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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de educação e comunicação

Discente: Felisberto Elidio Rodrigues

Docente: Mauro Silva

O Objectivo deste trabalho, no qual aborda sobre o papel do estado na economia, busca
demonstrar qual deve ser a participação do Estado na promoção do desenvolvimento económico.
Das principais falhas de mercado e sobre as limitações do poder de mercado. Com ele se procura
conhecer, também, o papel do Estado na criação e manutenção de uma sociedade de direito. O
Trabalho estruturado da seguinte forma: Introdução, desenvolvimento, conclusão e as respectivas
referências bibliográficas.

O papel do Estado na economia

O Estado intervém na actividade económica em busca da eficiência, da equidade, da estabilidade


económica e do crescimento. As transferências em espécie são aquelas realizadas na forma de
bens e serviços, e não em dinheiro.

 O ciclo vital e o padrão regular da evolução da renda ao longo da vida de uma pessoa.
 A renda permanente e a renda normal ou média de uma pessoa, descontados os factores
ou perturbações transitórios.
 Taxa de pobreza e a percentagem da população cuja renda familiar e inferior a um nível
absoluto, conhecido como linha de pobreza. Abaixo desse nível, fixado pelos governos
conforme o número os membros de cada família, considera-se que uma família se
encontra na pobreza (Mochón, 2007).
Mochón, (2007) refere que a “ aparição do estado de bem-estar supõe que o Estado modifica as
forcas do mercado a fim de proteger os indivíduos de determinadas contingências e lhe garantir a
um nível mínimo de vida”.

Gadelha (2017) O papel do Estado (Governo) é fazer com que o causador da externalidade
assuma seus custos, se ela for negativa, ou receba seus benefícios, se positiva. Por isso, existem
os impostos e as proibições sobre produtos poluentes, como cigarro e veículos movidos a
gasolina (poluição do ar), ou casas de festas (poluição sonora) ou que possam causar acidentes
(bebida alcoólica), assim como os incentivos e verbas para cultura e educação, entre outros (p.7).

Falhas de Mercado

Resende (2012) refere que podemos definir uma falha de mercado, simplesmente como, a
identificação de condições nas quais o primeiro teorema do bem-estar não se sustenta. Em
termos mais formais. Segundo o Bator (1958 cit. em Resende 2012), uma falha de mercado trata-
se portanto, do não atendimento de uma das premissas do modelo de mercado perfeitamente
competitivo que tem por consequência uma alocação ineficiente de recursos pelo mercado livre
(p.69).

Externalidades
Mochón  (2007) refere que:
Existe uma externalidade quando a produção ou o consumo de um bem afecta directamente
consumidores ou empresas que não participam de sua compra nem de sua venda e quando esses
efeitos não se reflectem totalmente nos preços de mercado. Quando uma acção privada tem
efeitos colaterais ou externos com um impacto importante sobre outras pessoas, existe um
problema de externalidades quando uma acção privada tem efeitos colaterais ou externos com um
impacto importante sobre outras pessoas, existe um problema de externalidades ( p. 5).

As externalidades negativas fazem os mercados produzir uma quantidade maior que a


socialmente desejável. E internalizar uma externalidade significa alterar os incentivos para que
as pessoas levem em conta os efeitos externos de seus actos.
O Estado pode internalizar a externalidade taxando os bens que geram externalidades negativas.
Um mercado com uma externalidade positiva associada à produção ou ao consumo de um bem
será ineficiente. No equilíbrio do mercado, o lucro marginal de todas as partes será maior que o
custo marginal de todas elas. As externalidades positivas fazem com que os mercados
produzam uma quantidade menor que a socialmente desejável. Uma externalidade positiva pode
ser corrigida mediante um subsídio igual à diferença entre o valor social e o valor privado,
conseguindo-se com isso a eficiência do mercado. (Mochón,  2007).

Segundo o teorema de Coase, se as partes privadas podem negociar sem nenhum custo a
alocação dos recursos, podem resolver por si mesmas o problema das externalidades.
Os custos de transacção são os custos em que as partes incorrem para chegar a um acordo e
zelar por seu cumprimento. Quando se recorre a controles directos para combater a poluição, a
experiência mostra que os resultados são desproporcionalmente dispendiosos.

Imposto pigouviano é aquele estabelecido para corrigir os efeitos de uma externalidade


negativa.
As permissões ou licenças transferíveis de poluição permitem alcançar os objectivos desejados a
custos relativamente baixos.
Os bens públicos são mercadorias ou serviços que, caso estendidos a uma pessoa adicional,
gerarão custo zero e de cujo gozo não se pode excluir ninguém.
Um bem público é aquele de cujo gozo não se pode excluir a população, independentemente de
alguém pagar ou não por ele, e cujo consumo por um indivíduo não reduz a quantidade
disponível para outro indivíduo (Mochón,  2007)..

Poder de Mercado
Varum et al., (2016) De forma simples, podemos afirmar que o poder de mercado é a capacidade
de se praticarem nesse mercado preços superiores ao custo marginal.

O poder de mercado numa indústria é medido pelo Índice de Lerner (L). Este considera o poder
de mercado de cada empresa (Li) ponderado pela sua quota de mercado. Teoricamente, o poder
de mercado de cada empresa é a capacidade que esta tem de praticar preços acima do custo
marginal.
Limitando o poder de mercado
Cristina (2013) privilegia o poder de mercado — seja ele mantido pelos vendedores ou pelos
compradores — prejudica potenciais compradores que poderiam ter adquirido mercadorias a
preços competitivos. Além disso, o poder de mercado reduz a produção, o que leva a perdas com
o peso morto. O excessivo poder de mercado também ocasiona problemas de equidade e ética: se
uma empresa possui um significativo poder de monopólio, estará lucrando à custa dos
consumidores. Em teoria, pode haver incidência de impostos sobre o excesso de lucros de uma
empresa e o valor arrecadado pode ser redistribuído aos compradores dos produtos; porém,
normalmente, tal redistribuição se torna impraticável. É difícil determinar que parcela dos lucros
de uma empresa pode ser atribuída ao poder de monopólio e é ainda mais difícil localizar todos
os compradores e reembolsá-los proporcionalmente ao valor das aquisições.

Contudo, podemos entender que o papel activo do Estado para a promoção do desenvolvimento
económico está actualmente evidenciado na discussão económica. Sua importância vem sendo
cada vez mais reconhecida, Sem esquecer também o papel dos mercados, fica claro que sem uma
coordenação externa não é possível que o mercado conduza à um processo de desenvolvimento.

Referencias Bibliográficas

Cristina, D. (2013). O poder de Mercado, Monopólio e Monopsónio. Recuperado em


https://pt.slideshare.net/DginaCristina/cap10-28861167?qid=925aaa6a-8235-4339-a99e-
bf40171303ef&v=&b=&from_search=1

Gadelha S. R. B. (2017). Introdução ao Estudo da Economia do Sector Publico. São Paulo,


Brasil

Mochón, F. M. (2017). Princípios de Economia. São Paulo, Brasil: Pearson Universidade

Resende, C. C. (2012). Falhas de Mercado, Uma análise comparativa da Escola do Sector


Publico Tradicional e da Escola Austríaca. São Paulo, Brasil

Varum et al., (2016). Economia Industrial, Teoria e exercícios práticos. Lisboa, Portugal:
Edições Silabo recuperado em http://www.silabo.pt/Conteudos/8469_PDF.pdf

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