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De africano a
afro-brasileiro:
I
etnia,
E
ntre os anos de 1525 e
1851, mais de cinco mi-
lhões de africanos foram
trazidos para o Brasil na
condição de escravos,
não estando incluídos
identidade,
neste número, que é uma aproxima-
ção, aqueles que morreram ainda em
solo africano, vitimados pela violên-
religião
cia da caça escravista, nem os que pe-
receram na travessia oceânica. Não se
sabe quantos foram trazidos desde que
o tráfico se tornou ilegal. Ao longo de
mais de três séculos, enquanto a pró-
pria nação brasileira se formava e to- obra escrava: não havia a possibilida-
mava corpo, os africanos foram trazi- de do progresso material sem que mais
dos das mais diferentes partes do con- negros fossem importados, pois o tra-
tinente africano abaixo do Saara balho era essencialmente africano e
(Conrad, 1985, pp. 34-43). Não se tra- afro-descendente.
tava de um povo, mas de uma multi- Os escravos provinham de onde
plicidade de etnias, nações, línguas, fosse mais fácil capturá-los e mais
culturas. No Brasil foram sendo intro- rendoso embarcá-los. O infame comér-
duzidos nas diferentes capitanias e cio dependia, na África, das próprias
províncias, num fluxo que correspon- condições locais das populações nati-
de ponto por ponto à própria história vas, regulado por suas guerras, ódios
da economia brasileira. A prosperida- intertribais, domínios imperiais
de econômica estava relacionada a uma (Johnson, 1921). O tráfico era rendosa
intensificação da demanda de mão-de- atividade econômica para portugueses,
d e
depois cabral
potências envolvidas, suas disputas,
guerras e tratados (Oliveira, 1999).
II
BIBLIOGRAFIA