
não poderá ser superior a 1% do valor estimado para a contratação e será devolvida aos licitantes
A
UL
no prazo de 10 dias úteis, contado da assinatura do contrato ou da data em que for declarada
GO
fracassada a licitação.
• Formas de garantia da proposta: caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública emitidos sob
LLI
a forma escritural; seguro-garantia; fiança bancária emitida por banco ou instituição financeira
RE
devidamente autorizada a operar no País pelo Banco Central do Brasil.
MO
c) Julgamento e Classificação: Em regra, a fase de julgamento precede à fase de habilitação, de modo que
UE
somente se verificará a habilitação do licitante vencedor. Contudo, podem tais fases ser invertidas por
determinação do edital, caso haja justificativa idônea, quando serão habilitados os licitantes e, só
IQ
ON
depois, classificadas as propostas.
d) Habilitação:
6M
Habilitação Capacidade de o - Existência jurídica da pessoa;
65
jurídica licitante exercer direitos - Autorização para o exercício da atividade, quando cabível
e obrigações 38
95
38
da equipe técnica;
MO
no edital;
- Relação dos compromissos assumidos que importem
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Justiça do Trabalho e - Regularidade perante a Justiça do Trabalho
que não explora - Cumprimento do art. 7º, XXXIII, da CF (não exploração de
RT
trabalho infantil trabalho infantil)
A
UL
GO
e) Recursal: Poderá haver a interposição de recurso hierárquico, no prazo de 3 dias úteis, contado da data
de intimação ou de lavratura da ata.
LLI
f) Adjudicação e Homologação: Adjudicação é o ato pelo qual se atribui ao vencedor o objeto da licitação.
RE
Homologação é o ato administrativo que atesta a validade do procedimento e confirma o interesse na
MO
contratação. (art. 71). Há direito do licitante vencedor ser contratado? R.: A homologação e adjudicação
UE
NÃO geram direito à celebração do contrato, pois a Administração pode, mesmo após esses atos,
revogar ou anular o certame por fatos supervenientes. A celebração do contrato dependeria de análise
IQ
ON
discricionária. – Di Pietro, Diógenes Gasparini e STJ.
6M
Observações: Especificidades de certos procedimentos:
65
1. O pregão é a modalidade de licitação prevista originariamente na Lei 10.520/2002 para aquisição de
38
bens e serviços comuns, independentemente do valor estimado do futuro contrato. Com a Lei nº
95
14.133/2021, passou-se a adotar o mesmo procedimento da concorrência (art. 29).
38
11
2. As licitações nas SEM e EP agora são reguladas pela Lei 13.303/16, a chamada Lei das Estatais. Desse
modo, a Lei 14.133/21 só tem aplicação quando houver remissão expressa do diploma específico. Tal
RT
3. São de grande vulto as obras, serviços e fornecimentos cujo valor estimado supera R$ 228.833.309,04
OU
(duzentos e vinte e oito milhões, oitocentos e trinta e três mil, trezentos e nove reais e quatro centavos)
IG
– ATENÇÃO! Valor atualizado pelo Decreto nº 11.317/2022 e em vigor a partir de 1º/01/2023 (como o
LL
prazo de 6 meses.
I
• Nas contratações de obras e serviços de engenharia de grande vulto, poderá ser exigida a prestação
ON
4. Registro de preços: Procedimento administrativo pelo qual a Administração seleciona as propostas mais
3
vantajosas, mediante concorrência ou pregão, que ficarão registradas perante autoridade estatal para
95
futuras contratações. Segundo a Lei 14.133/21, o SRP é uma espécie de instrumento auxiliar.
38
• Licitação carona: Ocorre quando um órgão ou entidade pública que não participou da licitação
11
pretende contratar com o licitante vencedor por meio de adesão à ata de registro de preços feita
RT
pelo outro órgão. A licitação carona deve ser devidamente justificada e ter prévia anuência do
LA
órgão gerenciador.
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REVISÃO DE VÉSPERA
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11
1. Inexigibilidade21934
da licitação – pressupõe a inviabilidade de competição. Rol NÃO taxativo: art. 74. É
vedada a inexigibilidade de licitação para serviços de divulgação e publicidade.
RT
2. Licitação dispensada - os casos de dispensa de licitação não podem ser ampliados, já que traduzem uma
A
UL
exceção à regra geral que exige licitação, quando haja possibilidade de competição, devendo a sua
GO
interpretação ser feita em sentido estrito. Nessas situações, é possível licitar, mas a lei dispõe ser
desnecessário, de modo que o administrador estará vinculado.
LI
• Objeto do contrato é restrito: alienação de bens.
L
RE
• Ausência de discricionariedade do administrador, pois o próprio legislador dispensou previamente
MO
a licitação.
UE
3. Licitação dispensável - Prevista no art. 75, comporta uma atuação discricionária do administrador. A
licitação é viável, haja vista a possibilidade de competição, mas pode ser afastada, a critério do
IQ
ON
administrador, para se atender o interesse público de forma mais célere e eficiente.
LICITAÇÃO DESERTA X LICITAÇÃO FRACASSADA
6M
a) Licitação deserta – Quando não há interessados – é caso de dispensa;
65
b) Licitação fracassada – Quando comparecem interessados, mas todos são inabilitados – pode haver a
38
concessão de prazo para novas propostas ou a realização de uma nova licitação.
95
38
11
9. SERVIÇOS PÚBLICOS
RT
21934
1. A prestação dos serviços públicos, segundo legislação vigente, encontra-se submetida ao CDC. No
OU
entanto, discute-se a amplitude da aplicação do CDC aos serviços públicos. Segundo o STJ, só é possível
IG
se conceber um serviço público no regime de proteção do CDC se ele for uti singuli e remunerado por
LL
tarifa, em razão da natureza jurídica de direito privado (embora no CDC fale que é direito público).
RE
2. Lei do Usuário de Serviço Público - Lei 13.460/17 - Legislação federal, que dispõe sobre normas básicas,
MO
destinadas aos usuários dos serviços públicos prestados direta ou indiretamente pela administração,
E
não afastando a aplicação de legislações específicas, bem como permitindo a incidência, de forma
QU
subsidiária, aos serviços públicos prestados por particulares (art. 1º). ATENÇÃO: Legislação Específica
I
ON
do Estado de São Paulo: Lei 10.294/99 (Proteção e Defesa do Usuário do serviço Público).
M
56
1. Segundo a Lei 8.987/95, é a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante
3
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado. É a delegação da
38
11
mediante contrato, que deverá observar os termos da Lei 8.987/95, das normas pertinentes e do edital
LA
concessionária será remunerada pelas tarifas cobradas dos usuários, NÃO sendo devida qualquer
contraprestação ao ente estatal.
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a) Concessão simples (de mero serviço): Contratos cujo objeto se resume à transferência da execução
do serviço público para o particular, que o executará por sua conta e risco, mediante a cobrança de
RT
tarifas dos usuários.
A
UL
21934
b) Concessão precedida de obra: Contrato de concessão no qual o ente público determina ao particular
GO
que se realize uma obra pública de relevância para a sociedade e indispensável à prestação do serviço
público delegado. O particular executa a obra as suas expensas, sendo remunerado, posteriormente
LLI
pela exploração do serviço decorrente da obra.
RE
4. Intervenção: O Estado nomeia um agente público que atuará como interventor, o qual ficará
MO
responsável pela gestão da empresa, enquanto instaura o processo administrativo a fim de apurar
irregularidades (no prazo de 30 dias, assegurado o direito de ampla defesa), possuindo este
UE
procedimento duração máxima de 180 dias. Cessada a intervenção, se não for verificada nenhuma
IQ
ON
irregularidade na empresa concessionária, a administração do serviço será devolvida, precedida da
prestação de contas pelo interventor, que responderá pelos atos praticados durante a sua gestão. Caso
6M
contrário, será decretada a caducidade.
65
5. Subconcessão: previsão da possibilidade no contrato de concessão; autorização do poder concedente;
realização de licitação, sob a modalidade de concorrência. 38
95
6. Extinção do contrato:
38
• Encampação (ou resgate do serviço público): Ocorre todas as vezes em que não há mais interesse
RT
respeito ao contraditório e ampla defesa, para que a concessionária justifique as suas faltas.
LL
• Rescisão: Descumprimento de normas contratuais pelo poder concedente. Pode ser consensual
RE
1. São espécies de concessão de serviços públicos, criadas pela Lei 11.079/04, sendo acordo firmado
95
entre o particular e o poder público com o objetivo de prestação de serviços de forma menos
38
11
dispendiosa que o normal, podendo admitir-se o fornecimento de bens ou execução de obras. Podem
ser na modalidade patrocinada ou administrativa. É VEDADA a celebração de PPP:
RT
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REVISÃO DE VÉSPERA
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2. Espécies de Parceria:
a) Concessão Patrocinada: É contrato de concessão de serviços públicos, podendo ser precedida ou não
RT
de obra pública em que, além da tarifa paga pelos usuários, há uma contraprestação do Poder Público
A
UL
ao parceiro privado (a intenção é garantir a modicidade das tarifas). A contraprestação do Poder Público
GO
NÃO pode ultrapassar 70%, SALVO se estabelecida por lei específica.
b) Concessão Administrativa: É espécie de concessão de serviço público em que a própria administração
LLI
pública é usuária direta ou indireta e fica responsável pelo pagamento das tarifas, ainda que envolva
RE
a execução de obras públicas ou o fornecimento de bens. Pode ser a execução de serviços públicos ou
MO
serviços administrativos prestados ao Estado.
• Concessão administrativa de serviço público - coletividade é a usuária direta. A concessão
UE
administrativa de serviço público, tal qual a concessão patrocinada, pressupõe remuneração
IQ
ON
obrigatória do parceiro público necessariamente através prestação pecuniária. Isso está
expressamente previsto na lei (art. 6º - chega à conclusão a contrário sensu).
6M
• Concessão administrativa de serviços administrativos – Estado/Administração é o usuário direto. A
65
concessão administrativa de serviço administrativo pode ser remunerada de outras formas que não
a pecuniária. 38
95
38
11
celebrado por prazo inferior a 05 anos, nem superior a 35 anos, incluindo eventual prorrogação.
LA
21934
• Os contratos de parceria devem ser celebrados no valor mínimo de R$ 10 milhões (conforme a Lei
OU
4. Sociedade de Propósito Específico: A PPP deve ser gerida por uma sociedade de propósito específico,
RE
21934
a qual deve ter sido criada ANTES da celebração do contrato, ficando responsável, além da gestão, pela
MO
implantação da parceria. O Poder Público NÃO pode deter a maioria de capital social votante dessa
E
entidade específica, para que não se comprometa a imparcialidade, SALVO nos casos de aquisição da
QU
maioria daquele capital por instituição financeira controlada pelo Poder Público, quando houver
I
ON
1. É forma de delegação de serviço público a particulares, que executarão a atividade por sua conta e risco,
3
2. O contrato poderá ser firmado com qualquer pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para
38
11
4. STF: Entende que NÃO há qualquer distinção entre concessão e permissão, quanto à sua natureza,
LA
podendo ambos serem considerados contratos administrativos. Doutrina: Afirma que possuem
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Somente celebrada com pessoas jurídicas ou Pode ser celebrada com pessoa física ou jurídica.
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consórcios de empresas.
Depende de autorização legislativa expressa. Dispensa lei específica, SALVO algumas permissões
RT
de natureza especial.
A
UL
GO
10. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
LLI
10.1 Evolução Histórica
RE
MO
1. Teoria da Irresponsabilidade do Estado
UE
2. Responsabilidade com Previsão Legal
3. Responsabilidade Subjetiva (Teoria Civilista)
IQ
ON
4. Culpa do serviço (Faute du servisse = Culpa anônima)
5. Responsabilidade Objetiva
6M
65
10.2 Responsabilidade21934
Objetiva
38
95
1. Fundamentos:
38
responsabilidade civil objetiva do Estado e prevê que aquele que desempenha uma atividade de risco
RT
responde de forma objetiva. Responsabiliza o21934ente público, objetivamente, pelos danos que seus
LA
agentes causarem a terceiros, mas admite a exclusão se ausente um dos elementos dessa
OU
responsabilidade.
IG
• TEORIA DO RISCO INTEGRAL: Há a responsabilização absoluta do Estado por danos ocorridos em seu
LL
território, de modo que a teoria do risco integral NÃO admite as hipóteses de excludentes de nexo
RE
causal. Exemplos: atividade nuclear (art. 21, XXIII, “d”, da CF/88); danos ao meio ambiente (art. 225,
MO
ataques terroristas.
QU
beneficia com as atividades administrativas desenvolvidas tem o ônus de ressarcir aqueles que
sofreram danos em razão da mesma atividade. É utilizado pela doutrina majoritária para legitimar a
M
56
republicano, o qual prevê que não existem atos pelos quais o Estado não pode ser
95
38
responsabilizado.
11
2) DANO: É indispensável o dano jurídico, ou seja, dano tutelado pelo direito, ainda que exclusivamente
moral. Na hipótese de danos decorrentes de atos lícitos, é necessário comprovar que os danos são
I
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anormais e específicos.
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•
11
Teoria do duplo efeito dos atos administrativos: ocorre quando um mesmo ato administrativo
causa dano específico, anormal à uma pessoa e para a outra NÃO causa dano passível de
RT
indenização.
A
UL
3) NEXO DE CAUSALIDADE: Em regra, o Brasil adotou a teoria da causalidade adequada, em que o Estado
GO
responde desde que a sua conduta tenha sido determinante para o dano causado ao agente. A
responsabilidade civil do Estado pressupõe: previsibilidade do evento danoso; evitabilidade do evento
LI
L
danoso. Interrupção do nexo causal:
RE
a) Fato Exclusivo da vítima;
MO
b) Fato de terceiro que não possui vínculo com o Estado;
UE
c) Caso fortuito e força maior: A doutrina vem diferenciando o fortuito externo (risco estranho à
atividade) do fortuito interno (risco inerente ao exercício da própria atividade). Assim, apenas no
IQ
ON
fortuito externo o Estado NÃO será responsabilizado. Ou seja: há exclusão do nexo causal no caso
fortuito externo.
6M
d) Causas excludentes e atenuantes: Fala-se em culpa concorrente da vítima e do Estado. Nesse caso,
65
ainda há responsabilidade estatal, mas que deve ser graduada no caso concreto.
38
95
10.3 Responsabilidade Por Omissão
38
11
A doutrina diverge sobre a natureza da responsabilidade civil nos casos de omissão estatal. Também há
RT
21934
● 1ª Corrente: responsabilidade objetiva, pois o art. 37 NÃO faz distinção entre condutas comissivas e
OU
omissivas. Assim, para essa corrente, as duas espécies de ato (comissivos e omissivos) estariam sob a égide
IG
● 2ª Corrente: responsabilidade subjetiva, com presunção de culpa do poder público, tendo em vista que na
RE
omissão o Estado NÃO é causador do dano (ou seja: a omissão não causa nada), mas atua de forma ilícita
MO
(com culpa) quando descumpre o dever legal de impedir a ocorrência do dano. Para essa corrente, deve-se
demonstrar que o agente que se omite viola o dever objetivo de cuidado.
E
QU
● ●
Há o descumprimento de um dever
56
●
Casos em que não há previsibilidade e
21934
determinadas pessoas ou determinadas
95
● ●
Não há nexo causal, não há Há previsibilidade e evitabilidade do dano.
●
responsabilidade do Estado. Surge um dever jurídico de evitar o dano.
RT
● ●
Estado não pode ser segurador universal – Há responsabilidade objetiva pautada no
LA
●
A regra é a adoção do Risco Administrativo
e não Risco Integral.
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Análise de casos concretos:
• Responsabilidade por omissão e teoria do risco criado (risco suscitado) quando o Estado cria situações de
RT
risco que levam à ocorrência do dano: O Estado responde objetivamente, ainda que não se demonstre
A
UL
conduta direta de um agente público ou que haja situação de caso fortuito, bastando a comprovação de
GO
que este fortuito só foi possível ante a custódia do ente estatal (fortuito interno ou caso fortuito). Ex.: O
Estado é responsável pela guarda e segurança das pessoas submetidas a encarceramento, enquanto ali
LLI
permanecerem detidas. Assim, é dever do Poder Público mantê-las em condições carcerárias com mínimos
RE
padrões de humanidade estabelecidos em lei, bem como, se for o caso, ressarcir os danos que daí
MO
decorrerem.
•
UE
Responsabilidade civil do Estado por morte de detento (caso peculiar que depende das circunstâncias do
caso concreto e passou por evolução jurisprudencial): Em regra, o Estado é objetivamente responsável
IQ
ON
pela morte de detento. Isso porque houve inobservância de seu dever específico de proteção previsto no
art. 5º, inciso XLIX, da CF/88. Contudo, excepcionalmente, o Estado poderá ser dispensado de indenizar se
6M
ele conseguir provar que a morte do detento não podia ser evitada. Neste caso, rompe-se o nexo de
65
causalidade entre o resultado morte e a omissão estatal pois não há previsibilidade e evitabilidade.
• 38
Responsabilidade civil do Estado por Fuga do preso e prática de crimes: Para o STJ o Estado NÃO responde
95
civilmente por atos ilícitos praticados por foragidos do sistema penitenciário, SALVO quando os danos
38
11
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Execução indireta - a doutrina majoritária entende que deve ser feita uma distinção entre dano
LL
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causado pelo simples fato de a obra existir (responsabilidade direta e objetiva do Estado) e o dano
RE
oriundo da má execução da obra (responsabilidade direta e objetiva do Estado quando por ele má
MO
Responsabilidade Do Agente
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1. Teoria da dupla garantia: 1) a vítima deve ser ressarcida pelos danos causados pelo Estado; e 2) os
agentes públicos só podem ser responsabilizados pelo próprio Estado.
M
56
2. Denunciação à lide: Doutrina majoritária NÃO admite, pois geraria ampliação subjetiva do mérito,
86
acarretando ao autor manifesto prejuízo à celeridade. STJ: Admite a denunciação, mas o Estado NÃO está
3
obrigado a fazê-la. Assim, a denunciação à lide é uma faculdade do Estado, de modo que a sua ausência
95
ou o indeferimento NÃO acarreta a nulidade do processo, nem impede a propositura da ação regressiva
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1ª Corrente (doutrina majoritária e STJ): Tradicionalmente 05 anos (Dec. 20.910/32 + art. 1º da Lei
9.494/97), em razão do critério da especialidade para resolver o conflito normativo. É a posição do
RT
STJ (deve ser levada para prova objetiva).
A
UL
2ª Corrente: 3 anos (previsto no CC), por ser mais benéfico à Fazenda.
GO
OBS.1: TERMO INICIAL DO PRAZO PRESCRICIONAL:
LLI
● STJ: O termo inicial do prazo prescricional para o ajuizamento de ação de indenização contra ato do
RE
Estado ocorre no momento em que constatada a lesão e os seus efeitos, conforme o princípio da
MO
actio nata. (Info 507).
UE
● STJ: Caso o Poder Público tenha reconhecido administrativamente o débito, o termo inicial do prazo
prescricional de 5 anos para que servidor público exija seu direito será a data desse ato de
IQ
ON
reconhecimento. (Info 509).
● STJ: Termo inicial da prescrição de pretensão indenizatória decorrente de tortura e morte de preso.
6M
●
Se tiver sido ajuizada ação penal contra os autores do crime: o termo inicial da prescrição
65
será o trânsito em julgado da sentença penal.
● 38
Se o inquérito policial tiver sido arquivado (não foi ajuizada ação penal): o termo inicial da
95
prescrição da ação de indenização é a data do arquivamento do IP.
38
11
OBS.2: IMPRESCRITIBILIDADE:
RT
● Súmula 647-STJ: São imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e materiais
LA
21934
decorrentes de atos de perseguição política com violação de direitos fundamentais ocorridos durante
OU
o regime militar.
IG
● STJ: São imprescritíveis as ações de reintegração em cargo público quando o afastamento se deu em
LL
razão de perseguição política praticada na época da ditadura militar. STJ. 1ª Turma. REsp 1.565.166-
RE
PR, Rel. Min. Regina Helena Costa, julgado em 26/06/2018 (Info 630).
MO
● 1ª Corrente (Rafael Oliveira, José Santos Carvalho Filho e STF): 3 anos, com base no art. 206, § 3º, V,
21934
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Decreto 20.910/32.
56
86
3
responsabilidade do Estado por três argumentos: recorribilidade das decisões judiciais e a coisa julgada;
RT
soberania; independência do magistrado. A responsabilidade do Estado por atos judiciais pode ocorrer,
LA
● Erro Judiciário: deve ser erro substancial e inescusável. (art. 5º, LXXV, CF/88);
● Prisão além do tempo fixado na sentença;
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REVISÃO DE VÉSPERA
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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA
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11
● Demora na prestação jurisdicional: erro judiciário praticado por omissão, que causa dano
desproporcional.
RT
2. Atos Legislativos: Em regra, a atuação legislativa NÃO acarreta responsabilidade civil do Estado, já que o
A
UL
caráter genérico e abstrato das normas jurídicas afasta a configuração dos efeitos (danos)
GO
individualizados, principal óbice à responsabilidade civil. A responsabilidade civil pode surgir em quatro
situações excepcionais:
LLI
● Leis com danos desproporcionais;
RE
● Leis de efeitos concretos;
MO
● Leis inconstitucionais;
● Omissão legislativa.
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11. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (Lei 8.429/92)
1. A improbidade é uma violação a todo e qualquer princípio aplicável à Administração Pública. É o que
6M
a doutrina tem chamado de princípio da juridicidade, segundo o qual a Administração não deve apenas
65
observar a letra da lei, mas o direito como um todo, incluindo os princípios. Para a 1ªT do STJ, o conceito
38
de ato de improbidade é INELÁSTICO, ou seja, não pode ser ampliado para abranger situações que não
95
tenham sido contempladas no momento de sua criação.
38
2. Natureza Jurídica: Trata-se de ação própria de improbidade administrativa (não mais uma ação cível)
11
– art. 17-D.
RT
3. Irretroatividade da Lei 14.230/21: No julgamento do ARE 843.989, o STF fixou teses acerca da
LA
21934
administrativa para os casos já encerrados, com decisão transitada em julgado. Para a maioria do
IG
Plenário, a retirada da modalidade culposa é uma opção legislativa legítima que beneficia os acusados
LL
por ato de improbidade, razão pela qual NÃO pode retroagir para aplicação no caso de decisões
RE
definitivas e processos em fase de execução das penas. No entanto, para os atos de improbidade
MO
culposos praticados antes da lei que não tenham condenação transitada em julgado a norma pode ser
aplicada.
E
QU
4. Independência das instâncias: Uma mesma conduta pode dar origem a três ações diferentes (civil, penal
M
e processo disciplinar). Em regra, uma decisão não influencia a outra, em razão da independência das
56
86
instâncias.
• A apuração do ato de improbidade independe do resultado nos processos civil, penal e administrativo.
3
95
Isso porque, em regra, as diferentes instâncias punitivas são independentes entre si, de modo que o
38
• Ressalte-se que a Lei nº 14.230/21 reformou a Lei 8.429/92, e tratou de trazer algumas hipóteses de
RT
21934
interferência de instâncias: art. 21, §4º, art. 17-B, §3º e art. 21, §3º.
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11.1 Sujeitos
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a) Sujeito Passivo: É a vítima, quem sofre do ato de improbidade administrativa. É o legitimado ativo, junto
com o MP, para propor a ação de improbidade administrativa.
RT
b) Sujeito Ativo: São os responsáveis pela prática o ato de improbidade administrativa (arts. 2º e 3º). É o
A
UL
legitimado passivo, o réu no processo coletivo de improbidade administrativa.
GO
• Com a reforma na Lei, o artigo 2º passou a trazer agente político como sujeito ativo de improbidade
administrativa, acabando com a divergência que existia na doutrina e jurisprudência.
LI
Os Agentes políticos se submetem a um duplo regime sancionatório, à exceção do Presidente da
L
RE
República.
MO
De acordo com o art. 12, §9º, da Lei 8.429/92, as sanções de improbidade somente poderão ser
UE
executadas após o trânsito em julgado da sentença condenatória.
IQ
c) Terceiros/Particulares: Segundo o art. 3º, os particulares que concorrerem ou induzirem dolosamente
ON
para a prática do ato de improbidade podem ser responsabilizados, desde que vinculados aos agentes
públicos. A aplicação das penalidades de improbidade administrativa aos terceiros pressupõe a
6M
comprovação do dolo, ou seja, a intenção de participar, de induzir ou concorrer para a prática da
65
improbidade ou dela se beneficiar de forma direta ou indireta. Cuidado! A ação pode ser proposta
38
apenas em face do agente público, em face do agente público e do particular, mas não somente em face
95
do particular.
38
11
21934
OU
dilapidação dos bens ou haveres das entidades. Nos casos em que não implicar perda patrimonial
RT
efetiva, não ocorrerá imposição de ressarcimento, sendo vedado o enriquecimento sem causa;
• A mera perda patrimonial decorrente da atividade econômica não acarretará improbidade
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•
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Taxatividade do rol do art. 11 (à luz da Lei nº 14.230/2021): diferentemente do art. 9 e art. 10, o caput
do dispositivo não traz a expressão “e notadamente”, que teria o condão de conferir o caráter
RT
exemplificativo das condutas enumeradas no inciso.
A
UL
• A conduta seja praticada por agente público (ou a ele equiparado), atuando no exercício de seu munus
GO
público conduta ilícita.
• É dispensável a prova de dano para a configuração do ato de improbidade previsto no art. 11 da Lei
LLI
n° 8.249/1992 (STJ. REsp 1286466/RS).
RE
• Com a reforma na LIA, foi introduzido §4º estabelecendo que os atos de improbidade previstos no artigo
MO
11 “exigem lesividade relevante ao bem jurídico tutelado para serem passíveis de sancionamento e
UE
independem do reconhecimento da produção de danos ao erário e de enriquecimento ilícito dos
IQ
agentes públicos.”
ON
● Também não é necessário que se prove que o agente teve enriquecimento ilícito com o ato. Então,
6M
necessária a prova do fim de obter proveito ou benefício indevido (§1º) e a ocorrência de lesão
relevante (§4º).
65
11.2 Sanções 38
95
38
11
a) Perda de Bens e Valores: Cuida-se da perda dos bens ilicitamente acrescidos com a prática do ato de
improbidade. Os bens têm que ser decorrentes de ato ilícito e acrescidos APÓS a prática da improbidade
RT
21934
integral do dano patrimonial, se efetivo, e das sanções penais comuns e de responsabilidade, civis e
IG
administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às
LL
seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a
RE
gravidade do fato:” Para fins de ressarcimento, até mesmo os bens do agente ANTERIORES ao ato de
MO
● STJ: O ressarcimento do dano deve ser aplicado em conjunto com uma ou mais medidas
I
● Ressalte-se que ao artigo 12 da LIA foi incluído21934 o §6º, o qual assevera que, no caso de lesão ao
M
patrimônio público, a reparação do dano deverá deduzir o ressarcimento ocorrido nas instâncias
56
86
c) Perda da Função Pública: A punição se aplica exclusivamente aos agentes públicos, não se estendendo
95
ao terceiro.
38
● O art. 12 da Lei nº 8.429/92 não prevê a cassação de aposentadoria como sanção. Diante disso,
11
surgiu divergência na jurisprudência quanto a sua aplicabilidade: 1ª corrente (STJ. 1ª Turma. AgInt
RT
no REsp 1643337/MG): NÃO. 2ª corrente (STJ. 2ª Turma. AgInt no REsp 1628455/ES): SIM.
LA
• A perda da função vai atingir, como regra, apenas o vínculo de mesma qualidade e natureza que o
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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA
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aos demais vínculos, consideradas as circunstâncias do caso e a gravidade da infração. DISPOSITIVO
SUSPENSO em liminar concedida pelo Min. Alexandre de Moraes na ADI 7236.
RT
d) Suspensão dos Direitos Políticos: A sentença tem que ser expressa para decretar essa suspensão. Não
A
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é efeito automático. O marco da suspensão dos direitos políticos é o trânsito em julgado da ação civil de
GO
improbidade administrativa condenatória. O PAD apenas condena o réu em penas pecuniárias,
advertência, demissão e suspensão do cargo. Com a recente reforma
21934 na LIA, foi incluído ao artigo 12 o
LLI
§10, que afirma que “Para efeitos de contagem do prazo da sanção de suspensão dos direitos políticos,
RE
computar-se-á retroativamente o intervalo de tempo entre a decisão colegiada e o trânsito em julgado
MO
da sentença condenatória” DISPOSITIVO SUSPENSO em liminar concedida pelo Min. Alexandre de
Moraes na ADI 7236.
UE
e) Multa Civil: Sanção civil (não-penal) e não tem natureza indenizatória. A Indenização consuma-se pela
IQ
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sanção de reparação integral do dano. O montante da multa deve ser destinado à pessoa jurídica que
sofreu o dano.
6M
f) Proibição de Contratar e Receber Benefícios: Em caráter excepcional e por motivos relevantes
65
devidamente justificados, a sanção de proibição de contratação com o poder público pode extrapolar
38
o ente público lesado pelo ato de improbidade, observados os impactos econômicos e sociais das
95
sanções, de forma a preservar a função social da pessoa jurídica.
38
11
Atos que geram enriquecimento Atos que geram Atos que atentam contra
RT
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OU
Perda da função pública (atinge Perda da função pública (atinge apenas -----
MO
circunstâncias do caso e a
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MO
IQ
ON
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38
95
38
11
Perda dos bens e valores acrescidos Perda dos bens ou valores acrescidos -----
RT
ilicitamente ilicitamente ao patrimônio, se
A
concorrer esta circunstância.
UL
21934
GO
Multa civil equivalente ao valor do Multa civil equivalente ao valor do Multa civil de até 24 (vinte e
acréscimo patrimonial. dano. quatro) vezes o valor da
LI
(pode ser aplicada de forma (pode ser aplicada de forma dobrada - remuneração percebida
L
RE
dobrada - §2º do art. 12) §2º do art. 12) pelo agente. *
MO
(pode ser aplicada de forma
dobrada - §2º do art. 12)
UE
IQ
Suspensão dos Direitos Políticos Suspensão dos Direitos Políticos ATÉ 12 -----
ON
ATÉ 14 ANOS. ANOS.
6M
Impossibilidade de contratar com Impossibilidade de contratar com Impossibilidade de
65
poder público e receber benefícios poder público e receber benefícios contratar com poder público
fiscais pelo prazo não superior a 14 38
fiscais pelo prazo não superior a 12 e receber benefícios pelo
95
ANOS. ANOS. prazo não superior a 4
38
ANOS.
11
RT
21934
• Independe da efetiva ocorrência do dano ao patrimônio público (em sentido econômico), salvo quanto
OU
à pena de ressarcimento.
IG
• Independe da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo tribunal ou
LL
conselho de contas. Assim, é possível a propositura de ação de improbidade mesmo após a aprovação
RE
das contas pelo Tribunal de Contas (art. 21, II. §1º). No entanto, há a necessidade de consideração das
MO
1. A Lei 14.230/21 alterou a legitimidade ativa da ação de improbidade administrativa. Pela literalidade da
56
lei, apenas o Ministério Público seria parte legítima para a propositura da ação. Todavia, o Supremo
86
Tribunal Federal, na ADI 7043 conferiu interpretação conforme ao caput e §§ 6º-A, 10-C e 14, do artigo
3
17 da Lei nº 8.429/92, com a redação dada pela Lei nº 14.230/2021, estabelecendo a existência de
95
38
legitimidade ativa concorrente entre o ministério público e as pessoas jurídicas interessadas para a
11
propositura da ação por ato de improbidade administrativa; suspendeu os efeitos do § 20, do artigo 17
da Lei nº 8.429/92, ou seja, suspendeu o efeito da obrigatoriedade de advogados públicos realizarem a
RT
defesa dos agentes públicos por atos de improbidade; suspendeu os efeitos do artigo 3º da Lei nº
LA
14.230/2021, ou seja, suspendeu o prazo de 1 ano em que o Ministério Público deveria manifestar a
U
GO
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MO
E
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MO
IQ
ON
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REVISÃO DE VÉSPERA
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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA
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38
11
2. Indisponibilidade de Bens – medida cautelar que visa garantir a integral recomposição do erário ou do
acréscimo patrimonial resultante de enriquecimento ilícito.
RT
• Pode ser em caráter antecedente ou incidente - houve mudança no regime de indisponibilidade de
A
UL
bens: tutela de urgência;
GO
• Deve haver demonstração no caso concreto de perigo de dano irreparável ou de risco ao resultado
útil do processo;
LI
• A indisponibilidade de bens de terceiro dependerá da demonstração da sua efetiva concorrência para
L
RE
os atos ilícitos apurados ou, quando se tratar de pessoa jurídica, da instauração de incidente de
MO
desconsideração da personalidade jurídica;
• A indisponibilidade recairá sobre bens que assegurem exclusivamente o integral ressarcimento do
UE
IQ
dano ao erário (há uma limitação), não incidindo sobre os valores a serem eventualmente aplicados
ON
a título de multa civil ou sobre acréscimo patrimonial decorrente de atividade lícita;
• Bloqueio de contas bancárias como a última possibilidade. Deve ser observada a ordem legal: carros,
6M
imóveis, móveis em geral, animais, navios e aeronaves, ações, pedras e metais preciosos
65
21934
3. Acordo de não persecução cível (art. 17-B):
38
• Requisitos para o ANPC: oitiva do ente lesado; homologação pelo Conselho Superior do MP em até 60
95
38
• Existe a obrigatoriedade da oitiva do Tribunal de Contas acerca do valor do dano a ser ressarcido,
devendo sua manifestação se dar em até 90 dias, evidenciando-se, assim, a interferência da instância
RT
administrativa na cível (§3º do art. 17-B) – DISPOSITIVO SUSPENSO em liminar concedida pelo Min.
LA
21934
• É possível a celebração do ANPC em qualquer fase, inclusive após o trânsito em julgado (§4º do art.
IG
• Não poderá haver novo ANPC no prazo de 5 anos, se houver descumprimento de acordo anterior (§7º).
RE
4. Petição Inicial: Deve existir individualização da conduta; apontamento dos elementos probatórios
MO
5. Curso Processual:
I
ON
• Existe a tipicidade única, ou seja, para cada ato de improbidade, deverá obrigatoriamente ser
86
indicado apenas um tipo, dentre os previstos na LIA (§10-C, do art. 17). Obs.: Atenção a tendência de
3
95
imputação do art. 10, de forma subsidiária, inclusive, em conjunto com os outros dispositivos, o que
38
• Se houver litisconsórcio passivo, a sentença condenará cada um dos réus no limite da participação e
I
48
MO
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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA
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38
•
11
O art. 18-A traz a possibilidade de unificação de sanções, em caso de continuidade, em prol dos
condenados, sendo que “as sanções de suspensão de direitos políticos e de proibição de contratar
RT
ou de receber incentivos fiscais ou creditícios do poder público observarão o limite máximo de 20
A
UL
anos.
GO
• IMPOSSIBILIDADE de remessa necessária.
LLI
11.4 Prescrição
RE
MO
1. Prazo unificado de 8 anos. Súmula 634, STJ: Ao particular aplica-se o mesmo regime prescricional previsto
UE
na Lei de Improbidade Administrativa para o agente público.
2. Suspensão do prazo prescricional por, no máximo, 180 dias corridos (quando de instauração de inquérito
IQ
ON
civil ou de processo administrativo para apuração dos ilícitos referidos), recomeçando a correr após a sua
conclusão ou, caso não concluído o processo, esgotado o prazo de suspensão.
6M
21934
3. Prazo máximo para o ICP: 2 anos, há necessidade de revisão do despacho de prorrogação pelo CSMP.
65
Encerrado tal prazo, a ação deverá ser proposta no prazo de 30 dias, se não for caso de arquivamento do
inquérito civil. 38
95
4. Causas de interrupção foram previstas expressamente (§4º do art. 23):
38
11
a mais no sentido de que somente seriam imprescritíveis as ações de ressarcimento envolvendo atos de
OU
improbidade administrativa praticados DOLOSAMENTE, o que agora passou a ser a única hipótese de
IG
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MO
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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA
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CRIMINOLOGIA
RT
1. CONCEITO, MÉTODO, OBJETO E FINALIDADE DA CRIMINOLOGIA
A
UL
GO
1.1 Conceito
21934
LLI
1. A Criminologia é a ciência empírica e interdisciplinar que tem por objeto o crime, o delinquente, a vítima
RE
e o controle social do comportamento delitivo. É uma ciência do “ser”, empírica, na medida em que seu
MO
objeto é visível no mundo real.
UE
CONCEITO TRADICIONAL CONCEITO MODERNO
IQ
ON
Estudo do crime e do Incorpora o estudo da vítima e do controle social
OBJETO
delinquente
6M
ORIENTAÇÃO Orientação repressiva Orientação “prevencionista”
65
- Intervenção no cenário do crime
INTERVENÇÃO Tratamento do criminoso 38
- Delito nasce na comunidade e deve ser enfrentado
95
38
no âmbito da comunidade
11
causas/raízes da criminalidade
crime
LA
21934
OU
2. A Criminologia, o Direito Penal e a Política Criminal são os três pilares de sustentação das Ciências
IG
Exemplo: define como crime Exemplo: quais fatores Exemplo: estuda como
38
1.2 Método
50
MO
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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA
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38
11
1. Como ciência empírica e experimental que é, a Criminologia utiliza-se da metodologia experimental,
RT
naturalística e indutiva para estudar o delinquente. No entanto, tal método não é suficiente para
A
UL
delimitar as causas da criminalidade, motivo pelo qual busca auxílio dos métodos estatísticos,
GO
históricos, sociológicos e biológicos.
2. Como a criminologia moderna se baseia no método empírico e interdisciplinar, a análise do seu objeto
LI
L
exige se aventurar em leituras pouco comuns aos bacharéis em direito e dominar conceitos filosóficos,
RE
sociológicos, biológicos entre outros.
MO
21934
3. Além disso, a doutrina (Molina) aponta técnicas de investigação:
• Quantitativas: Estatística (método por excelência), questionário, métodos de medição, que explicam
UE
a etiologia, a gênese e o desenvolvimento. Por si só, é insuficiente.
IQ
• Qualitativas: Observação participante e entrevista, com interpretações valorativas e relacionais.
ON
• Transversais: Tomam uma única medição da variável ou do fenômeno examinado (ex.: dados
6M
estatísticos).
65
• Longitudinais: Tomam várias medições, em diferentes momentos temporais → relevância para a
criminologia atual (ex.: biografias criminais, case studies).38
95
38
1.3 Objetos
11
RT
1.3.1 Delito
LA
21934
OU
1. Para o Direito Penal, é considerado como ação ou omissão típica, ilícita e culpável. Tem como base o
IG
parâmetros (“critérios”) para a sociedade estabelecer que determinada conduta mereça ser taxada
MO
como criminosa.
2. Segundo Shecaria (2014), os critérios para que o fato seja considerado crime são:
E
QU
• Incidência massiva na população (a conduta rejeitada não é fato isolado): Não basta que um fato
I
ocorra uma única vez, ainda que gere sofrimento, ele precisa se repetir.
ON
• Incidência aflitiva do fato (a conduta rejeitada tem relevância social): Quando o legislador quer
M
• Persistência espaço-temporal do fato: É necessário que essa conduta se repita ao longo do tempo e
386
• Inequívoco consenso a respeito de que a criminalização do fato é o meio mais eficaz para repressão
38
da conduta: Para ser considerado crime, teria que gozar de consenso na relevância desse tipo penal.
11
RT
1.3.2 Criminoso
U LA
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MO
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ESCOLA CONCEITO DE CRIMINOSO
RT
Examina a pessoa do infrator como alguém que fez mau uso da sua liberdade,
A
ESCOLA CLÁSSICA embora devesse respeitar a lei. O criminoso é um pecador que escolheu o mal
UL
(atuação do criminoso pautada no livre arbítrio).
GO
Criminoso é um prisioneiro de sua própria patologia (determinismo biológico)
LI
ESCOLA POSITIVISTA ou de processos causais alheios (determinismo social). Não foi aceita a tese da
L
RE
Escola clássica do livre-arbítrio, mas sim a ideia do criminoso nato
MO
(determinismo biológico de Lombroso) e do determinismo social de Ferri e
Garófalo.
UE
Criminoso é um ser inferior, incapaz de guiar livremente a sua conduta, por
IQ
ESCOLA haver debilidade em sua vontade, de modo a merecer intervenção estatal para
ON
CORRECIONALISTA corrigi-la. Para a escola correcionalista, o criminoso não é um ser forte e
6M
embrutecido, como diziam os positivistas, mas sim um débil, cujo ato precisa
65
ser compreendido e cuja vontade necessita ser direcionada.
ESCOLA 38
Criminoso como vítima da sociedade e das estruturas econômicas. A
95
MARXISTA/ESCOLA responsabilidade do crime é da sociedade e o delinquente é convertido em
38
Criminoso é homem real e normal que viola a lei penal por razões diversas
RT
ESCOLA ATUAL (elementos biológicos, psicológicos e sociais), que merecem ser investigadas e
LA
21934
nem sempre são compreendidas.
OU
IG
1.3.3 Vítima
LL
RE
1. Conceito: “vítima é a pessoa que sofre diretamente a ofensa ou ameaça ao bem tutelado pelo Direito.”
MO
2. Vitimologia: Pode ser definida como o estudo científico da extensão, natureza e causas da vitimização
criminal, suas consequências para as pessoas envolvidas e as reações àquela pela sociedade, em
E
QU
21934
particular pela polícia e pelo sistema de justiça criminal, assim como pelos trabalhadores voluntários e
I
colaboradores profissionais.
ON
3. A vitimologia é, hoje, um campo de estudo orientado para a ação ou formulação de políticas públicas, e
M
não deve ser definida em termos de direito penal, mas de direitos humanos.
56
4. Evolução histórica da vitimologia: A vítima passou por três principais fases na história da civilização
86
3
ocidental:
95
• 1ª fase: “idade de ouro”: A fase de ouro vai desde os primórdios da civilização até o fim da Idade
38
privada, a vítima era muito valorizada e tinha para si a persecução penal. A “justiça” possuía caráter
RT
essencialmente privado e todo delito produzia um dano à vítima, considerada não apenas aquele
LA
a centrar a investigação na figura do criminoso, enquanto o direito penal conduziu a vítima a um papel
RE
52
MO
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95
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meramente neutro e figurativo no cenário da resolução do conflito. Nesse período, inclusive,
importantes institutos foram suprimidos, a exemplo da legítima defesa.
RT
• 3ª fase: revalorização da vítima: Possui como marco o fim da 2ª Guerra Mundial, quando aparecem
A
UL
os primeiros estudos sobre vitimologia, com destaque aos realizados por Benjamim Mendelsohn
GO
(1947) e Hans Von Hentig (1948).
5. Classificação das vítimas
LI
• Vítima completamente inocente ou vítima ideal: é a vítima inconsciente que nada fez ou nada
L
RE
provocou para desencadear a situação criminal, pela qual se vê danificada. Em outras palavras: não
MO
tem responsabilidade ou culpa no acontecimento criminoso.
• Vítima de culpabilidade menor ou vítima por ignorância: há um certo impulso involuntário ao delito.
UE
O sujeito, por certo grau de culpa, ou por meio de um ato pouco reflexivo, causa sua própria
IQ
21934
ON
vitimização.
• Vítima tão culpável como o infrator ou vítima voluntária: aquelas que, ao mesmo tempo, atuam
6M
como vítima e como criminoso, de modo que sua participação ativa é imprescindível para a
65
caracterização do crime.
• Vítima mais culpável que o infrator: 38
95
a) Vítima provocadora: por sua própria conduta incita o infrator a cometer a infração.
38
a) Vítima infratora: cometendo uma infração o agressor torna-se vítima, se trata do caso de
LA
21934
crime, pela conduta violadora dos direitos da vítima – pode causar danos variados, materiais, físicos,
psicológicos, de acordo com a natureza da infração, a personalidade da vítima, sua relação com o
E
QU
a dinâmica da Justiça Criminal (Poder Judiciário, Ministério Público, Polícias e sistema penitenciário),
M
• VITIMIZAÇÃO TERCIÁRIA: Decorre da falta de amparo dos órgãos públicos (além das instâncias de
86
3
abandono, não só por parte do Estado, mas, muitas vezes, também por parte do seu próprio grupo
11
social.
RT
LA
OBS.: VITIMIZAÇÃO QUATERNÁRIA: Refere-se aos impactos negativos produzidos pelos veículos de
U
imprensa e pelas redes sociais, consubstanciando na sensação de medo que atinge a sociedade.
IGO
LL
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MO
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38
•
11
VITIMIZAÇÃO INDIRETA – Sofrimento suportado por pessoas relacionadas intimamente à vítima do
delito, que, embora não sejam diretamente lesadas pela conduta criminosa, partilham do sofrimento
RT
em razão da relação de afeto mantida com a vítima.
A
UL
• HETEROVITIMIZAÇÃO – Corresponde à “autorecriminação da vítima” pelo crime, que busca razões
GO
que poderiam responsabilizá-la pela prática delituosa.
LI
L
Controle Social
RE
MO
Pode ser definido como “o conjunto de mecanismos e sanções sociais que pretendem submeter o
indivíduo aos modelos e normas comunitárias”, e é dividido em duas espécies: controle social informal e
UE
controle social formal.
IQ
ON
CONTROLE SOCIAL INFORMAL CONTROLE SOCIAL FORMAL
6M
Família, escola, religião, clubes Polícia, Ministério Público, Poder
65
AGENTES recreativos, opinião pública etc. Judiciário, administração
38 penitenciária.
95
Disciplina o indivíduo por meio de um Entra em funcionamento quando as
38
11
21934
EFETIVIDADE
formal, senão da melhor
I
ON
1.4. Finalidade
3
95
1. Os fins básicos (por vezes confundidos com suas funções) da criminologia são: informar a sociedade e
38
os poderes constituídos acerca do crime, do criminoso, da vítima e dos mecanismos de controle social;
11
2. Dentro das finalidades declaradas da criminologia está a prevenção de crimes. A Prevenção divide-se
LA
a) Prevenção primária: Medidas de médio e longo prazo que atingem a raiz do conflito
criminal. Investimentos em educação, trabalho, bem-estar social.
I
LL
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RE
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b) Prevenção secundária: Atua onde o crime se manifesta ou se exterioriza. As chamadas “zonas
quentes de criminalidade”. Tem suas principais manifestações na atuação policial.
RT
c) Prevenção terciária: Possui um destinatário específico, o recluso. Possui objetivo
A
UL
certo: ressocialização do preso, evitando a reincidência
GO
2. CRIMINOLOGIA DO CONSENSO E DO CONFLITO
LI
L
RE
Teoria do consenso Teoria do conflito
MO
(funcionalista / conservadoras) (argumentativas ou explicativas /
UE
progressistas)
IQ
Contexto: início da década de 60, no pós Contexto: fim da década de 60, com os
ON
Guerra, com a ascensão dos EUA como movimentos de ruptura (raciais, feministas,
6M
potência mundial econômica (“Sonho políticos, sociais e greves).
Americano”) e a expansão do fluxo
65
migratório para os EUA em busca de
38
95
melhores condições de vida, com
38
21934
OU
sociedade, que baseia e fundamenta a determina por meio de normas penais, a criação
LL
partir da ideia de que o crime existe por si os crimes são um status social atribuído por meio
M
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estabelece-los.
3
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1. É considerada uma teoria do consenso e, para a doutrina, a Escola de Chicago representa o início da
criminologia americana moderna.
RT
2. Contexto: A cidade de Chicago foi uma das cidades norte-americanas que experimentaram um rápido
A
UL
crescimento econômico, e, concomitantemente, populacional. Essa explosão demográfica foi
GO
acompanhada por um crescimento urbano desordenado, com graves problemas urbanísticos, familiares,
trabalhistas, morais e culturais. Nesse contexto, a Escola de Chicago criou a Teoria da Ecologia Criminal
LI
L
ou Teoria da Desorganização Social.
RE
3. Divisão das cidades em zonas: Com o crescimento da cidade, esta passa a ser dividida em diferentes
MO
bairros, zonas, diferenciando-se, não só pela infraestrutura, mas também culturalmente. Afirma-se que
a cidade de Chicago era entendida como formada por cinco grandes zonas divididas em círculos
UE
concêntricos, indo do centro (loop) até as quatros zonas periféricas, sendo dotadas de características
IQ
ON
específicas, inclusive por índices de criminalidade distintos.
• 1ª zona (Loop): zona mais central onde há grandes bancos, armazéns, lojas de departamento, etc.
6M
• 2ª zona (zona de transição): situa-se exatamente entre zonas residenciais (3ª zona) e a (1ª zona).
65
Como zona intersticial, está sujeita à invasão do crescimento e, por isso, é objeto de degradação
constante, inclusive favorecendo a criação de guetos. 38
95
• 3ª zona: mostra-se como lugar de moradia de trabalhadores pobres e imigrantes.
38
21934
4. A teoria da ecologia criminal tem dois conceitos básicos: desorganização social e áreas de delinquência.
OU
5. Diante desses fatores, a Escola de Chicago afirma que a forma correta de tratar e prevenir (reduzir) a
IG
pode cometer crime no local onde mora, ou fora dele), ou em sociedades mais estáveis ou estratificadas.
IQU
ON
1. Foi iniciada por Edwin Sutherland e é considerada uma teoria do consenso. Considerada também uma
86
das teorias da aprendizagem social (social learning). Também denominada Teoria do Reforço
3
2. Definição: Segundo Edwin Sutherland, a associação diferencial é o processo de aprender alguns tipos
38
11
3. Segundo Molina e Gomes, a teoria da associação diferencial de Sutherland é resumida com nove
LA
proposições:
U
• A conduta criminal se aprende, do mesmo modo que o comportamento virtuoso ou qualquer outra
GO
atividade.
I
LL
RE
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REVISÃO DE VÉSPERA
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•
11
A conduta criminal se aprende na interação com outras pessoas, mediante um processo de
comunicação, que requer uma manifestação ativa por parte do indivíduo.
RT
• As associações e contatos diferenciais do indivíduo podem ser distintas, de modo que contatos
A
UL
duradouros e frequentes devem ter maior influência pedagógica, do mesmo modo o impacto nos
GO
primeiros anos de vida do homem costuma ser mais significativo; o modelo mais convincente para
o indivíduo quanto maior seja o prestígio que este atribui à pessoa ou grupos cujas definições e
LLI
exemplos aprende.
RE
• Precisamente porque o crime se aprende, isto é, não se imita, o processo de aprendizagem do
MO
comportamento criminal mediante contato diferencial do indivíduo com modelos delitivos e não
UE
delitivos implica a aprendizagem de todos os mecanismos inerentes a qualquer processo deste tipo.
IQ
ON
2.3 Teoria da Anomia
6M
A) Teoria da anomia – Emile Durkheim
65
1. Para o autor Durkhein, as explicações sobre crises sociais, conflitos e crimes se assenta na ausência
38
ou na desintegração de normas que governem as relações sociais.
95
2. Quanto à criminologia, podemos resumir o pensamento de Durkheim da seguinte forma:
38
aumento da criminalidade.
OU
IG
1. Para Merton, a anomia fomenta a criminalidade na medida em que uma sociedade sofra uma
RE
dissociação entre estrutural cultural (conjunto de valores e objetivos promovidos pela sociedade) e
MO
a estrutura social (capacidade efetiva da sociedade viabilizar a realização desses valores e objetivos).
E
2. Nesse sentido, Merton afirma que essa tensão acarreta 5 (cinco) tipos de comportamentos:
QU
incapaz de alcançá-los.
86
c) Retraimento: pessoa que renuncia os objetivos e as normas sociais. Ex.: mendigos, viciados,
3
ébrios habituais etc. São marcados pelo derrotismo, pela introspecção e pela resignação,
95
d) Inovação: pessoa que adere aos objetivos culturalmente impostos (riqueza e poder), mas que
decide alcançá-los por meios ilícitos (meio inovadores). Este é o criminoso, inclusive o do tipo do
RT
“colarinho branco”;
LA
e) Rebelião: pessoa que contesta os valores e objetivos da sociedade, defendendo novas metas e
U
GO
restruturação da social.
I
LL
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DIREITO ADMINISTRATIVO E CRIMINOLOGIA
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3. Em resumo, Merton defende que a discrepância entre estruturas culturais e sociais (estipulação de
metas sociais, sem meios para que a maioria possa alcançá-la) gera anomia, o que incentiva o
RT
comportamento inovador (criminoso).
A
UL
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2.4 Teoria da Subcultura Delinquente
LI
L
1. Três ideias básicas sustentam a subcultura definida por Albert Cohen: o caráter pluralista e atomizado
RE
da ordem social; a cobertura normativa da conduta desviada; as semelhanças estruturais, na gênese,
MO
dos comportamentos regulares e irregulares.
2. A existência de subculturas criminais se mostra como forma de reação necessária de algumas minorias
UE
desfavorecidas diante das exigências sociais de sobrevivência. Segundo Cohen, a subcultura
IQ
21934
ON
delinquente se caracteriza por três fatores:
(1) não utilitarismo da ação: muitos não possuem motivação racional (ex.: alguns jovens furtam
6M
roupas que não vão usar).
65
(2) malícia da conduta: consiste no prazer em prejudicar o outro (ex.: atemorização que gangues
fazem em jovens que não as integram) 38
95
(3) negativismo: mostra-se como um polo oposto aos padrões da sociedade.
38
11
2.5 Teoria do Labelling Approach (Interacionismo Simbólico, Etiquetamento, Rotulação ou Reação Social)
RT
LA
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1. A teoria do etiquetamento rompeu paradigmas. Ela deu um giro profundo na forma de se analisar o
OU
crime. Deixou de centrar estudos no fenômeno delitivo em si e passou a focar suas atenções na reação
IG
social, no efeito criminógeno do sistema de repressão penal, em especial das prisões (como eles são
LL
2. Os principais representantes dessa linha de pensamento são Erving Goffman e Howard Becker.
MO
• Desvio secundário – refere-se à repetição dos atos delitivos, especialmente a partir da associação
I
ON
instâncias de controle social (criminalização secundária), ou seja, a reação social aos comportamentos
56
86
assim etiquetados. Crime e reação social são, segundo esse enfoque, manifestações de uma só
3
4. O que os delinquentes têm em comum, o que verdadeiramente os caracteriza, é apenas a resposta das
38
agências de controle. Ou seja, não é o crime em si que vai ser o ponto central da visão criminológica,
11
mas sim a respectiva reação social que é deflagrada com a prática do ato pelo delinquente. Temos um
RT
giro nos sistemas que sai do crime para a reação social ao mesmo.
LA
5. Com as teorias da criminalidade e da reação penal baseadas sobre o Labelling Approach, e com as
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2.6 Teoria Crítica
RT
1. É considerada uma teoria do conflito. É também chamada de Teoria Radical ou Nova Criminologia.
A
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2. Trata-se de uma vertente que, como o nome diz, se propõe a criticar a própria criminologia, seguindo
GO
os ditames das teorias do conflito. Ela se propõe a questionar, antes de tudo, a sociedade capitalista
como substrato do fenômeno criminal.
LLI
3. O ponto central da teoria crítica, é como dito, criticar da criminologia tradicional, que não compreende
RE
o fenômeno criminal em sua totalidade, pois não se percebe que o crime é uma decorrência lógica do
MO
21934
método de produção do capitalismo.
UE
3. CRIMINALIDADE DE MASSA, MODERNA E ORGANIZADA
IQ
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3.1 Crime Organizado
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1. A criminalidade organizada pressupõe uma potencialidade destruidora e lesiva de extrema relevância,
38
pior para a sociedade do que as infrações individuais, daí a justa preocupação dos Estados com a
95
repressão de delitos relacionados com essa espécie de criminalidade, como o tráfico de drogas e
38
2. No âmbito penal são conhecidas duas espécies de criminalidade organizada, com reflexos evidentes
RT
• Tem uma estrutura empresarial que visa apenas o lucro econômico de seus sócios. Trata-se de uma
IG
• Possui clientela.
3
• Seus integrantes vão desde agentes do Estado até os executores dos delitos.
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4. NOVA CRIMINOLOGIA
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1. É necessário primeiro olhar de forma crítica o que já foi produzido na criminologia para demonstrar que
os discursos criminológicos produzidos
21934 são androcêntricos. Nesse contexto, percebe-se duas posições
RT
das mulheres dentro dos conflitos penais: enquanto vítimas de crimes (e pensar o que esta posição
A
UL
demanda de atenção) e enquanto autoras de crimes.
GO
2. Escolas criminológicas a partir da epistemologia feminista.
2.1 Inquisição:
LI
L
● Perversidade, à malícia, à fraqueza física e mental, à pouca fé das mulheres:
RE
● Nessa época, mulheres eram pessoas biologicamente inferiores.
MO
● Caça às bruxas é elemento histórico marcante enquanto prática misógina de perseguição. As
mulheres identificadas enquanto bruxas são as mulheres que colocavam em questão os papeis de
UE
gênero.
IQ
ON
● A Inquisição é uma das faces do processo de perseguição e repressão das mulheres, que se inicia de
forma orgânica a partir do período medieval.
6M
2.2 Escola Clássica:
65
● Não havia pensamento criminológico sobre a condição de repressão e perseguição das mulheres,
38
de modo que toda a liberdade e o garantismo da escola clássica em nada se refletiram para
95
significativa parcela da humanidade.
38
2.3 Positivismo:
LA
21934
● Lombroso, em parceria com Giovanni Ferrero, escreveu La donna delinquente, obra que aplica às
OU
mulheres os estudos que ele havia realizado com os homens. Em síntese, ao estudar a mulher
IG
● A mulher seria fisiologicamente inerte e passiva, sendo mais adaptável e mais obediente à lei do que
RE
o homem, sendo certo que o grave problema das mulheres é de que seriam engenhosas, frias,
MO
● Para Lombroso, as características comuns das criminosas: assimetria craniana e facial, mandíbula
I
● A prostituta é o melhor exemplo de delinquente feminina, sendo certo que a prostituição, para
86
3
● Mulheres seriam perigosas por sua similitude com o homem e por ter rompido com o padrão de
11
● São promovidos estudos sobre as diferentes formas como o sistema de justiça criminal atua sobre a
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● A criminologia crítica faz uma denúncia do sexismo e androcentrismo nas análises criminológicas,
além da reivindicação de uma epistemologia feminista, pensando nas formas de se concretizar a
RT
reflexão sobre o sistema de opressão sexo-gênero para pensar nas situações vividas por mulheres
A
UL
enquanto sujeitos ativo e passivo de crimes.
GO
1. Mulheres enquanto vítimas
LLI
● Os movimentos feministas como um todo têm como semelhança a proposta de nomear a violência de
RE
gênero, no sentido de não ser uma violência qualquer, mas sim uma violência de gênero que tem
MO
matrizes estruturais e tem a ver com a dominação masculina.
● Além da nomeação, alguns movimentos de mulheres reivindicam pelo incremento da punição destes
UE
crimes, convocando o direito penal para resolver ou contornar a situação de violência de gênero.
IQ
ON
2. Mulheres enquanto autoras.
● No que se refere ao sistema de presídios femininos no Brasil, é possível perceber que existe um sistema
6M
de dominação singular no aprisionamento de mulheres.
65
● A criminalização das mulheres também estava marcada pela seletividade, porque as mulheres que
38
compunham estes espaços eram sobretudo negras, trabalhadoras, prostitutas, refletindo o racismo, o
95
classismo e o controle de sexualidade na forma como o sistema penal opera.
38
21934
● A criminologia feminista, tratando da epistemologia que discute as relações de poder colocadas dentro
11
enquanto autores de crimes, não para traçar um perfil da dona delinquente, como se fazia na produção
LA
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de Lombroso, mas para discutir porque a reação social se conduz contra essas mulheres jovens, negras,
OU
solteiras, com filhos e baixíssima escolaridade que estão fazendo o varejo de pequeníssima
IG
quantidade de droga.
LL
RE
1. Emerge nos Estados Unidos no final da década de 1990. Os movimentos sociais operam na dupla
E
QU
2. Pode ser identificado como um movimento acadêmico com forte inserção política, cujo foco de análise
3 86
reside nos processos pelos quais a heterossexualidade manteve-se silente, mas salientemente, como
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•
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A naturalização da norma heterossexual cria automaticamente mecanismos de saber e de poder
nos quais a diferença é exposta como um desvio ou uma anomalia.
RT
• Definido o comportamento ou o modo de ser desviante a partir da regra heterossexual, o controle
A
UL
social formal é instrumentalizado nos processos de criminalização e de patologização da diferença.
GO
3. Níveis de violência heterossexista: O complexo processo de violência heterossexista pode ser
decomposto em três níveis fundacionais que configuram as culturas heteromoralizadoras e
L LI
heteronormalizadoras:
RE
● Violência simbólica (cultura homofóbica) - Construção social de discursos de inferiorização da
MO
diversidade sexual e de orientação de gênero.
UE
● Violência das instituições (homofobia de Estado) - Criminalização e a patologização das identidades
não heteronormativas.
IQ
ON
● Violência interpessoal (homofobia individual) - Tentativa de anulação da diversidade por meio de
atos brutos de violência real.
6M
65
4.3 Criminologia Racial
38 21934
95
1. O sistema é estruturalmente formulado para punir pessoas pobres, mas, sobretudo, para punir pessoas
38
11
negras.
2. Criminologia racial no Brasil:
RT
● De acordo com Nina Rodrigues, o Brasil era21934dividido em graus de pureza racial, segundo as
LA
características das raças e a possibilidade de civilização destas raças relacionada aos climas. Com base
OU
na composição demográfica das regiões do Brasil, percebeu que havia uma distribuição diferente
IG
entre as regiões, havia mais negros e índios no nordeste e mais pessoas brancas na região sul.
LL
● Concluiu que existe uma divisão de raças no Brasil, sendo esta divisão determinada pelo clima: pessoas
RE
● A inferioridade do negro em relação ao branco era, para Nina Rodrigues, absolutamente natural,
sendo um produto da marcha desigual do desenvolvimento filogenético da humanidade nas suas
E
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● A mestiçagem era um fato que não extinguia a pureza das raças, de modo que existiam diferentes
graus de mestiçagem que conviviam com os tipos puros (branca, negra, indígena). Havia uma ampla
M
tipologia das raças (ex. índios selvagens, negros tomados às hordas, mestiço, mulato, cabra).
56
86
● A mestiçagem apaga os elementos físicos e morais positivos das raças inferiores. Ou seja, as raças
3
não brancas eram inferiores e o cruzamento das raças inferiores com as raças brancas só faz com que
95
as pessoas mestiças somente carreguem as qualidades negativas das raças inferiores. A conclusão é
38
● A inferioridade das raças, que tem causas múltiplas, explica a criminalidade brasileira. Os mestiços
RT
não são todos criminosos, mas aqueles que são, o são por conta da degenerescência causada pela
LA
mestiçagem.
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● Além disto, Nina Rodrigues sustenta que o controle social é importante para defender as raças
superiores, à luz de uma defesa social de que existe uma camada da população que precisa se defender
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1. Criminologia racial à luz da Criminologia crítica
● Os trabalhos da criminologia crítica concentram seus esforços de análise nas assimetrias reproduzidas
RT
pelo aparato de controle penal a partir das categorias de classe e, mais recentemente e ainda de
A
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maneira mais tímida, gênero, secundarizando-se a categoria da raça.
GO
● Tanto o racismo quanto o patriarcalismo são sistemas de opressão que antecedem e se distinguem da
opressão classista, devendo ser analisados de maneira específica. O racismo, por certo, está
LLI
intimamente relacionado aos processos de hierarquização da força de trabalho, convertendo-se no
RE
pilar de justificação das assimetrias instauradas no interior de uma sociedade de classes.
MO
● Nesse sentido, analisar as funções desempenhadas pelo sistema penal exclusivamente pelo viés da
classe implica em negligenciar outras dimensões de opressão, a exemplo do patriarcado e do racismo,
UE
que instrumentalizam inclusive as relações classistas, em especial em um país com uma formação
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histórica tão atrelada e dependente destas condicionantes como o Brasil.
● A clientela do sistema penal está originalmente conformada pelo racismo, que aparece como grande
6M
âncora da seletividade.
65
● A obsessão pelo controle dos corpos negros e o projeto de extermínio que com a abolição da
38
escravatura passa a compor a agenda política do Estado são os vetores mestres que ainda hoje balizam
95
a atuação do sistema penal.
38
● Nesse sentido, é pelo fundamento de elaborações de uma criminologia racista, que enxerga o
11
segmento negro pela sua inferioridade e periculosidade, que se dá a sobrevivência dos suplícios e das
RT
1. Origens remontam à década de 1990, sobretudo a partir do trabalho de Michael Lynch. O foco principal
RE
é o estudo dos danos ambientais desde uma definição de “verde” proveniente dos movimentos de
MO
ambiental enquanto objeto de estudo estão incluídas as estruturas que atravessam a economia política
I
do crime, por um lado, e as dinâmicas raciais, coloniais e patriarcais que envolvem o domínio do capital
ON
3. Assim, a criminologia verde possui como bases de sustentação: (i) a denúncia ao sistema capitalista
56
4. Conflito ambiental: Não se fala em desastre ou dano ambiental, mas sim em conflito ambiental. Isto
95
porque, enquanto desastres ou danos são efeitos da força da natureza, os conflitos ambientais são
38
● A pauta é de denunciar que o desastre é, em verdade, um conflito social praticado por certos sujeitos
LA
ativos em desfavor de certos sujeitos passivos historicamente marginalizados, razão pela qual se
U
reivindica o aumento da punição destes atos e, por isto, tem relação com a criminologia crítica.
GO
● Para esta corrente da criminologia verde, é necessário inverter a lógica do poder punitivo: Se
I
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historicamente o poder punitivo recai sobre as classes subalternas, dentro do que o capitalismo produz
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em termos de marginalização, a criminologia verde – assim como a criminologia crítica – defende que
a criminalização deve recair sobre os exploradores, pautando uma lei de crimes ambientais que
RT
possa atingir corporações, entidades, Estado e, ao mesmo tempo, minimizar os efeitos em desfavor
A
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das pessoas socialmente mais atingidas pelos conflitos.
GO
4.5 Criminologia Cultural e Clínica
LLI
RE
• Criminologia cultural – Jeff Ferrel, Clinton Sanders, Keith Havward, Mike Presdee e Jock Young
MO
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1. Essa abordagem teórica olha para o crime e as agências de controle como produtos culturais. Eles
acreditam que a cultura é fluida e em constante mudança, e, portanto, o crime e a repressão ao delito
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são processos culturais. Isso significa que o significado do crime é construído com base em símbolos
compartilhados e interpretações coletivas.
6M
2. Alguns livros importantes sobre esse assunto são:
65
• "Crimes of Styles" (1993)
• "Urban Graffiti: Crime, Control and Resistance" (1995) 38
95
• "Cultural Criminology" (1995)
38
3. Uma das críticas dos teóricos da criminologia cultural refere-se ao fundamentalismo metodológico da
RT
produção de dados estatísticos sobre o crime e o controle social ter provocado a desumanização
21934 dessas
OU
oriundo da interlocução não apenas entre a Criminologia, a Sociologia e o Direito Penal, mas
também com estudos culturais, midiáticos e urbanos, filosofia, teoria crítica pós-moderna, geografia
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humana e cultural, antropologia, estudos dos movimentos sociais e abordagens de pesquisa ativa.
I
4. Essa vertente criminológica afirma ser necessária uma consciência crítica da dinâmica cultural das
ON
sociedades moderna.
M
• A criminologia cultural não restringe sua análise ao crime e à justiça criminal, abarcando a
56
86
representação que o crime apresenta na mídia, desvios não criminalizados de políticos e das elites
3
• A mídia e as redes sociais ostentam grande impacto na construção da imagem do crime, na medida
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em que são responsáveis por difundir as percepções sobre o fenômeno criminal, de sorte a fazer
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• Criminologia Clínica
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psicológica e sociológica para analisar a conduta criminosa, personalidade e o chamado "estado
perigoso" do indivíduo.
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• Busca prever o que pode acontecer no futuro – prognóstico
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• Propõe estratégias de intervenção - têm como objetivo ajudar a pessoa a superar ou conter suas
GO
tendências criminosas e evitar a reincidência através do tratamento.
2. Em resumo, essa abordagem busca conhecer profundamente o criminoso, compreender as razões
LLI
que o levaram a cometer crimes e, mais importante, foca no tratamento do preso durante o cumprimento
RE
de sua pena para promover sua ressocialização na sociedade.
MO
5. MODELOS DE PREVENÇÃO E REAÇÃO AO FENÔMENO CRIMINAL
UE
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5.1 Modelos de Prevenção
6M
PREVENÇÃO PRIMÁRIA PREVENÇÃO SECUNDÁRIA PREVENÇÃO TERCIÁRIA
65
38
Atuam na raiz do problema, antes Atua onde o crime se manifesta, se
95 Medidas de execução penal.
da sua ocorrência. exterioriza, após a ocorrência do crime
38
toda a sociedade, assegurando aos maior risco de sofrer ou praticar o impedir a reincidência e permitir a
OU
fundamentais.
LL
A pena se dirige à sociedade, intimidando os Atenta para o fato de que o delito é instado por
I
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recuperação.
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delitos futuros através da ameaça de
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castigo eficaz.
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5.2 Modelos de Reação Social
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A ocorrência de ação criminosa gera uma reação social (estatal) em sentido contrário, no mínimo,
A
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proporcional àquela. Da evolução das reações sociais ao crime prevalecem hodiernamente três modelos:
GO
dissuasório, ressocializador e restaurador (integrador).
1. Modelo Dissuasório (Direito Penal Clássico): repressão por meio da punição ao agente criminoso,
LI
mostrando a todos que o crime não compensa e gera castigo. Aplica-se a pena somente aos imputáveis
L
RE
e semi-imputáveis, pois aos inimputáveis se dispensa tratamento psiquiátrico.
21934
MO
2. Modelo Ressocializador: intervém na vida e na pessoa do infrator, não apenas lhe aplicando uma
punição, mas também lhe possibilitando a reinserção social. Aqui a participação da sociedade é
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relevante para a ressocialização do infrator, prevenindo a ocorrência de estigmas.
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3. Modelo Restaurador (Integrador): recebe também a denominação de “Justiça Restaurativa” e
ON
procura restabelecer, da melhor maneira possível, o status quo ante, visando a reeducação do infrator,
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a assistência à vítima e o controle social afetado pelo crime. Gera sua restauração, mediante a
reparação do dano causado.
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