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Até 1825 não se sabia se a Independência tinha “colado” de fato. Esse foi o ano
em que se passou a fazer maiores tratativas para um acordo, com intermediação
da Inglaterra. Alguns fatos podem ser lembrados: a Inglaterra tinha urgência em
renovar os tratados que havia assinado com o Príncipe Regente D. João, na
chegada da Corte ao Brasil, anos antes – 1826 era deadline para a questão do
tráfico, daí a convenção assinada nesse ano. A Confederação do Equador não havia
sido exitosa e o Norte do país estava “pacificado” com guerra sangrenta da
independência, que usou militares estrangeiros (equivocadamente chamados de
mercenários). No norte do país a ideia de liberdade era também outra, as linhas de
comércio eram outras – o que quer dizer que o domínio do Sul foi pela força bruta.
A hegemonia foi a das armas e não houve independência pacífica. Essa forma de
“pacificação” teve algumas consquências futuras, entre elas, as revoltas no período
regencial ... e Evaldo Cabral tem razão quando fala em Independências ...
As lutas nas das grandes cidades brasileiras, e, especificamente, nas ruas do Rio de
Janeiro, foram fundamentais. No Rio, fortificações foram feitas em locais de
resistência escrava, como perto do quilombo do Iguacú. Houve a concreta
formação de tropas militares e foi exarado um decreto que dizia que entre cinco
escravos um devia ser fornecido para o defesa da nação, para a Causa do Brasil,
que só gradativamente se transformou em Causa Nacional, já perto do que se
convencionou chamar de Abdicação.